CULTURA ORGANIZACIONAL NO IST
José Neves
1
Jornadas sobre a Cultura Organizacional no Técnico
IST, 21 de Abril de 2015
De que falamos quando usamos a expressão cultura organizacional?
Como pode a cultura ser medida?
Como pensar a complexidade no âmbito da cultura organizacional?
Que implicações da cultura para a definição dos papéis dos líderes?
Que configurações de cultura organizacional no IST?
2
De que falamos quando usamos a expressão cultura organizacional?
Como pode a cultura ser medida?
Como pensar a complexidade no âmbito da cultura organizacional?
Que implicações da cultura para a definição dos papéis dos líderes?
Que configurações de cultura organizacional no IST?
3
Fig. 1 - Modelo de cultura organizacional (Neves, 2000)
ATRIBUTOS ORGANIZACIONAIS
VARIÁVEIS DE CONTEXTO, ESTRUTURA, PROCESSO
A1
ATRIBUTOS INDIVIDUAIS
CAMPO PSICOLÓGICO DO INDIVÍDUO
A2
ARTEFACTOS
- PALAVRAS - GESTOS - FIGURAS - OBJECTOS
A3
PADRÕES/ NORMAS
Práticas de gestão geral e sectorial; ética de negócios QUE MODELAM O COMPORTAMENTO
A4 VALORES INOVAÇÃO; RISCO; SEGURANÇA; PREVISIBILIDADE A5 percepções avaliativas PRÁTICAS percepções descritivas PRESSUPOSTOS
SENTIMENTOS AMPLOS E NÃO ESPECIFICOS DE BOM/MAU BONITO/FEIO NORMAL/ANORMAL A6 quando usamos a expressão cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações
Fig. 1 - Modelo de cultura organizacional (Neves, 2000) ATRIBUTOS ORGANIZACIONAIS
VARIÁVEIS DE CONTEXTO, ESTRUTURA, PROCESSO
A1 ATRIBUTOS INDIVIDUAIS
CAMPO PSICOLÓGICO DO INDIVÍDUO
A2
ARTEFACTOS
- PALAVRAS - GESTOS - FIGURAS - OBJECTOS
A3 PADRÕES/ NORMAS
Práticas de gestão geral e sectorial; ética de negócios QUE MODELAM O COMPORTAMENTO
A4 VALORES INOVAÇÃO; RISCO; SEGURANÇA; PREVISIBILIDADE A5 PRESSUPOSTOS
SENTIMENTOS AMPLOS E NÃO ESPECIFICOS DE BOM/MAU BONITO/FEIO NORMAL/ANORMAL A6 De que falamos quando usamos a expressão cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações de CO no IST?
expressão mediante símbolos e rituais
• artefactos tangíveis
– arquitectura, logotipo,
disposição do espaço físico, bandeira,
documentação, vestuário, etc.
• artefactos intangíveis
- linguagem, slogans,
história,
mitos, lendas, etc.
• simbolismo:
•
verbal
(nas histórias e nos discursos)
•
comportamental
(nos gestos, nos
rituais, nas práticas de trabalho)
•
material
(arquitectura, espaço físico,
logotipos, etc.)
Camadas da cultura organizacional
Função / Tipo
Verbal
Comportamental
Material
Descrição/integração
• fornecem um modelo experienciado
da vida organizacional;
• integram as experiências e saberes
individuais nos requisitos
organizacionais
Algumas histórias
e mitos
Cerimónias e
rituais
Insígnias, objectos,
códigos de conduta,
etc.
Controle de tensão
• estimular a tensão
• refrear a tensão
Discursos da
hierarquia,
máximas e
slogans, etc.
Rituais
Posters, relatórios, etc.
Manutenção do sistema
• fornecer coerência, ordem e
estabilidade
• fornecer quadros de referência
Discursos,
histórias, mitos,
etc.
Programas de
formação,
cerimónias,
processos e
práticas de
trabalho, etc.
Manuais da
organização
6Símbolo na cultura organizacional
quando usamos a expressão
cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações de CO no IST?
Rituais da cultura organizacional
Tipos de rituais
Funções
Ênfase de focagem
Exemplos
Rituais de
passagem
• facilitar a mudança de papel ou de estatuto;
• restabelecer o equilíbrio das interacções sociais;
• proporcionar sentimentos de pertença;
• facilitar a identificação organizacional
Individual
Promoções, transferências,
programas de formação, etc.
Rituais de
degradação
• facilitar a diminuição de poderes e de estatuto;
• publicitar a existência de problemas e redefinir as
fronteiras do grupo;
• dissolver a identidade organizacional e o seu poder
Individual
Despromoções,
despedimentos, etc.
Rituais de
reconhecimento
• valorizar desempenhos importantes e motivar outros
a fazer o mesmo;
• reforçar a identidade organizacional e o poder
Individual
Prémios de recompensa pelo
desempenho conseguido
Rituais de
renovação
• aperfeiçoar as estruturas organizativas;
• melhorar o seu sistema de funcionamento;
• reforçar o sistema legítimo de autoridade
Grupal
Programas de mudança
organizacional;
introdução de novas técnicas
de gestão e de novos processos
de trabalho;
Rituais de
integração
• reafirmar a riqueza das normas e costumes em uso;
• revitalizar os sentimentos de solidariedade;
• encorajar e reviver sentimentos comuns que unem as
pessoas e que nem sempre são possíveis no contexto
organizacional
Grupal
Festas, almoços, jantares,
conferências, etc.
Rituais de redução
de conflitos
• reduzir os conflitos e diminuir a agressividade;
• restabelecer o equilíbrio organizacional
Grupal
Reuniões de negociação;
reuniões de comités, etc.
7 De que falamosquando usamos a expressão
cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações de CO no IST?
Fig. 1 - Modelo de cultura organizacional (Neves, 2000) ATRIBUTOS ORGANIZACIONAIS
VARIÁVEIS DE CONTEXTO, ESTRUTURA, PROCESSO
A1 ATRIBUTOS INDIVIDUAIS
CAMPO PSICOLÓGICO DO INDIVÍDUO
A2 ARTEFACTOS
- PALAVRAS - GESTOS - FIGURAS - OBJECTOS
A3
PADRÕES/ NORMAS
Práticas de gestão geral e sectorial; ética de negócios QUE MODELAM O COMPORTAMENTO
A4 VALORES INOVAÇÃO; RISCO; SEGURANÇA; PREVISIBILIDADE A5 PRESSUPOSTOS
SENTIMENTOS AMPLOS E NÃO ESPECIFICOS DE BOM/MAU BONITO/FEIO NORMAL/ANORMAL A6 quando usamos a expressão cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações de CO no IST?
visam fornecer coerência à cultura e controlar
a variabilidade de comportamentos
• práticas de gestão diária
geral e sectorial como
reuniões de planeamento, de gestão, o modo como
se gerem as pessoas, como a organização se
relaciona com o exterior, com os clientes e
fornecedores, como é gerida a informação que entra
e que sai, etc.
• normas de conduta
(regras que classificam como
apropriada e permitida ou não a conduta
relacionada com situações como competir ou
colaborar, ter iniciativa ou assegurar a rotina, evitar
errar ou ter direito ao erro, inovar ou garantir o
“status quo”, etc.)
Camadas da cultura organizacional
Fig. 1 - Modelo de cultura organizacional (Neves, 2000) ATRIBUTOS ORGANIZACIONAIS
VARIÁVEIS DE CONTEXTO, ESTRUTURA, PROCESSO
A1 ATRIBUTOS INDIVIDUAIS
CAMPO PSICOLÓGICO DO INDIVÍDUO
A2 ARTEFACTOS
- PALAVRAS - GESTOS - FIGURAS - OBJECTOS
A3 PADRÕES/ NORMAS
Práticas de gestão geral e sectorial; ética de negócios QUE MODELAM O COMPORTAMENTO
A4 VALORES INOVAÇÃO; RISCO; SEGURANÇA; PREVISIBILIDADE A5 PRESSUPOSTOS
SENTIMENTOS AMPLOS E NÃO ESPECIFICOS DE BOM/MAU BONITO/FEIO NORMAL/ANORMAL A6 De que falamos quando usamos a expressão cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações de CO no IST?
fornecem a razão de ser da atitude e do
comportamento das pessoas
•
valores -
convicções relativamente à preferência
de uns modos de conduta sobre outros, as quais
quando hierarquizadas em termos de
importância se transformam em sistemas de
valores relativamente estáveis e permanentes
•
crenças
- visão cognitiva das coisas e que se
relaciona com o facto de as pessoas pensarem
ser ou não verdadeiro:
• remunerar em função do desempenho torna
a pessoa mais produtiva;
• a filosofia de orientação para o cliente torna
a organização mais competitiva;
• estimular a competição é mais negativo que
positivo, etc.
Camadas da cultura organizacional
Fig. 1 - Modelo de cultura organizacional (Neves, 2000) ATRIBUTOS ORGANIZACIONAIS
VARIÁVEIS DE CONTEXTO, ESTRUTURA, PROCESSO
A1 ATRIBUTOS INDIVIDUAIS
CAMPO PSICOLÓGICO DO INDIVÍDUO
A2 ARTEFACTOS
- PALAVRAS - GESTOS - FIGURAS - OBJECTOS
A3 PADRÕES/ NORMAS
Práticas de gestão geral e sectorial; ética de negócios QUE MODELAM O COMPORTAMENTO
A4 VALORES INOVAÇÃO; RISCO; SEGURANÇA; PREVISIBILIDADE A5 PRESSUPOSTOS
SENTIMENTOS AMPLOS E NÃO ESPECIFICOS DE BOM/MAU BONITO/FEIO NORMAL/ANORMAL A6 quando usamos a expressão cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações de CO no IST?
inconscientes e difíceis de detectar, resistentes
à mudança e adquiridos pela socialização
contínua intra e extra organização
• pressupostos fundamentais
- uma espécie
de teoria implícita resultante da interpretação
de crenças que influencia as pessoas na sua
forma de se comportarem, sentirem e
pensarem;
• relação da organização com a envolvente
(submissão, domínio, inovação);
• modo mais adequado do ser humano se
comportar no contexto do trabalho
• modo como se constrói a realidade e se
define a verdade
• qual a orientação em termos de tempo é
mais relevante
• natureza humana em geral (homem X, Y, Z)
Camadas da cultura organizacional
De que falamos quando usamos a expressão cultura organizacional?
Como pode a cultura ser medida?
Como pensar a complexidade no âmbito da cultura organizacional?
Que implicações da cultura para a definição dos papéis dos líderes?
Que configurações de cultura organizacional no IST?
11
Cultura organizacional
• insuficiência das estruturas unidimensionais
• vantagens dos modelos multidimensionais
– Estrutura teórica integrada
– Clarificação do conteúdo conceptual
– Expressão do dinamismo dos sistemas organizacionais e sociais
– Carácter múltiplo e simultâneo das várias orientações
– Maior capacidade para acomodar a complexidade da cultura
– Maior capacidade para expressar contrastes e paradoxos
12
quando usamos a expressão
cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações de CO no IST?
Rapidez
Crescimento
Produtividade
Planeamento
Estabilidade
Informação
Coesão
Participação
Flexibilidade
Controlo
Externo
Interno
Figura 2 - Modelo de cultura na base dos valores contrastantes
Mudança incremental
Mudança longo prazo Mudança transformacional
Mudança de curto prazo
Modelo dos sistemas abertos
INOVAÇÃO
FAZER PRIMEIRO
OBJECTIVOS
FAZER RÁPIDO
Modelo dos objectivos racionais
REGRAS
FAZER CERTO
Modelo dos processos internos Modelo das relações humanas
APOIO
FAZER COM
13 (adaptado de Quinn et al., 1988; Cameron et al., 2006)
De que falamos quando usamos
a expressão cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações de CO no IST?
14 (adaptado de Quinn et al., 1988; Cameron et al., 2006)
quando usamos a expressão
cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres? Que configurações de CO no IST?
VALORES
•Planeamento
•Gestão
•Eficácia
ÊNFASES DOMINANTES
•Produtividade
•Eficiência
•Planificação
•Organização
Rapidez Crescimento Produtividade Planeamento Estabilidade Informação Coesão Participação Flexibilidade Controlo Externo Interno Mudança incrementalMudança longo prazo Mudança transformacional
Mudança de curto prazo
Modelo dos sistemas abertos
INOVAÇÃO
FAZER PRIMEIRO
REGRAS
FAZER CERTO
Modelo dos processos internos Modelo das relações humanas
APOIO
FAZER COM
Tipos de cultura
OBJECTIVOS
FAZER RÁPIDO
Modelo dos objectivos
racionais
(1900-1925)
15 (adaptado de Quinn et al., 1988; Cameron et al., 2006)
De que falamos quando usamos
a expressão cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres? Que configurações de CO no IST? Rapidez Crescimento Produtividade Planeamento Estabilidade Informação Coesão Participação Flexibilidade Controlo Externo Interno Mudança incremental
Mudança longo prazo Mudança transformacional
Mudança de curto prazo
Modelo dos sistemas abertos
INOVAÇÃO
FAZER PRIMEIRO
OBJECTIVOS
FAZER RÁPIDO
Modelo dos objectivos
racionais
(1900-1925)
REGRAS
FAZER CERTO
Modelo dos processos internos Modelo das relações humanas
APOIO
FAZER COM
Tipos de cultura
CRITÉRIO DE EFICÁCIA
• Produtividade,
benefícios…
ANCORA TEÓRICA
• Direcção clara conduz
a resultados
produtivos
FOCO
• Clarificação de metas,
análise racional e
acção
VALORES
• Resultados
PAPEL DOMINANTE DE
LIDERANÇA
• Diretor, produtor
16 (adaptado de Quinn et al., 1988; Cameron et al., 2006)
quando usamos a expressão
cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres? Que configurações de CO no IST?
VALORES
•Segurança
•Continuidade
•Uniformidade
•Conformismo
ÊNFASES DOMINANTES
•Estrutura
•Formalização
•Centralização
•Estandardização
Rapidez Crescimento Produtividade Planeamento Estabilidade Informação Coesão Participação Flexibilidade Controlo Externo Interno Mudança incrementalMudança longo prazo Mudança transformacional
Mudança de curto prazo
Modelo dos sistemas abertos
INOVAÇÃO
FAZER PRIMEIRO
OBJECTIVOS
FAZER RÁPIDO
Modelo dos objectivos racionais Modelo das relações humanas
APOIO
FAZER COM
Tipos de cultura
REGRAS
FAZER CERTO
Modelo dos
processos internos
(1926-1950)
17 (adaptado de Quinn et al., 1988; Cameron et al., 2006)
De que falamos quando usamos
a expressão cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres? Que configurações de CO no IST? Rapidez Crescimento Produtividade Planeamento Estabilidade Informação Coesão Participação Flexibilidade Controlo Externo Interno Mudança incremental
Mudança longo prazo Mudança transformacional
Mudança de curto prazo
Modelo dos sistemas abertos
INOVAÇÃO
FAZER PRIMEIRO
OBJECTIVOS
FAZER RÁPIDO
Modelo dos objectivos racionais
REGRAS
FAZER CERTO
Modelo dos
processos internos
(1926-1950)
Modelo das relações humanas
APOIO
FAZER COM
Tipos de cultura
CRITÉRIO DE EFICÁCIA
• Estabilidade,
continuidade…
ANCORA TEÓRICA
• Rotina gera
estabilidade
FOCO
• Definição de
responsabilidades,
métricas,
documentação
VALORES
• Hierarquia
PAPEL DOMINANTE DE
LIDERANÇA
• Monitor,
coordenador
Tipos de cultura
Rapidez Crescimento Produtividade Planeamento Estabilidade Informação Coesão Participação Flexibilidade Controlo Externo Interno Mudança incrementalMudança longo prazo Mudança transformacional
Mudança de curto prazo
Modelo dos sistemas abertos
INOVAÇÃO
FAZER PRIMEIRO
OBJECTIVOS
FAZER RÁPIDO
Modelo dos objectivos racionais
REGRAS
FAZER CERTO
Modelo dos processos internos
18 (adaptado de Quinn et al., 1988; Cameron et al., 2006)
quando usamos a expressão
cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres? Que configurações de CO no IST?
VALORES
•Valorizar as pessoas
•
Dar importância aos
valores
ÊNFASES DOMINANTES
•Colaboração
•Tolerância
•Apoio social
•Preocupações com
o relacionamento
Modelo das relações
humanas
(1951-1975)
APOIO
Tipos de cultura
Rapidez Crescimento Produtividade Planeamento Estabilidade Informação Coesão Participação Flexibilidade Controlo Externo Interno Mudança incrementalMudança longo prazo Mudança transformacional
Mudança de curto prazo
Modelo dos sistemas abertos
INOVAÇÃO
FAZER PRIMEIRO
OBJECTIVOS
FAZER RÁPIDO
Modelo dos objectivos racionais
REGRAS
FAZER CERTO
Modelo dos processos internos
19 (adaptado de Quinn et al., 1988; Cameron et al., 2006)
De que falamos quando usamos
a expressão cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres? Que configurações de CO no IST?
CRITÉRIO DE EFICÁCIA
• Compromisso,
moral, coesão…
ANCORA TEÓRICA
• Participação gera
compromisso
FOCO
• Participação,
resolução de
conflitos, criação de
consensos
VALORES
• Actuação em equipa
PAPEL DOMINANTE DE
LIDERANÇA
• Mentor, Facilitador
Modelo das relações
humanas
(1951-1975)
APOIO
20 (adaptado de Quinn et al., 1988; Cameron et al., 2006)
quando usamos a expressão
cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres? Que configurações de CO no IST?
VALORES
•Mudança
•Adaptação
•Iniciativa
•Diversidade
•Competição
ÊNFASES DOMINANTES
•Crescimento
•Risco
•Estimular a iniciativa
•Responsabilidade
•Optimização dos
recursos humanos
•
Uso dos resultados
da ciência
Rapidez Crescimento Produtividade Planeamento Estabilidade Informação Coesão Participação Flexibilidade Controlo Externo Interno Mudança incrementalMudança longo prazo Mudança transformacional
Mudança de curto prazo
OBJECTIVOS
FAZER RÁPIDO
Modelo dos objectivos racionais
REGRAS
FAZER CERTO
Modelo dos processos internos Modelo das relações humanas
APOIO
FAZER COM
Tipos de cultura
Modelo dos sistemas
abertos
(>1976)
INOVAÇÃO
21 (adaptado de Quinn et al., 1988; Cameron et al., 2006)
De que falamos quando usamos
a expressão cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres? Que configurações de CO no IST? Rapidez Crescimento Produtividade Planeamento Estabilidade Informação Coesão Participação Flexibilidade Controlo Externo Interno Mudança incremental
Mudança longo prazo Mudança transformacional
Mudança de curto prazo
Modelo dos sistemas
abertos
(>1976)
INOVAÇÃO
FAZER PRIMEIRO
OBJECTIVOS
FAZER RÁPIDO
Modelo dos objectivos racionais
REGRAS
FAZER CERTO
Modelo dos processos internos Modelo das relações humanas
APOIO
FAZER COM
Tipos de cultura
CRITÉRIO DE EFICÁCIA
• Adaptação, apoio
externo…
ANCORA TEÓRICA
• Inovação e adaptação
geram aquisição e
crescimento de
recursos…
FOCO
• Adaptação política,
resolução criativa de
problemas gestão da
mudança e inovação
VALORES
• Inovação, flexibilidade
PAPEL DOMINANTE DE
LIDERANÇA
• Inovador, negociador
0 1 2 3 4 5 6 FLEXIBILIDADE Inovação EXTERNO Objectivos CONTROLE Regras INTERNO Apoio
Cultura Organizacional Percebida versus Desejada
Percebida
Desejada
Amostra
34 estudantes
22 mulheres
12 homens
Média idade=25 anos
22quando usamos a expressão
cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações de CO no IST?
De que falamos quando usamos a expressão cultura organizacional?
Como pode a cultura ser medida?
Como pensar a complexidade no âmbito da cultura organizacional?
Que implicações da cultura para a definição dos papéis dos líderes?
Que configurações de cultura organizacional no IST?
23
24
quando usamos a expressão
cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações de CO no IST?
Factores condicionadores da complexidade da cultura organizacional
• Incerteza e imprevisibilidade
• Turbulência e permeabilidade à envolvente
• Tensões entre unidade e diversidade, entre homogeneidade e heterogeneidade da cultura
• Tensões entre a diversidade de interesses e exigências éticas
• Confronto crescente com inconsistências, exigências contraditórias e dilemas nas decisões
organizacionais
• Pluralidade de stakeholders, diversidade de valores e complexidade de contexto
• Pressão para agir mais na base do paradoxo que do dilema
– Mais flexibilidade corresponde a uma maior margem de liberdade dos actores organizacionais
– O incremento da liberdade individual implica maior peso da persuasão
25
complexidade = “gestalt” de orientações contrastantes em
termos de valores culturais, medida na base de configurações
de tensões
paradoxo = aceitação da existência simultânea de coisas opostas
(centralizado, descentralizado) ou inconsistentes (colaboração,
competição), que parecem lógicas quando isoladas, mas
irracionais e absurdas quando ocorrem em simultâneo
De que falamos quando usamos
a expressão cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações de CO no IST?
reduzida complexidade moderada complexidade elevada complexidade
• envolventes mais estáveis (maior vectorialização das orientações contrastantes e menor intensidade das situações
paradoxais)
• envolventes mais instáveis (configurações menos vectorializadas em termos de orientações contrastantes e maior
intensidade das situações paradoxais)
Fig. 3 – Representação gráfica da ideia de vectorialização
26
quando usamos a expressão
cultura organizacional?
Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações de CO no IST?
Interno
Externo
Flexibilidade
Controlo
APOIO INOVAÇÃO REGRAS OBJECTIVOSAvaliação empírica
2,81
3,33
3.83
4.02
N= 2180
De que falamos quando usamos a expressão cultura organizacional?Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações
De que falamos quando usamos a expressão cultura organizacional?
Como pode a cultura ser medida?
Como pensar a complexidade no âmbito da cultura organizacional?
Que implicações da cultura para a definição dos papéis dos líderes?
Que configurações de cultura organizacional no IST?
28
Inovador
(cria, encoraja e facilita a mudança)
Negociador
(gere o poder, adquire recursos e gere rede de contactos)
Produtor
(motiva comportamentos e incentiva resultados)Director
(enfatiza a visão, define objectivos e clarifica expectativas)
Coordenador
(mantém a estrutura, programa e assegura cumprimento das regras)
Monitor
(reúne e distribui a informação, controla o desempenho e assegura a estabilidade)
Facilitador
(encoraja a expressão das ideias, procura consensos e negoceia compromissos)
Mentor
(conhecer as necessidades individuais, escutar atentamente, ser justo e encorajar o desenvolvimento pessoal)
Flexibilidade
Controlo
Externo
Interno
(adaptado de Quinn et al., 1988; Cameron, et al. 2006
)
26CRIAR
CONTROLAR
COLABORAR
COMPETIR
De que falamos quando usamos a expressão cultura organizacional?Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações de CO no IST?
Produtor Director Coordenador Monitor Mentor Negociador Facilitador Inovador
Interno
Externo
Flexibilidade
Controlo
Avaliação empírica
N= 2180
quando usamos a expressão cultura organizacional?Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações
Cultura e Liderança
• revelar o grau paradoxal e complexo do funcionamento
organizacional em virtude da sua natureza contrastante
• servir a função de ponto fixo/farol ao exercício eficaz da
liderança num contexto de turbulência e ambiguidade
• definir a congruência da cultura, do papel de liderança e do
perfil individual de competências para responder à
exigências do contexto
• hierarquizar a importância de cada quadrante em função
de prioridades estratégicas, ciclo de vida organizacional ou
condições da envolvente
• auxiliar os líderes a diagnosticar e resolver as tensões de
forma integrada
• criar novas abordagens do papel dos líderes
capacitando-os a atingir o nível transformacional através da integração
de opostos
Na relação entre cultura e
liderança, os quadrantes do
modelo dos valores
contrastantes possibilitam:
De que falamos quando usamos a expressão cultura organizacional?Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações
Conclusões
Cultura
organizacional
fornecedora de
significado e
reguladora das
práticas
organizacionais
A sua métrica é de
grande utilidade
para aferição dos
sistemas de gestão
bem como para
ancorar processos
de mudança
Auxilia a
compreensão do
funcionamento
complexo e
paradoxal dos
sistemas
organizacionais
Auxilia no
calibramento entre
cultura e actuação
dos dirigentes
29 quando usamos a expressão cultura organizacional?Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações de CO no IST?
De que falamos quando usamos a expressão cultura organizacional?
Como pode a cultura ser medida?
Como pensar a complexidade no âmbito da cultura organizacional?
Que implicações da cultura para a definição dos papéis dos líderes?
Que configurações de cultura organizacional no IST?
33
Cultura Organizacional - IST
FLEXIBILIDADE CONTROLO INTERNO EXTERNO INOVAÇÃO APOIO REGRAS OBJECTIVOS 1 6 5 4 2 33,82
3,94
4,41
4,01
Orientação
cultural
Alpha de
Cronbach
Média
Inovação
.70
3,94
Apoio
.87
3,82
Objectivos
.85
4,01
Regras
.85
4,41
Amostra
n
Docentes
16
Funcionários
38
Alunos
7
Total
61
quando usamos a expressão cultura organizacional?Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações
de CO no IST? 35
6
12
18
24
30
36
Ênfase num dos quadrantes
Balanceamento moderado
Balanceamento elevado
Balanceamento dos Quadrantes
6
12
18
24
30
36
Ênfase num dos quadrantes
Balanceamento moderado
Balanceamento elevado
Inovação-Regras
22,36
21,66
Apoio-Objectivos
De que falamos quando usamos a expressão cultura organizacional?Como pode ser medida?
Como pensar a complexidade?
Que implicações para a definição dos papéis dos
lideres?
Que configurações
CULTURA ORGANIZACIONAL NO IST
José Neves
Jose.neves@iscte.pt
36