Registros de capturas
acidentais de aves e
répteis em armadilhas para
mamíferos no estado da Bahia, Brasil
Marco Antonio de Freitas1, Thiago Filadelfo Miranda2, Daniella Pereira Fagundes de França3, Janete Abraão4,
Leandro Oliveira5, Daniel Capelli da Silva6, Daniel Araujo7, Candelária Estavilho8,
Rafael Alves8, Breno Hamdan9, Oberdan Coutinho Nunes10, Mateus Carvalho11, Daniela Pinto Coelho6, Rafael Oliveira
de Abreu6 & Thaís Figueiredo Santos Silva12
A captura de vertebrados terres-tres através de levantamento de fauna para compor Estudos de Im-pacto Ambiental tem crescido de forma ampla no Brasil (Vasconce-los 2006). Com o maior rigor ado-tado nas atividades de
licenciamen-to ambiental seguindo a normatização proposta pela Política Nacional de Meio Ambiente (TCU 2007), o número de informações biológicas de campo tem au-mentado consideravelmente. Infelizmente, poucos são os estudos que se tornam disponíveis como publica-ções, dados estes que poderiam representar um melhor refinamento do conhecimento sobre a distribuição ge-ográfica, da conservação e mesmo de inúmeras ques-tões ecológicas das espécies (Straube et al. 2010).
Uma das metodologias para estudos e inventários de mamíferos terrestres tem sido a captura através de ar-madilhas do tipo Tomahawk e Shermann, largamente empregadas por sua praticidade e eficiência (Freitas 2012). Capturas de outros vertebrados em armadilhas para mamíferos são uma constante nos levantamentos de mamíferos com armadilhas metálicas (González 1997, Ghizoni-Jr & Graipel 2005). No Brasil, o único estudo conhecido sobre o assunto (Ghizoni-Jr & Grai-pel 2005) verificou diversas capturas de outros verte-brados que não eram o objetivo do inventário.
Este trabalho objetivou relatar informações sobre capturas acidentais de aves e répteis em armadilhas para mamíferos baseados em informações contidas
em diversos inventários de campo realizados na Bahia através de diversos consultores ambientais.
Material e Métodos
Este estudo foi baseado na análise de capturas aci-dentais de espécies de aves e répteis no estado da Bahia entre os anos de 1994 e 2012 em diversos re-gistros de capturas. Foram reunidas informações de 20 inventários faunísticos efetuados pelos autores em trabalhos no estado da Bahia, principalmente de consultorias ambientais (Estudos de Impacto Am-biental - EIA), realizados nos biomas mais abrangen-tes deste estado: Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. Os dados foram coletados nos seguintes municípios: Caetité, Camamú, Camassandí, Camaçari, Correntina, Ilhéus, Itamarajú, Ituaçú, Mata de São João, Maracás, Maragojipe, Mucugê, Nilo Peçanha, Salvador, São Desidério, Vereda e Xique-Xique.
Foram considerados como capturados acidentalmente todas as espécies de vertebrados que não fossem mamí-feros, alvo principal nos levantamentos. As armadilhas utilizadas nos diferentes trabalhos com dados aqui reuni-dos foram do tipo Tomahawk e Shermann, de tamanhos e
ISSN 1981-8874
9 7 7 1 9 8 1 8 8 7 0 0 3 00175
Figura 1. Proporção bruta dos diferentes tipos de iscas utilizadas com sucesso nas armadilhas de captura de mamíferos. Tipos de isca – VEG: itens vegetais, ANI: itens animais, ANI+VEG: itens animais e vegetais juntos, DENDÊ: sementes de dendê.
dimensões variadas oscilando entre 70 X 40 cm as maio-res e 10 X 20 cm as menomaio-res, e montadas na maioria das vezes no solo. A armadilha tipo Tomahawk é retangular com paredes gradeadas de ferro e uma porta na extremi-dade que se fecha quando o gatilho iscado na outra extre-midade da armadilha é disparado; o tipo Shermann segue a mesma estrutura, com placas de alumínio no lugar das grades vazadas (Fox & Papouchis 2004).
Em geral, tais tipos de armadilha eram armadas em igual proporção durante um levantamento, havendo sempre as mesmas chances de captura para o tipo To-mahawk ou Shermann. O ambiente para montagem das armadilhas levou em conta áreas que fossem próximas de passagens de mamíferos ou que possuíssem
ves-tígios destes. As iscas utilizadas nos diferentes tra-balhos consistiram principalmente da combinação de itens de forte odor vegetal, como pasta de amendoim, abacaxi e banana; e animal, como bacon, sardinha, ca-labresa defumada, pasta de carne ou pedaços de frango (Figura 1). O uso da paçoca de amendoim ou fubá de milho era associado à margarina ou emulsão de fígado de bacalhau para formar uma pasta mais consistente antes de ser fixada nas armadilhas. Sementes de den-dê foram utilizadas apenas no bioma Mata Atlântica, quando estas eram abundantes na área amostrada.
As aves foram listadas através da Lista Primária de Aves do Brasil, publicada pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO 2011); a classificação
Figura 2. Crypturellus parvirostris capturado em São Desidério (Foto: Marco Freitas).
Figura 4. Rupornis magnirostris capturado em Vereda (Foto: Janete Abrão).
Figura 3. Cathartes burrovianus capturado em Mata de São João (Foto: Oberdan Nunes).
Figura 5. Caracara plancus capturado em Mata de São João (Foto: Oberdan Nunes).
taxonômica também seguiu a proposta deste Comitê. A dieta predominante das espécies foi determinada por observações e pelo conhecimento prévio dos autores a partir de observações em campo e por registros em literatura (Sick 1997). Os répteis foram identificados e classificados através da Lista Brasileira de Répteis (Bérnils & Costa 2012). A dieta foi determinada por observação em campo dos autores e por registros em literaturas específicas sobre répteis no Nordeste do Brasil (Freitas 2003, Freitas & Silva 2005, 2007).
Resultados e Discussão
Os dados reunidos neste trabalho registraram um to-tal de 73 capturas acidentais de 27 espécies de
ver-tebrados terrestres (Tabela 1). Foram 21 espécies de aves (n = 51 capturas) distribuídas em 10 ordens e 15 famílias; e seis de répteis (n = 22) reunidas em uma única ordem e quatro famílias.
O fato da maior parte dos registros ter sido de aves já era esperado, uma vez que esta classe apresenta a maior diversidade entre os vertebrados terrestres do mundo (Sabino & Prado 2006). O Brasil ocupa a se-gunda posição no ranking de países de maior rique-za de espécies (CBRO 2011) e é esta alta diversidade de aves que garante a ocupação de um maior número de nichos enquanto outros vertebrados terrestres pos-suem limitações de distribuição quanto a determina-dos recursos (e.g., anfíbios) ou períodetermina-dos de atividade
Figura 6. Aramides cajanea capturada em Salvador (Foto: Daniel Araujo).
Figura 8. Sakesphorus cristatus capturado em Mucugê (Foto: Marco Freitas).
Figura 7. Leptotila sp. capturada em Ilhéus (Foto: Thiago Miranda).
Figura 9. Cyanocorax cyanopogon capturado em Ituaçu (Foto: Thiago Miranda).
ao longo do ano (e.g., répteis) (Ghi-zoni-Jr. & Graipel 2005, Freitas & Silva 2007).
A maioria dos espécimes de aves capturados era adulta (apenas dois jovens); o sexo só pôde ser aferido em Sakesphorus cristatus (choca--do-nordeste), que apresentou uma razão sexual equilibrada (10 fême-as e 12 machos). A família Tham-nophilidae foi a mais abundante com um indivíduo de Myrmorchi-lus strigilatus (piu-piu) e 22 de S. cristatus, ambas espécies comuns na Caatinga e com hábitos de forra-geio no estrato baixo, por vezes ter-rícolas (Sick 1997), o que poderia justificar tal frequência de captura. Entre os demais registros, cada es-pécie encontrada nas armadilhas foi registrada no máximo três vezes, o que confirma a casualidade dos mesmos.
A maioria das capturas foi pela armadilha tipo Tomahawk (98%) que, ao contrário da Shermann, apresenta paredes vazadas com gra-des que permitem ver o ambiente externo. É possível que as aves te-nham se sentido mais seguras para tentar alcançar as iscas neste tipo de armadilha atraídas visualmente e não pelo olfato.
Um Crypturellus parvirostris (inhambú-chororó) adulto foi cap-turado em um pasto sujo, sob do-mínio da Mata Atlântica, em abril de 2011, juntamente com seus dois filhotes de poucas semanas de vida - um deles estava dentro da arma-dilha e o outro aguardava do lado de fora. O período de atividade re-produtiva desta espécie no Cerrado do Brasil Central se inicia em se-tembro e se estende até o início de dezembro (Marini et al. 2012), e na Mata Atlântica esta espécie parece estender sua reprodução acompa-nhando a estação chuvosa (observa-ção pessoal dos autores).
Algumas capturas podem ser in-teiramente justificadas pelo tipo de isca utilizada. As aves pertencentes à família Cathartidae possuem pre-dominância do hábito necrófago e, Falconidae e Accipitridae, hábitos carnívoros, podendo
ocasionalmen-Figura 10. Lagarto Salvator merianae capturado em restinga em Camaçari (Foto: Marco Freitas).
Figura 12. Lagarto Tropidurus hispidus capturado em Xique-Xique (Foto: Marco Freitas). Figura 11. Lagarto Ameiva ameiva capturado em restinga em Camaçari (Foto: Marco Freitas).
te comer restos de animais mortos (Sick 1997); é pos-sível que estas tenham sido atraídas pelo forte odor dos itens de origem animal (pedaços de frango, cala-bresa defumada e bacon) que foram distribuídos entre as armadilhas em que esses indivíduos foram captura-dos (Tabela 2).
As iscas só com itens vegetais, e principalmente as que incluíam pasta de amendoim, foram imensamen-te atrativas para a maioria dos animais, tão quanto às iscas mistas que combinaram itens vegetais e animais - estas foram as que atraíram uma maior diversida-de diversida-de espécies. É possível que aves mais generalis-tas tenham sido atraídas pelos artrópodes que se ali-mentavam da isca (Ghizoni-Jr. & Graipel 2005). Os artrópodes estão presentes normalmente na dieta de lagartos teiídeos (Silva & Araújo 2008) e na de aves das famílias Thamnophilidae, Furnariidae, Corvidae e Thraupidae (Sick 1997).
As iscas do tipo “frutos de dendê” foram atrativas para Leptotila sp. e para Turdus amaurochalinus (Ta-bela 2), espécies que forrageiam muito no solo e in-cluem frutos em suas dietas. Lima et al. (2007), em trabalho realizado na Bahia sobre as aves consumido-ras de dendê, registraram 18 espécies, incluindo um Columbidae (Columbina squammata) e dois Turdi-dae (T. rufiventris e T. leucomelas) se alimentando de dendê, corroborando nossas observações que incluem mais duas espécies de aves não antes registradas utili-zando este recurso alimentar.
Apesar de determinadas espécies exigirem certos ti-pos específicos de iscas para sua captura, o uso das mesmas como atrativos olfativos permitiu a captura de várias espécies de aves e até mesmo répteis, incluindo algumas de dieta oportunista, como também observa-do por Ghizoni-Jr. & Graipel (2005). Tanto espécies que forrageiam em estrato alto quanto baixo podem ser capturadas, sendo as iscas que mesclaram itens de origem animal e vegetal de forte odor as que obtêm o maior número de capturas.
Referências Bibliográficas
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1Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). BR 222, KM 12,
Pequiá. Açailândia, MA. CEP-65930000. E-mail – philodryas@hotmail.com 2Programa de Pós-Graduação em Ecologia,
Universidade de Brasília, Brasília, DF. 3Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais, Universidade
Federal do Acre, Rio Branco, AC. 4 Centro de Pesquisa e Conservação de Ecossistemas Aquáticos, Salvador, BA. 5Programa de Pós-graduação em Zoologia, Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, BA. 6 Programa de Pós-Graduação em Diversidade Animal,
Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA. 7Naturam Consultoria, Salvador, BA. 8Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA. 9Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Museu
Nacional de Zoologia, Rio de Janeiro, RJ. 10Instituto de Medicina Veterinária, Universidade
Federal da Bahia, Salvador, BA. 11Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Universidade Estadual de Feira de Santana,
Feira de Santana, BA.
12Ecologic Consultoria Ambiental Ltda., Lauro de Freias, BA.
Tabela 1. Distribuição das ordens, famílias e espécies, nomes populares, quantidades de capturas, dieta dos vertebrados capturados e
tipo de isca utilizado nas armadilhas. Dieta – ONI: onívora, INS: insetívora, CAR: carnívora, NEC: necrófaga, FRU: frugívora; Isca – VEG: itens vegetais, ANI: itens animais, ANI+VEG: itens animais e vegetais juntos, DENDÊ: sementes de dendê.
AVES
Táxon Nome Popular Capturas Dieta Isca
TINAMIFORMES: TINAMIDAE
Crypturellus tataupa inhambu-chintã 1 ONI ANI+VEG
Crypturellus parvirostris (Figura 2) inhambu-chororó 1 ONI VEG
GALLIFORMES: CRACIDAE
Ortalis guttata aracuã 1 ONI ANI+VEG
PELECANIFORMES: ARDEIDAE
Butorides striata socozinho 1 ONI VEG
CATHARTIFORMES: CATHARTIDAE
Coragyps atratus urubu-comum 1 NEC ANI+VEG
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha 3 NEC ANI
Cathartes burrovianus (Figura 3) urubu-de-cabeça-amarela 2 NEC ANI e ANI+VEG ACCIPITRIFORMES: ACCIPITRIDAE
Rupornis magnirostris (Figura 4) gavião-carijó 3 CAR ANI e ANI+VEG
FALCONIFORMES: FALCONIDAE
Caracara plancus (Figura 5) carcará 1 ONI ANI+VEG
GRUIFORMES: RALLIDAE
Aramides cajanea (Figura 6) saracura-três-potes 1 ONI ANI+VEG
Laterallus viridis sanã-castanha 2 ONI VEG e ANI+VEG
COLUMBIFORMES: COLUMBIDAE
Leptotila sp. (Figura 7) juriti 2 FRU DENDÊ
CUCULIFORMES: CUCULIDAE
Crotophaga ani anu-preto 1 INS VEG
Tapera naevia saci 1 INS VEG
PASSERIFORMES: THAMNOPHILIDAE
Sakesphorus cristatus (Figura 8) choca-do-nordeste 22 INS ANI+VEG
Myrmorchilus strigilatus piu-piu 1 INS ANI+VEG
FORMICARIIDAE
Formicarius colma galinha-do-mato 1 INS VEG
FURNARIIDAE
Furnarius rufus joão-de-barro 1 INS ANI+VEG
CORVIDAE
Cyanocorax cyanopogon (Figura 9) gralha-cancã 2 ONI ANI+VEG
TURDIDAE
Turdus amaurochalinus sabiá-bico-de-osso 1 ONI DENDÊ
THRAUPIDAE
Tabela 2. Animais capturados de acordo com tipos de iscas.
ESPÉCIE ISCA
Crypturellus tataupa Pasta de amendoim e bacon
Furnarius rufus Pasta de amendoim e bacon
Cyanocorax cyanopogon Pasta de amendoim, bacon, abacaxi e sardinha
Myrmorchilus strigilatus Pasta de amendoim, bacon, abacaxi e sardinha
Leptotila sp. Frutos de dendê
Caracara plancus Calabresa defumada, bacon e abacaxi
Cathartes burrovianus Calabresa defumada, bacon e abacaxi
Rupornis magnirostris Pasta de amendoim, pedaços de frango, sardinha, banana, emulsão de fígado de bacalhau
Sakesphorus cristatus Mistura de paçoca, sardinha, Emulsão Scott e Banana
Butorides striata Pasta de amendoim e banana
Saltator similis Pasta de amendoim e banana
Laterallus viridis Pasta de amendoim e banana
Aramides cajanea Pasta de amendoim e banana
Tapera naevia Pasta de amendoim e banana
Crotophaga ani Pasta de amendoim e banana
Formicarius colma Pasta de amendoim e banana
Turdus amaurochalinus Dendê
Aramides cajanea Pasta de carne, banana e pasta de amendoim
Laterallus viridis Pasta de carne, banana e pasta de amendoim
Ortalis guttata Pasta de carne, banana e pasta de amendoim
Crypturellus parvirostris Pasta de amendoim, fubá, óleo de soja
Cathartes aura Pedaços de frango
Coragyps atratus Pedaços de frango
Salvator merianae Pedaços de frango
Salvator merianae Pasta de amendoim e bacon
Ameiva ameiva Pasta de amendoim e bacon
Ameivula sp. Pasta de amendoim e bacon
Tropidurus hispidus Pasta de amendoim e bacon
Copeoglossum nigropunctatum Pasta de amendoim e bacon
Eunectes murinus Pasta de amendoim e bacon
RÉPTEIS
Táxon Nome Popular Capturas Dieta Isca
SQUAMATA: TEIIDAE
Salvator merianae (Figura 10) teiú 7 ONI ANI e ANI+VEG
Ameiva ameiva (Figura 11) calango-verde 9 INS VEG e ANI+VEG
Ameivula sp. calanguinho 1 INS ANI+VEG
TROPIDURIDAE
Tropidurus hispidus (Figura 12) lagartixa 3 INS ANI+VEG
MABUYIDAE
Copeoglossum nigropunctatum bibra-brilhante 1 INS ANI+VEG
BOIDAE