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(1)

1

- Sistemas de Comunicações

PTC2459

Professor Cristiano Panazio

(2)

Princípios Básicos de Telefonia Celular

(3)

Motivação

Espectro é um recurso escasso e disputado, e, portanto, é caro arrendá-lo

• Um exemplo disso é que no último leilão de freqüência para comunição móvel (banda

para 3G, cerca de 110MHz), foram arrecadados R$5,338 bilhões por 15 anos de

concessão.

• Deste modo, é fundamental utilizar técnicas que usem de forma eficiente o espectro

• O sistema celular provê uma forma eficiente de se fazê-lo

(4)

O início

História – sistema rádio-telefonia móvel

• O planejamento da rede americana começou em 1940 (pós-guerra)

• Tecnologia (altos custos) – só uma pequena parcela da população podia pagar pelo serviço, além de problemas de portabilidade dos rádios.

• Regulamentação (freqüências, etc)

Origem do sistema celular

• Bell Laboratories' D.H. Ring propôs os conceitos básicos em 1947 em um documento interno.

• Uso de células permite transmissão com baixa potência (possibilita portabilidade!!)

Primeiro serviço comercial de rádio-telefonia móvel.

(MTS – “Mobile Telephone Service”).

• Introduzido em Junho de 1946 em Saint Louis, Missouri, AT&T e Southwestern Bell – usado por motoristas – licença concedida pelo FCC às

operadoras

• Controle de chamadas manual e sistema push-to-talk

BS- Base Station ou Estação Rádio Base (ERB)

(5)

Evolução

Evolução do esquema de modulação

Analógico

• Inicialemente em AM em HF (3 a 30 MHz ) e depois em VHF (30 a 300 Mhz) .

• Adoção da modulação FM para maior robustez. Inicialmente ocupava muita banda (120kHz). Posterior desenvolvimento levou os canais a 25kHz. Faixas VHF ou maiores.

Digital

• Só foi possível o uso de modulações digitais com o desenvolvimento de circuitos integrados em grande escala (VLSI).

• Necessita o uso de codecs para atingir níveis satisfatórios de eficiência espectral. • Provê maior robustez em comparação a modulações analógicas.

• Possibilitou o desenvolvimento de novas forma de acesso ao canal. No analógico só existia múltiplo acesso por divisão no domínio da freqüência (FDMA – Frequency Division Multiple Access). Com modulação digital, além de FDMA, é possível usar múltiplo acesso por divisão do tempo (TDMA – Time Division Multiple Access), múltiplo acesso por divisão de código (CDMA – Code Division Multiple Access) e mais recentemente, múltiplo acesso por divisão de frequências ortogonais (OFDMA – Orthogonal Frequency

(6)

Evolução

Evolução do sistema

• Sistema Simplex (SS)

• Só a estação rádio base(ERB ou BS- Base Station) transmite (ex.: pager)

• Sistema Single Half-Duplex (SHDS)

• Tanto o transmissor quanto o receptor usam a mesma freqüência. Funciona a base do push-to-talk • Sistema Double Half-Duplex (DHDS)

• Duas freqüências para transmitir e receber.

Contudo, só a estação rádio base não compete pelos recursos de rádio. Esquema push-to-talk para o móvel e ERB

• Sistema Duplex Base Double Half-Duplex (DBDHDS) • Semelhante ao DHDS, só que a ERB (ou BS) pode

transmitir simultaneamente. Móvel transmite usando push-to-talk.

• Sistema Full Duplex (FDS)

• Duas freqüências: uma para transmitir e uma para receber. Não há necessidade do esquema

(7)

push-to-Conceitos Básicos e Jargão

• Principal fundamento: Reuso de Freqüência

Se um canal que funciona sobre uma dada freqüência cobre uma área com raio R, então a mesma freqüência pode ser reutilizada para dar cobertura a uma outra área

Tal fato se deve a perda de propagação, em que o sinal cai com, pelo menos, o quadrado da distância

• Assim, quando dois canais que operam na mesma faixa de frequência estão suficientemente afastados entre si, a interferência de um no outro é de tal ordem que não há impacto notável na qualidade da comunicação que impossibilite a mesma

• Célula

• É o nome dado a área de cobertura

• Em geral, a representação para planejamento celular se dá através de hexagonos (e não circunferências), apesar que outras figuras geométricas são possíveis

• Co-célula

Células que usam uma mesmo conjunto de canais são chamadas de co-células • Interferência co-canal

• A idéia é posicionar as co-células o suficientemente afastadas uma das outras, de tal forma que a interferência gerada entre elas, a qual chamamos de interferência co-canal, esteja dentro de valores toleráveis, isto é, valores que permitam a comunicação com a qualidade desejável • É, em geral, o fator limitante de desempenho e capacidade do sistema celular

(8)

Conceitos Básicos e Jargão

• Cluster

• Grupo de células aos quais são designados um conjunto de canais

• O mesmo conjunto de canais só pode ser usado em outro cluster • O número de células por cluster determina o padrão de reuso • Downlink

• Conexão da ERB para o móvel (aparelho celular); Também conhecido como canal descendente

Uplink

• Conexão do móvel para a ERB; também conhecido como canal ascendente ou montante.

• Mobilidade

• A unidade móvel pode trafegar no sistema e passar de uma célula para outra

• Isto deve ser feito sem que haja interrupção da comunicação e de forma automática (canais de controle e medidas da qualidade do sinal)

Processos de handover/handoff (são sinônimos) • Controle de chamadas

Processo de monitoração da qualidade do sinal: locating

Checar se o móvel está disponível para receber uma ligação: paging • Acesso a rede telefônica fixa comutada (PSTN)

(9)
(10)

Sistema Móvel Convencional vs Sistema Celular

• Convencional (limitado por ruído):

• Serviço para baixa densidade de assinantes

• Se baseia fortemente na disponibilidade do espectro • Não faz reuso de freqüência

• Necessita de transmissores de alta potência montados em regiões altas. • Grande área de cobertura

• Não permite expansão de forma modular • Não permite hand-off

• Celular (limitado pela interferência):

• Pode servir uma grande densidade de assinantes

• Disponibilidade do espectro é apenas um fator limitante • Aumento da capacidade através do reuso de freqüência • Transmissores de baixa potência em pontos pouco elevados.

• Divide a área de cobertura em várias células de pequeno tamanho • Permite expansão modular quase que de forma indefinida

(11)
(12)

Padrão das Células

Geometria Triangular Geometria Retangular

(13)

Padrão das Células - Clusters

Configuração dos padrões celulares: (a) cluster de 1 célula; (b) cluster de 3 células; (c) cluster de 4 células;

(d) cluster de 7 células; (e) cluster de 12 células

Separação dos co-canais: (a) cluster de 1 célula; (b) cluster de 3 células; (c) cluster de 4 células; (d) cluster de 7 células; (e) cluster de 12 células

2 2

, ,

Niijj i j 

(14)

Padrão das Células - Clusters

Exemplo: Capacidade do sistema e qualidade do sistema em função do padrão adotado. O número máximo de canais por célula é típico do sistema analógico de primeira geração nas bandas A e B, para o sistema AMPS.

(15)

Quantificando o limiar de interferência co-canal

Considere uma situação de pior caso:

/

2(

)

2

2(

)

th

R

C I

D

R

D

D

R

   

3

D

q

N

R

em que N é o número de células por cluster

Considerando apenas a perda de propagação, proporcional a  (2  4), temos que a relação potência da portadora-interferência (ou relação potência do sinal-interferência, SIR, em inglês) é:

/ 6( ) th R C I D R    

(16)

Técnicas de expansão do sistema

•Como adicionar novos canais?

•Mudar o tipo de clusterização: implica em degradação do sistema

•Divisão da célua (Cell Spliting)

•Redução do tamanho da célula por um tamanho

K o que permite aumentar de K2 o número de ERBs

•Setorização

•Dividir a célula em setores, cada um servido por um conjunto de canais

•Isto é feito através do uso de antenas direcionais •Ajuda a reduzir a interferência co-canal

(17)

Chamadas

Móvel efetua uma chamada

(18)

Chamadas

(19)

Chamadas

Móvel passa de uma célula para outra (handoff/handover)

(20)

Problemas na propagação do sinal

• O sinal transmitido geralmente chega no receptor não apenas por um único percurso, mas sim por vários (propagação por múltiplos percursos).

(21)

Duas formas de desvanecimento:

Desvanecimento (fading) temporal – percursos com atrasos indiscerníveis

+ Portadora Portadora atrasada de quase meio comprimento de onda

Seletividade em frequência – percursos com atrasos discerníveis

 No domínio do tempo: cópias atrasadas do sinal transmitido; em transmissões digitais,

ocasiona a mistura de símbolos transmitidos em diferentes instantes de tempo, gerando o que se chama de interferência intersimbólica

 No domínio da frequência: distorcão da fase e amplitude das componentes do sinal

Na pr

Na pr

á

á

tica, h

tica, h

á

á

mistura de seletividade no

mistura de seletividade no

tempo e na

tempo e na

frequência

frequência

(22)

Desvanecimento temporal

Variações de longo prazo

 Perdas de propagação  Sombreamento

Variações de curto prazo – caracterização estatística

 Modelo geral: Nakagami  Casos particulares:  Rician:  Rayleigh: 2 2 2 ( , ) exp 2 x x f x      

em que x é a amplitude da envoltória, 

2

é metade da

potência dos espalhadores locais e 0,5

d2

é a potência

do trajeto direto (ou dominante).

2 2 0 2 2 2 ( , , ) exp 2 d d d x x x f x   I          

(23)

Caracterização da variação temporal do desvanecimento Rayleigh:

Processo limitado em faixa, estacionário no sentido amplo e com

espalhamento espacial descorrelacionado (WSSUS) =>

Como varia em função do tempo?

 Modelo de Clarke Movimento Espalhadores locais Sinal oriundo do transmissor 0 1 0 0 S(f) -fD +fD

*

0 ( ) ( ) (2 D ) E t tJ f 1 , 2 1 ( ) 0 , . . D D D f f f f S f f c c                

e v.a.com uniforme entre[0,2 )

 

 

cada raioexp j2fDcos( ) tj

  1 1/2 0 ( ) exp 2 cos( ) N D k k k t N j f t j    

 N grande

Lei do grandes números/ Teorema central do limite

1 2 1 2

( )t g t( ) jg t g t( ), ( ) eg t( )são processos gaussianos de banda estreita

  é o desvio Doppler c D vf f c

(24)

Seletividade em frequência

 Caracterizado pelo espalhamento do atraso

 Existem várias distribuições de perfis de potência

 Em geral são distribuições exponenciais ou discretas

 Modelos baseados em medições

 Exemplo: COST 207, Normas 3GPP, etc.

Tempo e banda de coerência

2 0 0 0 0 ( ) ( ) , , ( ) ( )

( ) é a distribuição do perfil de potência dos multipercursos

RMS p d p d p d p d p        

1 2 c RMS B 

1

9

1

16

2

c D D

T

f

f

Importante para projeto de códigos e entrelaçadores

Em particular, se T

c

<< T, desvanecimento rápido

(25)

O canal pode ser escrito como

1 0

( , )

( ) (

)

L l l l l

h t

 

t

  

 

em que 

l

e

l

são o ganho e o atraso do l-ésimo percurso, respectivamente

Logo, o sinal recebido, desconsiderando o ruído aditivo, é dado por:

em que

é o sinal recebido

considerando-se comunicação num canal ideal, e que p(t) repreconsiderando-senta os filtros de

transmissão e recepção

( )

( )

[ ] (

s

)

k

s t

p t

s k

t

kT

 

Problemas na propagação do sinal

( )

( , ) (

)

x t

h t

s t

d





(26)

Considerando um canal Rayleigh de potência unitária e modulação BPSK, a

taxa de erro de bit é:

Seja o mesmo sinal, transmitido por dois canais Rayleigh independentes, e

cada um com metade da potência do canal anterior, pode-se chegar a

conclusão de que a BER do BPSK, para um receptor ótimo é

Para o caso de três canais,

Para L canais:

Lidando com desvanecimento: diversidade

2

3

BER

SNR

2 2 1 BER Q( 2 ) exp 2 2 x x SNR x dx SNR        

1

BER

L

SNR

10-6 10-4 10-2 100 102 B E R 3

24

BER

SNR

(27)

Técnicas de Múltiplo Acesso

• FDMA – Frequency Division Multiple Access

• Cada canal utiliza uma faixa de freqüência distinta e a transmissão se faz continuamente

tempo F re q ü ê n c ia

(28)

Técnicas de Múltiplo Acesso

• FDMA – Frequency Division Multiple Access • Vantagens:

• Interferência intersimbólica é menor do que no TDMA, especialmente se o sinal é de banda estreita ( espalhamento do atraso inferior a 10% do período de símbolo)

• Se o sinal for de banda estreita, a equalização para compensar distorções do canal se reduz praticamente a correções de ganho e fase do sinal recebido.

• Compatibilidade com os sistemas analógicos • Problemas:

• Se o sinal é de banda estreita, a chance de todo o sinal sofrer um desvanecimento profundo aumenta muito, levando a uma pior qualidade de comunicação

• Rastreamento do sinal é mais complicado, pois as variações de fase e ganho são maiores neste caso (em geral, fDT>0,01)

Obs.: Os pontos discutidos acima se referem a sinais de banda estreita. Para sinais de banda larga (i.e., período de símbolo da ordem ou menor que o espalhamento do atraso) teremos canais seletivos em freqüência, que acabam tornando o sistema mais parecido com o TDMA.

(29)

Técnicas de Múltiplo Acesso

• Evolução do FDMA  Orthogonal Frequency Division Multiple Access (OFDMA)

Baseado na técnica de modulação conhecida como OFDM (Orthogonal Frequency Division Multiplexing)

• Vantagens:

•Utilização de portadoras ortogonais, sem a existência de bandas de guarda  aumento da eficiência espectral

-Tal ortogonalidade é obtida, no caso de modulações em quadratura, espaçando-se as subportadoras de múltiplos do inverso do período de símbolo (1/T).

•Implementado com transformada rápida de Fourier

•Com prefixo cíclico, permite solução trivial de equalização

•Fácil alocação de recursos para realizar otimização do sistema

•Apresenta ótima robustez em canais seletivos em freqüência (desde que se use códigos corretores de erro e/ou waterfilling [Shannon])

•Permite melhor usufruir da diversidade de usuário

Baixa complexidade de implementação!

(30)

Princípio do OFDM(A)

1 exp( 2j f t) [0] a [1] a

Visualizando o problema em banda-básica:

1

+ 0 exp( 2j f t) 1 exp( 2j fNt) 1 exp(j2 f t) 0 exp(j2 f t) 1 exp(j2 fN t) 0 1 T dt T

[0] a [ 1] a N  [1] a [ 1] a N  0 1 T dt T

0 1 T dt T

[ ] -ésimo símbolo QAM (e.g, 16-QAM, 1+j, 1-3j, 3+3j, ...)

(31)

Princípio do OFDM(A)

Exemplo:

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 -1 0 1 cos(2t) 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 -1 0 1 sin(2t) 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 -1 0 1 cos(4t) -1 0 1 sin(4t) 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 -1 0 1 cos(2 t)cos(4t) 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 -1 0 1 cos(2 t)sin(4 t) 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 -1 0 1 sin(2 t)cos(4 t) -1 0 1 sin(2 t)sin(4 t)

(32)

Implementação eficiente

Digital:

1 1 0 1 0

[ ]

[ ] exp( 2

/

),

0

1

[ ]

[ ] exp(

2

/

), 0

1

N k N n

s n

N

a k

j

kn

N

n

N

a k

s n

j

kn

N

k

N

    

1 H

N

s

F a

a

Fs

 

F

k l,

exp(

j

2 (

k

1)(

l

1) /

N

)

[0]

[1]

[

1]

T

a

a

a N

a

Multiplicar por uma matriz exigiria N

2

multiplicações

alta complexidade para N elevado

Mas, a transformada rápida de Fourier (FFT) reduz a complexidade

para Nlog

2

(N)

(33)

Implementação eficiente

Digital:

Desse modo, tanto a modulação como a demodulação pode ser feita

de forma eficiente:

(34)

Ortogonalidade em canais dispersivos

Exemplo: considere um canal

e T=1

( )

( )

(

0,2)

h t

t

t

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 Sinal atrasado Sinal sem atraso

IBI

IBI

IBI

IBI

(35)

Ortogonalidade em canais dispersivos

Sem proteção, símbolos/bloco OFDM serão misturados (intersymbol

interference - ISI ou interblock interference - IBI), e haverá quebra a

ortogonalidade e geração de intercarrier interference (ICI)

Como evitar a IBI e manter a ortogonalidade

Ideia: senóides defasadas de mesma frequência, quando somadas, geram

uma nova senóides, com diferente fase, mas de mesma frequência!

Como fazer com que a FFT veja somas defasadas do sinal enviado, sem IBI?

(36)

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0.8 0.9 1

Ortogonalidade em canais dispersivos

Exemplo: considere um canal

e T=1

h t

( )

( )

t

(

t

0,2)

Com CP (Cyclic Prefix)

0 -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

(37)

Técnicas de Múltiplo Acesso

• TDMA – Time Division Multiple Access

Os canais usam as mesmas freqüências, mas cada um tem somente uma parcela do tempo (time slot)

tempo F re q ü ê n c ia

...

(38)

Técnicas de Múltiplo Acesso

• TDMA – Time Division Multiple Access • Vantagens:

• Raramente todas as componentes em freqüência do sinal estarão desvanecidas

• Através de equalização adequada, é possível obter melhor qualidade de sinal que no caso FDMA de banda estreita

• Devido às taxas elevadas, o canal costuma ser estático ou quasi-estático durante um time

slot, facilitando a adaptação do equalizador (em geral, fDT<0,01)

• Hardware simplificado se transmissão e recepção se não há superposição dos time-slots • Desvantagens:

• O uso de equalizadores é praticamente inevitável, o que aumenta a complexidade do sistema

• Controle temporal para sincronização dos time slots dos usuários móveis aumenta a complexidade do sistema

(39)

Técnicas de Múltiplo Acesso

• CDMA – Code Division Multiple Access

• Todos os canais (códigos) transmitem em toda a faixa de freqüência e ao mesmo tempo

tempo F re q ü ê n c ia

...

Códi go

(40)

Técnicas de Múltiplo Acesso

• CDMA – Code Division Multiple Access • Vantagens:

• Permite a implementação de um receptor muito simples, o receptor RAKE, que combina coerentemente os multipercursos discerníveis (diversidade!)

• Permite padrão de reuso igual a 1 • Soft hand-off/hand-over

• Desvantagens:

• Desempenho do RAKE é fortemente afetado já com poucos códigos ativos (interferência entre usuários!)

• Equalizadores mais sofisticados podem corrigir o problema, mas a custas de maior complexidade computacional

• Todos os usuários móveis devem ser recebidos com a mesma potência na ERB

• Necessita de um excelente controle de potência de todos os usuários móveis o que aumenta a complexidade do sistema

• Aquisição do sincronismo dos código para desespalhamento do sinal é uma tarefa mais sujeita a restrições mais rigorosas que no caso FDMA e TDMA

(41)

• Exemplo:

Dois códigos:

c1= [+1 +1 -1 -1 -1 -1 +1 +1], c2=[+1 -1 -1 +1 -1 +1 +1 -1]

Estes códigos são ortogonais? Para responder, vejamos se o produto interno entre os dois é nulo:

=> Sim, pois a projeção de um código no outro é nula!

Com tais códigos, é possível recuperar símbolos espalhados por ambos códigos sem que haja interferência entre eles.

Técnicas de Múltiplo Acesso

• CDMA – Code Division Multiple Access

• Como se dá o processo de espalhamento na freqüência do sinal? •Multiplicar o símbolo por chips que formam uma palavra código

•Chips são valores com duração, em geral, muito menor que um símbolo

•Tamanho da palavra código define o fator de espalhamento (spreading factor) • Como se dá o desespalhamento:

•Na recepção, multiplica-se novamente pelo código e soma-se o sinal resultante durante o período do símbolo 8 1 2 1 2 1

( ) ( )

0

T k

c k c k

c c

(42)

• Exemplo:

Os dois códigos ortogonais do exemplo anterior:

c1= [+1 +1 -1 -1 -1 -1 +1 +1], c2=[+1 -1 -1 +1 -1 +1 +1 -1]

Espalhamento (dois usuários a=1, b=-1)  sinal = a  c1+ b  c2 = [0 2 0 -2 0 -2 0 2] Desespalhamento:

Estimação de a na recepção = ; Estimação de b na recepção =

Note que o desepalhamento nada mais é que a projeção do sinal recebido sobre o código do usuário desejado!

Problema: e se os usuários estão desalinhados temporalmente (assíncronos)?

Neste caso, possivelmente, os códigos, antes ortogonais, deixarão de sê-lo, causando interferência entre os símbolos espalhados!

Técnicas de Múltiplo Acesso

8 1 1 ( ) ( ) 8 n c n sinal n   

8 2 1 ( ) ( ) 8 n c n sinal n    

(43)

Técnicas de Múltiplo Acesso

• É possível combinar todas as técnicas!!

• De certo modo, todos os sistemas celulares atuais são misturas de técnicas de múltiplo acesso • GSM: TDMA+FDMA

• CDMA e 3G: CDMA + FDMA • Duplexação do downlink/uplink:

• A maioria dos sistemas usa FDD (Frequency Division Duplex) – uma freqüência para downlink e outra freqüência para uplink.

• O TDD (Time Division Duplex) – é usado em alguns sistemas: WLAN e sistemas celular chinês TD-SCDMA (Time Division Synchronous CDMA) – permite circuitaria mais barata, pois não é preciso isolar transmissão da recepção.

(44)

Evolução dos sistemas

• 1ª geração :

AMPS (Advanced Mobile Phone System)

•Canais de voz analógicos •Modulação FM (30kHz) •Canais de controle digitais • 2ª geração (Completamente digital):

TDMA

•IS-136 e GSM (Global System for Mobile communications)

CDMA

•IS-95

• 2.5ª geração - Visando dados e começa a incorporar redes de pacotes no sistema. Mudanças na interface aérea e no núcleo da rede.

TDMA

• GPRS (General Packet Radio Service) (140kbps) e EDGE (Enhanced Data rates for Global Evolution) (180kbps) – evolução do GSM – GERAN (GSM/EDGA Radio Access Network) • CDMA

(45)

Evolução dos sistemas

• 3ª geração: • CDMA

• CDMA2000 (3x, EV-DO) (EUA/Asia principalmente) e

UMTS - Universal Mobile Telecommunications System (Mundo) – UTRAN (UMTS Terrestrial Radio Access Network)

• 3.5ª– Redes banda larga para acesso à Internet:

• HSPA (High Speed Packet Access) – taxas de até 14,4Mbps – Downlink: HSDPA, Uplink:HSUPA

• 4ª geração

• OFMDA – LTE (Long Term Evolution) e WiMAX – taxas de mais de 100Mbps • Técnicas adicionais para aumento da capacidade através da adoção de novas tecnologias:

• Equalizadores avançados (não-linear / algoritmos mais precisos / detecção multiusuário) • Antenas Adaptativas e SDMA

• Redes Ad Hoc

• Rádio Cognitivo: aumento da eficiência na utilização de faixas pouco utilizadas

(46)

• A idéia do MIMO consiste na existência de múltiplas antenas na transmissão e múltiplas

antenas na recepção

• Das possíveis técnicas, existem duas abordagens: ganho de diversidade (reduzir a taxa de

erro de bit) e ganho de multiplexação (aumentar a taxa de dados do sistema)

• Exemplos:

• Ganho de diversidade: , L é a diversidade do sistema

• Alamouti (caso MISO (Multiple Input Single Output), extensível ao MIMO) , L=2:

Multiple Input Multiple Output (MIMO)

1 2 * * *

[1]

[1]

[2]

[2]

h

h

y

a

h

h

y

a

 

* * 1

[1]

2

[2]

1

[2]

2

[1]

h a

h a

h a

h a

y

* *

[1]

[2]

[2]

[1]

a

a

a

a

h1 h2 * 1 2 2 2 * *

[1]

1

[1]

[2]

[2]

a

h

h

y

a

h

h

y

1 /

L erro

P

SNR

(47)

Multiple Input Multiple Output (MIMO)

[2]

a

• Exemplos:

• Ganho de multiplexação – resulta em ganho de taxa :

•V-BLAST, com decodificação linear:

h11 h21 h22 h12

[1]

a

1 11 12 2 21 22

[1]

[2]

y

h

h

a

y

h

h

a

 

 

H



Daí, pode-se obter novamente a[1] e a[2] a partir de y

1

e y

2

multiplicando-se pela inversa

de H, caso exista (existe com probabilidade 1).

22 12 1 21 11 2 11 22 12 21 1 [1] 1 [2] h h y a h h y a h h h h                    H 

•V-BLAST, com decodificação linear resulta em mau desempenho na presença de ruído.

•Decodificação do tipo Cancelamento Sucessivo de Interferência (SIC, em inglês) ou recepção ML é mais eficiente, mas mais custosa computacionalmente

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Alocação de freqüências e canais

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