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HÁBITOS E PERCEPÇÕES SOBRE A MOBILIDADE URBANA NO DIA A DIA DOS BRASILEIROS DEZEMBRO 2017

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HÁBITOS E PERCEPÇÕES SOBRE

A MOBILIDADE URBANA NO

DIA A DIA DOS BRASILEIROS

(2)

Por ano, o brasileiro passa, em média, o equivalente a um mês e sete dias no trânsito das capitais. O tempo médio

gasto diariamente para fazer atividades corriqueiras como se deslocar até o trabalho, deixar os filhos na escola ou fazer compras no supermercado é de duas horas e 28 minutos ― levando em consideração tanto o transporte coletivo quanto o de carros e motos. É o

que mostra a pesquisa sobre os Impactos da Mobilidade Urbana no Varejo, encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

A principal consequência de tanto tempo despendido para se deslocar nos grandes centros urbanos é a

redução da qualidade de vida da população brasileira,

que poderia fazer uso deste valioso tempo para ficar com a família, se alimentar melhor, descansar, fazer atividades físicas ou se dedicar a um novo projeto. Como será visto a seguir, o estudo revela que as dificuldades impostas pela precariedade das condições de mobilidade urbana exercem forte impacto no

fluxo de bens, de pessoas, refletindo no consumo e na economia como um todo. Além disso, sistemas

ineficientes de transporte são capazes de influenciar

negativamente na capacidade produtiva do país, já que trabalhadores estressados e cansados tendem a apresentar menor rendimento em seus empregos. Dessa forma, a pesquisa mostra de forma inédita o mapeamento de como o brasileiro que mora nas

capitais se desloca em atividades corriqueiras do dia

a dia, quais são suas impressões sobre o transporte público em seus municípios e quais os meios de

transporte mais utilizados para chegarem até a porta

das lojas. Para realizar o estudo, foram entrevistadas 1500 pessoas, com mais de 18 anos, de todas as capitais brasileiras, entre os dias 15 e 26 de setembro de 2017.

BRASILEIRO PASSA, EM MÉDIA, UM MÊS E SETE DIAS

DO ANO NO TRÂNSITO DAS CAPITAIS

SISTEMAS DE TRANSPORTES

INEFICIENTES TÊM IMPACTOS

NA QUALIDADE DE VIDA

DOS CONSUMIDORES

(3)

O estudo revela que os homens passam, em média,

25 minutos no trânsito a mais do que as mulheres.

Enquanto os brasileiros gastam 2h41 para se locomover no dia a dia, o tempo despendido entre as brasileiras é significativamente menor: 2h16. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o menor tempo gasto no trânsito pela parcela feminina pode resultar da desigualdade de participação entre homens e mulheres no mercado de trabalho formal. “A mulher ao longo dos últimos 50 anos deixou as atividades do lar para ganhar o mercado de trabalho. Apesar dos avanços, dados do IBGE mostram que em 2016, o público feminino ainda ocupava a menor parte (44%) dos empregos formais. Além disso, 16,4% das mulheres entrevistadas se declararam donas de casa. Esses fatores podem explicar a diferença de tempo gasta no trânsito entre gêneros, já que a mulher se desloca menos para trabalhar”, explica.

De acordo com a pesquisa do SPC Brasil e da CNDL, quatro em cada dez brasileiros (42,9%) possuem carros e/ou motos em suas residências, percentual que entre os homens aumenta para 47,1%. Quando analisados

HOMENS GASTAM, EM MÉDIA, 25 MINUTOS A MAIS

NO TRÂNSITO DO QUE AS MULHERES

Analisando o outro lado da moeda, 57,1% dos entrevistados disseram não possuir carros ou motos em suas residências, percentual que aumentou entre

as mulheres (60,9%) e representantes das classes C, D e E (66,4%). A pesquisa também mostra que a posse de

moto no Brasil é maior entre consumidores mais jovens, de 18 a 34 anos (9,1%), e menor entre consumidores mais velhos, com mais de 55 anos (1,7%).

NO BRASIL, A POSSE DE CARRO

E MOTO ESTÁ CONCENTRADA

NAS FAMÍLIAS DE MAIOR RENDA

somente os brasileiros das classes mais abastadas (A e B), o percentual aumenta ainda mais, passando para 75,1%.

POSSE DE CARRO E MOTOCICLETA

Somente carro

32%

Somente moto

6%

Possui ambos

5%

NÃO POSSUI

57%

43%

SIM, POSSUI

(4)

O estudo simulou uma situação ideal e perguntou se os entrevistados estariam dispostos a deixar o carro/ moto, caso houvesse uma boa alternativa de transporte coletivo.

A maioria dos entrevistados (60,1%) que possuem veículos particulares afirmaram que “com certeza” deixariam de usar carro/moto, caso existissem boas alternativas de transporte público. Outros 16,2%

disseram que “provavelmente” deixariam e 17,5% disseram que não abandonariam seus veículos.

Dados da Associação Nacional de Transportes Públicos

(ANTP) revelam que carros ocupam 17 vezes mais espaço para transportar o mesmo número de pessoas que um só ônibus. Para Kawauti, um sistema de

transporte planejado, integrado e de qualidade seria capaz de proporcionar menos emissão de poluentes, reduzir o número de acidentes no trânsito e também traria benefícios para economia e para o bolso do consumidor. “No Brasil, o carro ainda é visto

erroneamente como um investimento, sendo que na verdade é um bem de consumo e, como tal, sofrem depreciação com o tempo ― sem mencionar os custos com combustível, manutenção e IPVA”, alerta Kawauti.

MAIORIA DIZ QUE ABANDONARIA O CARRO OU

MOTO, CASO HOUVESSE UMA BOA ALTERNATIVA

DE TRANSPORTE COLETIVO

(5)

Entre o público que utiliza o transporte público, o principal motivo foi o fato de ser a alternativa mais barata, citado por 34,6%. Entre os mais jovens, esse motivo foi citado por 40,0%. Outros motivos citados foram o fato de ser o único meio de locomoção disponível (28,4%) e a facilidade de acesso (23,3%). No

BRASILEIRO USA TRANSPORTE

COLETIVO POR SER O QUE

“CABE NO ORÇAMENTO” E

POR MUITAS VEZES SER A ÚNICA

ALTERNATIVA DISPONÍVEL

entanto, atributos como conforto (4,2%), adoção de

atitudes ecologicamente corretas (3,2%) e qualidade do serviço prestado (2,5%) foram as últimas razões mencionadas pelos entrevistados.

Por outro lado, quando analisados os principais motivos para aqueles que preferem se locomover de carro, surgem no topo da lista atributos positivos como conforto, citado por 41,9%. O percentual aumentou para 46,4% entre as mulheres e para 49,6% nas classes A e B. A comodidade foi citada por 37,3% e rapidez para se chegar a um destino mencionada por 32,1%. “As famílias com melhores condições financeiras e insatisfeitas com o transporte público conseguem pagar por um carro, numa tentativa de driblar as precariedades do transporte coletivo e se locomover ― na opinião delas ― com mais conforto e qualidade”, explica.

(6)

MEIOS DE TRANSPORTE COLETIVOS ESTÃO

RELACIONADOS A DESLOCAMENTOS DO DIA A DIA.

CARROS E MOTOS SUGEREM ATIVIDADES

MAIS EXCLUSIVAS

O estudo buscou identificar a maneira como os brasileiros se locomovem para realizar atividades do cotidiano, bem como mapear quais os meios de transporte mais utilizados para se chegar até as compras.

De modo geral, os dados apontam que meios de

transporte coletivos estão mais relacionados a

atividades do dia a dia, como ir ao trabalho (52,6%), se

locomover até a escola/faculdade (27,6%) ou ir a uma consulta no médico ou dentista (57,9%). Por outro lado,

é relevante o uso do carro ou da moto em atividades mais exclusivas como como ir a festas, bares, teatros

e restaurantes (36,9%), longe de casa (39,4%) e ir ao supermercado (34,7%).

(7)

RESPOSTAS – RM até três respostas TRABALHO ESCOLA/ FACULDADE LAZER: BARES, RESTAURANTES, CINEMA, FESTAS, PARQUES ETC MÉDICO, DENTISTA SUPERMERCADO COMPRAS PERTO DE CASA COMPRAS LONGE DE CASA TRANSPORTE COLETIVO 52,6% 27,6% 45,4% 57,9% 25,0% 18,4% 50,9% Ônibus 48,3% 26,4% 42,7% 55,3% 24,3% 17,2% 48,4% Metrô 10,5% 2,8% 7,4% 5,9% 0,5% 1,4% 6,0% Trem 4,3% 1,2% 2,0% 2,2% 0,8% 0,4% 2,2% CARRO/MOTO 20,0% 11,1% 36,9% 31,2% 34,7% 23,0% 39,4% Carro (mesmo

que seja carona) 15,5% 9,0% 33,0% 26,6% 31,3% 19,8% 36,1% Moto (mesmo

que seja carona) 4,9% 2,2% 5,1% 5,6% 4,0% 4,0% 4,2% OUTRO TIPO DE TRANSPORTE 14,0% 10,0% 30,5% 22,1% 52,3% 68,9% 21,3% A pé 7,8% 6,9% 8,3% 12,0% 43,7% 62,0% 5,3% Uber/Cabify, etc 2,8% 1,6% 17,8% 6,0% 5,0% 3,9% 9,7% Bicicleta 2,5% 1,1% 1,4% 1,5% 2,3% 4,4% 1,3% Van/fretado 1,4% 0,2% 0,5% 0,9% 0,9% 0,4% 1,4% Táxi 0,8% 0,5% 5,9% 3,5% 3,3% 2,4% 5,8% Não se aplica 23,5% 56,8% 8,4% 2,2% 1,0% 1,2% 3,5%

TRANSPORTE QUE UTILIZA COM MAIOR FREQUÊNCIA

(8)

»

MEIOS DE TRANSPORTE MAIS UTILIZADOS PARA IR AO TRABALHO

Quando perguntados sobre qual o meio de transporte

mais utilizado para ir até o trabalho, o ônibus foi

o veículo mais citado pelos entrevistados (48,3%,

principalmente entre as classes C, D e E (52,8%) e com menor frequência entre respondentes com 55 anos ou mais). O carro aparece em segundo lugar com 15,5%

das citações, principalmente entre os homens (20,5%) e os pertencentes das classes A e B (35,6%). O metrô é a terceira opção mais utilizada pelos entrevistados

para trabalhar (10,5%, principalmente entre os

pertencentes às classes C, D e E (11,2%).

»

MEIOS DE TRANSPORTE MAIS UTILIZADOS PARA IR À ESCOLA/FACULDADE

Para ir à escola ou faculdade, 26,4% afirmam que o ônibus é o meio de transporte utilizado com maior frequência. O percentual sobe para 41,5% entre os jovens e para 28,5% nas classes C, D e E. Já o carro foi citado por 9,0%, com menor frequência entre pessoas

acima de 55 anos (3,1%) e com maior frequência entre pessoas das classes A e B (22,5%). A opção de

ir a pé aparece como a terceira mais citada (6,9%,

principalmente entre os que têm 18 a 34 anos (11,6%) e os pertencentes às classes C, D e E (7,8%)).

»

MEIOS DE TRANSPORTE MAIS UTILIZADOS PARA ATIVIDADES DE LAZER

De acordo com a pesquisa, o meio de transporte mais usual para desfrutar de atividades de lazer como ir ao cinema, parques, festas, bares e restaurantes é o ônibus, opção mencionada por 42,7% dos entrevistados, especialmente pessoas acima de 55 anos (33,2%) e entrevistados das classes C, D e E (49,6%). Já o carro aparece em segundo lugar, citado

por um terço (33,0%) dos respondentes, percentual que aumenta entre pessoas das classes A e B (58,9%). Os serviços de transporte por aplicativo como Uber e Cabify aparecem em terceiro lugar (17,8%, percentual que aumenta consideravelmente entre jovens de 18 a 34 anos (27,6%)).

(9)

»

MEIOS DE TRANSPORTE MAIS UTILIZADOS PARA IR AO MÉDICO/DENTISTA

Para aqueles que necessitam ir ao médico ou ao

dentista, o ônibus novamente surge como o principal

meio de locomoção para mais da metade (55,3%) dos brasileiros, com maior frequência entre as mulheres

(59,8%), pessoas de até 54 anos e pertencentes às classes C, D e E (62,4%). Em seguida, o carro é mencionado por 26,6% dos brasileiros, principalmente os homens (30,5%) e respondentes das classes A e B (57,0%). Um em cada dez brasileiros (12%) vai a pé

para o médico/dentista, sobretudo mulheres (14,0%) e pessoas das classes C, D e E (13,8%).

Para Kawauti, “o acesso a serviços essenciais, como Saúde e Educação, depende muito do transporte público. Sem um sistema que funcione adequadamente, o acesso a outros serviços pode ficar comprometido, prejudicando principalmente a população mais carente”, analisa.

»

MEIOS DE TRANSPORTE MAIS UTILIZADOS PARA IR AO SUPERMERCADO

No Brasil, caminhada é a forma mais utilizada para ir

ao supermercado, de acordo com a pesquisa do SPC Brasil e da CNDL, opção mencionada por quatro em cada dez entrevistados (43,7%), principalmente os das classes C, D e E (47,3%). Para Kawauti, o fato de cada vez mais brasileiros irem a pé ao supermercado mostra a força dos pequenos mercados de bairro. “Inclusive, é possível observar investidas das grandes redes de

supermercado para se aproximar do consumidor e ganhar o varejo de vizinhança”, acrescenta.

Como a segunda opção de transporte mais citada para ir ao mercado aparece o carro (31,3%), principalmente entre as classes A e B (61,3%) e o ônibus, com 24,3% das citações, sobretudo pessoas das classes C, D e E (28,2%).

(10)

»

MEIOS DE TRANSPORTE MAIS UTILIZADOS PARA FAZER COMPRAS PERTO

DE CASA

Novamente, andar a pé surge como a maneira mais utilizada para fazer compras perto de casa (62,0%,

sobretudo brasileiros das classes C, D e E (64,3%). Para Kawauti, diretrizes e planos urbanísticos que aproximem as pessoas de comércios, áreas de lazer e equipamentos públicos fazem parte do caminho para solucionar o problema da mobilidade urbana. “Os dados mostram que as pessoas tendem a ir a pé para aqueles locais que estão próximos a elas, o que é benéfico para o trânsito e para a qualidade de vida das pessoas. No entanto, o crescimento rápido e desordenado de boa parte das grandes cidades brasileiras fez com que as populações fossem para a longe dos centros, criando-se nessas regiões periféricas os famosos bairros dormitórios, fazendo com que milhares de pessoas tenham que se deslocar diariamente para o centro em busca de

oportunidades de trabalho, educação e lazer”, explica. O carro foi a segunda opção mais mencionada como alternativa para fazer compras perto de casa (19,8%, principalmente entrevistados do sexo masculino (23,4%) e das classes A e B (37,3%)), seguido do ônibus, com 17,2% das menções e com maior frequência nas classes C, D e E (19,7%).

A pesquisa capta a presença da bicicleta nas primeiras posições do ranking de veículos mais utilizados, que aparece em quarto lugar, com 4,4% das citações. De acordo com dados da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), o volume de deslocamentos por bicicletas nas cidades brasileiras dobrou em dez anos: passou de 1,3 bilhão em 2004 para 2,6 bilhões em 2014.

»

MEIOS DE TRANSPORTE MAIS UTILIZADOS PARA FAZER COMPRAS LONGE

DE CASA

Para compras longe de casa, o ônibus é o meio de transporte mais utilizado pelos brasileiros (48,4%,

sobretudo entre as mulheres (53,1%) e nas classes C/D/E (55,7%)). Em segundo lugar aparece o carro como o principal veículo de transporte para compras longe de

casa (36,1%, com destaque entre os homens (39,8%) e nas classes A e B (65,8%). Serviços de transporte por aplicativos surgem em terceiro lugar, com 9,7% das respostas, principalmente entre as pessoas mais jovens, entre 18 e 34 anos (14,1%).

(11)

MAIOR PARTE DOS CONSUMIDORES FAZ COMPRAS

PERTO DE CASA OU DO TRABALHO, DURANTE OS

DIAS DE SEMANA E PELA PARTE DA MANHÃ

95,1% dos entrevistados afirmam que costumam fazer compras em locais próximos de onde moram, sendo

que as principais motivações são os preços (23,2%), o conforto (22,3%), a localização e o conhecimento do local de compra (18,1%).

Os itens de supermercado (77,2%, com destaque entre pessoas das classes A e B (82,3%)), comida/lanches (42,0%, sobretudo jovens de 18 a 34 anos (48,4%)) e remédios (34,4%, principalmente entre mulheres (38,8%) e nas classes A e B (40,4%)) são os itens mais frequentemente adquiridos próximos de casa.

Já aqueles que costumam fazer compras perto do local de trabalho (47,4%) consideram sobretudo a comodidade (23,1%), o preço (19,2%) e a localização (15,9%). “A comodidade reside justamente no fato de

a pessoa aproveitar o deslocamento já feito para o trabalho para comprar presentes, artigos para si mesmo e itens de primeira necessidade para a família”, analisa a economista. Os itens mais comprados próximos ao trabalho são comida/lanches (35,5%, com destaque entre os mais jovens (41,9%)), roupas, sapatos e acessórios (26,2%), itens de supermercado (21,0%) e remédios (15,9%).

RESPOSTAS – RM CASA TRABALHO*

Supermercado

77%

21%

Comida/lanches

42%

35%

Remédios e produtos de cuidados da saúde

34%

16%

Roupas, sapatos e acessórios

16%

26%

Cosmético/perfumaria

13%

15%

Salão de beleza

13%

5%

Papelaria

12%

9%

Eletrônicos

5%

10%

RESUMO DOS

ITENS COMPRADOS

PRÓXIMO DE CASA

E DO TRABALHO

(12)

Quando perguntados sobre o melhor dia para se fazer compras, 45,7% dizem ter o hábito de comprar durante os dias de semana, ou seja, entre segunda e sexta-feira, principalmente as mulheres (50,2%) e

os consumidores mais velhos, com mais de 55 anos (50,4%). Entre os que optam por fazer compras durante

dias da semana, o turno preferido é o da manhã, com 18,4% das citações.

Outros 31,9% afirmam ter o hábito de fazer compras no final de semana (sábado e domingo), principalmente os homens (35,3%).

HORÁRIO EM QUE COSTUMA FAZER COMPRAS

Manhã À tarde À noite Horário do almoço

18%

14%

11%

3%

FINAL DE SEMANA:

Sábado e domingo NÃO TEM DEFINIÇÃO, acontece conforme a necessidade

32%

22%

46%

DIA DA SEMANA

(13)

mais de 55 anos (59,3%) e as classes C, D e E (55,9%).

Supermercado é o segundo local de compra mais citado (20,3%, sobretudo entre consumidores de 35 a 54 anos (25,2%)). Os shopping centers aparecem em terceiro lugar (15,5%, sobretudo entre os jovens (18,6%) das classes A e B (26,7%)).

BRASILEIRO ESTÁ MAIS PRÓXIMO DE LOJAS DE RUA

DO QUE DE SHOPPING CENTERS

A pesquisa mostra que, no Brasil, o comércio de rua está mais presente no cotidiano dos brasileiros do que os shopping centers. Seis em cada dez consumidores

(61,6%) moram perto de algum centro comercial ― sobretudo pessoas das classes A e B (74,9%). Entre esses consumidores, é mais comum morar próximo a um comércio de rua (53,7%) do que perto de um shopping (27,0%). Além disso, a metade dos

entrevistados (50,8%) trabalha próximo a algum comércio, novamente sendo mais frequente trabalhar perto de lojas de rua (46,0%) do que de shoppings (22,3%).

O estudo revela que mais da metade dos consumidores concentram suas compras em lojas de rua (53,5%), sobretudo as mulheres (56,9%), consumidores com

METADE DOS BRASILEIROS

CONCENTRAM AS COMPRAS

EM LOJAS DE RUA

Na avaliação dos brasileiros, o comércio de rua se sai melhor do que os shoppings centers em vários

e pediram para que os entrevistados apontassem suas preferências, de acordo com alguns critérios de

ONDE REALIZA A MAIORIA DAS COMPRAS

Lojas de rua

54%

Supermercado/ mercado/ hipermercado

20%

Shopping Centers

15%

Galerias comerciais de pequeno porte

5%

Internet

3%

Outros

2%

(14)

Sendo assim, na opinião dos entrevistados, as lojas de

rua apresentam os melhores preços (84,2%, frente a

9,1% nos shoppings), são melhores para fazer compras

do dia a dia (82,2%, frente a 11,2% nos shoppings), são melhores para fazer compras de última hora (66,5%,

frente a 27,4% nos shoppings), apresentam mais

facilidade para deslocamento (64,4%, frente a 26,0%

nos shoppings), agregam maior variedade de lojas (50,7% frente a 40,0% nos shoppings) e disponibilizam

melhores formas de pagamento (46,7%, frente a

29,3% nos shoppings). No quesito melhor lugar para comprar presentes, houve um equilíbrio de preferência entre os dois estabelecimentos (46,0%, frente a 44,3% nos shoppings).

Por outro lado, os shoppings ganham a disputa quando

os critérios são facilidade de estacionamento (65,1%,

frente 22,4 no comércio de rua) e segurança (76,8%, frente a 11,6% no comércio de rua). Os shopping

centers são ambientes cobertos, climatizados e seguros, meticulosamente projetados para oferecer uma experiência de compra cômoda e prazerosa para o consumidor. “No entanto, todo o conforto possui um

custo. A pesquisa comprova esta percepção, quando projeta um ranking das principais barreiras para se fazer compras em shoppings. O preço dos produtos aparece em primeiro lugar (55,0%) na lista de queixas e o custo do estacionamento pago foi a terceira dificuldade mais mencionada pelos entrevistados (17,9%)”, pondera Kawauti.

EXPERIÊNCIA DE COMPRAS –

MELHORES CARACTERÍSTICAS DE CADA COMÉRCIO

RESPOSTAS COMÉRCIO DE LOJAS DE RUA SHOPPINGS DIFERENÇANÃO FAZ

Melhores preços

84%

9%

7%

Compras do dia a dia

82%

11%

7%

Fazer compras de última hora

67%

27%

6%

Mais facilidade para o deslocamento

seja de casa ou do trabalho

64%

26%

10%

Variedade de tipos de lojas

51%

40%

9%

Melhores formas de pagamento

47%

29%

24%

Compras de presentes

46%

44%

10%

Mais fácil de estacionar

22%

65%

13%

(15)

PARA MAIOR PARTE DOS CONSUMIDORES,

SHOPPING OFERECE EXPERIÊNCIA DE COMPRA MAIS

AGRADÁVEL, EXCLUSIVA E PRAZEROSA

Os pesquisadores também buscaram comparar os diferentes hábitos de compra entre as lojas de rua e os shoppings centers. O shopping é considerado,

na avaliação dos entrevistados, um lugar onde as compras levam mais tempo para serem feitas (52,6%,

frente a 37,0% no comércio de rua), onde as compras

comprar é mais prazeroso, divertido e gera sensação de felicidade ao consumidor (54,9%, frente a 30,8% no

comércio de rua).

No entanto, tanto nas lojas de rua quanto no shopping center, os consumidores estão bastante propensos a

(16)

BRASILEIRO PREFERE LOJAS DE RUA PARA COMPRAR

ITENS DE SUPERMERCADO, REMÉDIOS, PAPELARIA,

COMIDA E ARTIGOS PARA CASA

O estudo mostra que são nas lojas de rua que os brasileiros preferem comprar itens de supermercado

(90,2%, frente a 7,8% nos shoppings), remédios e

produtos de cuidado da saúde (88,6%, frente a 8,1%

nos shoppings), artigos de papelaria (83,3%, frente a 7,4% nos shoppings), comidas/lanches (76,7%, frente a 20,0% nos shoppings), artigos para casa (76,1%, frente a 17,3% nos shoppings), serviços de

salão de beleza (75,6%, frente a 9,6% nos shoppings), cosméticos (66,0%, frente a 26,8% nos shoppings), roupas, sapatos e acessórios (58,4%, frente a 39,9%

nos shoppings), eletrodomésticos (55,6%, frente a 37,4% nos shoppings) e artigos para crianças (49,5%,

frente a 20,8% nos shoppings). Já o item eletrônicos (51,3%, frente a 41,1% nos shoppings) apresentou maior equilíbrio entre os dois segmentos comerciais. Apesar de significativo o resultado das lojas de rua, o estudo detectou uma leve preferência ― principalmente nas classes A e B ― pelos shopping centers para compras de celulares e acessórios (49,9%, frente a 42,0% no comércio de rua) e de joias e semi

joias (38,1%, frente a 33,6% no comércio de rua). Para

Kawauti, a compra de celulares e joias são experiências que exigem planejamento, privacidade e segurança, atributos, mais relacionados aos shoppings do que ao comércio de rua.

(17)

COMPRA DE ITENS NO

COMÉRCIO DE RUA X SHOPPING

RESPOSTAS – RU POR ITEM COMÉRCIO DE LOJAS DE RUA SHOPPINGSLOJAS DE NÃO COMPRA

Supermercado

90%

8%

2%

Remédios e produtos de cuidados da saúde

89%

8%

3%

Papelaria

83%

7%

9%

Comida/lanches

77%

20%

3%

Artigos para casa

76%

17%

7%

Salão de beleza

76%

10%

15%

Cosmético/perfumaria

66%

27%

7%

Roupas, sapato e acessórios

58%

40%

2%

Eletrodomésticos

56%

37%

7%

Eletrônicos

51%

41%

8%

Artigos para bebês/crianças

49%

21%

30%

Celular e acessórios

42%

50%

8%

Joias/semi joias

34%

38%

28%

Neste sentido, a falta de segurança/risco de assalto (46,0%, principalmente nas classes A e B (53,1%), o

trânsito (25,2%, sobretudo nas classes A e B (30,3%),

a dificuldade de estacionamento (14,8%, com menos frequência entre os maiores de 55 anos (10,6%) e maior relevância nas classes A e B (24,7%) e o preço das coisas (14,7%) são as maiores barreiras, na opinião dos brasileiros, para se fazer compras em lojas de rua.

Por outro lado, os pesquisadores também procuraram entender o que faria os consumidores aumentarem suas compras em lojas de rua. 50,8% disseram que o

preço seria o principal atrativo, sobretudo as classes C,

D e E (53,9%). Em seguida aparecem outras motivações como maior segurança (39,6%, principalmente entre pessoas das classes A e B (49,9%)) e a presença de lojas

(18)

BARREIRAS PARA FAZER

COMPRAS EM LOJAS DE RUA

COMPRAS EM SHOPPING

BARREIRAS PARA FAZER

Segurança/risco de assalto

46%

Trânsito

25%

Dificuldades de estacionamento

15%

Preço das coisas

15%

Transporte coletivo precário

13%

Limpeza pública

11%

Dificuldade de circulação pelo excesso de

movimento de carros e pessoas na região

11%

Pedintes/mendigos

9%

Horário de funcionamento

8%

Conforto

8%

Calçamento de ruas e avenidas

8%

Poluição do ar/sonora

7%

Mais difícil fazer pesquisa de preço

4%

Pouca variedade de lojas/produtos

3%

Iluminação

3%

Acessibilidade para deficientes

2%

Nenhuma

11%

Preço das coisas

55%

Horário de funcionamento

20%

Estacionamento pago

18%

Dificuldades de locomoção

10%

Trânsito

9%

Falta de segurança/assaltos

2%

Superlotado/muita gente

2%

Acessibilidade para deficientes

2%

Não me sinto confortável/não gosto

2%

Outros

3%

A busca por melhores condições de mobilidade urbana é desafio enfrentado pela maioria das grandes cidades brasileiras, que esbarra em problemas como a precariedade do transporte público e o planejamento urbano orientado ao transporte individual, o que contribui cada vez mais o inchamento de ruas e avenidas.

O estudo revela um amadurecimento cultural do consumidor brasileiro sobre o assunto: a maioria está disposta a abrir mão do transporte individual,

caso haja alternativas eficientes de mobilidade. Assim, resta o poder público discutir e implementar políticas que garantam um sistema de transporte integrado e eficiente com planejamentos urbanos que simplesmente aproximem pessoas de seus destinos. Já os varejistas podem contribuir com a mobilidade de suas cidades facilitando o acesso às lojas com calçadas organizadas, limpas e com estacionamento para bicicletas e proporcionando rampas, barras e outros meios de acesso aos clientes com necessidades especiais.

(19)

CONCLUSÕES

»

» Brasileiro gasta, em média, 2h28 no trânsito, sendo essa média 25 minutos menor entre o público feminino

(2h16); »

» 42,9% dos possuem carro ou moto em casa, sobretudo os das classes A/B, (75,1%) e os homens (47,1%);

»

» 60,1% dos que possuem transporte particular deixariam com certeza de usar seus veículos se houvesse boas

alternativas de transporte; »

» Os principais motivos para utilização do transporte coletivo são o preço mais barato (34,6%) e ser o único meio de locomoção disponível (28,4%). Conforto (41,9%), comodidade (37,3%) e rapidez (32,1%) são as principais razões para utilização de carro ou moto para se locomover;

»

» O transporte coletivo é o meio mais usual no dia a dia, sobretudo para ir ao trabalho (52,6%) e para ir ao médico/

dentista (57,9%); »

» Entre os que compram perto de casa, 23,2% escolhem o local de compra motivados pelo preço, conforto/

comodidade (22,3%) e localização/acessibilidade (19,9%); »

» 95% realizam a maior parte das compras perto de casa motivados pelo preço (23,2%), conforto (22,3%) e

localização (19,9%). 47,4% realizam a maior parte das compras próximo ao trabalho, por conta do conforto (23,1%), preço (19,2%) e localização (15,9%)

»

» Itens de supermercado (77,2%), comida/lanches (42,0%) e remédios (34,4%) são os produtos mais comprados

próximos de casa. Comida/lanches (35,5%), roupas, sapatos e acessórios (26,2%) e itens de supermercado são os produtos mais comprados próximos do trabalho;

(20)

EXPERIÊNCIA/HÁBITOS DE COMPRA

»

» Lojas de ruas apresentam os melhores preços (84,2%), são melhores para compras no dia a dia (82,2%) e para

fazer compras de última hora (66,5%);

»

» Shoppings apresentam mais segurança (76,8%) e maior facilidade de estacionamento (65,1%). »

» Em Shopping ou Comércio, a propensão para compra por impulso é parecida, mas consumidores tendem a passar mais tempo em shopping e acreditam que as compras são mais personalizadas (35,5%);

»

» Os itens mais comprados em lojas de rua são artigos de supermercado (90,2%), remédios (88,6%), papelaria (83,3%) e comida/lanches (76,7%);

»

» Os itens mais comprados em shoppings são celulares/acessórios (49,9%) e joias e semi joias (38,1%); »

» Segurança é a principal barreira para compras em comércio de rua (46,0%), seguido do trânsito (25,2%) e das dificuldades de estacionamento (14,8%);

»

» Preço das coisas (50,8%), segurança (39,6%) e presença de lojas maiores (21,9%) são as principais motivações

para aumentar compras em lojas de rua; »

» Preço é a principal barreira para compras em shopping (55,0%), seguido do horário de funcionamento (20,4%) e custo do estacionamento pago (17,9%).

»

» 61,6% residem próximos a algum centro comercial, sendo mais comum morar próximo a lojas de rua (53,7%) do

que shoppings (27,0%); »

» 50,8% trabalham próximos a algum centro comercial, sendo mais comum trabalhar próximo a lojas de rua

(46,0%) do que shoppings (22,3%); »

» A maioria das compras são feitas em lojas de rua (53,5%), seguidas pelos supermercados (20,3%) e pelos

(21)

METODOLOGIA

PÚBLICO-ALVO MÉTODO DE COLETA TAMANHO AMOSTRAL DA PESQUISA DATA DE COLETA DOS DADOS Consumidores das 27 capitais brasileiras, homens e mulheres,

com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas (excluindo

analfabetos).

Pesquisa realizada via coleta pessoal e pós-ponderada por sexo, idade, estado, renda

e escolaridade.

1500 casos, com uma margem de erro no geral de 3,0 p.p para um intervalo de

confiança a 95%.

15 a 26 de setembro

(22)

Referências

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