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NOTA TÉCNICA 0046_V1_2016 Alvará de Atividade Empreendedora

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Academic year: 2021

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NOTA TÉCNICA 0046_V1_2016 Alvará de Atividade Empreendedora

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ALINHAMENTO ESTRATÉGICO Jaraguá Ativa: Cidade inteligente e sustentável, cidade para pessoas.

Visão: Ser referência internacional na indicação de caminhos estratégicos para o desenvolvimento sustentável da Cidade.

Missão: Ser o indutor das tomadas de decisões do Poder Público e da Sociedade, através de critérios técnicos.

Macro Diretriz: JARAGUÁ ATIVA Programa: ECONOMIA ATIVA

Iniciativa estratégica: AMBIENTE FAVORÁVEL

Prefeito: Dieter Janssen

Vice-Prefeito: Jaime Negherbon

Presidente do INSTITUTO JOURDAN: Ronaldo de Lima

Diretor de Desenvolvimento Econômico, CT&I: Marcio Manoel da Silveira Elaborador

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Nota Técnica 0046_V1_2016 - 2

Sumário

Sumário ... 2 1. Apresentação ... 3 2. Problema ... 3 3. A fundamentação ... 4

4. Proposta - Criação do Alvará de Atividade ... 6

5. Considerações finais ... 6

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Nota Técnica 0046_V1_2016 - 3

1.

Apresentação

Essa nota técnica tem por objetivo orientar o município quanto à necessidade de dar um tratamento diferenciado, através da simplificação da legislação ao Microempreendedor Individual cuja atividade é exercida no cliente. Para isso o trabalho além de apresentar o problema propõe a criação do Alvará de Atividade Empreendedora para o Empreendedor individual cuja atividade for de baixo risco e for exercida exclusivamente no cliente.

2.

Problema

A criação da categoria Microempreendedor individual trouxe a oportunidade aos trabalhadores informais de se legalizarem e poderem usufruir da formalização para alavancarem seus negócios. Muitos são os benefícios e cabe destacar os seguintes: Registro nacional de pessoas jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária e a emissão de notas fiscais. Além disso o MEI será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais e assim, pagará apenas o um valor fixo que será destino à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. O pagamento à previdência dará cobertura previdenciária para o empreendedor e sua família. Ele terá, por exemplo, proteção em caso de doença e acidentes, direito de afastamento para dar à luz, entre outros.

Para a formalização do MEI, segundo portal do Empreendedor “Não é necessário encaminhar nenhum documento à Junta Comercial, a formalização é feita de forma gratuita pela internet no Portal do Empreendedor. Após o cadastramento, o CNPJ, a inscrição na Junta Comercial, no INSS e o Alvará Provisório de Funcionamento são obtidos imediatamente, gerando um documento único, que é o Certificado da Condição de Microempreendedor Individual – CCMEI”. Após a emissão do certificado pelo portal do Empreendedor “a Secretaria da Receita Federal, as Secretarias de Fazenda dos Estados e as Secretarias Municipais de Finanças poderão fiscalizar o cumprimento das obrigações fiscais. Além das fiscalizações tributárias, também poderão ser realizadas fiscalizações, que obrigatoriamente deverão ser orientadoras, de aspectos trabalhista, metrológico, sanitário, ambiental e de segurança, conforme o artigo 55 da Lei Complementar 123/2006”.

Após o cadastramento e a obtenção do alvará provisório o MEI deve encaminhar junto a prefeitura a documentação para a obtenção do alvará para sua atuação no município. O alvará previsto na legislação da cidade de Jaraguá do Sul é o de “Permanência e localização”. A legislação também prevê uma série de obrigações ao empreendedor quanto ao local onde estará estabelecida a atividade empresarial. O empreendedor se obriga a adequar o espaço as legislações de segurança e urbanísticas, bem como precisa ter o habite-se de sua residência (alugada ou própria), e estar adequado a legislação de calçadas, entre outras.

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Nota Técnica 0046_V1_2016 - 4 Foi constatado que muitos empreendedores não conseguem atender essas obrigações e por consequência não obtém o alvará de “Permanência e localização”. A falta de Alvara Municipal acarreta prejuízos diretos aos MEIS, pois não conseguem emitir notas fiscais e ficam a mercê da clandestinidade perante os órgãos de fiscalização. Deixam, portanto, a condição de empreendedor informal para a de empreendedor ilegal. Muitas dessas atividades são exercidas fora da residência e classificadas como de baixo grau de risco (pintor, pedreiro, animador de festa, jardineiro, cuidador de idoso). O Empreendedor não necessita de local fixo para exercer sua atividade.

Para fazer frente ao problema foi criado o programa Incubadora do Empreendedor que tem as seguintes finalidades: I - viabilizar a formalização de empreendimentos; II - incentivar a regularidade dos micro e pequenos empreendedores do Município; III - conceder endereço fiscal aos empreendedores, desde que preenchidos os pressupostos constantes do Decreto Municipal Nº 9.524/2013, de 26 de agosto de 2013; IV - fomentar e incentivar a oferta de treinamentos e capacitações aos incubados; V - promover a oferta de tratamento diferenciado nos procedimentos de abertura de empresas, nos termos da Lei Complementar Federal Nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

Na prática a incubadora do empreendedor oferece endereço fiscal ao empreendedor individual cuja atividade (de baixo risco) é executada fora do seu domicílio, ou seja, a atividade é exercida no domicílio do cliente. Além disso a incubadora oferece cursos voltados a gestão através dos seus parceiros APEVI e SEBRAE e ainda faz toda a formalização do alvará na prefeitura. O Programa iniciou sua atividade no final de 2015, dispondo de 90 atividades possíveis de participarem da incubadora e, até o momento, já formalizou 275 Microempreendedores Individuais. Os empreendedores podem permanecer na incubadora por até quatro anos e podem utilizar esse período para regularizarem se imóvel.

3.

A fundamentação

Entende-se que é necessário um novo olhar para esses empreendimentos já que a legislação municipal atual para obtenção de alvará é anterior a previsão legal da existência da figura do Microempreendedor individual. Até então o município previa a figura de autônomos que poderiam ter inscrição municipal e usar seu endereço como endereço fiscal. A busca da exegese da legislação que criou a figura do MEI mostra que a lei Complementar Federal 128/2009 (que atualizou a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa – LC 123/2006) buscava, justamente, a formalização desse indivíduo. Se essa é a meta, criar barreiras é um contrassenso.

Logo após a aprovação da figura do MEI os municípios simplesmente os enquadraram como empresas e passaram a exigir desses as mesmas regras que se exige de uma empresa. As

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Nota Técnica 0046_V1_2016 - 5 companhias de serviços de agua e esgoto, por exemplo, passaram a cobrar taxa maior dos MEIs só por que esses possuíam, a partir daquele momento, um CNPJ, ou seja, uma condição estabelecida para empresas. Os municípios também passaram a cobrar as mesmas taxas que exigiam das empresas. Foi preciso corrigir esse contrassenso, já que isso não incentivava a formalização, na Lei Complementar Federal 147/2014 (Também atualizou a LC 123/2006) que proibiu essas ações.

Recentemente, a Lei Complementar Federal 154/2016 (nova atualização da 123/2006), de autoria do deputado catarinense Mauro Mariani, permitiu que o MEI utilize “sua residência como sede do estabelecimento, quando não for indispensável a existência de local próprio para o exercício da atividade”. A legislação nacional foi se aprimorando para garantir que a finalidade da criação da figura do MEI possa ser atendida. Para garantir essa finalidade o município de Jaraguá do Sul também buscou aprimorar sua legislação. As evidências podem ser encontradas na LC 74/2007 que instituiu o Alvará Provisório, na criação da primeira tabela de grau de risco utilizando o Cadastro Nacional de Atividade Empresarial – CNAE como referência, e na nova redação dada pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 1/2010 que instituiu o tratamento no âmbito do município.

Art. 179 Na promoção do desenvolvimento econômico, o Município agirá, sem prejuízo de outras atividades, no sentido de:

.... VII - dar tratamento diferenciado à pequena produção artesanal ou mercantil, às microempresas, às empresas de pequeno porte e ao microempreendedor individual, constituídos sob as leis brasileiras, que tenham sede e administração no Município, assim como aos produtores rurais que trabalhem em regime de economia familiar, considerando sua contribuição para a democratização de oportunidades econômicas, inclusive para os grupos sociais mais carentes, visando a incentivá-los mediante:

a) simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias e financeiras; b) favorecimento no acesso ao crédito, com a criação de programas específicos de financiamento e fundos municipais;

c) redução escalonada ou eliminação de tributos, através de lei ou convênio.

O legislador foi ainda mais claro no artigo 179 A, que também é fruto da revisão de 2010:

Art. 179 A - O Município dispensará às microempresas, às empresas de pequeno porte e aos microempreendedores individuais, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei, especialmente às licitações.

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Nota Técnica 0046_V1_2016 - 6 Já em 2009 foi aprovado a Lei Complementar Nº 92/2009 que institui o Tratamento Diferenciado e Simplificado ao Microempreendedor Individual. No ano de 2013 o município criou um grupo de trabalho que implementou medidas para desburocratizar o processo de abertura de empresas, a tabela de grau de risco foi simplificada e ampliada, a consulta prévia foi adaptada ao risco e uma atividade de baixo risco não necessitava de análise ou licenciamento de determinado setor. No mesmo ano foi assinado a Lei Nº 6781/2013 que institui o Programa Incubadora do Empreendedor que foi regulamentada pelo decreto 10.033/2014.

Avançar mais é necessário e uma obrigação imposta pela Constituição Federal e pela Lei Orgânica do município. A proposta que ora se apresenta busca dar tratamento diferenciado ao Microempreendedor Individual através da simplificação das suas obrigações administrativas.

4.

Proposta - Criação do Alvará de Atividade Empreendedora

Objetivos: Viabilizar a formalização dos Microempreendedores Individuais, incentivar a regularidade dos Microempreendedores Individuais do Município e promover a oferta de tratamento diferenciado nos procedimentos de abertura de empresas, nos termos da Lei Complementar Federal Nº 123, de 14 de dezembro de 2006 e no capítulo 179 e 179 A, da Lei Orgânica do Município.

O alvará será concedido ao Microempreendedor Individual cuja atividade (de baixo risco) é exercida exclusivamente no cliente. O endereço de sua residência será usado única e exclusivamente para fins fiscais. Para obtenção do alvará não será exigido nenhuma adequação a sua residência já que a atividade não é lá exercida. A formalização do MEI ao Alvará de Atividade Empreendedora acontecerá através da Incubadora do Empreendedor, sendo igualmente exigida a capacitação prévia e anual do incubado através dos parceiros SEBRAE e APEVI e a informação anual de endereço fiscal. Para efeito da lei será editado, através de portaria, lista com as atividades permitidas.

5.

Considerações finais

A proposta desta nota técnica foi a de apresentar causas que motivem o município a criar o Alvará de Atividade Empreendedora. Ao longo da apresentação verificou-se que a Lei Geral da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, desde que foi criada, recebeu diversos aprimoramentos para que pudesse atingir o objetivo previsto na constituição federal de conceder um tratamento diferenciado ao setor. Constatou-se, ainda que o empreendedor formalizado conta com cobertura previdenciária como o auxílio doença, direito a aposentadoria e licença maternidade. Na pratica a formalização pode diminuir o gasto do município. Hoje caso um empreendedor não formalizado se acidente, provavelmente, ele e sua família precisarão do auxílio da secretaria Social.

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Nota Técnica 0046_V1_2016 - 7 Verificou-se também que a legislação municipal vem se adequando para atender o princípio constitucional de tratamento diferenciado e favorecido as Microempresas, Empresas de Pequeno Porte. Com o advento do Microempreendedor Individual alcançado pela LC 128/2009 observou-se uma lacuna na legislação municipal, ela permite conceder o Alvará de Permanência e Localização gerando com isso necessidades de adequação ao local de residência do empreendedor individual. A legislação municipal não alcança o empreendedor realiza sua atividade unicamente no estabelecimento do seu cliente. Desta forma, sua residência serve apenas como local para endereço fiscal do empreendedor e a atividade é realizada diretamente no cliente.

A proposta de se criar o Alvara de Atividade Empreendedora quer alcançar o Empreendedor Individual que exerce sua atividade no estabelecimento do seu cliente. Portanto atender essa necessidade, além de atender um princípio constitucional reconhece uma categoria que antes ficava a margem da sociedade e que posterirormente viu uma série de barreiras impedirem sua oportunidade de conquistar a cidadania empresarial criada pela lei.

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Nota Técnica 0046_V1_2016 - 8

Referências bibliográficas

Lei Complementar federal 123/2006,

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm: Acessado em 06/06/2016

Lei Complementar federal 128/2008,

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp128.htm: Acessado em 06/06/2016

Lei Complementar federal 147/2014,

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp147.htm: Acessado em 06/06/2016

Lei Complementar federal 154/2016,

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp154.htm: Acessado em 06/06/2016

Lei Orgânica do Município de Jaraguá do Sul, https://leismunicipais.com.br/lei-organica-jaragua-do-sul-sc : Acessado em 06/06/2016

Lei Complementar municipal 74/2007, https://leismunicipais.com.br/a/sc/j/jaragua-do-sul/lei- complementar/2007/8/74/lei-complementar-n-74-2007-dispoe-sobre-a-concessao-de-alvara- provisorio-de-licenca-para-localizacao-e-permanencia-no-local-para-microempresas-e-

empresas-de-pequeno-porte-do-municipio-e-da-outras-providencias?q=alvar%E1%20provis%F3rio: Acessado em 06/06/2016

Lei Complementar municipal 92/2009, https://leismunicipais.com.br/a/sc/j/jaragua-do-sul/lei- complementar/2009/10/92/lei-complementar-n-92-2009-institui-o-tratamento-diferenciado- e-simplificado-ao-microempreendedor-individual-mei-e-concede-desoneracao-fiscal-nos- termos-definidos-no-3-do-artigo-4-da-lei-complementar-federal-n-123-2006-de-14-de- dezembro-de-2006-alterada-pela-lei-complementar-federal-n-128-2008-de-19-de-dezembro- de-2008-e-em-conformidade-com-o-artigo-185-da-lei-organica-do-municipio?q=microempreendedor: Acessado em 06/06/2016

Lei municipal 6781/2013, https://leismunicipais.com.br/a/sc/j/jaragua-do-sul/lei- ordinaria/2013/679/6781/lei-ordinaria-n-6781-2013-institui-o-programa-incubadora-do-empreendedor-e-da-outras-providencias?q=Incubadora%20do%20empreendedor: Acessado em 06/06/2016

Prefeitura de Jaraguá do Sul, Decreto Municipal 10.033/2014 – Regulamenta o Programa Incubadora do Empreendedor.

Referências

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