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Comentários prova ACE/MDIC 2012

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Academic year: 2021

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Prof. Thális Andrade www.pontodosconcursos.com.br

1 Bom dia pessoal,

Fizeram boa prova?

Primeiramente gostaria de agradecer imensamente o carinho daqueles que me escreveram dizendo ter logrado uma boa pontuação nas provas de DIP, COMINT e REI (a pontuação tem chegado perto de 90% da prova). Fico feliz em ter ajudado todos vocês, mas tenho certeza de que foi o seu esforço que lhes deu essa confiança este bom resultado.

Bom, agora vem a má (ou boa) notícia rsrs.

Das questões que analisei dessas três matérias (não analisei as 3 questões do tópico 5 de REI), vi possibilidade de recurso em 14 delas. É isso mesmo, apenas 14 rsrs! Para quem quiser ir direto a elas, veja as questões que estão assinaladas com um asterisco (*).

Em geral, foram termos mal empregados pelo examinador que comprometem por completo a questão. Também as outras questões dessas matérias para melhor entendimento e estudo de vocês.

Para quem precisar de pontuação, boa sorte nos recursos! Um grande abraço e aguardo vocês no curso de discursivas hein?

COMÉRCIO INTERNACIONAL (7 passíveis de anulação)

1 - Sobre o processo decisório da Organização Mundial do Comércio (OMC), é correto afirmar que:

a) todas as decisões devem ser tomadas por consenso.

b) as decisões são tomadas por maioria de 3/4 dos membros, para pedidos de derrogação temporária de obrigações por um membro e em casos envolvendo a interpretação de medidas previstas nos acordos, e de 2/3 para casos que envolvam a modificação dos acordos e a acessão de novos membros.

c) o consenso é a regra básica e quando não alcançado adota-se a votação por maioria simples, de modo a conferir agilidade à Organização.

d) apenas as decisões relativas a modificações no Acordo constitutivo da própria Organização e ao processo decisório são tomadas por consenso.

e) o consenso é regra básica para as decisões tomadas na Conferência Ministerial e no Conselho Geral, por serem as instâncias superiores de decisão na OMC, sendo a maioria de 3/4 necessária para a tomada de decisões nos demais Conselhos, Comitês e no Órgão de Solução de Controvérsias.

Gabarito B.

Questão versava sobre o processo decisório na OMC e seus quóruns (art. IX do Acordo Constitutivo). O erro da letra A é que nem todas as decisões são por consenso, mas também por quóruns de 3/4 e 2/3.

O erro da C é que não há previsão de maioria simples na OMC. Não obtido o consenso, as decisões são tomadas por maioria, de acordo com os quóruns específicos de cada situação (3/4 ou 2/3).

O erro da E é que a conferência ministerial e o conselho geral têm a função exclusiva de adotar interpretações, devendo fazê-lo por 3/4. No entanto, o Órgão de Solução de controvérsias usa o consenso para aplicação das suas recomendações, que só pode ser afastada pelo consenso negativo (reverso).

2 - A criação da Organização Mundial do Comércio (OMC) representa um marco na evolução do sistema multilateral de comércio instaurado com o Acordo Geral de Comércio e Tarifas (GATT) em 1947. Com base nessa assertiva, assinale a opção correta.

a) Com a entrada em funcionamento da OMC em janeiro de 1995, as regras que regiam o comércio internacional até então foram suplantadas por aquelas previstas no Acordo constitutivo daquela organização.

b) A necessidade de adaptar as regras do comércio internacional concebidas em 1947 às circunstâncias contemporâneas justificou a derrogação dos dispositivos e princípios do Acordo Geral de Comércio e Tarifas original em favor de novo acordo negociado em 1994 (GATT 1994).

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c) Apesar da expansão do corpo de regras consubstanciado no conjunto de acordos emanados da Rodada Uruguai, o sistema multilateral, sob a égide da OMC, continua regido basicamente pelos mesmos princípios enunciados no GATT 1947.

d) O princípio da transparência, que obriga os membros da OMC a darem ciência a todos os demais de todos os regulamentos e medidas comerciais que venham a adotar, foi introduzido no GATT 1994 em complemento aos princípios da Nação Mais Favorecida e do Tratamento Nacional presentes no texto original do GATT 1947.

e) No GATT 1994, o princípio da Não Discriminação foi relativizado em razão do objetivo de priorizar os acordos e blocos comerciais regionais e os sistemas preferenciais como meios de alcançar mais rápida liberalização do comércio internacional.

Gabarito C.

O GATT/1947 foi incorporado pelo GATT/1994 de modo que seus princípios ainda são a base do sistema multilateral.

O erro da A é que a OMC não suplantou (afastou) as regras que existiam anteriormente. Elas foram compatibilizadas e, portanto, continuam existindo.

O erro da B falamos insistentemente em nossas aulas, pois o GATT/1947 não foi derrogado/revogado, mas sim, incorporado pelo GATT/1994.

O erro da D é que a ideia de transparência está muito ligada ao TPR – Trade Policy Review. Essa função é feita pelo Conselho Geral quando atua como Mecanismo de Exame das Políticas Comerciais, sendo essa funções asseguradas pelo Anexo 3 do Acordo Constitutivo e não pelo GATT/1994. Este trouxe apenas as inovações jurídicas negociadas entre a vigência do GATT/1947 e o GATT/1994. Ademais, outros diversos acordos específicos é que trazem a ideia de transparência (ex. GATS, SPS, TBT, etc.)

O erro da E é que o princípio da não discriminação era relativizado desde o GATT/1947, por exemplo, pelo art. XXIV do GATT/1947.

*3 - O comércio internacional de serviços está amparado em acordo multilateral negociado durante a Rodada Uruguai e entrou em vigor em 1995. Sobre o mesmo é correto afirmar que:

a) tem por objetivo fundamental promover a gradual liberalização do comércio de serviços prestados, tanto em bases comerciais como no exercício da autoridade governamental.

b) dadas as diferenças em relação ao comércio de bens, os princípios e objetivos básicos que orientam o comércio de serviços são distintos dos previstos no GATT.

c) o acordo estabelece como objetivo fundamental a flexibilização do direito dos países de regularem

setores domésticos de serviços em favor da gradual abertura de seus mercados a prestadores estrangeiros. d) preconiza a proibição dos monopólios e a eliminação de práticas comerciais por prestadores de serviços que restringem a competição nos mercados nacionais como meios de promover a liberalização do comércio de serviços.

e) alcança todos os serviços associados aos modos de prestação denominados comércio transfronteiriço, consumo no exterior, presença comercial e presença de pessoas físicas.

Gabarito E, mas cabe recurso.

A letra E buscava cobrar os modos de prestação do GATS, previstos no seu art. I:2.

No entanto, ao escrever “alcança todos os serviços” acabou incorrendo em equívoco, pois segundo o GATS, art. I:3 (b), “o termo “serviços” compreende todo serviço de qualquer setor, exceto os serviços fornecidos pela atividade governamental”.

Portanto, o item está errado e, por não haver questão incorreta, solicitamos a anulação da questão. Vejamos o erro das demais.

O erro da letra A é que não alcança serviços prestados pelos governos (art. I:3 (b), do GATS).

O erro da letra B é que os princípios são semelhantes (ex. NMF própria, exceção à NMF para direito da integração, exceção para problemas de balança de pagamentos, etc.)

O erro da C é que a autorização para liberalização progressiva é para países em desenvolvimento (art. XIX, GATS).

O erro da D é que o GATS não proíbe o prestador de serviços monopolista (Art. VIII, GATS), mas tão somente alerta para que ele não os preste de modo incompatível com o art. II do GATS e seus compromissos específicos.

4 - A medida de defesa comercial que não representa reação a práticas desleais de comércio corresponde:

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3 a) salvaguardas comerciais. b) medidas anti-dumping. c) barreiras tarifárias. d) regras de origem. e) medidas compensatórias. Gabarito A.

Essa questão dada pela ESAF foi muito falada em nossas aulas. Dentre os 3 instrumentos de defesa comercial previstos nos acordos multilaterais da OMC (salvaguarda, antidumping e acordo de subsídios e medidas compensatórias), o único em que não se investiga prática desleal de comércio é a salvaguarda, mas analisa-se apenas o surto de importações, nexo causal e prejuízo grave.

*5 - O Acordo sobre a Implementação do Artigo VI do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio 1994 preconiza que uma investigação para determinar a existência, o grau e o efeito de qualquer dumping será iniciada

a) pelo Conselho de Comércio de Bens da OMC, por recomendação expressa do Mecanismo de Revisão de Políticas Comerciais.

b) pela indústria doméstica, em estrita observância dos critérios para determinar a margem de dumping praticada e o dano causado, encaminhando petição diretamente ao Órgão de Solução de Controvérsias da OMC.

c) pelo governo do país exportador, com propósito preventivo, quando existirem indícios da prática de dumping.

d) pelo governo do país cujas exportações tenham sido afetadas pela prática do dumping mediante petição da indústria doméstica.

e) quando se constatar que o preço do produto exportado é inferior ao preço normal do mesmo produto ou de seus similares no mercado de destino.

Gabarito D, mas cabe recurso.

Ao meu ver, esta questão cabe recurso. Isso porque, segundo o art. 62 do Decreto 1.602/95 permite que “terceiro país, por suas autoridades, poderá apresentar petição para aplicação de medidas antidumping”. É logico que o motivo para tanto é que este governo pode estar tendo suas exportações deslocadas em razão da prática de dumping de outro exportador. Neste caso, as autoridades do 3º país exportador e não a sua indústria doméstica) solicitam que o país importador abra a investigação.

Portanto, não há item correto na questão, conforme veremos adiante. Vejamos as demais alternativas.

O erro das letras A e B é que a OMC não recebe investigações de dumping, mas sim o país importador.

O erro da C é que não é iniciada pelo exportador, mas pode por ele ser requisitada.

O erro da E é que o dumping é preço de exportação menor que o valor normal (e não preço normal).

6 - Considerando a aplicação de medidas compensatórias em resposta a práticas de subsídios que distorcem as condições de concorrência, é correto afirmar que:

a) é de caráter facultativo, cabendo às autoridades do país importador optar pela aplicação ou não de tais medidas assim como determinar se o montante do direito compensatório deve ser igual ou menor que a totalidade do subsídio.

b) é obrigatória, uma vez que tenha sido verificada a aplicação de subsídios proibidos, o que garante a cessação de violação das regras multilaterais.

c) terão caráter retroativo quando não tiverem sido aplicadas medidas provisórias ou concedida oferta de garantias, pelo exportador, sob a forma de depósito em espécie ou fiança.

d) devem ter duração semelhante àquela em que foram aplicados os subsídios, de forma a compensar integralmente os danos causados.

e) deve ocorrer, nos montantes apropriados a cada caso, sobre todas as importações do produto que se beneficiou do subsídio, com sentido não discriminatório, isto é, desconsiderando-se a procedência das mesmas.

Gabarito A.

A medida compensatória fica limitada ao montante do subsídio apurado, podendo se aplicar medida compensatória menor que este montante (art. 55 do Decreto 1751/95).

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O erro da B é que a aplicação de medidas compensatórias às importações subsidiadas é uma faculdade dos países importadores e não obrigação.

O erro da C é que cobrança retroativa ocorre, segundo o art. 64 do Decreto 1751/95, quando: “Direitos definitivos poderão ser cobrados sobre produtos importados subsidiados, que tenham sido despachados para consumo, até noventa dias antes da data de aplicação das medidas compensatórias provisórias, sempre que se determine, com relação ao produto em questão, que o dano é causado por importações volumosas, em período relativamente curto, o que levará provavelmente a prejudicar seriamente o efeito dos direitos compensatórios definitivos aplicáveis”.

O erro da D é que seu prazo de duração é de 5 anos, prorrogáveis. Independe do período de concessão do subsídio.

O erro da E é que deve ser aplicada somente em relação à origem investigada.

*7 - O valor aduaneiro de um bem, para efeitos de tributação quando de sua importação, deve ser, segundo o Acordo de Valoração Aduaneira, o preço efetivamente pago ou a pagar pelo mesmo em uma venda de exportação ao país de importação. Sobre a aplicação deste critério, é correto afirmar que:

a) deve ser feita de forma incondicional, tanto no que se refere à disposição e uso do bem em questão pelo comprador, quanto às condições de venda.

b) deve tomar em conta condicionalidades previstas no Acordo, tais como a adição ao valor aduaneiro de custos incorridos pelo importador e não incorporados ao preço pago e que estejam associados a comissões e corretagem, custos de embalagem, royalties e licenças.

c) quando da impossibilidade de determinação do valor de transação, tomar-se-á com critério substitutivo o preço de venda de bens idênticos praticado no país importador.

d) é de natureza exclusiva, por ser sua determinação calcada em informações objetivas e acessíveis. e) comporta alternativamente a opção por outro critério razoável mutuamente acordado entre a autoridade aduaneira e o importador, e que esteja em conformidade com o Acordo de Valoração Aduaneira.

Gabarito B, mas cabe recurso.

O examinador queria cobrar os ajustes do art. 8º do AVA. No entanto, estes ajustes devem ser feitos ser feitos em relação ao valor de transação e não ao valor aduaneiro, conforme dispõe este artigo: “Artigo 8. 1. Na determinação do valor aduaneiro, segundo as disposições do Artigo 1, deverão ser acrescentados ao preço efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias importadas:”

Ressalte-se ainda que este banca usou o termo “valor da transação” corretamente nesta mesma prova na questão 10, quando cobrou valoração no MERCOSUL, dando o item com esta descrição como correto. Vejam:

“10 - Os critérios e regras de valoração aduaneira presentes no Código Aduaneiro do Mercosul: a) são os mesmos utilizados no âmbito da OMC, sendo a base de cálculo o “valor da transação” consubstanciado no preço efetivamente pago ou a pagar pela mercadoria adquirida, acrescido dos custos”

Portanto, o emprego equivocado do termo valor aduaneiro torna a letra B incorreta, devendo a questão ser anulada, pois não há alternativa correta.

O erro da letra A está em se afirmar que o governo deveria se limitar a observar as condições pactuadas entre as partes, o que não é verdade.

A letra C, numa primeira impressão, poderia dar a entender que estaria errada. No entanto, não vejo possibilidade de recurso. De fato, usa-se o princípio da identidade como segundo método. Segundo o art. 2.1 do AVA, “se o valor aduaneiro das mercadorias importadas não puder ser determinado segundo as disposições do Artigo 1, será ele o valor de transação de mercadorias idênticas vendidas para exportação para o mesmo país de importação e exportadas ao mesmo tempo que as mercadorias objeto de valoração, ou em tempo aproximado”. No entanto, o uso o valor das exportações feitas para o país importador é completamente diferente de falarmos que é a venda de bens idênticos praticado no país importador. A venda de bens no país importador, dá a entender que se trata da venda de bens no mercado interno do importador, o que não condiz com a prática sugerida pelo método 2º. No método segundo, não houve ainda a internalização da mercadoria.

O erro da D é que não há princípio da exclusividade, mas sim da precisão/objetividade que é desdobrado como princípio da simplicidade.

O erro da E está em afirmar que o outro critério razoável será acordado entre importador e a aduana. Não haverá acordo algum neste sentido.

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8 - Tomando em conta os procedimentos para a resolução de controvérsias no âmbito da Organização Mundial de Comércio (OMC), assinale a opção correta.

a) O início de um processo de solução de controvérsias se dá com o estabelecimento de um painel incumbido de avaliar objetivamente o litígio à luz da normativa multilateral e de apresentar relatório final no prazo máximo de seis meses ao Órgão de Solução de Controvérsias (OSC).

b) O descumprimento de recomendações e decisões do Órgão de Solução de Controvérsias enseja a elevação da controvérsia ao Órgão de Apelação cujas decisões são mandatórias e, se descumpridas, abrem caminho para a autorização de medidas retaliatórias.

c) As decisões do Órgão de Solução de Controvérsias, uma vez acatado e circulado entre as partes litigantes o Relatório de um painel, são irrecorríveis.

d) Cabe à parte perdedora indicar, para apreciação do Painel ou do Órgão de Apelação, as medidas a serem tomadas para a implementação de recomendações e decisões deles emanadas.

e) Após a adoção do relatório do Painel pelo Órgão de Resolução de Controvérsias, a parte perdedora deve apresentar proposta de implementação das recomendações/decisões dele emanadas, caso não tenha notificado sua intenção de recorrer ao Órgão de Apelação.

Gabarito E.

De fato, primeiro é preciso que o OSC faça a convalidação política da recomendação para que ele passe a ser exigível. Depois disso é que se abre o prazo para proposta de implementação ou eventual recurso.

Errado o item A, pois o início do procedimento se dá com a fase obrigatória de consultas.

Errado o item B, pois o descumprimento das recomendações não eleva o caso ao Órgão de Apelação. Isso só ocorre por conta do recurso. Ademais, a retaliação cabe tanto na primeira instância (Grupo Especial) como no Órgão de Apelação.

O erro do item C é que cabe recurso das decisões dos painéis, que fazem parte do OSC.

Esse item D foi uma bela sacanagem da ESAF. Seu erro está no fato de que a parte perdedora deve notificar ao OSC e não ao Órgão de Apelação ou painel. Veja o art. 21.3 do ESC: “em uma reunião do OSC que se celebrará dentro dos 30 dias seguintes à adoção do informe do grupo especial ou do Órgão de Apelação, o membro afetado informará ao OSC de seu propósito quando à aplicação das recomendações e resoluções do OSC”. O fato pode gerar algumas confusões, pois é o próprio OSC que estabelece o Órgão de Apelação (art. 17.1 do ESC), mas com ele não se confunde.

9 - São características básicas do Sistema Geral de Preferências (SGP):

a) é um sistema universal de liberalização comercial, pactuado, gradual e irrevogável no que tange às preferências tarifárias concedidas.

b) a incondicionalidade da aplicação das preferências outorgadas, a não discriminação e a não reciprocidade.

c) a concessão de preferências mútuas entre países em desenvolvimento, o caráter temporário e a incondicionalidade das preferências negociadas.

d) é um sistema unilateral e não recíproco, de caráter temporário, em que o país outorgante define os produtos elegíveis, as margens de preferências concedidas e as regras aplicáveis à sua concessão. e) o alcance restrito às economias desenvolvidas, a discricionariedade e o caráter temporário das preferências concedidas.

Gabarito D.

O SGP não é universal, mas sim unilateral. É temporário, sendo concedido em caráter precário e revogável, podendo ser cancelado discricionariamente. Foge da NMF. Deve seguir as condições previstas pelo outorgante da preferência. Não há reciprocidade. Pode ser concedido por países em desenvolvimento como, por exemplo, a Rússia.

*10 - Os critérios e regras de valoração aduaneira presentes no Código Aduaneiro do Mercosul

a) são os mesmos utilizados no âmbito da OMC, sendo a base de cálculo o “valor da transação” consubstanciado no preço efetivamente pago ou a pagar pela mercadoria adquirida, acrescido dos custos de transporte até o porto, além dos gastos auferidos com carregamento, descarregamento e seguro.

b) tomam por base o disposto no Acordo de Valoração Aduaneira da OMC quanto ao valor de transação como critério básico, mas reduz e simplifica os métodos subsequentes de valoração previstos naquele Acordo quando da impossibilidade de determinação do valor de transação.

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6 c) são peculiares em razão da integração produtiva, da estrutura tarifária do Mercosul e do regime de livre comércio entre os países membros, fatores que alteram os parâmetros de determinação do valor de transação preconizados na Organização Mundial do Comércio (OMC).

d) são aplicáveis exclusivamente às importações procedentes de terceiros países e regiões, haja vista a não incidência de tarifas no comércio intrazona.

e) coincidem com a normativa da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), em cujo âmbito estão amparados juridicamente os acordos do Mercosul.

Gabarito A, mas cabe recurso.

A valoração aduaneira no MERCOSUL não reduz as regras do AVA, mas sim, as reproduz, conforme dispõe o art. 163 da decisão CMC nº 27/2010 que trata do Regulamento Aduaneiro do MERCOSUL. Errada portanto a letra B e C.

A letra D também está errada, pois a valoração aplica-se no comércio intra ou extrazona.

Sobre a letra E, destacamos que não há previsão de coincidência com a normativa da ALADI, pois está não possui disposição para valoração ou algo parecido.

No entanto, destacamos a possibilidade de recurso sobre a letra A uma vez que devem ser acrescidos ao valor da transação (aqui a ESAF usou o termo correto na valoração), segundo o artigo 164 do mesmo código, quando trata dos elementos de valoração:

164- Elementos de Valoração

No valor aduaneiro da mercadoria serão incluídos os seguintes elementos:

a)os gastos de transporte da mercadoria importada até o local de sua entrada no território aduaneiro. b) os gastos de carga, descarga e manuseio, relativos ao transporte da mercadoria importada até o local de sua entrada no território aduaneiro; e

c) o custo do seguro da mercadoria.

Vejam que a questão não indicou até onde eram os gastos de carregamento, apenas mencionando “transporte até o porto”. Ora, o dispositivo determina a soma dos gastos até entrada no território aduaneiro que pode ser aeroporto de entrada, porto de entrada ou ainda fronteira terrestre de entrada.

Logicamente não é a mesma coisa que a ESAF está falando, pois mencionar apenas “porto” exclui a possibilidade de entrada no território aduaneiro pelos outros modais. Ainda que a interpretação pelo modal marítimo estivesse correta, a questão não diz a qual porto se refere, pois estes gastos incluem até o porto de chegada da mercadoria e não apenas ao porto de saída (exportação).

Como se não bastasse, há imprecisão ainda quando a questão não menciona que tipo de seguro está incluído, pois a ESAF não falou. Pelo que nós sabemos, só se inclui o seguro “da mercadoria” e nenhum outro.

Por conta de tudo isso, solicitamos anulação da questão, por não haver item correto.

*11- Considere as seguintes assertivas sobre defesa comercial no Mercosul e, em seguida, assinale a opção correta.

a) O Mercosul não dispõe de normativas comuns sobre medidas de defesa comercial.

b) As controvérsias sobre a aplicação dos Acordos Anti-dumping e sobre Subsídios e Medidas Compensatórias da OMC podem ser apreciadas no marco do sistema de resolução de controvérsias do Mercosul.

c) O Mercosul dispõe de marcos jurídicos que facultam aos países membros implementar procedimentos comuns de investigação e adotar um processo decisório comum frente a práticas desleais de comércio por terceiros países.

d) Apenas as matérias relativas à prática de dumping pelos países membros são tratadas com base em normativa integrada e procedimentos de investigação comuns aos países do Mercosul.

e) As salvaguardas comerciais no comércio intra-bloco representam importante instrumento de promoção do equilíbrio nas trocas internas e de maior equidade frente às disparidades entre as econômicas dos países membros.

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Falamos exatamente isso em nossa aula de defesa comercial: “A partir da vigência dessas Decisões as controvérsias sobre a aplicação desses acordos no comércio intrazona podem ser apreciadas conforme o regime de solução de controvérsias vigente no MERCOSUL”.

Letra A errada, pois o MERCOSUL dispõe de normativa sobre defesa comercial. Inclusive, sobre salvaguardas, há regulamentação específica no bloco (vide Regulamento Comum sobre Salvaguardas do MERCOSUL, o qual foi incorporado à legislação nacional por meio do Dec. 2.667/98).

O erro das letras C e D é que ainda não há um marco normativo comum para investigações sobre práticas desleais de comércio. O que existe é apenas para o procedimento de salvaguardas.

Sobre a letra E, vemos possibilidade de recurso. Isso porque foi criado em 2006 a possibilidade de salvaguardas intrabloco na relação Brasil-Argentina por meio do Mecanismo de Adaptação Competitiva (34º Protocolo Adicional ao ACE nº 14 entre Brasil-Argentina).

Segundo seu artigo 1º: “O presente Protocolo tem por objeto estabelecer medidas que contribuam à adaptação competitiva, à integração produtiva e à expansão equilibrada e dinâmica do comercio quando as importações de um determinado produto originário de um Estado Parte registrarem um aumento substancial, em um período de tempo relevante, de forma tal que causem um dano importante ou ameaça de dano importante à indústria doméstica de um produto similar ou diretamente concorrente do outro Estado Parte”.

Talvez o examinador tenha se valido da interpretação do artigo 18, que dispõe sobre seu prazo de vigência: “O MAC: a) terá uma duração de até TRÊS (3) anos e só poderá ser prorrogada por um novo período de UM (1) ano se for comprovada a subsistência das condições que deram origem à aplicação da medida e em função dos progressos realizados na implementação do PAC”.

No entanto, esse prazo é de duração das medidas de um “MAC” aplicadas e não da possibilidade de se recorrer a elas (mecanismo como um todo). Isso significa que o MAC ainda está em vigência de modo que cabe salvaguardas intrabloco, estando também correta a letra E.

Por haver duas letras corretas, solicitamos anulação da questão.

12- São competências da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX):

a) definir diretrizes e procedimentos relativos à implementação da política de comércio exterior do

Brasil, coordenar e orientar as ações dos órgãos que possuem competências na área de comércio exterior e fixar direitos anti-dumping e compensatórios e salvaguardas.

b) negociar e participar da implementação de acordos, tratados e convênios internacionais pertinentes à matéria tributária e aduaneira, administrar, controlar, normatizar e avaliar o Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) e apoiar o exportador brasileiro submetido a investigações de defesa comercial. c) formular propostas de políticas e programas de comércio exterior e estabelecer normas necessárias à sua implementação; propor diretrizes que articulem o emprego do instrumento aduaneiro com os objetivos gerais de política de comércio exterior; implementar os mecanismos de defesa comercial.

d) formular diretrizes básicas da política tarifária na importação e exportação, estabelecer diretrizes e procedimentos para investigações relativas a práticas desleais de comércio exterior e coordenar as ações de promoção e de informação comercial.

e) fixar as alíquotas do imposto de importação, fixar direitos anti-dumping e compensatórios e acompanhar a execução das políticas tributária e aduaneira.

Gabarito C.

Tratam-se de competências estabelecidas no art. 15, I, IV e VI do Decreto nº 7.096/2009.

Nas letras A, D e E as competências de “fixar” são da CAMEX. Além disso, formular diretriz é competência da CAMEX.

A letra B estaria correta se os acordos fossem de comércio e não aduaneiros. Esse propósito é da Receita Federal.

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*13- Sobre o sistema de codificação de mercadorias aplicado no âmbito do Mercosul, é correto afirmar que:

a) em razão da necessidade de maior detalhamento das mercadorias sujeitas a controle aduaneiro, adotou-se a Nomenclatura de Valor Aduaneiro e Estatística (NVE), com quatro posições adicionais ao Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias SH.

b) é o mesmo aplicado no âmbito da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) em cujo âmbito foi constituído o Mercosul.

c) aplica-se Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH), sem extensões. d) resultou da extensão da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM), quando da criação do Mercosul, ao comércio intra-bloco.

e) é um desdobramento do Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH) da Organização Mundial de Alfândegas (OMA), com o acréscimo de duas posições às seis existentes no SH.

Gabarito E, mas cabe recurso.

A terminologia empregada está incorreta e pode induzir o candidato em erro, pois não houve acréscimo de “posição”, mas sim de dígitos chamados de item e subitem. Posição é conceito usado na classificação fiscal para se referir ao grupo formado pelos 4 primeiros dígitos do SH.

Portanto, a questão deve ser anulada, pois não há item correto. Vejamos os demais itens.

O erro da A é que, segundo a IN/SRF nº 080, de 27 de dezembro de 1996, a NVE “tem por finalidade identificar a mercadoria submetida a despacho aduaneiro de importação, para efeito de valoração aduaneira, e aprimorar os dados estatísticos de comércio exterior”. Segundo o art. 2º desta IN, “a NVE tem por base a Nomenclatura Comum do MERCOSUL - NCM acrescida de atributos e suas especificações, identificados, respectivamente, por dois caracteres alfabéticos e quatro numéricos”.

O erro da B é que a ALADI tem nomenclatura própria. A chamada NALADI.

O erro da C é que no MERCOSUL aplica-se o SH (6 dígitos), mais os dois adicionais instituídos pela NCM.

O erro da letra D é que a NCM resultou do SH e não da NBM.

14- Considerando a Convenção das Nações Unidas sobre Contratos Internacionais de Compra e Venda de Mercadorias, julgue as assertivas abaixo e assinale a opção correta.

a) A Convenção aplica-se aos contratos internacionais privados de compra e venda de mercadorias, estando aqueles que envolvam entes governamentais sujeitos à normativa da Organização Mundial do Comércio.

b) A Convenção consagra o princípio da liberdade contratual nos contratos de compra e venda internacional de mercadorias ao reconhecer a possibilidade de que, mediante desejo das partes, seja a sua aplicação excluída, derrogadas suas disposições ou alterados seus efeitos.

c) Dados o alcance e natureza dos contratos firmados sob sua égide e seus efeitos jurídicos no campo internacional, a Convenção proíbe a celebração de contratos informais e dispõe sobre a necessidade de instrumento escrito para a formação do contrato.

d) A Convenção estipula normas que determinam as obrigações do vendedor e em relação aos termos e condição de entrega da mercadoria transacionada, mas não alcança questões relacionadas à qualidade e condições de uso ou consumo da mesma.

e) A Convenção é aplicada aos contratos celebrados entre pessoas jurídicas de natureza comercial e não alcança transações entre entes civis e aquelas envolvendo mercadorias transacionadas para uso pessoal, familiar ou doméstico.

Gabarito B.

Tudo é possível no direito privado, desde que não contrarie a lei. Por isso, há ampla autonomia da vontade contratual das partes, podendo se modificar a redação da própria convenção. Isso ainda está no art. 6º da própria convenção.

O erro da A é que independe que os governos tenham ligação com a OMC.

O erro da letra C é que, segundo seu artigo 11, “o contrato de compra e venda não requer instrumento escrito nem está sujeito a qualquer requisito de forma. Poderá ele ser provado por qualquer meio, inclusive por testemunhas”.

O erro da letra D é que a convenção dispõe sobre a qualidade da mercadoria. O erro da letra E é que não há proibição de uso da convenção para entes civis.

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15- A respeito do Imposto sobre Exportações, é correto afirmar que:

a) incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior e tem como fato gerador sua saída do território nacional.

b) incide sobre bens não essenciais exportados para consumo final e tem como fato gerador o registro de exportação no Sistema Integrado de Comércio Exterior.

c) incide sobre mercadoria nacional destinada ao exterior e tem como base de cálculo o valor aduaneiro do bem exportado.

d) sua alíquota está fixada em 30%, sem possibilidades de redução ou majoração, e tem como base de cálculo o preço normal que a mercadoria alcançaria em uma venda em condições livre de concorrência no mercado internacional.

e) incide sobre toda mercadoria destinada ao exterior a partir do território nacional e tem como fato gerador a emissão da Declaração de Exportação (DE).

Gabarito A.

Salientamos muito esse “mantra” em nossas aulas: “Leiam o RA..Leiam o RA...” não deu outra. Caiu o RA! O art. 212 do RA dispõe: “O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior”. No art. 213 do RA temos que “o imposto de exportação tem como fato gerador a saída da mercadoria do território aduaneiro”.

O erro da B é que incide sobre qualquer mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior. O erro da C é que a base de cálculo é seu preço normal.

Na D o erro está no fato de que o IE pode ter essa alíquota aumentada em até 5 vezes. O erro da E é que o fato gerador temporal ocorre com o registro do RE (fase administrativa).

*16- Considerando a incidência da contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), é correto afirmar que:

a) tem como fato gerador o registro da Declaração de Importação e sua base de cálculo é o valor de transação da mercadoria acrescido dos encargos cambiais correspondentes.

b) tem como fato gerador o desembaraço aduaneiro do bem importado e como base de cálculo o valor aduaneiro acrescido do imposto de importação e dos encargos cambiais pagos pelo importador ou dele exigíveis.

c) tem como fato gerador o ingresso do bem no território aduaneiro do país, e a base de cálculo é o valor aduaneiro acrescido do ICMS e o valor das próprias contribuições.

d) tem como fato gerador o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira, e sua base de cálculo é o valor aduaneiro acrescido do ICMS e dos encargos cambiais.

e) tem como fato gerador o registro da Declaração de Importação, e sua base de cálculo é o valor aduaneiro acrescido do imposto de importação e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador.

Gabarito C, mas cabe recurso.

É pessoal, olha nossa premonição aqui outra vez. Simulamos uma questão semelhante em nossas aulas e dissemos que PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação eram tributos distintos do PIS/PASEP e COFINS, lembram? Vocês ainda me encheram de pergunta, pois não sabiam qual era o erro rsrs

O examinador queria cobrar a base de cálculo dessas contribuições incidentes na importação, ou seja, PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação, que tem previsão no art. 253 do RA, “a base de cálculo da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação é o valor aduaneiro, assim entendido o valor que servir ou que serviria de base para o cálculo do imposto de importação, acrescido do valor do ICMS incidente no desembaraço aduaneiro e do valor das próprias contribuições”.

No entanto, pisou na bola, pois cobrou os tributos internos do PIS/PASEP e COFINS, criados respectivamente pelas Leis LC 07/70, LC 08/70, LC 70/91.

Esqueceu-se, portanto, que as contribuições PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação foram criadas mais de dez anos depois, em lei distinta (Medida Provisória 164/2004 convertida na Lei 10.865/2004), não guardando relação alguma o PIS/PASEP e COFINS incidentes no mercado interno exigidas pelo examinador. Estas contribuições possuem base de cálculo diferente dos tributos incidentes na importação, pois não usam o valor aduaneiro, mas sim, faturamento/receita bruta da empresa.

Portanto, a questão deve ser anulada por não haver resposta correta.

17- O regime aduaneiro que permite o armazenamento de mercadoria estrangeira em recinto alfandegado de uso público com suspensão do pagamento dos impostos incidentes na importação

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ou a permanência da mesma em feira, congresso, mostra ou evento semelhante, realizado em recinto privado e previamente alfandegado para esse fim, denomina-se:

a) Trânsito aduaneiro. b) Admissão temporária.

c) Entreposto Industrial sob Controle Informatizado. d) Drawback.

e) Entreposto Aduaneiro na Importação.

Gabarito E.

Questão tranquila. Segundo ao at. 404 do RA, “o regime especial de entreposto aduaneiro na importação é o que permite a armazenagem de mercadoria estrangeira em recinto alfandegado de uso público, com suspensão do pagamento dos impostos federais, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-PIS/PASEP-Importação incidentes na importação”.

18- O regime aplicável ao transporte, pelo território aduaneiro de mercadoria estrangeira, nacional ou nacionalizada, verificada ou despachada para reexportação ou exportação e conduzida em veículo com destino a exterior, com suspensão de tributos, denomina-se:

a) Trânsito aduaneiro. b) Admissão temporária. c) Despacho para trânsito. d) Drawback.

e) Entreposto Aduaneiro na Exportação.

Gabarito A.

O transporte no território aduaneiro só ocorre no regime de trânsito aduaneiro. Segundo o art. 315 do RA, “o regime especial de trânsito aduaneiro é o que permite o transporte de mercadoria, sob controle aduaneiro, de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão do pagamento de tributos”.

19- A promoção do desenvolvimento em áreas fronteiriças da Região Norte do País e o incremento das relações bilaterais com os países vizinhos naquela mesma região, em consonância com a política de integração latino-americana, são objetivos expressos do regime aduaneiro aplicado em área especial denominado:

a) Zona Franca de Manaus. b) Área de Livre Comércio.

c) Zona de Processamento de Exportação. d) Entreposto Industrial.

e) Loja Franca.

Gabarito B.

Essa saiu de graça (rsrs). Tava na simples redação do Art. 524 do RA (Decreto 6.759/2009). Falamos nas aulas de regimes aduaneiros especiais sobre esta relação fronteiriça. Quem lembrou, gabaritou.

20- O termo de comércio que implica compromisso mínimo para o vendedor, restringido-o à entrega da mercadoria ao comprador em sua propriedade ou em outro local designado, não desembaraçada para exportação e não embarcada em qualquer veículo coletor é:

a) Free Carrier (FCA). b) Free on Board (FOB). c) Delivered Ex-Ship (DES). d) Ex Works (EXW).

e) Carriage Paid To (CPT).

Gabarito D.

Outra questão dada rsrs. O diferencial aqui é que o EXW é o único INCOTERM que não há desembaraço de exportação. Uma pena que não cobraram nenhuma novidade da versão INCOTERMS 2010.

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RELAÇÕES ECONÔMICAS INTERNACIONAIS (4 passíveis de anulação)

21- De acordo com o modelo de David Ricardo, o padrão de especialização produtiva de um país e, por consequência, a composição de sua pauta exportadora está diretamente relacionada à(s)

a) diferenças entre os custos de remuneração do capital em diferentes indústrias.

b) vantagens relativas determinadas pela produtividade do fator trabalho em diferentes indústrias. c) dotação dos fatores de produção.

d) vantagens absolutas derivadas das diferenças na remuneração da mão de obra. e) vantagens comparativas relativas determinadas pela produtividade do capital.

Gabarito B.

Ricardo analisava o fator trabalho (mão de obra) e sua produtividade em comparação com outras produções no próprio país.

O erro das letras A e E está em inserir a noção de capital. Ricardo só analisava a mão de obra. O erro da C é que Ricardo não olhava a dotação dos fatores. Isso só vem com Heckscher-Ohlin. O erro da D está em dizer vantagens absolutas (noção de Adam Smith)

22- Considere as premissas e os objetivos do Modelo Hecksher-Ohlin e assinale a opção correta.

a) O modelo permite demonstrar como a oferta relativa de fatores de produção e o emprego dos mesmos em diferentes intensidades na produção explicam os padrões de especialização e as possibilidades do comércio internacional.

b) O modelo é um complemento do modelo ricardiano por aliar a abundância dos fatores de produção aos custos do trabalho como fator explicativo dos padrões de especialização e dos ganhos do comércio.

c) O modelo preconiza que um país produzirá e exportará aqueles produtos cujos fatores produtivos sejam aproveitados mais eficientemente, independentemente de sua oferta internamente.

d) O modelo ressalta a dotação de recursos como fator determinante dos padrões de especialização e de comércio, considerando de importância secundária os custos dos fatores e a intensidade relativa de seu emprego na produção como elementos explicativos daqueles padrões.

e) O modelo preconiza que, com a ocorrência do comércio, a especialização decorrente da abundância de fatores tende a produzir, ao longo do tempo, crescente diferenciação dos preços relativos dos fatores de produtos no mercado internacional.

Gabarito A.

Sobre a letra B., o modelo não tratou dos custos do trabalho nem dos “ganhos do comércio”, mas sim dos padrões de especialização e a abundância da dotação dos fatores.

O erro da D é que o modelo leva em conta a intensidade do uso dos recursos na produção do bem. O erro da E é que a teoria não explica a diferenciação de preços dos fatores de produtos no mercado internacional. Trata da abundância dos fatores como causa da especialização.

23- Analise as assertivas abaixo e, em seguida, assinale a opção correta.

a) O aproveitamento de economias de escala em diferentes países conduz à especialização em um número restrito de produtos, reduzindo assim a oferta de bens no mercado mundial e as possibilidades de comércio entre eles.

b) Em um modelo de concorrência imperfeita e em condições monopolísticas, o comércio internacional é restringido pela segmentação dos mercados, escalas de produção limitadas e pequena diversidade de bens disponíveis para o intercâmbio comercial.

c) Mesmo em condições de concorrência imperfeita, as possibilidades e os ganhos do comércio resultam de vantagens comparativas relativas tal como definidas no modelo ricardiano e não do aproveitamento de economias de escala pelas indústrias.

d) No modelo de concorrência monopolística centrado na produção de manufaturas, um país tanto produzirá e exportará bens manufaturados como também os importará, alimentando assim o comércio intraindústrias e gerando ganhos extras no comércio internacional.

e) Os rendimentos crescentes associados ao aproveitamento de economias de escala alimenta a concentração monopolística, levando assim ao aumento dos preços nos mercados domésticos e no mercado internacional e impactando negativamente o comércio internacional.

Gabarito D.

A concorrência monopolística mistura elementos de livre comércio (concorrência) com características de monopólio decorrente da diferenciação promovida pelos gostos dos consumidores (ex. veículos sedan, SUV, 1.0, etc.). Daí decorre o comércio intra-indústria.

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12 O erro da A está em dizer que a escala é restrita. Não há limites para a escala.

O erro das alternativas B e C está em afirmar que na concorrência imperfeita (ex. monopólio) as escalas de produção são limitadas o que não é verdade. Aliás, as economias de escala favorecem o surgimento de monopólios.

O erro da E é que os ganhos crescentes de escala, em princípio, levam à diminuição dos preços e não a sua elevação.

24- A imposição de tarifas às importações exerce importantes efeitos sobre a renda internamente. Acerca desses efeitos, é correto afirmar que

a) a renda do governo e dos produtores domésticos beneficiados com a proteção tarifária aumenta, ao mesmo tempo em que se reduz o poder aquisitivo dos consumidores.

b) não há efeitos significativos decorrentes da taxação das importações sobre a renda, pois os ganhos auferidos pelos setores beneficiados pela proteção tarifária tendem a ser anulados pelo aumento subsequente dos preços relativos e pela contração da demanda no mercado doméstico.

c) exerce efeito concentrador na medida em que alimenta a transferência de renda dos consumidores para os produtores.

d) em virtude da contração das importações e do favorecimento da produção doméstica, o efeito concentrador inicial tende a se reverter em razão do crescimento da produção e da renda nacional em um segundo momento.

e) a renda do governo diminui e aumenta, concomitantemente, a renda dos produtores domésticos.

Gabarito A.

Com a proteção do II, a renda do governo aumenta (arrecadação tributária do II), e a renda dos produtores protegidos também aumenta. Em consequência, há elevação de preços, pois o importado fica mais caro, de modo que o consumidor experimenta uma diminuição de seu poder aquisitivo.

O erro da C é que há um efeito de distribuição de renda na medida em que há melhor remuneração do fator de produção abundante no bem protegido (Stolper-Samuelson).

O erro da D é que contrafação não é causa ao aumento de tarifas.

25- Considerando-se a ação governamental no modelo de industrialização orientada para as exportações, é correto afirmar que

a) é limitada em razão do protagonismo central dos agentes econômicos privados nacionais e estrangeiros atuantes na atividade exportadora na realização de investimentos produtivos e em relação aos fatores que garantem competitividade nos mercados internacionais.

b) é semelhante à desenvolvida no modelo de substituição de importações na medida em que está centrada na aplicação de instrumentos tarifários e incentivos à produção.

c) é de caráter subsidiário e envolve fundamentalmente a promoção de marcos políticos, jurídicos e institucionais favoráveis aos investimentos e à atividade econômica.

d) prescinde de formas de intervenção econômica e concentra-se na proteção da livre iniciativa, da competição e dos fluxos de comércio e de investimento.

e) é de grande alcance, envolvendo o apoio ao desenvolvimento da infraestrutura, a concessão de incentivos fiscais e creditícios, o financiamento da produção e das exportações e investimentos em educação e qualificação profissional.

Gabarito E.

Neste modelo há fortes subsídios do Estado nesta atividade. Mas como há exposição à concorrência internacional, há investimentos, inovação, financiamento, capacitação profissional, etc. Seu alcance é grande em razão de o Estado difundi-lo em diversos setores (ex. Tigres Asiáticos). Não há uso de tarifas, mas sim de estímulos à exportação.

*26- Em relação aos subsídios às exportações, é correto afirmar que

a) são proibidos pela normativa da OMC por distorcerem as condições de concorrência internacional.

b) seus efeitos sobre os preços no mercado interno do país que os aplica são semelhantes aos de uma tarifa sobre as importações.

c) produzem deterioração dos termos de troca ao elevar os preços no mercado interno e reduzi-los nos mercados de destino, o que é compensado pelo aumento da renda que provocam no mercado interno.

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d) exercem efeitos concentradores de renda na medida em que envolvem transferência de recursos públicos em favor de um segmento específico do setor produtivo, e diminuem a renda do próprio governo e dos consumidores.

e) possuem efeitos positivos em termos do bem-estar econômico geral de um país na medida em que contribuem diretamente para o crescimento e diversificação da atividade econômica e para o aumento do emprego e da renda nos setores exportadores.

Gabarito C, mas cabe recurso.

O subsídio aumenta a renda de quem o recebe e distorce os preços internacionais ao fugir do regime de livre concorrência internacional.

O erro da B é que seus efeitos não são semelhantes às tarifas, pois o governo perde receita com o subsídio enquanto com a tarifa ele ganha receita.

O erro da D é que o subsídio não diminui a renda do consumidor, pois o preço não se altera.

O erro da E é que o subsídio não leva ao bem-estar econômico geral de um país. Há perdas que devem ser consideradas.

Sobre a letra A, ao meu ver cabe recurso. Isso porque a questão pediu subsídios às exportações e, cotejando com o item A, cabe a interpretação de que falava da modalidade de subsídio proibido. O subsídio às exportações é considerado subsídio da espécie “proibido” tal como estabelecido no artigo 3.1 (a) do Acordo de Subsídios e Medidas Compensatórias da OMC, vejamos: “[...] se considerarão proibidos os subsídios vinculados, de direito ou de fato, ao desempenho exportador, como condição única ou entre várias, com inclusão das citadas a título de exemplo no Anexo I.”

Portanto, as letras A e C estão corretas, devendo a questão ser anulada.

*27- A Associação de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC) é uma entidade econômica multilateral dedicada à promoção do comércio e dos investimentos entre seus membros. Em relação à integração econômica em seu âmbito, é correto afirmar que

a) a APEC conforma, no presente, uma área de preferências tarifárias em transição para uma área de livre comércio a ser conformada até 2020.

b) a APEC objetiva estimular a liberalização do comércio e dos investimentos mediante a cooperação econômica e técnica, a promoção de medidas de facilitação do comércio e não pela via da expansão e do aprimoramento de acordos preferenciais ou compromissos mandatórios entre seus membros.

c) objetiva a criação de uma área de livre comércio que resultará da convergência dos acordos comerciais regionais já celebrados entre seus estados membros.

d) a Associação atua no sentido de fortalecer e aprimorar os acordos comerciais regionais já celebrados entre os países membros e de facilitar, ao mesmo tempo, a instauração de um regime de livre comércio na Associação.

e) a APEC foi constituída almejando o estabelecimento de um mercado comum entre os países membro.

Gabarito D, mas cabe recurso.

Não sabemos porque o item “A” foi dado como errado.

A APEC tem trabalhado para reduzir tarifas e outras barreiras comerciais nesta região, criando eficientes economias domésticas e incrementando suas exportações dramaticamente. Para implantar seus objetivos, foram lançados em Bogor (Indonésia) as metas (Bogor Goals) para se estabelecer uma Zona

de Livre Comércio até 2010 para os países desenvolvidos e 2020 para os em desenvolvimento.

Segundo Miyaziki, Silvio (O novo regionalismo econômico asiático, Contexto int. vol.27, nº 1 Rio de Janeiro/Junho 2005), disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-85292005000100003&script=sci_arttext>. “Deve-se observar que a APEC é composta de países dos dois lados do Oceano Pacífico. A sua aspiração de criar um "regionalismo aberto" tem sido considerada algumas vezes como irrealista, entretanto, é um caso interessante de área preferencial de comércio, pois realiza uma política de integração econômica distinta de outras existentes (ADB, 2002:164)”.

O item B e C estão errado, pois a APEC objetiva sua liberalização por meio de comércio e os investimentos, cooperação econômica e técnica, a promoção de medidas de facilitação do comércio. Vide <http://www.apec.org/About-Us/How-APEC-Operates/Scope-of-Work.aspx>. No entanto, podem haver compromissos mandatórios como as “Bogor Goals”.

Assim, deve ser solicitada a anulação, pois as alternativas A e D estão corretas. Por via das dúvidas, recurso neles.

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*28- A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) é a maior organização latino-americana voltada para a integração econômica. Sobre sua atuação neste campo, é correto afirmar que

a) a Associação provê um foro de discussão e negociação de temas econômicos comerciais com vistas à formação de posições comuns nos foros negociadores internacionais.

b) alcança eminentemente temas de política comercial como tarifas, classificação de mercadorias, medidas de facilitação do comércio, salvaguardas, regras de origem e defesa da concorrência.

c) se restringe a prover o marco jurídico para acordos de integração bilaterais ou sub-regionais e a supervisionar as medidas adotadas pelos países membros na implementação dos acordos celebrados no marco da Associação em matéria de cooperação econômica .

d) define-se em torno da articulação de iniciativas de cooperação financeira e monetária, de facilitação do comércio e de apoio aos países de menor desenvolvimento relativo.

e) provê marco jurídico para iniciativas de integração econômica entre os países membros e uma área de preferências comerciais constituída com base na Preferência Tarifária Regional e em acordos de alcance parcial e de complementação econômica celebrados entre os países membros.

Gabarito E, mas cabe recurso.

A resposta era para ser a transcrição do art. 4º do Tratado de Montevidéu de 1980. No entanto, vejam que na prova para ATRFB de 2009 feita pela própria ESAF, ela modificou o gabarito da questão para letra “C”, considerando errado se falar em acordos de complementação econômica como instrumento de integração.

Veja a questão:

Sobre a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), é incorreto afirmar que:

[...] c) os principais instrumentos para a integração concebidos no marco da Associação são os Acordos de Complementação Econômica, os Acordos de Alcance Parcial e a Preferência Tarifária Regional.

O gabarito original era a letra D, mas foi alterado. Isso porque, segundo o art. 4º do tratado de Montevidéu, os principais instrumentos de integração da ALADI são: preferência tarifária regional, acordos de alcance regional e por acordos de alcance parcial. Os Acordos de Complementação Econômica são apenas uma modalidade dos Acordos de Alcance Parcial.

Por uma questão de coerência e uniformidade de tratamento dado recentemente pela própria banca, não há como aceitar como correto o termo “acordos de complementação econômica” como um dos principais instrumentos de integração da ALADI, pois o mesmo foi dado como incorreto pela própria banca em 2009!

Vejamos agora as demais alternativas.

O erro da A é que a ALADI não busca coordenar posição em foros.

A resposta da B está na redação do artigo 49 do mesmo tratado: “Os países-membros poderão estabelecer normas complementares de política comercial que regulem, entre outras matérias, a aplicação de restrições não-tarifárias, o regime de origem, a adoção de cláusulas de salvaguarda, os regimes de fomento às exportações e o tráfico fronteiriço”. Portanto, não há previsão de temas como classificação de mercadorias, medidas de facilitação do comércio e defesa da concorrência.

O erro da C está em restringir a atuação da ALADI. Ela busca ser um mercado comum e não apenas acordos de associação econômica.

O erro da D está em “definir-se” em articulação financeira e monetária. A ALADI não prevê tal cooperação em matéria monetária. Na área financeira há essa possibilidade segundo o art. 9º das Resoluções CM/1 a 9 do conselho de ministros das Relações Exteriores da ALALC. Isso não obstante, a cooperação financeira também não é a “definição” da ALADI.

Portanto, ao meu ver, cabe anulação da presente questão por não haver item correto.

29- As transações realizadas com o objetivo de mitigar riscos associados à flutuação de preços de mercadorias ou de ativos financeiros e que envolvem a comercialização de instrumentos como contratos e títulos conversíveis cujos valores estão vinculados ao valor dos bens ou ativos que lhes deram origem conformam o mercado denominado:

a) mercado de swaps. b) mercado futuro. c) mercado a termo. d) mercado de opções.

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15 e) mercado de derivativos.

30- Um dado país de economia aberta e que adota um regime cambial de taxas flexíveis atravessa um período de intenso crescimento econômico, alimentado por vultosos investimentos diretos; a despeito do forte crescimento das importações, vem acumulando robustos superávits comerciais; em contrapartida, enfrenta um surto inflacionário que leva o Banco Central a promover a gradual elevação das taxas de juros. O cenário externo é marcado pela preponderância de políticas monetárias expansionistas, juros baixos e por grande liquidez internacional. Considerando os impactos desses fatores sobre o valor da moeda nacional em relação ao dólar norte-americano, é correto afirmar que:

a) atuam todos no sentido da valorização cambial. b) atuam todos no sentido da desvalorização cambial.

c) os fatores externos (políticas monetárias expansionistas, juros baixos e alta liquidez no mercado internacional) concorrem para a desvalorização cambial.

d) os fatores domésticos (superávits comerciais, aumento dos juros, ingresso de investimentos externos) pressionam em favor da desvalorização do câmbio.

e) apenas o aumento das importações atua no sentido da desvalorização do câmbio.

31- A recente crise econômica em países da Zona do Euro colocaram em questão os benefícios da integração monetária tal como preconizados em formulações teóricas sobre áreas monetárias ótimas. De acordo com tais formulações, as áreas monetárias ótimas propiciam:

a) a redução de custos de transação e ganhos de eficiência monetária associados à flutuação cambial. b) a intensificação da integração econômica regional e maior flexibilidade para lidar com choques econômicos internos e externos.

c) o aumento da credibilidade da política monetária e a redução da incerteza cambial e da inflação.

d) a manutenção do poder de paridade de compra com os parceiros da área e maior autonomia na condução das políticas de juros.

e) a diluição dos efeitos de choques econômicos entre os participantes e menor disponibilidade de instrumentos alternativos de ajuste econômico.

32- No conjunto das instituições que integram o sistema financeiro internacional, o Banco de Compensações Internacionais possui condição e funções singulares. Acerca dele, é correto afirmar que

a) oferece diversos serviços financeiros aos bancos centrais, a outras instituições monetárias oficiais e a instituições financeiras internacionais voltadas para a gestão de suas reservas e ativos financeiros internacionais.

b) é órgão integrante do Sistema Banco Mundial que provê assistência financeira sob a forma de empréstimos em condições facilitadas a projetos de desenvolvimento e de infraestrutura, em particular aos países de menor desenvolvimento relativo.

c) é organismo multilateral incumbido da promoção da cooperação entre instituições financeiras públicas e privadas no plano internacional.

d) atua no campo da cooperação monetária, provendo recursos para fundos de estabilização de reservas internacionais, concedendo empréstimos para a correção de desequilíbrios do balanço de pagamentos e assessorando os Bancos Centrais em matéria de controle de preços.

e) desempenha papel central na regulação do mercado internacional de capitais, notadamente no tocante à atuação das instituições financeiras não bancárias e bancos de investimentos.

Gabarito A.

BIS é a organização financeira mais antiga do mundo. Tem por objetivo promover cooperação financeira e monetária internacionalmente, servindo como um banco dos bancos centrais.

O erro da B é que o BIS não está ligado ao Banco Mundial.

O erro da C é que o BIS só cuida de bancos públicos (banco central dos bancos centrais).

O erro da D é que o BIS não empresa recursos para essa finalidade, mas sim cuida da primeira contraparte para os bancos centrais em suas transações financeiras.

O erro da E é que o BIS não atua como agente regulador internacional.

33- São objetivos prioritários da atuação do Banco Interamericano de Desenvolvimento:

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b) reduzir a pobreza e as desigualdades sociais, responder aos desafios da mudança climática, apoiar o desenvolvimento de energias renováveis e promover a sustentabilidade ambiental.

c) suprir as necessidades dos países pequenos e vulneráveis e promover a segurança ambiental.

d) promover o desenvolvimento por meio do setor privado, estimular as privatizações e a desregulamentação das economias.

e) promover a liberalização dos fluxos de bens e de capitais na região e apoiar a reestruturação do mercado financeiro.

Gabarito B.

Olha nossas aulas aí gente. Segundo nossa última aula: “criado em 1959, o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) é uma instituição financeira intergovernamental para América Latina e Caribe que apoia iniciativas de países da América Latina e Caribe para reduzir a pobreza e a desigualdade. Também tem como lema a busca pelo desenvolvimento sustentável sem danos ao meio ambiente”.

Sem tirar nem por. Era o enunciado da questão correta.

34- O Clube de Paris atua com o sentido de encontrar soluções coordenadas e sustentadas para dificuldades de pagamento enfrentadas por países devedores mediante a reestruturação de dívidas e reestruturação das obrigações de serviços e antecipação de pagamentos. Caracteriza-se por ser um (a)

a) organismo internacional integrado pelos bancos centrais dos principais países credores.

b) organismo internacional integrado pelas principais instituições financeiras privadas internacionais. c) entidade de natureza informal integrada pelos principais credores oficiais.

d) fórum intergovernamental de diálogo e cooperação em matérias econômicas. e) instituição financeira privada.

Gabarito C.

Olha só como é a vida. Cobramos essa questão em nosso simulado. Quem lembra da questão 5 de nosso simulado de REI? Rsrs.

Clube de paris é uma reunião informal dos principais credores internacionais.

*35- As questões relacionadas à governança econômica global têm assumido crescente relevância na agenda internacional. Nesse contexto, o G-20 financeiro desponta como principal referente para o tratamento de questões relacionadas à situação da economia global e à reforma das instituições econômicas internacionais. Considerando a atuação do G-20 nesse contexto, assinale a opção correta.

a) O G-20 ocupou o lugar do G-08 como principal mecanismo multilateral de cooperação em matérias econômicas e financeiras em razão de sua maior representatividade e da importância das economias emergentes no contexto da economia global e para o tratamento da crise financeira.

b) Voltado originalmente para o tratamento de questões comerciais no âmbito da Organização Mundial do Comércio e da promoção dos interesses das economias emergentes na Rodada de Doha, o G-20 foi alçado à condição de plataforma institucional para a discussão e a coordenação de medidas voltadas para a superação da crise financeira global, desencadeada em setembro de 2008.

c) Em razão da atual conjuntura econômica internacional, a agenda do G-20, tal como refletida nos encontros de cúpula, tem priorizado o tratamento de temas relacionados à reforma das instituições financeiras globais.

d) A crise das economias da Zona do Euro forçou importante mudança de prioridades do G-20 que se deslocaram de questões vinculadas à regulação dos mercados financeiros para a estabilidade monetária e cambial.

e) Os temas mais amplos como a promoção do desenvolvimento econômico, sustentabilidade, geração de emprego e combate à corrupção e dimensões sociais da globalização não formam parte da agenda do G-20.

Gabarito A, mas cabe recurso.

O G-20 surgiu em 1999 para cuidar de crises financeiras e substituiu o G-8. O erro da B é que não está voltado à OMC ou da rodada Doha.

O erro da D é que o G-20 não deslocou suas prioridades para estes temas.

O erro da E é que desenvolvimento econômico e sustentabilidade são alguns dos temas que formam parte de uma agenda mais ampla contemplada pelo G-20.

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Sobre o item C, ao meu ver cabe recurso. Isso porque o G-20 tem, a partir de 2008, priorizado a reformulação das instituições financeiras, restabelecimento do crescimento global e o reforço do sistema financeiro internacional. Vide <http://www.g20.org/index.php/en/the-origins-and-evolution-of-the-g20>:

Portanto, a meu ver, os itens A e C estão corretos, cabendo anulação da questão.

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO (3 passíveis de anulação)

51- A Convenção de Viena sobre Relações Consulares foi promulgada pelo Brasil em 1967. Sobre essa Convenção, é correto afirmar que:

a) o estabelecimento de relações consulares mútuas é obrigatório para todos os Estados Membros da ONU. b) entre as funções consulares, está a assistência aos nacionais, pessoas físicas ou jurídicas, do Estado que envia o cônsul.

c) em nenhuma hipótese pode o funcionário consular exercer funções fora de sua jurisdição consular. d) o exequatur é a autorização do Estado receptor para que o funcionário consular estrangeiro possa emitir vistos.

e) o funcionário consular autorizado a praticar atos diplomáticos receberá incontinenti as imunidades típicas de embaixador estrangeiro.

Gabarito B.

O estabelecimento de relações consulares e por consentimento mútuo, não havendo obrigatoriedade com o fato de ser ou não membro da ONU (art. 2.1 da CVRC).

O erro da C é que cabe a possibilidade de exercício fora de sua jurisdição consular, desde que com o consentimento do Estado receptor (art. 6º, CVRC).

O erro da D é que o exequatur é a aceitação da pessoa do cônsul pelo Estado receptor.

O erro da E é que o funcionário consular tem uma paute de privilégios menor que a dos Embaixadores, os quais são regidos pela Convenção de Viena de Relações Diplomáticas de 1961.

*52- Sobre a denominada Rodada São Paulo, é incorreto afirmar que:

a) nem todos os países signatários do SGPC aderiram à Rodada São Paulo, mas os países do Mercosul concluíram essa Rodada.

b) a conclusão da Rodada São Paulo, em 2010, impede a adesão de novos países em desenvolvimento a seus instrumentos.

c) trata-se de uma negociação para maior liberalização comercial no âmbito da UNCTAD, lançada em 2004. d) as condições de acesso a mercado estabelecidas pela Declaração de Modalidades da Rodada São Paulo envolvem corte linear nas linhas tarifárias tributáveis.

e) os países que concluíram a Rodada São Paulo já apresentaram as suas listas de ofertas.

Essa questão, ao meu, deve ser anulada, pois exigiram tema que não era previsto para o edital de DIP.

A rodada São Paulo está inserida no item “sistemas preferenciais” (mais especificamente do SGPC), tema exigido especificamente apenas no edital de Comércio Internacional (item 4) . Não é a toa que falei sobre esta Rodada somente nas aulas de Comércio Internacional.

E que a ESAF nem venha me dizer que isto se trata do item “diplomacia comercial”, pois se fosse assim, poderiam cobrar todas as negociações que o Brasil participou desde seu descobrimento!

Gabarito B, mas cabe recurso.

Comentando a questão, a Rodada São Paulo é apenas mais um dos esforços do SGPC para promover liberalização entre os países em desenvolvimento. É claro essa negociação permite a entrada de novos países que quiserem aderir a estes avanços.

53- A aprovação dos resultados da Rodada Uruguai, em 1995, envolveu novos acordos no âmbito do

sistema multilateral do comércio. Um dos acordos obrigatórios para os Membros da OMC, e que estabelece regras sobre medidas governamentais relativas aos investimentos estrangeiros relacionados ao comércio de bens, que violem o Artigo III (tratamento nacional) e/ou o Artigo XI (eliminação de restrições quantitativas) do GATT, recebeu a denominação de:

a) GATS.

b) Acordo de Licenciamento de Importações. c) Entendimento Adicional sobre Investimentos em Serviços.

Referências

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