Oliveira DR et al.
A
Artigo de Revisão
Unitermos:
Degeneração hepatolenticular. Fisiopatologia. Terapia nutricional.
Key words:
Hepatolenticular degeneration. Physiopathology. Nutrition therapy.
Endereço para correspondência:
Dirce Ribeiro de Oliveira
Av. Prof. Alfredo Balena, 190, sala 206 – Belo Hori-zonte, MG, Brasil – CEP: 30130-100.
Departamento de Enfermagem Básica, Escola de Enfermagem - Universidade Federal de Minas Gerais.
E-mail: dirceribeiroliveira@gmail.com
Submissão
22 de setembro de 2011
Aceito para publicação
15 de dezembro de 2011
RESUMO
Introdução: A doença de Wilson (DW) é uma doença transmitida por via autossômica recessiva
e apresenta baixa prevalência. Sua sintomatologia relaciona-se ao acúmulo de cobre principal-mente no fígado, córneas, rins e articulações, sendo mais comuns as manifestações neurológicas e hepáticas. A principal opção de tratamento é farmacológica, mas o aconselhamento nutricional, que envolve principalmente a restrição de alimentos ricos em cobre, também é importante para aumento da expectativa e qualidade de vida. Objetivo: Estudo de revisão referente à doença de Wilson e seus aspectos nutricionais, bem como a quantificação do teor de cobre em vários alimentos. Método: O teor de cobre dos alimentos foi calculado utilizando-se a Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos (TACO, 2006) e três planos alimentares propostos foram analisados (1600 kcal, 2200 kcal e 2800 kcal). Resultados: Os cardápios avaliados não ofereciam riscos aos portadores de DW. Ressaltou-se a recomendação de se evitar o consumo de alimentos com alto teor de cobre por porção (mais de 0,2 mg/porção). Sugeriu-se que alimentos como bife de fígado bovino grelhado, chocolate, castanha, mamão, lentilhas, grão de bico e kiwi sejam evitados por pacientes acometidos pela doença, já que apresentaram 12,580, 2,176, 0,398, 0,241 e 0,231mg de cobre por 100g, respectivamente. Conclusão: O presente estudo denotou que uma dieta equilibrada e variada não apresenta quantidades elevadas de cobre e que o aconselhamento nutricional adequado pode facilitar o controle da doença de Wilson.
ABSTRACT
Introduction: The Wilson’s Diseases (DW) is a disease transmitted by autosomal recessive and has
a low prevalence. Its symptomatology related to the accumulation of copper in the liver, corneas, kidneys and joints, being more common neurological and hepatic manifestations. The mainly option of treatment is pharmacological, but the nutritional advice, which involves the restriction of foods rich in copper, is also important to increase the expectation and quality of life. Objective: A review study concerning Wilson’s disease and its nutritional aspects, as well the quantification of copper content in various foods. Methods: The copper content of foods were calculated using the Brazilian Table of Food Composition (TACO, 2006) and three food plans proposed were analyzed (1600 kcal, 2200 kcal and 2800 kcal). Results: Evaluated menus offer no risk to patients with DW. Emphasis was placed on the recommendation to avoid eating foods with high copper content per serving (more than 0.2 mg/serving). It was suggested that foods such as beef liver grilled steak, chocolate, chestnut, papaya, lentils, peas and kiwi, be avoided by patients, once they had 12.580, 2.176, 0.398, 0.241 and 0.231 mg of copper per 100g, respectively. Conclusion: The present study demonstrated that a balanced and varied diet doesn’t have high quantities of copper, and that the appropriate nutritional counseling may facilitate the control of Wilson’s disease. Dirce Ribeiro de Oliveira1
Milene Cristina do Carmo Henriques2
Luana Caroline dos Santos1
1. Professora Adjunta do Curso de Nutrição, Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil. 2. Mestranda em Ciência de Alimentos pela Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.
Terapia nutricional na doença de Wilson
INTRODUÇÃO
A doença de Wilson (DW) é uma doença rara
trans-mitida por via autossômica recessiva devido à ausência
ou deficiência de uma ATPase transportadora de cobre,
envolvendo o cromossomo 13 do gene ATP7B
1. O produto
desse gene é fundamental para o transporte do cobre
através das membranas das organelas intracelulares e
sabe-se que sua ausência ou função diminuída pode
reduzir a excreção hepática de cobre na bile e causar o
acúmulo do metal na doença. Dessa forma, a excreção
de cobre pelos hepatócitos na bile é essencial para a
manutenção da sua homeostase
2, sendo verificado, ao
fim da capacidade hepática de armazenamento, morte
hepatocitária, liberação de cobre no plasma, hemólise e
deposição tecidual
3,
causando acúmulo principalmente no
fígado, rins, cérebro, córneas e articulações
4.
A DW é conhecida desde 1883, quando Westphal a
denominou de pseudoesclerose, ao observar a presença
de tremores e rigidez em dois pacientes. Em 1898,
Strüm-pell evidenciou doença de fígado em autópsia de dois
pacientes portadores de tremores. Já em 1912, Kinnier
Wilson descreveu, pela primeira vez, a forma clássica
da doença, correlacionando a sintomatologia dos
gânglios da base à doença do fígado, denominando-a,
então, degeneração lenticular progressiva. Na década
seguinte (1921), Hall a descreveu como degeneração
hepatolenticular
5.
Essa doença apresenta prevalência mundial estimada
de 1/30.000 habitantes e acredita-se que 1/90 habitantes
seja portador heterozigoto, com aproximadamente 75% dos
casos não diagnosticados
6. Nota-se que a DW predomina
em pessoas jovens entre os 8 e 20 anos, sendo mais rara
antes dos 3 e após os 40 anos
7.
Manifestações Clínicas da DW
A sintomatologia da doença relaciona-se ao acúmulo de
cobre nos diversos tecidos, principalmente fígado, gânglios
da base, córneas, rins e articulações
4,8,9, sendo mais comuns
as manifestações neurológicas e hepáticas
3.
Destaca-se que o comprometimento hepático acontece,
geralmente, antes dos 20 anos, enquanto que a forma
neurológica é mais comum após os 20 anos, sendo que as
duas formas da doença podem ocorrer simultaneamente
8.
As manifestações hepáticas podem se apresentar como
hepatite crônica, cirrose e, mais raramente, hepatite
fulmi-nante
9. Já as alterações neurológicas são variáveis,
predo-minando os sintomas extrapiramidais, tremores, distonia,
disartria, alterações de humor, sintomas psiquiátricos e, se
não tratada, poderá progredir para incapacidade
neuroló-gica grave e morte
8.
Diagnóstico e Tratamento da DW
A DW é progressiva e fatal se não diagnosticada e
tratada precocemente. Sem tratamento adequado, a doença
evolui para insuficiência hepática, doença neuropsiquiátrica,
falência hepática e morte
10.
A maioria dos sintomas é inespecífica, justificando a alta
frequência de diagnósticos efetuados tardiamente ou
não-concretizados, especialmente em indivíduos sem história
familiar. Muitos dos pacientes diagnosticados na forma
assin-tomática apresentam persistentes elevações inexplicadas das
transaminases séricas ou são irmãos ou parentes de pessoas
com a doença clínica
9.
O diagnóstico baseia-se na presença de pelo menos
dois dos seguintes critérios: 1) Presença de anel corneal
de Kayser-Fleischer, detectada em exame de lâmpada
de fenda realizado por oftalmologista; 2) Concentração
sérica de ceruloplasmina reduzida (abaixo de 20 mg/dL);
3) Cobre sérico livre [cobre sérico total - (ceruloplasmina
em mg/dl x 3,15)] acima de 25 μg/dl, ou pelo aumento
da eliminação urinária desse mineral (acima de 100 μg
em 24 horas), ou
pelo aumento da concentração hepática
de cobre (acima de 250 μg por grama de tecido hepático
seco)
10.
Ressalta-se que a ceruloplasmina é uma glicoproteína
produzida no fígado, que contém seis átomos de cobre por
molécula. Defeitos no transporte intracelular de cobre levam
a diminuição na incorporação de cobre na molécula de
ceruloplasmina. Acredita-se que a ausência de cobre nessa
glicoproteína a deixe menos estável, sendo o motivo pelo qual
ocorre a diminuição dos níveis circulantes de ceruloplasmina
nos pacientes com DW
10,11.
As opções para o tratamento da doença incluem terapia
farmacológica e transplante hepático
10. Entretanto, o
trans-plante somente deve ser indicado para pacientes com doença
hepática terminal ou fulminante
2.
O tratamento farmacológico é baseado em quelantes
e sais de zinco
10. Um dos principais quelantes é a
penicila-mina
11, que age removendo e detoxificando o cobre intra
e extracelular
10. Quelantes como a D-penicilamina
12,13e a
Trientina
14,15são utilizados para mobilizar o cobre e facilitar
sua excreção do organismo por meio da urina
16.
O acetato de zinco é particularmente interessante para
os pacientes que tenham desenvolvido reações adversas
aos agentes quelantes
18. Ele induz a produção intestinal
de metalotioneína, uma proteína que possui grande
afinidade com o cobre, envolvendo-o com os enterócitos
e provocando a eliminação do mineral nas fezes
16,17. Tal
ação previne que nova ingestão de cobre seja absorvida
pelo intestino e chegue à circulação porta
18. Entretanto,
dependendo do sal utilizado, o zinco pode causar irritação
gástrica
19.
Antioxidantes, principalmente a vitamina E, podem
desempenhar um papel importante no tratamento
coad-juvante. Níveis hepáticos e séricos baixos de vitamina
E foram encontrados em pacientes com DW
20,21. Não
existem estudos rigorosos a respeito, mas parece que
a suplementação de vitamina E pode provocar melhora
sintomática
22.
Os benefícios esperados com o tratamento da DW são
aumento da expectativa de vida e diminuição da
sintomato-logia, com melhora na qualidade de vida
10. Nesse cenário,
o tratamento nutricional apresenta relevância, devendo
corroborar o tratamento medicamentoso.
Destaca-se que a terapia nutricional da DW contempla
minimizar a oferta de alimentos ricos em cobre. Uma dieta
deficiente em cobre pode atrasar o início da doença ou
controlar sua progressão
23. Na prática clínica, as dietas são
planejadas a fim de se limitar os alimentos com alto conteúdo
do mineral e não para alcançar um nível específico de cobre
na dieta
24.
Entretanto, não são encontrados na literatura trabalhos
que relatem o teor desse mineral nos alimentos, bem como
uma possível dieta a ser oferecida para o paciente.
MÉTODO
As informações do presente estudo foram obtidas
por meio de levantamento bibliográfico, utilizando como
fonte de pesquisa publicações sobre DW e seus aspectos
nutricionais em livros técnicos e bases de dados LiLACS,
Medline, SciELO e PubMed. Os idiomas foram delimitados
em português e inglês. Devido à escassez de trabalhos na
área, o ano de publicação não foi utilizado como critério
de exclusão.
Adicionalmente, realizou-se cálculo do teor de cobre dos
alimentos, utilizando, para tal, dados da Tabela Brasileira de
Composição dos Alimentos (TACO, 2006)
25e três planos
alimentares propostos por Phillipi et al.
26.
Por fim, foram propostos cardápios para
aconselha-mento nutricional do paciente portador de DW pautados
na pirâmide adaptada para a população brasileira
26e
considerando fatores como idade, sexo, altura, nível
de atividade física, entre outros. Os planos alimentares
propostos continham diferentes valores calóricos: 1.600
kcal, objetivando atender a mulheres com atividade
física sedentária e adultos idosos; 2.200 kcal, para
abranger as necessidades de crianças, adolescentes do
sexo feminino, mulheres com atividade física intensa e
homens com atividade física sedentária; e 2.800 kcal,
para homens com atividade física intensa e adolescentes
do sexo masculino
26.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
DW e Alimentação
O cobre é um mineral traço necessário para a ligação cruzada
de moléculas elásticas e de colágeno, e pode ter papéis em
outras enzimas de células ósseas. Sua deficiência é rara, mas,
quando presente, é caracterizada por anemia, neutropenia e
anormalidades esqueléticas, especialmente desmineralização
27.
A recomendação diária de cobre está descrita na Tabela 1.
A concentração de cobre nos alimentos pode ser afetada
por muitos fatores, incluindo as condições do solo,
locali-zação geográfica, espécies, dieta, método de processamento
e contaminação no processamento, sendo, portanto, difícil
a avaliação do conteúdo exato de cobre dos alimentos.
Estima-se que evitar alimentos ricos em cobre resulta em uma
ingestão de aproximadamente 2 mg/dia; e evitar tantos os
alimentos ricos quanto os moderados em cobre resulta em
uma ingestão de aproximadamente 1mg/dia
28(Tabela 2).
O teor de cobre da água consumida também deve ser
analisado.
Água desmineralizada deve ser usada caso a
água contenha mais que 0,1 mg/L. Tal medida garante que
a ingestão de cobre diário não atinja valores acima do
dese-jado
29. Portaria número 518 estabelece os procedimentos
e responsabilidades relativos ao controle e à vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade. Segundo a portaria, as águas devem apresentar
o valor máximo de 2,0 mg de cobre/L
30.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), por
meio da resolução número 357, dispõe sobre a classificação
dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enqua-dramento, bem como estabelece as condições e os padrões
de lançamento de efluentes. Segundo essa resolução, o
limite máximo de cobre na água deve ser de 0,009 mg/L.
Tal valor, estabelecido para redução de impacto ambiental,
é usado para que a água seja classificada como classe A
31.
Tabela 1 – Recomendação de cobre de acordo com a faixa etária27.
Faixa Etária RDA/AI (µg/dia) UL (µg/dia)
Bebês 0 a 6 meses 200 ND* 7 a 12 meses 260 ND* Crianças 1 a 3 anos 340 1000 4 a 8 anos 440 3000 Homens 9 a 13 anos 700 5000 14 a 18 anos 890 8000 >19 anos 900 10000 Mulheres 9 a 13 anos 700 5000 14 a 18 anos 890 8000 >19 anos 900 10000 Gravidez 1000 10000 Lactação 1300 10000 *Valores não determinados
Terapia Nutricional na DW
Foram considerados os cardápios contendo 1.600,
2.200 e 2.800 Kcal/dia propostos por Phillipi et al. (1999)
26.
Os teores de cobre contidos nos alimentos de cada cardápio
foram calculados (Anexos 1 e 2) utilizando-se a Tabela
TACO (Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos,
2006)
25e encontrados os valores totais de 0,86, 1,08 e
1,07 mg, respectivamente, portanto não oferecendo riscos
aos portadores de DW. Todavia, existe também a
recomen-dação de se evitar o consumo de alimentos com alto teor
de cobre por porção, ou seja, mais de 0,2 mg/porção
29.
Podem ser citados como exemplos destes alimentos kiwi,
mamão formosa, bife de fígado grelhado, lentilha e grão
de bico, pois possuem, respectivamente, em 100 gramas
de produto, 0,231, 2,176, 12,580, 0,398 e 0,241mg.
A maioria dos autores relata que os alimentos ricos em
cobre e que devem ser evitados por paciente com DW são
chocolate, castanha, cogumelo, crustáceos e brócolis. O
chocolate e a castanha contêm em cada 100 g, 0,31mg e
1,92 mg de cobre, respectivamente. Cogumelos e
crustá-ceos são alimentos normalmente consumidos em pequenas
quantidades e, por isso, não representam uma fonte
potencialmente perigosa para pacientes com DW. O teor
de cobre no brócolis não foi possível ser determinado, visto
que a TACO
24não contém a quantidade do mineral nesse
alimento. A literatura descreve, também, como alimentos
ricos em cobre abacate, pão, batata doce e carne de porco
31(Tabela 2). No entanto, foi possível verificar na TACO que
tais alimentos não são fontes potenciais de cobre.
CONCLUSÃO
A terapia nutricional deve corroborar o tratamento
farma-cológico da DW, favorecendo incremento da qualidade de
vida de seus portadores. O presente estudo denotou que a
realização de uma dieta equilibrada e variada não
apresen-tará quantidades elevadas de cobre, e que alimentos como
bife de fígado, mamão formosa, lentilha, grão de bico e o
kiwi devem ser limitados.
Sugerem-se, ainda, novos estudos no tocante à
alimen-tação na DW, para determinação precisa da quantidade de
cobre nos inúmeros alimentos ainda não contemplados pelas
tabelas. Tal avanço possibilitará maior controle da doença e
efetiva compreensão do papel do aconselhamento nutricional
em sua terapia.
Tabela 2 – Recomendação de cobre de acordo com a faixa etária27.
Grupo de Alimentos Alta 0,2 mg/porção* Moderada 0,1 a 0,2 mg-porção*
Baixa 0,1 mg/porção* Nº de porções*/dia recomendado** Cereais, Raízes,
Tubércu-los e Massas
Germe de Trigo, Farelos de Pães e Cereais, Granola, Farinha de Soja, Batatas Doces
– – 5 a 9
Frutas Abacate, Nectarina, Frutas Secas (ex. Passas, Amei-xas, Nozes, Amendoim e Castanhas) Azeitonas
– – 3
Verduras e Legumes Cogumelos e Brócolis Brotos de Feijões, Beterraba, Espinafre, Abobrinha e Suco de Tomate
Todos os outros, incluindo Tomate Fresco
3
Leguminosas Feijões, Ervilhas e Lentilhas – – 1 a 2
Carnes e Ovos Carnes de Porco, Codorna, Pato e Salmão;
Vísceras (ex. Fígado, Cora-ção e Rim), Moluscos (ex. Ostras, Camarão, Lagosta, Mariscos e Caranguejos). Proteína de Soja e Tofu
Todos os outros peixes; Peru; Galinha
Carne Bovina; Queijo; Ovos 2
Açúcares e Doces Chocolate, Cacau e Geléia
de Mocotó – – 2
Diversos Bebidas Instantâneas,
Le-vedo de Cerveja e Álcool***
Bebidas a base de Cereais e Molho de Tomate
– –
*Porções normalmente utilizadas são aquelas que são geralmente aceitas com tamanhos típicos de porções em vários manuais de fonte de dados de nutrientes. ** Porções recomendadas para adultos de ambos os sexos.
ANEXO 1 – Teor de cobre dos alimentos25.
Alimentos Medida caseira Gramas Cobre em 100g Teor de Cobre
Arroz Branco cozido 4 col. de sopa 125,0 0,12 0,150
Arroz Integral cozido 6 col. de sopa 198,0 0,02 0,040
Bata Doce cozida 1 ½ col. de servir 150,0 0,06 0,090
Batata Frita (palito) 2 ½ col. de servir 110,0 0,10 0,110
Batata Sauté 2 ½ col. de servir 125,0 0,05 0,063
Biscoito tipo “cream cracker” 5 unidades 32,5 0,18 0,059
Biscoito tipo “maizena” 7 unidades 35,0 0,17 0,060
Biscoito Recheado Chocolate 2 unidades 34,0 0,27 0,092
Biscoito tipo “Waffer” Chocolate 4 unidades 30,0 0,26 0,078
Mistura para Bolo de Chocolate 1 fatia 35,0 0,15 0,053
Cará/inhame cozido/amassado 3 ½ col. sopa 126,0 0,11 0,139
Cereal Matinal (Milho, açúcar) 1 xícara de chá 43,0 0,04 0,017
Farinha de mandioca 2 ½ col. de sopa 40,0 0,08 0,032
Farofa/Farinha Mandioca Temperada ½ col. de servir 37,0 < LQ
Mandioca cozida 4 colheres de sopa 128,0 0,01 0,013
Milho Verde em espiga 1 1 espiga grande 100,0 0,05 0,050
Milho Verde em conserva 7 col. de sopa 142,0 0,05 0,071
Pamonha 1 unidade 100,0 0,03 0,030
Pão de forma tradicional 2 fatias 43,0 0,14 0,060
Pão de Milho, forma 1 1 unidade média 70,0 0,10 0,070
Pão de Queijo Assado 1 unidade 58,0 0,01 0,006
Pão francês 1 unidade 50,0 0,13 0,065
Polenta frita 3 fatias 121,0 < LQ
Torrada (pão francês) 3 fatias 33,0 0,16 0,053
Bolo comum 1 pedaço médio 60,0 0,15 0,090
Abóbora cozida (menina) 2 col. de sopa 70,0 0,02 0,014
Abóbora cozida (moranga) 2 col. de sopa 70,0 0,05 0,035
Abobrinha cozida 3 col. de sopa 81,0 0,01 0,008
Acelga crua (picada) 9 col. de sopa 90,0 0,10 0,090
Agrião 22 ramos 132,0 0,10 0,132
Alface 15 folhas 120,0 0,03 0,036
Almeirão 5 folhas 60,0 0,10 0,060
Berinjela cozida 2 col. de sopa 60,0 0,04 0,024
Beterraba cozida 3 fatias 43,0 0,04 0,017
Beterraba crua ralada 2 col. de sopa 42,0 0,08 0,034
Brócolis cozido 4 ½ col. de sopa 60,0 *
Cenoura cozida (picada) 1 ½ col. de sopa 34,0 0,02 0,007
Cenoura crua (picada) 1 col. de servir 38,0 0,05 0,019
Chuchu cozido 2 ½ col. de sopa 57,0 < LQ
Couve-flor cozida 3 ramos 69,0 < LQ
Ervilha em conservas 1 col. de sopa 13,0 0,14 0,018
Espinafre cozido 2 ½ col. de sopa 67,0 0,04 0,027
Jiló cozido 1 ½ col. de sopa 37,5 0,07 0,026
Mostrada 6 folhas 60,0 0,05 0,030
Pepino picado 4 col. de sopa 116,0 0,04 0,046
Pimentão cru fatiado (vermelho) 8 fatias 56,0 0,04 0,022
Pimentão cru fatiado (verde) 8 fatias 56,0 0,07 0,039
Rabanete 3 unidades 90,0 0,02 0,018
Repolho branco cru (picado) 6 col. de sopa 72,0 0,02 0,014
Salsão cru 5 col. de sopa 95,0 0,20 0,190
Tomate comum 4 fatias 80,0 0,04 0,032
Abacate 1 ½ col. de sopa 45,0 0,15 0,068
Abacaxi 1 fatia 130,0 0,11 0,143
Acerola 32 unidades 224,0 0,07 0,157
Ameixa vermelha 4 unidades 140,0 0,06 0,084
Banana-prata 1 unidade 86,0 0,05 0,043 Caju 2 ½ unidade 147,0 0,07 0,103 Caqui 1 unidade 113,0 < LQ Carambola 2 unidades 220,0 0,08 0,176 Goiaba ½ unidade 95,0 0,04 0,038 Jabuticaba 20 unidades 140,0 0,07 0,098 Kiwi 2 unidades 154,0 0,15 0,231
ANEXO 1 – Continuação
Laranja-baía 8 gomos 144,0 0,04 0,058
Laranja-pêra/lima espremida para chupar 1 unidade 137,0 0,03 0,041
Limão 4 unidades 252,0 0,06 0,151
Maçã 1 unidade 130,0 0,08 0,104
Mamão formosa 1 fatia 160,0 1,36 2,176
Mamão papaia ½ unidade 141,5 0,02 0,028
Manga 1 unidade 110,0 0,06 0,066
Manga polpa ½ xícara de chá 94,5 0,06 0,057
Maracujá (suco puro) ½ xícara de chá 94,0 0,05 0,047
Melancia 2 fatias 296,0 0,04 0,118
Melão 2 fatias 230,0 0,04 0,092
Morango 10 unidades 240,0 0,06 0,144
Pêra 1 unidade 133,0 0,07 0,093
Pêssego 2 unidades 226,0 0,02 0,045
Suco de Abacaxi ½ copo requeijão 125,0 0,11 0,138
Suco de Laranja puro 3/4 copo requeijão 187,0 0,03 0,056
Suco de Melão 3/4 copo requeijão 170,0 0,04 0,068
Suco de Uva (Industrializado) ½ copo requeijão 133,0 0,13 0,173
Tangerina/Mexerica 1 unidade 148,0 0,03 0,044
Uva (Itália/Rubi) 8 uvas 103,0 0,11 0,113
Feijão preto cozido 1 1 concha rasa 80,0 0,20 0,160
Grão-de-bico cozido 1 1/2 col. sopa 36,0 0,67 0,241
Lentilha cozida 2 col. de sopa 48,0 0,83 0,398
Atum fresco cru 2 1/2 col. sopa 112,5 0,09 0,101
Bacalhau refogado 1 pedaço médio 135,0 0,04 0,054
Bacalhau cru 1 1 pedaço médio 0,09 0,000
Bife de fígado grelhado 1 unidade média 100,0 12,58 12,580
Contra-Filé grelhado 1 unidade 64,0 0,09 0,058
Camarão cozido 13 unidades 104,0 0,12 0,125
Carne grelhada (patinho) 1 fatia pequena 75,0 0,12 0,090
Carne cozida 1 4 pedaços pequenos 80,0 0,07 0,056
Carne moída cozida 1 3 1/2 col. sopa 63,0 0,06 0,038
Carne seca cozida 1 2 pedaços pequenos 40,0 0,03 0,012
Costela bovina assada 1 1 pedaço pequeno 40,0 0,08 0,032
Espetinho de carne (Miolo de Alcatra grelhado) 2 unidades 92,0 0,11 0,101 Frango assado inteiro sem pele 1 pedaço de peito ou
1 coxa grande ou 1 sobrecoxa
100,0 0,03 0,030
Frango filé à milanesa 1 unidade 80,0 0,05 0,040
Frango filé assado 1 unidade 100,0 0,02 0,020
Frango sobrecoxa sem pele 1 sobrecoxa grande 100,0 0,07 0,070
Linguiça de porco grelhada 1 gomo 50,0 0,07 0,035
Manjuba frita 10 unidades 106,0 0,14 0,148
Merluza assada 2 filés 200,0 0,03 0,060
Ovo cozido 1 2 unidades 90,0 0,04 0,036
Porco lombo cru 1 1/2 fatia 93,5 0,01 0,009
Sardinha em conserva 1 unidade média 41,5 0,03 0,012
Iogurte desnatado natural - padrão 1 1/2 copo requeijão 330,0 < LQ
Iogurte integral natural - padrão 1 copo de requeijão 165,0 0,02 0,033
Leite em pó integral - padrão 2 col.de sopa 26,0 0,11 0,029
Leite em pó desnatado - padrão 3 col. de sopa 34,5 0,16 0,055
Leite desnatado longa vida 1 copo requeijão 270,0 0,02 0,054
Queijo tipo minas frescal 1 fatia grande 40,0 < LQ
Queijo tipo minas 1 1/2 fatia 50,0 < LQ
Queijo tipo parmesão ralado 3 col. de sopa 30,0 0,17 0,051
Queijo pasteurizado 2 unidades 40,0 0,05 0,020
Ricota 2 fatias 100,0 < LQ
Manteiga 1/2 col. de sopa 9,8 < LQ
Margarina culinária 65% 1/10 tablete 10,0 < LQ
Açúcar cristal 1 col. de sopa 28,0 < LQ
ANEXO 2 – Conteúdo de cobre das dietas25,26.
1.600 kcal
Alimento Peso (g) Medida caseira** Porção Grupo Cobre
Café da manhã
Leite desnatado 160 1 xícara de chá 1 Leite 0,192
Café (infusão) 60 1 xícara de café * *
Açúcar refinado 8 ½ colher de sobremesa 01 Açúcares 0
Biscoito água e sal 24 4 unidades 1 Cereais 0,0432
Geléia 16 1 colher de sobremesa 1 Açúcares
Requeijão 20 2 pontas de faca ¾ Leite
Suco de laranja 110 ¾ copo de requeijão 1 Frutas 0,033
Lanche da manhã
Banana (nanica) prata 86 1 unidade 1 Frutas 0,043
Almoço
Macarrão ao sugo 140 2 escumadeiras 1 Cereais
Queijo parmesão ralado 3 ¼ colher de sopa ¼ Leite 0,0051
Brócolis cozido 60 1 escumadeira 1 Hortaliças 0
Óleo de soja 5 1 colher de sobremesa ½ Óleos
Lanche da tarde
Bolo simples 50 1 fatia 1 Cereais 0,075
Chá (infusão) 142 1 xícara de chá * *
Açúcar refinado 8 ½ colher de sobremesa 1 Açúcares 0
Jantar
Alface 32 4 folhas 1 Hortaliças 0,0096
Tomate 109 1 unidade 1 Hortaliças 0,0436
Ervilha 26 2 colheres de sopa ½ Leguminosas 0,0364
Azeite de oliva 5 1 colher de sobremesa ½ Óleos
Arroz branco cozido 93 3 colheres de sopa 1 Cereais 0,112
Feijão Preto (50% grão/caldo) 53 2 colheres de sopa ½ Leguminosas 0,106
Carne assada 70 1 fatia 1 Carnes 0,056
Batata cozida (sauté) 60 ½ unidade 1 Cereais 0,03
Vagem cozida 44 2 colheres de sopa 1 Hortaliças
Suco de laranja 180 1 copo de requeijão 1 Frutas 0,054
Lanche da noite
Iogurte polpa de fruta 120 1 pote 1 Leite 0,024
Total 0,8625
2.200 kcal
Alimento Peso (g) Medida caseira** Porção Grupo Cobre
Café da manhã
Leite desnatado 150 1 xícara de chá 1 Leite 0,180
Café (infusão) 60 1 xícara de café * * 0
Açúcar refinado 14 ½ colher de sopa ½ Açúcares 0
Biscoito água e sal 24 4 unidades 1 Cereais 0,0432
Geléia 23 1½ colher de sobremesa ½ Açúcares
Requeijão 20 2 pontas de faca ¾ Leite
Melão 115 1 fatia 1 Frutas 0,046
Lanche da manhã
Banana (nanica) prata 86 1 unidade 1 Frutas 0,043
Almoço
Macarrão ao sugo 280 4 escumadeiras 2 Cereais
Queijo parmesão ralado 3 ¼ colher de sopa ¼ Leite 0,0051
Brócolis cozido 60 1 escumadeira 1 Hortaliças 0
Óleo de soja 5 1 colher de sobremesa ½ Óleos 0
Morango fresco 72 6 unidades 1 Frutas 0,0432
Lanche da tarde
Biscoito água e sal 24 4 unidades 1 Cereais 0,0432
Margarina/manteiga 7 ½ colher de sobremesa ½ Óleos 0
Chá (infusão) 142 1 xícara de chá * * 0
ANEXO 2 – Continuação Jantar
Alface 48 6 folhas 1 ½ Hortaliças 0,0144
Tomate 109 1 unidade 1 Hortaliças 0,0436
Azeite de oliva 5 1 colher de sobremesa ½ Óleos 0
Arroz branco cozido 140 4 ½ colheres de sopa 1 ½ Cereais 0,168 Feijão Preto (50% grão/caldo) 105 4 colheres de sopa 1 Leguminosas 0,21
Carne assada 100 1 fatia grande 1 ½ Carnes 0,08
Batata frita 100 1 escumadeira 1 ½ Cereais 0,1
Vagem cozida 44 2 colheres de sopa 1 Hortaliças
Laranja 185 1 unidade 1 Frutas 0,0555
Total 1,0750
2.800 kcal
Alimento Peso (g) Medida caseira** Porção Grupo Cobre
Café da manhã
Leite tipo C 150 1 xícara de chá 1 Leite
Café (infusão) 60 1 xícara de café * * 0
Açúcar refinado 14 ½ colher de sopa ½ Açúcares 0
Pão francês 50 1 unidade 1 Cereais 0,000
Margarina/manteiga 14 1 col de sobremesa 1 Óleos 0
Mamão papaia 141 ½ unidade 1 Frutas 0,0282
Lanche da manhã
Vitamina de leite e frutas 250 1 copo 1 Frutas
Almoço
Pão francês 50 1 unidade 1 Cereais 0,065
Macarrão ao sugo 280 4 escumadeiras 2 Cereais
Queijo parmesão ralado 3 ¼ colher de sopa ¼ Leite 0,0051
Brócolis cozido 60 1 escumadeira 1 Hortaliças 0
Óleo de soja 3 1 col de sobremesa ½ Óleos 0
Morango fresco 72 6 unidades 1 Frutas 0,0432
Lanche da tarde
Biscoito água e sal 24 4 unidades 1 Cereais 0,0432
Geléia 23 1 ½ colher de sobremesa ½ Açúcares
Chá (infusão) 142 1 xícara de chá * * 0
Açúcar refinado 14 ½ colher de sopa ½ Açúcares 0
Jantar
Alface 48 6 folhas 1 ½ Hortaliças 0,0144
Tomate 163 1 ½ unidade 1 ½ Hortaliças 0,0652
Azeite de oliva 5 1 col de sobremesa ½ Óleos 0
Arroz branco cozido 140 4 ½ col de sopa 1 ½ Cereais 0,168
Feijão Preto (50% grão/caldo) 105 4 colheres de sopa 1 Leguminosas 0,21
Carne assada 140 2 fatias 2 Carnes 0,112
Batata frita 100 1 escumadeira 1 ½ Cereais 0,1
Vagem cozida 44 2 colheres de sopa 1 Hortaliças
Laranja 185 1 unidade 1 Frutas 0,0555
Lanche da noite
Pão francês 50 1 unidades 1 ¾ Cereais 0,065
Requeijão 20 2 pontas de faca 1 Leite Frutas 0,1
Suco de maracujá com açúcar 200 1 copo dos de requeijão ½ Açúcares 0
Total 1,0748
REFERÊNCIAS
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30. Brasil. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde Ambiental. Portaria n° 518/2004. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde Ambiental – Brasília: Editora do Ministério da Saúde; 2005. 31. Brasil. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do
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