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TERMOGRAFIA INFRAVERMELHA NA DETECÇÃO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM FACHADAS COM REVESTIMENTO ARGAMASSADO

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Anais do 11º Congresso Internacional sobre Patologia e Recuperação de Estruturas - 2015

TERMOGRAFIA INFRAVERMELHA NA DETECÇÃO DE MANIFESTAÇÕES

PATOLÓGICAS EM FACHADAS COM REVESTIMENTO ARGAMASSADO

J. MORESCO Engenharia Civil Unisinos

Rio Grande do Sul; Brasil joanamoresco@hotmail.com

F. BORDIN Engenheira Civil Unisinos

Rio Grande do Sul; Brasil

M. R. VERONEZ Engenheiro Agrimensor Unisinos

Rio Grande do Sul; Brasil veronez@unisinos.br

M. P. KULAKOWSKI Engenharia Civil Unisinos

Rio Grande do Sul; Brasil marlovak@unisinos.br

RESUMO

O intuito da pesquisa foi desenvolver metodologias para a detecção de manifestações patológicas utilizando-se de técnicas de sensoriamento remoto. Assim, este estudo objetivou avaliar a eficiência da termografia infravermelha para a identificação de algumas manifestações patológicas em fachadas revestidas com argamassa. A termografia infravermelha utiliza um sensor que capta a radiação no comprimento de onda do infravermelho termal para a geração de imagens chamadas termogramas. Foram avaliadas as fachadas do prédio da biblioteca da Universidade do Vale do Rio dos Sinos de forma visual e com a utilização da termografia em relação às possíveis manifestações patológicas que pudessem estar presentes. A partir da técnica foi possível identificar as áreas onde existe presença de manifestações patológicas sendo capaz de detectar fissuras, biodeterioração e manchas causadas por umidade.

Palavras-chave: manifestações patológicas, fachadas, termografia infravermelha. ABSTRACT

The purpose of the research was to develop methods for the detection of pathological manifestations using remote sensing techniques. Thus, this study aimed to evaluate the efficiency of infrared thermography to identify certain pathological manifestations in facades coated with mortar. Infrared thermography uses a sensor which detects the radiation at the wavelength of the thermal infrared for generating images. We evaluated the facades of library of the University of Vale do Rio dos Sinos visually and with the thermography in relation to possible pathological manifestations that could be present. From the technique was possible to identify the areas where there is presence of pathological manifestations being able to detect cracks, biodeterioration and stains generated by the humidity.

Keywords: pathological manifestations, facades, infrared thermography 1. INTRODUÇÃO

As fachadas nem sempre recebem a atenção que necessitam em relação a projeto, execução e manutenção [1]. Assim, é possível verificar a existência de diferentes manifestações patológicas em fachadas revestidas com argamassa, como: fissuras, biodeterioração, manchamentos e eflorescência [2].

A presença das manifestações patológicas em revestimento argamassado de fachadas prejudica, ao longo do tempo, o desempenho do sistema. Quando não obtido o desempenho esperado, o sistema de revestimento pode não cumprir as suas funções básicas. Isso pode prejudicar o bem estar, a segurança dos usuários e até comprometer a fachada [3].

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A maior parte das manifestações patológicas em fachadas é detectada visualmente quando atingem a

parte externa do sistema de revestimento, porém outras são mais profundas e de difícil percepção [4]. De modo genérico, as fachadas recebem reparos somente quando a manifestação patológica apresenta-se de forma evidente. Essa demora ao início dos reparos pode acrescentar mais problemas à fachada [1].

Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência da termografia infravermelha na identificação de fissuras, biodeterioração e manchas de umidade em fachadas revestidas com argamassa.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Sistema de revestimento argamassado de fachada

Argamassa pode ser conceituada como uma mistura homogênea que contém: agregados miúdos, aglomerantes inorgânicos e água [5]. O revestimento de argamassa tem como funções principais a regularização, o acabamento decorativo e a proteção do substrato contra intempérie [6]. Os revestimentos devem ter resistência mecânica e características hidrofugantes e impermeabilizantes (quando não utilizada tinta) [7]. A Tabela 1 relaciona alguns requisitos básicos que são função dos revestimentos e as propriedades ou características da argamassa.

Tabela 1 - Função do revestimento versus propriedades do conjunto argamassa e base. Modificado de Cincotto, (1995, p. 15) [8].

Requisitos Básicos Propriedades ou características da argamassa e da base imediatamente relacionados

Segurança Resistência mecânica.

Habitabilidade Estanqueidade à água; isolamento térmico e acústico.

Compatibilidade com a base Consistência; plasticidade; trabalhabilidade; aderência; permeabilidade; índice de sucção.

Compatibilidade entre

material Durabilidade.

A qualidade das argamassas de revestimento externo envolve vários fatores que afetam a sua durabilidade e desempenho [8]. Esses fatores estão diretamente relacionados com algumas características e propriedades das argamassas, como: trabalhabilidade, deformabilidade, plasticidade, resistência à compressão, aderência, retenção de água e teor de ar incorporado [6].

A pintura é utilizada como proteção das argamassas de revestimento, além da função estética, podendo ela interferir no bom funcionamento de outros sistemas e principalmente nas ações da água e dos agentes biológicos. O sistema de pintura pode prolongar o desempenho do revestimento argamassado das fachadas através da: redução da passagem de umidade, redução da incidência de umidade no interior das edificações e redução do crescimento de fungos, bactérias ou microrganismos [9].

2.2 Manifestações patológicas em fachadas

As manifestações patológicas podem interferir na vida útil e no desempenho do sistema de revestimento de fachadas. A ocorrência do surgimento de manifestações patológicas pode ser responsabilizada pelo aumento da construção e variedade das edificações [10]. A utilização inadequada de material de construção, ou de material de baixa qualidade está diretamente relacionada com o aumento do surgimento de manifestações patológicas em fachadas [11]. Alguns agentes causadores de manifestações patológicas ocorrem principalmente nas fases de projeto, execução e utilização das edificações [12].

Muitas manifestações patológicas podem acometer fachadas revestidas com argamassa, porém, em razão da extensão do assunto, nessa revisão bibliográfica, só serão tratadas as manifestações patológicas avaliadas nesse estudo.

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As fissuras são manifestações patológicas comuns em revestimentos de fachadas, seu aparecimento pode ser motivado por diferentes causas (mecânicas, térmicas, químicas, pela presença de umidade ou microrganismos) [13].

Aspectos como movimentações térmicas surgem devido aos diferentes coeficientes de dilatação e contração do material e a exposição dos elementos construtivos à incidência solar.

As movimentações higroscópicas bem como, retração dos produtos a base de cimento e a retração química (em função da secagem ou de carbonatação), também são agentes causadores de fissuras no revestimento argamassado. Além disso, as sobrecargas nos vãos de aberturas e recalque das fundações também podem causar esse tipo de manifestação patológica [11].

As fissuras podem acometer os revestimentos de argamassa devido a alterações químicas dos materiais constituintes às quais podem ocorrer pela hidratação retardada das cales e por ataques por sulfatos [14].

2.2.2 Biodeterioração

A biodeterioração pode ser conceituada como qualquer alteração que não favoreça as superfícies, causadas por organismos que as usam como ambiente de desenvolvimento [15]. A atividade vital dos organismos ocorre em áreas onde existe a presença de umidade e corroboram com a deterioração da superficie. O material constituinte da formulação das tintas, algumas vezes, fornece os nutrientes para microrganismos [16]. Como as fachadas são submetidas diretamente a fatores naturais essa ação é comum nas superfícies das edificações já que possibilitam um ambiente ideal para agentes microbiológicos que conseguem sobreviver por longos períodos em diversas condições [17].

A biodeterioração pode ocorrer de diferentes maneiras na superfície dos materiais e pode ser classificada de acordo com a Tabela 2 [18]:

Tabela 2- Classificação da biodeterioração. Modificado de Gaylarde, Silva e Warscheid, (2003, p. 10) [18].

Classificação Condição

Física ou mecânica Os microrganismos alteram a superfície do material, porém não a utilizam como fonte de alimento.

Estética A presença de microrganismos causa a deterioração e suas atividades metabólicas formam uma camada escura na superfície.

Química assimilatória A superfície é a fonte de alimento dos microrganismos, o que prejudica as propriedades do material.

Química dissimilatória A excreção dos produtos produzidos pela atividade vital dos microrganismos são ácidos que decompõem os minerais da superfície.

2.2.3 Umidade

A umidade pode se manifestar em diversos elementos construtivos, tais como pisos, fachadas, paredes, entre outros. Conforme mencionado anteriormente, as manifestações patológicas possuem causa decorrente da penetração de água, ocasionando problemas como o prejuízo no desempenho da fachada, o desconforto aos usuários, os danos em móveis e/ou equipamentos do interior da edificação e os prejuízos financeiros [19]. A umidade quando combinada com a temperatura influenciam no aparecimento de manifestações patológicas [1]. A maior parte das causas das manifestações patológicas, cerca de 53%, tem influência da umidade.

A umidade nas paredes é uma das ações mais perigosas e mais frequentes que atacam as edificações [20]. Ela pode contribuir com a acelerada deterioração do material e com o aparecimento de várias manifestações patológicas. Ainda de acordo com o autor as principais formas de manifestação de umidade são as apresentadas na Tabela 3.

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Tabela 3- Formas de manifestação da umidade. Modificado de Henriques, (2010, p. 47) [20].

Forma Condição

Umidade da construção A umidade da construção pode dar origem a manifestações patológicas em função da sua evaporação ou do seu excesso, causando manchas.

Umidade de precipitação A chuva juntamente com o vento faz com que a água passe a ter uma componente horizontal podendo ocasionar manchas de umidade.

Umidade de condensação

Os fenômenos de condensação propiciam o desenvolvimento de bolor. Além disso, os esporos de vários tipos de microrganismos existem no ar e dentro das edificações sempre que propiciadas as condições necessárias para o seu desenvolvimento, umidade relativa do ar superior a 75%.

Umidade do terreno

As manifestações patológicas ocorrem quando a parede está em contato com a água do solo. Quando a água atinge as paredes e evapora, os sais contidos no terreno e no material de construção cristalizam e ficam ali depositados.

2.3 Termografia infravermelha

A termografia infravermelha é uma técnica que utiliza a radiação infravermelha, neste caso, a radiação térmica emitida pela superfície dos objetos e a converte em imagens térmicas chamadas termogramas [21]. Os termogramas transmitem para a imagem digital diferentes temperaturas que são apresentadas em diferentes cores ou em escala de cinza [22].

A intensidade de radiação que o objeto emite depende de vários fatores. Porém, dois deles são fundamentais: a emissividade do material e a temperatura da superfície. Quanto mais quente estiver um objeto mais radiação o mesmo irá emitir [23].

A termografia infravermelha auxilia na detecção de anomalias que se manifestam nas superfícies das estruturas pela diferença de temperatura. Essa detecção pode ser feita de forma rápida, à distância, sem destruir parte da estrutura, e eficaz, quando tomado os cuidados com os fatores que podem influenciar a leitura da temperatura. Muitos dos defeitos construtivos são caracterizados pela variação de temperatura e são de difícil visualização [22].

2.3.1 Fatores Importantes na termografia Infravermelha

A aplicação da termografia depende das características do material, de fatores climáticos e das distâncias e ângulos de captação de imagens. As principais variáveis de influência sobre a termografia infravermelha são tratadas a seguir:

a) Emissividade: A emissividade (ɛ) depende diretamente das características do material dos objetos e pode variar de 0(zero) até 1,0 (um). A emissividade mede a capacidade que um corpo tem de emitir radiação comparada a um corpo negro. Ela pode ser conceituada como a relação entre a emitância (M) de um corpo real qualquer e a emitância (M’) de um corpo negro a uma mesma temperatura, sendo M a capacidade que um corpo tem de emitir radiação [24]. A emissividade (ɛ) é uma propriedade da superfície que pode influenciar a termografia infravermelha, por isso, seu valor correspondente deve ser considerado [25].

b) Outras variáveis: O vento pode alterar as imagens térmicas, quando existente em uma velocidade expressiva, podendo alterar a resistência térmica superficial. Quando realizado algum ensaio no interior de edifícios, devem-se evitar correntes de ar oriundas de janelas abertas ou grelhas de ventilação, que possam influenciar na medição [22]. Os ventos fortes podem melhorar a transferência de calor, assim, devem-se evitar inspeções exteriores em condições de vento [26]. As fontes de calor como a luz solar ou artificiais, podem alterar os resultados da temperatura da superfície. Mesmo em um dia nublado, sem a incidência solar, a temperatura pode ser afetada. Para os ensaios exteriores serem melhor analisados, as medições devem ser realizadas durante a noite, ou no amanhecer. A falta de fontes de calor, como as sombras, também podem afetar as imagens, pois a temperatura na superfície poderá ser afetada [22].

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A distância e o ângulo de visada são fatores que também podem afetar na interpretação dos resultados dos termogramas. A qualidade da imagem térmica diminui com a distância entre o equipamento e a superfície. Quando aumentada a distância cada ponto de imagem representa uma área de superfície maior, dificultando a captação da radiação pelo equipamento. Os ângulos entre o equipamento e a superfície analisada devem ser evitados, quando se visualiza um objeto em um ângulo agudo informações diminuem quando comparadas a uma tomada de imagens em ângulos retos [26].

2.3.2 Aplicações da termografia infravermelha

As câmeras termográficas têm sido utilizadas em muitas áreas de estudo no mundo todo. Abreu, Soares e Souza [27] aplicaram a termografia infravermelha em manutenção preditiva de máquinas e equipamentos industriais. No estudo foi possível identificar superaquecimentos em disjuntores e em motores elétricos com a utilização da termografia infravermelha.

Souza [28] fez um estudo sobre alternativas para aumentar o desempenho e o conforto térmico em edificações, analisando como os materiais e suas cores podem influenciar na temperatura das edificações. Para isso, foram utilizadas imagens térmicas geradas por uma câmera ThermaCAMTME25. Foram realizados ensaios com telhas

de fibrocimento e telhas cerâmicas em diferentes cores. Foi constatado que as telhas cerâmica chegaram a uma temperatura maior quando comparadas às de fibrocimento. Quando realizados os testes para a comparação em relação às cores, os pesquisadores encontraram uma diferença de 14°C entre a telha cerâmica na cor cinza e a telha cerâmica na cor verde escuro. Esse aumento na temperatura ocorre em razão da absortância, ou seja, a telha na cor verde absorve mais calor. O autor concluiu que a câmera tem potencial para aplicações em análises térmicas quando utilizada com as variáveis corretamente estabelecidas.

3. METODOLOGIA

Para atingir os objetivos da pesquisa, foi necessário um trabalho de campo constituído de inspeções visuais e aquisição de termogramas. O estudo levou em consideração as variáveis climáticas do entorno da edificação, as quais podem interferir na aquisição dos termogramas. Antes do início da realização dos termogramas foi realizado um ensaio de verificação da emissividade de modo a determinar o valor da superfície a ser explorada. Sendo assim, a câmera realizou a aquisição dos termogramas com a emissividade já calibrada de acordo com o valor da superfície estudada. Por fim, a metodologia seguiu o estabelecido na Figura 1 que resume de forma ilustrativa as etapas da pesquisa.

Figura 1: Esquema representativo da metodologia do trabalho

A edificação adotada para a realização do trabalho foi o prédio onde se localiza a biblioteca da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, na cidade de São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Figura 2. A obra do prédio da Biblioteca foi iniciada no ano 1998 e seu término ocorreu no ano 2000 quando foi então inaugurada. De acordo com a

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Gerência de Serviços, Manutenções e Infra-estrutura, (GSMI), a edificação não passou por nenhuma manutenção nas fachadas desde a sua construção.

Figura 2: Fachada Sudoeste

Foram consideradas as variáveis ambientais como a insolação, a temperatura ambiente e a velocidade do vento [22]. Os dados das variáveis climáticas foram baseados nas informações do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, CPTEC, para a cidade de Porto Alegre.

O sensor utilizado para a medição da radiação térmica foi uma câmera termográfica, Visual IR Thermometer 02 do fabricante FLUKE. Este sensor detecta o sinal elétrico em função da radiação que recebe do objeto e em seguida gera a imagem térmica resultante no seu próprio monitor. Ela mede a temperatura em função da radiação que a superfície emite. Esse equipamento faz medições de temperaturas no intervalo de -10°C a 250°C, sendo a sua resolução de ± 2°C. A emissividade do material pode ser configurada manualmente na câmera, bem como a temperatura ambiente. O equipamento utilizado foi disponibilizado pelo Instituto Tecnológico em Desempenho da Construção Civil, ITT Performance da Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

No momento em que o operador escolhe uma área a ser termografada, o sensor faz, ao mesmo tempo, uma imagem infravermelha e uma imagem de luz visível. Após o trabalho de campo, as imagens térmicas geradas pelo sensor foram analisadas com a utilização do software SmartView, que acompanha o equipamento. Esse software gera relatórios das imagens e permite a edição referente à intensidade de cores para uma melhor visualização.

Para a determinação da emissividade da superfície estudada, foi utilizado um método empírico, conhecido como método da fita, segundo Barreira [22]. Para a determinação da emissividade foi escolhida uma área da fachada sem a presença de manifestações patológicas e então colocada uma fita isolante preta. O equipamento de medição da radiação foi colocado a um metro de distância da fachada. Após esperado um período de tempo para que a fita estabilizasse com a temperatura e condições do ambiente, iniciaram-se as medições. O valor da emissividade foi alterado no sensor e quando a temperatura da superfície sem fita isolante coincidiu da superfície com a fita isolante, ficou determinado o valor da emissividade.

Para cada manifestação patológica visualmente identificada nas fachadas, foram realizados três termogramas, em três períodos diferentes do dia (manhã, tarde e noite). As manifestações patológicas foram exploradas individualmente, na etapa de aquisição dos termogramas, para analisar a potencialidade dessa técnica na sua detecção.

Os termogramas não foram realizados em dias em que a presença da água da chuva estivesse presente nas superfícies das fachadas. E também em dias chuvosos ou em dias posteriores (3 dias após) ao período de chuvas. Essa decisão foi tomada tendo em vista que a umidade tende a dispersar o calor na superfície e a esconder os diferenciais térmicos [23]. Para que não houvesse influência da variável ângulo de visada na aquisição dos termogramas, tomou-se o cuidado de focar a câmera perpendicularmente à fachada.

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Também foi tomado um cuidado para que os termogramas fossem afetados minimamente pela atenuação atmosférica, por isso, a distância entre o sensor e a superfície foi mantida em aproximadamente um metro. Além disso, essa precaução foi tomada para que a resolução de todos os termogramas fosse mantida o mais próxima possível.

4. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A inspeção visual foi realizada antes do início dos ensaios com a termografia infravermelha, com o objetivo de reconhecer os locais onde potencialmente pudessem existir manifestações patológicas visíveis e supostamente ocultas.

A Figura 3 apresenta os locais onde foram identificadas manifestações patológicas estudadas, sendo eles localizados na fachada sudoeste. A fachada apresentou várias manifestações patológicas, principalmente, fissuras (identificada pelo número 1), biodeterioração (identificada pelo número 2) e manchas causadas por umidade (identificada pelo número 3).

Figura 3: Manifestações patológicas estudadas

A partir do ensaio de determinação da emissividade, foi obtido um valor de 0,80 para a superfície da fachada estudada.

A Tabela 4 apresenta os dados referentes ao horário e o período do dia em que ocorreu a aquisição dos termogramas, assim como os dados de incidência solar, temperatura ambiente, velocidade do vento, umidade relativa do ar e temperatura.

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Tabela 4 - Organização de dados das variáveis climáticas e horário da realização dos termogramas

Na Figura 4 são apresentados os termogramas referentes à área com fissuras. Os termogramas são apresentados em ordem de captação (manhã, tarde e noite).

No termograma realizado no período da manhã, na parte central da área com fissuras foi possível constatar temperatura maior, cor laranja em relação aos outros pontos. Isso pode ser explicado pela dificuldade que existe do fluxo de calor ser absorvido pela parede durante o aquecimento da superfície originando um aumento na temperatura do local com a presença da manifestação patológica. Essa dificuldade existe por causa das lâminas de ar entre o revestimento e a fachada que as fissuras acarretam, criando barreiras térmicas [22].

Os termogramas realizados no período da tarde e da noite mostram a área com fissuração em temperatura menor, representadas pela cor azul (Figura 4). Nesses locais, a transferência de calor ocorre da superfície para o interior da parede. A transferência de calor acontece com a ajuda das fissuras, que conduzem a entrada de calor mais facilmente [22]. Pode-se observar no termograma da tarde que existem áreas com a mesma faixa de temperatura obtida no local das fissuras, cor azul. Porém nesses locais, não foi possível identificar visualmente a presença de fissuras.

Na Figura 5, estão os termogramas da área com biodeterioração. As áreas com menores temperaturas, representadas pela cor azul, coincidem com os locais onde não existe a manifestação patológica. A constatação de temperatura mais alta ocorreu nos locais da superfície onde existe a biodeterioração, estas indicadas pela cor laranja. Isso pode ser explicado pelo fato de que os microrganismos geram calor em seu metabolismo. O calor que os microrganismos geram aquece a superfície fazendo com que exista uma diferença de calor nos locais onde existe e não existe a presença da biodeterioração [29].

A Figura 6 apresenta os termogramas realizados na área com manchas causadas por umidade, identificada visualmente. O termograma realizado no período da manhã apresentou uma temperatura menor na área onde existe a presença de umidade, representada pela cor amarela. Em algumas áreas, onde visivelmente não existe a presença de umidade, foi possível identificar temperaturas menores, cor amarela. Isso pode ser um indício de que nesses locais existe a presença de umidade, porém a manifestação patológica ainda está oculta.

O termograma realizado no período da tarde apresentou menor temperatura nos pontos periféricos da imagem, cor amarela, no ponto central apresentou a maior temperatura, cor verde. Esse fato corrobora com a evidência de que existem pontos com a presença de umidade e não estão visíveis a olho nu na parte inferior da imagem. Pode-se perceber que o termograma realizado no período da noite obteve, na área com a prePode-sença de manchas de umidade, uma maior temperatura com o passar do dia identificada na imagem pela cor verde.

Identificação da Figura Manifestação patológica Incidência do sol Período do dia M T N T (°C) na superfície Velocidade do vento (km/h) Umidade relativa do ar (%)

Figura 4 Fissura Não x 19 82 20,0

Figura 4 Fissura Sim x 33 43 33,4

Figura 4 Fissura Não x 32 40 29,8

Figura 5 Biodeterioração Não x 19 82 20,0

Figura 5 Biodeterioração Sim x 33 43 33,4

Figura 5 Biodeterioração Não x 32 40 29,8

Figura 6 Manchas Não x 19 82 20,0

Figura 6 Manchas Sim x 33 43 33,4

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Figura 4: Termogramas realizados na área com fissuras

Figura 5: Termogramas realizados na área com biodeterioração

Figura 6: Termogramas realizados na área com manchas de umidade Manhã Tarde Noite Manhã Tarde Noite Manhã Tarde Noite Fissuras Fissuras Fissuras Biodeterioração Biodeterioração Biodeterioração Umidade Umidade Umidade

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10 Os resultados apresentados a partir do estudo mostraram que a termografia infravermelha foi capaz de detectar as manifestações patológicas a partir da diferença de radiação emitida pelas áreas.

A diferença de temperatura e, consequentemente de radiação emitida pela superfície, possibilitou a detecção das áreas com a presença das manifestações patológicas: fissuras, biodeterioração e manchas causadas por umidade. Quando comparadas as imagens (luz visível e infravermelho termal), elas mostraram que existe uma aproximação entre as áreas onde existe a presença de manifestações patológicas identificadas pela termografia infravermelha e as áreas onde há efetivamente a presença da manifestação patológica, identificadas pela inspeção visual.

As temperaturas captadas pelos termogramas nos diferentes períodos do dia tiveram uma grande variabilidade em função da temperatura ambiente que também variou durante o dia. A partir disso verificou-se que a temperatura da superfície captada pelo sensor é afetada pela temperatura ambiente, mas não influencia nesse tipo de análise já que influencia todos os pixels das imagens igualmente.

Além disso, as fissuras e as manchas causadas por umidade obtiveram alterações referentes ao comportamento térmico em relação à superfície sem a presença das manifestações patológicas. A biodeterioração não apresentou alteração no comportamento da emissão de radiação e da temperatura em relação à área sem a manifestação patológica. É possível concluir que a temperatura ambiente influencia no comportamento das manifestações patológicas estudadas nesse trabalho com relação à emissão de radiação.

O vento não influenciou a aquisição dos termogramas, pois sua velocidade era baixa no dia da aquisição. O ângulo de visada do sensor foi aproximadamente perpendicular ao alvo, evitando distorções de imagem relacionadas à distância. O período de tempo necessário para a realização dos termogramas é curto, sendo que a leitura das temperaturas captadas pelo sensor é feita instantaneamente no momento em que o operador aciona o botão de captura da imagem. Assim, torna-se uma característica da termografia infravermelha ser um método rápido quando aplicado à detecção de manifestações patológicas em revestimento argamassado de fachadas.

Todas as informações obtidas a partir da realização dos termogramas foram realizadas de maneira remota, ou seja, sem o contato direto entre a fachada e o sensor, sendo essa uma característica que possibilita a vistoria de fachadas à distância.

Todas as áreas com a presença de alguma manifestação patológica estudada nesse trabalho emitiram radiação e obtiveram temperaturas diferenciadas em relação a áreas sem a presença de manifestações patológicas.

A distância entre o sensor e a superfície influencia na obtenção dos termogramas, pois a sua resolução diminui com o aumento da área termografada. Com o aumento da distância perdem-se detalhes que um termograma com mais proximidade entre superfície e sensor possibilita registrar.

5.CONCLUSÕES

Em relação ao objetivo que foi avaliar a técnica da utilização da termografia infravermelha para detecção de fissuras, biodeterioração e manchas causadas por umidade pode-se concluir que esta técnica pode colaborar como método de inspeção para auxiliar na detecção de manifestações patológicas ainda pouco aparentes e no acompanhamento evolutivo das mesmas. Ela também pode ser aplicada para auxiliar no mapeamento dos locais onde possam ser colocados os equipamentos para ensaios mais aprofundados.

O melhor método, segundo os resultados obtidos nesse estudo, foi referente à aquisição dos termogramas no período da manhã. O que pode ser justificado em função da incidência solar, que está no início. Esse fato contribui com o aquecimento ou a falta de aquecimento nos locais onde possuem manifestações patológicas. Porém, para grandes áreas, a melhor alternativa é realizar os termogramas no período da noite ou com sensores de maior resolução.

As imagens mostraram que existe uma aproximação entre as áreas onde existe a presença de manifestações patológicas identificadas pela diferença de emissão de radiação pela termografia infravermelha e as áreas onde há efetivamente a presença da manifestação patológica, identificadas visivelmente.

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11 A termografia infravermelha pode auxiliar na detecção de manifestações patológicas que ainda não atingiram a parte mais externa da superfície. Além de detectar deformidades que podem causar outras manifestações patológicas.

Também se pode concluir que a incidência solar alterou o comportamento das manifestações patológicas analisadas em relação à emissão de radiação, porém não influenciou na detecção das mesmas. O mesmo pode-se concluir em relação ao vento e o ângulo de visada. Porém, a distância entre sensor e superfície influenciou na detecção de manifestações patológicas.

A partir da análise dos resultados obtidos, conclui-se que a utilização da termografia infravermelha possui grande potencial na detecção de algumas manifestações patológicas em fachadas com revestimento argamassado.

6. AGRADECIMENTOS

A professora orientadora, Profa. Dra. Fabiane Bordin pela forma como me orientou para a realização desse trabalho e

pela oportunidade. Aos colegas que fazem parte do Grupo de Pesquisa em Sensoriamento Remoto Aplicado e principalmente ao Prof. Dr. Maurício Roberto Veronez, pela confiança, oportunidade e troca de conhecimentos. À Profa

Drª. Marlova Kulakowski pela contribuição para o aperfeiçoamento da pesquisa. Ao órgão de fomento à pesquisa FINEP pela concessão da bolsa de Iniciação Científica. Ao Instituto Tecnológico em Desempenho da Construção Civil, ITT Performance da Universidade do Vale do Rio dos Sinos e ao Prof. Dr. Bernardo Fonseca Tutikian pela contribuição para a realização deste trabalho.

7. REFERÊNCIAS

[1] SILVA. A. F. Manifestações patológicas em fachadas com revestimento argamassado: Estudo de caso em edifícios

em Florianópolis. 2007. 190f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo)- Departamento de Arquitetura

e urbanismo, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2007. [2] BAUER, L. A. F. Materiais de Construção. 5ª Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001.

[3] ANTUNES, G. R. Estudo de Manifestações Patológicas em Revestimento de Fachadas em Brasília- Sistematização da Incidência de Casos. 2010. 199f. Dissertação (Mestrado em Estruturas e Construção Civil) – Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Faculdade de Engenharia da Universidade de Brasília, Brasília.

[4] MARIO, Mauro. Uso da Termografia como Ferramenta Não Destrutiva Para Avaliação de Manifestações

Patológicas Ocultas. 2011.70f. Trabalho de Conclusão de Curso (Engenharia Civil) – Engenharia Civil-

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, 2011.

[5] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13281: Argamassa para Assentamento e

Revestimento de Paredes e Tetos. Rio de Janeiro, 2001.

[6] VEIGA, M. R.Comportamento de argamassas de revestimento

de paredes : contribuição para o estudo da sua resistência à fendilhação. 1998. 458f. Dissertação ( Doutorado em

Engenharia Civil)- Faculdade de Engenharia de Porto, Porto.

[7] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13749: Revestimentos de paredes e tetos

de argamassas inorgânicas. Rio de Janeiro, 1996.

[8] CINCOTTO, M. A; SILVA, M. A; CASCUDO, H. C. Argamassas de Revestimento: características, propriedades e

métodos de ensaio. São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 1995.

[9] NETO, J. C. P. F. Perícias de Fachadas em Edificações: Pintura. São Paulo: Liv. e Ed. Universitária de Direito, 2008.

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Referências

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