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Análise gerencial de custos em uma farmacia

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Academic year: 2021

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(1)

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS,

CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO -

DACEC

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

JULIA GRACIELI BREUNIG BONATTO

ANÁLISE GERENCIAL DE CUSTOS EM UMA FARMÁCIA

(Trabalho de conclusão do curso)

IJUÍ (RS)

(2)

JULIA GRACILEI BREUNIG BONATTO

ANÁLISE GERENCIAL DE CUSTOS EM UMA FARMACIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da UNIJUI, como requisito parcial obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Profa. Orientadora: Eusélia Pavéglio Vieira

(3)

“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.”

(4)

Agradecimento

Ao concluir este curso, estou vencendo mais uma etapa da

minha vida, por isso, com muito carinho quero agradecer a

todas as pessoas que tiveram compreensão e que

contribuíram para a realização do mesmo.

Agradeço a minha família, a minha mãe e meu esposo pelo

apoio e incentivo que sempre me proporcionaram.

Aos meus professores e minha orientadora que nunca

mediram esforços para passarem seus conhecimentos e

experiências profissionais.

Enfim, as inúmeras pessoas que de alguma forma

contribuíram para a realização deste sonho,

o meu muito obrigado.

(5)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Cálculo do Custo de Compra de Mercadoria...20

Quadro 2: Medicamentos...39

Quadro 3: Perfumaria...40

Quadro 4: Valor ICMS Substituição Tributária...44

Quadro 5: Custo de Aquisição dos Medicamentos...45

Quadro 6: Custo de Aquisição da Perfumaria...46

Quadro 7: Despesas com Pessoal...47

Quadro 8: Depreciação...48

Quadro 9: Despesas Mensais...48

Quadro 10: Faturamento Mensal dos Produtos...50

Quadro 11: Margem de Contribuição Unitária e Total dos Produtos pelo Preço Praticado...51

Quadro 12: Preço de Venda Orientativo...56

Quadro 13: Ponto de Equilíbrio pelo Preço Praticado...59

Quadro 14: Ponto de Equilíbrio pelo Preço Orientativo...62

Quadro 15: Margem de Segurança Operacional pelo Preço Praticado...65

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LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS

Figura 1: Fluxograma dos Estoques...41

Figura 2: Fluxograma de Compras...41

Figura 3: Fluxograma das Vendas...42

Figura 4: Fluxograma do Financeiro...43

Gráfico 1: Despesas Mensais...49

Gráfico 2: Margem de Contribuição Unitária – MCU...53

Gráfico 3: Margem de Contribuição Total – MCT...54

Gráfico 4: Margem de Contribuição Unitária pelo Preço Orientativo...57

Gráfico 5: Margem de Contribuição Total pelo Preço Orientativo...58

Gráfico 6: Ponto de Equilíbrio Unitário pelo Preço Praticado...61

Gráfico 7: Ponto de Equilíbrio Unitário pelo Preço Orientativo...64

Gráfico 8: Margem de Segurança Operacional pelo Preço Praticado...67

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SUMÁRIO

LISTA DE QUADROS ... 5

LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS ... 6

INTRODUÇÃO ... 10

1.1 Área de Conhecimento Contemplada ... 11

1.2 Caracterização da Organização ... 11 1.3 Problematização do tema ... 12 1.4 Objetivo ... 13 1.4.1 Objetivo Geral ... 13 1.4.2 Objetivos Específicos ... 13 1.5 Justificativa ... 14 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 15 2.1 Contabilidade ... 15

2.1.1 Conceito, finalidade e Campos de Atuação ... 15

2.2 Contabilidade de Custos ... 17

2.2.1 Conceito e Finalidade ... 18

2.3 Custos na Atividade Comercial ... 19

2.3.1 Custos Relativos à Aquisição das Mercadorias ... 20

2.3.2 Despesas Relativas à Venda de Mercadorias ... 21

2.3.3 Os Componentes Fixos do Custo no Comércio ... 21

2.3.5 Formação do Preço de Venda ... 25

2.4 Sistemas de Informações Gerenciais ... 31

2.4.1 Conceito de Sistemas de Informações ... 32

2.4.2 Sistema Operacional ... 32

2.4.3 Sistema Gestão ... 33

3 METODOLOGIA DO TRABALHO ... 35

3.1 Classificação da pesquisa ... 35

3.1.1 Do ponto de vista de sua Natureza ... 35

3.1.2 Do Ponto de Vista de seus Objetivos ... 35

3.1.3 Quanto a Forma de Abordagem do Problema ... 36

3.1.4 Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos ... 36

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3.2.1 Instrumentos de Coleta de Dados ... 37

3.3 Analise e Interpretação de Dados ... 38

4 ANALISE DOS RESULTADOS ... 39

4.1 Estrutura da empresa, descrição das atividades ... 39

4.2 Custo de Aquisição das mercadorias ... 43

4.3 Apuração das Despesas Mensais da Empresa ... 46

4.3.1 Custo com Salários e Encargos Sociais Trabalhistas ... 47

4.3.2 Cálculo do custo com Depreciação / mês ... 47

4.3.3 Levantamento das Despesas Mensais... 48

4.4 Faturamento Mensal das mercadorias em Estudo ... 49

4.4.1 Total das Despesas Mensais Proporcionais das mercadorias em Estudo ... 50

4.5 Apuração da Margem de Contribuição das Mercadorias em Estudo ... 51

4.6 Cálculo do Ponto de Equilíbrio. ... 59

4.7 Margem de Segurança Operacional ... 65

4.8 Informações Gerenciais de Custos ... 70

CONCLUSÃO ... 74

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RESUMO

A trabalho de conclusão de curso apresentado visou estudar o sistema gerencial de custos de uma farmácia comercial. Neste estudo foi abordado a importância dos gestores em possuir as informações relevantes quanto aos custos dos produtos, as despesas com pessoal, depreciação e outras despesas fixas da empresa, as devidas tributações de cada produto e se seus produtos estão deixando uma margem de contribuição, ou seja, se a empresa esta vendendo o suficiente para cobrir suas despesas e gerar o resultado. Foram apresentados os cálculos relativos aos custos dos produtos da farmácia, margem de contribuição unitária e total, ponto de equilíbrio, margem de segurança operacional e ainda informações com dados importantes para a empresa. Na realização dos cálculos foram selecionados uma lista de trinta medicamentos e vinte itens de perfumaria com maior rotatividade da farmácia, e sobre estes, obteve-se informações gerenciais, avaliando os resultados que a gerência projetou. Após esta avaliação pode-se perceber que o estabelecimento estudado esta trabalhando dentro do seu potencial, uma vez que a margem de segurança operacional é positiva, ou seja, a quantidade de produtos vendidos é superior ao ponto de equilíbrio, este é o ponto zero, onde a empresa não possui nem lucro nem prejuízo. Ao concluir o trabalho pode-se observar com maior facilidade a importância do conhecimento de custos, gestão de custos e análise gerencial, pois é a partir do gerenciamento destes, que se pode ter clareza se a empresa esta atingindo os objetivos, e obtendo o resultado desejado.

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INTRODUÇÃO

A contabilidade de custos é um sistema de grande importância para a sobrevivência das empresas, pois é ela que irá demonstrar o desempenho e a lucratividade da empresa, assim como irá auxiliar na tomada de decisões transmitindo informações precisas e importantes que possibilitam aos gestores uma maior rentabilidade.

Normalmente, as empresas de pequeno porte não possuem esse ferramental, porém com uma gestão e uma análise de custos a empresa tem maior segurança na definição de preços, vai possuir com maior clareza de seus verdadeiros custos, despesas, e assim, pode planejar a lucratividade esperada pela empresa.

Com o objetivo de beneficiar os gestores e prolongar a vida da empresa, é que foi realizado o presente estudo em uma farmácia comercial, auxiliando por meio de informações para tomadas de decisões com maior precisão e eficácia.

Para isso, desenvolveu-se este estudo, que no primeiro capítulo apresenta a sua contextualização, onde foi relacionado a área de conhecimento estudada, a caracterização da organização, a problematização, os objetivos e a justificativa.

No capítulo seguinte, apresenta-se a revisão bibliográfica, onde foram buscados conceitos de contabilidade, assim como da contabilidade de custos, custos na atividade comercial e sistemas de informações gerenciais.

No terceiro capítulo, é apresentada a metodologia aplicada no estudo, envolvendo a classificação da pesquisa sob o ponto de vista de sua natureza, de seus objetivos, da forma de abordagem do problema e do ponto de vista dos procedimentos técnicos. Consta também a coleta de dados, os instrumentos e a analise e interpretação dos mesmos.

No capítulo quatro desenvolveu-se o estudo aplicado, onde foram demonstrados as informações referentes a empresa em estudo, foi calculado todos os custos e despesas da farmácia, a margem de contribuição unitária, total, ponto de equilíbrio e margem de segurança operacional.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEXTO

Neste capitulo consta a contextualização do estudo que apresenta a definição da área de conhecimento contemplada, a caracterização da organização, a problematização do tema, os objetivos, a justificativa e a metodologia do trabalho.

1.1 Área de Conhecimento Contemplada

Este estudo tem como tema central aplicar a estrutura e a análise de custos em uma empresa comercial.

A relevância desse tema está na necessidade de um conhecimento profundo dos custos, despesas e política de precificação necessários a melhoria do desempenho do empreendimento em estudo.

Desta forma, o tema se constituiu em fazer uma análise gerencial de custos em uma farmácia comercial.

1.2 Caracterização da Organização

O presente relatório visou o estudo de um estabelecimento comercial, do segmento de farmácia, que comercializa medicamentos e perfumaria. O estabelecimento iniciou suas atividades em 20 de março de 2012, sua sociedade é constituída por dois sócios, sendo 50% de suas participações para cada sócio.

A empresa é optante pelo sistema de tributação Simples Nacional, e conta com dois funcionários, da qual uma é a farmacêutica responsável, e uma atendente de farmácia, além do sócios proprietários. O prédio onde a organização esta instalada é alugado. A contabilidade é realizada por um escritório terceirizado.

A farmácia esta localizada em um bairro do município de Panambi e tem como clientes a população de média e baixa renda.

Tendo em vista que o ramo de farmácia é de suma importância a saúde de seus clientes, o estabelecimento estudado visa atender aos moradores do bairro onde esta instalada. Sendo assim, não possui concorrente no bairro onde esta localizada. Porém pelo fato da empresa não possuir um longo prazo de funcionamento, e ainda haver um número bastante

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considerado de farmácias localizadas no centro da cidade, estas constitui-se atualmente como suas principais concorrentes.

1.3 Problematização do tema

A contabilidade de custos proporciona uma variada gama de informações, que quando utilizadas, podem contribuir com o aumento da lucratividade da empresa, por meio destas informações concretas e precisas, sobre o que realmente são custos para a empresa, e o que são despesas, facilitando assim, os gestores na hora da formação dos preços de venda, na definição de metas e na análise dos resultados.

A gestão de custos, por sua vez, beneficia o crescimento e a sobrevivência da empresa no mercado de trabalho, este hoje sendo muito competitivo, sendo que por meio das informações obtidas em uma gestão de custos, podem ser tomadas as melhores decisões estratégicas para sua permanência no mercado.

O estabelecimento comercial do setor de farmácia possui um número muito grande de produtos, alguns com margens elevadas, mas a maioria com margens reduzidas. O número dos produtos só vem aumentando, como por exemplo, para cada medicamento ético, existem ainda os genéricos e os similares, de inúmeros laboratórios diferentes, o qual aumenta ainda mais o número de produtos que uma farmácia deve adquirir para atender a demanda de seus clientes.

É de suma importância que a empresa tenha uma gestão profissional, principalmente envolvendo a área de compras, estoques e preços de vendas, sendo assim, esses gestores saberão tomar a melhor decisão na hora das compras, quanto ao custo dos produtos adquiridos, e consequentemente, terão um controle sobre o estoque e a necessidade de comercialização da empresa.

Um dos problemas enfrentados no setor comercial é a concorrência, o que nas farmácias não é diferente, onde se encontra muito o poder de barganha do cliente. Isto só vem crescendo com o aumento do número de farmácias de redes, as quais conseguem diminuir seus preços de vendas por meio da diminuição dos custos na hora das compras, pois compram em grandes quantidades e muitas vezes direto de laboratórios, coisa pela qual, as farmácias menores não conseguem acompanhar.

Em um negócio com estas características, pequenos percentuais no custo ou no preço podem significar o sucesso ou não do empreendimento, por meio destes pequenos percentuais

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que somados representam um número bastante significativo, refletindo diretamente no lucro da empresa.

A aplicação da contabilidade de custos faz com que a empresa tenha um maior controle e melhora a qualidade das informações sobre seus custos, gastos, despesas, resultados, o que auxilia muito na hora de tomar certas decisões, tais como, necessidade de compras, formação de preços de vendas, definição de estratégias promocionais, definição de metas de vendas, e outros. Segundo Bruni & Fama (2003, p.24) a função básica da contabilidade de custo é “buscar atender a determinação do lucro, o controle das operações e a tomada de decisão”.

Baseado no exposto, questiona-se: Qual a estrutura de custos mais adequada para apoiar a gestão de uma empresa comercial do setor de farmácia?

1.4 Objetivo

Com base nas informações obtidas na problematização, foram definidos objetivos na realização do estudo.

1.4.1 Objetivo Geral

Propor um sistema de custeio a uma farmácia comercial que proporcione informações relevantes para subsidiar a gestão.

1.4.2 Objetivos Específicos

 Realizar uma pesquisa bibliográfica sobre os métodos de custeio e a gestão de custos aplicados a atividade comercial;

 Mapear os grupos de produtos comercializados pela empresa;

 Apurar os custos utilizando os métodos de custeio direto ou variável e por absorção;  Avaliar a relação custo, preço, margem e ponto de equilíbrio;

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1.5 Justificativa

Diante da globalização que esta presente em todas as atividades atualmente, bem como da dificuldade que as empresas têm em se manter viva e competitiva, é possível verificar a necessidade e a importância que a contabilidade de custos tem em uma empresa, com ela, pode-se ter um controle sobre seus custos, despesas e assim visar a lucratividade, acompanhando o atual desempenho de suas atividades.

Para a empresa, este estudo visou beneficiar a tomada de decisão e a formação de preços, pois o sistema de custos analisa seus custos, resultados, despesas, margem e assim obtém informações que podem auxilia-la na busca de uma maior lucratividade e consequentemente uma vida competitiva e duradoura.

Para a universidade, este estudo pode servir como referência de pesquisas a futuros profissionais da área da contabilidade e demais áreas afins que tenham interesse nesse assunto, especificamente a atividade comercial, que é carente de pesquisas e publicações nesta área.

Para mim, enquanto concluinte do Curso de Ciências Contábeis, a realização deste trabalho serviu para aprofundar meus conhecimentos, uma vez que pode comparar a teoria estudada com o dia a dia na gestão de uma empresa comercial.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo foi elaborada a pesquisa bibliográfica, onde traz conceitos de diversos autores, com objetivos de fundamentar o entendimento da área a ser estudada e de buscar a base conceitual para responder à problemática da proposta do estudo.

2.1 Contabilidade

A contabilidade é uma Ciência que visa o patrimônio, ou seja, os bens, direitos e obrigações da entidade. Ainda, visa observar, registrar e informar os fatos econômicos e financeiros ocorridos em uma entidade. Assim, segundo Basso (2005 p.22) a contabilidade “é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativos (monetários) e qualitativo (físico)”.

Ainda, Basso ( 2005, p. 22) cita:

Entendemos que a Contabilidade, como conjunto ordenado de conhecimentos, leis científicas, princípios e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico), e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situações, especialmente da natureza econômica-financeira.

Diante do conceito apresentado, pode-se dizer que a contabilidade é uma ciência da qual se utiliza de técnicas e normas com objetivo de cuidar do patrimônio empresarial.

2.1.1 Conceito, finalidade e Campos de Atuação

Existem inúmeros autores dos quais cada qual conceitua a contabilidade. No entanto, cada autor defende seus enunciados, porém de uma forma geral, todos visam o controle do patrimônio, através de técnicas e normas a serem cumpridas pela contabilidade.

Para Franco (apud BASSO 2005, p. 22) conceitua contabilidade como:

A ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, como o fim do oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial.

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Para Sá, (2002 p. 46) contabilidade é “a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos dos mesmos, em relação a eficácia funcional das células sociais”.

A finalidade da contabilidade é acompanhar as atividades realizadas nas organizações, bem como e registrá-las e analisa-las sob forma de controle do patrimônio.

Para Basso (2005, p.24) “a finalidade fundamental da Contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento”.

Como campo de aplicação, tem-se as empresas de pequeno, médio e grande porte, ainda púbicas e privadas, com ou sem fins lucrativos, entre outras.

Para Basso (2005, p.27):

Tendo como objeto o patrimônio, pode-se afirmar que o campo da Contabilidade é o mais amplo possível, pois onde existir um patrimônio definido e perfeitamente delimitado, pode também estar ai se definindo um campo de aplicação da Contabilidade: micros, pequenas, médias e grandes empresas públicas e privadas, entidade de fins ideais (sociais, culturais, recreativas, desportivas e outras), propriedades rurais e pessoas físicas em geral representam o amplo campos de aplicação da Contabilidade.

Ainda para Basso (2005, p.27), os principais campos de atuação da Contabilidade podem ser classificados como:

 Contabilidade Comercial;

 Contabilidade Industrial;

 Contabilidade Pública;

 Contabilidade Bancária;

 Contabilidade Rural (Agrícola ou Agropecuária);

 Contabilidade de Cooperativas;

 Contabilidade de Seguradoras;

 Contabilidade de Fundações;

 Contabilidade de Construtoras;

 Contabilidade Hospitalar;

 Contabilidade de Condomínios, entre outros.

Sendo assim, a contabilidade possui um vasto campo de atuação, sendo um deles a contabilidade comercial, onde toda e qualquer empresa podem se beneficiar com a contabilidade, e por meio dela buscar informações importantes para seu planejamento e gerenciamento.

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2.2 Contabilidade de Custos

A Contabilidade de Custos desempenha um papel importante na gestão empresarial, assim sendo, visa analisar e gerar informações relevantes para tomadas de decisões bem como acumular, organizar, analisar e interpretar os custos dos produtos, para assim determinar a margem de contribuição e ponto de equilíbrio, dentre outras importantes informações que são relevantes na busca de resultados para qualquer entidade ou empreendimento.

A Contabilidade de Custos, para Leone (2008, p.21) “é uma atividade que se assemelha a um centro processador de informações, que recebe (ou obtém) dados, acumula-os de forma organizada, analisa-os e interpreta-os, produzindo informações de custos para os diversos níveis gerenciais”.

A Contabilidade de Custos classifica, controla e atribui os custos a fim de fornece um maior controle dos estoques, e das operações a serem realizadas pela empresa, tais como compras e formulação de preços.

Leone (2008, p.22) diz ainda que:

A Contabilidade de Custos refere-se hoje as atividades de coleta e fornecimento de informações para a necessidade de tomada de decisão de todos os tipos, desde as relacionadas com operações repetitivas até as de natureza estratégicas, não repetitivas, e, ainda, ajuda na formulação das principais políticas das organizações.

Conforme citações, o autor Leone (2008, p.24-25) ainda relata que Contabilidade de Custos apresenta as seguintes atividades:

a) Coleta de dados: consiste na seleção dos dados, no planejamento de sua coleta, no treinamento e na organização interna dos setores que irão fornecer os dados; b) Centro processador de Informações: onde receber os dados e os transforma em informações. Aqui, estão em operação os sistemas de custos, os critérios básicos, os procedimentos e os registros. Neste momento o profissional da área de custos realiza o trabalho de acumulação, organização, análise e interpretação de dados;

c) Informações: nesta fase temos o produto final da Contabilidade de Custos, ou seja, a apresentação de relatórios gerenciais.

Desta forma, a Contabilidade de Custos se torna uma ferramenta indispensável para o gerenciamento de uma empresa, pois ela interliga todos os setores através de relatórios com informações, as quais são relevantes na tomada de decisão.

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2.2.1 Conceito e Finalidade

A Contabilidade de Custos esta voltada a analise e geração de informações através de dados coletados. Para Leone (2008, p.23) “a Contabilidade de Custos colhe dados internos e externos, monetários e não monetários, mas quantitativos”.

Na mesma linha de entendimento, Sá (2012) descreve que “todo e qualquer fenômeno patrimonial precisa ser observado em suas relações essenciais, dimensionais e ambientais e nada mais que isto é o que se tenta hoje fazer com a apresentação do que se tem denominado de «novos conceitos do custo»”.

Para Bruni e Famá (2003, p.24) a Contabilidade de Custos pode ser definida como:

Processo ordenado de usar os princípios da contabilidade geral para registrar os custos de operação de um negócio. Dessa forma, com informações coletadas das operações e das vendas, a administração pode empregar os dados contábeis e financeiros para estabelecer os custos de produção e distribuição, unitários ou totais, para um ou para todos os produtos fabricados ou serviços prestados, além dos custos das outras diversas funções de negócios, objetivando alcançar uma operação racional, eficiente e lucrativa.

Assim, a Contabilidade de Custos é uma importante função empresarial, pois está diretamente relacionado com os resultados das empresas.

A Contabilidade de Custos, inicialmente, foi criada com a finalidade de resolver problemas monetários relacionados aos estoques das empresas, porém, ao longo do tempo, foi percebendo que a Contabilidade de Custos poderia se tornar um grande instrumento de administração empresarial.

Para Bruni e Famá (2003, p.24) “a Contabilidade de Custos nasceu da decorrência da necessidade de informações mais precisas, na mesma linha de entendimento”, Martins (2001, p.21) relata que “devido ao crescimento das empresas, com o consequente aumento da distância entre administradores ativos e pessoas administrativas, passou a Contabilidade de Custos a ser encarada como uma eficiente forma de auxílio no desemprenho dessa nova missão, a gerencial”.

Ainda pra Bruni e Famá (2003, p.24-25) as funções básicas da Contabilidade de Custos devem buscar atender a três razões primárias:

a) Determinação do lucro: empregando dados originários dos registros convencionais contábeis, ou processando-os de maneira diferente, tornando-os mais uteis à administração;

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b) Controle das operações: e demais recursos produtivos, como os estoques, com a manutenção de padrões e orçamentos, comparações entre previsto e realizado;

c) Tomada de decisões: o que envolve produção (o que, quanto, como e quando fabricar), formações de preços, escolha entre fabricação própria ou terceirizada.

De acordo com as finalidades descritas, é possível dizer que a Contabilidade de Custos esta relacionada com todo e qualquer tipo de atividade, visando auxiliar a gestão empresarial.

2.3 Custos na Atividade Comercial

A Contabilidade de Custos esta diretamente ligada à industrias, pois é através do sistema de custeio que se chega a uma valor mais preciso sobre os custos de produção e assim, consequentemente a um preço de venda. Porém, para o comércio, o sistema de custos não é muito utilizado pelos administradores.

Para Wernke (2011, p.26) “no comércio geralmente não é necessário utilizar um método de custeio para apurar o custo unitário das mercadorias. Este valor pode ser calculado considerando somente os itens relacionados com a compra da mercadoria para revenda”.

As empresas comerciais tem dificuldade de repassar suas despesas e custos aos seus clientes em razão da concorrência, uma vez que o preço de venda pode prejudicar a competitividade no setor varejista.

Para Wernke (2011, p.26) existem conceitos que devem ser entendidos para evitar que ocorrem informações distorcidas ou conclusões e decisões erradas, tais como:

 Gastos: são ocorrências nas quais a administração da empresa despende recursos ou contrai uma obrigação (dívida) perante terceiros (fornecedores, bancos, etc.) para obter algum bem ou serviço que necessite para suas operações cotidianas.

 Desembolso: qualifica a situação na qual a empresa efetivamente paga a aquisição de algum bem ou serviço. Em relação ao período de ocorrência, esse pagamento pode acontecer antes, durante ou depois do item comprado estar a disposição da empresa ou do serviço adquirido ser usufruído.

 Investimentos: são gastos efetuados na aquisição de ativos com a perspectiva de gerar benefícios econômicos em períodos futuros.

 Custos: são valores diretamente ligados ao custo de aquisição da mercadoria a ser revendida.

 Despesas: são valores despendido voluntariamente com bens ou serviços utilizados para obter receitas. As despesas representam os gastos ligados às atividades operacionais da loja nas áreas administrativas, finanças e vendas.

 Perdas: abrange as ocorrências fortuitas, ocasionais, indesejadas ou involuntárias no ambiente das operações de uma empresa. Este tipo de gasto não devem ser considerados como integrantes dos custos das mercadorias comercializadas porque são fatores oriundos de ineficiência interna da empresa.

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Com esta classificação, pode evidenciar que nem todos os gastos ocorridos na empresa devem ser repassados ao preço de venda da mercadoria, o que pode fazer com que o preço fique alto demais e perde lugar no mercado aos seus concorrentes.

2.3.1 Custos Relativos à Aquisição das Mercadorias

Os custos são valores gastos pela empresa da qual esta diretamente ligado a aquisição de mercadorias para revenda, tais como fretes, seguros, embalagens entre outros.

Para Bacic e Vasconcelos (2010, p.45):

Custos relaciona-se com a aquisição, utilização e reposição continuas (com maior ou menos frequência) de recursos produtivos por parte de uma empresa. Os custos, portanto, são gerados pela empresa ao longo de todo o ciclo de suas atividades (compra, transformação e vendas e distribuição) e que, espera-se, sejam recuperados, na medida exata, no momento do recebimento do valor referente as vendas de seus produtos ou serviços.

Para Wernke (2011, p.28):

Custos deve ser classificados apenas os valores diretamente ligados ao custo de aquisição das mercadorias a ser revendida. Ou seja, os gastos relacionados com o valor pago ao fornecedor e demais fatores que sejam intrinsecamente vinculados à compra daquela mercadoria, como o frete e o seguro pago para o transporte de mercadoria até a loja, além de tributos inerentes à nota fiscal de compra e outros fatores.

O custo relativo a aquisição de mercadorias envolve vários fatores, assim, Wernke (2011, p.39) apresenta os fatores para calcular o custo de compra das mercadorias.

Quadro 1: Calculo do Custo de Compra de mercadorias. (+) Valor da mercadoria

(-) Descontos na fatura (+) Fretes / seguros / outros (-) Tributos recuperáveis (+) Tributos não recuperáveis (=) Custo de compra total

(/) Quantidade comprada (unidades) (=) Custo unitário de compras Fonte: Wernke (2011, p.39)

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Assim, os demais gastos que normalmente ocorrem no comércio, não devem ser considerado custos, sendo classificados como despesas e é incluso no cálculo do preço de vendas.

2.3.2 Despesas Relativas à Venda de Mercadorias

Despesas são todos os gastos efetuados no ambiente administrativo, financeiro ou ligado as vendas, exceto os gastos relacionados com a aquisição das mercadores, como já visto anteriormente.

Segundo Martins (2012, p.220) “despesas são todas aquelas vinculadas efetivas, direta e proporcionalmente à receita de vendas, englobando não só comissões de vendedores, alugueis e arrendamentos proporcionais ao faturamento mas também uma razoável estimativa de perdas nas vendas a prazo”.

Seguindo o mesmo entendimento, Wernke (2011, p.28), “as despesas abrangem o valor despendidos voluntariamente com bens ou serviços utilizados para obter receitas, seja ela de forma direta ou indireta”.

Ainda segundo Wernke (2011, p.28) “as despesas de vendas são gastos com propaganda, brindes, comissões de vendas, embalagens, remuneração dos empregados da área comercial, entre outros”.

Portanto, as despesas com vendas é tudo aquilo que esta diretamente ligado a gastos na comercialização da mercadorias ou serviços.

2.3.3 Os Componentes Fixos do Custo no Comércio

Custos fixos são os custos que não tem ligação direta com a produção ou a venda de mercadorias, ou seja, não variam em função do volume de vendas.

Custos fixos segundo Bruni e Famá (2003, p.32):

São custos que, em determinado período de tempo e em certa capacidade instalada, não variam, qualquer que seja o volume de atividade da empresa. Existem mesmo que não haja produção. Podem ser agrupados em: custo fixo de capacidade – custo relativo às instalações da empresa, refletindo a capacidade instalada da empresa, como a depreciação, amortização ect; custo fixo operacional – relativo à operação das instalações da empresa, como seguro, impostos predial ect. Exemplos clássicos de custos fixos podem ser apresentados por meio de gastos com aluguéis e depreciação – independentemente dos volumes produzidos, os valores registrados com ambos os gastos serão os mesmos.

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Na mesma linha de entendimento, Wernke (2011, p.33) custos fixos são “aqueles gastos cujos valores totais tendem a permanecer constantes, mesmo havendo alterações no nível de faturamento do período. São os gastos que tem seu montante definido independentemente da oscilação no valor das vendas”.

Ainda segundo Wernke (2011, p.34) convém salientar que:

No comércio varejista, esta classificação de “fixo” é mais apropriadamente empregada em relação as despesas. A existência de custos fixos no comércio é menos comum e pode existir, eventualmente, quando determinado tipo de gasto é efetuado somente para comercializar uma mercadoria ou grupo restrito de mercadorias. Na literatura de custos são também denominados de custos fixos “específicos” ou “identificados”, estando associados a determinados produtos, mas sem manter uma proporção estreita em relação ao nível de venda dos mesmos.

No entanto, os custos fixos das empresas não estão ligados com o faturamento da mesma, ou seja, independentemente das vendas que ocorrem na empresa, o custo fixos será sempre o mesmo valor.

2.3.3.1 Despesas Operacionais

As despesas operacionais são as despesas fixas que estão relacionadas com a operação da empresa, ou seja, estão diretamente vinculadas a atividade fim da empresa.

Segundo Brizolla (2008) “despesas operacionais são as necessárias para vender o produto, administrar a empresa e financiar as operações. Enfim, são todas as despesas que contribuem para a manutenção da atividade operacional da empresa”.

Para Wernke (2011, p. 145) despesas fixas no comercio varejista são “todos os gastos mensais que não apresentam uma variação relevante em função do volume vendido, ou permanece com o mesmo valor mensalmente, mesmo com oscilações nas vendas”.

As despesas operacionais, no entanto, são despesas mensais que não alteram valores em função do volume das vendas, ou seja, independentemente das vendas, todo mês terá o mesmo valor a ser pago.

(23)

2.3.3.2 Despesas Administrativas

As despesas administrativas são todas as despesas ligadas a administração da empresa. Segundo Iudícibus, Martins e Gelbcke (2009, p. 383) “as despesas administrativas representam os gastos, pagos ou incorridos, para direção ou gestão da empresa, e constituem-se de varias atividades gerais que beneficiam todas as faconstituem-ses do negócio ou objeto social”.

Para Brizolla (2008) as despesas administrativas são:

Aquelas necessárias para administrar (dirigir) a empresa. De maneira geral, são gastos nos escritórios que visam à direção ou a gestão da empresa. Podem-se citar como exemplo: honorários administrativos, salários e encargos sociais do pessoal administrativo, aluguéis, materiais e seguros dos escritórios, depreciação de imóveis e utensílios, assinaturas de jornais e periódicos, ect.

No entanto, as despesas administrativas estão gastos realizados pela empresa para a administração da mesma.

2.3.3.3 Depreciação

Depreciação são despesas que ocorrem em razão do desgastes dos bens imóveis da empresa.

Para Basso (2005, p. 226) “depreciação corresponde à perda de valor dos direitos que tem por objeto bens físicos, sujeitos a desgastes ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência”.

Ainda conforme Basso (2005, p.227):

Com base na vida útil do elemento a depreciar, é encontrada a taxa anual de depreciação, através de uma operação matemática de relativa facilidade, ou seja, toma-se o indicador 100 e divide-se pelos anos de vida útil do elemento, obtendo-se a sua taxa anual de depreciação que, dividida por 12 (meses), dá a taxa mensal de depreciação.

O mesmo autor ainda salienta:

Quando a entidade não possuir condições de identificar por seus próprios métodos a provável vida útil dos elementos de seu imobilizado e a partir dai definir as suas taxas reais de depreciação, deve então adotar as taxas consagradas pela jurisprudência, isto é, as taxas geralmente aceitas pelos profissionais da área e pela legislação fiscal.

(24)

Segundo descrito na Norma Brasileira da Contabilidade – NBC T 16.9 (2008), “depreciação é a redução do valor, decorrente da exploração, dos recursos minerais, florestais e outros recursos naturais esgotáveis”.

Ainda na Norma Brasileira de Contabilidade – NBC T 16.9 (2008), alguns fatores devem ser considerados ao se estimar a vida útil econômica de um ativos, tais como:

 A capacidade de geração de benefícios futuros;

 O desgaste físico decorrente de fatores operacionais ou não;

 A obsolescência tecnológica;

 Os limites legais ou contratuais sobre o uso ou a exploração do ativo.

No entanto, a depreciação é a desvalorização dos bens imobilizados da empresa, a qual é depreciada conforme sua vida útil.

2.3.4 O Sistema de Custeio Variável Aplicado no Comércio

O sistema de custeio é a maneira em que os custos são classificados dentro da entidade.

Para Bruni e Famá (2003, p. 35) “os sistemas de custeio referem-se às formas como os custos são registrados e transferidos internamente da entidade. Identificam os custos dos estoques de produção em andamento e de produtos acabados”.

Para Martins (2001, p. 220):

Do ponto de vista decisorial, verificamos que o Custeio Variável tem condições de propiciar muito mais rapidamente informações vitais a empresa; também o resultado medido dentro do seu critério parece ser mais informativo à administração, por abandonar os custos fixos e tratá-los contabilmente, como se fossem despesas, já que são quase sempre repetitivos e independentes dos diversos produtos e unidades.

Conforme Bruni e Famá (2003, p. 208) “ no sistema de custeio variável, apenas os custos variáveis são atribuídos aos produtos elaborados, que, juntamente com as despesas variáveis, serão subtraídos da receita, gerando um valor que é denominado margem de contribuição.

Bruni e Famá (2003, p. 213) ainda descreve que “o custeio variável fere os princípios contábeis, especialmente o principio da competência e o da confrontação. Segundo esses dois

(25)

principio, as receitas devem ser apropriadas e delas deve deduzidos todos os sacrifícios envolvidos em sua obtenção”.

Assim, no método de custeio variável a empresa obtém um sobre as vedas, e assim, proporcionando informação de forma mais ágil aos gestores da empresa.

2.3.5 Formação do Preço de Venda

Toda empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte, ou ainda, industrial, comercial ou prestação de serviços, precisa determinar com precisão o seu preço de venda, sob pena de sofrer prejuízo, por vender seus produtos abaixo do preço de custo, ou ainda perder mercado, vendendo seus produtos com valores além da concorrência.

Para Wernke (2011, p. 45):

A adequada determinação dos preços de venda é questão fundamental à sobrevivência e crescimento das empresas, independentemente do porte ou da área de atuação, tendo em vista a preferência cada vez maior pelo quesito “preço” como fator predominante na decisão de compra dos clientes.

Segundo Bruni e Famá (2003, p.339) “as decisões empresariais associadas à gestão financeira devem sempre preocupar-se com custos incorridos e preços praticados. Uma empresa somente conseguirá prosperar e continuar existindo se praticar preços superiores aos custos incorridos”.

Ainda para Wernke (2011, p. 47):

A maioria das empresas varejistas devem identificar a rentabilidade obtida com os preços de venda constantes da tabela vigente (em geral aceitos pelo mercado consumidor) para decidir se estes continuarão a ser praticados ou sofrerão alterações (majorações ou descontos). Isto é pertinente porque a determinação do preço de venda é cada vez mais influenciada pelo acirramento da concorrência de mercado a menos por fatores internos.

Assim, os preços de vendas necessitam seguir o preço do mercado, conforme Bruni e Famá (2003, p.340) “todo e qualquer preço de um produto sempre estará limitado pelo mercado – em outras palavras, pelo valor atribuído pelos clientes ao produto ou serviço comercializado”.

Ainda segundo Bruni e Famá (2003, p. 340):

O preço de venda estará limitado entre o custo e o valor: nenhuma empresa oferecerá produtos por preços inferiores ao custo por tempo indeterminado. Da mesma forma, os clientes somente estarão dispostos a pagar o preço de um produto,

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quando o valor percebido for superior. Da diferença entre o preço e o custo decorre o lucro – desejado pela empresa. Da diferença entre o valor percebido e o preço decorrem os benefícios extras – desejados pelo mercado.

O preço de venda é determinado após avaliação de alguns fatores, conforme Bruni e Famá (2003, p.341):

Capacidade e disponibilidade de pagar do consumidor: devem ser analisados o poder de compra e o momento que o cliente deseja ou pode pagar. No caso de vendas a prazo, os encargos financeiros devem ser incluídos nos preços;

Qualidade/tecnologia do produto em relação às necessidades do mercado consumidor: a empresa precisa definir claramente qual seu mercado de atuação e desenvolver o produto ideal para os clientes;

Existência de produtos substitutos a preços mais vantajosos: preços relativamente elevados podem incentivar o surgimento ou a ampliação da concorrência;

Demanda esperada do produto: o planejamento das vendas futuras do produto – que é fortemente influenciada pelo preço que se desejará praticar;

Níveis de produção e/ou vendas em que se pretende ou que se pode operar: em decorrência da existência de gastos fixos, o volume de produção e vendas é fundamental na determinação de custos e preços previstos;

Mercado de atuação do produto: quanto mais pulverizado for o mercado, menos será a capacidade das empresas de fixar os preços;

Controle de preços impostos por órgãos governamentais: na existência de controles mais rígidos, obviamente menos será a flexibilidade de fixação de preços por parte das empresas;

Custos e despesas de fabricar, administrar e comercializar o produto: custos e despesas devem ser conhecidos a fundo, principalmente a distinção entre gastos indiretos e fixos – associados à estrutura da empresa; dos gastos variáveis – identificados nos produtos;

Ganhos e perdas de gerir o produto: gastos associados a investimentos de natureza permanente ou em capital de giro, incluindo o custo de oportunidade dos recursos empregados nas operações.

Já para Wernke (2011, p.48) a precificação no comercio varejista é efetuado enfatizando os seguintes fatores:

 Custo unitário de aquisição: envolve o custo de compra de mercadoria e os fatores inerentes;

 A taxa de marcação ou Mark-up: abrange os percentuais relacionados com o preço de vendas ou faturamento fiscal, como tributos incidentes sobre vendas, comissão dos vendedores, taca de franquia, margem de lucro desejada, etc.

Mark-up é um tipo de calculo que é realizado para a formação do preço de venda, como relata Wernke (2011, p.52-53), “Mark-up é um índice aplicado sobre o custo de compra da mercadoria para a formação do preço de venda respectivo. No cálculo do Mark-up podem ser inseridos todos os itens que se deseja cobrar no preço de venda da mercadoria, desde que sob a forma de percentuais”.

(27)

Ainda conforme o mesmo Wernke (2011, p.52-53), os custos que podem ser incluídos no mark-up são:

 Tributos incidentes sobre vendas, conforme a legislação para cada mercadoria;

 Comissão dos vendedores (quando essa remuneração for baseada no preço de venda);

 Taxa de franquia cobrada pela franqueadora;

 Taxa cobrada pela administradora do cartão de credito nas vendas com essa ferramenta;

 Margem de lucro desejada para cada mercadoria;

 Frete pago para a entrega da mercadoria aos clientes;

 Descontos para facilitar a negociação;

 Outros percentuais sobre vendas.

A margem de lucro desejada, aplicada no mark-up, varia de empresa para empresa, mesmo que estas sejam do mesmo setor varejista, pois segundo Wernke (2011, p.53), os aspectos que influenciam o calculo do Mark-up nas empresas são:

 A estratégia competitiva escolhida: quando os lojistas optam por competir com mercadorias ‘diferenciadas’ (em termos de inovação tecnológicas, qualidade, sofisticação, forma de atendimento, etc.) geralmente a margem de lucro a serem computadas no Mark-up podem ser maiores. Ao contrario, se optarem em concorrer com a estratégia de ‘preços baixos’, obrigatoriamente deverão ser praticadas margens de lucro menores;

 A existência de mercadorias similares na concorrência: a facilidade de importação e a existência de diversos concorrentes em determinado segmento varejista permitem que os consumidores tenham maior oferta de mercadorias, podendo escolher entre inúmeros artigos semelhantes. Com isto, as margens de lucro devem ser ajustadas à maior ou menos concorrência existente;

 Os segmentos de mercado a serem atingidos: a mesma mercadoria pode ser comercializada em mais de um segmento de mercado. Por isto, podem ser praticados margens de lucro especificas para cada um desses segmentos, conforme a conveniência comercial ou a necessidade de expandir vendas, por exemplo;

 Politicas de preços de atração: no comercio varejista é comum a utilização de margens de lucro baixas em determinadas mercadorias, que servem como ‘atração’ aos consumidores. Os supermercados, por exemplo, anunciam determinado produto por um preço baixo (com margem de lucro reduzida ou nula). Têm intensão de que os clientes comprem a mercadoria e levem junto outros produtos comercializados com margem de lucro maiores. Assim, compensam a pequena margem numa mercadoria com margens maiores em outras;

 O volume previsto de venda: quanto maior o volume previsto de venda para determinado produto, menos pode ser a margem de lucro a ser repassada ao preço de venda.

Portanto, para a formação do preço de venda, deve-se considerar inúmeros fatores além da margem de lucro desejado, e atribuir o calculo do Mark-up para as mercadorias, assim a empresa saberá se esta atingindo a margem desejada e ainda terá vida longa no mercado.

(28)

2.3.5.1 Análise do Custo, Volume e Lucro

Análise Custo Volume Lucro é uma ferramenta utilizada pelos gestores da empresa para avaliar a competitividade, além de beneficiar com informações precisas na hora de tomar decisão importantes para a empresa.

Para Wernke (2011, p. 140):

É fácil perceber que em mercados competitivos a gestão de custos e preços passou a ter maior relevância nos últimos anos [...] é fácil também constatar que a maioria dessa organizações não utiliza procedimentos administrativos suficientemente capazes de fornecer informações tecnicamente consistente na administração de custos e preços de venda.

Ainda conforme o mesmo autor (p. 140),em razão da competitividade:

É pertinente que os gestores de empresas varejistas adotem conceitos técnicos e implementem ferramentas de gestão de custos para melhorar a competitividade de suas companhias. Entre os instrumentos gerenciais que podem ser aplicados aos diversos tipos (ou portes) de entidades varejistas encontra-se a Análise Custo, Volume e Lucro (CVL), que consegue ofertar varias informações importantes aos administradores.

Na mesma linha Bruni e Famá (2003, p.232) confirmam que “uma das principais funções da contabilidade de custos consiste em fornecer subsídios para a tomada de decisões”. Ainda conforme os mesmos autores “a identificação e distinção de gastos conforme sua variabilidade em variáveis e fixos tronam- se muito mais importantes do que a mera separação entre custos e despesas”.

Enquanto que para Wernke (2008, p.41) a análise de custo, volume e lucro é uma “expressão que abrange os conceitos de margem de contribuição, ponto de equilíbrio e margem de segurança, cujo conhecimento é de fundamental importância para gestores de custos em virtude do número de benefícios informativos que proporcionam”.

Assim, entende-se que a analise custo, volume e lucro é uma ferramenta importante para as empresas, pois é através desta que se pode determinar o preço e o volume de venda e o lucro estimado, o que influencia muito nas tomadas de decisões.

(29)

2.3.5.2 Margem de Contribuição

Margem de contribuição é uma ferramenta gerencial que possibilita aos administradores fundamentar suas decisões quanto a formação do preço de venda e sobre a rentabilidade dos produtos vendido.

Segundo Padoveze (2003, p. 278), “margem de contribuição, é a diferença entre o preço de venda unitário do produto ou serviço e os custos e despesas variáveis por unidade de produto ou serviço”.

Para Wernke (2011, p.82):

A margem de contribuição designa o valor resultante da venda de uma unidade de compra e as despesas variáveis associadas à mercadorias vendidas. A margem de contribuição pode ser conceituada como o valor que cada unidade comercializada contribui para, inicialmente, pagar os gastos fixos mensais da loja, e, posteriormente, gerar o resultados final do período (lucro ou prejuízo).

Silva (2008, p.161) ainda salienta que:

A margem de contribuição é o volume de vendas menos os custos variáveis; isso representa o lucro variável; portanto, a margem de contribuição unitária equivale ao preço de venda unitário do produto ou serviço menos os custos e despesas variáveis por unidade do produto ou serviço.

Para Vieira (2008), “a margem de contribuição unitária é igual ao preço de venda unitário do produto (PVu) menos seus custos variáveis unitário (CVu) e despesas variáveis unitárias (DVu)”.

No entanto, a margem de contribuição é um elemento que auxilia os gestores e administradores a avaliar o desempenho das mercadorias comercializadas, uma vez que proporcionam informações gerencias importantes quanto aos custos, volumes, preços, lucros ou prejuízos sobre as vendas.

2.3.5.3 Ponto de Equilíbrio

O ponto de equilíbrio representa aos administradores o quanto a empresa tem de faturar mensalmente para cobrir seus custos, ou seja, é o ponto em que a empresa não obtém lucros, mas consegue pagar todos seus custos fixos e variáveis.

(30)

De acordo com Silva (2008, p.162):

O ponto de equilíbrio representa as receitas, que a empresa precisa produzir e vender para pagar os custos e despesas fixas, além dos custos e despesas variáveis em que ela incorre para fabricar e vender o produto. No ponto de equilíbrio, não existe lucro nem prejuízo; o lucro é zero.

Ainda, conforme Wernke (2011, p. 111) “o ponto de equilíbrio pode ser definido como o nível de vendas, em unidades físicas ou em valores, no qual a empresa opera sem lucro ou prejuízo”.

Dessa forma, a empresa estará trabalhando apenas para cobrir seus custos e despesas. Para a empresa obter lucro, esta deverá trabalhar com resultados acima do ponto de equilíbrio. O ponto de equilíbrio é classificado em três tipos, tais como: Ponto de Equilíbrio Contábil, Ponto de Equilíbrio Econômico e Ponto de Equilíbrio Financeiro.

Para Bruni e Famá (2003, p. 246):

 Ponto de Equilíbrio Contábil, é o ponto em que a analise dos gastos variáveis e fixos torna possível obter a representação do volume de vendas necessários para cobrir todos os custos e no qual o lucro é nulo.

 Ponto de Equilíbrio Econômico apresenta a quantidade de vendas (ou do faturamento) que a empresa deveria obter para poder cobrir a remuneração mínima do capital próprio nela investido – considerando valores de mercado. Neste caso, o lucro obtido deveria ser igual à remuneração do capital próprio.

 Ponto de Equilíbrio Financeiro corresponde à quantidade que iguala a receita total com a soma dos gastos que representam desembolso financeiro para a empresa.

Assim, por meio do ponto de equilíbrio é que se pode ter uma real noção se a empresa esta cobrindo seus custos e prejuízos e ainda obtendo resultados positivos.

2.3.5.4 Margem de Segurança

Margem de segurança é o indicador do limite que as vendas podem diminuir, sem que a empresa obtenha prejuízo, porém este ainda ficando acima do ponto de equilíbrio.

Para Wernke (2008, p.137) a margem de segurança “representa o volume do faturamento que supera as vendas calculadas no ponto de equilíbrio. Ou seja, representa o nível de redução no faturamento que a loja suportaria sem que passasse a operar com prejuízo”.

Silva (2008, p. 168) ainda salienta que “a margem de segurança é equivalente ao volume de vendas que ultrapassa as vendas calculadas no ponto de equilíbrio. O volume de

(31)

vendas excedente pode ser tanto o valor das vendas previstas, como o valor real das vendas, para avaliar a margem de segurança”.

Na mesma linha de raciocínio, Bruni e Famá (2003, p. 254) confirma que “a margem de segurança consiste na quantia ou índice das vendas que excedem o ponto de equilíbrio da empresa. Representa o quanto as vendas podem cair sem que a empresa incorra em prejuízo, podendo ser expressa em quantidade, valor ou percentual”.

A margem de segurança pode ser calculada, segundo Vieira (2008) quantitativamente, em unidades físicas ou monetárias, ou sob forma de percentual.

Ainda segundo Vieira (2008):

A margem de segurança pode ser vista como uma medida crua de risco. Existem sempre eventos desconhecidos, quando os planos são elaborados, podendo reduzir as vendas abaixo do nível esperado. Se a margem de segurança de uma empresa for grande dado às vendas esperadas para o ano vindouro, o risco de sofrer perdas, caso as vendas caiam, é menos do que se a margem de segurança fosse pequena. Os gestores que enfrentam uma margem de segurança baixa podem considerar certas medidas para aumentar suas vendas e reduzir seus custos.

Contudo, a margem de segurança é uma garantia aos gestores sobre o limite mínimo de faturamento da empresa, para que esta não trabalhe em prejuízo.

2.4 Sistemas de Informações Gerenciais

O sistema de informações gerenciais é um método fundamental para que as organizações gerenciem as informações de modo que sejam processadas de forma rápida sempre que solicitadas e precisas para que os administradores posam ter este apoio na hora das tomadas de decisões.

Conforme Padoveze (2010, p. 47):

Para que a informação contábil seja usada no processo de administração, é necessário que essa informação contábil seja desejável e útil para as pessoas responsáveis pela administração da entidade. Para os administradores que buscam a excelência empresarial, uma informação, mesmo que útil, só é desejável se conseguida a um custo adequada e interessante para a entidade. A informação não pode custar mais do que ela pode valer para a administração da entidade.

Ainda segundo o mesmo autor, sistema de informações define-se como “um conjunto de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros agregados segundo uma sequencia logica para o processamento dos dados e tradução em informações, para com seu produto, permitir as organizações o cumprimento de seus objetivos principais”.

(32)

Contudo, sistema de informações é a integralização de informações, que após processado, tornam-se útil para os gestores.

2.4.1 Conceito de Sistemas de Informações

Uma forma de controlar melhor as empresas, são as implantações de um sistema de informação eficaz, onde todas as informações são processadas e gerada uma nova informação para que os administradores e gestores tomem as decisões necessárias.

Segundo Martins (2008, p. 357) “o sucesso de um sistema de informações depende do pessoal que o alimenta e o faz funcionar. O sistema representa um conduto que recolhe dados em diversos pontos, processa-os e emite, com base neles, relatórios na outra extremidade”.

Para Padoveze (2010, p. 55):

Um sistema de informações gerenciais tem necessariamente que abranger todas as áreas de contabilidade de que se vale o conceito de contabilidade gerencial. Além disso, o sistema tem que incorporar todos os dados quantitativos necessários para mensuração e análise concatenada das informações com o movimentos operacional da empresa. Assim, um sistema de informações gerenciais da sustentabilidade aos gestores na tomada de decisão, através de relatórios gerados com informações coletados e processados em informações precisas.

O sistema de informações contem dados do passado, do presente e ainda prevê o futuro, como descreve Padoveze (2010, p. 55) “o sistema de informações deve prever todos os meios para trabalhar a informação em seus aspectos de informação pretérita, informação presentes, informação pretérita atualizada e informação futura, com análise percentuais”.

Assim, um sistema de informações gerenciais da sustentabilidade aos gestores na tomada de decisão, através de relatórios gerados com informações coletados e processados em informações precisas.

2.4.2 Sistema Operacional

O sistema operacional é o meio em que a empresa se utiliza para processar suais informações. Este sistema volta-se a área interna da empresa, ou seja, apoio entre os setores da própria eempresa.

Para O’Brien (2002, p. 32) “ um sistema operacional utiliza os recursos de pessoas,

hardward, software, dados e redes para executar atividades de entrada, processamento, saída,

(33)

Segundo a operacionalidade do sistema, para Padoveze (2010, p. 52):

As informações devem ser coletadas, armazenadas e processadas de forma operacional. O fundamento da operacionalidade significa que todos os que trabalham com a informação contábil devem saber e sentir que estão operando com dados reais, significativos, práticos e objetivos; conseguidos, armazenados e processados de forma pratica e objetiva.

Ainda para Padoveze (2010, p. 53) as características básicas da operacionalidade são:

 Relatórios concisos;

 Elaborados de acordo com a necessidades do usuários;

 Coletados de informações objetivas e de imediato entendimento pelo usuário;

 Que não permitam uma única dúvida sequer, ou possibilitem pergunta indicando faltas de algumas informações do objeto do relatório;

 Apresentação visual e manipulação adequada.

Conforme O’Brien (2002, p.29) “o papel dos sistemas de apoio às operações de uma empresa é eficientemente processar transações, controlar processos industriais, apoiar comunicações e colaboração e utilizar bancos de dados da empresa”.

Seguindo o entendimento de Padoveze, “o sistema operacional age de forma integrada quando todas as áreas necessárias para o gerenciamento da informação contábil estejam abrangidas por um único sistema de informações. Todos devem utilizar-se de um mesmo e único sistema de informação”.

Contudo, o sistema operacional são os recursos utilizados pela organização, para que as informações sejam processadas através dos dados coletados e computadorizados por pessoas que estão ligadas entre os diversos setores da empresa.

2.4.3 Sistema de Gestão

Sistema de gestão é uma estrutura utilizada pelas empresas para melhorar os processos da organização.

Já para Padoveze (2010, p.49) o objetivo do sistema de informações e de gestão é: A consolidação e aglutinação de todas as informações necessárias para a gestão do sistema da empresa. Esses sistemas unem e integram todos os subsistemas componentes dos sistemas operacionais e dos sistemas de apoio a gestão, através de recursos da tecnologia de informações, de forma tal que todos os processos de negócios da empresa possam ser visualizados em termos de um fluxo dinâmico de informações, que perpassam todos os departamentos e funções. Permitem, com isso, uma visão horizontal e de processo, em oposição à visão tradicional verticalizada da hierarquia funcional das empresas.

(34)

De acordo com O’Brien (2002, p.29):

Quando os sistemas de informações se concentram em fornecer informações e apoio para a tomada de decisão eficaz pelos gerentes, eles são chamados sistema de apoio gerencial. Fornecer informações e apoio para a tomada de decisão por parte de todos os tipos de gerentes (dos altos executivos aos gerentes de nível médio e até os supervisores) é uma tarefa complexa.

Ainda para Padoveze (2010, p. 49) “o sistema de apoio a gestão utiliza-se da base de dados dos sistemas operacionais [...] e tem como foco flexibilizar informações não estruturadas para tomada de decisão”.

Este sistema exige um planejamento, como relata o mesmo autor “ este sistema exige planejamento para produção dos relatórios, para atender plenamente aos usuários. É necessário saber o conhecimento contábil de todos os usuários, e construir relatórios com enfoques diferentes para os diferentes níveis de usuários”.

Tendo em vista a essas informações, o sistema de gestão é voltada para a tomada de decisão dos gestores, uma vez que os mesmo utiliza-se dos relatórios para processoas decisórios.

(35)

3 METODOLOGIA DO TRABALHO

Este capítulo trata da metodologia aplicada no desenvolvimento do estudo.

3.1 Classificação da pesquisa

A pesquisa pode ser classificada quanto a sua natureza, objetivos, abordagem do problema e procedimentos técnicos, os quais são relatados a seguir:

3.1.1 Do ponto de vista de sua Natureza

A pesquisa classifica-se do ponto de vista de sua natureza como pesquisa aplicada. Segundo Gil (2010, p.27), pesquisa aplicada tem sua característica “voltada à aquisição de conhecimentos com vistas à aplicação numa situação específica.”

Ainda conforme Gil (2010, p.26) “as pesquisas aplicadas podem contribuir para a ampliação do conhecimento cientifico e sugerir novas questões a serem investigadas”.

Portanto, o presente estudo se classificou como aplicado porque pesquisou os métodos de custeio aplicado a atividade comercial e testou os mesmos em uma farmácia, com o proposito de levantar as informações que qualifiquem a gestão.

3.1.2 Do Ponto de Vista de seus Objetivos

Quanto aos objetivos, o estudo define-se como exploratório e descritivo. O estudo exploratório segundo Gil (2010, p.27) “tem como proposito proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista a torná-lo mais explicito ou a contribuir hipótese”. Complementando, Cooper e Schindler (2011, p.147) relatam que “na pesquisa exploratória desenvolve conceitos de forma mais clara, estabelece propriedade, desenvolve definições operacionais e melhora o projeto final da pesquisa”.

Conforme Vergara (2009, p.42) “pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza”. Ainda, na concepção de Gil (2002, p.42) “este tipo de

(36)

pesquisa tem o objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”.

Contudo, o estudo se apresentou como pesquisa exploratória e descritiva, pois além de proporcionar um maior contato com o problema, visou aumentar o conhecimento com as causas e fatores que os levam a sua ocorrência.

3.1.3 Quanto a Forma de Abordagem do Problema

De acordo com a forma de abordagem do problema, o método utilizado foi o qualitativo.

De acordo com Cooper e Schindler (2011, p.164) “a pesquisa qualitativa inclui um conjunto de técnicas interpretativas que procuram descrever, decodificar, traduzir e, de outra forma, apreender o significado. As técnicas qualitativas são usadas nos estágios de coleta e analise de dados de um projeto de pesquisa”.

Sendo assim, o presente estudo teve uma análise mais profunda não somente na área monetária, mas também na área gerencial da empresa.

3.1.4 Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, o estudo classifica-se como bibliográfico, documental e estudo de caso.

Para Gil (2010, p.29) “pesquisa bibliográfica é elaborada com base e material já publicado. Tradicionalmente esta modalidade inclui material impresso, como livros, revistas teses, e ainda tipos de fontes como materiais disponibilizados pela internet”.

Ainda conforme Gil (2010, p. 30):

Pesquisa bibliográfica fundamenta-se em material elaborados por autores com o proposito especifico de ser lido por publico especifico. Já pesquisa documental vale-se de toda sorte de documentos, elaborados com finalidades diversas, tais como assentamento, autorização, comunicação, etc.

O estudo de caso, para Gil (2010, p.37) “consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetivos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados”.

(37)

No entanto, este estudo se classifica como bibliográfico, documental, pois foi realizado pesquisas em livros, artigos e ainda documentos da empresa que possam auxiliar no entendimento dos conceitos apresentados e nas analises que foi realizada durante sua realização.

Ainda, se classifica em estudo de caso porque detalhou e atingiu os objetivos traçados, que era o desenvolvimento da gestão em uma farmácia comercial.

3.2 Coleta de Dados

Conforme Roesch (1999, p.128), define se como plano de coleta de dados como:

Um projeto pode combinar técnicas desenvolvidas em um ou outro paradigma. Se trata de coleta de dados primários, através de entrevistas, questionários, observação ou testes, é importante especificar nesta seção a fonte de dados (a população que será entrevistada), quando estes serão levantados e através de que instrumentos (anexar os o roteiro de entrevistas ou questionário).

Ainda seguindo Roesch (1999, p.128) “quando se trata da utilização de dados secundários, é importante relatar sua natureza e especificações”.

3.2.1 Instrumentos de Coleta de Dados

No presente estudo foi utilizado o instrumento de observação e entrevistas despadronizadas. Segundo, Gil (2010, p.121) “observação é uma técnica de pesquisa, onde observa os fatos da entidade que pretende estudar. Neste estudo será realizada a observação sistemática e não participante”.

Para Gil (2010, p.121) “observação sistemática é adequada para estudos de caso descritivos. Ao se decidir pela adoção dessa modalidade, o pesquisador sabe os aspectos da comunidade, da organização ou do grupo são significativos para alcanças os objetivos pretendidos.

Quanto a observação não participante, Roesch (1999, p.161) “o pesquisador tem permissão da empresa para realizar seus estudos, mas não se integra ao quadro de funcionários”.

Vergara (2009, p.52) cita como entrevista desestruturada uma entrevista informal, ou seja, “é quase uma “conversa jogada fora”, mas tem um objetivo específico: coletar dados”.

Referências

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