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Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Grândola

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Academic year: 2021

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Caderno II – Informação de Base

Elaborado por:

Março de 2009

Plano Municipal de Defesa da

Floresta Contra Incêndios de

(2)

F

ICHA TÉCNICA

Coordenação: Paulo do Carmo (Vereador do Pelouro da Protecção Civil da CMG)

Elaboração: Tânia Costa (Gabinete Técnico Florestal Grândola/Alcácer do Sal) Comissão Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios de Grândola

Colaboração: André Melrinho, António Rocha (AAG), Emídio Jesus Sobral (proprietário), Filomena Ruas (CMG), Francisco Chainho (CMG), Francisco Keil Amaral (AFN/NFAL), Gonçalo Santos (CMG), João Pedro Pereira (AFN), João Verde (AFN), José Luís Dias (SMPC), Luís Vital (CMG), Margarida Tereso (CMG), Nuno Guiomar (DGRF/CFS), Ricardo Campaniço (CMG), Rita Domingos (CMG).

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Índice Geral

Í

NDICE GERAL

1. Caracterização física ... 5

1.1. Enquadramento geográfico do concelho ... 5

1.2. Modelo Digital do Terreno ... 6

1.3. Declive ... 7

1.4. Exposição ... 8

1.5. Hidrografia ... 9

2. Caracterização climática ... 11

Irregularidade sazonal da precipitação ... 11

Variabilidade inter-anual da precipitação ... 12

Temperatura e a Humidade relativa ... 12

Ventos ... 13

3. Caracterização da população ... 14

3.1. População residente por censo e freguesia (1991/2001) e densidade populacional (2001) ... 14

3.2. Índice de envelhecimento (1991/2001) e sua evolução (1981-2001) ... 15

3.3. População por sector de actividade (2001) ... 16

3.4. Taxa de analfabetismo (1981/1991/2001) ... 17

4. Caracterização do uso do solo e de zonas especiais ... 19

4.1. Ocupação do solo ... 19

4.2. Povoamentos florestais... 21

4.3. Áreas protegidas, rede natura 2000 (zpe e zec) e regime florestal ... 22

4.4. Instrumentos de gestão florestal ... 24

4.5. Zonas de recreio florestal, caça e pesca ... 26

4.6. Romarias e festas ... 27

5. Análise do histórico e da causalidade dos incêndios florestais ... 29

5.1. Área ardida e ocorrências ... 29

5.1.1. Distribuição anual ... 29

5.1.2. Distribuição mensal ... 32

5.1.3. Distribuição semanal ... 33

5.1.4. Distribuição diária ... 34

5.1.5. Distribuição horária ... 36

5.2. Área ardida em espaços florestais ... 38

5.3. Área ardida e número de ocorrências por classes de extensão ... 38

5.4. Fontes de alerta ... 39 5.6. Grandes incêndios ... 41 Distribuição mensal ... 42 Distribuição semanal ... 43 Distribuição horária ... 43 6. Bibliografia ... 45 7. Glossário ... 46

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Índices de Tabelas e Figuras

Í

NDICE DE TABELAS

Tabela 1: Freguesias do concelho de Grândola. Tabela 2: Ocupação do solo do concelho de Grândola.

Tabela 3: Distribuição das espécies florestais pelo concelho de Grândola. Tabela 4: Romarias e festas do concelho de Grândola.

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Índices de Tabelas e Figuras

Í

NDICE DE FIGURAS

Figura 1: Mapa do enquadramento geográfico do concelho de Grândola. Figura 2: Mapa hipsométrico do concelho de Grândola.

Figura 3: Mapa de declives do concelho de Grândola. Figura 4: Mapa de exposições do concelho de Grândola. Figura 5: Mapa hidrográfico do concelho de Grândola.

Figura 6: População residente por censo e freguesia (1991/2001) e densidade populacional (2001).

Figura 7: Índice de envelhecimento (1991/2001) e sua evolução (1981-2001). Figura 8: População por sector de actividade (2001).

Figura 9: Taxa de analfabetismo (1981/1991/2001). Figura 10: Ocupação do solo no concelho de Grândola.

Figura 12: Distribuição das áreas protegidas e Rede Natura 2000 do concelho de Grândola. Figura 13: Instrumentos de gestão florestal do concelho de Grândola.

Figura 14: Zonas de recreio florestal, caça e pesca do concelho de Grândola. Figura 15. Mapa das áreas ardidas do concelho de Grândola (1990-2008).

Figura 16. Distribuição anual da área ardida e número de ocorrências (1995-2005). Figura 17. Distribuição anual da área ardida e do n.º de ocorrências em 2006 e média no

quinquénio 2001-2005, por freguesia.

Figura 18. Distribuição mensal da área ardida e do número de ocorrências em 2006 e média 1995-2005.

Figura 19. Distribuição semanal da área ardida e do número de ocorrências para 2005 e média de 1995 – 2005.

Figura 20. Distribuição dos valores diários acumulados da área ardida e do número de ocorrências (1995-2005).

Figura 21. Distribuição horária da área ardida e número de ocorrências (1995-2005). Figura 22. Distribuição da área ardida por tipo de coberto vegetal (2001-2005).

Figura 23. Distribuição da área ardida e número de ocorrências por classes de extensão (1995-2005).

Figura 24. Distribuição do número de ocorrências por fonte de alerta em 2005.

Figura 25. Distribuição do número de ocorrências por fonte e hora de alerta (2001-2005). Figura 26. Áreas ardidas dos Grandes Incêndios do concelho de Grândola (1990-2008). Figura 27. Distribuição anual da área ardida e n.º de ocorrências de grandes incêndios. Figura 28. Distribuição mensal da área ardida e n.º de ocorrências de grandes incêndios. Figura 30.Distribuição horária da área ardida e n.º de ocorrências de grandes incêndios.

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Acrónimos

A

CRÓNIMOS

AFN – Autoridade Florestal Nacional

AFOCELCA – Agrupamento Complementar de Empresas, constituído pelo Grupo Portucel Soporcel, Celbi e Celulose do Caima para a prevenção e combate dos incêndios florestais

AMLA – Associação de Municípios do Alentejo Litoral ANPC – Autoridade Nacional para a Protecção Civil

ANSUB – Associação de produtores Florestais do Vale do Sado BVG – Bombeiros Voluntários de Grândola

CDOS – Centro Distrital de Operações de Socorro COS90 – Carta de Ocupação do Solo de 1990

CMDFCI – Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios CMG – Câmara Municipal de Grândola

CNOS – Centro Nacional de Operações de Socorro DFCI – Defesa da Floresta Contra Incêndios FGC – Faixas de Gestão de Combustível FIC – Faixas de Interrupção de Combustível FRC – Faixas de Redução de Combustível GNR – Guarda Nacional Republicana GTF – Gabinete Técnico Florestal

ICNB – Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade IGP – Instituto Geográfico Português

INE – Instituto Nacional de Estatística NFFL – Northern Forest Fire Laboratory NUT – Nomenclatura de Unidade Territorial POM – Plano Operacional Municipal

PMDFCI – Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios PNDFCI – Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios PDM – Plano Director Municipal

PROFAL – Plano Regional de Ordenamento Florestal do Alentejo Litoral RDFCI – Rede Regional da Defesa da Floresta Contra Incêndios RFCN – Rede Fundamental de Conservação de Natureza RNES – Reserva Natural do Estuário do Sado

RAN – Reserva Agrícola Nacional REN – Reserva Ecológica Nacional

SEPNA – Serviço Especial de Protecção da Natureza SMPC – Serviço Municipal de Protecção Civil

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Caracterização física

1. Caracterização física

1.1. ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO DO CONCELHO

O concelho de Grândola situa-se na região Sul do País, distrito de Setúbal e ocupa uma área aproximadamente de 80 768 ha. Faz fronteira com os concelhos de Alcácer do Sal (a Norte), Ferreira do Alentejo (a Este), Santiago do Cacém (a Sul), a Oeste apresenta uma longa faixa costeira e, a Noroeste, o Estuário do Sado separa-o do município de Setúbal.

Figura 1: Mapa do enquadramento geográfico do concelho de Grândola.

Está organizado administrativamente em 5 freguesias (Tabela 1) que se apresentam na Figura 1.

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Caracterização física

Tabela 1: Freguesias do concelho de Grândola.

Freguesia Área (ha)

Carvalhal 6.383,22

Grândola 36.387,54

Melides 15.514,97

Azinheira de Barros e São Mamede do Sádão 17.247,33 Santa Margarida da Serra 5.235,38

TOTAL 80.768,44

Relativamente à Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins estatísticos, enquadra-se no Alentejo (NUT II), Alentejo Litoral (NUT II). Pertence à área de abrangência da Direcção Regional das Florestas do Alentejo da Autoridade Florestal Nacional (AFN) e insere-se na Unidade de Gestão Florestal do Alentejo Litoral (UGFAL).

1.2. MODELO DIGITAL DO TERRENO

Com uma altitude média de 95 metros, o concelho de Grândola tem a sua cota máxima nos 325 metros, a Sul, na zona da Serra de Grândola, e a sua cota mínima ao nível do mar, a Este, junto ao rio Sado, e ao longo dos 45Km da faixa litoral (Figura 2).

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Caracterização física

Enquanto nas freguesias mais a Norte do concelho a altitude varia de forma gradual, nas freguesias mais a Sul, a variação de altitude é muitas vezes abrupta, levando a que os incêndios subam rapidamente as encostas, auxiliados frequentemente pelo efeito chaminé que se faz sentir junto às linhas de água, providas de uma rede viária florestal insuficiente e sem manutenção, ou, muitas vezes inexistente, factores que muito contribuem para dificultar o combate e originar incêndios de grandes proporções.

1.3. DECLIVE

A nível da totalidade do concelho de Grândola, o declive médio ronda os 3 graus, contudo, na porção mais a Sul, os declives são maioritariamente superiores a 20 graus e em muitas zonas

superiores a 30-40 graus, como se observa pela figura 3.

Figura 3: Mapa de declives do concelho de Grândola.

A porção do concelho mais declivosa, a zona da Serra de Grândola, é a que apresenta uma maior ocupação florestal, menos compartimentada pelos espaços agrícolas e sociais, o que leva

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Caracterização física

porque, na maioria dos casos, as linhas de cumeada não se encontram desprovidas de vegetação. Assim, os incêndios nesta zona podem percorrer grandes extensões antes de serem extintos, sendo necessário recorrer a procedimentos de combate indirecto para travar as chamas.

Por outro lado, as operações de silvicultura preventiva que aí tenham de ser realizadas, sejam

em grande número, em vastas áreas e com maior frequência, e sejam mais onerosas, pois a

sua execução é muito dificultada pelo declive e pela grande densidade das espécies arbóreas e arbustivas.

Essa realidade cada vez ficará mais patente com a construção da Rede Primária de Defesa da Floresta Contra Incêndios, a qual, no Concelho de Grândola, apesar de ainda não ter sido iniciada, se estima irá apresentar numa próxima revisão do Plano Municipal uma percentagem de execução significativa.

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Caracterização física

Pela observação da figura 4, é fácil constatar que as áreas sem qualquer exposição são quase exclusivas do Norte do concelho, onde a orografia do terreno é mais regular. A Sul, onde o relevo é mais acidentado, com zonas de serra declivosas e vales cavados, verifica-se uma grande variabilidade de exposições, sendo possível encontrar diversas encostas viradas a Norte, com solos mais profundos e logo, com maior densidade de ocupação vegetal.

São igualmente frequentes as encostas viradas a Sul, com solos menos produtivos e menor volume de combustíveis, mas com espécies de grande inflamabilidade, como o sargaço e a esteva, que apresentam níveis de humidade muito baixos, facilitando a propagação dos incêndios.

1.5. HIDROGRAFIA

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Caracterização física

O concelho de Grândola possui uma rede hidrográfica extensa, fruto de estar integrado na bacia hidrográfica do Rio Sado e tem como principais afluentes as Ribeiras de Grândola e Melides (Figura 5).

Esta rede hidrográfica representa uma maior disponibilidade hídrica para as várias espécies vegetais, originando grandes crescimentos da vegetação espontânea junto dos cursos de água, e consequentemente corredores de combustível que facilitam a progressão rápida no terreno, tornando mais difícil o combate aos incêndios florestais. Isto pode originar situações perigosas no combate, principalmente em zonas declivosas, pois nestas faixas de combustível junto às linhas de água é comum fazer-se sentir o efeito chaminé, responsável por avanços súbitos na cabeça do fogo, que por vezes contornam e circundam os meios de combate, com graves consequências. Assim, é de extrema importância ser feita uma gestão regular dos combustíveis nestas faixas junto às linhas de água.

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Caracterização climática

2. Caracterização climática

O estudo do clima da região baseou-se nos dados recolhidos nas seguintes estações meteorológicas e postos udométricos: Grândola, Azinheira de Barros, Montevil, Comporta, Moinhola, Pego do Altar Torrão e Vale do Gaio.

Os dados utilizados (1951-1980) foram retirados de um estudo integrado no Programa de Desenvolvimento Agrícola Regional datado de 1990, cujo objectivo primordial era a caracterização técnico-económica das actividades e sistemas agrícolas da região. A ausência de dados mais recentes será colmatada numa próxima revisão do Plano Municipal, onde se incluirão todos os gráficos associados e descritos no Guia Metodológico de apoio à elaboração do PMDFCI.

A característica mais saliente do clima regional é a nítida influência mediterrânica, traduzida por um Verão pronunciado e seco e um Inverno relativamente ameno. A duração média da estação seca permite estabelecer a tendência que é observável na regiãoParticularmente em Setúbal, a sua situação litoral define uma estação seca mais reduzida (pouco mais de cinco meses).

IRREGULARIDADE SAZONAL DA PRECIPITAÇÃO

Relativamente aos dados de precipitação, verificou-se a concentração da precipitação nos meses de Inverno, resultando em frequentes períodos de excesso de água no solo, por um lado, e sublinhando a particular importância do solo como reservatório de água no período seco, por outro.

Em qualquer das estações meteorológicas, a precipitação ocorrida no Outono e Inverno representa cerca de 80% do total da precipitação total anual. A precipitação da Primavera é inferior a 20%, o que é escasso, tendo em conta que a precipitação do mês de Março nela está incluída. O Verão é representado por uma precipitação de 5%.

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Caracterização climática

VARIABILIDADE INTER-ANUAL DA PRECIPITAÇÃO

Outra característica saliente do clima mediterrânico verificada na região é a variabilidade inter-anual da precipitação. Quer a precipitação inter-anual quer a mensal apresentam uma grande variabilidade de ano para ano, com extremos acentuados. Para qualquer das estações observadas, é de notar a grande irregularidade e a ausência de padrão na sequência inter-anual da precipitação.

É de salientar ainda que, ao contrário do que muitas vezes é referido, a frequência de precipitações anuais superiores à média é maior do que a de precipitações inferiores. A proximidade geográfica das duas localidades, embora permitindo reflectir diferenças na quantidade total de precipitação ocorrida (maior no litoral do que no interior), explica a mesma tendência de comportamento, isto é, os anos de precipitações superiores à média são geralmente comuns a todas as estações.

TEMPERATURA E A HUMIDADE RELATIVA

À medida que o afastamento do oceano vai aumentando, esboçam-se características crescentes de continentalidade. A amplitude térmica anual vai aumentando, o que resulta em Invernos menos suaves e Verões mais quentes. A influência atlântica, traduzida numa precipitação anual mais elevada, particularmente nos meses de Outono e Inverno, é aqui bem patente onde as maiores precipitações ocorrem no litoral. Por outro lado, a relação entre a temperatura e a precipitação ou humidade relativa do ar, indiciam uma situação hídrica cada vez menos favorável à medida que a distância para o litoral vai aumentando. Ressalta-se ainda o decréscimo acentuado da precipitação entre o mês de Março e Abril, determinando o inicio da estação seca e decréscimos acentuados da temperatura entre Setembro-Outubro e Outubro-Novembro. Os valores da humidade relativa do ar são mais elevados para as estações de Setúbal e Grândola, reflectindo a maior influência atlântica nestas localidades.

Com base na classificação climática de Thornthwaite, confirmam-se os indícios sugeridos pela

análise isolada dos elementos climáticos determinantes e distinguem-se duas zonas com características climáticas diferentes:

a) a quase totalidade do concelho de Grândola (fica excluída a região nordeste do

concelho) com um clima do tipo sub-húmido chuvoso, mesotérmico, com grande deficiência de água no Verão, grande excesso de água no Inverno e nula ou pequena concentração da eficiência térmica.

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Caracterização climática

b) o nordeste do concelho de Grândola apresenta um clima do tipo sub-humido

chuvoso, mesotérmico, com grande deficiência de água no verão, moderado excesso de água no inverno e nula ou pequena concentração da eficiência térmica.

VENTOS

Apesar de não terem sido incluídos quaisquer dados relativos aos incêndios, importa referir o papel importante que o vento desempenha na disseminação do fogo e na criação de múltiplas frentes de chama, o que poderá dificultar bastante a acção das forças de combate.

Tem um papel importante também por ser responsável pela dessecação dos combustíveis, levando a que, ainda que as temperaturas não sejam elevadas e os níveis de humidade relativa do ar sejam moderados, os combustíveis possam apresentar baixos teores em humidade, visto que o ar em movimento junto à parte aérea das plantas promove a evaporação da água nos tecidos das mesmas.

Para o período de 1967/1980, os dados encontrados no documento acima referido, da velocidade média do vento não variam muito ao longo do ano, mas é por norma superior nos meses mais quentes, tendo o seu pico nos meses de Maio (8,3 Km/h), Junho (7,9 Km/h) e Agosto (8,1 Km/h). De um modo geral, estes valores são relativamente baixos quando comparados com outros concelhos mais a Norte do País, onde os valores médios podem rondar os 20-30 Km/h.

Ainda assim, e em termos DFCI para o concelho de Grândola, esta realidade é algo desvantajosa, pois existem em média ventos mais fortes no período em que se verifica uma maior probabilidade de ocorrência de incêndios, pelo que diminuem de modo mais intenso a humidade dos combustíveis e contribuem mais para a propagação das chamas. Mais grave ainda quando se geram correntes de ventos locais, nos grandes incêndios, afectando a progressão das chamas.

Relativamente à orientação das chamas e segundo o SMPC, o rumo mais frequente em termos médios anuais é o rumo Noroeste, seguido do Oeste.

Durante a época estival, os ventos provenientes de leste tendem a ser bastante quentes e secos, o que favorece a ocorrência de incêndios, que se poderão tornar complicados em algumas zonas declivosas como é a de Santa Margarida da Serra. Nestas condições climáticas, torna-se imperativo cuidados acrescidos na vigilância e prevenção dos incêndios.

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Caracterização da população

3. Caracterização da população

3.1. POPULAÇÃO RESIDENTE POR CENSO E FREGUESIA (1991/2001) E

DENSIDADE POPULACIONAL (2001)

De acordo com os dados apurados nos Censos de 2001, pelo Instituto nacional de Estatística (INE), e que se apresentam na Figura 6, a população está distribuída pelas cinco freguesias do

Município (Figura 6), apresentando uma densidade populacional muito baixa (18 hab/Km2)

comparativamente ao valor nacional (112 hab/Km2).

Figura 6: População residente por censo e freguesia (1991/2001) e densidade populacional (2001).

Mais de metade dos habitantes de Grândola reside na sede do concelho, 30% encontra-se a morar nas diversas aldeias existentes, sendo que a freguesia de Melides é o segundo aglomerado mais populoso do concelho (12%).

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Caracterização da população

Nas últimas duas décadas, Grândola assistiu a uma redução da sua população, embora o ritmo de decréscimo tenha abrandado quando comparado com 2006, em que a população totalizava

os 17 hab/km2.

A análise por freguesias permite observar a assimetria entre as freguesias mais “urbanas” e as mais “rurais”. De facto, são as freguesias de Azinheira de Barros e Melides em que a população mais decresceu na última década, por oposição às freguesias de Carvalhal e Grândola. Este fenómeno permite corroborar a tendência de desertificação e de envelhecimento das zonas mais rurais (territórios de repulsão) e de concentração populacional no núcleo principal do concelho – a vila de Grândola (território de atracção).

3.2. ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO (1991/2001) E SUA EVOLUÇÃO

(1981-2001)

Figura 7: Índice de envelhecimento (1991/2001) e sua evolução (1981-2001).

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Caracterização da população

Alentejo Litoral (embora aqui a diferença não seja tão acentuada). Isto, porque se, em 1991, por cada 100 jovens existiam 72 idosos em Portugal e 97,7 no Alentejo Litoral, em Grândola, existiam 118. De igual modo, em 2001, verifica-se que o índice de envelhecimento aumentou nos três níveis de análise mas o valor mais elevado regista-se em Grândola, com 200 idosos por cada 100 jovens, enquanto no Alentejo Litoral existiam 171 e no país apenas 104.

A estrutura da população apresenta diferenças territoriais, quando observamos as cinco freguesias do concelho (Figura 7). Santa Margarida da Serra apresenta-se como a freguesia mais envelhecida com um índice de envelhecimento de 412, não se encontrando valores semelhantes nas restantes, que rondam os 117%. Carvalhal, pelo contrário, apresenta-se como a mais jovem (39%), com um maior peso dos jovens em detrimento dos idosos.

3.3. POPULAÇÃO POR SECTOR DE ACTIVIDADE (2001)

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Caracterização da população

A estrutura económica do Concelho de Grândola mostra-se, a partir de 1991, mais relacionada com o sector terciário, ocupando cerca de 53,2% da população. Este valor vê-se acrescido em 2001, tornando-se o maior empregador com 57,07% (Figura 8).

O sector primário, por seu turno, que ocupava em 1991, cerca de 23% da população, foi ao longo dos últimos vinte anos perdendo importância, passando a ocupar 11% da população empregada. Ao nível do sector secundário, verificou-se uma perda de importância de uma forma extremamente lenta entre 1991 e 2001, rondando os 22% da população.

3.4. TAXA DE ANALFABETISMO (1981/1991/2001)

A taxa de analfabetismo em 2001 no concelho de Grândola apresenta valores bastante superiores (20,7%) ao do valor nacional (9%). Em termos evolutivos houve um decréscimo de 7% para um período de 10 anos, evidenciando uma tendência de decréscimo de analfabetismo (Figura 9).

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Caracterização da população

Este indicador que corrobora o défice educacional da população do concelho é mais elevado na freguesia de Melides (25%) comparativamente com a freguesia de Grândola (20,3%) e com a de Azinheira de Barros (23,1%). Verifica-se um decréscimo global ao nível das cinco freguesias nas duas últimas décadas, realçando-se a freguesia de Santa Margarida da Serra onde se registou uma passagem de 43,6% para 22%. O valor mais baixo, ainda assim é o da freguesia do Carvalhal, onde o valor ronda os 16,7%.

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Caracterização do Uso do solo e de Zonas Especiais

4. Caracterização do uso do solo e de zonas

especiais

Para a elaboração desta Cartografia, foi necessário actualizar a Carta de Ocupação do Solo de 1990 (COS90) usada anteriormente no Plano Operacional Municipal de 2008. Por ser a base de grande parte da cartografia temática deste plano, utilizou-se, paralelamente à COS90, a cartografia cedida pela Associação de Municípios do Alentejo Litoral (AMLA) e validada no terreno por uma empresa contratada. Por se ter utilizado uma legenda distinta da AMLA, a validação desta informação esteve sujeita também ao uso dos orto-fotomapas do Instituto Geográfico Português (IGP) datados de 2005 através de foto-interpretação. É ainda de salientar que o IGP terá concluído em Setembro de 2009 informação actualizada da COS90, a partir da foto-interpretação dos orto-fotomapas de 2007, pelo que essa cartografia será incluída na próxima revisão do Plano Municipal.

4.1. OCUPAÇÃO DO SOLO

Através da análise dos dados da tabela 2 e da figura 10, verifica-se que ao nível concelhio, predomina o uso florestal (70,5%), seguido do uso agrícola (21,6%). As representatividades dos outros usos do solo situam-se nos 5,3% no caso dos incultos, 1,3% nos improdutivos, 0,78% para as áreas sociais e no caso das superfícies aquáticas apenas 0.4%.

Tabela 2: Ocupação do solo do concelho de Grândola.

Freguesias

Ocupação do Solo (ha)

Áreas sociais Agricultura Floresta Improdutivos Incultos Superfícies aquáticas Carvalhal 251 561 3.977 691 708 191 Melides 62 2.656 11.672 303 772 50 Azinheira de Barros 49 4.691 10.922 63 1.440 70 Grândola 280 9.100 25.616 19 1.318 53 Stª Margarida da Serra 1 667 4.465 0 102 0 TOTAL 643 17.675 57.728 1.076 4.340 364

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Caracterização do Uso do solo e de Zonas Especiais

Figura 10: Ocupação do solo no concelho de Grândola.

Observa-se ainda que é na freguesia de Grândola onde se centra a maior área florestal do concelho com 25.616 ha (44,4 %), bem como a maior área agrícola, com 9.100 ha (51,5 %). As classes dos improdutivos, incultos e áreas sociais centram-se, com maior área no concelho, nas freguesias de Carvalhal, Melides e Grândola, respectivamente. Por outro lado, a maior área de ocupação das superfícies aquáticas regista-se na freguesia do Carvalhal.

Em termos de DFCI, a maior preocupação no Município de Grândola centra-se nos matos, incluídos na classe dos incultos, em freguesias onde o pastoreio não se faz sentir como ferramenta de gestão de combustíveis. Esta classe de uso ocupa uma fatia importante na freguesia da Azinheira de Barros (9.3%), não sendo, contudo, preocupante por se sentir a presença de algum gado ovino na zona. É na freguesia de Santa Margarida da Serra onde se sente maior inquietação na presença de matos, ainda que sob-coberto, pelos elevados declives que a Serra de Grândola apresenta.

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Caracterização do Uso do solo e de Zonas Especiais

4.2. POVOAMENTOS FLORESTAIS

No que respeita aos povoamentos florestais, observa-se na tabela 3 uma notória predominância do sobreiro (27,2%), logo seguido do pinheiro manso (21,9%), pinheiro bravo (13,3%), eucalipto (5,9%) e azinheira com apenas 2,3%.

Figura 11: Distribuição de povoamentos florestais do concelho Grândola

Observa-se ainda que o sobreiro corresponde à principal espécie florestal em todas as freguesias do concelho (exceptuando-se à do Carvalhal e Melides) atingindo o máximo na freguesia de Grândola com 10.690 ha. A segunda espécie florestal, o pinheiro manso, distribui-se também maioritariamente pela freguesia de Grândola com 7.853 ha. Verifica-distribui-se ainda que na freguesia de Santa Margarida da Serra a quase totalidade do uso florestal se centra com o sobreiro na Serra de Grândola (Figura 11).

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Caracterização do Uso do solo e de Zonas Especiais

Tabela 3: Distribuição das espécies florestais pelo concelho de Grândola.

Freguesias

Área florestal

(ha)

Área ocupada por povoamento florestal (ha) Sobreiro Pinheiro

manso

Pinheiro

bravo Azinheira Eucalipto

Carvalhal 3.970 2 650 3.098 0 220 Melides 11.672 2.064 4.759 2.771 0 2.078 Azinheira de Barros 10.862 4.930 3.929 558 421 1.025 Grândola 25.531 10.690 7.853 4.285 1.211 1.492 Stª Margarida da Serra 4.465 4.267 6 0 191 1 TOTAL 56.499 21.952 17.196 10.712 1.822 4.816

Em termos DFCI, as grandes acumulações de combustível existentes na faixa litoral do concelho, correspondentes aos povoamentos mistos ou puros de pinheiro bravo e eucalipto, terão de ser alvo de medidas mitigadoras de redução da perigosidade e risco de incêndio através do cumprimento das directivas de prevenção de incêndios.

4.3. ÁREAS PROTEGIDAS, REDE NATURA 2000 (ZPE E ZEC) E REGIME

FLORESTAL

No município de Grândola encontram-se as seguintes figuras pertencentes à Rede Fundamental de Conservação de Natureza (RFCN), de acordo com a Resolução do Conselho de Ministros n.º 152/2001, de 11 de Outubro (Figura 12):

 uma Área Protegida de âmbito nacional a Reserva Natural do Estuário do Sado (RNES) com cerca de 695 ha (criada ao abrigo do Decreto-Lei n.º 430/80, de 1 de Outubro);

 três figuras pertencentes à Rede Natura 2000:

dois sítios da lista nacional de sítios, o Sítio Estuário do Sado com cerca

1 184 ha, e Comporta/Galé com 5 713 ha (criados ao abrigo da Resolução do Conselho de Ministros n.º 142/97 de 28 de Agosto);

uma Zona de Protecção Especial Estuário do Sado com 325 ha

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Caracterização do Uso do solo e de Zonas Especiais

A RNES apresenta na sua área de influência, uma multiplicidade de unidades de vegetação que correspondem a formações distintas do ponto de vista da sua estrutura, composição florística e ecologia.

Figura 12: Distribuição das áreas protegidas e Rede Natura 2000 do concelho de Grândola.

A unidade de vegetação “vegetação de praia e de dunas activas litorais” inclui habitats naturais

prioritários (protegidos pela Directiva Habitats), dos quais se salienta o de zimbrais de Juniperus

turbinata, frequentemente em mosaico com pinhais. Por outro lado, a unidade “vegetação de

dunas interiores” inclui matos xerofílicos com zimbrais de Juniperus navicularis, urzais-tojais e

urzais-estevais mediterrânicos não litorais (charnecas secas europeias). Na RNES esta unidade surge em duas situações distintas: na península de Tróia ocorre em manchas extensas, como revestimento único do solo ou em mosaico com sabinais ou com pinhais, sempre em posição dominante, e na restante área a sul do Sado surge em mosaico com pinhais, constituindo o sub-coberto destas formações.

O sapal, outra unidade de vegetação com elevado valor de conservação, ocupa extensas áreas no estuário do Sado, como área de reprodução ou refúgio para núcleos populacionais muito significativos de espécies ameaçadas, conferindo importância nacional e internacional à

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Caracterização do Uso do solo e de Zonas Especiais

Outra unidade de vegetação com estatuto de conservação elevado é a vegetação palustre, de solos turfosos ou hidromórficos, com dimensões muito pequenas. Correspondem a mosaicos de vegetação arbustiva e herbácea baixa de turfeiras. Estes habitats, caracterizam-se por uma baixa resposta ao fogo, tornando-se assim em habitats prioritários na sua defesa contra incêndios.

É importante sublinhar a existência de espécies adaptadas ao fogo com uma capacidade de propagação elevada, característica biofísica que lhes é inerente e que se traduz num aumento

da resposta vegetativa. Esta característica adaptativa é observada, por exemplo, no Juniperus

turbinata, enquanto que, não o é numa espécie tão próxima como o Juniperus navicularis. Na realidade, esta última espécie é muito afectada por limpezas de mato e incêndios, podendo estas perturbações causar a sua extinção local.

Relativamente às Zonas de Maior Risco de Incêndio na RNES, há que salientar que apenas em parte da sua área, o fogo é uma vulnerabilidade relevante na Reserva, essencialmente na zona florestal. Em parte considerável da área protegida este risco é considerado nulo, tendo em conta a sua natureza de zona húmida, pese embora o seu elevado valor conservacionista. A Serra de Grândola, apesar de não estar enquadrada em nenhum instrumento da RFCN, forma um ecossistema cuja prioridade será a sua preservação, pelas grandes manchas de vegetação arbustiva aliado ao maior sobreiral existente no país. A predominância de matos, nesta área, representa, mais uma vez, uma preocupação, pela elevada carga de combustível que comporta e a grande inflamabilidade das espécies presentes.

A Herdade da Nogueira, apresentada na Figura 12, encontra-se sob gestão directa da AFN, mas não pertence ao Regime Florestal pelo que não será incluída na cartografia.

O mapa (Figura 12) identifica estas áreas consideradas prioritárias ao nível da DFCI, devido às suas características, sendo que qualquer intervenção a preconizar deverá ser articulada com as entidades responsáveis pelas mesmas.

4.4. INSTRUMENTOS DE GESTÃO FLORESTAL

Segundo o Plano Regional de Ordenamento Florestal do Alentejo Litoral (PROFAL), o território do município divide-se em 4 sub-regiões homogéneas – Pinhais do Alentejo Litoral, Serras de

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Caracterização do Uso do solo e de Zonas Especiais

a unidades territoriais homogeneizadas pelas funções dos espaços florestais e suas características (Figura 13). São aplicadas normas de intervenção generalizada a cada sub-região e normas de intervenção específica a zonas determinadas pela sua especificidade. Definem-se ainda as espécies florestais e correspondentes modelos de silvicultura a incentivar e privilegiar para cada sub-região do território.

Figura 13: Instrumentos de gestão florestal do concelho de Grândola.

Nos Pinhais do Alentejo Litoral, encontramos manchas contínuas de pinhal manso que se estendem até ao concelho de Alcácer do Sal, e de pinhal bravo, ao longo da faixa litoral e norte do concelho. A sub-região “Serras de Grândola e do Cercal”, é ocupada sobretudo por um extenso sobreiral com alguns problemas ao nível do abandono florestal que se vai traduzindo no aumento de combustível vegetal, e ao nível da ausência de caminhos florestais operacionais, tornando-a numa área crítica a defender. Na sub-região “Terras do Alto Sado”, encontram-se algumas manchas de eucalipto, pertencentes à AFOCELCA, mas maioritariamente de azinheira e sobreiro, em povoamentos puros ou mistos. Por último, na sub-região “Estuário e Vale do Baixo Sado”, encontramos a Reserva Botânica das Dunas de Tróia, cuja flora herbácea e arbustiva tem um papel importante na fixação das areias, e povoamentos de pinheiro bravo e manso.

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Caracterização do Uso do solo e de Zonas Especiais

No Município de Grândola encontra-se aprovado pela Autoridade Florestal Nacional um Plano de Gestão Florestal, o da Herdade do Azinhal. Trata-se de uma exploração onde o montado de sobro, puro ou associado à azinheira e eucalipto, reflecte a realidade do concelho. Pretende implementar modelos de gestão que permitam maximizar o rendimento da exploração de um modo sustentável, através da preservação de actividades como a extracção da cortiça, a pecuária extensiva, através do aumento do efectivo pecuário ovino existente e ainda através da exploração de suínos. Este documento estabelece um conjunto de infra-estruturas florestais, designadas por rede de defesa da floresta contra incêndios (RDFCI). Com 8 Unidades Operacionais de Gestão (UOG), este PGF assegura uma gestão do risco de incêndio florestal e do risco fitossanitário, bem como a sustentabilidade dos povoamentos florestais.

4.5. ZONAS DE RECREIO FLORESTAL, CAÇA E PESCA

Através da análise da figura 14, podemos verificar que grande parte do território de Grândola (68,7%) se encontra preenchido por zonas de caça. As associativas com uma área de 33.133 ha preenchem 41% do território, seguindo-se as turísticas com 19.661 ha (24,3%) e por fim, as municipais com uma área de 2.748 ha, correspondentes a 3,4% do território municipal. Fica assim excluída a faixa litoral do concelho, onde está previsto, planeado e parcialmente executado o desenvolvimento de complexos turísticos.

Fica assim por ordenar cinegeticamente cerca de 38 872ha, correspondentes a 26,5% do território de Grândola.

O mapa (Figura 14) mostra-nos também a ausência de zonas de recreio florestal, que serão posteriormente inventariadas e integradas nas infra-estruturas municipais quando da implementação do PMDFCI. Apesar da ausência de parques de merendas, foram incluídos na figura os dois parques de campismo do concelho, o de Melides e o da Galé, situados na freguesia de Melides. Estes encontram-se, por norma, geridos, sendo o fogo usado para a confecção de alimentos apenas em grelhadores fixos de cimento/tijolo preparados para o efeito. Relativamente à pesca no concelho de Grândola, serão posteriormente inventariados os cursos de água com aptidão para a pesca de ciprinídeos, as zonas de pesca reservada, e desportiva.

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Caracterização do Uso do solo e de Zonas Especiais

Figura 14: Zonas de recreio florestal, caça e pesca do concelho de Grândola.

Em termos DFCI, estas actividades poderão promover o risco de incêndio, pelo que serão alvo de acções de sensibilização.

4.6. ROMARIAS E FESTAS

As festas e romarias distribuem-se pelo ano inteiro, focando-se maioritariamente no mês de Agosto. Como se pode observar pela Tabela 4, o uso de foguetes não é grandemente usado fora dos aglomerados populacionais, pelo que o risco associado será mínimo no concelho de Grândola.

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Caracterização do Uso do solo e de Zonas Especiais

Tabela 4: Romarias e festas do concelho de Grândola.

Mês de

Realização Início/Fim Data de Freguesia (s) Lugar Designação Observações

Janeiro

Fevereiro Carnaval Grândola Grândola

Desfile de carnavel das escolas 09 Grândola Grândola 4º Troféu agility Março 8 Grândola Grândola

Dia Internacional Mulher Grândola Grândola Fórum Juventude Abril

25 todas Grândola 25 Abril Foguetes Maratona das

Bicicletas

Maio 2ª quinzena Grândola Grândola Romaria Nossa Srª Penha Foguetes Junho

5 Grândola Grândola Dia Mundial Criança 13 Grândola Lousal Festas S. João

todas Jogos Tradicionais Julho Grândola Grândola Animação de Verão

Agosto

fim-de-semana Grândola Melides Festa N. Srª Rosário Carvalhal Feira Carvalhal Canal Caveira Festa do Canal Caveira Grândola Dia Internacional Juventude Az. Barros Az. Barros Festa N. Srª Conceição 23 a 27 Grândola Grândola Feira Anual Setembro Melides Queimada Festa de verão Outubro 20 a 24 Todas Dia do Concelho Novembro 3º fim-de-semana Melides Melides Feira anual Dezembro 31/1 todas Passagem de ano

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Análise do histórico e da causalidade dos incêndios florestais

5. Análise do histórico e da causalidade dos

incêndios florestais

5.1. ÁREA ARDIDA E OCORRÊNCIAS

5.1.1. Distribuição anual

Na figura 15 são apresentadas as áreas ardidas por ano e por freguesias, de 1990 a 2008. Através da análise destes dados pode comprovar-se que o município de Grândola não é grandemente afectado pelos incêndios florestais como são muitos dos concelhos do nosso país, quer a nível de área ardida quer a nível do número de ocorrências.

Figura 15. Mapa das áreas ardidas do concelho de Grândola (1990-2008).

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Análise do histórico e da causalidade dos incêndios florestais

de ocorrências para o município de Grândola, apesar da área ardida não ter tido a mesma evolução.

Apesar de ter sido considerado, segundo o Instituto de Meteorologia, um ano "extremamente seco" com um Verão muito chuvoso e temperaturas médias do ar abaixo do normal, no ano de 2007 registou-se um incêndio com cerca de 30,15 ha na zona das Fontainhas. O ano de 2008 foi-lhe muito semelhante, apenas tendo-se registado um incêndio com 22,2 ha (Fonte: SEPNA). Através da análise da figura 16, pode-se observar que 1995, 2001, 2003 e 2004 foram anos de grandes áreas ardidas, apesar de apenas em 1995, e mais recentemente a partir de 2004 se terem registado elevados números de ocorrências a acompanhar esse aumento de área ardida. Segundo o SMPC e a AAG, 1995 foi um ano de elevadas temperaturas provocando no mesmo dia diversos incêndios originados por descargas dos fios das linhas de média-alta tensão. O ano de 2003 foi um ano bastante atípico, em que num único dia a partir de trovoadas, se geraram incêndios múltiplos originando um incêndio com mais de 2.000 ha (situado na Serra de Grândola). Na freguesia de Melides, no ano de 2004, ardeu cerca de 400 ha numa zona de eucaliptal e de pinhal (este último por sobrantes do PROLUNP).

É perceptível ainda que apenas uma das áreas florestais ardeu repetidamente na última década, situada na freguesia de Santa Margarida da Serra, zona esta já considerada anteriormente como crítica na perigosidade de incêndios.

Nos três últimos anos, verificou-se uma diminuição muito substancial da área ardida no concelho, fruto, por um lado à maior capacidade de resposta que foi conferida a todo o dispositivo de prevenção, detecção e combate a incêndios e em particular aos meios de vigilância e primeira intervenção, e por outro às condições climatéricas que se fizeram sentir nos três últimos períodos estivais, nos quais as temperaturas foram mais amenas e se verificaram alguns períodos de precipitação que permitiram a manutenção de níveis mais elevados de humidade nos combustíveis.

Pelo contrário, apesar de existirem diversos motivos para a diminuição da área ardida e do número de ocorrências, designadamente, a intensificação das acções de vigilância e fiscalização, a restrição ou proibição do uso do fogo no período crítico para a queima de sobrantes e a proibição do uso de foguetes, o número de ocorrências continua a aumentar de forma alarmante.

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Análise do histórico e da causalidade dos incêndios florestais

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Análise do histórico e da causalidade dos incêndios florestais

Através da análise da figura 17, observa-se que as freguesias com maior área ardida no quinquénio 2001-2005 são Grândola, Melides e Santa Margarida da Serra. Este facto explica-se pelo incêndio da Serra de Grândola e o de Melides em 2003 e 2004, respectivamente.

Relativamente às ocorrências, a freguesia de Grândola e a de Melides têm os valores médios mais elevados registando-se valores de 25 e 14, respectivamente para o ano de 2006, e 6,8 e 8,6 para os anos de 2001 – 2005.

Figura 17. Distribuição anual da área ardida e do n.º de ocorrências em 2006 e média no quinquénio 2001-2005, por freguesia.

5.1.2. Distribuição mensal

De acordo com a análise da figura 18, e para os anos de 2006 e 1996-2005, observa-se que em Junho registou-se um elevado número de ocorrências, contrário à baixa área ardida.

O mês de Agosto é o mais preocupante, com um elevado número médio de ocorrências e uma grande área média ardida (1.175 hectares). É uma realidade já conhecida no concelho e que leva a que os meios de supressão e de pré-supressão apresentem grau de prontidão e alerta máximos neste período. Estes valores correspondem maioritariamente ao incêndio de 2003 (Serra de Grândola).

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Análise do histórico e da causalidade dos incêndios florestais

Na década de 1996 a 2005, os meses mais complicados foram Fevereiro e Junho, Julho e Agosto, e ainda Outubro.

Em Fevereiro de 2005 registaram-se fortes geadas e incêndios relacionados com a queima de sobrantes do PROLUNP, enquanto que em Outubro, apesar de uma pequena área ardida, se registou um elevado número de ocorrências, possivelmente fruto das queimadas.

Figura 18. Distribuição mensal da área ardida e do número de ocorrências em 2006 e média 1995-2005.

5.1.3. Distribuição semanal

Relativamente à distribuição semanal, observa-se na figura 19 que os dias de Segunda, Quinta, Sábado e Domingo, foram os mais representativos para a década de 1996-2005, apesar de Sábado estar relacionado, mais uma vez com o incêndio de 2003, e portanto a área ardida não ser a mais representativa da semana, pelo facto de 2003 ter sido um ano atípico. Para o ano de 2006, mais uma vez se observa o elevado número de ocorrências para uma reduzida área ardida.

A distribuição semanal da área ardida e do número de ocorrências revela que é à quinta-feira e no fim-de-semana que se verifica o maior número de ocorrências, pois é nessa altura que mais pessoas desfrutam dos espaços florestais para recreio, onde por vezes fazem uso do fogo, especialmente para confecção de alimentos, mas também é nessa altura que os proprietários que, durante a semana têm outra ocupação profissional, fazem alguma agricultura e gestão

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Análise do histórico e da causalidade dos incêndios florestais

incêndios. A actividade cinegética à quinta-feira pode também ter algumas consequências na deflagração de incêndios por negligência.

Figura 19. Distribuição semanal da área ardida e do número de ocorrências para 2005 e média de 1995 – 2005.

5.1.4. Distribuição diária

Pela observação da figura 20, observa-se um elevado número de ocorrências para os meses acima referidos. Junho, Julho e Agosto correspondem aos meses de maior número de ocorrências e observa-se também a 2 de Agosto uma elevada área ardida, cerca de 240 ha, valor médio para 1996-2006. Este valor médio traduz, mais uma vez, o incêndio de 2003, valor esse atípico para o concelho de Grândola.

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Análise do histórico e da causalidade dos incêndios florestais

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Análise do histórico e da causalidade dos incêndios florestais

5.1.5. Distribuição horária

A distribuição horária da área ardida e do número de ocorrências é de extrema utilidade na planificação das acções de pré-supressão, nomeadamente na vigilância, aumentando a capacidade e prontidão do dispositivo neste período.

No caso do concelho de Grândola, existe uma grande proximidade entre a dispersão horária do número de ocorrências e da área ardida, estando as mesmas concentradas no período entre as 12h00 e as 16h00, sendo este um período muito crítico para as ocorrências de incêndios florestais no concelho (Figura 21).

A excepção centra-se no período das 9h00, mas como já vem sendo explicado, este valor médio de área ardida elevado corresponde mais uma vez ao ano atípico de 2003, pelo que não reflecte os dados mais significativos do concelho.

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Análise do histórico e da causalidade dos incêndios florestais 00:00-00:59 01:00-01:59 02:00-02:59 03:00-03:59 04:00-04:59 05:00-05:59 06:00-06:59 07:00-07:59 08:00-08:59 09:00-09:59 10:00-10:59 11:00-11:59 12:00-12:59 13:00-13:59 14:00-14:59 15:00-15:59 16:00-16:59 17:00-17:59 18:00-18:59 19:00-19:59 20:00-20:59 21:00-21:59 22:00-22:59 23:00-23:59 Área ardida (ha) 0,09 0,45 0,00 0,17 0,09 0,00 0,05 0,14 0,09 217,28 0,60 0,60 39,90 8,83 25,66 22,51 47,43 2,03 1,92 0,20 0,16 0,44 0,09 0,05

Nº de ocorrências 0,4 0,2 0,0 0,3 0,1 0,0 0,1 0,1 0,4 0,6 1,1 0,9 2,0 2,4 2,1 2,8 2,5 1,4 1,2 0,8 0,4 0,7 0,3 0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 0 50 100 150 200 250 N º o c o rr ê n c ia s Á re a ar d id a (h a)

Distribuição horária da área ardida e do nº de ocorrências (1996-2006)

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Análise do histórico e da causalidade dos incêndios florestais

5.2. ÁREA ARDIDA EM ESPAÇOS FLORESTAIS

A distribuição da área ardida por espaços florestais, entre 1996 e 2006, revela-nos que em 2001, 2003, 2004 e 2005, a área ardida se elevou nos povoamentos acima dos matos (Figura 22). A área ardida é explicada acima nos gráficos anteriores, enquanto que a diferença entre os povoamentos e os matos se explica pelo espaço florestal que ardeu com maior predominância em cada uma das zonas ardidas.

Figura 22. Distribuição da área ardida por tipo de coberto vegetal (2001-2005).

5.3. ÁREA ARDIDA E NÚMERO DE OCORRÊNCIAS POR CLASSES DE

EXTENSÃO

A dispersão da área ardida e do número de ocorrências por classe de extensão revela o que temos vindo a referir: a maioria das ocorrências, tem pequena dimensão, havendo um pequeno número de ocorrências que origina grande áreas ardidas, o que acontece onde se verifica uma maior continuidade dos espaços florestais, ou seja, no Sul do concelho.

No entanto, é relevante verificar que existiram 0,5 ocorrências entre 1996 e 2006 que originaram mais de 100 hectares de área ardida (321,18 ha), mais do que as ocorrências de 20 a 50 hectares de área ardida (0,2 ocorrências) e de 50 a 100 hectares de área ardida (0,2

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Análise do histórico e da causalidade dos incêndios florestais

Figura 23. Distribuição da área ardida e número de ocorrências por classes de extensão (1995-2005).

Em última análise, este facto poderá denotar uma dificuldade de extinção dos incêndios, quando estes atingem grandes proporções, em especial devido à orografia do terreno, com declives muito acentuados, e à baixa densidade e mau estado de conservação da rede viária nas zonas de maior recorrência do fogo, ou seja, na freguesia de Santa Margarida da Serra.

5.4. FONTES DE ALERTA

A distribuição do número de ocorrências por fonte de alerta no concelho aponta para os populares, fundamentais na vigilância e detecção de incêndios, como a principal origem dos alertas, seguido do Centro Distrital de Operação de Socorro com 27 ocorrências, e as origens desconhecidas com 20 ocorrências. Os postos de vigia foram responsáveis por 17 ocorrências e o número verde para os incêndios (117), mostra-se de pequeno valor para o alerta de incêndios florestais, assim como os alertas com origem nos sapadores.

É importante referir que a Figura 24 dá-nos apenas meras indicações das fontes de alerta, não podendo tirar conclusões relevantes pela grande lacuna de dados.

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Análise do histórico e da causalidade dos incêndios florestais POPULARES 92 56% outros 20 12% CDOS 27 17% CNGF 0 0% PV 17 10% 117 6 4% SAPADORES 1 1% POPULARES outros CDOS CNGF PV 117 SAPADORES Distribuição do nº de ocorrências por fonte de alerta (2001-2006)

Figura 24. Distribuição do número de ocorrências por fonte de alerta em 2005.

1 0 1 1 4 7 3 1 10 13 14 10 5 3 4 4 4 4 3 1 1 2 1 2 2 2 4 3 1 2 2 1 2 1 1 1 1 1 6 1 1 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 2 1 1 2 1 3 0 5 10 15 20 25 d e oc or n ci a s

Distribuição do nº de ocorrências por fonte e hora de alerta (2001-2006)

Populares CDOS CNGF PV

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Análise do histórico e da causalidade dos incêndios florestais

5.6. GRANDES INCÊNDIOS

O mapa das áreas ardidas nos grandes incêndios no concelho de Grândola (Figura 26) reflecte o enunciado no mapa da figura 15, em que o concelho não se verifica grandemente afectado, relativamente a outros concelhos do país. Indica-nos ainda a nula recorrência de grande incêndios em áreas que já tinham sido percorridas anteriormente pelos mesmos.

Figura 26. Áreas ardidas dos Grandes Incêndios do concelho de Grândola (1990-2008).

A distribuição anual da área ardida e do número de ocorrências dos grandes incêndios no período de 1996 a 2008 (Figura 27) denota dois aspectos importantes. Por um lado, os anos com maior número médio de ocorrências ocorrências (2001 e 2003) e uma maior área ardida no incêndio da Serra de Grândola (em 2003), e por outro lado, a regeneração que actualmente se faz sentir nos mais de 2.000ha ardidos em 2003 e 2004, e que constituem uma séria preocupação, já que são zonas com grande carga combustível e com espécies de grande inflamabilidade, típicas das fases iniciais das sucessões ecológicas da região.

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Análise do histórico e da causalidade dos incêndios florestais

Figura 27. Distribuição anual da área ardida e n.º de ocorrências de grandes incêndios.

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Análise do histórico e da causalidade dos incêndios florestais

A distribuição mensal da área ardida e do número de ocorrências nos grandes incêndios indica-nos Junho, Julho e Agosto como os meses com ocorrências de grandes incêndios e um máximo de área ardida em Agosto, devido aos factores já expostos.

DISTRIBUIÇÃO SEMANAL

Figura 29. Distribuição semanal da área ardida e n.º de ocorrências de grandes incêndios

Já a distribuição dos grandes incêndios pelos dias da semana revela um comportamento diferente do apresentado pela generalidade dos incêndios, pelo menos no que concerne ao número de ocorrências, já que os valores se mantêm idênticos nos cinco dias da semana em que se registaram incêndios. A área ardida, por sua vez, apresenta valores díspares durante a semana, atingindo um máximo no Sábado com o incêndio da Serra de Grândola, e um mínimo à sexta-feira com 10 ha de área ardida. O Domingo pode ser explicado pelos reacendimentos de incêndios do dia anterior, bem como os de segunda-feira. À quinta-feira também se registaram incêndios com 21 ha de valores médios de área ardida.

DISTRIBUIÇÃO HORÁRIA

A distribuição horária dos grandes incêndios e da área ardida que os mesmos originaram é similar à manifestada pela maioria dos incêndios ocorridos no concelho, tendo ocorrido o maior número de grandes incêndios às 9h00 (incêndio da Serra de Grândola) e entre as 12h00 e as 16h59. Já para a área ardida nos grandes incêndios, permanecem os máximos nas 9h00 e nas

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Análise do histórico e da causalidade dos incêndios florestais

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Bibliografia

6. Bibliografia

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SNBPC (2006). Directiva Operacional Nacional. Defesa da Floresta Contra Incêndios. Ministério da Administração Interna.

Vallejo, R. e J.A. Alloza (2006). Reabilitação de áreas ardidas na bacia mediterrânica. In:

Pereira, J.S., Pereira, J.M.C., Rego, F.C., Silva, J.M.N. e Silva, T.P. (eds.) Incêndios Florestais em Portugal. Caracterização, Impactes e Prevenção. ISA Press. Lisboa

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Glossário

7. Glossário

Apresenta-se a descrição dos termos técnicos utilizados neste Plano, de acordo com as definições do artigo 3º. Do Decreto-Lei nº. 124/2006, de 28 de Junho:

Aglomerado populacional – o conjunto de edifícios contíguos ou próximos, distanciados

entre si no máximo 50 m e com 10 ou mais fogos, constituindo o seu perímetro a linha poligonal fechada que, englobando todos os edifícios, delimite a menor área possível.

Espaços florestais – os terrenos ocupados com floresta, matos e pastagens ou outras

formações vegetais espontâneas.

Espaços rurais – os espaços florestais e terrenos agrícolas.

Floresta – os terrenos ocupados com povoamentos florestais, áreas ardidas de povoamentos

florestais, áreas de corte raso de povoamentos florestais e, ainda, outras áreas arborizadas.

Gestão de combustível – a criação e manutenção da descontinuidade horizontal e vertical da

carga combustível nos espaços rurais, através da modificação ou da remoção parcial ou total da biomassa vegetal, nomeadamente por corte e/ou remoção, empregando as t+ecnicas mais recomendadas com a intensidade e frequência adequadas à satisfação dos objectivos dos espaços intervencionados.

Mosaico de parcelas de gestão de combustível - Conjunto de parcelas do território no

interior dos compartimentos definidos pelas redes primária e secundária, estrategicamente localizadas, onde através de medidas de silvicultura preventiva se procede à gestão dos vários estratos de combustível e à diversificação da estrutura e composição das formações vegetais, com o objectivo primordial de defesa da floresta contra incêndios.

Período crítico - Período que vai desde um de Julho a trinta de Setembro, durante o qual

vigoram medidas especiais de prevenção contra incêndios florestais, por força das condições meteorológicas excepcionais, este período pode ser alterado por portaria do Ministério da agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas.

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Glossário

Plano – Estudo integrado dos elementos que regulam as acções de intervenção no âmbito da

defesa da floresta contra incêndios num dado território, identificando os objectivos a alcançar, as actividades a realizar, as competências e atribuições dos agentes envolvidos e os meios necessários à concretização das acções previstas.

Povoamento florestal – Áreas ocupadas por um conjunto de árvores florestais crescendo

num dado local, suficientemente homogéneas na composição específica, estrutura, idade, crescimento ou vigor, e cuja percentagem de coberto é no mínimo de 10%.

Proprietários e outros produtores florestais – Proprietários, usufrutuários, superficiários,

arrendatários ou quem, for possuidor ou detenha a administração dos terrenos que integram o território do continente, independentemente da sua natureza jurídica.

Rede de faixas de gestão de combustível – Conjunto de parcelas lineares de território,

estrategicamente localizadas, onde se garante a remoção total ou parcial de biomassa florestal, através da afectação a usos não florestais e do recurso a determinadas actividades ou a técnicas silvícolas com o objectivo principal de reduzir o perigo de incêndio.

Rede de infra-estruturas de apoio ao combate – Conjunto dos equipamentos e estruturas

de combate (no âmbito dos corpos de bombeiros, dos organismos da administração pública e dos particulares), compreendendo os quartéis e secções de corporações de bombeiros, infraestrutura de combate no âmbito de outras entidades e infra-estruturas de apoio aos meios aéreos.

Rede de pontos de água – Conjunto de estruturas de armazenamento de água, de planos de

água acessíveis e de pontos de tomada de água, com funções de apoio ao reabastecimento dos equipamentos de luta contra incêndios.

Rede viária florestal – conjunto de vias de comunicação integradas nos espaços que servem

de suporte à sua gestão, com funções que incluem a circulação parta o aproveitamento dos recursos naturais, parta a constituição, condução e exploração dos povoamentos florestais e das pastagens.

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Anexos

8. Anexos (cartografia de enquadramento)

 Índice de Cartas

 Enquadramento geográfico do concelho de Grândola

 Modelo digital de terreno do concelho de Grândola

 Declives do concelho de Grândola

 Exposições do concelho de Grândola

 Rede hidrográfica do concelho de Grândola

 Rede climatológica do concelho de Grândola

 População residente (1981, 1991 e 2001) e densidade populacional (2001) do concelho

de Grândola

 Índice de envelhecimento (1981, 1991 e 2001) e sua evolução (1981-2001) do

concelho de Grândola

 População por sector de actividade (2001) do concelho de Grândola

 Taxa de analfabetismo (1981, 1991 e 2001) do concelho de Grândola

 Ocupação do solo do concelho de Grândola

 Povoamentos florestais do concelho de Grândola

 Rede Natura 2000 do concelho de Grândola

 Zonas de recreio florestal, caça e pesca do concelho de Grândola

Referências

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