MAC-015 Resistência dos Materiais – Unidade 02
Engenharia Elétrica Engenharia de Produção Engenharia Sanitária e Ambiental
Leonardo Goliatt
Departamento de Mecânica Aplicada e Computacional Universidade Federal de Juiz de Fora
Propriedades Geométricas de Áreas Planas
Programa
1 Propriedades Geométricas de Áreas Planas
Centroide
Momentos de Inércia Teorema dos Eixos Paralelos Produtos de Inércia
Propriedades Geométricas de Áreas Planas
Introdução
Momentos de área com relação a um eixo e a um ponto
Momento de área de primeira ordem – Q
Qx=
Z
A
y dA(Momento de área com relação ao eixo x)
Qy=
Z
Propriedades Geométricas de Áreas Planas
Introdução
Momentos de área com relação a um eixo e a um ponto
Momento de área de segunda ordem – I, J Ix=
Z
A
y2dA(Momento de inércia com relação ao eixo x)
Iy=
Z
A
Propriedades Geométricas de Áreas Planas
Introdução
Momentos de área com relação a um eixo e a um ponto
Momento de área de segunda ordem – J JO= Z A x2+ y2dA= Z A
Propriedades Geométricas de Áreas Planas
Introdução
Momentos de área com relação a um eixo e a um ponto
Momento de área de segunda ordem – Ixy
Ixy=
Z
A
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Programa
1 Propriedades Geométricas de Áreas Planas
Centroide
Momentos de Inércia Teorema dos Eixos Paralelos Produtos de Inércia
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Definição de Centroide
O centroide C(x, y) de uma área plana é o ponto que define seu centro geométrico.
Para determinar matematicamente a localização dos centroides usamos o método dos momentos
x = Qy A = Z A x dA A y = Qx A = Z A y dA A As fórmulas que definem o centroide de uma área plana dependem somente de sua geometria.
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Relação entre Centroide e Centro de Gravidade
O centroide C(x, y) de uma área plana é o ponto que define seu centro geométrico. x=Qy A = Z A x dA Z A dA , y=Qx A = Z A y dA Z A dA
O centro de gravidade G(xG, yG) considera uma função de peso
específico γ(x, y). xG= Z A γ x dA Z A γ dA , yG= Z A γ y dA Z A γ dA Temos C ≡ G quando γ(x, y) é constante.
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Centroide de uma Área Retangular
O eixo x coincide com a base do retângulo Faixa diferencial dA = b dy Ay = Z y dA b hy = Z h 0 yb dy = bh 2 2 y = h 2
Este resultado é válido para os dois outros lados do retângulo, considerando-se uma nova base e altura correspondente.
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Observações
O centroide de algumas áreas podem ser parcial ou completamente especificados por meio de condições de simetria.
Se um corpo possui um eixo de simetria, centroide localiza-se sobre este eixo.
Em alguns casos, o centroide encontra-se em um ponto que não se localiza no objeto.
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Centroide de uma Área Triangular
O eixo x coincide com a base do triângulo Faixa diferencial dA = x dy
Por semelhança de triângulos x/(h − y) = b/h ⇒ dA =(h−y)bh dy
Ay = Z y dA bh 2y = Z h 0 y(h − y) h b dy = bh 2 6 y = h 3
Este resultado é válido para os dois outros lados do triângulo, considerando-se uma nova base e altura correspondente.
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Centroides de Áreas Compostas
Áreas feitas de várias partes ou formas diferentes são chamadas áreas compostas.
O centroide de uma área composta pode ser determinada a partir dos centroides e das áreas partes individuais.
Para uma área que pode dividida em n partes
x=∑ n i=1xiAi ∑ni=1Ai , y=∑ n i=1yiAi ∑ni=1Ai
Para uma área que exige integração
x= Z A xcdA Z A dA , y= Z A ycdA Z A dA ,
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Centroides de Áreas Compostas
x=∑ni=1xiAi ∑ni=1Ai
y=∑ni=1yiAi ∑ni=1Ai
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Centroides de Áreas Compostas
x=20(20)(40)+5(10)(30)+20(10)(40)(20)(40)+(10)(30)+(10)(40) = 17 mm
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Centroides de Áreas Compostas
x= Z A xcdA Z A dA , y= Z A ycdA Z A dA ,
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Centroides de Áreas por Integração
x= Z A xcdA Z A dA , y= Z A ycdA Z A dA ,
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Centroides de Áreas por Integração
xc= x k= a/b3 yc= y 2 dA= y dx y= (b3x/a)1/3
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Centroides de Áreas por Integração
A= Z a 0 dA= Z a 0 y dx= Z a 0 (b3x/a)1/3dx=3 4ab 3 4abx= Z a 0 (xc)ydx = Z a 0 x(b3x/a)1/3dx=3 7a 2b⇒ x =4 7a 3 4aby= Z a (yc)ydx = Z a1 (b3x/a)2/3dx= 3 ab2⇒ y =2b
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Tabela de Centroides de Áreas Planas
Figura x y – – – 3π4r 4r 3π 4r 3π
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Tabela de Centroides de Áreas Planas
Figura x y 2rsenα 3α – b 2 h 2 a+b 3 h 3
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Tabela de Centroides de Áreas Planas
Figura x y 4a 3π 4b 3π 3a 4 3b 10 3a 8 3b 5
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Centroides de Áreas com furos ou Cavidades
Exemplo 1
Os momentos dos furos ou cavidades são subtraídos
Ax = A1x1− A2x2
A = A1− A2
x = A1x1−A2x2 A
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Centroides de Áreas com furos ou Cavidades
Exemplo 1
Os momentos dos furos ou cavidades são subtraídos
x = A1x1−A2x2
A =
(40)(60)20−(30)(30)25
2400−900 = 17 cm
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Centroides de Áreas com furos ou Cavidades
Exemplo 2
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Centroides de Áreas com furos ou Cavidades
Exemplo 2
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Centroide
Exemplo 2
Arranjar as informações em uma tabela.
Parte A(cm2) x(cm) y(cm) xA(cm3) yA(cm3) 1 120.00 6 5 720 600 2 30.00 14 10/3 420 100 3 -14.14 6 1.273 -84.3 -18 4 -8.00 12 4 -96 -32 Totais 127.9 959 650 x= ∑ni=1xiAi ∑ni=1Ai = 959 127.9= 7.50 cm y= ∑ni=1yiAi ∑ni=1Ai = 650 127.9= 5.08 cm
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos de Inércia
Programa
1 Propriedades Geométricas de Áreas Planas
Centroide
Momentos de Inércia
Teorema dos Eixos Paralelos Produtos de Inércia
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos de Inércia
Considerações
Os momentos de inércia Ixe Iysão grandezas positivas
Ix= Z A y2dA, Iy= Z A x2dA, JO= Ix+ Iy
O produto de inércia Ixypodem assumir valores positivos e negativos
Ixy=
Z
A
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos de Inércia
Momentos de Inércia de Áreas Simples – Retângulo
Eixos horizontais, faixa diferencial dA = b dy
Ix = Z y2dA = Z h 0 by2dy = bh 3 3 Ix = Z y2dA = Z +h/2 −h/2 by2dy = bh 3 12 Eixos verticais, faixa diferencial dA = h dx
Iy = Z x2dA = Z b 0 hx2dx = hb 3 3 Iy = Z x2dA = Z +b/2 −b/2 hx2dx = hb 3 12
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos de Inércia
Momentos de Inércia de Áreas Simples – Retângulo
Algumas considerações:
Os momentos de inércia variam de acordo com o eixo considerado.
A unidade dos momentos de inércia é (comprimento)4.
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos de Inércia
Momentos de Inércia de Áreas Simples – Triângulo
Eixos horizontal (base do triângulo), faixa
diferencial dA = x dy =b(h−y)h dy Ix = Z y2dA = = Z h 0 y2b(h − y) h dy = = bh 3 12
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Teorema dos Eixos Paralelos
Programa
1 Propriedades Geométricas de Áreas Planas
Centroide
Momentos de Inércia
Teorema dos Eixos Paralelos
Produtos de Inércia
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Teorema dos Eixos Paralelos
Teorema dos Eixos Paralelos
Considere momento de inércia Ixcom relação a Ox k Cx.
O ponto C é o centroide da área plana.
Cxe Cy são seus eixos centroidais.
Ix = Z (dy+ y)2dA = dy2 Z dA+ 2dy Z ydA+ Z y2dA = dy2A+ 2dy(yA) + Ix = dy2A+ Ix (y = 0) Ix= Ix+ dy2A Iy= Iy+ dx2A
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Teorema dos Eixos Paralelos
Teorema dos Eixos Paralelos – Retângulo
Momento de inércia com relação ao eixo centroidal Cx, paralelo ao eixo da base. Ix= bh3 3 dy= h 2 Ix=? Ix= Ix+ dy2A Ix= Ix− dy2A Ix= bh3 3 − h2 4 (bh) Ix= bh3 12
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Teorema dos Eixos Paralelos
Teorema dos Eixos Paralelos – Triângulo
Momento de inércia com relação ao eixo centroidal Cx, paralelo ao eixo da base Ox.
Ixjá foi previamente calculado.
Ix= bh3/12 dy= h 3 Ix=? Ix= Ix+ dy2A Ix= Ix− dy2A Ix= bh3 12 − h 3 2 bh 2 Ix= bh3 36
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Teorema dos Eixos Paralelos
Teorema dos Eixos Paralelos – Triângulo
Momento de inércia com relação ao eixo superior x1, paralelo ao eixo
centroidal Cx e situado a uma distância 2h
3 deste eixo.
Ixjá foi previamente calculado.
Ix= bh3 36 dy= 2h 3 Ix1 =? Ix1 = Ix+ d 2 yA Ix1 = bh3 36 + 2h 3 2 bh 2 Ix1 = bh3 4
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Produtos de Inércia
Programa
1 Propriedades Geométricas de Áreas Planas
Centroide
Momentos de Inércia Teorema dos Eixos Paralelos
Produtos de Inércia
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Produtos de Inércia
Produtos de Inércia
Em certos problemas envolvendo seções não simétricas ou o cálculo de momentos de inércia em torno de eixos rotacionados, aparece uma
expressão da forma dIxy= xydA
Z A dIxy= Z A xydA= Ixy
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Produtos de Inércia
Produtos de Inércia
Ao contrário dos momentos de inércia Ixe Iy, que são sempre positivos,
os produtos de inércia podem ser positivos, negativos ou nulos. O produto de inércia é nulo sempre que um dos eixos é um eixo de simetria, tal como o eixo x abaixo.
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Produtos de Inércia
Produtos de Inércia
Percebemos que a soma dos termos x(−y)dA e x(+y)dA se anula devido à simetria.
Como toda a área pode ser considerada como composta de pares de tais
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Produtos de Inércia
Produtos de Inércia – Transferência de Eixos
Vamos aplicar o teorema dos eixos paralelos para produto de inércia Ixy,
e escrevê-lo em função do produto de inércia Ixy.
Usando da definição Ixy=
Z
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Produtos de Inércia
Produtos de Inércia – Transferência de Eixos
Ixy = Z (dy+ y)(dx+ x) dA = dxdy Z dA+ dy Z xdA+ dx Z ydA+ Z xydA = dxdyA+ dy(xA) + dx(yA) + Ixy = Ixy+ dxdyA
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Produtos de Inércia
Produtos de Inércia – Transferência de Eixos
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Produtos de Inércia
Momentos e Produtos de Inércia de Áreas Planas
Figura x y Ix, Iy Ixy – – Ix= Iy=π r 4 4 Ixy= 0 – 3π4r Ix= Iy= π r4 8 , Ix= π 8− 8 9π r 4 Ixy= 0 4r 3π 4r 3π Ix= Iy=π r 4 16, Ix= Iy= 16π −9π4 r4 Ixy=r 4 8
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Produtos de Inércia
Momentos e Produtos de Inércia de Áreas Planas
Figura x y Ix, Iy Ixy 2rsenα 3α – Ix y = r4 4(α ∓ 1 2sen 2α) Ixy= 0 b 2 h 2 Ix=bh 3 3 , Ix= bh3 12 Ixy= 0 a+b 3 h 3 Ix= bh 3 12, Ix= bh3 36, Ix1= bh3 4 Ixy = bh2 24(b − 2a)
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Produtos de Inércia
Momentos e Produtos de Inércia de Áreas Planas
Figura x y Ix, Iy Ixy 4a 3π 4b 3π Ix = π ab 3 16 , Ix = Iy = π 16− 4 9π ab 3 ? 3a 4 3b 10 Ix=ab 3 21, Iy= a3b 5 Ixy= a2b2 12 3a 8 3b 5 Ix = 2ab 3 7 , Iy = 2a3b 15 ?
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos Principais de Inércia
Programa
1 Propriedades Geométricas de Áreas Planas
Centroide
Momentos de Inércia Teorema dos Eixos Paralelos Produtos de Inércia
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos Principais de Inércia
Rotação de Eixos
O produto de inércia é útil quando precisamos calcular o memento de inércia com relação a eixos inclinados.
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos Principais de Inércia
Rotação de Eixos
Essa consideração leva a um problema onde os momentos de inércia possuem máximos e mínimos.
Vamos considerar os momentos de inércia Ix0 e Iy0 com relação aos eixos
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos Principais de Inércia
Rotação de Eixos
Os momentos de inércia ficam: Ix0 = Z y02dA = Z (y cos θ − xsen θ )2dA Iy0 = Z x02dA = Z (ysen θ + x cos θ )2dA
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos Principais de Inércia
Rotação de Eixos
Expandindo, e usando as identidades trigonométricas
cos2θ = 1 + cos 2θ
2
sen2θ =1 − cos 2θ
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos Principais de Inércia
Rotação de Eixos
Temos Ix0 = Ix+ Iy 2 + Ix− Iy 2 cos 2θ − Ixysen 2θ Iy0 = Ix+ Iy 2 − Ix− Iy 2 cos 2θ + Ixysen 2θPropriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos Principais de Inércia
Rotação de Eixos
Fazendo de maneira similar para o produto de inércia Ix0y0 =
Z
x0y0dA = Z
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos Principais de Inércia
Rotação de Eixos
Expandindo, e usando as identidades trigonométricas sen θ cos θ =12sen 2θ
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos Principais de Inércia
Rotação de Eixos
Temos Ix0y0 = Ix − Iy 2 sen 2θ + Ixycos 2θPropriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos Principais de Inércia
Rotação de Eixos
Temos as relações para Ix, Iy e Ixy
Ix0 = Ix+ Iy 2 + Ix− Iy 2 cos 2θ − Ixysen 2θ Iy0 = Ix+ Iy 2 − Ix− Iy 2 cos 2θ + Ixysen 2θ Ix0y0 = Ix− Iy 2 sen 2θ + Ixycos 2θ
E podemos observar que
JO= Ix+ Iy= Ix0 = Iy0
Podemos notar que para algum ângulo θ , Ix0 e Iy0 serão máximos ou
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos Principais de Inércia
Rotação de Eixos
Os ângulos que resultam no máximo ou mínimo de Ix0 e Iy0 podem ser
encontrados fazendo
∂
∂ θIx0 = (Ix− Iy)sen 2θ − 2Ixycos 2θ = 0
Denotando este ângulo crítico por θp, tem-se
tan 2θp=
2Ixy
−Ix+ Iy
= −2Ixy
Ix− Iy
A equação acima dá dois valores para 2θpque diferem de π, uma vez
que tan 2θp= tan(2θp+ π).
Consequentemente, as duas soluções irão diferir de π
2.
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos Principais de Inércia
Rotação de Eixos
Quando substituímos os valores críticos de de 2θ nas expressões de Ix0,
Iy0 e Ix0y0, temos I1,2= Imax min = Ix+ Iy 2 ± 1 2 q (Ix− Iy)2+ 4Ixy2 Ixy∗ = 0 Observações:
O produto de inércia com relação aos eixos principais é nulo.
O produto de inércia é nulo com relação a quaisquer eixos simétricos. Qualquer eixo simétrico representa um eixo principal de inércia.
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos Principais de Inércia
Exemplo
Determine a orientação dos eixos principais de inércia com relação aos eixos centroidais e determine os correspondentes momentos principais de inércia.
Procedimento:
Determinação do centroide
Momentos de inércia com relação aos eixos centroidais
Determinação da direção dos eixos principais
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos Principais de Inércia
Exemplo
Centroide (origem no canto inferior esquerdo): x = 20(400)+5(400)400+400 = 12.5 mm y = 5(400)+30(400)400+400 = 17.5 mm dxI = +7.5 mm dyI = −12.5 mm dxII = −7.5 mm dyII = +12.5 mm
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos Principais de Inércia
Exemplo
Centroide (origem no canto inferior esquerdo): x = 20(400)+5(400)400+400 = 12.5 mm y = 5(400)+30(400)400+400 = 17.5 mm dxI = +7.5 mm dyI = −12.5 mm dxII = −7.5 mm dyII = +12.5 mm
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos Principais de Inércia
Exemplo
Momentos e produto de inércia (com relação aos eixos x e y)
Ix = (40)10 3 12 + (−12.5)2(10)(40)+ (10)403 12 + (+12.5) 2(10)(40) = 18.17(104) mm4 Iy = (10)40 3 12 + (+7.5) 2(10)(40)+ (40)103 12 + (−7.5)2(10)(40) = 10.17(104) mm4 Ixy = 0 + (−12.5)(+7.5)(10)(40)+ 0 + (+12.5)(−7.5)(10)(40) = −7.50(104) mm4
Propriedades Geométricas de Áreas Planas Momentos Principais de Inércia
Exemplo
Direções principais tan 2θp = 1.875 2θp = 61, 9◦ θp= α = 30.95◦Momentos principais de inércia
I1 = 22.70(104) mm4
Carga Axial
Programa
Carga Axial
O ensaio de tração e compressão
A resistência de um material depende de sua capacidade de suportar uma carga sem deformação excessiva ou ruptura.
Essa propriedade é inerente ao próprio material e deve ser determinada por métodos experimentais, como o ensaio de tração ou compressão. Uma máquina de teste é projetada para ler a carga exigida para manter o alongamento uniforme.
Carga Axial
O diagrama tensão–deformação
A tensão nominal (σ ), ou tensão de engenharia, é determinada pela divisão da carga aplicada P pela área original da seção transversal do corpo de prova, A0.
σ = P
A0
A deformação nominal (ε), ou deformação de engenharia, é determinada pela divisão da variação, δ , no comprimento de referência do corpo de
prova, pelo comprimento de referência original do corpo de prova, L0.
ε = δ
Carga Axial
Carga Axial
Carga Axial
Carga Axial
O diagrama tensão–deformação
Comportamento elástico Escoamento
Endurecimento por deformação Estricção
Diagrama tensão–deformação real O comportamento da tensão–deformação de materiais dúcteis e frágeis
Carga Axial
O diagrama tensão–deformação
Comportamento elástico A tensão é proporcional à deformação.
O material é linearmente elástico. Escoamento
Endurecimento por deformação Estricção
Diagrama tensão–deformação real O comportamento da tensão–deformação de materiais dúcteis e frágeis
Carga Axial
O diagrama tensão–deformação
Comportamento elástico Escoamento
Um pequeno aumento na tensão acima do limite de elasticidade resultará no colapso do material e fará com que ele se deforme permanentemente. Endurecimento por deformação Estricção
Diagrama tensão–deformação real O comportamento da tensão–deformação de materiais dúcteis e frágeis
Carga Axial
O diagrama tensão–deformação
Comportamento elástico Escoamento
Endurecimento por deformação Quando o escoamento tiver terminado, pode-se aplicar uma carga adicional ao corpo de prova, o que resulta em uma curva que cresce continuamente, mas torna-se mais achatada até atingir uma tensão máxima denominada limite de resistência.
Estricção
Diagrama tensão–deformação real O comportamento da tensão–deformação de materiais dúcteis e frágeis
Carga Axial
O diagrama tensão–deformação
Comportamento elástico Escoamento
Endurecimento por deformação Estricção
No limite de resistência, a área da seção transversal começa a diminuir em uma região localizada do corpo de prova. O corpo de prova quebra quando atinge a tensão de ruptura. Diagrama tensão–deformação real O comportamento da tensão–deformação de materiais dúcteis e frágeis
Carga Axial
O diagrama tensão–deformação
Comportamento elástico Escoamento
Endurecimento por deformação Estricção
Diagrama tensão–deformação real Os valores da tensão e da deformação calculados por essas medições são denominados tensão real e deformação real.
Use este diagrama já que a maioria dos projetos de engenharia é feito dentro da faixa elástica.
O comportamento da tensão–deformação de materiais dúcteis e frágeis
Carga Axial
O diagrama tensão–deformação
Comportamento elástico Escoamento
Endurecimento por deformação Estricção
Diagrama tensão–deformação real O comportamento da tensão–deformação de materiais dúcteis e frágeis
1 Materiais dúcteis: Material que
possa ser submetido a grandes deformações antes de sofrer ruptura é denominado material dúctil.
2 Materiais frágeis: Materiais que exibem pouco ou nenhum escoamento antes da falha são denominados materiais frágeis.
Carga Axial
Lei de Hooke
A lei de Hooke define a relação linear entre tensão e deformação dentro da região elástica.
σ = Eε
σ = tensão
E= módulo de elasticidade ou módulo de Young
ε = deformação
Carga Axial
Endurecimento por deformação
Se um corpo de prova de material dúctil for carregado na região plástica e, então, descarregado, a deformação elástica é recuperada.
Entretanto, a deformação plástica permanece, e o resultado é que o material fica submetido a uma deformação permanente.
Carga Axial
Exemplo de um diagrama
O diagrama tensão-deformação para uma liga de alumínio utilizada na fabricação de peças de aeronaves é mostrado abaixo. Se um corpo de prova desse material for submetido à tensão de tração de 600 MPa, determine a deformação permanente no corpo de prova quando a carga é retirada.
Carga Axial
Coeficiente de Poisson
Coeficiente de Poisson, ν, estabelece que dentro da faixa elástica, a razão entre essas deformações é uma constante, já que estas são proporcionais.
ν = − εlateral
εlongitudinal
A expressão acima tem sinal negativo porque o alongamento longitudinal (deformação positiva) provoca contração lateral (deformação negativa) e vice-versa.
Carga Axial
O diagrama tensão−deformação de cisalhamento
Para cisalhamento puro, o equilíbrio exige que tensões de cisalhamento iguais sejam desenvolvidas nas quatro faces do elemento. Se o material for homogêneo e isotrópico, a tensão de cisalhamento distorcerá o elemento uniformemente.
Carga Axial
O diagrama tensão−deformação de cisalhamento
A maioria dos materiais de engenharia apresenta comportamento elástico linear, portanto a lei de Hooke para cisalhamento pode ser expressa por
τ = Gγ
Carga Axial
O diagrama tensão−deformação de cisalhamento
Três constantes do material, E,ν e G, na realidade, estão relacionadas pela equação
G= E
2(1 + ν)
G= módulo de elasticidade ao cisalhamento ou módulo de rigidez.
E= módulo de elasticidade ou módulo de Young
Carga Axial
Exemplo
Um corpo de prova de alumínio tem diâmetro d0= 25 mm e tem comprimento de referência de L0= 250 mm. Supondo que uma força de 165 kN alongue o corpo de 1.20 mm, determine o módulo de elasticidade e quanto o diâmetro do corpo se contrai. O limite elástico do alumínio é atingido em 440 MPa. Dados: Gal= 26 GPa.
σ =P A= 165(103)N (π/4)(0.025m)2 = 336.1 MPa < 440 MPa ε = δ L0 = 1.2mm 250mm= 0.0048 mm/mm Eal= σ ε = 336.1Pa 0.0048 = 70GPa Gal= Eal 2(1 + ν)⇒ 26GPa = 70GPa 1(1 + ν)⇒ ν = 0.346 ν = −εlat εlong⇒ 0.346 = − εlat 0.0048⇒ εlat= −0.00166mm/mm δ0= (0.00166)(25) = 0.0415mm – contração no diâmetro
Carga Axial
Princípio de Saint-Venant
O princípio Saint-Venant afirma que a deformação e tensão localizadas nas regiões de aplicação de carga ou nos apoios tendem a “nivelar-se“ a uma distância suficientemente afastada
Carga Axial
Carga Axial
Deformação elástica de um elemento submetido a carga
axial
Usando a lei Hooke e as definições de tensão e deformação, somos capazes de determinar a deformação elástica de um elemento submetido a cargas axias.
δ = deslocamento de um ponto na barra relativo a outro
L= distância original
P(x) = força axial interna na seção A(x) = área da seção transversal da barra
Carga Axial
Deformação elástica de um elemento submetido a carga
axial
Usando a lei Hooke e as definições de tensão e deformação, somos capazes de determinar a deformação elástica de um elemento submetido a cargas axias.
σ = P(x) A(x)= Eε; ε = dδ dx ⇒ dδ = εdx = P(x) A(x)Edx δ = Z L 0 dδ = Z L 0 P(x) A(x)Edx
Carga Axial
Deformação elástica de um elemento submetido a carga
axial
Quando uma força constante externa é aplicada a cada extremidade da barra,
δ = PL
AE
Força e deslocamento são positivos se provocarem tração e alongamento; e negativos causarão compressão e contração.
Carga Axial
Deformação elástica de um elemento submetido a carga
axial
Carga Axial
Exemplo
O conjunto é composto por um tubo de alumínio AB com área de seção
transversal de 400 mm2. Uma barra de aço com 10 mm de diâmetro está
acoplada a um colar rígido e que passa pelo tubo. Se uma carga de tração de 80 kN for aplicada à barra, determine o deslocamento da extremidade
Carga Axial
Exemplo
δCB=PLEA =π (0.005)200(10+80(103)0.69) = 0.003056m →
δBA=EAPL =400(10−80(103)0.4−6)70(109)= 0.001143m →
Carga Axial
Exemplo
Uma viga rígida AB apóia-se sobre dois postes curtos como mostrado na figura. AC é feito de aço e tem diâmetro de 20 mm; BD é feito de alumínio e tem diâmetro de 40 mm. Determinar o deslocamento do ponto F em AB se for aplicada uma carga vertical de 90 kN nesse ponto.
Carga Axial
Exemplo
∑ MA= 0 = −90(0.2) + PBD(0.6) ⇒ PBD= 90(0.2)/0.6 = 30kN ∑ FV = 0 = PBD+ PAC− 90 PAC= 60kN δA=APACLAC ACEaco = −60(103)0.3 π (0.010)2(200(109)) = = 0.286mm ↓ δB= −30(10 3)0.3 π (0.020)2(70(109)) = 0.102mm ↓ δF = 0.102 + 0.184 400600 = 0.225mm ↓Carga Axial
Membros com carga axial estaticamente indeterminados
A barra abaixo possui as duas extremidades fixas, e a condição de equilíbrio resulta em
+ ↑
∑
F= 0 = FA+ FB− PUma equação adicional é fornecida pela condição de compatibilidade δA/B= 0 = FACLAC AACEAC +FCBLCB ACBECB São necessárias 1 Equações de equilíbrio 2 Equações de compatibilidade
Carga Axial
Exemplo
Três barras de aço (E = 200 GPa) são acopladas a um elemento rígido por pinos e submetidas a uma carga de 15 kN como mostrado.
Determine a força em cada barra. As barras AB e EF têm área de seção
Carga Axial
Exemplo
Equações de equilíbrio + ∑ MC= 0 = −FA(0.4) + 15(0.2) + FE(0.4) + ↑ ∑ Fy= 0 = FA+ FC+ FE− 15 Equações de compatibilidade δA−δE 0.8 = δC−δE 0.4 ⇒ δC= (δA+ δE)/2 FCL 15E = 1 2 FAL 25E+ FEL 25E FC= 0.3FA+ 0.3FE Resolvendo simultaneamente FA= 9.52 kN FC= 3.46 kN FE= 2.02 kNTorção
Programa
3 Torção
Deformação por Torção A fórmula da torção Transmissão de potência Ângulo de torção
Torção
Introdução
Estudaremos os efeitos da aplicação de esforços torcionais em um elementos linear longo,
eixos maciços eixos vazados Hipóteses:
comportamento do material: linear elástico Problemas analisados
distribuição de tensões nas seções transversais determinação do “ângulo de torção”
eixos de transmissão de potência problemas estaticamente indeterminados
Torção
Introdução
Torque (ou momento de torção) é um momento que tende a torcer um elemento em torno de seu eixo longitudinal.
Torção
Introdução
O esforço de torção desenvolvido no eixo de acionamento do ventilador depende da potência de saída do motor.
Torção
Introdução
Serão estudas das tensões e deformações em barras sujeitas à torção. O estudo a realizado envolve:
Barras sujeitas à Torção Pura: Somente o efeito do momento torsor (torque), sendo os demais esforços simples nulos.
Barras de eixo reto e seção transversal circular (cheia) ou anular (coroa circular). Barras com estas características são comumente denominadas de eixos
Torção
Introdução
Eixos sujeitos à momento torsor constante.
Pequenas deformações: as seções permanecem planas e perpendiculares ao eixo, com forma e dimensões conservadas.
As deformações são deslocamentos angulares (ângulos de torção), em torno do eixo-x (eixo da barra), de uma seção em relação a outra.
Torção
Ângulo de torção
Torção Deformação por Torção
Programa
3 Torção
Deformação por Torção
A fórmula da torção Transmissão de potência Ângulo de torção
Torção Deformação por Torção
Deformação por torção de um eixo circular
Hipóteses:
1 as seções transversais permanecem planas
2 as retas longitudinais permanecem retas
Torção Deformação por Torção
Deformação por torção de um eixo circular
Torção Deformação por Torção
Deformação por torção de um eixo circular
Torção A fórmula da torção
Programa
3 Torção
Deformação por Torção
A fórmula da torção
Transmissão de potência Ângulo de torção
Torção A fórmula da torção
A fórmula da torção
Se o material for linear elástico, então a lei de Hooke se aplica. Uma variação linear na deformação por cisalhamento resulta em uma variação linear na tensão de cisalhamento correspondente ao longo de qualquer linha radial na seção transversal.
τ = T ρ
J ⇒ τmax=
T c J τ : tensão de cisalhamento
T: torque interno resultante
J: momento polar de inércia c: raio externo do eixo ρ : distância intermediária
Torção A fórmula da torção
A fórmula da torção
Se o eixo tiver uma seção transversal circular maciça,
J=π c
4
Torção A fórmula da torção
A fórmula da torção
Se o eixo tiver uma seção transversal tubular,
J=π
2(c
4 0− c4i)
Torção A fórmula da torção
Exemplo
O eixo maciço de raio c é submetido a um torque T . Determine a fração de T à qual resiste o material contido no interior da região externa do eixo, que tem raio c/2 e raio externo c.
Torção Transmissão de potência
Programa
3 Torção
Deformação por Torção A fórmula da torção
Transmissão de potência
Torção Transmissão de potência
Transmissão de potência
Potência: trabalho realizado por unidade de tempo
P= dW
dt
O trabalho realizado por um eixo rotativo é o produto do torque aplicado pelo ângulo de rotação
Se durante um instante de tempo dt, o torque T fizer o eixo girar de um ângulo dθ , temos
dW = T dθ ⇒ P = Tdθ
dt Para um eixo rotativo com torque, a potência é
P= T ω, onde ω = dθ /dt é a velocidade angular do eixo
No SI, a potência é expressa em watts. quando o torque é medido em Nm e ω é medido em rad/s.
Torção Transmissão de potência
Transmissão de potência
Em alguns casos, é dada a frequência de rotação do eixo, expressa em Hz (hertz)
Como 1 ciclo=2πrad ⇒ ω = 2π f , a equação para a potência é
P= (2π f )T
Para o projeto do eixo, o parâmetro de projeto ou parâmetro geométrico é J
c =
T τadm
,
onde τadmé a tensão máxima de cisalhamento, que depende do material
Torção Transmissão de potência
Transmissão de potência – Exemplo
Um eixo maciço de aço AB será usado para transmitir 3.750 W do motor
Mao qual está acoplado. Se o eixo girar a ω = 175 rpm e o aço tiver
uma tensão de cisalhamento admissível τadm= 100 MPa, determine o
Torção Ângulo de torção
Programa
3 Torção
Deformação por Torção A fórmula da torção Transmissão de potência
Torção Ângulo de torção
A fórmula da torção
Torção Ângulo de torção
Ângulo de torção
Rotação relativa entre duas seções transversais
dφ = γdx ρ = dφ = τ (x) G dx ρ ⇒ dφ = 1 G T(x)ρ J(x) dx ρ ⇒ φ = Z L T(x) GJ(x)dx
Torção Ângulo de torção
Ângulo de torção
Considerando
material é homogêneo (G constante) mesma seção transversal (J constante) mesmo torque aplicado (T constante)
φ = Z L 0 T(x) GJ(x)dx⇒ φ = T L GJ φ = ângulo de torção T = torque interno
J= momento polar de inércia do eixo
G= módulo de elasticidade ao cisalhamento