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INSTITUTO DE ESTUDOS PARA O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Academic year: 2021

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I

NSTITUTO DE

E

STUDOS PARA O

D

ESENVOLVIMENTO

I

NDUSTRIAL

E

NDIVIDAMENTO E

R

ENTABILIDADE

DAS

G

RANDES

E

MPRESAS

I

NDUSTRIAIS

B

RASILEIRAS E

E

STRANGEIRAS

NO

P

RIMEIRO

S

EMESTRE DE

2006

(2)

Abraham Kasinski Sócio Emérito

Josué Christiano Gomes da Silva Presidente do Conselho

Amarílio Proença de Macêdo Lirio Albino Parisotto

Andrea Matarazzo Luiz Alberto Garcia

Antonio Marcos Moraes Barros Marcelo Bahia Odebrecht

Benjamin Steinbruch Miguel Abuhab

Carlos Antônio Tilkian Nildemar Secches

Carlos Francisco Ribeiro Jereissati Olavo Monteiro de Carvalho Carlos Mariani Bittencourt Paulo Guilherme Aguiar Cunha Carlos Pires Oliveira Dias Paulo Setúbal Neto

Claudio Bardella Pedro Eberhardt

Daniel Feffer Pedro Franco Piva

Décio da Silva Pedro Grendene Bartelle

Eugênio Emílio Staub Pedro Luiz Barreiros Passos

Flávio Gurgel Rocha Rinaldo Campos Soares

Francisco Amaury Olsen Robert Max Mangels

Ivo Rosset Roberto de Rezende Barbosa

Ivoncy Brochmann Ioschpe Roger Agnelli

Jacks Rabinovich Salo Davi Seibel

Jorge Gerdau Johannpeter Thomas Bier Herrmann José Antonio Fernandes Martins Victório Carlos De Marchi José Roberto Ermírio de Moraes Walter Fontana Filho

Diretor Geral

Conselho do IEDI

Paulo Diederichsen Villares Membro Colaborador

Paulo Francini Membro Colaborador Hugo Miguel Etchenique

Membro Colaborador

Roberto Caiuby Vidigal Membro Colaborador

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E

NDIVIDAMENTO E

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ENTABILIDADE DAS

G

RANDES

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MPRESAS

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NDUSTRIAIS

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EMESTRE DE

2006

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Principais Resultados e Conclusões ...1

Endividamento...1

Desempenho ...6

Introdução ...10

Composição da Amostra...11

Estrutura de Capitais e Endividamento ...12

Desempenho Econômico ...17

Dados e Informações Adicionais ...20

1

(4)

Principais Resultados e Conclusões

Na presente edição do estudo semestralmente elaborado pelo IEDI sobre as empresas industriais brasileiras, foram reunidas informações para 101 delas. Além disso, foram reunidos dados de 133 corporações estrangeiras negociadas na Bolsa de Nova York e na Nasdaq, em sua grande maioria norte-americanas. Tanto quanto possível, o objetivo é comparar resultados de empresas nacionais e do exterior.

Selecionamos as empresas estrangeiras de cinco segmentos, quais sejam: siderurgia/mineração, química, papel e celulose, alimentos e máquinas e equipamentos.

Convém sublinhar desde já que a moeda americana teve cotação média de R$ 2,57 no primeiro semestre de 2005, iniciando o ano em R$ 2,66 e fechando o semestre em R$ 2,35. Já no primeiro semestre de 2006 a cotação média ficou em R$ 2,19, iniciando em R$ 2,33 e fechando o semestre em R$ 2,16.

Endividamento

É fato que as empresas estrangeiras têm capacidade de obter recursos a custos inferiores e a prazos mais longos, o que as habilita a buscarem níveis de endividamento mais elevados. O índice de liquidez corrente pode oferecer alguns elementos para a análise dessa situação, como segue:

A amostra total das empresas brasileiras apresenta um índice de 1,73 (1,65, em 06/2005). No caso dos segmentos da amostra das brasileiras que são comparáveis à amostra das estrangeiras, a liquidez é ainda maior, de 1,88 (1,84, em 06/2005). Para as estrangeiras o índice ficou em 1,55 em 06/2006 (1,7, em 06/2005).

Outro dado importante para comparação é a participação da parcela de curto prazo do endividamento em relação ao endividamento total.

Este indicador, para a amostra das empresas brasileiras apresentou elevação de 0,27, em 06/2005, para 0,29, em 06/2006, enquanto para as empresas estrangeiras subiu de 0,19, em 06/2005, para 0,20, em 06/2006. No caso das empresas industriais brasileiras dos segmentos comparáveis aos das estrangeiras, o indicador ficou estável em 0,24.

Alguns segmentos da amostra das brasileiras merecem destaque quanto ao alargamento que obtiveram em termos do prazo médio do endividamento entre 06/2005 e 06/2006, considerando o indicador em análise:

 Alimentos, de 0,54 para 0,36;  Bebidas e Fumo, de 0,47 para 0,20;  Material de Transporte, de 0,43 para 0,35

(5)

 Editora, de 0,84 para 0,08; e  Metalurgia, de 0,49 para 0,40.

O avanço na estrutura de endividamento da grande empresa brasileira demonstra a melhora na sua posição de risco externo e interno, reduz suas taxas de captação e a coloca em posição de maior capacitação para ampliar seus investimentos.

Por outro lado, em outros poucos segmentos houve piora no indicador:  Material de Construção, de 0,61 para 0,78;

 Produtos Cosméticos, de 0,42 para 0,60;  Utilidades Dom, de 0,42 para 0,52; e  Petróleo e Gás, de 0,19 para 0,29.

É interessante destacar comparações diretas entre alguns segmentos da amostra das nacionais com as estrangeiras: O segmento de Alimentos das brasileiras, conforme mencionado anteriormente, tem um nível de endividamento de curto prazo mais elevado em relação às estrangeiras, que está em 0,30 (0,27, em 06/2005), o mesmo ocorre com o segmento Siderúrgico, as estrangeiras ficam em 0,05 (0,07, em 06/2005).

Outros indicadores que apresentam algumas particularidades entre as condições financeiras das nacionais e das estrangeiras são as relações entre o Endividamento Líquido e o Ativo Total Líquido e entre o Endividamento Líquido e o PL.

No caso do primeiro indicador mencionado, a amostra das empresas brasileiras apresenta um grau de alavancagem semelhante ao das estrangeiras, ficando em 0,18, em 06/2006, e em 0,21, em 06/2005. Considerando as empresas brasileiras comparáveis, os números são muito semelhantes aos das estrangeiras, de 0,23, em 06/2005, e 0,24, em 06/2006. As empresas estrangeiras apresentam uma relação de 0,23 nos dois períodos.

No caso da relação entre Endividamento Líquido e PL, a amostra das empresas brasileiras apresenta média inferior à das estrangeiras, ficando em 0,45, em 06/2005, e 0,34, em 06/2006. Tomando os segmentos comparáveis, os índices são de 0,49, em 06/2005, e 0,47, em 06/2006. Note-se que as empresas estrangeiras apresentaram relação entre Endividamento Líquido e PL de 0,50, em 06/2005, e 0,51, em 06/2006.

Estes números demonstram a diferença entre os segmentos das empresas brasileiras. Existem empresas que conseguem um nível de internacionalização e porte suficiente para alcançar indicadores semelhantes com relação a seus pares estrangeiros. Isto é um efeito claro da internacionalização. Contudo é certo que esse fenômeno é restrito a alguns poucos segmentos mais dinâmicos, como Siderurgia/Mineração, Alimentos, Papel e Celulose e Química, que são os segmentos eleitos para comparação com as estrangeiras neste estudo.

(6)

Destacamos alguns segmentos de empresas brasileiras que apresentaram redução da alavancagem em relação aos dois períodos analisados:

 Bebidas e Fumo, cujo endividamento líquido sobre o PL caiu de 0,36 para 0,30;

 Materiais Aeronáuticos, com endividamento líquido sobre o PL de 0,04 (0,13 em 06/2005);

 Metalurgia, com queda no endividamento total sobre o Ativo Total (AT) de 0,39 para 0,32 e do endividamento líquido sobre o PL de 2,40 para 1,75; e

 Papel e Celulose, apresentando queda no endividamento líquido sobre o PL de 0,66 para 0,58.

Na amostra das empresas estrangeiras, chama atenção o nível de endividamento do segmento de Alimentos, que, em relação ao Ativo Total Líquido, atingiu 0,29 e, em relação ao PL, chegou a 0,68, nível sensivelmente superior ao dos pares nacionais. O segmento de Máquinas das estrangeiras também demonstra um nível de alavancagem superior ao das nacionais, com endividamento líquido sobre o PL de 0,50 (0,54 em 06/2005).

Por outro lado, as empresas estrangeiras do segmento Siderúrgico têm endividamento menor que as nacionais, com a posição do endividamento líquido sobre o AT de 0,14 (0,11 em 06/2005) e sobre o PL de 0,32 (0,27 em 06/2006).

Endividamento de CP sobre Endividamento Total

0,54 0,74 0,47 0,43 0,48 0,84 0,55 0,68 0,56 0,69 0,33 0,36 0,68 0,20 0,38 0,62 0,08 0,35 0,62 0,57 0,70 0,41 Alimentos Armas e Munições Bebidas e Fumo Calçados Diversos Editora Embalagens Equip elétricos Madeira Máquinas Mat. Aeronáutico jun/05 jun/06

(7)

Endividamento de CP sobre Endividamento Total 0,61 0,43 0,49 0,29 0,19 0,19 0,42 0,21 0,27 0,42 0,42 0,27 0,32 0,78 0,35 0,40 0,23 0,18 0,29 0,60 0,21 0,32 0,41 0,52 0,29 0,29 Mat Const Mat Transp Metalurgia Mineração Papel Petróleo Prod Limp/Cosm Química Siderurgia Têxtil Ut Dom Total - brasileiras

Total sem Petrobrás

jun/05 jun/06

Endividamentos de CP sobre Endividamento Total - Empresas Estrangeiras

0,19 0,11 0,27 0,27 0,07 0,19 0,19 0,12 0,30 0,30 0,05 0,20

Química Papel e celulose Alimentos Máquinas Siderurgia Total -estrangeiras

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Endividamento Líquido Sobre Ativo Total Líquido 0,22 0,11 0,21 -0,20 0,03 -0,06 0,12 0,38 0,27 0,02 0,05 0,14 0,19 -0,38 -0,06 -0,33 0,26 0,33 0,18 0,02 0,02 0,29 Alimentos Armas e Munições Bebidas e Fumo Diversos Editora Embalagens Equip elétricos Madeira Máq e Equip Mat Aeronáutico Mat Construção jun/05 jun/06

Endividamento Líquido sobre Ativo Total Líquido

0,16 0,39 0,18 0,34 0,20 0,03 0,19 0,25 0,19 0,07 0,21 0,22 0,19 0,32 0,16 0,31 0,11 -0,04 0,29 0,24 0,19 0,05 0,18 0,21 Mat Transporte Metalurgia Mineração Papel Petróleo Prod Limp/Cosm Química Siderurgia Têxtil Ut Dom Total

Total sem Petrobrás

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Endividamento Líquido Sobre Ativo Líquido - Estrangeiras 0,13 0,37 0,31 0,24 0,11 0,23 0,16 0,38 0,29 0,23 0,14 0,23

Química Papel e celulose Alimentos Máquinas Siderurgia Total -estrangeiras

jun/05 jun/06

Desempenho

Como seria de se esperar, a amostra das empresas estrangeiras apresenta um nível de rentabilidade sensivelmente inferior ao das nacionais devido a uma série de motivos como a maior escala de produção, o que as possibilita a exercer margens menores e atingir fatias maiores de mercado.

A propósito, convém destacar a enorme diferença de escalas ou “tamanhos” médios das empresas brasileiras e estrangeiras dos segmentos considerados. Assim, por exemplo, tomando as comparações pela receita líquida média, o “tamanho” das empresas estrangeiras era de quatro a treze vezes superior em setores como Alimentos, Máquinas, Papel e celulose e Petroquímica. Em Siderurgia/Mineração, a presença da Vale do Rio Doce entre as brasileiras e o porte global de várias das siderúrgicas brasileiras torna o resultado muito diferente, como pode ser observado abaixo.

Brasileiras Estrangeiras Alimentos 365.326 4.884.491 Máquinas 195.277 1.477.109 Siderurgia e Mineração 3.011.734 2.338.905 Papel e Celulose 483.913 2.123.813 Química 621.553 5.074.461

Valores Médios por Empresa de Receita Líquida

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A amostra das empresas brasileiras registrou alguns sintomas de queda de rentabilidade, com a rentabilidade sobre o PL caindo de 14% para 11,7% entre os dois períodos analisados neste estudo e com o lucro da atividade caindo de 25,49% para cerca de 24%. Considerando a amostra sem a Petrobrás a queda é ainda mais sintomática, com a rentabilidade sobre a receita caindo de 15,1% para 13,2%, a rentabilidade sobre o PL de 13,9% para 10% e o lucro da atividade de 23,1% para 19,2%.

Nota-se claramente que alguns segmentos muito dinâmicos para a indústria nacional apresentaram queda significativa na rentabilidade em 06/2006, como:

• Alimentos, com queda na rentabilidade sobre a receita de 5,8% para 0,2%, na rentabilidade sobre o PL de 10,4% para 0,2% e chegando a prejuízo de 0,02% na atividade sobre a receita;

• Siderurgia, cuja rentabilidade sobre PL caiu de 19,9% para 10,8% e sobre a RL de 19,7% para 14,7%. O Lucro da atividade sobre a RL também caiu para 31,6% (22% em 06/2005);

• Material Aeronáutico, com redução da rentabilidade sobre o PL de 8,7% para 5% e sobre a RL de 10,1% para 6%. O lucro da atividade registrou queda de 11,8% para 6,5%;

• Papel e Celulose, cuja rentabilidade sobre o PL passou de 10,8% para 8,6% e sobre a RL de 23,4% para 20,2%, enquanto que o lucro da atividade recuou de 31,4% para 17,1%; e

• Química, com queda da rentabilidade sobre a RL para 3,3% (9,1% em 06/2005), enquanto a rentabilidade sobre o PL ficou em 4,3% (12,2% em 06/2005). O lucro da atividade também caiu, saindo de 12,5% para 6,5%.

Outros segmentos se destacaram por melhorar o desempenho em 06/2006:

• Bebidas e Fumo, com retorno sobre a RL de 15% (8,4% em 06/2005);

• Calçados, que apresentou elevação do retorno sobre o PL para 7,1% (6,5% em 06/2005) e também sobre a RL, que alcançou 9,4% (7,2% em 06/2005). O lucro da atividade atingiu 10,9% sobre a RL (8,6% em 06/2005); e

• Mineração, com elevação do retorno sobre a RL de 31,3% para 34,3%.

Importantes segmentos da indústria brasileira, como Alimentos, Siderurgia, Química, Papel e Celulose, Material Aeronáutico, entre outros, apresentaram queda significativa no desempenho entre os dois semestres analisados, demonstrando a perda no fôlego da indústria, que pode ter sua causa em inúmeros fatores, como: efeito da valorização cambial no preço das exportações brasileiras e conseqüente redução da lucratividade em moeda nacional, redução dos preços internacionais de alguns produtos, redução da demanda internacional e ingresso de grandes players no mercado, falta de perspectiva de crescimento sustentado e de uma política

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industrial e de investimento articulada e definida pelo estado, principalmente com foco nos gargalos da infra-estrutura.

Essa situação, caso seja mantida nós próximos períodos, pode afetar outros segmentos da indústria, principalmente aqueles que têm parte significativa de suas vendas direcionadas ao exterior e que não têm tido elevação nos preços de forma a compensar a valorização do câmbio.

Outro aspecto a ser destacado é a possível redução nos investimentos em novos projetos, o que pode ser verificado pelo aumento na liquidez e redução do endividamento financeiro, indicadores que, sem dúvida, refletem a melhor saúde financeira das empresas industriais nacionais, mas que também denotam a relativamente pouca disposição a assumir riscos de novas inversões.

Para efeito de comparação da rentabilidade com o desempenho das grandes empresas industriais, observa-se que para cinco instituições financeiras (Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Unibanco e Banespa) classificadas entre as dez maiores no ranking do Banco Central, a taxa de retorno anualizada sobre o PL no primeiro semestre de 2006 foi de 31,46%, registrando um forte aumento em relação ao mesmo período de 2005 (28,19%).

Rentabilidade sobre a Receita Líquida

3,5% 8,7% 12,2% 5,9% 8,8% 4,2% 10,8% 3,1% 4,5% 7,9% 12,3% 6,1% 4,2% 11,4% 9,5% 0,1% 8,4% 8,7% -1,1% 1,3% 6,9% 7,8% Alimentos Armas e Mun Bebidas e Fumo Calçados Diversos Editora Embalagens Equip elétricos Madeira Máquinas Matl Aeron jun/05 jun/06

(12)

Rentabilidade sobre a Receita Líquida 4,8% 6,5% 3,5% 23,5% 21,1% 16,1% -8,3% 8,4% 15,8% 5,0% 5,5% 13,9% 12,6% 1,9% 5,2% 2,1% 30,7% 17,8% 17,0% 13,8% 6,3% 17,0% 1,3% 0,4% 14,9% 13,5% Mat Const Mat Transp Metalurgia Mineração Papel Petróleo Prod Limp/Cosm Química Siderurgia Têxtil Ut Dom Total

Total sem Petrobrás

jun/05 jun/06

Rentabilidade sobre a Receita Líquida - Estrangeiras

8,8% 2,8% 6,1% 7,7% 11,0% 7,3% 8,9% -1,1% 5,9% 11,5% 9,8% 7,3%

Química Papel e celulose Alimentos Máquinas Siderurgia Total -estrangeiras

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Introdução

Na presente edição do estudo semestralmente elaborado pelo IEDI sobre as empresas industriais brasileiras foram reunidas informações para 101 delas. Além disso, pela primeira vez, reunimos também dados para 133 corporações estrangeiras negociadas na Bolsa de Nova York e na Nasdaq. Do total de companhias estrangeiras, 119 são norte-americanas e o restante de outros países europeus, asiáticos e do Canadá. Tanto quanto possível, o objetivo é comparar resultados de empresas nacionais e do exterior. Foram selecionadas companhias estrangeiras de cinco segmentos, a saber: siderurgia/mineração, química, papel e celulose, alimentos e máquinas e equipamentos.

As empresas brasileiras também foram classificadas por atividade econômica. No caso dos grupos empresariais, estes foram tratados pela empresa consolidadora das informações; portanto as controladas foram eliminadas da amostra para evitar a dupla contagem. Um exemplo é a eliminação da Petroquisa, controlada da Petrobrás.

Os indicadores selecionados têm o propósito de verificar três situações: i) a estrutura de capitais; ii) a situação financeira; iii) o desempenho econômico, por segmento. Os indicadores selecionados foram:

1. Estrutura de Capitais: indica como os ativos são financiados, dividindo a estrutura do passivo em Recursos Próprios (Patrimônio Líquido e Participações Minoritárias), Recursos de Terceiros Onerosos (bancos e outros títulos de dívida cuja remuneração esteja contratada como debêntures) e Outras Fontes (fornecedores, encargos sociais e fiscais a pagar e outros);

2. Liquidez Corrente: indica a capacidade de solvência da empresa no Curto Prazo, é a razão entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante;

3. Relação entre o Endividamento Oneroso líquido e os Recursos Próprios: é formado pelos empréstimos e financiamentos e as debêntures menos as disponibilidades e as aplicações financeiras sobre o volume de Recursos Próprios, também é um indicador de alavancagem financeira;

4. Participação dos Empréstimos de Curto Prazo no total de Empréstimos: o propósito é demonstrar o grau de vulnerabilidade do passivo oneroso da base de empresas, quanto maior este indicador maior é a fragilidade do passivo oneroso;

5. Relação entre o Endividamento Oneroso Líquido e o Ativo Total Líquido: é formado pelos empréstimos e financiamentos e as debêntures menos as disponibilidades e as aplicações financeiras sobre o Ativo Total menos as disponibilidades financeiras; 6. Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido;

7. Rentabilidade sobre a Receita Líquida;

8. EBTIDA ou Lucro da Atividade sobre a Receita Líquida: refere-se ao resultado operacional sem as despesas ou receitas financeiras líquidas, o propósito deste indicador é demonstrar a lucratividade pura do negócio.

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Composição da Amostra

As 101 companhias nacionais foram agrupadas em 23 segmentos de atividade. Dentre eles, os maiores em termos de receita líquida nos primeiros seis meses de 2006 são: Petróleo e Gás (39,68% da Receita Líquida Total), formado pela Petrobrás, maior empresa da amostra, e outra refinaria de menor peso perto da gigante estatal; Siderurgia (16,03%), formado por empresas como Usiminas, Acesita, CSN e Arcelor; Químico (9,26%), formado por empresas com empresas como Braskem, Unipar, Suzano Pet, Petroflex e Ultrapar; Mineração (9,28%), representado pela Cia Vale do Rio Doce; Bebidas e Fumo (5,17%), formado pela Souza Cruz e Ambev; e Alimentos (3,77%), formado por Sadia e Perdigão. Outra empresa relevante na amostra é a Embraer, única representante do segmento de Material Aeronáutico e responsável por 2,13% do total. Na Tabela abaixo é mostrada a participação e a quantidade de empresas nos segmentos considerados para este estudo.

Segmento Nº de Empresas Participação % sobre a Receita Líquida Segmento Nº de Empresas Participação % sobre a Receita Líquida

Alimentos 9 3,77% Material de construção 2 0,21% Armas e munições 2 0,14% Material de transporte 6 1,85% Bebidas e fumo 2 5,17% Metalurgia 9 2,06% Brinquedos e Lazer 1 0,02% Mineração 1 9,28% Calçados 3 0,62% Papel e celulose 7 3,88% Diversos 2 0,32% Petróleo e gás 2 39,68% Editora 1 0,15% Prod. de limpeza e cosméticos 2 0,79% Embalagens 3 0,40% Químico 13 9,26% Equipamentos elétricos 1 0,03% Siderurgia 7 16,03% Madeira 2 0,50% Têxtil, vestuário e couro 16 2,31% Máquinas e equipamentos 6 1,34% Utensílios domésticos 3 0,08% Material aeronáutico 1 2,13% Total 101 100,00%

Participação de Cada Segmento no Total da Amostra

(Segundo a Receita Líquida Primeiro Semestre de 2006 e Quantidade de Empresas)

Quanto à amostra das empresas estrangeiras, seus dados foram extraídos diretamente das demonstrações financeiras de cada companhia, os quais não tiveram nenhum tratamento de forma a adaptá-los aos padrões brasileiros. O padrão das demonstrações das empresas estrangeiras obedece à regulamentação norte-americana (US GAAP).

Os dados utilizados no caso das estrangeiras foram retirados das informações e relatórios anuais entregues às bolsas em que são negociadas nos EUA e à comissão de valores mobiliários norte-americana (Securities Exchange Commission - SEC), sendo que foram consideradas as empresas cujo fechamento do segundo trimestre ficou entre abril e junho. As companhias que entregaram as informações com base na moeda do país de origem tiveram seus dados convertidos pelo câmbio em relação ao dólar americano.

Os segmentos selecionados das estrangeiras foram cinco: siderurgia/mineração, química, papel e celulose, alimentos e máquinas e equipamentos, obedecendo à classificação setorial adotada pela bolsa de Nova York e pela Nasdaq.

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As companhias estrangeiras seguem a seguinte divisão:

Nº de empresas Norte

Americanas Outros países

Participação na Receita Líquida, 06/2006 Química 24 22 2 29,9% Papel e celulose 24 20 4 13,5% Alimentos 22 19 3 29,4% Máquinas 37 35 2 13,1% Siderurgia 26 23 3 14,0% Total - estrangeiras 133 119 14 100,0%

As dez maiores empresas da amostra das estrangeiras por receita líquida, em US$ milhões, são:

Companhia País de Origem 06/2005 06/2006

Basf AG Alemanha 20.664.000 24.837.000 Dow Chemical Co. EUA 23.129.000 24.529.000 Unilever N V N Holanda 23.966.000 24.435.000 Tyson Foods Inc. EUA 19.519.000 19.088.000 Mittal Steel Company N.V. Holanda 14.028.000 17.660.000 Kraft Foods INC EUA 16.393.000 16.742.000 Du Pont EUA 14.942.000 14.836.000 Intl Paper EUA 11.817.000 12.333.000 Bunge Limited EUA 11.323.000 11.581.000 Deere CO EUA 10.748.500 10.763.600

Estrutura de Capitais e Endividamento

Para o melhor entendimento da dinâmica do endividamento e do resultado das empresas industriais brasileiras consideradas nesta análise é importante verificar o comportamento da taxa câmbio, a qual influencia o desempenho das companhias cujo endividamento está atrelado à variação cambial e que têm como mercado principal o exterior.

A moeda americana teve cotação média de R$ 2,57 no primeiro semestre de 2005, iniciando o ano em R$ 2,66 e fechando o semestre em R$ 2,35. Já no primeiro semestre de 2006 a cotação média ficou em R$ 2,19, iniciando em R$ 2,33 e fechando o semestre em R$ 2,16.

A comparação entre os dados das empresas brasileiras e das estrangeiras merece uma atenção específica no tocante à questão da capacidade de endividamento e alavancagem financeira. É fato que as empresas estrangeiras, por disporem de condições de financiamento melhores e mais estáveis, possuem capacidade de obter recursos a custos inferiores e a prazos mais longos, habilitando-as economicamente a buscarem níveis de endividamento mais elevados e, assim, alavancarem maiores investimentos.

Isso pode ser comprovado diretamente da comparação dos índices de liquidez corrente, como segue:

A amostra total das empresas brasileiras apresenta um índice de 1,73 (1,65, em 06/2005). No caso específico daqueles segmentos brasileiros que são comparáveis aos da amostra das estrangeiras, a liquidez é ainda maior, de 1,88 (1,84, em 06/2005). Para as estrangeiras o índice era de 1,55 em 06/2006 (1,7, em 06/2005).

(16)

Outro dado importante para comparação é a participação da parcela de curto prazo do endividamento em relação ao endividamento total.

Este indicador, para a amostra das empresas brasileiras apresentou elevação de 0,27, em 06/2005, para 0,29, em 06/2006, enquanto para as empresas estrangeiras subiu de 0,19, em 06/2005, para 0,20, em 06/2006. No caso das empresas industriais brasileiras dos segmentos comparáveis aos das estrangeiras, o indicador ficou estável em 0,24.

Alguns segmentos da amostra das brasileiras merecem destaque quanto ao alargamento que obtiveram em termos do prazo médio do endividamento entre 06/2005 e 06/2006, considerando o indicador em análise:

 Alimentos, de 0,54 para 0,36;  Bebidas e Fumo, de 0,47 para 0,20;  Material de Transporte, de 0,43 para 0,35;  Editora, de 0,84 para 0,08; e

 Metalurgia, de 0,49 para 0,40.

É digno de registro esse avanço na estrutura de endividamento da grande empresa brasileira, pois melhora sua posição de risco externo e interno, reduz suas taxas de captação e a coloca em posição de maior capacitação para ampliar seus investimentos.

Por outro lado, em outros poucos segmentos houve piora no indicador:  Material de Construção, de 0,61 para 0,78;

 Produtos Cosméticos, de 0,42 para 0,60;  Utilidades Dom, de 0,42 para 0,52; e  Petróleo e Gás, de 0,19 para 0,29.

É interessante destacar comparações diretas entre alguns segmentos da amostra das nacionais com as estrangeiras: O segmento de Alimentos das brasileiras, conforme mencionado anteriormente, tem um nível de endividamento de curto prazo mais elevado em relação às estrangeiras, que está em 0,30 (0,27, em 06/2005). O mesmo ocorre com o segmento Siderúrgico, as estrangeiras ficam em 0,05 (0,07, em 06/2005).

Outros indicadores a apresentarem certas particularidades entre as condições financeiras das nacionais e das estrangeiras são as relações entre o Endividamento Líquido e o Ativo Total Líquido e entre o Endividamento Líquido e o PL.

No caso do primeiro indicador mencionado, a amostra das empresas brasileiras registra um grau de alavancagem semelhante ao das estrangeiras, ficando em 0,18, em 06/2006, e em

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0,21, em 06/2005. Considerando as empresas brasileiras comparáveis, os números são muito semelhantes aos das estrangeiras, de 0,23, em 06/2005, e 0,24, em 06/2006. As empresas estrangeiras apresentam uma relação de 0,23 nos dois períodos.

No caso da relação entre Endividamento Líquido e PL, a amostra das empresas brasileiras apresenta média inferior à das estrangeiras, ficando em 0,45, em 06/2005, e 0,34, em 06/2006. Considerando os segmentos comparáveis, os índices são de 0,49, em 06/2005, e 0,47, em 06/2006. Note-se que as a relação entre Endividamento Líquido e PL das companhias estrangeiras foi de 0,50, em 06/2005, e de 0,51, em 06/2006.

Estes números demonstram a diferença entre os segmentos das empresas brasileiras. Existem empresas que conseguem um nível de internacionalização e porte suficiente para alcançar indicadores semelhantes com relação a seus pares estrangeiros. Isto é um efeito claro da internacionalização. Contudo é certo que esse fenômeno é restrito a alguns poucos segmentos mais dinâmicos, como Siderurgia/Mineração, Alimentos, Papel e Celulose e Química, justamente aqueles eleitos para comparação com as estrangeiras neste estudo.

Cumpre destacar alguns segmentos de empresas brasileiras que apresentaram redução da alavancagem em relação aos dois períodos analisados:

 Bebidas e Fumo, cujo endividamento líquido sobre o PL caiu de 0,36 para 0,30;

 Madeira, com queda no endividamento total líquido sobre o Ativo Total (AT) de 0,27 para 0,18 e do endividamento líquido sobre o PL de 0,61 para 0,35;

 Materiais Aeronáuticos, com endividamento líquido sobre o PL de 0,04 (0,13 em 06/2005);

 Metalurgia, com queda no endividamento total sobre o Ativo Total (AT) de 0,39 para 0,32 e do endividamento líquido sobre o PL de 2,40 para 1,75; e

 Papel e Celulose, apresentando queda no endividamento líquido sobre o PL de 0,66 para 0,58.

Por outro lado, outros segmentos acusaram elevação no nível de endividamento:

 Alimentos, cujo endividamento total líquido sobre o Ativo Total (AT) saiu de 0,22 para 0,29 e o endividamento líquido sobre o PL de 0,47 para 0,65;

 Embalagens, com elevação no endividamento líquido sobre o PL de 0,28 para 0,80; e  Química, também com elevação endividamento líquido sobre o PL de 0,42 para 0,69 e

sobre o AT de 0,19 para 0,29.

Na amostra das empresas estrangeiras, chama atenção o nível de endividamento do segmento de Alimentos, cujo endividamento líquido sobre o Ativo Total Líquido é 0,29 e o endividamento total líquido sobre o PL passou de 0,68, nível sensivelmente superior ao dos

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pares nacionais. O segmento de Máquinas das estrangeiras também demonstra um nível de alavancagem superior ao das nacionais, com endividamento líquido sobre o PL de 0,50 (0,54 em 06/2005).

Por outro lado, as empresas estrangeiras do segmento Siderúrgico têm endividamento menor que as nacionais, com a posição do endividamento líquido sobre o AT de 0,14 (0,11 em 06/2005) e sobre o PL de 0,32 (0,27 em 06/2006).

Passando para a estrutura de capitais, esta apresenta alguns movimentos que merecem destaque.

Os recursos próprios da amostra das brasileiras passaram de 43% para 46,3% e, sem a Petrobrás, o mesmo indicador subiu de 43,4% para 45,6%. Essa elevação teve como contrapartida na estrutura de capitais a redução da fonte Outros recursos de terceiros.

A amostra da estrangeiras não apresentou variação significativa, com elevação tímida da participação dos recursos próprios de 42,1% para 42,6%, entre os dois períodos, abaixo da amostra das brasileiras dos segmentos comparáveis (46,3%).

Ainda, as estrangeiras têm nos recursos de terceiros onerosos 28% de sua fonte de recursos (28,7%, em 06/2005) e 29,4% (29,2% em 06/2005) em outras fontes, enquanto a amostra das brasileiras comparáveis apresenta 29,4% (28,4% em 06/2005) e 24,3% (28,3% em 06/2005), respectivamente, nos dois indicadores.

Alguns segmentos da amostra das brasileiras merecem atenção:

 Alimentos, que apresentou queda nos Recursos Próprios de 37,1% para 33,4% e dos Outros Recursos de Terceiros de 25,4% para 20,9%, sendo que os recursos de terceiros onerosos subiram de 37,5% para 45,7%;

 Bebidas e Fumo, que teve a participação de recursos próprios elevada de 56,2% para 59,9%, enquanto os Outros recursos de terceiros caíram de 23,1% para 21,5%;

 Calçados, que também teve a participação de recursos próprios subindo de 59,5% para 65,9%, enquanto os outros recursos de terceiros caíram de 24,6% para 20,3%;

 Mineração, com crescimento dos recursos próprios de 49,5% para 56,3% e queda nos outros recursos de terceiros de 27,5% para 22%; e

 Siderurgia, que apresentou aumento na participação de recursos próprios de 40,5% para 44,2%, com queda nos outros recursos de terceiros de 31,4% para 27,1%.

Alguns segmentos das estrangeiras merecem paralelos com os pares nacionais, como Alimentos, com recursos próprios superiores, 42% (41,3% em 06/2005); e Papel e Celulose, cujos recursos próprios também foram superiores, 51,8% (51,7% em 06/2005), enquanto o nível das brasileiras está em 47% (45,6% em 06/2005).

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06/2005 06/2006 06/2005 06/2006 Alimentos 1,57 1,88 0,54 0,36 Armas e Munições 1,93 1,87 0,74 0,68 Bebidas e Fumo 0,86 1,32 0,47 0,20 Brinquedos e Lazer* 16,79 22,95 - -Calçados 3,49 4,21 0,43 0,38 Diversos 2,91 2,93 0,48 0,62 Editora 2,33 3,56 0,84 0,08 Embalagens 1,62 1,58 0,55 0,35 Equipamentos elétricos 1,28 1,58 0,68 0,62 Madeira 1,12 1,42 0,56 0,57 Máquinas e Equipamentos 1,83 1,78 0,69 0,70 Material Aeronáutico 2,05 1,72 0,33 0,41 Material de Construção 1,44 1,30 0,61 0,78 Material de Transporte 1,62 1,89 0,43 0,35 Metalurgia 1,31 1,52 0,49 0,40 Mineração 1,51 1,66 0,29 0,23 Papel e Celulose 2,29 2,53 0,19 0,18 Petróleo e Gás 1,53 1,58 0,19 0,29 Produtos de Limpeza e Cosméticos 1,16 1,10 0,42 0,60 Química 1,69 1,59 0,21 0,21 Siderurgia 2,07 1,97 0,27 0,32 Têxtil, couro e vestuário 1,81 1,83 0,42 0,41 Utilidades Domésticas 2,28 2,52 0,42 0,52

Total - brasileiras 1,65 1,73 0,27 0,29

Total sem Petrobrás 1,70 1,79 0,32 0,29

Total dos Segmentos

compa-ráveis aos das Estrangeiras 1,84 1,88 0,24 0,24

Química 1,99 1,70 0,19 0,19 Papel e celulose 2,15 2,00 0,11 0,12 Alimentos 1,00 0,98 0,27 0,30 Máquinas 1,65 1,41 0,27 0,30 Siderurgia 2,31 2,25 0,07 0,05 Total - estrangeiras 1,70 1,55 0,19 0,20

Obs: * Segmento sem endividamento.

Indicadores Financeiros

Liquidez Corrente Endividamento de CP/ Endividamento Total Estrangeiras 06/2005 06/2006 06/2005 06/2006 Alimentos 0,22 0,29 0,47 0,65 Armas e Munições 0,11 0,14 0,19 0,25 Bebidas e Fumo 0,21 0,19 0,36 0,30 Brinquedos e Lazer** 0,00 0,00 - -Calçados -0,20 -0,38 -0,24 -0,36 Diversos 0,03 -0,06 0,04 -0,08 Editora -0,06 -0,33 -0,09 -0,36 Embalagens 0,12 0,26 0,28 0,80 Equipamentos elétricos 0,38 0,33 1,59 0,91 Madeira 0,27 0,18 0,61 0,35 Máquinas e Equipamentos 0,02 0,02 0,04 0,03 Material Aeronáutico 0,05 0,02 0,13 0,04 Material de Construção 0,18 0,14 0,40 0,30 Material de Transporte 0,16 0,19 0,41 0,49 Metalurgia 0,39 0,32 2,40 1,75 Mineração 0,18 0,16 0,35 0,26 Papel e Celulose 0,34 0,31 0,66 0,58 Petróleo e Gás 0,20 0,11 0,44 0,20 Prod. de Limpeza e Cosméticos** 0,03 -0,04 - -Química 0,19 0,29 0,42 0,69 Siderurgia 0,25 0,24 0,58 0,51 Têxtil, couro e vestuário 0,19 0,19 0,38 0,43 Utilidades Domésticas 0,07 0,05 0,14 0,09

Total 0,21 0,18 0,45 0,34

Total sem Petrobrás 0,22 0,21 0,46 0,42

Total dos Segmentos

compa-ráveis às Estrangeiras 0,23 0,24 0,49 0,47 Química 0,13 0,16 0,29 0,36 Papel e celulose 0,37 0,38 0,69 0,72 Alimentos 0,31 0,29 0,72 0,68 Máquinas 0,24 0,23 0,54 0,50 Siderurgia 0,11 0,14 0,27 0,32 Total - estrangeiras 0,23 0,23 0,50 0,51

* O sinal negativo indica que o segmento tem recursos disponíveis superiores ao endividamento. ** Segmento com PL negativo.

Indicadores Financeiros

Endividamento Líquido/ Ativo Total Liq

Endividamento Líquido /PL

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06/2005 06/2006 06/2005 06/2006 06/2005 06/2006 Alimentos 37,1% 33,4% 37,5% 45,7% 25,4% 20,9% Armas e Munições 56,3% 53,7% 15,4% 20,0% 28,2% 26,4% Bebidas e Fumo 56,2% 59,9% 23,2% 21,5% 20,7% 18,6% Brinquedos e Lazer 87,1% 88,0% 0,0% 0,0% 12,9% 12,0% Calçados 59,5% 65,9% 15,8% 13,8% 24,6% 20,3% Diversos 64,9% 64,9% 13,7% 14,6% 21,3% 20,5% Editora 57,7% 66,0% 5,2% 4,9% 37,2% 29,1% Embalagens 42,7% 32,1% 12,9% 27,1% 44,4% 40,7% Equipamentos elétricos 22,8% 34,6% 41,0% 35,3% 36,1% 30,1% Madeira 42,3% 43,6% 29,7% 31,6% 28,0% 24,8% Máquinas e Equipamentos 46,8% 44,9% 29,1% 31,3% 24,1% 23,9% Material Aeronáutico 32,3% 29,1% 23,1% 19,8% 44,7% 51,2% Material de Construção 42,6% 41,4% 23,4% 23,7% 34,0% 34,9% Material de Transporte 36,7% 36,3% 20,5% 26,2% 42,8% 37,5% Metalurgia 15,1% 16,2% 42,3% 40,2% 42,6% 43,6% Mineração 49,5% 56,3% 23,0% 21,7% 27,5% 22,0% Papel e Celulose 45,6% 47,0% 41,7% 40,3% 12,8% 12,7% Petróleo e Gás 41,9% 48,5% 28,6% 21,5% 29,4% 30,0% Produtos de Limpeza e Cosméticos -6,3% -6,8% 18,2% 14,6% 88,1% 92,2% Química 40,2% 38,5% 29,2% 35,8% 30,6% 25,7% Siderurgia 40,5% 44,2% 28,1% 28,6% 31,4% 27,1% Têxtil, couro e vestuário 47,9% 41,5% 22,9% 26,6% 29,2% 31,9% Utilidades Domésticas 47,7% 51,8% 11,1% 7,8% 41,2% 40,4%

Total 43,0% 46,8% 28,4% 26,2% 28,6% 27,1%

Total sem Petrobrás 43,4% 45,6% 28,3% 28,9% 28,3% 25,6%

Total dos Segmentos

compa-ráveis às Estrangeiras 43,3% 46,3% 28,4% 29,4% 28,3% 24,3% Química 39,0% 39,4% 24,2% 24,2% 36,8% 36,4% Papel e celulose 51,7% 51,8% 38,2% 39,2% 10,0% 9,0% Alimentos 41,3% 42,0% 32,7% 31,2% 26,1% 26,8% Máquinas 41,6% 44,7% 29,6% 27,5% 28,8% 27,8% Siderurgia 38,3% 39,0% 19,2% 20,3% 42,5% 40,8% Total - estrangeiras 42,1% 42,6% 28,7% 28,0% 29,2% 29,4% Estrutura de Capitais

Recursos Próprios Recursos onerosos de terceiros

Outros recursos de terceiros

Estrangeiras

Desempenho Econômico

Como seria de se esperar, a amostra das empresas estrangeiras apresenta um nível de rentabilidade sensivelmente inferior ao das nacionais devido a uma série de motivos como a maior escala de produção, o que as possibilita a exercer margens menores e atingir fatias maiores de mercado.

A propósito, convém destacar a enorme diferença de escalas ou “tamanhos” médios das empresas brasileiras e estrangeiras dos segmentos considerados. Assim, por exemplo, tomando as comparações pela receita líquida média, o “tamanho” das empresas estrangeiras era de quatro a treze vezes superior em setores como Alimentos, Máquinas, Papel e celulose e Petroquímica. Em Siderurgia/Mineração, a presença da Vale do Rio Doce entre as brasileiras e o porte global de várias das siderúrgicas do nosso País torna o resultado muito diferente, como pode ser observado abaixo.

Brasileiras Estrangeiras Alimentos 365.326 4.884.491 Máquinas 195.277 1.477.109 Siderurgia e Mineração 3.011.734 2.338.905 Papel e Celulose 483.913 2.123.813 Química 621.553 5.074.461

Valores Médios por Empresa de Receita Líquida

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A amostra das empresas brasileiras acusou algumas sintomas de queda de rentabilidade, com a rentabilidade sobre o PL caindo de 14% para 11,7% entre os dois períodos analisados neste estudo e com o lucro da atividade em termos de receita caindo de 25,49% para cerca de 24%. Considerando a amostra sem a Petrobrás a queda é ainda mais sintomática, com a rentabilidade sobre a receita caindo de 15,1% para 13,2%, a rentabilidade sobre o PL de 13,9% para 10% e o lucro da atividade de 23,1% para 19,2%.

Nota-se claramente que alguns segmentos muito dinâmicos para a indústria nacional apresentaram queda significativa na rentabilidade em 06/2006, como:

• Alimentos, com queda na rentabilidade sobre a receita de 5,8% para 0,2%, na rentabilidade sobre o PL de 10,4% para 0,2% e chegando a prejuízo de 0,02% no lucro da atividade sobre a receita;

• Siderurgia, cuja rentabilidade sobre PL caiu de 19,9% para 10,8% e sobre a RL de 19,7% para 14,7%. O Lucro da atividade sobre a RL também caiu para 31,6% (22% em 06/2005);

• Material Aeronáutico, com redução da rentabilidade sobre o PL de 8,7% para 5% e sobre a RL de 10,1% para 6%. O lucro da atividade registrou queda de 11,8% para 6,5%;

• Papel e Celulose, cuja rentabilidade sobre o PL passou de 10,8% para 8,6% e sobre a RL de 23,4% para 20,2%, enquanto que o lucro da atividade recuou de 31,4% para 17,1%; e

• Química, com queda da rentabilidade sobre a RL para 3,3% (9,1% em 06/2005), enquanto a rentabilidade sobre o PL ficou em 4,3% (12,2% em 06/2005). O lucro da atividade também caiu, saindo de 12,5% para 6,5%.

Outros segmentos se destacaram por melhorar o desempenho em 06/2006:

• Bebidas e Fumo, com retorno sobre a RL de 15% (8,4% em 06/2005);

• Calçados, que apresentou elevação do retorno sobre o PL para 7,1% (6,5% em 06/2005) e também sobre a RL, que alcançou 9,4% (7,2% em 06/2005). O lucro da atividade atingiu 10,9% sobre a RL (8,6% em 06/2005); e

• Mineração, com elevação do retorno sobre a RL de 31,3% para 34,3%.

Importantes segmentos da indústria brasileira, como Alimentos, Siderurgia, Química, Papel e Celulose, Material Aeronáutico, entre outros, apresentaram queda significativa no desempenho entre os dois semestres analisados, demonstrando a perda no fôlego da indústria, que pode ter sua causa em inúmeros fatores, como: efeito da valorização cambial no preço das exportações brasileiras e conseqüente redução da lucratividade em moeda nacional, redução dos preços internacionais de alguns produtos, redução da demanda internacional e ingresso de grandes players no mercado, falta de perspectiva de crescimento sustentado e de uma política industrial e de investimento articulada e definida pelo estado, principalmente com foco nos gargalos da infra-estrutura.

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06/2005 06/2006 06/2005 06/2006 06/2005 06/2006 Alimentos 5,8% 0,2% 10,4% 0,2% 5,1% 0,0% Armas e Munições 1,6% 4,5% 1,2% 3,6% 2,6% 7,0% Bebidas e Fumo 8,4% 15,0% 4,0% 6,9% 23,1% 26,1% Brinquedos e Lazer* 10,7% 14,7% - - 8,6% 2,7% Calçados 7,2% 9,4% 6,5% 7,1% 8,6% 11,0% Diversos 10,1% 11,2% 7,8% 8,0% 14,9% 17,2% Editora 9,4% 9,1% 18,1% 11,4% 15,9% 15,0% Embalagens 4,6% 4,1% 6,6% 5,4% 11,4% 10,2% Equipamentos elétricos -10,1% 0,8% -22,9% 1,3% -2,0% 8,7% Madeira 5,0% 6,6% 3,9% 4,7% 13,6% 14,9% Máquinas e Equipamentos 9,2% 11,5% 10,4% 12,0% 10,4% 11,2% Material Aeronáutico 10,1% 6,0% 8,7% 5,0% 11,9% 6,5% Material de Construção 4,1% -0,3% 6,0% -0,4% 10,1% 3,3% Material de Transporte 4,9% 6,0% 10,6% 12,2% 9,6% 10,6% Metalurgia 5,0% 4,4% 18,9% 13,6% 13,0% 10,7% Mineração 31,3% 34,3% 21,9% 17,1% 42,4% 47,8% Papel e Celulose 23,4% 20,2% 10,8% 8,6% 31,4% 17,1% Petróleo e Gás 15,7% 18,1% 14,3% 14,7% 29,5% 30,9%

Produtos de Limpeza e Cosméticos* 23,1% 2,1% - - 25,0% 9,8%

Química 9,1% 3,3% 12,2% 4,3% 12,5% 6,5%

Siderurgia 19,7% 14,7% 19,9% 10,8% 31,6% 22,1%

Têxtil, couro e vestuário 1,2% -1,8% 1,0% -1,8% 6,4% 0,2%

Utilidades Domésticas -1,6% 0,9% -1,1% 0,5% 0,4% 0,0%

Total 15,4% 15,2% 14,0% 11,7% 25,5% 23,9%

Total sem Petrobrás 15,1% 13,2% 13,9% 10,0% 23,1% 19,2%

Total dos Segmentos compa-ráveis

às Estrangeiras 18,2% 15,6% 17,0% 11,2% 26,2% 21,5% Química 8,8% 8,9% 10,2% 11,0% 15,4% 15,4% Papel e celulose 2,8% -1,1% 2,0% -1,0% 12,8% 8,5% Alimentos 6,1% 5,9% 9,8% 9,0% 9,4% 9,1% Máquinas 7,7% 11,5% 8,4% 11,9% 12,5% 16,2% Siderurgia 11,0% 9,8% 15,6% 14,0% 15,5% 14,2% Total - estrangeiras 7,3% 7,3% 8,7% 8,9% 12,9% 12,7%

* Segmento com PL negativo.

Indicadores de Desempenho

(a) No caso das estrangeiros o cálculo foi feito com base no EBTIDA: é o resultado econômico antes da incidência de impostos sobre a renda, de despesas financeiras líquidas e da depreciação/amortização.

Rentabilidade sobre a Receita Líquida

Rentabilidade sobre o PL

Lucro da Atividade sobre a Receita (a)

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Dados e Informações Adicionais

06/2005 06/2006 06/2005 06/2006 Alimentos 7.953.798 7.200.566 461.510 11.777 Armas e Munições 223.675 262.501 3.485 11.777 Bebidas e Fumo 9.115.171 9.879.848 766.300 1.486.028 Brinquedos e Lazer 48.348 32.295 5.193 4.763 Calçados 1.193.746 1.193.307 85.692 111.718 Diversos 593.954 610.674 59.760 68.264 Editora 245.110 278.721 22.990 25.489 Embalagens 785.072 763.285 36.157 31.506 Equipamentos elétricos 57.967 64.762 -5.875 516 Madeira 906.785 957.635 44.887 63.488 Máquinas e Equipamentos 2.578.425 2.565.941 237.896 294.983 Material Aeronáutico 3.971.320 4.068.902 401.513 242.706 Material de Construção 411.732 392.650 16.836 -1.020 Material de Transporte 3.524.301 3.536.015 171.150 210.581 Metalurgia 3.832.062 3.942.282 191.627 175.148 Mineração 16.272.028 17.745.143 5.094.475 6.089.659 Papel e Celulose 6.915.149 7.418.385 1.619.727 1.498.493 Petróleo e Gás 64.129.697 75.874.014 10.076.513 13.727.608 Produtos de Limpeza e Cosméticos 1.278.359 1.502.229 295.170 31.256

Química 18.399.506 17.695.615 1.666.380 587.005

Siderurgia 30.512.638 30.642.878 5.997.989 4.492.566 Têxtil, couro e vestuário 3.713.097 4.417.432 45.013 -78.622

Utilidades Domésticas 178.820 150.459 -2.900 1.344 Total – Brasileiras 176.840.760 191.195.539 27.291.488 29.087.033 Química 109.015.968 121.787.067 109.015.968 121.787.067 Papel e celulose 49.292.273 50.971.506 49.292.273 50.971.506 Alimentos 107.062.528 107.458.805 107.062.528 107.458.805 Máquinas 47.557.208 54.653.045 47.557.208 54.653.045 Siderurgia 51.089.465 60.811.527 51.089.465 60.811.527 Total – Estrangeiras 364.017.442 395.681.950 364.017.442 395.681.950

Receita Líquida e Lucro Líquido por Segmento, em R$ Mil

Receita Líquida Lucro Líquido

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