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Infecções fúngicas nos pés

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Academic year: 2021

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1

Infecções fúngicas nos pés

Opções de tratamentos para infecções fúngicas dos pés,

muito prevalentes no período do verão

1

.

A administração oral de terbinafina,

griseofulvina, itraconazol, fluconazol

ou cetoconazol proporciona alto

índice de cura

1,2,3,4,5,6,7,8

e um reduzido

índice de recidivas

10

nos pacientes com

infecções fúngicas dos pés.

A aplicação tópica de terbinafina,

cetoconazol, clotrimazol ou ciclopirox

proporciona melhora clínica e cura

micológica

de

pacientes

que

apresentam tinea pedis

12,13,14,15

.

(2)

2

Estudo de revisão apresenta as opções de tratamentos

orais para infecções fúngicas dos pés.

1,2

Estudo avalia o efeito da suplementação oral com

L-arginina em pacientes com episódio recente de angina

aguda e infarto agudo do miocárdio

3

.

Estudos & Atualidades

Estudos & Atualidades

A utilização da terbinafina, griseofulvina, itraconazol, fluconazol ou cetoconazol é eficaz no

tratamento das infecções fúngicas dos pés, aumentando o índice de cura dos pacientes.

Além disso, a terbinafina e o itraconazol continuam aumentando este índice após o

término do tratamento

1,2

.

Esta revisão compara diferentes fármacos orais no tratamento de infecções fúngicas. A estratégia de escolha utilizada foi ensaios de controle randomizados que incluíam participantes diagnosticados clinicamente com tinea pedis, confirmados através de microscopia e crescimento de

dermatófitos em cultura.

Propostas Terapêuticas

Cápsulas de terbinafina

Terbinafina...250mg

3,4

Administrar uma cápsula ao dia.

Cápsula de griseofulvina

Griseofulvina...500mg

3,4

Administrar uma cápsula ao dia.

Cápsula de itraconazol

Itraconazol...400mg

5,6

Administrar uma cápsula ao dia.

Cápsulas de fluconazol

Fluconazol...50mg

7,8

Administrar uma cápsula ao dia.

Cápsulas de cetoconazol

Cetoconazol...200mg

7,8

Administrar uma cápsula ao dia.

Resultados:

Dois estudos comparando o tratamento da griseofulvina

(500mg/dia) versus terbinafina (250mg/dia) por quatro e

seis semanas demonstraram que a terbinafina apresenta

índice de cura estatisticamente maior que a

griseofulvina

3,4

;

Dois outros estudos comparando a utilização da

terbinafina (250mg/dia por seis semanas) e itraconazol

(400mg/dia por uma semana) versus o placebo

demonstraram que ambos os tratamentos antifúngicos

apresentaram maior índice de cura comparados ao

placebo. Além disso, este índice continuou aumentando

após o final do tratamento

5,6

;

Os estudos realizados com fluconazol (50mg/dia)

comparado ao itraconazol (100mg/dia) e cetoconazol (200

mg/dia) demonstraram índice de cura similar das infecções

fúngicas dos pés próximo a 90% para os três fármacos

7,8

;

Outro estudo comparando a griseofulvina (1000mg/dia)

ao cetoconazol (200mg/dia) por quatro semanas

demonstrou eficácia no tratamento das infecções fúngicas

dos pés, não apresentando diferença no índice de cura

entre os grupos de tratamento

9

;

Todos os fármacos estudados proporcionaram aos

pacientes

reações

adversas,

sendo

os

efeitos

gastrointestinais os mais comumente relatados

1,2

.

0% 20% 40% 60% 80% 100% 4 semanas 6 semanas 81,6% 18,4% 50% 33% Ín d ic e d e cu ra

Índice de cura após 4 e 6 semanas de tratamento com os antifúngicos terbinafina e

griseofulvina3,4. Terbinafina Griseofulvina 50% 52% 54% 56% 58% 60% 62% 64% 66%

2 semanas após término

Terbinafina 8 semanas após término Itraconazol

65% 55% Ín d ic e d e cu ra

Índice de cura após término do período de tratamento com os antifúngicos terbinafina e

(3)

3

Estudos & Atualidades

Estudos & Atualidades

Resultados:

Neste estudo, 168 pacientes diagnosticados com tinea pedis, receberam o seguinte tratamento:

A administração oral de terbinafina é

eficaz no tratamento de tinea pedis,

proporcionando apenas 10% de índice

de recidivas/ano avaliado no período de

três anos. Este reduzido índice indica

que a reinfecção da tinea pedis é mais

provável do que sua recorrência

10

.

Estudo avalia a eficácia do tratamento oral em curto

prazo com terbinafina e a ocorrência de recidivas em

pacientes com tinea pedis

10

.

Estudo avalia o efeito da suplementação oral com

L-arginina em pacientes com episódio recente de angina

aguda e infarto agudo do miocárdio

1º ciclo: terbinafina oral 250mg/dia 3

.

Duração do tratamento: 1 semana

Os 168 pacientes foram avaliados com:

93 apresentavam tinea pedis tipo plantar;

51 apresentavam tinea pedis tipo interdigital;

24 apresentavam tinea pedis de ambos os tipos.

As análises foram realizadas após quatro, oito e doze semanas de tratamento, incluindo exames clínicos e de KOH (teste de fungos). Em pacientes com resultados positivos para o exame KOH ou com nenhuma evidência clínica de melhora até 8 semanas, outro ciclo de tratamento com terbinafina 250mg/dia por mais uma semana foi prescrito (ciclo 2).

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Tipo plantar Tipo interdigital Tipo plantar e interdigital

66% 80% 30% 54% 21% 61% Pe rc en tu al c as os d e cu ra

Porcentagem de casos de cura nos diferentes tipos de tinea pedis após um ou dois ciclos de

tratamento com terbinafina10.

Ciclo 1 Ciclo 2 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Cura Não cura Abandono Interrupção

89,3% 4,8% 4,8% 1,20% Ín di ce d e cu ra

Índice de cura dos pacientes após tratamento oral

com terbinafina10.

0% 10% 20%

1 ano 2 anos 3 anos

11,3% 8,9% 11,2% Ín di ce d e re ci di va s

Índice de recidivas dos pacientes tratados com terbinafina após um, dois e três anos do término

do tratamento com terbinafina10.

O tratamento com terbinafina (250mg/dia) por duas semanas em pacientes com infecção

micologicamente confirmada para tinea pedis demonstrou que após seis semanas de

acompanhamento os sintomas clínicos foram ausentes ou reduzidos em 94,1% e a análise

Os pacientes tratados com terbinafina

apresentaram índice de cura próximo a 90%,

com aproximadamente 5% dos pacientes não

respondendo ao tratamento e apenas 6%

correspondendo ao abandono ou interrupção

do tratamento, o que demonstra alta adesão

e/ou satisfação conferida pela terapêutica

abordada;

O número de ciclos de tratamento foi diferente,

conforme os tipos de tinea pedis identificados

(plantar, interdigital e ambos – dados no

gráfico ao lado). Nota-se que nos grupos

“plantar” e “plantar e interdigital” foi

necessário mais de um ciclo de tratamento para

que a resposta terapêutica desejada fosse

alcançada;

Entre os pacientes que estavam sendo avaliados

durante três anos após a cura, o índice de

recidivas foi cerca de 10% a cada ano,

conforme apresentado no terceiro gráfico (ao

lado).

(4)

4

E

STUDO

D

ESCRIÇÃO

R

ESULTADOS

/A

CHADOS CLÍNICOS

James IG et al.

12

Estudo avaliou uma formulação em

gel-creme de terbinafina 1 e 3%

versus placebo aplicados duas vezes ao

dia durante 5 dias no tratamento da

tinea pedis.

As formulações contendo terbinafina 1 e 3%

foram eficientes no tratamento por um período

curto, apresentando índice de cura micológica de

tinea pedis significativamente superior ao

placebo.

Suchka S et al.

13

Estudo comparou a eficácia de duas

formulações,

uma

contendo

clotrimazol 1% e a outra cetoconazol

2%, durante 28 dias de aplicação.

O sucesso da terapia pode ser alcançado tanto

com o cetoconazol aplicado duas vezes ao dia,

quando com o clotrimazol, aplicado uma vez ao

dia.

Shopf R et al.

14

Estudo comparou a eficácia e

tolerabilidade da terbinafina 1% em

solução tópica versus clotrimazol 1%

em solução tópica no tratamento da

tinea pedis interdigitalis durante 4

semanas de tratamento.

A cura micológica e desaparecimento dos sinais

e sintomas foi similar em ambos os grupos de

tratamento, com taxa de cura micológica de 95%

para o grupo terbinafina e 91% para o grupo

clotrimazol. Os efeitos adversos foram similares

(4-5%). Assim, a terbinafina é tão eficaz quanto

o clotrimazol para o tratamento por 4 semanas

da tinea pedis interdigitalis.

Aly R et al.

15

Estudo avaliou a bioequivalência e

eficácia clínica de duas formulações

contendo ciclopirox 1% em veículos

distintos: loção e creme no tratamento

da tinea pedis.

Os

resultados

demonstraram

que

bioequivalência entre as duas formulações e

confirmou a efetividade clínica e segurança do

uso de creme e loção contendo 1% de ciclopirox

no tratamento da tinea pedis, apresentando

outras opções de tratamento.

Estudos & Atualidades

Estudos & Atualidades

Estudos avaliam a eficácia de diversos agentes no

tratamento da tinea pedis:

Propostas Terapêuticas

Gel-creme terbinafina

12

Terbinafina...1 e 3%

Gel-creme qsp...50g

Aplicar nos locais afetados duas vezes ao dia.

Creme com cetoconazol

13

Cetoconazol...2%

Creme base qsp...50g

Aplicar nos locais afetados duas vezes ao dia.

Creme com clotrimazol

13

Clotrimazol...1%

Creme base qsp...50g

Aplicar nos locais afetados uma vez ao dia.

Solução tópica com clotrimazol

14

Clotrimazol...1%

Solução tópica qsp...60ml

Envasar em frasco spray.

Aplicar nos locais afetados uma vez ao dia.

Solução tópica com terbinafina

14

Terbinafina...1%

Solução tópica qsp...60ml

Envasar em frasco spray.

Aplicar nos locais afetados uma vez ao dia.

Loção ou creme de ciclopirox 1%

15

Ciclopirox...1%

Loção ou creme base qsp...50g

(5)

5

Propriedades e Mecanismo de Ação

Propriedades e Mecanismo de Ação

Literatura Consultada

1. Bell-Syer SE, Khan SM Torgerson DJ. Oral treatments for fungal infections of the skin of the foot. Cochrane Database Syst Rev. 2012 Oct 17.

2. Bell-Syer SE, Hart R, Crawford F, Torgerson DJ, Tyrrell W, Russell I. Oral treatments for fungal infections of the skin of the foot. Cochrane Database Syst Rev. 2002;(2).

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14. Schopf R, Hettler O, Bräutigam M, Weidinger G, Kaben U, Mayser P, Resl V. Efficacy and tolerability of terbinafine 1% topical solution used for 1 week compared with 4 weeks clotrimazole 1% topical solution in the treatment of interdigital tinea pedis: a randomized, double-blind, multi-centre, 8-week clinical trial. Mycoses. 1999;42(5-6):415-20.

15. Aly R, Maibach HI, Bagatell FK, Dittmar W, Hänel H, Falanga V, Leyden JJ, Roth HL, Stoughton RB, Willis I, et al. Ciclopirox olamine lotion 1%:

Tinea pedis é uma micose superficial comum que acomete a pele dos pés. É uma doença que ocorre mundialmente,

porém muito comum em países tropicais, sendo mais frequente no verão. A tinea pedis é mais comumente causada

pelo Trichophyton rubrum, cuja apresentação clínica inclui fissura, maceração e descamação nas áreas interdigitais

ou subdigitais dos pés. Na prática clínica, o diagnóstico se baseia na apresentação clínica e também em estudos

laboratoriais. O tratamento é realizado com antifúngico tópico, sistêmico, ou ambos.

Membrana citoplasmática Paredecelular

Ergosterol

Azólicos Inibe a biossíntese de ergosterol (lipídeo base para estrutura da membrana fúngica) pela inibição da enzima esterol 14-α-demetilase.

Alilaminas

Altera etapa inicial da biossíntese dos esteróis fúngicos, proporcionando inibição altamente específica da enzima esqualeno-epoxidade.

Ciclopirox- olamina Inibe a absorção de íons potássio, fosfato e aminoácidos, interferindo na biossíntese de DNA, RNA e proteínas.

Griseofulvina

Atua nos microtúbulos, prejudicando a síntese e polimerização dos ácidos nucleicos, inibindo a multiplicação fúngica.

Referências

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