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Contrato de Franquia

Aula 06

Professora: Regiane Carvalho

Presot

(2)

Definição legal

A Lei nº 8.955, de 15 de dezembro de 1994, não regula em detalhes o contrato de franquia, estabelecendo simplesmente o conceito de franquia empresarial.

“Art. 2º Franquia empresarial é o sistema pelo qual um

franqueador concede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício.” (grifos)

Ou seja, o contrato de franquia implica licença de uso de marcas e direito de uso do know-how do franqueador, em virtude do contrato

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Documentos legais

• Circular de Oferta de Franquia (COF) • Pré-Contrato de Franquia

(4)

Circular de Oferta de Franquia

(COF)

É o único dos documentos de franquia essencialmente regulado na Lei nº 8.955, de 15 de dezembro de

1994 (Lei de Franquia).

O artigo 4º da lei determina a obrigatoriedade de entrega da COF ao candidato pelo menos 10 dias antes da assinatura de qualquer contrato ou do pagamento de qualquer quantia, sob pena de o franqueado poder argüir a nulidade do contrato, a qualquer tempo, e exigir a devolução de todos os valores já pagos ao franqueador, devidamente reajustados.

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Por isso, as franquias devem estar revendo a sua

circular de oferta pelo menos semestralmente, para que esteja sempre refletindo a relação contratual e comercial adotada pela Rede de Franquia e,

portanto, preencha os requisitos da Lei nº 8.955/94. Com o objetivo de comprovar o recebimento, o

franqueador geralmente exige que o candidato

rubrique cada página da COF, em duas vias, sendo que uma cópia deverá ficar com o franqueador e

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As seguintes informações são exigidas pelo artigo 3º da Lei de Franquia:

I - Histórico resumido, forma societária e nome completo ou razão social do franqueador e de todas as empresas a

que esteja diretamente ligado, bem como os respectivos nomes de fantasia e endereços;

Neste aspecto, a COF dever informar, por exemplo, quando a franqueadora começou a atuar no mercado, local onde a

franqueadora começou a atuar e seu desenvolvimento ao longo dos anos de funcionamento, os produtos que a

franqueadora comercializa e outros dados que sejam relevantes para constituir um breve histórico da Rede de Franquia.

(7)

II - Balanços e demonstrações financeiras da empresa franqueadora relativos aos dois últimos exercícios;

(atualmente 2002 e 2003) Um negócio rentável dá ao franqueador uma boa situação financeira. Se o franqueador está em condições financeiras ruins, pode ser um sinal de que algo não vai bem nessa franquia.

Abertura de uma empresa específica para conceder franquias – evita-se a apresentação dos balanços financeiros.

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III - Indicação precisa de todas as pendências judiciais em que estejam envolvidos o

franqueador, as empresas controladoras e

titulares de marcas, patentes e direitos autorais relativos à operação, e seus subfranqueadores, questionando especificamente o sistema da

franquia ou que possam diretamente vir a impossibilitar o funcionamento da franquia;

Uma franquia saudável, em princípio, não tem

diversas ações na justiça, salvo ações trabalhistas e outras que não interfiram diretamente com a oferta de franquias.

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IV - Descrição detalhada da franquia,

descrição geral do negócio e das

atividades que serão desempenhadas

pelo franqueado;

Descrição do dia-a-dia da operação.

Quais são as características básicas da

franquia.

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Serviços Prestados Após a

Inauguração (em geral)

– Assessoria e orientação na composição ideal do mix de produtos para a unidade franqueada;

– Consultoria periódica para garantir a padronização da

Rede de Franquia e dar apoio ao franqueado na condução de sua loja;

– Comunicação constante com todos os franqueados, por meio dos consultores de campo, encontros, convenções periódicas, newsletter, boletins e outros meios de

comunicação;

– Coordenação de toda a propaganda e promoção da Rede de Franquia;

(11)

– Treinamentos e reciclagens;

– Desenvolvimento constante de novos produtos, mantendo a Rede de Franquia atualizada em relação às tendências do mercado.

- treinamento do franqueado, especificando duração, conteúdo e custos;

Informações sobre como se dará o treinamento inicial, local em que será prestado e tempo de duração, bem como informações sobre quem

deverá comparecer ao treinamento (se apenas o franqueado ou também o seu gerente e outros funcionários, por exemplo).

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- manuais de franquia;

Informações sobre os manuais da franquia, que

devem conter os métodos operacionais do negócio. Em geral, esses materiais são entregue pelo

franqueador em regime de comodato, constituindo-se o franqueado como fiel depositário de tais

manuais, com o objetivo de manter a propriedade com o franqueador, por contêm informações

confidenciais.

- auxílio na análise e escolha do ponto onde será instalada a franquia; e

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layout e padrões arquitetônicos nas instalações do franqueado;

Em geral se exige que o franqueado mantenha a manifestação visual exigida pelo franqueador,

incluindo o conjunto de elementos visuais característicos daquela Rede de Franquia,

compreendendo desenhos arquitetônicos, marcas franqueadas, cores, padrões, lay-out interno e

externo e qualquer característica distintiva da respectiva rede.

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Situação perante o Instituto Nacional de

Propriedade Industrial - (INPI) das marcas

ou patentes cujo uso estará sendo

autorizado pelo franqueador;

Em alguns casos o franqueador não é o

próprio titular das marcas, mas está

devidamente autorizado, sendo empresas do

mesmo grupo. Toda a situação das marcas

deverá estar detalhada na COF.

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XIV - Situação do franqueado, após a expiração do contrato de franquia, em relação a:

a) know how ou segredo de indústria a que venha a ter acesso em função da franquia; e

b) implantação de atividade concorrente da atividade do franqueador;

A lei implicitamente permite que o franqueador

estabeleça a cessação de uso do know-how, bem como alguma restrição à operação de atividade concorrente pelo franqueado, após o término do contrato.

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É, inclusive, típico o fornecimento dos manuais de operação, contendo informações privilegiadas da Rede de Franquia, em regime de comodato pelo

franqueador, constituindo-se o franqueado como fiel depositário de tais manuais. Em última análise, isso tem como objetivo garantir a cessação do uso do know-how do franqueador após o término do

contrato.

Daí se conclui que a cláusula de não concorrência é essencial no contrato de franquia, pois o contrato

importa na obtenção de informações confidenciais e segredos de negócio do franqueador pelo

(17)

A cláusula de não concorrência vem evoluindo ao longo dos tempos e atualmente se exigem dois requisitos de validade:

- limite temporal; e - limite espacial.

A generalidade de uma cláusula pode fazer com que seja considerada abusiva em juízo e,

conseqüentemente, declarada nula, principalmente se o franqueado já atuava no ramo antes da

(18)

Modelo do contrato-padrão e, se for o caso, também do pré-contrato-padrão de franquia

adotado pelo franqueador, com texto completo, inclusive dos respectivos anexos e prazo de

validade.

A COF deverá anexar cópia do contrato de franquia padrão adotado pela rede.

Contrato de Adesão?

Com o novo Código Civil, que entrou em vigor em 11 de janeiro de 2003, o dever do franqueador de fornecer ao candidato todas as informações

essenciais do negócio passou a ter importância redobrada, pois foi consagrado o princípio da

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Pré-Contrato de Franquia (opcional)

Não é um documento obrigatório, dependendo de cada Rede de Franquia a decisão de adotá-lo ou não.

Por ser um documento preparatório, o “Pré-Contrato de Franquia” trata dos aspectos referentes à fase de treinamento inicial, seleção e escolha do franqueado. Além disso, engloba a etapa preparatória para a

instalação da unidade franqueada.

Por isso, é recomendável que os candidatos sempre façam uma análise sobre a adequação dos prazos concedidos, a fim de que, uma vez

selecionado, o candidato possa tomar as medidas para a escolha do ponto comercial, constituição da empresa e instalação da unidade franqueada em tempo hábil.

Com o novo Código Civil, que entrou em vigor em 11 de janeiro de 2003, passou a se exigir que os contratos preliminares contenham

todos os requisitos essenciais ao contrato que será celebrado (art. 462 do novo CC).

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Portanto, o Pré-Contrato deverá passar a prever expressamente os aspectos essenciais do Contrato de Franquia, incluindo remuneração e cláusulas restritivas dos direitos dos

franqueados, entre outras.

Além disso, o novo Código Civil estipulou no seu artigo 463 que qualquer das partes terá o direito de exigir a assinatura do contrato definitivo, conferindo prazo à outra parte para que o efetive, salvo quando do contrato preliminar constar

cláusula de arrependimento.

Portanto, caso o Pré-Contrato não contenha cláusula expressa dispondo que tanto o franqueado quanto o

franqueador poderão desistir da contratação, por exemplo, poderá ser

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Contrato de Franquia

O contrato de franquia deverá estar em conformidade com todas as informações prestadas na circular de oferta, tendo

geralmente as seguintes cláusulas características:

• Outorga da Franquia – especificação dos direitos concedidos;

• Território;

• Prazo e condições de prorrogação; • Remuneração;

Como os royalties muitas vezes correspondem a um

percentual sobre o faturamento bruto do franqueado, são usuais mecanismos de controle, tais como envio de

relatórios, possibilidade de auditoria nos livros contábeis do franqueado, entre outros.

(22)

 Obrigações do Franqueado;

 Obrigações do Franqueador;

 Uso das Marcas Franqueadas;

Nome de domínio e sites na Internet.  Confidencialidade;

 Não concorrência;

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 Fornecimento dos produtos;

 Cessão de direitos e transferência de interesses;  Contrato Intuito Personae – franqueado pessoa

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Rescisão contratual e seus efeitos

(a) Cessação de uso das marcas e sinais distintivos da franquia;

(b) Retirada de letreiros e placas, bem como descaracterização da arquitetura da unidade franqueada;

(c) Devolução dos manuais entregues em comodato e outros documentos confidenciais;

(d) Manutenção de sigilo de todas as informações recebidas;

(25)

Recompra

Gestão da unidade franqueada pelo

franqueador

 Seguro;

 Garantia Contratual;

 Disposições Gerais

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Averbação no Instituto Nacional de

Propriedade Industrial (INPI

A averbação dos contratos de franquia no INPI só é indispensável nos casos de franquia internacional, para os seguintes efeitos:

• produzir efeitos perante terceiros;

• permitir a remessa de remuneração para o franqueador estrangeiro;

• permitir a dedutibilidade fiscal pelo franqueado.

Nas franquias internacionais, é também necessário registrar o contrato no Banco Central, após a

Referências

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