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O NOVO CÓDIGO FLORESTAL

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Academic year: 2021

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O NOVO CÓDIGO FLORESTAL

Base Legal:

- Lei Federal nº. 12.651 de 25/05/2012;

- Medida Provisória nº. 571 de 2012;

- Lei Federal nº. 12.727 de 17/10/2012;

- Dec. Federal nº. 7.830 de 17/10/2012;

- Dec. Estadual nº. 3.346 de 11/07/2013.

(3)

Princípios do Novo Código

• Reconhecimento histórico

Direito adquirido

• Racionalidade técnica

Indicadores técnico-científico

• Adicionalidade ambiental

Conservação e Recuperação

(4)

CONCEITOS

As florestas existentes no território nacional e as

demais formas de vegetação nativa, reconhecidas

de utilidade às terras que revestem, são bens de

interesse comum a todos os habitantes do País,

exercendo-se os direitos de propriedade com as

(5)

- Pequena propriedade:

. até 04 módulos fiscais;

. utilize predominantemente mão-de-obra da própria

família;

. tenha percentual mínimo da renda familiar

originada de atividades econômicas da sua propriedade; e

(6)

- Área de Preservação Permanente – APP

Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.

- Reserva Legal

Área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa.

(7)

Considera-se Área de Preservação Permanente:

Faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros (de rápida duração), desde a borda da calha do leito regular.

(8)
(9)

Áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais:

- 50 metros para o corpo d’água com até 20 hectares de superfície;

(10)

Entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento:

(11)

Entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, no raio mínimo de 50 metros.

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Área correspondente ao terço superior com inclinação média de superior a 25º. Pelo menos 100 m de altura Base Topo Terço inferior Terço médio Terço superior

Topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 metros.

(15)

Área rural consolidada:

- área de imóvel rural com ocupação antrópica preexistente a 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a adoção do regime de pousio.

Nas Áreas de Preservação Permanente é autorizada a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008, bem como a manutenção de residências, e da infraestrutura associada às atividades citadas.

(16)
(17)

Obrigação de RECOMPOSIÇÃO DE APP’s

Para todos os imóveis rurais que possuam áreas consolidadas em APP ao longo de cursos d’água naturais, nascentes perenes, lagos e lagoas naturais e artificiais, será obrigatória a recomposição de parte das faixas marginais que será realizado de acordo com o tamanho do imóvel.

(18)

Recuperação de APPs

MODALIDADE DE APP ÁREA < 1 MF 1 < ÁREA < 2 MF

Curso d’água natural 5m 8m

Nascente perene 15m 15m

Lagos e lagoas naturais 5m 8m

Barragens 5m 8m

Manutenção de infraestrutura

Consolidado Consolidado

(19)

Recuperação de APPs

MODALIDADE DE APP 2 <ÁREA < 4 MF ÁREA > 4 MF

Curso d’água natural 15m Min. 20m Max. 100m Nascente perene 15m 15m

Lagos e lagoas naturais 15m 30m

Barragens 15m 15m

Manutenção de infraestrutura

Consolidado Consolidado

(20)

É garantido que a exigência de recomposição não

ultrapassará:

• 10% da área total do imóvel, para aqueles com área de

até 2 MF.

• 20% da área total do imóvel, para aqueles com área

superior a 2 e de até 4 MF.

No caso dos imóveis já possuírem este percentual mínimo

exigido, preservado em qualquer modalidade de APP, o

mesmo ficará dispensado da recomposição.

(21)

Esta recomposição poderá ser feita, isolada ou

conjuntamente, pelos seguintes métodos:

I - condução de regeneração natural de espécies nativas;

II - plantio de espécies nativas;

III - plantio de espécies nativas conjugado com a condução

da regeneração natural de espécies nativas;

IV - plantio intercalado de espécies lenhosas, perenes ou

de ciclo longo, exóticas com nativas de ocorrência regional,

em até 50% da área total a ser recomposta (pequenas

propriedades).

(22)

Sistemas AgroFlorestais – SAF’s

Sistema composto de espécies lenhosas perenes e culturas agrícolas Ex.:

• Seringueira , manga, cacau, nativas;

• Seringueira, banana, palmácea, café conilon, nativas; • Frutíferas, banana, café arábica, nativas.

(23)
(24)
(25)

A continuidade das atividades agrossilvipastoris, de

ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais

consolidadas até 22 de julho de 2008 nas demais áreas:

- observará critérios técnicos de conservação do solo e

da água indicados no PRA;

- vedada a conversão de novas áreas para uso

alternativo do solo.

(26)

* Fica dispensado o estabelecimento das faixas

de APP no entorno das acumulações naturais

ou artificiais de água com superfície inferior a 1

ha, vedada nova supressão de áreas de

(27)

Intervenções em APP

A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em

APP somente ocorrerá se estiver devidamente

licenciado e nas hipóteses de:

- Utilidade pública:

atividades de segurança nacional e proteção sanitária,

obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos

serviços públicos de transporte, sistema viário,

atividades e obras de defesa civil, entre outras (art 3º).

(28)

- Interesse social:

combate e controle do fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção de plantios com espécies nativas, exploração agroflorestal sustentável, infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e atividades educacionais e culturais, instalações necessárias à captação e condução de água e de efluentes tratados, pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho, outorgadas pela autoridade competente, entre outras.

(29)

- Baixo impacto:

abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhões, instalações necessárias à captação e condução de água e efluentes tratados, construção e manutenção de cercas na propriedade, exploração agroflorestal e manejo florestal sustentável, entre outras.

(30)

RESERVA LEGAL

Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal desde que o proprietário tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro Ambiental Rural – CAR.

A área de Reserva Legal deverá ser registrada no órgão ambiental competente por meio de inscrição no CAR, sendo vedada a alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento.

O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação no Cartório de Registro de Imóveis.

(31)

Imóveis rurais com até 4 MF terão a sua reserva legal constituída

com o percentual existente em 22 de julho de 2008 (art. 67).

O proprietário de imóvel rural maior que 4 MF e que detinha, em 22 de julho de 2008, área de Reserva Legal em extensão inferior a 20%, deverá regularizar sua situação, adotando as seguintes alternativas, isolada ou conjuntamente:

(32)
(33)

II - permitir a regeneração natural da vegetação na área de Reserva Legal;

(34)
(35)

Admite-se a exploração econômica da RL mediante

manejo sustentável (PMFS).

(36)

CADASTRO AMBIENTAL RURAL - CAR

É obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades (APP e Reserva Legal) e exigirá do possuidor ou proprietário:

I - identificação do proprietário ou possuidor rural; II - comprovação da propriedade ou posse;

III - planta e memorial descritivo, informando a localização dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Preservação Permanente, das áreas consolidadas e, caso existente, também da localização da Reserva Legal.

(37)

Solicitação de inscrição

Análise dos dados apresentados

Comprovação de inscrição

(38)

Agricultura Familiar

Para o registro no CAR dos imóveis rurais de agricultura familiar com área de até 25 hectares, o Poder Público prestará apoio técnico e jurídico, bem como elaborará planta ou croqui georreferenciados para tal fim.

Para comprovação de que o proprietário rural se enquadra nos parâmetros da agricultura familiar, deverá ser apresentada a Declaração de Aptidão ao Pronaf - DAP.

Não se aplica caso o agricultor familiar possuir dois ou mais imóveis rurais e a soma desses imóveis ultrapassar o limite de 25 hectares.

(39)

Há punição para quem não realizar o CAR?

• Obrigatório para todas as propriedades;

• Sanções penais e administrativas para informações total ou parcialmente falsas, enganosas ou omissas;

• Licenças ambientais e autorização para queima controlada (solicitação do CAR);

• Atos de unificação, desmembramento ou alienação de imóveis (efetiva inscrição);

(40)

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Após cinco anos da data da publicação do Novo Código Florestal, as instituições financeiras só concederão crédito agrícola, em qualquer de suas modalidades, para proprietários de imóveis rurais que estejam inscritos no Cadastro Ambiental Rural - CAR.

(41)

Há punição para quem não realizar o CAR?

• Obrigatório para todas as propriedades;

• Sanções penais e administrativas para informações total ou parcialmente falsas, enganosas ou omissas;

• Licenças ambientais e autorização para queima controlada (solicitação do CAR);

• Atos de unificação, desmembramento ou alienação de imóveis (efetiva inscrição);

(42)

PLANO DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL - PRA

Os Estados deverão implantar Programas de Regularização Ambiental - PRAs de posses e propriedades rurais;

Objetivo de adequá-las em razão de suas peculiaridades territoriais, climáticas, históricas, culturais, econômicas e sociais.

A inscrição do imóvel rural no CAR é condição obrigatória para a adesão ao PRA.

(43)

A adesão deve ser requerida pelo interessado no prazo de 1 ano, contado a partir de sua implantação.

Após a adesão do interessado ao PRA e enquanto estiver sendo cumprido o termo de compromisso, o proprietário ou possuidor não poderá ser autuado por infrações cometidas antes de 22 de julho de 2008, relativas à supressão irregular de vegetação em APP, Reserva Legal e área de uso restrito.

(44)

Caso o proprietário ou possuidor tenha sido autuado, a partir da assinatura do termo de compromisso serão suspensas as sanções decorrentes das infrações mencionadas.

Cumpridas as obrigações estabelecidas no PRA, as multas decorrentes das infrações referidas serão consideradas como convertidas em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente, regularizando o uso de áreas rurais consolidadas.

(45)

Instrumentos do PRA

• Cadastro Ambiental Rural – CAR; • O termo de compromisso;

• O Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas;

(46)

murilopedroni@gmail.com

(47)

ASSENTAMOS DE REFORMA AGRÁRIA

IN MMA nº 2/2014

Será de responsabilidade do órgão fundiário competente a inscrição no CAR dos assentamentos de Reforma Agrária.

- registro do seu perímetro; - individualização dos lotes.

(48)

Quando do registro do perímetro o órgão fundiário informará, por meio de planilha digital, a relação de beneficiários do assentamento; A relação de beneficiários do assentamento poderá sofrer alterações, inclusões e exclusões dentro do CAR e a incompletude da lista não impedirá a inclusão do assentamento no sistema;

Para os assentamentos de reforma agrária o registro das informações ambientais obedecerá aos seguintes critérios:

I - para os assentamentos criados até 22 de julho de 2008, a Reserva Legal será constituída com a área ocupada com a vegetação nativa existente em 22 de julho de 2008.

II - para os assentamentos criados após 22 de julho de 2008, a Reserva Legal será constituída pelos percentuais definidos no art.12 da Lei no 12.651, de 2012 (20%);

(49)

III - para o cadastramento do perímetro do assentamento ou para assentamentos onde não existe a individualização dos lotes, o cálculo da faixa marginal de recomposição de APP ao longo ou no entorno de cursos d’água, lagos e lagoas naturais dar-se-á em função da fração ideal média do assentamento.

*resultado da divisão da área total do assentamento pelo número total de unidades familiares previsto no ato de criação do assentamento.

Quando identificado o passivo ambiental em assentamentos = adesão ao PRA, de forma solidária pelo beneficiário e o órgão fundiário competente.

(50)

POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS

Comunidades tradicionais deverão ser inscritas no CAR pelo órgão ou instituição competente pela sua gestão ou pela entidade representativa proprietária ou concessionária dos imóveis rurais.

Quando identificado passivo ambiental, a recuperação deverá ser realizada solidariamente com a instituição competente ou entidade representativa da comunidade tradicional.

No caso de território de uso coletivo titulado ou concedido aos povos ou comunidades tradicionais, o termo de compromisso será firmado entre o órgão competente e a instituição ou entidade representativa dos povos ou comunidades tradicionais.

Referências

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