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Estamos comunicando com satisfação nossos novos serviços na especialidade de Anatomia Patológica, sob a chefia da Dra. Silvana Maris Círio, Médica Veterinária Patologista, que a partir deste mês estará à disposição dos nossos colegas para um atendimento especializado, esclarecendo dúvidas e sugerindo alguns exames diagnósticos. Estaremos entregando para nossos conveniados um kit para a remessa de material, além da relação de exames e tabela de preço do setor. Aguardem nossa visita.
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Considerando a freqüência das endocrinopatias na rotina clínica, disponibilizamos a especialidade de Endocrinologia sob responsabilidade da médica veterinária Patrícia Rick Barbosa que será feita com a indicação do médico veterinário clínico, cujo benefício desta parceria será a melhora do estado geral do seu paciente. Também levando em consideração a alta incidência de obesidade nos pets, seu controle é uma nova abordagem da endocrinologia que também ficará sob responsabilidade desta médica veterinária. Estaremos à disposição para os esclarecimentos que se fizerem necessários.
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stamos disponibilizando as matérias sobre a especialidade de endocrinologia, a primeira trata de alguns sinais não específicos, que podem encobrir problemas endócrinos, presença constante na rotina clínica, além da matéria sobre o controle da obesidade. Espero que aproveitem os textos e estaremos à disposição.M V Patrícia Rick Barbosa
Responsável pelo serviço de Endocrinologia da PET IMAGEM – Diagnósticos Veterinários
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Uma vez que os hormônios atuam em diversas partes do organismo, os sinais e sintomas sempre serão variados e relacionados a uma série de órgãos do corpo. É possível notar alterações reprodutivas, comportamentais, dermatológicas, cardíacas, gastrintestinais, hematológicas, metabólicas, oculares e neuromusculares.
Assim o médico veterinário quando se deparar com um animal com alguns sinais citados abaixo poderá desconfiar de uma endocrinopatia.
Assim como os seres humanos, os animais possuem uma variedade de endocrinopatias, que são cada vez mais freqüentes na medicina veterinária. Podemos citar uma ampla lista de disordens endocrinológicas que afetam os animais:
Diabetes Mellitus Diabetes Insipidus Hiperadrenocorticismo Hipoadrenocorticismo Hipertireoidismo Hipotireoidismo Hiperparatireoidismo Hipoparatireoidismo Feocromocitoma Insulinoma Dermatose responsiva ao GH Dermatose responsiva à castração Hiperestrogenismo Entre outras Alterações Cardiovasculares: Bradicardia Taquicardia Arritmias cardíacas Alterações Dermatológicas: Alopecia “Cauda de rato” Pêlo seco Hiperpigmentação Seborréia Pioderma Pele fina Comedões Infecções cutâneas Calcinose Alterações Metabólicas: Letargia Ganho de peso Perda de peso Poliúria Polidipsia Polifagia Excitabilidade Anorexia Hiperglicemia persistente Glicosúria Comportamento agressivo Intolerância ao exercício
Intolerância ao frio Alterações Gastrintestinais: Diarréia Vômito Alterações Hematológicas: Anemia Hiperlipidemia Coagulopatia Alterações Neuromusculares: Ataxia Convulsões
Paralisia Nervo Facial Fraqueza
Tremores musculares Fasciculações faciais Alterações Oculares:
Depósito de lipídeo na córnea Úlcera de córnea Uveítes Catarata Alterações Reprodutivas: Anestro persistente Atrofia testicular Estro silencioso Pouca libido
A diabetes em cães apresenta uma prevalência de 1:100 a 1:500, que vem se mostrando cada vez mais comum nas rotinas clínicas, talvez pelo aumento na incidência de obesidade nos animais. Alguns autores citam uma prevalência de 0,3 a 1% e que o crescente número de animais nas grandes cidades, associado às condições de vida moderna (resultando em aumento de peso corporal, redução da atividade física e maior estresse psicológico) seriam as principais causas para esta elevada incidência.
Já o hipotireoidismo tem uma incidência de 1:156 a 1:500, dependendo dos critérios de diagnóstico. Esta disordem endócrina pode estar sendo superestimada pelos veterinários, pois é de difícil diagnóstico já que os hormônios produzidos pela tireóide variam muito em concentração. Existem inúmeras variáveis que afetam as concentrações basais dos hormônios tireoideos:
Para o diagnóstico de um distúrbio endocrinológico, primeiramente, deve-se analisar os sinais clínicos e sintomas para depois realizar dosagens bioquímicas e hormonais, raio-x, ultra-som e testes de função específica como o teste de supressão com dexametasona, teste de estimulação com ACTH, entre outros.
Um diagnóstico correto é muito importante, pois normalmente estes animais são de meia idade a idosos, correm risco de morte e têm uma sobrevida menor que os animais saudáveis.
O tratamento dessas doenças citadas é imprescindível para que o animal tenha uma melhor qualidade de vida e uma maior sobrevida. Para que isto aconteça é necessário que o veterinário responsável, juntamente com o proprietário monitorem o animal periodicamente pelo resto da vida. Devem ser feitos exames com freqüência para que possa avaliar o andamento do tratamento e analisar se a dosagem da medicação deve ou não ser modificada.
O tipo de medicação a ser utilizado também é de grande valia para estes animais, pois, como por exemplo, no caso da diabetes mellitus a escolha da insulina correta é fundamental para o sucesso do tratamento. Se for escolhida a insulina errada ou administrada a dosagem incorreta, o animal pode ter uma hipoglicemia podendo o levar à morte.
Nunca se deve esquecer que estes animais precisam de muito cuidado, pois podem ter crises emergenciais como uma cetoacidose diabética, hipoadrenocorticismo em animal tratado para Síndrome de Cushing, hipoglicemia, onde o tratamento intensivo deve ser rapidamente instituído.
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A obesidade é caracterizada como um aumento da deposição de células adiposas em níveis maiores que os compatíveis com as funções fisiológicas.
A prevalência da obesidade na população canina vem aumentando nos últimos anos, e com isso sobrevém o surgimento de várias alterações metabólicas, dentre as quais a diabetes mellitus, chegando a atingir 25% da população. Estimas-se que a obesidade afeta 6-12% dos felinos e 25-45% dos caninos.
Há poucos anos descobriu-se que o tecido adiposo não tem apenas a função de acúmulo de triglicerídeos, ele é também parte do sistema endócrino, responsável pela liberação de hormônios e fatores que mantêm o peso corporal. Devido à alta palatabilidade dos alimentos houve uma desregulação destes mecanismos, desenvolvendo-se a obesidade.
Quando o aumento de peso excessivo se desenvolve no animal adulto, ocorre um aumento no tamanho dos adipócitos, porém, quando isto ocorre no animal jovem, o número de adipócitos é que aumenta, não havendo forma de retornar ao número inicial. Devido a isso, este tipo de obesidade é mais dificilmente tratada.
Existem algumas causas para o aumento de peso:
A má nutrição é a principal causa da obesidade nos animais domésticos atualmente. Sabe-se que em sua origem, os cães alimentavam-se de pequenas presas, o que constituía basicamente em proteínas e carboidratos. Com a domesticação, adquiriu-se o hábito de alimentar os animais com dietas caseiras e rações comerciais, passando os carboidratos a fazer parte da rotina dietética dos cães.
Animais castrados têm probabilidade duas vezes maior de se tornarem obesos em função das alterações hormonais. Cães hipotireoideos também tendem a ter aumento de peso excessivo, devido à diminuição do metabolismo basal. Animais com idade avançada também tendem ao aumento de peso devido ao baixo gasto energético (reduzidas atividades físicas e alterações no metabolismo corporal em função da idade).
Além das causas listadas acima deve ser citada também a predisposição racial. Algumas raças como retrevier do labrador, basset hound, cocker spaniell, beagle e daschund têm muita facilidade em obter um peso excessivo.
Super alimentação Hormonal
Stress
Abaixo está citado alguns problemas comuns decorrentes da obesidade:
A predisposição a diabetes mellitus é de grande importância, pois é uma endocrinopatia que requer muito cuidado. O animal diabético não tratado pode vir a ter uma cetoacidose diabética e ser internado com urgência para reverter à situação. A obesidade é um fator importante para o desenvolvimento desta doença, pois causa resistência à insulina.
A primeira parte do corp a sofrer é a coluna vertebral, que passa a ser exigida em excesso. Mas além da coluna, cães obesos podem apresentar ainda muitos problemas de pele e eczemas além de comportamentos sonolentos, perder o fôlego com facilidade e dificuldade em caminhar.
O excesso de peso geralmente não é difícil de ser reconhecido, mas o diagnóstico correto requer a identificação dos níveis de risco e isto, frequentemente, necessita de algumas formas de identificação.
Existem várias formas de identificação de obesidade e sobrepeso como cálculo do IMC adaptado para o cão, cálculos específicos que nos dizem, através das medidas do animal, quanto de peso ele deve perder e quantas gramas diárias de ração comer.
A obesidade requer um acompanhamento periódico do animal, para avaliar seu peso, quanto ele está perdendo por semana, pois existe um valor mínimo e máximo de peso que pode ser perdido semanalmente, qual a porcentagem de gordura desse animal e suas condições clínicas. Exames laboratoriais devem ser feitos antes de começar uma dieta e durante o período de restrição alimentar.
O animal obeso é um doente potencial e deve ser tratado. O tratamento envolve restrição calórica com dieta adequada e exercícios físicos. O tipo de exercício vai depender das condições físicas do animal e do seu peso para não sobrecarregar as articulações e não exigir demais da sua condição cardiorespiratória. O médico veterinário especialista junto com o clínico devem acompanhar conjuntamente o tratamento e desta forma fazer o controle da evolução do caso, permitindo uma qualidade de vida melhor para o animal.
Aumento da pressão arterial
Diminuição da resistência imunológica Insuficiência cardiorespiratória
Patologias do sistema reprodutivo Predisposição a diabetes mellitus
Aumento dos riscos anestésicos e cirúrgicos Problemas articulares