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TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO. Dra. Mônica Scattolin

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(1)

TRANSTORNO DO ESPECTRO DO

AUTISMO

Dra. Mônica Scattolin

(2)

Questões frequentes

1-O que é o transtorno do espectro do autismo?

2-O que causa o TEA? É genético?

3-Como avaliar o TEA?

4- O TEA está aumentando? Qual sua

prevalência?

5- Como é o tratamento do TEA?

TRANSTORNO DO ESPECTRO DO

AUTISMO

(3)

1- O que é o TEA?

Definição mental, dada por um ou mais autores, a

fenômenos/constatações que são difíceis de ser

compreendidos ou que são novidades científicas. A

finalidade é que não soem vagos e imprecisos.

Busca-se, assim, estruturar e organizar uma linguagem

determinante que sinalize e simbolize da maneira mais

exata possível o que se está pesquisando ou do que se

está falando a fim de que seja compreendido pelos

outros.

(4)

1943

Leo Kanner

Hans Asperger

Diferentes graus de severidade de um mesmo

quadro clínico abrangente

1944

(5)

1943 2014

1- O que é o TEA?

(6)

1- O que é o TEA?

• DSM-II: 1968

182 doenças

• DSM-III:

1980

• DSM-III R: 1987

292 diagnósticos

• DSM-IV: 1994

297 transtornos

• DSM-IV R: 2000

)

Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais

(7)

Década de 90

Transtornos globais do desenvolvimento

CID 10 –Classificação Internacional das Doenças

(1999, revisado em 2006)

DSM IV –Manual de Diagnóstico e Estatística dos Distúrbios Mentais da Associação Americana de Psiquiatria

(1994, revisado em 2000)

(8)

Classificações

CID 10 - F 84 Transtornos globais do desenvolvimento

F 84.0 Autismo infantil F 84.1 Autismo atípico F 84.2 Síndrome de Rett

F 84.3 Outros transtornos desintegrativos da infância

F 84.4

Transtorno com hipercinesia associada a retardo mental e a movimentos

estereotipados

F 84.5 Síndrome de Asperger

F 84.8 Outros transtornos globais do desenvolvimento

F 84.9 Transtornos globais não especificados do desenvolvimento DSM IV - Transtornos globais do desenvolvimento Transtorno autista Transtorno de Rett Transtorno Desintegrativo da Infância Transtorno de Asperger Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação

(9)

• Terminologia

Pervasive Development Disorder

PPD

transtornos invasivos

do desenvolvimento

TID

Tradução feita pela

Artes médicas

Tradução feita pela

Editora da USP

transtorno global

do desenvolvimento

TGD

(10)

• Terminologia

Pervasive Development Disorder

PPD

Não existe o termo

“pervasivo” no nosso

dicionário

(11)

Critérios: DSM-5

• Deve preencher os critérios abaixo:

A. Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes:

A1. Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social

A2. Falta de reciprocidade social

A3. Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento.

B1. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo:

a. Comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou comportamentos sensoriais incomuns

b. Excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento c. Interesses restritos, fixos e intensos

(12)

Critérios-DSM-5

A1. Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social

Uso do outro como instrumento Iniciar a aproximação social de maneira pouco usual (tocar intrusivo, lamber os outros) ou falha em iniciar a aproximação (só o faz para conseguir ajuda)

Falha em estabelecer diálogos, uso pragmático da linguagem é pobre Falha em responder ao ser chamado

pelo nome ou quando fala-se diretamente

Não inicia a conversação

Monólogos, discursos tangenciais

Déficits em iniciar a socialização e responder a ela

Partilhar interesses reduzido (não compartilha, não mostra, traz ou aponta para objetos que tem

interesse para outras pessoas Partilhar afetos e emoções

reduzidos

(falta de sorriso social, não responde a elogios, não demonstra prazer com a socialização, não oferece

conforto para outros em situações esperadas

(13)

Critérios-DSM-5

A2. Falta de reciprocidade social

Contato ocular fugidio

Dificuldades no uso e no entendimento de posturas corporais e de gestos Fala com volume, entonação, prosódia, ritmo anormais Anormalidades no entendimento do afeto (uso de

expressões faciais limitado ou exagerados), falta de expressões de acolhimento e alegria direcionadas aos

outros, inabilidade de reconhecer e interpretar expressões não verbais dos outros)

Falta de coordenação entre comunicação verbal e não verbal

(ex. inabilidade de coordenar contato visual com a linguagem corporal e palavras

(14)

Critérios-DSM-5

A3. Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento.

Falta de teoria da mente (Inabilidade de entender a perspectiva dos outros - > 4 anos)

Falta de ajustar comportamentos para adequar-se aos contextos sociais (não percebe a falta de interesse do

outro em uma atividade, falta de respostas a dicas sociais, expressões inapropriadas de emoção, desconhece as convenções sociais/comportamentos

sociais apropriados, faz perguntas socialmente inapropriadas, não percebe quando não é bem vindo em

uma conversa ou em uma brincadeira, reconhecimento limitado das emoções sociais (não percebe quando está

sendo alvo de brincadeiras) Dificuldades em brincar

compartilhado e simbólico Não forma amizades, não tem

amizades preferidas,

brincar em paralelo (> 2 anos) e sem um brincar cooperativo.

Tem interesse em fazer amigos mas não entende as convenções sociais para a interação (ex. extremamente diretiva

rígida ou passiva)

Falta de interesse nos colegas, “retraimento”, “alienação”, não tenta

atrair a atenção dos outros, prefere atividades solitárias

(15)

Teoria da Mente

(16)
(17)

Incapacidade de reconhecer estados mentais

Sem a capacidade de pensar sobre pensamentos, pouco podem

compreender sobre o mundo social à sua volta

Não entendem que as pessoas têm crenças, desejos e interações.

Essa deficiência em metarepresentação leva-os a interpretar o que

as pessoas fazem somente ao nível das ações e não da cognição ou

da emoção.

Deficiência cognitiva social básica de entender outras mentes

(18)

Critérios-DSM-5

• Deve preencher os critérios abaixo:

A. Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes:

A1. Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social

A2. Falta de reciprocidade social

A3. Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento.

B1. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo:

a. Comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou comportamentos sensoriais incomuns

b. Excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento c. Interesses restritos, fixos e intensos

(19)

Estereotipias

(20)
(21)

Estereotipias

• Classificação

Parte do corpo Tipo de movimento

Face Caretas, movimentos de lábios, língua, abertura de boca Cabeça, tronco

e ombros

Inclinações de cabeça, sacudir, mexer a cabeça para os lados, balancim de corpo, movimento de ombros arquear as costas Braços e

pernas Mexer, rodopiar, bater, balançar

Mãos/dedos Mexer, rodopiar, bater, balançar, abrir-fechar, torcer Mãos/ dedos

com objetos Mexer, bater, rodar objetos Marcha Passos, pular, correr, girar

Auto direcionados

Cobrir orelhas, levar a boca, cheirar, esfregar os olhos, bater no queixo, bater os braços contra o corpo, tocar os genitais, bater a si mesmo ou um objeto contra uma superfície

(22)

Critérios-DSM-5

Os sintomas :

• Devem estar presentes no início da infância, mas podem não se

manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite

de suas capacidades

• Devem causar prejuízo clínico significativo em áreas do funcionamento

social, ocupacional ou demais áreas de funcionamento do indivíduo.

• Os sintomas não são melhor explicados por quadro de deficiência

intelectual ou atraso global. Para o diagnóstico de comorbidades TEA e

deficiência intelectual a comunicação social deve estar abaixo do

(23)

Critérios-DSM-5

Especificadores

– Idade de início

– Curso com ou sem regressão

– Habilidades cognitivas

– Capacidade de verbalização

(prejuízo de estruturação da

linguagem)

– Classificação de gravidade e

da necessidade de suporte

– Associação com fator

genético ou ambiental

– Comorbidades

(24)

Social (Pragmatic) Communication

Disorder

• Uma nova categoria diagnóstica

• Alterações da comunicação social

sem a presença do comportamento

repetitivo ou restritivo e não

explicada por comprometimento

cognitivo

• Devem estar presentes no início da

infância, mas podem não se

manifestar completamente até que

as demandas sociais excedam o

(25)

Social (Pragmatic) Communication

Disorder

• O TEA é critério de exclusão. Pode ocorrer

como patologia isolada ou co-existir com outras

patologias que não o TEA.

As dimensões do estudo da linguagem

Pragmática-- relações entre os signos e seus usuários,

os falantes em contexto. “A porta ficou aberta // É

verdade”

Semântica - relações entre os signos e seus

significados. "Um círculo quadrado”

Sintática - relações formais entre os signos. "um círculo

redonda"

(26)
(27)

• Alteração do neurodesenvolvimento

• Definido pela descrição de comportamentos e

sintomas cuja expressão varia com o tempo

A estabilidade da semiologia no

autismo contrasta com as diferentes

opiniões sobre sua patogenia

(28)

Desenvolvimento sócio-emocional

• Três diferentes emoções estão presentes ao

nascimento: raiva, alegria e medo

• Todos os lactentes demonstram as expressões

faciais que revelam essas emoções embora

eles não usem essas emoções de maneira

discriminada antes da idade de 3 anos.

(29)

Desenvolvimento sócio-emocional

• Até os 6 meses aparecem todas as emoções

primárias (raiva, medo, tristeza alegria, surpresa)

• No 1° ano regula as emoções negativas por sucção

ou afastando-se. Com 7 meses surge a referência

social e a auto-regulação emocional melhora à

medida que a criança se balança, morde objetos ou

se afasta de estímulos estressantes

(30)

Desenvolvimento sócio-emocional

Ansiedade com estranhos /

angústia da separação

• Inicia-se por volta dos 6-8

meses

(31)

A manifestação mais

precoce da atenção

compartilhada acontece por

volta dos 8 meses quando a

criança segue o olhar do

cuidador e olha na mesma

(32)

Desenvolvimento sócio-emocional

Apontar proto-imperativo

• Com 12-14 meses aponta quando quer algo,

integrando o olhar para o objeto que quer,

algumas vezes com vocalizações

(33)

Desenvolvimento sócio-emocional

Apontar proto-declarativo

Com 16m já aponta para o objeto apenas

para demonstrar seu interesse

• Aos 18 meses vai trazer o objeto que tem

interesse para próximo do cuidador e já existe

o brincar de casinha, de alimentar a boneca...

(34)

Desenvolvimento sócio-emocional

• Após o 2° ano de vida a criança passa a

brincar com crianças da sua idade

• Regra geral: uma criança consegue

brincar efetivamente apenas com grupos

de crianças do mesmo número que a sua

idade

(35)

Avalição 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos Interação Brincar em paralelo, copia os outros, brincar solitário, oferece brinquedos Assume um papel na brincadeira, tem preferência por certos amigos, brinca em associação com outros amigos (20 min) Jogos interativos, tem um melhor amigo, brinca de maneira cooperativa com outros Prefere o brincar com colegas à brincar sozinho Grupo de amigos Nível de fantasia Simbólico com bonecas, imita atividades domésticas horas após acontecerem Fantasias simples, tudo o que não for

familiar pode ser visto como monstro. Fantasias mais elaboradas, distingue fantasia da realidade Brincadeiras de faz de conta e de se vestir como

Parâmetros

(36)

Avalição 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos Uso da regra É capaz de entender o conceito de turnos(minha vez/sua vez) começa a entender o direito de propriedade (“é meu”) Incorporou algumas regras Segue regras em jogos simples, divide espontaneamente Segue as regras do jogo, segue as regra da comunidade

Agressão Usa a agressividade para pegar coisas

É capaz de negociar em conflitos Quer agradar os amigos

Parâmetros

(37)

Avalição 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos

Amigo

imaginário Pode ter Comum

Se presente, não facilmente declarado Atividades Brinquedos favoritos Coisas que se movimentam, modificam-se ou encaixam-se, água, música, ouve histórias Ouve histórias., é capaz de vestir e tirar a roupa das bonecas Canta uma música, dança, ouve histórias

Parâmetros

(38)

V oc abu lári o acumulado (pala vr as

) Pais com curso superior

Pais com ensino médio Pais sem estudo

16 meses 24 meses 36 meses

Hart, B., & Risley, T. (1995). Diferenças significativas resultantes das experiências do dia a dia de crianças americanas .

Idade (meses)

Desenvolvimento típico

(39)

Nascimento

Interações

em díade

Tríade

Teoria da

mente

Início da

aquisição

6m 9 m 30-36 m Atenção compartilhada 6-24m (9-15m) Reciprocidade afetiva 0-6m

Sócio-emocional

• Desenvolvimento típico e atípico

(40)

Atenção compartilhada ORIENTAÇÃO VISUAL

Eye tracking

Elison et. al, 2013

1- O que é o TEA?

(41)

• Desenvolvimento típico e atípico

(42)
(43)
(44)

http://www.ted.com/talks/ami_klin_a_new_way_to_diagnose

(45)

Stephen Wiltshire

(46)

Uma doença da conectividade

Existe uma menor conectividade entre certas

regiões cerebrais (nos lobos frontais; entre

áreas anteriores com posteriores) e maior em

outras: parieto-occipital)

(47)

Nascimento 6 anos 14 anos Conel, 1939

(48)
(49)

Neurônio

Tamanho dos neurônios vai de 0.004

mm a 0.1mm

Espessura

do cabelo humano 0.0889 mm

(50)

Neurogênese

Migração

Diferenciação

Sinaptogênese

Poda neuronal

Rearranjo sináptico

(51)

Thompson and Nelson, 2001

(52)

Interve

Thompson and Nelson, 2001 Intervenção precoce

Referências

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