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Livro Eletrônico Aula 00 Legislação Básica da Educação p/ SEDUC-CE (Professor-todas áreas) Pós-Edital

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(1)

Aula 00

Legislação Básica da Educação p/ SEDUC-CE (Professor-todas áreas) Pós-Edital

(2)

Considerações iniciais ... 1

Apresentação pessoal ... 2

Apresentação do Curso ... 4

Apresentação da Didática de Ensino ... 4

Apresentação da Aula 00 ... 6

C

ONSIDERAÇÕES INICIAIS

Olá, seja bem-vindo (a) à aula 00 do Curso de

Legislação Básica da Educação

p/ Seduc-CE

(Professor todas áreas) Pós-Edital.

Não deixe de acompanhar as novidades no canal do aluno, por meio das minhas respostas

no fórum de dúvidas e dos meus possíveis recados gerais com importantes dicas complementares,

até a data da prova. Assista também todas as videoaulas complementares do curso, que elaboro

sempre que julgo necessário à compreensão de pontos específicos das aulas escritas.

(3)

Sou Rodrigo Bandeira.

Atualmente, ocupo o cargo de analista administrativo da ANEEL e sou Professor/Advogado

voluntário do Núcleo de Práticas Jurídicas da Universidade de Brasília - UnB. Fui Especialista em

financiamento e execução de programas e projetos educacionais do Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação (FNDE) - tendo sido o primeiro colocado do concurso público

nacional (CESPE/UnB), em 2013 - e Oficial do Exército Brasileiro, tendo saído da instituição no

posto de Capitão (1999-2013). Possuo Bacharelado (2003) em Ciências Militares (ênfase:

Comunicações) pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), Bacharelado em Direito pela

UnB (2015), Mestrado em Direito, Estado e Constituição (UnB, 2017) e sou inscrito na OAB-DF.

Possuo experiência profissional e algumas especializações, cursos e estágios nas áreas: jurídica,

educacional, gestão pública, auditoria pública, (tele) comunicações, energia, defesa nacional e

agropecuária.

A quem interessar visualizar maiores detalhes curriculares, basta acessar o link:

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8104672H6

Como alguém que teve toda sua formação escolar e acadêmica em instituições públicas de

ensino do nosso país e que vêm alcançando todas suas conquistas profissionais por meio do

estudo, do sacrifício pessoal e da dedicação profissional, compartilho o entendimento e defendo

que as carreiras educacionais devem ser elencadas ao topo da valorização profissional, como

condição necessária ao desenvolvimento econômico e social do nosso país, bem como pela

necessidade de atração e permanência de excelentes profissionais na área educacional.

Durante boa parte do período que atuei profissionalmente como Oficial do Exército Brasileiro

tive a oportunidade de trabalhar diretamente com a diuturna formação dos jovens que prestam o

serviço militar obrigatório. Esta grande experiência educacional transborda as fronteiras das aulas

de conteúdo cognitivo e adentra na seara dos conflitos humanos, verdadeiro laboratório social, no

qual diariamente surgem inúmeras situações que refletem o atual patamar socioeconômico da

nossa sociedade.

Desta forma, pude perceber, ainda mais, a Educação como instrumento fundamental da

autonomia humana.

(4)

educacional e aos concursos públicos:

- Siga meu perfil no Instagram:

prof.rodrigobandeira

- Curta minha página no Facebook:

http://bit.ly/Facebook-RodrigoBandeira

- Inscreva-se no meu canal no Youtube:

http://bit.ly/Youtube-RodrigoBandeira

Observação importante

: Além das aulas em PDF, estarei disponível para retirar

dúvidas dos alunos matriculados, por meio do fórum virtual, e, sempre que

entender necessário, disponibilizarei materiais extras aos matriculados,

visando contribuir neste processo de preparação para a prova.

Observação importante II

: este curso é protegido por direitos autorais

(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a

legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e

pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que

elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos

honestamente através do site Estratégia Concursos.

(5)

A

PRESENTAÇÃO DO

C

URSO

O objetivo principal deste curso é lhe deixar preparado (a) para resolver as possíveis

questões da prova que exijam o conhecimento das Normas Educacionais

que, para fins de

otimização do aprendizado, devem ser compreendidas, desde já, como normas integrantes do

ordenamento jurídico brasileiro

exigidas pelo edital de abertura do atual concurso público da

Seduc-CE para todas as áreas dos cargos de Professor.

IMPORTANTE:

Este curso não se trata de um curso integralmente desenvolvido em videoaulas,

nas quais eu permaneceria soletrando o texto das normas lecionadas

isto não seria eficiente à

memorização do conteúdo textual das normas educacionais, que predominantemente são

exigidas de forma expressa pelas questões de concursos públicos

, pelo contrário, as

videoaulas servem como complemento aos pontos das normas educacionais que identifico

sendo necessário uma explanação mais aprofundada do que um mero comentário ao lado do

dispositivo normativo, na aula escrita. No início do curso, são ministradas às normas centrais à

Educação, exigidas pelo edital, de tal forma que no estudo sequencial das demais normas

educacionais o aluno já tenha absorvido inúmeros entendimentos que reduzam a necessidade de

explicações adicionais aos trechos normativos.

A

PRESENTAÇÃO DA

D

IDÁTICA DE

E

NSINO

Faço uso de recursos visuais nas aulas (realinhamento esquemático do texto, quadros

esquemáticos, cores nas letras, além dos tradicionais itálico, negrito e sublinhado) ao esquematizar

o texto das normas em estudo, visando facilitar a compreensão e aumentar a absorção do

conteúdo mais relevante.

Cumpre alertar que, nas questões de provas sobre a legislação educacional, as bancas de

concursos públicos costumam exigir, predominantemente, o conhecimento literal de trechos das

normas educacionais exigidas pelo edital do certame.

Busque fixar, especialmente, os trechos da norma que destaco com recursos visuais.

A memória visual será muito importante para você relembrar no dia da prova os trechos das

normas educacionais, que, muito provavelmente, serão exigidos de forma quase literal pela banca.

Neste sentido, meus cursos são predominantemente escritos e as videoaulas possuem

caráter complementar aos trechos das normas educacionais estudadas que realmente exigem uma

complementação didática, por serem mais corriqueiros em questões, ou por minha intuição

(6)

correspondentes.

Desta forma, desde já, solicito a sua compreensão em eventuais atrasos de cronograma,

seja relativo à publicação da aula escrita ou à postagem das videoaulas que eu for vincular nestas

aulas. Por fim, convém ressaltar que permaneço sempre à disposição para a retirada de dúvidas

pelo fórum destinado aos alunos do curso, no qual você também pode acessar as minhas respostas

às perguntas dos demais alunos.

CONTEÚDO DO CURSO

Aula 00

Aspectos legais e políticos da organização da educação brasileira. Constituição da República Federativa do Brasil (Art. 205 a 214). Emenda Constitucional nº 53/2006.

Parte 1

Aula 01

Aspectos legais e políticos da organização da educação brasileira. Constituição da República Federativa do Brasil (Art. 205 a 214). Emenda Constitucional nº 53/2006.

Parte 2

Aula 02

Lei nº 9.394/1996 e alterações (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, títulos I, II, III,IV, V e VI). Lei nº 11.114/2005. Lei nº 11.274/2006. Lei nº 13.415/2017.

Parte 1

Aula 03

Lei nº 9.394/1996 e alterações (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, títulos I, II, III,IV, V e VI). Lei nº 11.114/2005. Lei nº 11.274/2006. Lei nº 13.415/2017.

Parte 2

Aula 04

Lei nº 9.394/1996 e alterações (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, títulos I, II, III,IV, V e VI). Lei nº 11.114/2005. Lei nº 11.274/2006. Lei nº 13.415/2017.

Parte 3

Aula 05

Lei nº 9.394/1996 e alterações (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, títulos I, II, III,IV, V e VI). Lei nº 11.114/2005. Lei nº 11.274/2006. Lei nº 13.415/2017.

Parte 4

(7)

Aula 07 Lei nº 11.494/2007 e alterações - Parte 2

Aula 08 Lei Federal Nº 13.005/2014 (Plano Nacional de Educação) - Parte 1

Aula 09 Lei Federal Nº 13.005/2014 (Plano Nacional de Educação) - Parte 2

Aula 10 Lei Estadual Nº 16.025/2016 (Plano Estadual de Educação) - Parte 1

Aula 11 Lei Estadual Nº 16.025/2016 (Plano Estadual de Educação) - Parte 2

Aula 12 Estatuto da Criança e do Adolescente Lei nº 8.069/1990 - Parte 1

Aula 13 Estatuto da Criança e do Adolescente Lei nº 8.069/1990 - Parte 2

Aula 14 Estatuto da Criança e do Adolescente Lei nº 8.069/1990 - Parte 3

Aula 15 Estatuto da Criança e do Adolescente Lei nº 8.069/1990 - Parte 4

A

PRESENTAÇÃO DA

A

ULA

00

Nesta aula, será abordada a 1ª parte dos tópicos Aspectos legais e políticos da organização

da educação brasileira , Constituição da República Federativa do Brasil (Art. 205 a 214) e

Emenda Constitucional nº 53/2006

relacionados às normas educacionais e contidos nos

Conhecimentos Básicos para todas as áreas do cargo de Professor.

Mantenha a determinação na luta por seus sonhos. Tenha a certeza de que o êxito chega

aos que não desistem.

Forte abraço e bons estudos!

A persistência realiza o impossível.

(8)

Padronização de siglas:

- União, Estados, Distrito Federal e Municípios, respectivamente: U, E, DF e M - Emenda constitucional: EC

- Constituição Federal de 1988: CF/88

- Lei n° 9.394/1996 Lei de Diretrizes e Bases da Educação: LDB - Lei n° 8.069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente: ECA - Código Penal: CP

*Não se preocupe em decorar datas, números de leis e de dispositivos, fixe o conteúdo.

Quanto ao tópico Aspectos legais e políticos da

organização da educação brasileira , assista a

videoaula denominada Ambientação às Normas

Educacionais , atrelada a esta aula 00.

(9)

Após estas importantes considerações iniciais, “mãos e mente à obra”.

Vamos juntos nesta missão?

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

(ARTIGO N° 205 AO N° 214)

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

DA EDUCAÇÃO

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família,

será promovida e incentivada

com a colaboração da sociedade

,

visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu

preparo para o

exercício da

cidadania e sua qualificação para o trabalho.

(10)

Perceba o caráter amplo que a CF/88 estabelece ao significado de Educação, sendo direito de todos, com dever de prestação pelo Estado e pela Família, contando com a colaboração da sociedade (ah se todos lessem a CF/88! ), visando ao pleno desenvolvimento da pessoa (deve englobar as capacidades cognitivas, psicomotoras e emocionais; fatores sociais, culturais, religiosos,...), ao exercício da cidadania (requerente de capacidade crítica e de conhecimento dos direitos e deveres) e à qualificação para o trabalho.

A educação está inserida na CF/88 no capítulo dos direitos sociais, reconhecidos pela doutrina Constitucional como direitos fundamentais de segunda dimensão, introduzidos no ordenamento jurídico brasileiro a partir da socialização dos direitos civis, notadamente influenciada pelas Constituições Mexicana (1917) e Alemã (1919 - conhecida como Constituição de Weimar).

CF/88

DOS DIREITOS SOCIAIS

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela EC nº 90, de 2015)

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades

vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;

(11)

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o

saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

Perceba a importância dada ao Ensino e à Educação pela Declaração Universal dos Direitos

Humanos - DUDH, proclamada em 1948, após as barbáries da 2ª Guerra Mundial:

(...)

D H

como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se

esforcem, pelo ensino e pela educação, por envolver o respeito desses direitos e

liberdades e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional,

*A DUDH é tida como o documento mais traduzido do mundo mais de 360 idiomas e inspirou as Constituições de muitos Estados e democracias recentes.

STF

- Súmula Vinculante 12

A taxa de matrícula nas universidades públicas viola o

(12)

V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII - garantia de padrão de qualidade.

VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação

escolar pública, nos termos de lei federal.

Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores

considerados profissionais da educação básica

e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Por pertinência temática, convém trazer este outro dispositivo da CF/88, neste momento:

TÍTULO IX

Das Disposições Constitucionais Gerais

Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais oficiais criadas por lei

estadual ou municipal e existentes na data da promulgação desta Constituição, que não sejam total ou

preponderantemente mantidas com recursos públicos.

§ 1º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e

etnias para a formação do povo brasileiro.

(13)

Art. 207. As universidades

gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

§ 1º É facultado às universidades

admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica.

STF

(RE 362.074-AgR):

"A transferência de alunos entre universidades congêneres é instituto que integra o sistema geral de ensino, não transgredindo a autonomia universitária, e é disciplina a ser realizada de modo abrangente, não em vista de cada uma das universidades existentes no País, como decorreria da conclusão sobre tratar-se de questão própria ao estatuto de cada qual.

SIMPLIFICANDO: a alegação da autonomia constitucional das universidades é insuficiente para a não aceitação de alunos transferidos entre universidades congêneres.

Universidades congêneres:

- Universidade de origem e Universidade de destino do aluno, ambas Públicas, independentemente se pertencentes a U, E, DF, M.

(14)

I - educação básica obrigatória e gratuita

dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade,

assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na

idade própria;

II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

Este dispositivo costuma ser muito cobrado em provas.

A EC n° 59/2009, alterou o conteúdo do art. 208, I da CF/88, que passou a prever a obrigatoriedade da Educação Básica dos 4 aos 17 anos, tornando obrigatória a Educação Escolar a partir da pré-escola de 4 a 5 anos de idade, Educação Infantil (LDB, art. 30, II) até os 17 anos de idade, que regularmente é a idade de término do ensino médio.

Tal mudança positiva gerou, naturalmente, necessidade de adaptação aos sistemas de ensino, desta forma, a EC n° 59/2009 trouxe a seguinte regra de transição:

EC A O disposto no inciso I do art. 208 da Constituição Federal deverá ser implementado

progressivamente, até 2016, nos termos do Plano Nacional de Educação, com apoio técnico e financeiro da U

(15)

IV - educação infantil, em creche e pré-escola,

às crianças até 5 (cinco) anos de idade;

V - acesso aos níveis mais elevados

do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares

de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

A CF e a LDB visam à integração dos alunos especiais nas classes comuns

do ensino regular,

permitindo apenas excepcionalmente

classes, escolas e

serviços especializados

o atendimento educacional será feito em classes,

escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições

específicas dos alunos,

não for possível a sua integração nas classes

comuns de ensino regular

LDB

.

(16)

§ 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular,

importa responsabilidade da autoridade competente.

§ 3º Compete ao Poder Público

recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar,

junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.

Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;

II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.

Direito público subjetivo sinteticamente, pode ser entendido como um direito

atribuído aos indivíduos, por meio de uma norma legitimamente reconhecida pela sociedade e pelo Estado, garantindo-lhes o exercício de determinada conduta (neste caso, o acesso ao ensino obrigatório e gratuito), com a faculdade de se demandar o Estado judicialmente pela não oferta dos meios para satisfação deste direito.

(17)

Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum

e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

STF

(ADI 1.266):

"Os serviços de educação, seja os prestados pelo Estado, seja os prestados por particulares,

configuram serviço público não privativo, podendo ser prestados pelo setor privado (...). Tratando-se de serviço público, incumbe às entidades educacionais particulares, na sua prestação, rigorosamente acatar as normas gerais de educação nacional e as dispostas pelo Estado-membro, no exercício de competência legislativa suplementar (§ 2º do art. 24 da

Constituição do Brasil)."

PERCEBA

:

as entidades educacionais particulares por prestarem serviço público não privativo devem obedecer às normas gerais de educação nacional, emitidas pelas autoridades educacionais competentes do Governo Federal, bem como às normas emitidas pelas autoridades educacionais competentes do Governo Estadual/Distrital, ao qual esteja vinculado o estabelecimento de ensino.

CONDIÇÕES IMPOSTAS PELA LDBPARA O FUNCIONAMENTO DAS ENTIDADES EDUCACIONAIS PARTICULARES

LDB, Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de ensino;

II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público;

III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da

(18)

§ 1º O

ensino religioso

, de

matrícula facultativa

,

constituirá disciplina dos horários normais

das escolas públicas de ensino fundamental.

Ensino Religioso (tema sensível)

O Brasil, como um Estado laico também conhecido como Estado secular , deve ser oficialmente imparcial às crenças religiosas, cabendo aos entes federativos (U, E , DF, M) apenas manterem relações de respeito institucional com

todas as religiões.

CF É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público

Neste sentido, a CF/88 traz o seguinte

Direito Fundamental:

art. 5°, VI é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias

Ao Estado brasileiro nada deve importar institucionalmente a crença ou descrença dos seus cidadãos em religiões, todavia, estas constituem valores culturais indissociáveis da sociedade, logo o ensino religioso, de MATRÍCULA FACULTATIVA, constitui disciplina das escolas públicas de ensino fundamental.

(19)

Continuando...

NOVIDADE IMPORTANTE

Em 27/09/2017, o Supremo Tribunal Federal STF julgou improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI n° 4439, na qual a Procuradoria-Geral da República - PGR questionava o modelo de ensino religioso nas escolas da rede pública de ensino do país.

Nesta ação, a PGR exigia a proibição de admissão de professores ao ensino religioso da rede pública de ensino que fossem representantes de religiões específicas (confissões religiosas), em função do Brasil ser um Estado laico, conforme acima explicado.

A ação atacava, em particular, o art. 11 do acordo firmado entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé (Igreja Católica), promulgado por meio do Decreto presidencial n° 7.107/2010:

Artigo 11 - A República Federativa do Brasil, em observância ao direito de liberdade religiosa, da diversidade cultural e da pluralidade confessional do País, respeita a importância do ensino religioso em vista da formação integral da pessoa.

§1º. O ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do

Brasil, em conformidade com a Constituição e as outras leis vigentes, sem qualquer forma de discriminação.

Segundo trecho da redação da petição inicial protocolada pela PGR:

A ou ecumênico, pois

este, ainda que não voltado à promoção de uma confissão específica, tem por propósito inculcar nos alunos princípios e valores religiosos partilhados pela maioria, com prejuízo das visões ateístas, agnósticas, ou de religiões com menor poder na esfera

sócio-Todavia, no julgamento da ADI n° STF 4439, pelos Ministros do STF, sinteticamente, predominou o

entendimento de que o ensino religioso pode ser ministrado por representantes de religiões específicas, em função da

matrícula ser facultativa, respeitada a representação de todas religiões (no meu sentir, algo utópico, pra não dizer quase

impossível).

O STF possui 11 ministros e esta decisão foi decidida por 6x5, no placar de votos, algo que sugere o potencial de revisão futura deste posicionamento polêmico.

Ao meu ver, a decisão que prevaleceu não se alinha com o fundamento laico da Constituição Federal de 1988 e adentra numa seara delicada e conflituosa.

Sugiro um exercício mental: você consegue visualizar a aceitação social de uma disciplina ofertada por um

Acredito que não e, por tal motivo, existe na redação do caput do art. 33 da LDB (sugiro a leitura) o termo

vedadas quaisquer formas de proselitismo , para que o ensino religioso público não se torne em meio difusório de

(20)

de suaslínguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios

organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.

§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios,

financiará as instituições de ensino públicas federais

e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva,

de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino

mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e

aos Municípios;

§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente

no ensino fundamental e na educação infantil.

§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio.

IMPORTANTÍSSIMO

: prioritariamente não se confunde com exclusivamente.

*Ver os comentários na última linha do quadro seguinte.

(21)

CF/88 e Lei n° 9.394/1996(LDB)

NÍVEIS ESCOLARES

ou

NÍVEIS DE ENSINO

DA EDUCAÇÃO ESCOLAR

Educação Básica

* obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não

tiveram acesso na idade própria

*A educação básica pública atenderá

prioritariamente ao ensino regular.

Educação

Infantil

1ª etapa da Educação Básica Atuação prioritária: M Creches ou entidades equivalentes

Até 3 anos de idade

Pré-escolas de 4 a 5 anos de idade

Ensino

Fundamental

2ª etapa da Educação Básica Atuação prioritária: M, E, DF

Duração de 9 anos, iniciando-se aos 6 anos de idade

Ensino Médio

3ª etapa da Educação Básica Atuação prioritária: E, DF

Duração mínima de 3 anos

Educação Superior

IMPORTANTÍSSIMO: prioritariamente não se confunde com exclusivamente.

U, E DF, M – podem atuar em qualquer nível escolar, por exemplo, um Município pode possuir Universidades, em sua rede de ensino, tal como ocorre com a Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) e com a Universidade de Taubaté (Unitau). Todavia, o Município deve priorizar seus recursos educacionais à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental. Não pode um Município manter adequadamente uma Universidade e alegar falta de recursos ao ensino fundamental. Porém, as Universidades mantidas pelos Municípios

pertencem ao sistema de ensino Estadual respectivo (atenção! Tem questões sobre isso). Para melhor

compreensão, estude os arts, 16, 17 e 18 da LDB.

CUIDADO: conforme determina o ADCT, art. 60, IV, tratando-se dos recursos recebidos via FUNDEB, os

Estados e Municípios os devem aplicar obrigatoriamente nos respectivos âmbitos de atuação prioritária (Municípios -> ensino fundamental e educação infantil; Estados -> ensino fundamental e médio).

Ressalta-se que o Distrito Federal, por não se dividir em Municípios, acumula estas atuações

(22)

MODALIDADES DE EDUCAÇÃO

Estas são as previstas explicitamente como Modalidades

de Ensino ou de Educação pelo Título V da

Lei n° 9.394/1996

– LDB

.

Educação de Jovens e

Adultos (EJA)

- destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria

- cursos e exames supletivos

Educação Profissional

e Tecnologica

- no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se

aos diferentes níveis e modalidades de educação e às

dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia

- abrange os seguintes cursos:

I – de formação inicial e continuada ou qualificação profissional

II – de educação profissional técnica de nível médio

III – de educação profissional tecnológica de graduação e

pós-graduação

- será desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho.

Educação Especial

- oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, de forma transversal a todos os níveis, etapas e modalidades.

- haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado,

na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.

- o atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas

classes comuns de ensino regular.

- a oferta de educação especial, dever constitucional do

Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.

(23)

MODALIDADES DE ENSINO

OU

MODALIDADES DE EDUCAÇÃO

Estas são as previstas explicitamente como Modalidades de

Educação Básica pelas

Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a

Educação Básica (Resolução CNE/CEB n° 4, de 13/06/2010)

Educação de

Jovens e Adultos

(EJA)

Modalidade também prevista pela LDB, logo ver as características no quadro anterior

Educação

Profissional e

Tecnologica

Modalidade também prevista pela LDB, logo ver as características no quadro anterior

Educação Especial

Modalidade também prevista pela LDB, logo ver as características no quadro anterior

Educação a

distância

*não prevista como Modalidade de Ensino

ou de Educação pelo Título V da LDB

O Poder Público deve incentivar o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e

modalidades de ensino, e de educação continuada.

Educação Básica

do campo

*não prevista como Modalidade de Ensino

ou de Educação pelo Título V da LDB

- os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente:

I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;

II - organização escolar própria, incluindo adequação do

calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;

(24)

manifestação da comunidade escolar.

Educação Escolar

Indígena

*não prevista como Modalidade de Ensino

ou de Educação pelo Título V da LDB

- O Sistema de Ensino da União, com a colaboração das agências federais de fomento à cultura e de assistência aos

índios, desenvolverá programas integrados de ensino e pesquisa, para

oferta de educação escolar bilíngue e

intercultural aos povos indígenas. - É assegurada na Educação Escolar às

comunidades indígenas: a utilização de

suas línguas maternas, processos

próprios de aprendizagem, currículos e programas específicos - com os

conteúdos culturais correspondentes às respectivas comunidades -, e material

didático específico e diferenciado.

- O fechamento de escolas indígenas será precedido de manifestação do órgão normativo do respectivo sistema de ensino, que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da comunidade escolar. É obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena, nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, que

deverá incluir os diversos aspectos da história e da

cultura que caracterizam

a formação da população brasileira, a

partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e

dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional,

resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

Educação Escolar

Quilombola

*não prevista

como Modalidade

de Ensino ou de

Educação pelo

Título V da LDB

- É desenvolvida em unidades educacionais inscritas em terras e cultura quilombola, requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade e formação específica de seu quadro docente.

- O fechamento de escolas quilombolas será precedido de manifestação do órgão normativo do respectivo sistema de ensino, que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da comunidade escolar.

(25)

A seguir, as competências legislativas PRIVATIVA (U art. 22) e CONCORRENTE (U, E, DF art. 24), bem como a competência COMUM (U, E, DF, M - art. 23), relacionadas à Educação.

PERCEBA: os arts. 22 e 24 indicam as unidades federativas que devem legislar sobre os temas indicados:

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; (Redação dada pela EC nº 85, de

2015)

§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.

§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

PERCEBA: o art. 23 trata da competência material comum a todas as unidades federativas (U, E, DF, M):

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

PERCEBA: A competência legislativa privativa (U) ou concorrente (U, E, DF) relaciona-se, por óbvio, à edição de normas legais. A competência comum (U, E, DF, M), também chamada de competência material comum, relaciona-se à execução das políticas

(26)

Art. 211 (...)

§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão

formas de colaboração,

de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.

§ 5º A educação básica pública

atenderá prioritariamente ao ensino regular.

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito,

e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo,

da receita resultante de

impostos

, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

§ 1º A parcela da arrecadação de

impostos

transferida

pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios,

não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo,

receita do governo que a transferir.

Art. 30. Compete aos Municípios:

(27)

PODE CAIR NA PROVA!

Aplicação MÍNIMA

ANUAL

da receita resultante de IMPOSTOS

compreendida a proveniente de transferências (oriundas da arrecadação de Impostos) — na manutenção e desenvolvimento do

ensino.

*Transferências – A CF/88 possui uma seção destinada à REPARTIÇÃO DAS

RECEITAS TRIBUTÁRIAS (ao art. 157 ao 162), onde define as regras de rateio destas receitas. Cabe ao ente federativo (U, E, DF, M) responsável pela arrecadação de cada tributo o repartir dentre os demais entes federativos, na forma determinada pela CF/88.

U

18%

E, DF, M

25%

Clássica questão de prova:

Os Impostos não se confundem com Tributos. Muitas questões trocam estes termos para confundir o candidato.

Para fixação:

Depois de exacerbadas disputas judiciais, logo após a promulgação da CF/88, a respeito das inovações constitucionais no plano tributário, o STF (Recurso Extraordinário 146.733-9/SP, de 29/06/1992) adotou a Teoria pentapartite cinco espécies ou modalidades tributárias em nosso sistema jurídico, são elas: os Impostos, as Taxas, as Contribuições de Melhoria, os Empréstimos Compulsórios e as Contribuições.

T I T

(28)

Art. 212 (...)

Por pertinência temática, convém trazer este outro dispositivo da CF/88, neste momento:

Art. 167. São vedados:

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços

Intervenção entre os entes federativos (U, E, DF e M)

PERCEBA: Os entes federativos são autônomos entre si, logo a CF/88 (arts. 34 e 35) trata das hipóteses excepcionais de Intervenção entre os entes federativos:

Como regra útil para possíveis questões, guarde que:

- a União somente pode intervir nos Estados e DF, assim como nos Municípios localizados em Territórios Federais;

- os Estados somente podem intervir nos seus Municípios; e - os Municípios não intervêm em nenhum outro ente federativo.

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.

Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:

(29)

§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão

considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos

aplicados na forma do art. 213.

§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório,

no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e

equidade, nos termos do plano nacional de educação.

§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e

outros recursos orçamentários.

§ 5º A

educação básica pública

terá como

fonte adicional de

financiamento

a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas

empresas na forma da lei.

§ 6º

As

cotas

estaduais e municipais

da arrecadação da contribuição social do salário-educação

serão distribuídas proporcionalmente

ao número de alunos matriculados

na educação básica

nas respectivas redes públicas de ensino.

Relembrando (quadro explicativo logo após o art. 212, §1°):

As contribuições sociais se enquadram dentre as Contribuições, que são espécie ou modalidade tributária. Cuidado com as questões que troquem o termo C T I isquer outros vocábulos desta natureza.

(30)

Art. 213. Os

recursos públicos

serão destinados às escolas públicas,

podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei,

que:

I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em

educação;

II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária,

filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.

§ 1º - Os recursos de que trata este artigo

poderão

ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos,

quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando,

ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.

Este tributo (contribuição social do salário-educação) é arrecadado pela União, por meio da Receita Federal, sendo posteriormente distribuído entre U, E, DF e M.

As cotas dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal (não mencionado, mas é evidentemente incluso) são

distribuídas na forma indicada.

Embora o texto constitucional coloque como possibilidade estudo com recursos públicos para o ensino fundamental e médio fornecido pela rede de ensino

privada, configurada a hipótese do art. 213, §1°, o titular do direito público subjetivo à educação obrigatória e gratuita, desprovido de recursos, pode vir a exigir judicialmente o pagamento da bolsa de estudo, em função da falta de vagas e cursos regulares na rede pública, na localidade em que reside.

(31)

§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por

universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica

poderão receber

apoio financeiro do Poder Público. (Redação dada pela EC nº 85, de

2015

)

Art. 214. A

lei

estabelecerá

o

plano nacional de educação

,

de

duração decenal

,

com o

objetivo

de

articular

o sistema nacional de educação

em regime de colaboração

e definir

diretrizes, objetivos, metas e estratégias

de implementação

para assegurar

a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos

níveis, etapas e modalidades

por meio de

ações integradas

dos poderes públicos das diferentes esferas

federativas

que conduzam a:

Sistema Nacional de Educação REGIME DE COLABORAÇÃO entre: U, E, DF, M.

(32)

III - melhoria da

qualidade do ensino

;

IV - formação para o trabalho;

V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.

VI - estabelecimento de

meta de aplicação

de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto.

CUIDADO! Este tema pode render uma boa discursiva. Guarde estas informações.

PERCEBA: A tão comentada meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB consta na CF/88, desde a promulgação da EC 59/2009, que deu esta redação ao art. 214, VI.

A meta de aplicação em proporção do PIB deve ser implementada por meio do Plano Nacional de Educação PNE.

Neste sentido, a Lei nº 13.005/2014 que aprovou o PNE 2014-2014 trouxe os seguintes comandos legais:

Art. 2° São diretrizes do PNE:

VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;

(...)

ANEXO METAS E ESTRATÉGIAS

Meta 20: ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7%

(sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5° (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio

(33)

Na aula 01, comentarei questões sobre o

conteúdo desta aula 00.

Aguardo-lhe na próxima aula.

Bons estudos!

“Se você quer ser bem sucedido, precisa ter dedicação total,

buscar seu último limite e dar o melhor de si

”.

Ayrton Senna

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(34)

Referências

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