• Nenhum resultado encontrado

M EDICINA R EGENERATIVA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "M EDICINA R EGENERATIVA"

Copied!
20
0
0

Texto

(1)

RELATÓRIO DESCRITIVO DA CONSULTA ESTRUTURADA

Agenda Tecnológica Setorial – ATS

Complexo Industrial da Saúde

M

E D I C I N A

R

E G E N E R A T I V A

Centro de Gestão e Estudos Estratégicos

(2)

Este texto integra um conjunto de documentos que

compõem o projeto Agenda Tecnológica Setorial (ATS),

que inclui:

Panorama Econômico Setorial

Panorama Tecnológico Setorial

Relatório Descritivo da Consulta Estruturada

Relatório Analítico da Consulta Estruturada

O material completo está disponível no site da ABDI:

(3)

©2016 – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.

Miguel Nery

Presidente Interino ABDI

Maria Luisa Campos Machado Leal

Diretora de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação

Paulo César Marques da Silva

Diretor do Desenvolvimento Produtivo – Substituto

Carla Maria Naves Ferreira

Gerente de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação

Leonardo Reisman

Chefe de Gabinete

Mariano Francisco Laplane

Presidente CGEE

Marcio de Miranda Santos

Diretor Executivo

Antonio Carlos Filgueira Galvão Gerson Gomes

José Messias de Souza (a partir de 19/08/15)

Diretores

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Michel Temer

Presidente Interino

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO EXTERIOR E SERVIÇOS

Marcos Pereira

Ministro

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Gilberto Kassab

(4)

©2016 – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.

ABDI

Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial SCN Quadra 1, Bloco D, Ed. Vega Luxury Design Offices, Torre Empresarial A Asa Norte, Brasília – DF

CEP 70.711-040 – Tel.: (61) 3962 8700 www.abdi.com.br

CGEE

Centro de Gestão e Estudos Estratégicos SCS Quadra 9, Torre C, 4º andar

Ed. Parque Cidade Corporate CEP: 70.308-200

+55 61 3424-9600

SUPERVISÃO

Maria Luisa Campos Machado Leal SUPERVISÃOMarcio de Miranda Santos EQUIPE TÉCNICA DA ABDI

Carla Maria Naves Ferreira

Gerente de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação

Maria Sueli Soares Felipe

Coordenadora de Desenvolvimento Tecnológico e Sustentabilidade

Cynthia Araújo Nascimento Mattos

Coordenadora de Promoção da Inovação

Zil Miranda

Assessora Especial

Rodrigo Alves Rodrigues

Analista Sênior

Adriana dos Santos Ghizoni

Assistente de Projetos

ESPECIALISTAS SETORIAIS Bruno Jorge

Carlos Venicius Frees Claudionel de Campos Leite Cleila Guimarães Pimenta Jorge Luis Ferreira Boeira Junia Casadei Lima Motta Larissa de Freitas Querino Ricardo Gonzaga Martins Valdênio Miranda Araújo Vandete Cardoso Mendonça

EQUIPE TÉCNICA CGEE

Liliane Sampaio Rank de Vasconcelos

Coordenadora

Kátia Regina Araújo de Alencar

Assessora

Kleber de Barros Alcanfôr

Assessor

Lilian M. Thomé Andrade Brandão

Assessora

Rogério Mendes Castilho

Assessor

Simone Rodrigues Neto Andrade

Assistente Administrativo

COMITÊ TÉCNICO DE ESPECIALISTAS Alexandre Rossi

Antonio Carlos Campos de Carvalho Jorge Vicente Lopes da Silva Mayana Zatz

Milena B. Soares Paulo Brofman Rosália Mendez-Otero Sang Won Han Steven Rehen

COORDENAÇÃO TÉCNICA GERAL Ricardo Naveiro (UFRJ)

Rodrigo Sabbatini (UNICAMP) Jorge Britto (UFF)

COORDENAÇÃO TÉCNICA SETORIAL Lygia da Veiga Pereira (USP)

Panorama Tecnológico

Regina Coeli Goldenberg (UFRJ)

Panorama Econômico

COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO Simone Zerbinato

Coordenadora de Comunicação Substituta

Rachel Mortari

Edição/Organização

Maria Irene Lima Mariano

Revisão

Rodrigo Martins (Tikinet)

Projeto Gráfico

Bruna Orkki (Tikinet)

(5)

Sumário

1. Introdução . . . 7

2. Taxas de respostas . . . 8

3. Resultados para o grupo “tecnologias para terapia celular” . . . 12

4. Resultados para o grupo “tecnologias para bioengenharia de tecidos” . . . . 14

5. Resultados para o grupo “tecnologias de células-tronco para uso

no processo de desenvolvimento de fármacos” . . . 16

6. Resultados para o grupo “tecnologias para terapia gênica” . . . 18

7. Síntese . . . 20

(6)

Lista de Tabela

Tabela 1 – Tecnologias selecionadas por grupo e critério metodológico . . . 11

Lista de Gráficos

Gráfico 1 – Composição dos respondentes da consulta estruturada da ATS

de medicina regenerativa segundo áreas de atuação . . . 8

Gráfico 2 – Composição dos respondentes da consulta estruturada da ATS

de medicina regenerativa segundo graus de qualificação . . . 9

Gráfico 3 – Tecnologias emergentes analisadas segundo grupos tecnológicos . 10

Gráfico 4 – Classificação das tecnologias emergentes de medicina regenerativa

analisadas segundo critérios metodológicos da ATS . . . 11

Gráfico 5 – Classificação do grupo “tecnologias para terapia celular” . . . 12

Gráfico 6 – Classificação do grupo “tecnologias para bioengenharia de tecidos” . . 14

Gráfico 7 – Classificação do grupo “tecnologias de células-tronco para

uso no processo de desenvolvimento de fármacos” . . . 16

Gráfico 8 – Classificação do grupo “tecnologias para terapia gênica” . . . 18

Lista de Quadros

Quadro 1 – Tecnologias consideradas não relevantes no grupo

“tecnologias para terapia celular” . . . 12

Quadro 2 – Tecnologias consideradas relevantes no grupo

“tecnologias para terapia celular” . . . 13

Quadro 3 – Tecnologia considerada não relevante no grupo

“tecnologias para bioengenharia de tecidos” . . . 14

Quadro 4 – Tecnologias consideradas relevantes no grupo

“tecnologias para bioengenharia de tecidos” . . . 15

Quadro 5 – Tecnologias consideradas relevantes no grupo

“tecnologias de células-tronco para uso no processo de

desenvolvimento de fármacos” . . . 17

Quadro 6 – Tecnologias consideradas não relevantes no grupo

“tecnologias para terapia gênica” . . . 18

Quadro 7 – Tecnologias consideradas relevantes no grupo

(7)

Agenda Tecnológica Setorial – ATS Relatório Descritivo da Consulta Estruturada

7

1. Introdução

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Centro de Gestão e

Es-tudos Estratégicos (CGEE) estão desenvolvendo o projeto Agendas Tecnológicas

Seto-riais (ATS), visando a identificar as tecnologias relevantes para a competitividade

brasilei-ra nos próximos 15 anos. Este relatório apresenta os resultados da consulta estrutubrasilei-rada

(on-line) da ATS de medicina regenerativa. Primeiro são apresentadas informações

ge-rais da consulta e, posteriormente, os resultados específicos para os diversos grupos de

tecnologias avaliadas.

A medicina regenerativa pode ser definida como o processo de criação de células,

teci-dos ou órgãos funcionais e sua introdução em pacientes, visando a reparar ou substituir

órgãos ou tecidos cujas funções estejam comprometidas por diferentes causas

(enve-lhecimento, doença, lesão etc). A medicina regenerativa tem o potencial de solucionar o

problema de falta de órgãos para transplante, assim como gerar terapias mais eficientes

para doenças/condições, como lesão de medula espinhal, infarto do miocárdio, diabetes,

doença de Alzheimer e outras doenças degenerativas. Células/tecidos gerados para

medicina regenerativa podem também ser utilizados em ensaios farmacológicos para a

identificação de novas drogas e para o teste de eficácia e toxicidade das mesmas. Já a

terapia gênica consiste em estratégias que utilizam ácidos nucleicos (DNA e/ou RNA)

como agentes terapêuticos. Este documento apresenta os resultados da consulta

estru-turada da ATS de medicina regenerativa, cujos grupos de tecnologias foram definidos

em função dos diferentes campos de utilização dessas técnicas, a saber: terapia celular,

bioengenharia de tecidos, células-tronco para uso no processo de desenvolvimento de

fármacos e terapia gênica.

(8)

8

Complexo Industrial da Saúde Medicina Regenerativa

2. Taxas de respostas

O painel de respondentes da consulta estruturada da ATS de medicina regenerativa foi

composto por 128 especialistas, indicados pelo comitê técnico do estudo e pela ABDI.

Desse total, 50 especialistas responderam aos questionários, totalizando um índice de

respostas de 39%. O gráfico 1 apresenta as características referentes à área de

ativida-des dos respondentes da consulta estruturada. Verifica-se uma forte predominância de

agentes que atuam em instituições de ensino e pesquisa, com 76% dos respondentes,

seguida por agentes que atuam em empresas, com 16% dos respondentes,

complemen-tada por agentes com atuação na esfera governamental, com 8%.

Gráfico 1 – Composição dos respondentes da consulta estruturada da ATS de medicina regenerativa segundo áreas de atuação

Área de atuação do

respondente Academia/ centros de pesquisa Governo Indústria Total

No de respondentes 38 4 8 50

Fonte: elaboração própria, com base nos resultados da consulta estruturada

Em relação ao nível de qualificação dos respondentes, podemos verificar, com base no

gráfico 2, o elevado grau de qualificação dos agentes que integraram o estudo. Nota-se

que 92% dos respondentes são pós-graduados, com forte predomínio de agentes com

nível de doutorado (86%), seguido por respondentes com mestrado e especialização

(6%).

(9)

Agenda Tecnológica Setorial – ATS Relatório Descritivo da Consulta Estruturada

9

Gráfico 2 – Composição dos respondentes da consulta estruturada da ATS de medicina regenerativa segundo graus de qualificação

  Graduação Especialização Mestrado Doutorado Total

Total 1 3 3 43 50

Fonte: elaboração própria, com base nos resultados da consulta estruturada

O desenvolvimento da medicina regenerativa estende-se por diversos campos. A

medici-na regenerativa pode ser dividida em três processos distintos: (1) coleta/isolamento das

células; (2) cultivo (multiplicação)/diferenciação (no caso de células-tronco

pluripoten-tes) das células e (3) aplicação das células/tecidos no paciente. As células produzidas

no processo (2) ainda podem ser utilizadas em (i) bioengenharia de tecidos/órgão e (ii)

ensaios in vitro de eficácia e toxicidade de novas drogas. Já a terapia gênica consiste em

estratégias que utilizam ácidos nucleicos (DNA e/ou RNA) como agentes terapêuticos,

envolvendo sua transferência para o interior das células do tecido afetado, onde eles

exercerão sua função terapêutica. A terapia gênica pode ser dividida em dois processos:

(1) construção do vetor e (2) aplicação direta no paciente, chamada de terapia gênica

in vivo. Além destas, a terapia gênica pode (3) ser feita com o vetor aplicado in vitro,

e as células modificadas são aplicadas no paciente – e aqui terapia gênica e medicina

regenerativa se sobrepõem. Na elaboração do panorama tecnológico da ATS de

medici-na regenerativa, foram considerados diferentes grupos de tecnologias emergentes, que

integraram a consulta estruturada:

• Terapia celular;Bioengenharia de tecidos;

• Células-tronco para uso no processo de desenvolvimento de fármacos;

• Terapia gênica.

O gráfico 3 apresenta o total de tecnologias emergentes investigadas, ou melhor, que

integravam os questionários, para cada grupo. No total, foram analisadas 57 tecnologias

emergentes, distribuídas pelos 4 grupos destacados. O grupo “terapia celular” possui

a maior participação relativa, concentrando 32% das tecnologias emergentes

investiga-das, seguido pelo grupo “terapia gênica”, com 24% das tecnologias emergentes

investi-gadas e pelos grupos “bioengenharia de tecidos” e “células-tronco para uso no

(10)

proces-10

Complexo Industrial da Saúde Medicina Regenerativa

so de desenvolvimento de fármacos”, com 23% e 21% das tecnologias investigadas,

respectivamente.

Gráfico 3 – Tecnologias emergentes analisadas segundo grupos tecnológicos

Grupos de tecnologias

emergentes Terapia celular Bioengenharia de tecidos

Células-tronco para uso no processo de desenvolvimento

de fármacos

Terapia

gênica Total

No de tecnologias 18 13 12 14 57

Fonte: elaboração própria, com base nos resultados da consulta estruturada

O gráfico 4 apresenta os resultados gerais obtidos com a análise da consulta estruturada,

com base nos critérios utilizados para análise das mesmas na metodologia da ATS. Uma

vez coletadas informações sobre a avaliação das tecnologias por especialistas mediante

consulta estruturada, as mesmas foram submetidas ao comitê técnico para discussão e

validação e, em seguida, foram apresentadas e avaliadas por especialistas de empresas

do setor (reunião de beta teste II), chegando-se a um resultado final.

De acordo com o gráfico 4, observa-se que, como resultado final da avaliação realizada

segundo os passos descritos, das 57 tecnologias emergentes investigadas, 32 foram

consideradas relevantes críticas, e 18 foram classificadas como relevantes prioritárias.

Portanto, com base na análise desenvolvida, 88% das tecnologias emergentes

relacio-nadas a esta ATS ganham destaque, sendo classificadas como relevantes (prioritárias e

críticas). As demais tecnologias (12%) foram consideradas não viáveis ou não atrativas.

Para um melhor entendimento dos resultados obtidos na consulta estruturada, as

próxi-mas seções deste relatório apresentarão os resultados específicos dos grupos

tecnoló-gicos da ATS de medicina regenerativa.

(11)

Agenda Tecnológica Setorial – ATS Relatório Descritivo da Consulta Estruturada

11

Gráfico 4 – Classificação das tecnologias emergentes de medicina regenerativa analisadas segundo critérios metodológicos da ATS

Classificação das tecnologias emergentes analisadas segundo

os critérios metodológicos da ATS Não viável Não atrativa

Relevante

prioritária Relevante crítica Total

Nº de tecnologias 2 5 18 32 57

Fonte: elaboração própria, com base nos resultados da consulta estruturada

A tabela 1 apresenta a distribuição das tecnologias selecionadas nos diversos grupos

segundo os critérios metodológicos das ATS. Verifica-se que a maior concentração de

tecnologias relevantes prioritárias ocorre nos grupos “terapia celular” e “bioengenharia

de tecidos”. Já as tecnologias relevantes críticas, em maior número, se distribuem de

forma bastante equânime entre os diversos grupos. As partes a seguir apresentam um

maior detalhamento das tecnologias avaliadas nos diversos grupos considerados.

Tabela 1 – Tecnologias selecionadas por grupo e critério metodológico

Classificação das tecnologias Não viável Não atrativa Relevante prioritária Relevante crítica Total

Terapia celular 1 2 7 8 18

Bioengenharia de tecidos 1 0 5 7 13

Células-tronco para uso no processo de

desenvolvimento de fármacos 0 0 3 9 12

Terapia gênica 0 3 3 8 14

Total 2 5 18 32 57

(12)

12

Complexo Industrial da Saúde Medicina Regenerativa

3. Resultados para o grupo

“tecnologias para terapia celular”

A consulta estruturada relacionada ao grupo “tecnologias para terapia celular” refere-se

à análise de 18 tecnologias emergentes. O gráfico 5 apresenta a classificação das

tec-nologias emergentes investigadas segundo os critérios metodológicos da ATS. Nota-se

que, das 18 tecnologias emergentes em tela, 17% foram consideradas não relevantes

(não viáveis ou não atrativas). Em contrapartida, 83% das tecnologias investigadas

fo-ram consideradas relevantes, sendo 44% consideradas relevantes críticas, (perfazendo

8 tecnologias), e 39% consideradas relevantes prioritárias (perfazendo 7 tecnologias).

Gráfico 5 – Classificação do grupo “tecnologias para terapia celular”

Classificação das tecnologias Não viável Não atrativa prioritáriaRelevante Relevante crítica Total

Nº de tecnologias 1 2 7 8 18

Fonte: elaboração própria, com base nos resultados da consulta estruturada

O quadro 1 identifica as tecnologias que foram “descartadas”

1

da análise por terem sido

consideradas não relevantes (não viáveis ou não atrativas).

Quadro 1 – Tecnologias consideradas não relevantes no grupo “tecnologias para terapia celular”

Tecnologia não viável

Uso de técnicas de reprogramação direta aplicadas à produção de células diferenciadas (cardiomiócitos, neurônios, hepatócitos, células-beta etc.), visando ao tratamento de doenças humanas crônicas, degenerativas, traumáticas e outras sem alternativas terapêuticas.

Tecnologias não atrativas

Uso de células-tronco tecido-específicas aplicadas à produção de células diferenciadas (cardiomiócitos, neurônios, hepatócitos, células-beta etc.), em condições GMP, visando ao tratamento de doenças humanas crônicas, degenerativas, traumáticas e outras sem alternativas terapêuticas.

Uso de nanopartículas magnéticas aplicadas ao direcionamento de células sítio-específico in vivo, visando ao desenvolvimento de terapia celular.

Fonte: elaboração própria, com base nos resultados da consulta estruturada

(13)

Agenda Tecnológica Setorial – ATS Relatório Descritivo da Consulta Estruturada

13

O quadro 2 destaca as tecnologias relevantes (prioritárias e críticas) identificadas a partir

do resultado final da sistemática de avaliação.

Quadro 2 – Tecnologias consideradas relevantes no grupo “tecnologias para terapia celular”

Tecnologias prioritárias

Uso de células-tronco pluripotentes (hESCs e hiPSC) obtidas em condições GMP, aplicadas na produção de células diferenciadas (cardiomiócitos, neurônios, hepatócitos, células-beta etc.), visando ao tratamento de doenças humanas crônicas, degenerativas, traumáticas e outras sem alternativas terapêuticas (neurônios, hepatócitos, células-beta etc.). Uso de técnicas de geração de hiPSCs aplicadas à criação de bancos de células, visando ao transplante de órgãos. Uso de tecnologia de cultivo em biorreatores instrumentados para produção em larga escala de células-tronco

mesenquimais em condições GMP, aplicada à terapêutica como agente imunomodulador ou indutor de reparo tecidual, visando ao tratamento de pacientes com doenças imunomediadas e lesões teciduais.

Uso de tecnologia de cultivo em biorreatores instrumentados para produção em larga escala de células-tronco adultas em condições GMP, aplicada à terapêutica, visando ao tratamento de pacientes com diferentes doenças.

Uso de matrizes biomiméticas na forma de nanofibras e nanopartículas poliméricas (PLA, PLGA PCL etc.), aplicadas na expansão e diferenciação celular, visando a melhorar a eficiência do tratamento de doenças degenerativas cardíacas e vasculares.

Uso de hidrogéis à base de nanoestruturas peptídicas organizadas, aplicados na expansão e diferenciação celular, visando a melhorar o tratamento de doenças.

Uso de métodos de isolamento de subpopulações celulares (e.g. CD34+, CD133+, monócitos e células-tronco adultas), aplicados ao enriquecimento de populações.

Tecnologias críticas

Uso de células-tronco pluripotentes na produção de hemácias e plaquetas, em condições GMP, para aplicação em hemoterapia visando à substituição de bancos de sangue.

Uso de células-tronco pluripotentes aplicadas à produção de células-tronco hematopoiéticas, em condições GMP, visando ao transplante de medula óssea.

Uso de tecnologia de cultivo em biorreatores instrumentados para produção em larga escala de células humanas diferenciadas a partir de células-tronco pluripotentes obtidas em condições GMP, aplicada à terapia celular e à engenharia tecidual, visando a novos tratamentos e melhora da qualidade de vida do paciente.

Uso de nanopartículas aplicadas ao rastreamento (biodistribuição) de células in vivo, visando ao desenvolvimento de terapia celular.

Uso de técnicas de controle epigenético aplicadas à produção de células diferenciadas, visando ao tratamento de doenças.

Uso de tecnologia de cultivo em biorreatores instrumentados para produção em larga escala de subfrações celulares (exossomas e microvesículas), em condições GMP, aplicada ao enriquecimento de frações celulares específicas, visando a potencializar o efeito terapêutico no tratamento de pacientes com doenças degenerativas e traumáticas.

Uso de células-tronco modificadas geneticamente para expressão de transgenes, aplicadas à produção de proteína recombinante in vivo, visando ao tratamento de tumores e doenças degenerativas.

Uso de técnicas de encapsulamento de células, aplicadas à minimização de resposta imunológica às células transplantadas, visando à terapia celular.

(14)

14

Complexo Industrial da Saúde Medicina Regenerativa

4. Resultados para o grupo

“tecnologias para bioengenharia de tecidos”

A consulta estruturada relacionada ao grupo “tecnologias para bioengenharia de

teci-dos” refere-se à análise de 13 tecnologias emergentes. O gráfico 6 apresenta a

classifi-cação das tecnologias emergentes investigadas segundo os critérios metodológicos da

ATS. Nota-se que, das 13 tecnologias emergentes em tela, 8% foram consideradas não

viáveis. Em contrapartida, 92% das tecnologias investigadas foram consideradas

rele-vantes, sendo 54% consideradas relevantes críticas (perfazendo 7 tecnologias), e 38%

consideradas relevantes prioritárias (perfazendo 5 tecnologias).

Gráfico 6 – Classificação do grupo “tecnologias para bioengenharia de tecidos”

Classificação das tecnologias Não viável prioritáriaRelevante Relevante crítica Total

Nº de tecnologias 1 5 7 13

Fonte: elaboração própria, com base nos resultados da consulta estruturada

O quadro 3 identifica a tecnologia que foi “descartada” da análise por ter sido

conside-rada não viável.

Quadro 3 – Tecnologia considerada não relevante no grupo “tecnologias para bioengenharia de tecidos”

Tecnologia não viável

Uso de técnicas de crescimentos de tecido em modelos animais aplicadas à obtenção de órgãos humanos, visando a transplante.

Fonte: elaboração própria, com base nos resultados da consulta estruturada

O quadro 4 destaca as tecnologias relevantes (prioritárias e críticas) identificadas a partir

do resultado final da sistemática de avaliação.

(15)

Agenda Tecnológica Setorial – ATS Relatório Descritivo da Consulta Estruturada

15

Quadro 4 – Tecnologias consideradas relevantes no grupo “tecnologias para bioengenharia de tecidos”

Tecnologias prioritárias

Uso de novos materiais biológicos (peptídeos, biopolímeros etc.) aplicados à produção de arcabouços para deposição de células, visando à produção de órgãos e/ou tecidos in vitro e/ou in vivo.

Uso de novos materiais sintéticos (cerâmicas, polímeros, compósitos, nanocompósitos, nanomateriais à base de carbono etc.) aplicados à produção de arcabouços para deposição de células, visando à produção de órgãos e/ou tecidos in vitro e/ou in vivo.

Uso de software de impressão 3D para simulação de funcionamento de órgãos/tecidos produzidos in vitro, aplicado à construção de órgãos/tecidos, visando à diminuição de tempo/custo de desenvolvimento de órgãos e/ou tecidos para transplante.

Uso de técnicas de funcionalização de matrizes (com fatores de crescimento, peptídeos, carga etc.), aplicadas à produção de órgãos/tecidos in vitro, visando ao transplante de órgãos e/ou tecidos.

Uso e desenvolvimento de biorreatores aplicados à maturação de órgãos in vitro, visando ao transplante de órgãos.

Tecnologias críticas

Uso de técnicas de escaneamento em 3D e processamento de imagens, aplicadas à fabricação personalizada de arcabouços para bioengenharia de órgãos/tecidos, visando a automatizar o processo de fabricação.

Uso de hardware de impressão 3D aplicado à construção de arcabouços para produção de órgãos/tecidos, visando ao transplante de órgãos e/ou tecidos.

Uso de hardware de bioimpressão 3D aplicado à construção de órgãos/tecidos, visando ao transplante de órgãos e/ou tecidos.

Uso de software de impressão 3D para projetar órgãos/tecidos aplicado à construção destes, visando ao seu transplante.

Uso de software de impressão 3D aplicado à construção de órgãos/tecidos, visando ao transplante destes.

Uso de polímeros funcionalizados com agentes terapêuticos, aplicados a arcabouços temporários ou curativos, visando a acelerar a regeneração tecidual.

Uso de técnicas de descelularização e recelularização aplicadas à produção de órgãos/tecidos in vitro, visando ao transplante destes.

(16)

16

Complexo Industrial da Saúde Medicina Regenerativa

5. Resultados para o grupo “tecnologias

de células-tronco para uso no processo de

desenvolvimento de fármacos”

A consulta estruturada relacionada ao grupo “tecnologias de células-tronco para uso no

processo de desenvolvimento de fármacos” refere-se à análise de 12 tecnologias

emer-gentes. O gráfico 7 apresenta a classificação das tecnologias emergentes investigadas

segundo os critérios metodológicos da ATS. Nota-se que todas as tecnologias

emergen-tes em tela foram consideradas relevanemergen-tes, sendo 75% consideradas relevanemergen-tes críticas

(perfazendo 9 tecnologias), e 25% consideradas relevantes prioritárias (perfazendo 3

tecnologias).

Gráfico 7 – Classificação do grupo

“tecnologias de células-tronco para uso no processo de desenvolvimento de fármacos”

Classificação das tecnologias Relevante prioritária Relevante crítica Total

Nº de tecnologias 3 9 12

Fonte: elaboração própria, com base nos resultados da consulta estruturada

O quadro 5 destaca as tecnologias relevantes (prioritárias e críticas) identificadas a partir

do resultado final da sistemática de avaliação.

(17)

Agenda Tecnológica Setorial – ATS Relatório Descritivo da Consulta Estruturada

17

Quadro 5 – Tecnologias consideradas relevantes no grupo

“tecnologias de células-tronco para uso no processo de desenvolvimento de fármacos”

Tecnologias prioritárias

Uso de células pluripotentes (hESCs e hiPSCs) obtidas em condições GLP, aplicadas à produção de células.

Uso de células-tronco de pluripotência induzida (hiPSC) aplicadas à produção de células diferenciadas personalizadas, visando à avaliação de resposta às drogas e à predição de diferentes doenças.

Desenvolvimento de ensaios celulares (cell-based assays) aplicados a células sensíveis a drogas/compostos, visando ao desenvolvimento e produção de novos fármacos e cosméticos.

Tecnologias críticas

Uso de tecnologia de cultivo em biorreatores instrumentados para produção em larga escala de células humanas diferenciadas a partir de células pluripotentes (hESCs e hiPSCs) obtidas em condições GLP, aplicada em ensaios toxicológicos e em high-throughput screening, visando à identificação e ao desenvolvimento de novas drogas. Uso de células-tronco de pluripotência induzida (hiPSC) aplicadas à produção de células diferenciadas de uma população, visando à caracterização de respostas populacionais a drogas e à identificação de predisposição a doenças. Uso de hardware de bioimpressão 3D aplicado à construção de órgãos/tecidos, visando à realização de testes de eficácia/toxicidade durante o desenvolvimento de novos fármacos.

Uso de hardware de impressão 3D aplicado à construção de arcabouços para produção de órgãos/tecidos, visando à realização de testes de eficácia/toxicidade durante o desenvolvimento de novos fármacos.

Uso de software de impressão 3D para projetar tecido/órgão, aplicado à construção de órgãos/tecidos, visando à realização de testes de eficácia/toxicidade durante o desenvolvimento de novos fármacos.

Uso de software de impressão 3D aplicado à construção de órgãos/tecidos, visando à realização de testes de eficácia/ toxicidade durante o desenvolvimento de novos fármacos.

Uso de chips contendo miniaturas de órgãos/tecidos humanos, aplicados em teste de drogas e diagnósticos, visando ao desenvolvimento de novos fármacos.

Uso de metodologias de edição de genoma (TALEN, ZFN, CRISPR/Cas) aplicadas a modificações genéticas em células humanas, visando à geração de modelos celulares para uso in vitro.

Uso de células-tronco de câncer aplicadas a ensaios celulares, visando ao desenvolvimento de novos fármacos. Fonte: elaboração própria, com base nos resultados da consulta estruturada

(18)

18

Complexo Industrial da Saúde Medicina Regenerativa

6. Resultados para o grupo

“tecnologias para terapia gênica”

A consulta estruturada relacionada ao grupo “tecnologias para terapia gênica” refere-se

à análise de 14 tecnologias emergentes. O gráfico 8 apresenta a classificação das

tec-nologias emergentes investigadas segundo os critérios metodológicos da ATS. Nota-se

que, das 14 tecnologias emergentes em tela, 22% foram consideradas não atrativas. Em

contrapartida, 78% das tecnologias investigadas foram consideradas relevantes, sendo

57% consideradas relevantes críticas, (perfazendo 8 tecnologias), e 21% consideradas

relevantes prioritárias (perfazendo 3 tecnologias).

Gráfico 8 – Classificação do grupo “tecnologias para terapia gênica”

Classificação das tecnologias Não atrativa Relevante prioritária Relevante crítica Total

Nº de tecnologias 3 3 8 14

Fonte: elaboração própria, com base nos resultados da consulta estruturada

O quadro 6 identifica as tecnologias que foram “descartadas” da análise por terem sido

consideradas não atrativas.

Quadro 6 – Tecnologias consideradas não relevantes no grupo “tecnologias para terapia gênica”

Tecnologias não atrativas

Uso de RNAs modificados aplicados à indução de expressão gênica, visando ao tratamento de doenças ou modulação de função celular.

Uso de metodologias alternativas de transfecção in vivo aplicadas à entrega de drogas ou ácidos nucleicos em sistemas celulares complexos, visando ao desenvolvimento de métodos mais seguros e eficazes para terapia gênica.

Uso de metodologias de edição de genoma (TALEN, ZFN, CRISPR/Cas) aplicadas a modificações genéticas em células humanas in vivo, visando ao tratamento de doenças genéticas.

Fonte: elaboração própria, com base nos resultados da consulta estruturada

O quadro 7 destaca as tecnologias relevantes (prioritárias e críticas) identificadas a partir

do resultado final da sistemática de avaliação.

(19)

Agenda Tecnológica Setorial – ATS Relatório Descritivo da Consulta Estruturada

19

Quadro 7 – Tecnologias consideradas relevantes no grupo “tecnologias para terapia gênica”

Tecnologias prioritárias

Uso de vetores virais e não virais aplicados à terapia gênica (in vivo e ex vivo), visando ao tratamento de doenças. Uso de técnicas de RNAi (shRNA e miRNA) aplicadas ao controle de expressão gênica, visando ao tratamento de doenças.

Uso de metodologias de edição de genoma (TALEN, ZFN, CRISPR/Cas) aplicadas a modificações genéticas em células animais, visando à geração de modelos animais de doenças para testes pré-clínicos.

Tecnologias críticas

Uso de vetores derivados de lentivírus, vírus adeno-associados e retrovírus aplicados à correção genética da célula-tronco (ex vivo), visando ao tratamento de doenças monogênicas, crônicas e degenerativas.

Uso de vetores virais e não virais aplicados à terapia gênica (in vivo e ex vivo), visando à vacinação gênica.

Uso de vetores adenovirais aplicados à terapia gênica in vivo, visando ao tratamento de câncer e vacinação gênica. Uso de tecnologia de cultivo em biorreatores instrumentados para produção em larga escala de vetores para uso clínico, em condições GMP, aplicada à terapia gênica, visando ao tratamento de doenças.

Uso de metodologias de edição de genoma (TALEN, ZFN, CRISPR/Cas) aplicadas a modificações genéticas em células humanas ex vivo, visando ao tratamento de doenças.

Uso de nanodispositivos carreadores aplicados ao transporte de vetores, microRNAs, shRNAs in vivo e ex vivo, visando à realização de terapias gênicas mais eficientes.

Uso de lipossomas catiônicos aplicados como sistemas de transporte e liberação de DNA e RNAs (microRNAs, siRNA e outros), in vivo e ex vivo, visando ao desenvolvimento da terapia gênica para tratamento de doenças.

Uso de dendrímeros aplicados como sistemas de transporte e liberação de DNA e RNAs (microRNAs, siRNA e outros), in

vivo e ex vivo, visando ao desenvolvimento da terapia gênica para tratamento de doenças.

(20)

20

Complexo Industrial da Saúde Medicina Regenerativa

7. Síntese

Nesta consulta estruturada da ATS de medicina regenerativa contemplando quatro

gru-pos de tecnologias emergentes, um conjunto de 50 respondentes, com forte

preponde-rância de doutores e de agentes de instituições de ensino e pesquisa, avaliaram 57

tec-nologias emergentes. Verifica-se que a maioria das tectec-nologias foram classificadas como

relevantes (88%). Dessas, 32 são críticas, o que aponta a necessidade de promoção de

esforços, no sentido de gerar as capacitações, tanto científicas e tecnológicas quanto

produtivas, para o desenvolvimento, produção e uso dessas tecnologias de forma

com-petitiva pela indústria nacional. As demais 18 tecnologias classificadas como relevantes

prioritárias estão presentes em todos os grupos tecnológicos analisados. Neste grupo,

haveria capacitações produtivas e em termos de estrutura científica para o

desenvolvi-mento, uso e produção de tecnologias relevantes para o horizonte de 15 anos.

Referências

Documentos relacionados

dois gestores, pelo fato deles serem os mais indicados para avaliarem administrativamente a articulação entre o ensino médio e a educação profissional, bem como a estruturação

Assim, o método dialético visa a apreensão da totalidade social que é, em si e para si, uma totalidade concreta, modo de ser das múltiplas determinações que imbricam o

Isso significa dizer que os números Miller e SAR são obtidos a partir da derivada da curva de Perda de Massa Acumulada das amostras com o tempo no ponto correspondente a

(2019) Pretendemos continuar a estudar esses dados com a coordenação de área de matemática da Secretaria Municipal de Educação e, estender a pesquisa aos estudantes do Ensino Médio

ajuizou AÇÃO CAUTELAR contra GLACIR GOMES, também qualificado nos autos, relatando que realizou reunião na sede da Secretaria de Saúde em 30 janeiro de 2014, tendo convidado

Cabimento de Habeas Corpus em Sede de Punições Disciplinares Militares LIRA, Nádja Karla Araújo dos Reis1 RESUMO O presente trabalho tem o condão de suscitar a possibilidade

Nesse âmbito, a jurisprudência tem posicionamento no sentido de que é possível o cabimento do habeas corpus para trancamento do inquérito policial e que não demande o exame

A partir do contexto abordado neste artigo, que teve como objetivo atualizar os dados fornecidos e elaborados no estudo de caso realizado no ano de 2006, intitulado