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BOLETIMESTATÍSTICO Nº30 3º QUADRIMESTRE DE 2014 MAIS INFORMAÇÃO / MAIOR CONHECIMENTO / MELHOR DECISÃO

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EST

ATÍSTIC

ADRIMESTRE DE 201

(2)
(3)

COMENTÁRIO

A taxa de abandono escolar manteve-se praticamente constante no município de Vila Real de Santo António entre 2001 e 2011 (2,82 e 2,80, respetivamente). No entanto, ao nível das freguesias, registaram-se variações significativas com destaque pela negativa para a freguesia de Vila Nova de Cacela onde houve um aumento da taxa de abandono escolar de 0,55 para 7,51. Ao contrário, na freguesia de Monte Gordo, a taxa diminuiu de 5,28 para 2,08 entre 2001 e 2011. O índice de dependência de idosos aumentou em todas as freguesias do município entre 2001 e 2011. No mesmo período, o índice de dependência de jovens aumentou nas freguesias de Vila Real de Santo António e Vila Nova de Cacela, mas diminuiu na freguesia de Monte Gordo (de 25,8 para 20,9). Esta diminuição resulta do número

Taxa de Abandono Escolar (%)

Índices de Dependência por freguesia

Fonte: INE 1991 2001 2011 Variação 2001-2011 Portugal 12,60 2,79 1,58 -1,21 Algarve 8,13 2,45 1,96 -0,49 Total do Município 10,69 2,82 2,80 -0,02 Freguesias V. N. de Cacela 8,89 0,55 7,51 6,96 VRSA 6,90 2,33 1,63 -0,70 Monte Gordo 22,44 5,28 2,08 -3,20 2011 2001 2011

Índice de dependência de jovens (N.º) Índice de dependência de idosos (N.º)

0 5 10 15 20 25 30 35 40

V. N. Cacela VRSA Monte Gordo

2011 2001 2011

Índice de dependência de jovens (N.º) Índice de dependência de idosos (N.º)

0 5 10 15 20 25 30 35 40

V. N. Cacela VRSA Monte Gordo

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COMENTÁRIO

Desemprego em VRSA

No último quadrimestre de 2014 o número de desempregados aumentou (mais140) apesar do bom resultado registado no mês de Dezembro (descida de 7% do desemprego em relação ao mês anterior e de 17% relativamente ao mês homólogo). Sinais positivos são dados pelo indicador Desempregados inscritos no mês cujo valor atinge o mínimo em Dezembro (204) e corresponde a uma descida de 10,9% face ao mês homólogo. Assinale-se também que as ofertas de emprego recebidas, com um valor média de cerca de 50 ofertas mensais, registou em Dezembro uma variação homóloga positiva de 65,5%.

Evolução do desemprego em VRSA/ Janeiro a Dezembro 2014

Fonte: I.E.F.P.

Indicador Unidade 2014 Últimos 3 meses 2013 Taxa de crescimento (%) Média dos últimos 12 meses Dezembro Novembro Outubro Setembro Dezembro Mensal Homóloga

Desemprego registado N.º 1.331 1.431 1.305 1.191 1.604 -7,0 -17,0 1.415,3

Proporção de desempregados com:

Mais de 55 anos % 20,0% 19,6% 20,3% 19,6% 16,8% 2,1 18,7 18,8%

Ensino superior % 6,5% 6,0% 6,5% 8,3% 5,9% 8,8 11,5 6,5%

Desempregados inscritos no mês N.º 204 329 343 271 229 -38,0 -10,9 192,1

Ofertas recebidas N.º 48 42 53 53 29 14,3 65,5 69,1

Colocações N.º 21 22 26 29 6 -4,5 250,0 43,3

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

0 400 800 1.200 1.600 2.000 N.º

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Licenciamento de obras em VRSA

Fonte: Câmara Municipal de VRSA

COMENTÁRIO

Em 2014 foram licenciados 26 edifícios, mais 7 do que em 2013. Relativamente à habitação familiar, foram licenciados 82 fogos em 2014, mais 35 do que 2013.

Construções para habitação familiar licenciadas / Janeiro a Dezembro 2014

Fogos licenciados segundo a tipologia / Janeiro a Dezembro 2014

Indicador Unidade

2014 Últimos 3 meses 2013 Acumulado Média dos últimos 12 meses Dezembro Novembro Outubro Setembro Dezembro 2014 2013 Variação

Edifícios licenciados N.º 2 3 3 1 1 26 19 7 2,2

Para habitação familiar

Edifícios N.º 2 3 3 1 1 24 19 5 2,0 Fogos N.º 19 16 3 1 1 82 47 35 6,8 T0 N.º 18 2 0 0 0 31 11 20 31,0 T1 N.º 0 12 1 0 0 30 16 14 30,0 T2 N.º 0 1 0 1 0 13 10 3 13,0 T3 N.º 0 1 2 0 0 6 7 -1 6,0 T4 e mais N.º 1 0 0 0 1 2 3 -1 2,0 Área Habitação m2 1232 1956,14 546,0 149,1 292 8.373,8 4.538,0 3835,84 697,8 Outros m2 420 24 63,9 0,0 0 1.053,3 64,0 989,29 87,8

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

0 1 2 3 4 5 N.º T0 T1 T2 T3 T4 e mais 0 5 10 15 20 25 30 35 31 30 13 6 2

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COMENTÁRIO

Obras concluídas em VRSA

Fonte: Câmara Municipal de VRSA

No último quadrimestre de 2014 foram concluídos 8 edifícios, todos durante o mês de Setembro. Em termos anuais, o número de edifícios concluídos em 2014 foi praticamente o dobro dos que foram concluídos em 2013 (57 e 29, respetivamente). A diferença é também grande no que concerne à habitação familiar, tendo sido concluídos em 2014 mais 52 fogos do que em 2013.

Construções para habitação familiar concluídas / Janeiro a Dezembro 2014

Fogos concluídos segundo a tipologia / Janeiro a Dezembro 2014

Indicador Unidade

2014 Últimos 3 meses 2013 Acumulado Média dos últimos 12 meses Dezembro Novembro Outubro Setembro Dezembro 2014 2013 Variação

Edifícios concluídos N.º 0 0 0 8 1 57 29 28 4,8

Para habitação familiar

Edifícios N.º 0 0 0 6 1 51 29 22 4,3 Fogos N.º 0 0 0 34 1 145 93 52 12,1 T0 N.º 0 0 0 0 0 28 18 10 28,0 T1 N.º 0 0 0 10 0 49 25 24 49,0 T2 N.º 0 0 0 20 0 45 32 13 45,0 T3 N.º 0 0 0 3 0 19 7 12 19,0 T4 e mais N.º 0 0 0 1 1 4 11 -7 4,0 Área: Habitação m2 0 0 0,0 5.093,9 292 16314,7 11354,6 4960,2 1359,6 Outros m2 0 0 0,0 169,6 0 1310,1 361,1 948,9 109,2

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

0 2 4 6 8 10 12 T0 T1 T2 T3 T4 e mais 0 10 20 30 40 50 60 28 49 45 19 4

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COMENTÁRIO

Desembarque de pescado

No último quadrimestre do ano foram desembarcadas no porto de Vila Real de Santo António, 310 toneladas de pescado, das quais 128,8 em Dezembro o que corresponde a uma variação homóloga mensal positiva de 41,1%. No mesmo período, o preço médio do pescado subiu de 8,56 €/kg em Setembro para 12,38€/kg em Dezembro (mais 30,9%).

Fonte: Direcção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos

Quantidades de pescado desembarcado na Lota de VRSA / Janeiro a Dezembro 2014

Preço médio do pescado desembarcado na Lota de VRSA / Janeiro a Dezembro 2014

Indicador Unidade

2014 Últimos 3 meses 2013 Taxa de crescimento (%) Média dos últimos 12 meses Dezembro Novembro Outubro Setembro Dezembro Mensal Homóloga

Desembarque de pescado

Lota de VRSA Ton. 128,80 35,70 65,20 80,30 91,30 260,8 41,1 90,7

Continente Ton. 5431,20 5080,20 8357,70 10600,70 6651,40 6,9 -18,3 7.849,3

Preço do pescado desembarcado

Lota de VRSA €/kg 12,38 9,04 9,43 8,56 12,77 36,9 -3,1 4,3

Continente €/kg 2,49 2,18 1,68 1,56 2,04 14,2 22,1 6,2

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 Ton.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

0 2 4 6 8 10 12 14 €/kg

(8)

COMENTÁRIO

Indicadores do turismo em VRSA

Entre Janeiro e Setembro de 2014 o município de Vila Real de Santo António registou 865.906 dormidas, concentradas sobretudo nos meses de Verão. Durante o mês de Setembro, o último para o qual existem dados disponíveis, VRSA contabilizou 116.835 dormidas, mais cerca de 7.000 dormidas do que as registadas no mês homólogo.

Fonte: INE

Dormidas em VRSA / Outubro 2013 a Setembro 2014

Estada média em VRSA / Outubro 2013 a Setembro 2014

Indicador Unidade

2014 Últimos 3 meses 2013 Taxa de crescimento (%) Média dos últimos 12 meses Setembro Agosto Julho Junho Setembro Mensal Homóloga

Dormidas Total N.º 116.835 170.015 146.055 100.661 109.884 -31,3 6,3 85.198,3 Hotéis N.º 73.638 101.865 84.940 60.761 68.518 -27,7 7,5 49.739,0 Estada média Total Noites 5,3 4,3 4,6 4,0 4,8 23,9 11,8 4,8 Hotéis Noites 5,1 4,9 5,0 4,1 5,1 4,0 -0,5 5,2 Taxa de ocupação-cama Total % 61,3 86,3 76,9 55,6 59,9 -29,0 2,3 47,7 Hotéis % 66,0 89,4 78,4 58,0 65,6 -26,2 0,6 49,0

Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 160000 180000 N.º

Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set

0 2 4 6 8 Noites

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COMENTÁRIO

Indicadores do turismo em VRSA

De Junho a Setembro, únicos meses do ano em que o número de dormidas de portugueses foi superior ao número de dormidas de estrangeiros, Vila Real de Santo António registou um total de 533.566 dormidas, das quais 36,6% eram residentes no estrangeiro. Os principais países de origem destes residentes no estrangeiro são a Alemanha (33,0%), os Países Baixos (29,5%), a Espanha (13,4%) e o Reino Unido (9,0%).

Fonte: INE

Dormidas em VRSA segundo o país de residência / Outubro 2013 a Setembro 2014

Indicador Unidade

2014 Últimos 3 meses 2013 Taxa de crescimento (%) Média dos últimos 12 meses Setembro Agosto Julho Junho Setembro Mensal Homóloga

Total de dormidas N.º 116 835 170 015 146 055 100 661 109 884 -31,3 6,3 82.295,0

Portugal N.º 60 553 123 116 98 805 55 691 55 881 -50,8 8,4 30.572,6

Estrangeiro N.º 56 282 46 899 47 250 44 970 54 003 20,0 4,2 51.722,4

Países de residência habitual dos quais: Países Baixos N.º 19 842 11 464 10 972 15 287 20 923 73,1 -5,2 22.774,5 Alemanha N.º 17 129 17 057 15 537 14 854 18 057 0,4 -5,1 11.871,0 Reino Unido N.º 6 119 2 863 3 532 5 010 5 877 113,7 4,1 4.930,3 Espanha N.º 4 432 8 172 7 933 5 640 2 487 -45,8 78,2 3.979,7 Polónia N.º 1 760 2 234 2 198 1 402 2 345 -21,2 -24,9 870,3 Irlanda N.º 1 461 260 475 288 487 461,9 200,0 539,7 Suécia N.º 1 307 116 306 191 1 490 1.026,7 -12,3 2.260,8 França N.º 447 1 613 794 393 159 -72,3 181,1 751,4 Bélgica N.º 205 625 670 297 245 -67,2 -16,3 439,7 Luxemburgo N.º 195 177 111 80 154 10,2 26,6 63,3 Canadá N.º 171 91 149 46 70 87,9 144,3 146,0 Dinamarca N.º 142 64 140 112 80 121,9 77,5 73,9 Noruega N.º 117 66 334 90 192 77,3 -39,1 318,8

Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set

0 25.000 50.000 75.000 100.000 125.000 150.000 175.000 9.722 2.463 5.934 3.252 2.977 4.445 17.206 15.165 55.691 98.805 123.116 60.553 58.303 43.251 36.800 49.483 57.875 59.593 69.456 52.888 44.970 47.250 46.899 56.282 Estrangeiro Portugal

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COMENTÁRIO

Indicadores de resíduos sólidos urbanos em VRSA

No último quadrimestre de 2014, a recolha de resíduos sólidos urbanos atingiu 4621 toneladas das quais 81% dizem respeito à recolha indiferenciada. De salientar que a recolha seletiva apenas representou 317 toneladas, cerca 7% do total dos resíduos recolhidos. Em Dezembro registou-se um aumento de 5,3% da recolha indiferenciada e uma diminuição de 9,3% da recolha seletiva de resíduos urbanos face aos respetivos valores mensais homólogos.

Fonte: Câmara Municipal de VRSA

Recolha indiferenciada em VRSA / Janeiro a Dezembro 2014

Recolha selectiva em VRSA / Janeiro a Dezembro 2014

Indicador Unidade 2014 Últimos 3 meses 2013 Taxa de crescimento (%) Média dos últimos 12 meses Dezembro Novembro Outubro Setembro Dezembro Mensal Homóloga

Recolha indiferenciada Ton. 795,44 810,90 913,32 1213,86 755,06 -1,9 5,3 1.033,0

Verdes e monstros Ton. 196,5 120,7 137,0 115,9 88,2 62,7 122,7 124,4

Recolha selectiva Ton. 58,5 59,2 99,1 100,4 64,5 -1,3 -9,3 86,5

Vidro Ton. 15,4 22,2 42,3 50,5 22,7 -30,9 -32,3 38,4

Papel Ton. 25,6 22,8 37,9 28,7 29,3 12,4 -12,6 29,5

Embalagens Ton. 17,5 14,2 18,8 21,2 12,5 23,3 39,9 18,5

Equip. eléctricos e electrónicos Ton. 2,7 0,00 4,7 0,0 2,7 - 2,2 1,5

Pilhas Ton. 0,04 0,00 0,02 0,02 0,05 - -20,0 0,03

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 Ton.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

0 20 40 60 80 100

Vidro Papel Embalagens

Ton.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

0 20 40 60 80 100

Vidro Papel Embalagens

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COMENTÁRIO

Serviços efectuados em VRSA

Consumo

No ano de 2014, a Câmara de VRSA efetuou mais de 5000 intervenções que cobrem um leque diversificado de serviços relacionados com a rede de águas, destacando-se, a instalação e ligação de novos aparelhos (15%), a colocação dos mesmos (11%) e o desligamento de aparelhos por rescisão de contrato (11%). No que diz respeito ao consumo foram fornecidos ao longo do ano um total de 2 811 209 m3 de água, registando-se perdas que atingiram 23,7% do total

fornecido.

Fonte: VRSA Sociedade de Gestão Urbana E.M., SA

Fonte: VRSA Sociedade de Gestão Urbana E.M., SA

Indicador Unidade

2014 Últimos 3 meses Janeiro - Dezembro Dezembro Novembro Outubro Setembro Total Média mensal

Reabilitação da Rede - Limpeza de esgotos Nº 23 12 28 26 435 36,3

Substituição de Contador Nº 12 36 42 64 344 28,7

Verificação Torneira de Segurança Nº 16 16 24 14 234 19,5

Mudança de Nome Nº 10 18 28 9 350 29,2

Limpeza de Fossa Nº 29 20 36 25 425 35,4

Reabilitação da Rede - Manutenção da rede Nº 3 14 4 13 186 15,5

Roturas Nº 9 11 3 5 100 8,3

Instalação e Ligação do Aparelho Nº 47 46 76 40 771 64,3

Colocação do Aparelho Nº 48 43 59 43 603 50,3

Desligar Aparelho por rescisão Contrato Nº 52 66 78 31 602 50,2

Outros serviços Nº 83 86 106 88 1.039 86,6

Total Nº 332 368 484 358 5.089 424,1

Indicador Unidade

2014 Últimos 3 meses Janeiro - Agosto Dezembro Novembro Outubro Setembro Total Média mensal

Doméstico m³ 197.208 124.282 9.662 88.998 997 420 83118,3 Não doméstico m³ 65.223 52.307 35.437 32.598 420 962 35080,2 Estado m³ 328 684 682 734 10 733 894,4 Instituições Beneficência m³ 4.678 9.991 3.883 3.541 54 231 4519,3 Município de VRSA m³ 301.831 229.468 69.589 586.581 2 144 080 178673,3 Total Facturado m³ 34.394 42.204 19.925 460.710 660 734 55061,2 Perdas (Roturas) m³ -41.875 -9.034 88.029 -406.323 667 129 55594,1 Total Fornecido m³ 259.956 220.434 157.618 180.258 2 811 209 234267,4

(12)

COMENTÁRIO

Indicadores de multibanco em VRSA

Entre Janeiro e Dezembro de 2014 foram registadas 2,1 milhões de operações de Rede de Multibanco em VRSA (mais 2% do que em 2013), foram levantados cerca de 85 milhões de euros (mais 5% do que em 2013) e as compras em terminais de pagamento automático (TPA) ultrapassaram os 64 milhões de euros (mais 10% do que em 2013).

Levantamentos efectuados em VRSA / Janeiro a Dezembro 2014

Fonte: SIBS

Indicador Unidade

2014 Últimos 3 meses 2013 Taxa de crescimento (%) Média dos últimos 12 meses Dezembro Novembro Outubro Setembro Dezembro Mensal Homóloga

Operações Caixas Multibanco N.º 145.270 133.360 150.203 206.485 144.632 8,9 0,4 181.629,4

Levantamentos

Valor total 1.000 € 5.638 4.876 5.771 7.960 5.461 15,6 3,3 7.131,7

Valor médio € 72,8 68,9 71,4 73,5 70,8 5,7 2,8 71,6

Compras nos TPA

Valor total 1.000 € 3.796 3.129 3.812 6.236 3.323 21,3 14,2 5.386,3

Valor médio € 36,7 36,5 39,4 44,0 36,3 0,5 0,9 40,1

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

0 4.000 8.000 12.000 16.000 1.000€

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COMENTÁRIO

Indicadores de electricidade em VRSA

Consumo de electricidade em VRSA

Vila Real de Santo António registou no último trimestre de 2014, um consumo de energia elétrica de 19,3 milhões de kWh, menos 4,40% que no trimestre homólogo. Esta diminuição é explicada, em partes sensivelmente iguais, pela diminuição do consumo doméstico (5,9%) e do consumo não-doméstico (5,5%).

Fonte: EDP

Unidade

2014 2013

4.º trimestre 3.º trimestre 1.º trimestre 2.º trimestre 3.º trimestre 4.º trimestre

Consumo 1000 kWh 19.297,1 20.153,0 16.941,7 15.292,8 17.151,5 20.186,9 Agricultura 375,4 446,1 328,4 366,4 395,9 390,1 Doméstico 7.727,9 6.435,4 7.004,5 5.608,7 6.852,2 8.211,1 Industrial 1.007,4 1.573,9 1.017,2 1.008,3 1.394,0 968,3 Não doméstico 8.082,0 10.010,4 6.641,2 6.924,4 6.852,2 8.553,8 Iluminação 2.104,5 1.687,3 1.950,4 1.385,0 1.657,4 2.063,6 Edifícios do Estado 1.049,5 876,1 931,9 695,4 863,1 970,2 Vias públicas 1.054,9 811,1 1.018,5 689,5 794,2 1.093,4 Consumidores N.º 22.618 22.691 21.805 21.969 22.072 22.007 Agricultura 117 134 184 170 165 154 Doméstico 18.984 19.001 19.070 19.178 19.192 19.100 Industrial 131 143 147 134 177 160 Não doméstico 2.724 2.763 2.146 2.211 2.245 2.286 Iluminação 331 325 258 276 293 307 Edifícios do Estado 213 207 142 160 176 189 Vias públicas 118 118 116 116 117 118

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COMENTÁRIO

Beneficiários em VRSA

Em Dezembro de 2014 o número de beneficiários do subsídio de doença atingiu o valor mais alto do quadrimestre (148 beneficiários), valor que é 48,7% mais elevado do que o registado no mês homólogo. O número de beneficiários do subsídio de desemprego foi diminuindo significativamente ao longo do último quadrimestre de 2014, atingindo em Dezembro o seu valor mais baixo (652 beneficiários), valor que é 40,7% inferior ao do mês homólogo. Ao longo de 2014 o número de beneficiários do rendimento social de inserção diminuiu significativamente, sendo o número de beneficiários em Dezembro inferior em 27,9% ao do período homólogo.

Fonte: Instituto de Informática e Estatística da Segurança Social, IP

Beneficiários com prestações de desemprego em VRSA / Janeiro a Dezembro 2014

Beneficiários de RSI em VRSA / Janeiro a Dezembro 2014

Indicador Unidade

2014 Últimos 3 meses 2013 Taxa de crescimento (%) Média dos últimos 12 meses Dezembro Novembro Outubro Setembro Dezembro Mensal Homóloga

Beneficiários:

Subsídio de doença N.º 168 155 153 160 113 8,4% 48,7% 136,1

Subsídio de desemprego N.º 652 717 794 919 1.099 -9,1% -40,7% 1.072,3

Rendimento Social de Inserção (RSI) N.º 284 272 265 299 394 4,4% -27,9% 472,4

Valor médio das prestações:

Subsídio de desemprego € 434,8 433,4 448,8 469,6 453,0 0,3% -4,0% 451,1

RSI por família € 205,4 208,0 221,3 247,1 201,2 -1,2% 2,1% 217,7

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COMENTÁRIO

Indicadores de empresas em VRSA

Em 2014 foram constituídas 53 novas empresas (o mesmo número que em 2013) e dissolvidas 100 (27 em 2013) no município de Vila Real de Santo António.

Fonte: Portal da Justiça, Ministério da Justiça

Constituições e dissoluções de empresas em VRSA / Janeiro a Dezembro 2014

Indicador Unid. 2014 2013

1.º trimestre 2.º trimestre 3.º trimestre 4.º trimestre Total Total

Constituição de empresas N.º 13 11 13 16 53 53

Dissolução de empresas N.º 13 31 7 49 100 27

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

0 5 10 15 20 25 3 5 5 3 6 2 6 2 5 7 4 5 3 3 7 20 7 4 2 1 4 18 12 19 Constituições Dissoluções

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DIAGNÓSTICO PROSPECTIVO DO BAIXO GUADIANA

Neste 3.º Boletim Estatístico de 2014 apresenta-se um breve Diagnóstico Prospectivo do “Baixo Guadiana”, território que corresponde a três municípios unidos pelo rio Guadiana: Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António (VRSA). Este território constitui o âmbito de actuação da ODIANA – Associação para o Desenvolvimento do Baixo Guadiana, fundada em 1998 com o objectivo contribuir para o desenvolvimento económico, social e cultural local. Nesse intuito, a ODIANA está actualmente a preparar Estratégia de Desenvolvimento do Baixo Guadiana para o período 2015-2020, no âmbito da qual serão definidos os eixos estratégicos do desenvolvimento local para os próximos anos, e que se traduzirão na implementação de um conjunto de projectos.

Ora, a definição de projectos requer, necessariamente, um conhecimento aprofundado da realidade do Baixo Guadiana, das forças e debilidades do território, para que se possam também equacionar as ameaças e oportunidades que se colocarão no processo de desenvolvimento. Este texto responde, assim, a esse requisito prévio de caracterização do território nas várias vertentes e analisa as perspectivas de evolução para o futuro próximo.

Território e património natural

O território do Baixo Guadiana ocupa uma área total de 937 km2 e é caracterizado por uma baixa densidade

populacional, de 31 habitantes/km2. Esta fraca densidade resulta, contudo, de uma significativa disparidade interior  -

–litoral, evidenciada pelo contraste entre a muito baixa densidade de Alcoutim (5 habitantes/km2) e Castro Marim

(22 habitantes/km2), no interior, e a elevada concentração demográfica verificada em VRSA, no litoral (312 habitantes/km2).

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activos territoriais. Exemplos desse património são:

Rio Guadiana — Com 235 km de extensão em Portugal, e navegável nos últimos 48 km, entre Pomarão e VRSA, o

Guadiana é fronteira natural entre Portugal e Espanha a Este, situando-se a sua foz no Oceano Atlântico, entre VRSA e Ayamonte. Ao longo dos tempos, três actividades relacionadas com o rio – a pesca, a actividade mineira e o contrabando – marcaram a dinâmica económica do território. Hoje, o Guadiana oferece excelentes condições para a pesca desportiva, para a prática de desportos náuticos, ou simplesmente para passeios de barco. Ao longo do rio existem cais acostáveis para barcos de pequeno porte (turísticos e de pesca) em Foz de Odeleite, Guerreiros do Rio, Laranjeiras, Alcoutim e Pomarão. Além destes, está projectado para Castro Marim mais um cais, na povoação de Almada d’Ouro.

Praias do Baixo Guadiana — A faixa costeira do Baixo Guadiana tem cerca de 15 km de extensão de praias: Praia de

Santo António, Praia de Monte Gordo, Praia do Cabeço/Retur, Praia Verde, Praia de Alagoa/Altura e Praia da Manta Rota. Em Alcoutim existe a Praia Fluvial do Pego Fundo, na margem esquerda da Ribeira de Cadavais. Em 2013, a qualidade de todas as águas balneares do território do Baixo Guadiana, costeiras e interiores, foi considerada excelente.

Rotas e circuitos — O Baixo Guadiana dispõe de uma rede de 135 km de percursos pedestres, devidamente traçados e

sinalizados. Os roteiros turísticos estão organizados em percursos que dão a conhecer a região do Baixo Guadiana e o seu património. O relevo sinuoso da região proporciona igualmente bons trilhos para a prática de BTT e passeios todo -o-terreno.

Fauna cinegética — Existem, no Baixo Guadiana, várias reservas de caça de carácter associativo e turístico, que

em muito têm contribuído para a manutenção e controlo das várias espécies cinegéticas. As principais espécies aí residentes são o coelho-bravo, a lebre, a perdiz e o javali.

Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e VRSA — Esta Reserva foi criada em 1975 e abrange uma área

aproximada de 2000 hectares ao longo do rio Guadiana. Graças à importância dos seus valores naturais, goza de diversos estatutos de protecção internacionais. É maioritariamente ocupada pelas zonas húmidas de sapais, salinas e esteiros (66% da superfície), dispondo também de uma área agrícola (32%) e de áreas florestais onde predominam o sobreiro, o pinheiro bravo e o pinheiro manso. Um dos objectivos da gestão da Reserva é estimular o uso sustentável dos recursos naturais através de actividades económicas compatíveis com a preservação ambiental, como a salicultura e a agricultura. As salinas de Castro Marim ocupam 583 hectares da área da Reserva e assumem, hoje, importância a nível nacional pela qualidade do sal produzido. As zonas agrícolas ocupam 668 hectares, predominando as culturas de sequeiro (trigo, cevada e aveia) e plantações de oliveiras, amendoeiras, alfarrobeiras e figueiras. Nos terrenos com maior abundância de água encontram-se pomares de laranjeiras e outros.

Matas Nacionais — Existem duas matas no Baixo Guadiana: a Mata Nacional das Terras da Ordem, com uma área de

1366 hectares, situada em Odeleite (Castro Marim), e a Mata Nacional das Dunas Litorais de VRSA, que se estende por cerca de 3 km ao longo da faixa dunar entre VRSA e Monte Gordo (434 hectares).

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suavizado com a presença do Atlântico e o curso do Guadiana, pouco chuvoso, de temperaturas amenas e com muitas horas de sol, que é também um importante factor de atracção deste território, tornando-o agradável para habitar e visitar.

Em suma, pode dizer-se que o Baixo Guadiana tem nas características intrínsecas do seu território o mais importante factor de desenvolvimento. Apesar da pressão urbanística sentida em algumas zonas, este território preserva ainda extensas áreas naturais de grande riqueza paisagística e ambiental, activos únicos que devem estar no cerne das estratégias de desenvolvimento sustentável a promover na região.

Demografia

De acordo com o recenseamento de 2011, a população residente no Baixo Guadiana era de 28.820 habitantes, tendo crescido apenas 1,8% desde 2001 (contra 14% no Algarve). A população está maioritariamente concentrada em VRSA (66%), residindo em Castro Marim cerca de um quarto dos habitantes e os restantes 10% em Alcoutim (Figura 2).

Figura 2 População residente

População residente Variação

2001 2011 N.º %

Alcoutim 3770 2917 -853 -22,6%

Castro Marim 6593 6747 154 2,3%

Vila Real de Santo António 17 956 19 156 1 200 6,7%

Baixo Guadiana 28 319 28 820 501 1,8%

Algarve 395 218 451 006 55 788 14,1% Fonte INE, Censos

O fraco crescimento demográfico da última década resultou do abrandamento do crescimento de VRSA face à década 1991-2001 (25%), do fraco crescimento em Castro Marim (apesar de ter sido finalmente invertida a trajectória de decréscimo que vinha a registar-se já desde os anos 80), e da forte redução populacional ocorrida em Alcoutim, que perdeu mais de 20% dos seus residentes. Por outro lado, este crescimento deveu-se à componente migratória, já que a mortalidade tem sido repetidamente superior à natalidade.

A pirâmide etária do Baixo Guadiana está em linha com a do Algarve e a do país, embora o peso da população idosa seja superior neste território (Figura 3). Na verdade, Castro Marim e Alcoutim registam índices de envelhecimento francamente elevados e claramente superiores aos do Algarve e de Portugal (1,68 e 4,36 vezes superiores ao nacional, respectivamente).

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0 - 14 15 - 24 25 - 64 65-74 75 e mais Total envelhecimentoÍndice de Alcoutim 230 182 1223 540 742 2917 557,4 Castro Marim 838 644 3462 888 915 6747 215,2 VRSA 2974 2031 10 380 1933 1838 19 156 126,8 Baixo Guadiana 4042 2857 15 065 3361 3495 28 820 169,6 Algarve 66 974 45 573 250 690 44 936 42 833 451 006 131 Portugal 1 572 329 1 147 315 5 832 470 1 048 139 961 925 10 562 178 127,8

Fonte INE, Censos 2011 e elaboração própria a partir de dados do INE

Os dados da escolaridade dos activos revelam uma população pouco qualificada, em que a maioria (59%) apenas completou apenas o Ensino Básico e poucos (11%) possuem Ensino Superior; 21% possuem o Ensino Secundário e os restantes 9% não possuem qualquer nível de escolaridade (Figura 4). Por outro lado, o abandono escolar no território é ainda um problema, mantendo-se bastante elevado em VRSA (2,8%), assim como em Alcoutim (1,8%).

Figura 4 População residente com 15 e mais anos, segundo o nível de escolaridade, 2011

Alcoutim Castro Marim VRSA Baixo Guadiana Algarve Portugal

N.º N.º % % Sem escolaridade 528 639 982 2 149 8,7% 6,6% 6,0% Ensino básico 1 664 3 514 9 409 14 587 58,9% 52,4% 55,2% Ensino secundário 337 1 161 3 883 5 381 21,7% 25,1% 20,7% Ensino superior 158 595 1 908 2 661 10,7% 15,9% 18,1% Total 2 687 5 909 16 182 24 778 100,0% 100,0% 100,0%

Fonte INE, Censos 2011

A estrutura demográfica da região do Baixo Guadiana é, pois, reveladora de desequilíbrios internos, existindo um forte contraste entre o litoral, relativamente dinâmico, e o interior, escassamente povoado e muito envelhecido. A estas disparidades acrescem recursos humanos pouco qualificados e um processo de envelhecimento que colocarão desafios importantes ao território no que concerne ao seu crescimento económico e desenvolvimento a médio e longo prazo.

Mercado de trabalho

A taxa de actividade registada no Baixo Guadiana em 2011 é baixa, e inferior à da região e do país. Além disso, tanto em Alcoutim como em Castro Marim o número de inactivos, na grande maioria reformados, já supera o de activos (Figura 5).

Figura 5 População residente segundo a condição perante o trabalho, 2011

Activos Inactivos

Empregados Desempregados Total actividadeTaxa de Estudantes Reformados Outros Total

Alcoutim 864 83 947 32% 116 1 392 232 1 740

Castro Marim 2 401 494 2 895 43% 360 2 014 640 3 014

VRSA 7 168 1 776 8 944 47% 1 076 4 257 1 905 7 238

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em que os efeitos da crise começaram a sentir-se: o número de desempregados inscritos quase triplicou entre Abril de 2008 e 2014 tanto em Castro Marim como em VRSA (Figura 5). Em Alcoutim, o desemprego registado é baixo, mas este valor deve-se essencialmente à reduzida dimensão do grupo dos activos. Apesar de a evolução no Baixo Guadiana seguir a tendência regional e nacional, os acréscimos relativos foram consideravelmente maiores neste território do que no Algarve, que, por sua vez, já tinha registado aumentos do desemprego muitíssimo superiores aos do país. Figura 6 Desemprego registado em Abril

Abril 2008 Abril 2011 Abril 2014 Variação (n.º) Variação (%)

2008-2011 2011-2014 2008-2014 2008-2011 2011-2014 2008-2014 Alcoutim 39 54 82 15 28 43 38% 52% 110% Castro Marim 125 351 368 226 17 243 181% 5% 194% VRSA 516 1 274 1 582 758 308 1 066 147% 24% 207% Baixo Guadiana 680 1 679 2 032 999 353 1 352 147% 21% 199% Algarve 11849 25 387 28 377 13 538 2 990 16 528 114% 12% 139% Portugal 373 812 517 103 632 098 143 291 114 995 258 286 38% 22% 69% Fonte IEFP, IP

A estrutura etária dos desempregados é idêntica nos três municípios e segue os padrões regionais e nacionais: a maioria pertence à faixa etária dos 35 aos 54 anos, seguindo-se o grupo dos 25 aos 34 anos em Castro Marim e VRSA, e dos mais de 55 em Alcoutim. A maioria dos desempregados (66%) apenas possui o Ensino Básico, tal como no Algarve e em Portugal (58% nos dois casos). Por outro lado, a proporção de desempregados com Ensino Superior no Baixo Guadiana (5%) é inferior à da região (10%) e do país (13%), em resultado da estrutura das qualificações da população acima descrita.

A análise segundo o género mostra o desemprego já não afecta de modo particularmente grave as mulheres, como acontecia no passado. Outra das mudanças a assinalar nos últimos anos é o aumento do desemprego de longa duração, que, tendo em conta a estrutura etária descrita, pode traduzir-se em dificuldades acrescidas de regresso ao mercado de trabalho.

Em conjunto, a baixa taxa de actividade, o envelhecimento, as baixas qualificações dos recursos humanos e o desemprego crescente, e cada vez mais estrutural, podem comprometer o desempenho da economia do Baixo Guadiana.

Economia

O tecido económico do Baixo Guadiana é fortemente marcado pela especialização em actividades do sector terciário nas áreas do turismo e afins, geradoras de empregos pouco qualificados e ainda muito sujeitas à sazonalidade. Em 2012 estavam sedeadas no Baixo Guadiana mais de 3200 empresas, das quais 70% em VRSA, 21% em Castro Marim e os restantes 9% em Alcoutim. A análise por sectores (Figura 6) mostra uma forte predominância de actividades de comércio (25%), hotelaria, designadamente do alojamento e restauração (16%) e outros serviços (25%). Entre os três municípios, a principal diferença reside no peso do sector agrícola, que, em Alcoutim, absorve mais de um quinto das empresas locais, contra escassos 5% e 8% em VRSA e Castro Marim, respectivamente.

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também relevante o peso do emprego na construção (14% e 12%, respectivamente) e, em Alcoutim, era ainda relevante o peso do emprego na agricultura em 2011 (20%).

Figura 6 Empresas sedeadas segundo o sector de actividade, 2012 (%)

Fonte Elaboração própria a partir de dados do INE

As empresas têm ainda fraca presença nos mercados internacionais, pelo que a internacionalização constitui uma oportunidade que deve ser considerada no quadro da estratégia de desenvolvimento do Baixo Guadiana. À grande margem de expansão revelada pelos indicadores actuais associa-se a forte presença do turismo neste território, que pode servir como alavanca determinante para afirmação dos produtos locais nos mercados externos.

Em relação ao poder de compra, registam-se algumas disparidades, já que enquanto em VRSA o índice de poder de compra calculado em 2011 era de 92% da média nacional, em Castro Marim era de 75%, e em Alcoutim de apenas 60%. Os dados de diferentes anos mostram que o poder de compra em Alcoutim tem vindo a aumentar de forma continuada, ao passo que em Castro Marim e VRSA se registou, em 2011, uma deterioração do poder de compra atingido em 2007. Em 2011, os três municípios revelaram um desempenho pior do que o do Algarve, que já é inferior ao nacional (96,7% e 100%, respectivamente). Resultando, de certo modo, das fracas qualificações da população residente e da especialização produtiva local, a remuneração mensal dos trabalhadores é bastante inferior à média nacional (base=100) e até à algarvia (86,9): Alcoutim apresenta o pior resultado (69,9) e VRSA o melhor (77,4), sendo o de Castro Marim próximo deste (76,2).

Em suma, a economia local é caracterizada pela forte dependência do turismo, que torna o Baixo Guadiana demasiado vulnerável às condições externas e muito sujeito à forte componente de sazonalidade que afecta o emprego e as condições de vida dos residentes. Embora o turismo de “sol e praia” constitua a sua principal actividade económica, o território do Baixo Guadiana possui atractivos mais do que suficientes para a diversificação da oferta turística, propícios à emergência de actividades que combatam a sazonalidade, nomeadamente associadas ao desporto náutico, ao turismo de natureza, ao turismo rural, ao cicloturismo e, aproveitando a recente criação do Centro Médico Internacional em VRSA, ao turismo de saúde.

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o turismo e a promoção da gastronomia local, por um lado, e com o apoio das políticas públicas às actividades de transformação, por outro, para garantir o êxito da estratégia.

Turismo

O Baixo Guadiana dispõe de 23 estabelecimentos hoteleiros, dos quais 18 se localizam em VRSA, 4 em Castro Marim e apenas 1 em Alcoutim. No que toca à capacidade de alojamento, existem, pelo menos, 6545 camas, das quais 5827 em VRSA e 718 em Castro Marim.

No que concerne à procura, apenas existem dados disponíveis para VRSA e Castro Marim. Em 2012 registaram-se em VRSA mais de 900.000 dormidas de turistas (6,4% do total do Algarve), e perto de 100.000 em Castro Marim (0,7% do valor regional). A estada média dos turistas nestes municípios excede a média do Algarve que é, por seu turno, superior à nacional, e as diferenças são mais significativas no que se refere aos turistas estrangeiros (Figura 7).

Figura 7 Dormidas, hóspedes e estada média, 2012

Dormidas Hóspedes Estada média dos hóspedes N.º Total Nacionais Estrangeiros

Castro Marim 97 716 18 751 5,2 4,2 6,3

VRSA 914 862 148 504 6,2 4,5 7,4

Algarve 14 326 774 3 043 920 4,7 3,7 5,2

Portugal 39 681 040 13 845 419 2,9 2 3,5 Fonte INE

No que respeita à nacionalidade dos hóspedes, verifise que são maioritariamente estrangeiros em ambos os ca-sos. Uma análise mais detalhada da sua proveniência permite destacar três países – Alemanha, Holanda e Reino Unido –, que representam 82% do total de dormidas de estrangeiros em Castro Marim e 75% em VRSA (Figura 8). Sabendo que essas percentagens descem para 68% no Algarve e 45% em Portugal, estes dados revelam uma certa preferên-cia pelo Baixo Guadiana quando escolhem Portugal como destino de férias.

Figura 8 Dormidas segundo o país de origem dos turistas, 2012 (N.º)

Castro Marim VRSA Algarve Portugal

Total 97 716 914 862 14 326 774 39 681 040 Nacionais 41 885 287 776 3 518 709 12 424 460

Estrangeiros, dos quais: 55 831 627 086 10 808 065 27 256 580

Espanha 3 126 48 898 730 121 3 076 625 Alemanha 20 409 130 082 1 367 843 3 684 847 França 954 8 410 383 488 2 224 668 Reino Unido 13 063 65 814 4 537 976 6 421 542 EUA 145 511 70 345 662 872 Fonte INE

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local: apesar de existirem já inúmeras actividades económicas particularmente vocacionadas para este público, haverá certamente muitas oportunidades por explorar, o que implica uma análise mais aprofundada das preferências e estilos de vida destes “residentes”.

A importância do turismo no Baixo Guadiana deve, pois, ser considerada em duas vertentes principais: por um lado, a aposta em formas de turismo alternativas ao “sol e praia” que diversifiquem e enriqueçam a oferta para turistas que escolhem este território para passar as suas férias; por outro, reforçar a atractividade do Baixo Guadiana para o “turismo residencial”, que é, aliás, um dos dez produtos estratégicos definidos no Plano Estratégico Nacional de Turismo.

Agricultura

O potencial de expansão do sector agrícola no Baixo Guadiana é um factor muito importante para assegurar o sucesso de uma aposta nos produtos locais tradicionais e de qualidade. No recenseamento agrícola de 2009 foram contabilizadas 1692 explorações agrícolas, das quais cerca de metade em Alcoutim, 38% em Castro Marim e 13% em VRSA (Figura 9). A proporção de explorações com superfície agrícola não utilizada é ainda muito significativa (61% em Alcoutim, 68% em Castro Marim e 24% em VRSA) pelo que existe ainda margem para a expansão da actividade.

Figura 9 Explorações agrícolas segundo o tipo de utilização das terras, 2009

Alcoutim Castro Marim VRSA Baixo Guadiana

Total de explorações agrícolas 830 635 227 1 692

Superfície agrícola utilizada 829 634 227 1 690

Matas e florestas sem culturas sub-coberto 515 326 17 858

Superfície agrícola não utilizada 503 429 55 987

Outras superfícies 827 632 214 1 673

Fonte INE, Recenseamento Agrícola 2009

No total, a superfície agrícola utilizada (SAU) no Baixo Guadiana ultrapassa os 20.000 hectares (23,5% do total algarvio), dos quais 60% se localizam em Alcoutim. No que respeita à composição da SAU, destaca-se o peso das terras aráveis (39%), que correspondem a 36% do total algarvio, e o das culturas permanentes (35,5%), ou seja, 16,4% do total do Algarve.

No que concerne à mão-de-obra, em 2009 trabalhavam 3420 pessoas na agricultura, das quais 45% em Alcoutim, 41% em Castro Marim e os restantes 14% em VRSA. Deste total, 97% eram mão-de-obra familiar, traduzindo uma realidade idêntica à da região e do país.

Entre as culturas dominantes destacam-se claramente os frutos de casca rija (designadamente a amêndoa), que ocupam 60% da superfície de culturas permanentes no território e 22% no Algarve. O olival ocupa ¼ da superfície, e corresponde a 22% da superfície agrícola algarvia dedicada a esta cultura. Os frutos frescos, incluindo citrinos, ocupam cerca de 13%, contra 6,4% no conjunto da região (Figura 10). Outra das culturas de relevo no território é a alfarroba.

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Alcoutim Castro Marim VRSA Baixo Guadiana

% no Algarve

ha ha %

Frutos frescos 344 476 132 952 12,9% 6,4%

Frutos de casca rija 2380 1909 146 4435 60,1% 22,1%

Olival 1035 761 85 1881 25,5% 22,4%

Outras culturas permanentes 20 74 20 114 1,5% 6,8%

Total 3779 3220 383 7382 100,0% 16,4%

Fonte INE, Recenseamento Agrícola 2009

Em conjunto, a alfarroba, a amêndoa e o figo constituem o pomar de sequeiro do Baixo Guadiana, que necessita de ser intervencionado para que se possa tirar partido de todas as suas potencialidades. Enquanto a alfarroba tem merecido maior atenção das várias políticas e dos empresários, o figo e a amêndoa têm sido esquecidos, apesar da sua elevada qualidade. Assim, no quadro da estratégia de desenvolvimento do Baixo Guadiana, é essencial contemplar estes frutos, tanto na vertente da produção como da transformação, o que não só permitirá promover o crescimento na cadeia de valor e, consequentemente, a geração de empregos e riqueza no território, como reduzir a dependência económica do turismo e dos serviços. Note-se que a alfarroba tem utilizações muito diversas, mas todos esses produtos de elevado valor acrescentado são produzidos no exterior, cingindo-se ao Algarve a produção do fruto. Por outro lado, a alfarrobeira tem elevado valor ambiental, sendo contemplada em vários projectos de turismo de natureza e ambiental. Por todas estas características, a alfarroba é o exemplo emblemático de produto endógeno e tradicional que deve estar no centro da estratégia de desenvolvimento sustentável do território do Baixo Guadiana nos próximos anos.

Em suma, o sector agrícola tem ainda alguma expressão no Baixo Guadiana, e a aposta nos produtos tradicionais locais e até em novos produtos nos quais se tem vindo a investir, como os frutos vermelhos, pode tirar partido da margem de desenvolvimento e expansão que existe ainda na actividade, designadamente em termos da dimensão da superfície agrícola não utilizada, das condições climáticas excepcionais e da tradição, que deve ser preservada.

Notas finais

O Baixo Guadiana ocupa uma vasta área fracamente povoada no seu conjunto, mas é marcado por fortes disparidades entre o interior, rural e despovoado, e o litoral, sujeito a alguma pressão urbanística.

O território é, em si mesmo, o grande activo do Baixo Guadiana, graças ao vasto património natural, de grande riqueza paisagística e ambiental, ainda bem preservado, e que engloba ambientes tão diversos como a praia, a serra, as matas, o rio ou as reservas naturais. A beleza deste património é ainda enriquecida por um clima mediterrâneo-oceânico, que é também um importante factor de atracção desta região.

Pouco populoso, o Baixo Guadiana registou uma evolução demográfica pouco animadora na última década e depara-se, actualmente, com sérios problemas de envelhecimento e fraca natalidade. Ao mesmo tempo, a escolaridade da população residente é baixa e o abandono escolar ainda elevado. Em conjunto, estes factores podem comprometer seriamente as perspectivas de desenvolvimento local, pelo que lhes deve ser dada especial atenção na definição de políticas públicas a implementar no futuro próximo.

A economia local é muito orientada para o turismo e actividades relacionadas, como o comércio e a restauração, geradoras de empregos pouco qualificados e ainda muito sujeitas à sazonalidade. Em resultado da estrutura

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possui no seu território os atractivos fundamentais - o rio Guadiana, as zonas de serra e de sapal/marismas, por exemplo - para a diversificação da oferta turística que permitem combater o fenómeno da sazonalidade, promovendo actividades associadas ao turismo de natureza, ao turismo rural, ao cicloturismo e ao turismo de saúde. Adicionalmente, pode dar-se alguma atenção à promoção do “turismo residencial” tirando partido das estadas médias relativamente longas de hóspedes estrangeiros no Baixo Guadiana. Outro dos vectores do desenvolvimento do Baixo Guadiana passa pelos produtos locais tradicionais, atendendo ao potencial de expansão do sector agrícola, às condições climáticas propícias à produção de certos alimentos, e ao incentivo das políticas públicas ao desenvolvimento rural sustentável.

Em suma, parece evidente que o Baixo Guadiana tem nas características intrínsecas do território o seu mais importante factor de desenvolvimento. A riqueza ambiental, a diversidade paisagística, o clima de excepção, o património cultural e as tradições são activos únicos e irreplicáveis que, conjugados, podem fazer do Baixo Guadiana uma região de referência em matéria de sustentabilidade e qualidade de vida para residentes e turistas, a nível nacional e internacional.

Referências

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