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novelho bruno nobru novelho reunião de trechos novos e velhos revisitados bruno nobru

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Academic year: 2021

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novelho

reunião de trechos novos e velhos revisitados

bruno nobru

2011

(3)

nenhum direito reservado é livre a reprodução parcial ou total desde que para fins não comerciais favor citar o nome do autor

que o acesso a cultura

seja livre de luxos e ganâncias particulares porque cultura é direito de todos

novelho

reunião de trechos novos e velhos bruno nobru

publicação independente pouso alegre, minas gerais 2011

(4)

não escrevo poemas mas fragmentos de paisagens qualquer trecho é um risco arrisca-se a arte e a vida

(5)

tudo que é visível há de se expandir para além de si

até penetrar no invisível

(6)

esse tempo que corre e atropela

parte de mim entra e parte-me em ecos e cacos

. . .

(7)

já não sei mais se é segunda ou quarta dia ou noite

as coisas acontecem acontecendo.. a leitura pode ser

tão inventiva quanto a escrita

acho que sou meio macaco ou lobo, assisto a cidade

(8)

a vida vai acontecendo todo momento uma hora num lugar outra noutro seja onde for.. numa constante negação e afirmação de si entre dúvidas e acertos caminho e tento respeitar o silêncio observar estrelas fluir como o mar

(9)

com poucas palavras as sílabas silambeiam com muitas

(10)

penso num caminho escolho outro viajo, sinto-me pássaro tem momentos quero largar tudo a flexibilidade e criatividade entram na dúvida e seguem um tanto distantes do chão convivendo com diferentes personalidades com o invisível dentro e fora desenhando sensações abstratas na busca da potência sonhando e devaneando sem fronteiras entre aquários e mares

(11)

andou virou letra caiu rabisco só restou o som do pó vazio nada existencial

(12)

entre fósseis e concretos a objetividade ri me faz abstrato e se torna algo em torno um curvado de nós sento a brisa doida junta ao plasma meu e a mão escreve torta

(13)

CADA SER ESTÁ EM SEU TEMPO

IMERSO EM SI

(14)

as coisas vão se fazer fazendo

em conexões entre pessoas e objetos e conexões entre eu comigo mesmo

todos os modos de subjetividade são lícitos cada ser é um planeta

com espaços, territórios, expansões voando sobre paisagens num pluriverso acontecendo entre uma e outra vivência as vivências se mesclam com a vida e nós mesclamos com os pares com os mares e o mundo

por mais imundo que este pareça ser raízes, galhos e travessias,

o que acontece entre o nascimento e a morte cada um com seu tempo de vida e de pausa

(15)

entre eu e você há muito mais que eu e você

há o que nos transforma o que nos torna outro-eu e outro-você

(16)

de tão pouco TANTO coisas paradas INACABADAS tampam EMPERRAM

(17)

aquelas frases prontas aqueles olhares aqueles risos aquelas maneiras de agir em cada momento aquelas prontas que não me pertencem que tomam conta em certas situações ser ou não ser não é a questão há muito mais o que viver do que comprar fácil é gostar de quem gosta do que gosta de quem acredita no que acredita quero ver cagar no mato cair de cara sacar o jogo vencer o risco

(18)
(19)

entre processos que fazem e desfazem nós internos e externos

como um quebra-cabeça-corpo

que se desorganiza e reorganiza no devir a responsabilidade do gato é o cão

o livre respeita sua liberdade e a do outro todo artista tem um pouco de anormal entre tantos seres que habitam em de mim sou o catarro do bruno

(20)

se eu me descrever em palavras me classificarei em coisas que não sou pois não nasci sendo palavras nem palavras me tornei

sou e estou sendo algo que não há como descrever senão por si mesmo este que em nada se classifica pois se classificar deixo de ser fluido e me torno estático

(21)

não quero mais ler livros prefiro cheirá-los

vou cheirar cores também pra ver a onda que rola de todos animais

o humano-alienado é o mais besta me canso deste ser

que se deixou levar

(22)

um ser antisocial, mutante entre grunhos e runhos prefiro os poucos que caminham de asco em ponta varíola, miséria sentido no ar.. enquanto as células processam mitoses e meioses meu corpo regurgita [naga rama]

(23)

resta-me a dor de me dar o que mereço

num dado ardor de ver a face que me rói o resto de meu rosto

(24)

a gente pensa que sabe como é acha que se conhece, e pensa que

sabe como agir em cada situação e se esquece que a vida é muda e que a gente muda depois percebe que não adianta muito saber

pois cada situação é uma e cada momento leva a um outro movimento

(25)

quando minha escrita não tiver compromisso nem comigo

aí sim ela será livre

(26)

somos todos farinha do mesmo vago

(27)

garagem maracujá ambulância, repolho algo... te espero no ar não precisamos falar nada

(28)

a palavra estava me sufocando agora prefiro o silêncio cansei de teorias vou observar minhocas

(29)

a escrita é uma expansão do indivíduo do que é dele mesmo

não há limites para expandir e interiorizar o tempo não se gasta

(30)

isso não é meu, nem seu mas de todos os seres mutantes e mix-turados que somos

(31)

bruno nobru entre processos de ser e transformar-se criando e re-criando possibilidades de arte e de vida contato

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Referências

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