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UMA ABORDAGEM MULTICRITÉRIO PARA AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS EM AMBIENTES DE TRABALHO

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Academic year: 2021

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UMA ABORDAGEM MULTICRITÉRIO PARA AVALIAÇÃO E

CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS EM AMBIENTES DE TRABALHO

André Luís Policani Freitas

LEPROD/Centro de Ciência e Tecnologia/Universidade Estadual do Norte Fluminense Av. Alberto Lamego, 2000 – Horto- Campos dos Goytacazes/RJ - (22) 2726-1632

policani@uenf.br Waidson Bitão Suett

LEPROD/Centro de Ciência e Tecnologia/Universidade Estadual do Norte Fluminense Av. Alberto Lamego, 2000 – Horto- Campos dos Goytacazes/RJ - (22) 2726-1632

waidson@uenf.br

Este artigo apresenta uma metodologia fundamentada nos conceitos de dois métodos de auxílio à tomada de decisão cientificamente reconhecidos (o método A.H.P e o método ELECTRE TRI), associados a conceitos de Higiene e Segurança no Trabalho para avaliar e classificar organizações quanto aos riscos existentes no ambiente de trabalho. Através de um experimento, busca-se investigar o emprego da metodologia proposta no tratamento do problema em questão. PALAVRAS-CHAVES: A.H.P. ELECTRE TRI. Riscos Ambientais.

ABSTRACT

This article presents a methodology supported on the concepts of two scientifically known MCDA methods (the A.H.P method and the ELECTRE TRI method) which are associated to Hygien and Work Security concepts in order to evaluate and classify companies according to the existing risks in the work environment. In order to investigate the application of the proposed methodology, an experiment was conducted and some conclusions were done.

KEYWORDS: A.H.P. ELECTRE TRI. Environmental Risks.

1.Introdução

Ao longo dos anos, os problemas relacionados com a saúde e a segurança do trabalhador têm sido alvo de crescente preocupação por parte dos órgãos públicos, manifestada em forma de vários decretos, resoluções, Normas Regulamentadoras (NR’s) e leis. Neste contexto, surge então a necessidade de medir, ou melhor, avaliar as organizações quanto aos riscos e as condições às quais os trabalhadores são expostos, levando em consideração as condições e/ou os critérios de segurança estabelecidos para execução da atividade.

Entretanto, problemas desta natureza em geral envolvem julgamentos subjetivos (as percepções de peritos em Higiene e Segurança no Trabalho e dos membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) onde as imprecisões e incertezas são ampliadas quando múltiplos avaliadores estão envolvidos.

Com o intuito de contribuir para o tratamento deste problema, este artigo propõe uma metodologia fundamentada no emprego de conceitos de dois métodos de auxílio a tomada de decisão cientificamente reconhecidos (o método AHP e o método ELECTRE TRI) para avaliar as organizações quanto aos riscos existentes no ambiente de trabalho (a luz de fatores e critérios relevantes) e atribuir o desempenho destas organizações a uma das categorias de classificação de risco pré-definidas.

Em suma, este artigo apresenta a seguinte estrutura: a seção 2 apresenta a metodologia proposta para avaliação e classificação dos riscos em ambientes de trabalho; na seção 3 investiga-se o emprego da metodologia proposta na avaliação e classificação dos riscos existentes no ambiente de trabalho de postos revendedores de combustíveis automotivos; e finalmente a seção 4 apresenta as considerações finais.

(2)

2. Descrição da metodologia proposta

Esta metodologia fundamenta-se em conceitos de dois métodos de auxílio à tomada de decisão cientificamente reconhecidos - o método A.H.P. (Analytic Hierarchy Process) (Saaty, 1980) e o método ELECTRE TRI (Yu, 1992). A estes métodos são associados conceitos de Higiene e Segurança no Trabalho. De maneira sucinta, a seguir são apresentadas as etapas para a estruturação desta metodologia.

(i) Estruturação do problema: esta etapa é comum ao emprego dos métodos A.H.P. e ELECTRE TRI, e consiste da modelagem do problema decisório e da definição dos elementos nele presentes. Mais especificamente, nesta etapa deve-se definir:

a) o objetivo do estudo – consiste na definição da problemática de decisão presente no problema decisório a ser tratado. Esta metodologia propõe-se a avaliar e classificar organizações (alternativas) quanto a presença de riscos de ambientes de trabalho, atribuindo-as a uma das categorias pré-definidas (problemática de classificação);

b) os atores – são os elementos participantes do problema decisório e consistem de avaliador(es), analista(s) de decisão e decisor(es);

c) as alternativas (ou objetos) – são os elementos que serão objeto de avaliação no problema decisório, sendo agrupadas no conjunto A = {a1, a2,..., ar};

d) os critérios - buscando uma melhor definição e compreensão dos critérios intrínsecos ao problema decisório, optou-se pelo agrupamento destes em Dimensões (agrupamento de critérios de acordo com sua afinidade), denotadas por Di, i = 1, ..., m, onde i representa

cada risco existente no ambiente de trabalho de acordo com a Norma Regulamentadora NR-9 (Riscos Químicos, Riscos Físicos, Riscos de Acidentes, Riscos Ergonômicos e Riscos Biológicos) (MTE, 2006). Cada elemento de um conjunto F’ de critérios será denotado por Crij, onde i = 1, ..., m, representa uma Dimensão e j = 1, ..., n, representa

um critério associado à Dimensão i. Então, o conjunto de critérios será definido por: F’= {Cr11, ..., Cr1n, Cr21, ..., Cr2n, Crm1, ..., Crmn}.

(ii) Etapas referentes ao emprego do método A.H.P.: Proposto por Saaty no início dos anos 70, o método A.H.P. fundamenta-se em três princípios (estes princípios representam as etapas que deverão ser implementadas no contexto da metodologia proposta):

a) construção de hierarquias: sistemas complexos podem ser melhor compreendidos através do particionamento destes em elementos constituintes, estruturando tais elementos hierarquicamente e então sintetizando os julgamentos da importância relativa destes elementos em cada nível da hierarquia em um conjunto de prioridades (Saaty, 2000). Após a definição dos elementos na etapa anterior, elabora-se a estrutura hierárquica do problema, identificando: o foco principal (o objetivo do problema), os critérios/subcritérios (em tantos níveis quanto necessário);

b) definição de prioridades: Segundo Saaty, “o ser humano tem a habilidade de perceber as relações entre as coisas que observa, comparar pares de objetos similares à luz de certos critérios, e discriminar entre os membros de um par através do julgamento da intensidade de sua preferência de um elemento sobre o outro”. Segundo Costa (2002), de forma sucinta, neste princípio é necessário cumprir as seguintes etapas:

- julgamentos paritários: julgar par a par os elementos de um nível da hierarquia à luz de cada elemento em conexão em um nível superior, compondo as matrizes de julgamento A (através do uso das escalas apresentadas na tabela 1);

Escala Verbal Escala Numérica

Igual preferência (importância) 1

Preferência (importância) fraca 3

Preferência (importância) moderada 5

Preferência (importância) forte 7

Preferência (importância) absoluta 9

2, 4, 6, 8 são associadas a julgamentos intermediários

(3)

A quantidade de julgamentos necessários para a construção de uma matriz de julgamentos genérica A é n(n-1)/2, onde n é o número de elementos pertencentes a esta matriz. Os elementos de A são definidos pelas condições:

⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ = 1 1 1 1 1 1 2 1 2 21 1 12 L M L M M L L n n n n a a a a a a A , onde: ia consistênc a a a recíproca a a a a positiva a jk ij ik ji ij ji ij ij ⇒ ⋅ = ⇒ = = ∴ = ⇒ > 1 1 1 0

- normalização das matrizes de julgamento: obtenção de quadros normalizados através da soma dos elementos de cada coluna das matrizes de julgamento e posterior divisão de cada elemento destas matrizes pelo somatório dos valores da respectiva coluna; - cálculo das prioridades médias locais (PML’s): as PML’s são as médias das linhas dos

quadros normalizados. No contexto desta metodologia, o cálculo das PML’s visam:

calcular a importância (preferência) relativa de cada Dimensão em relação ao objetivo (foco principal), aqui denotada por WDi, i = 1, ..., m.

calcular a importância (preferência) relativa dos critérios em relação à Dimensão às quais pertencem, aqui denotada por WCrij, i = 1, ..., m e j = 1, ..., n.

- cálculo das prioridades globais: no contexto da metodologia proposta, busca-se calcular a importância real dos critérios obtida por uma relação direta entre a importância relativa de cada Dimensão em relação ao foco principal e a importância relativa de cada critério em relação à Dimensão a qual se reporta, através da expressão: KCrij = WDi WCrij, i = 1, ..., m e j = 1, ..., n.

c) Verificação da consistência dos julgamentos: o ser humano tem a habilidade de estabelecer relações entre objetos ou idéias de forma que elas sejam coerentes, tal que estas se relacionem bem entre si e suas relações apresentem consistência (Saaty, 2000). Assim o método A.H.P. se propõe a calcular a Razão de Consistência dos julgamentos, denotada por RC = IC/IR, onde IR é o Índice de Consistência Randômico obtido para uma matriz recíproca de ordem n, com elementos não-negativos e gerada randomicamente. O Índice de Consistência (IC) é dado por IC = (λmáx –n)/(n-1), onde λmáx

é o maior autovalor da matriz de julgamentos. Segundo Saaty (2000) a condição de consistência dos julgamentos é RC ≤ 0,10.

(iii) Etapas referentes ao emprego do método ELECTRE TRI: o ELECTRE TRI é utilizado essencialmente em problemas de classificação de alternativas, ou seja, busca-se atribuir o desempenho das alternativas a categorias pré-definidas. O procedimento de atribuição de uma alternativa genérica ak resulta da comparação do desempenho de ak (à luz de cada critério)

com os valores padrões que definem os limites superiores e inferiores das categorias. No contexto da metodologia proposta, além dos elementos definidos na etapa (i), deve-se:: a) definir a escala de julgamento de valor do desempenho das alternativas: para avaliar o

Grau de Desempenho (GD) das alternativas à luz dos critérios, recomenda-se a utilização de uma escala tipo Likert que permite associar uma escala nominal a valores numéricos. b) definir as p categorias e as p + 1 fronteiras que delimitam tais categorias. No contexto do

problema em questão, é recomendável que cada categoria esteja associada a um de Grau de Risco que reflete o desempenho das alternativas (organizações) à luz dos critérios; c) definir os limites de preferência (pj(bh)), indiferença (qj(bh)) e de veto (vj(bh)) - o analista

de decisão deverá definir estes limites para cada fronteira e para cada critério.

d) definir o nível de corte (λ) - este valor é considerado como o menor valor do índice de credibilidade compatível com a afirmação de que "uma alternativa ak subordina uma

fronteira bh", isto é, σ(ak, bh) ≥ λ ⇒ akSbh, onde λ ∈ [0,5; 1]. Mais especificamente,

(4)

e) avaliação do desempenho das alternativas (organizações) à luz dos critérios: nesta etapa deve-se estabelecer o valor absoluto do Grau de Desempenho (GD) de cada organização à luz de cada critério, considerando a escala de julgamento de valor definida em (a). Como o processo de avaliação das organizações é realizado in loco, é recomendável o emprego de um formulário de avaliação que contenha a descrição de cada critério e a escala de julgamentos de valor. (É importante ressaltar que este processo de avaliação diferencia-se do processo de avaliação característico do método A.H.P., que utiliza julgamentos entre cada par de alternativas - julgamentos paritários - para estabelecer a intensidade de preferência de uma alternativa em relação à outra).

f) utilizar a importância real de cada critério (KCrij , i = 1, ..., m e j = 1, ..., n.), obtida

através do emprego do método A.H.P. na etapa (ii).

Segundo Mousseau e Slowinski (1998), o algoritmo para determinar o índice σ(ak, bh)

consiste nestas etapas (as formulações para cálculo podem ser obtidas em Yu (1992)): - cálculo do índice de concordância parcial cj(ak, bh), ∀j ∈ F:

- cálculo do índice de concordância global c (ak, bh).

- cálculo dos índices de discordância dj (ak, bh), ∀j ∈ F.

- cálculo do índice de credibilidade σ(ak, bh) da relação de subordinação.

Após calcular os índices σ(ak, bh) e σ(bh, ak), utiliza-se um nível de corte λ ∈[0.5, 1], para

determinar as relações de preferência através da condição: σ(ak, bh) ≥ λ ⇒akSbh. Dois

procedimentos de atribuição são então utilizados: o procedimento pessimista e o otimista. O procedimento pessimista compara o desempenho ak sucessivamente a bi, i = p, p-1, ..., 0.

Sendo bh o primeiro valor limite tal que akSbh, atribuir ak à categoria Ch+1. Se bh-1 e bh são os

valores do limite inferior e superior da categoria Ch, este procedimento atribui ak a mais alta

categoria Ch tal que ak subordina o valor bh-1 (akSbh-1). Por outro lado, o procedimento otimista

compara o desempenho ak sucessivamente a bi, i= 1, 2, .., p. Sendo bh o valor limite tal que bhPak, deve-se atribuir ak à categoria Ch. Este procedimento atribui ak à categoria Ch mais

inferior, para a qual o valor do limite superior bh é preferido a ak (bhPak).

(iv) Análise multicritério: esta análise é realizada a partir dos resultados obtidos através do emprego do método ELECTRE TRI. Tais resultados são:

a) a classificação das alternativas – através do emprego de dois procedimentos de classificação (pessimista e otimista). Como o problema abordado está relacionado a avaliação e classificação de organizações quanto aos riscos em ambientes de trabalho, é recomendável que o procedimento de classificação possua uma atribuição pessimista. b) a identificação de incomparabilidades – nesta etapa identificam-se as divergências entre

os resultados fornecidos pelos procedimentos de classificação, existentes apenas quando o desempenho de uma alternativa é incomparável a um ou vários padrões estabelecidos. c) a identificação dos Índices (ou graus) de credibilidade – obtenção dos índices (ou graus)

de credibilidades σ(ak, bh) e σ(bh, ak), σ∈ [0, 1] que expressam a intensidade que uma

alternativa subordina uma determinada fronteira à luz de todos os critérios (e vice-versa), considerando as noções de concordância e de discordância.

3. Descrição do experimento e análise dos resultados

Nesta seção são apresentadas as etapas da realização de um experimento de acordo com a metodologia proposta. A seguir apresentam-se as etapas e os resultados:

(i) Estruturação do problema: de acordo com a metodologia proposta, foram definidos: a) o objetivo do estudo - este experimento buscou avaliar e classificar postos de revenda de

combustíveis automotivos quanto aos riscos presentes no ambiente de trabalho, considerando critérios relevantes. Segundo Lainha e Haddad (2003), postos de revenda de combustíveis são estabelecimentos comerciais que se destinam principalmente a abastecer veículos automotores, dotados em sua maioria de tanques de gasolina, óleo diesel e álcool, com capacidade de armazenagem, via de regra, enterrados no local.

(5)

O Ministério do Trabalho e Emprego (2006) através da Norma Regulamentadora NR-4 classifica as atividades econômicas de acordo com o Grau de Risco, que varia de 1 (mínimo) a 4 (máximo). Segundo esta classificação, os empreendimentos dotados de tanques subterrâneos para armazenamento e comércio a varejo de combustíveis apresentam em sua totalidade um grau de risco 3, o que mostra a periculosidade e a insalubridade desta atividade aos trabalhadores e a segurança pública.

b) os atores - como este estudo possui caráter experimental, os três atores principais (analista de decisão, avaliador e decisor) foram constituídos pelo mesmo indivíduo. Contudo, ressalta-se que tal ator possui conhecimentos a respeito dos métodos de auxílio à decisão multicritério utilizados e também dos conceitos básicos em Higiene e Segurança do Trabalho, fato que proporciona maior confiabilidade à análise.

c) as alternativas – neste experimento, considerou-se organizações do município de Campos dos Goytacazes/RJ. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (2006), este município possui 158 postos revendedores de combustíveis automotivos distribuídos em 11 bandeiras (incluindo a bandeira branca). Assim, optou-se por realizar o experimento em apenas postos de bandeira branca (posto de revenda sem fornecedor fixo dos combustíveis). Foram escolhidos aleatoriamente 16 postos, logo A = {a1, a2, ..., a16}. d) os critérios - estes foram agrupados em ‘Dimensões’ denotadas por Di, i = 1, ..., 5, onde i

representa cada risco presente no ambiente de trabalho de acordo com a Norma Regulamentadora NR-9 (Tabela A.1, no Anexo). Assim, o conjunto de critérios será formado pela união dos conjuntos das Dimensões: F’= D1∪D2∪D3∪D4∪D5, onde:

D1 ={Cr11, Cr12, Cr13, Cr14, Cr15, Cr16, Cr17}, D2 ={Cr21, Cr22, Cr23, Cr24, Cr25, Cr26},

D3 ={Cr31, Cr32, Cr33, Cr34, Cr35}, D4 ={Cr41, Cr42, Cr43} e D5 ={Cr51, Cr52, Cr53, Cr54}. (ii) Etapas referentes ao emprego do método A.H.P: nesta seção são apresentados os

resultados do emprego do método A.H.P no âmbito da metodologia proposta.

a) Construção da hierarquia: após a identificação do foco principal, das alternativas e dos critérios, a estrutura hierárquica para o experimento pode ser visualizada na figura 1.

D im e n sã o 1 D im e n sã o 2 D im e n são 3 D im e n sã o 4 D im e n sã o 5 C r1 1 ... C r1 7 C r2 1 ... C r2 6 C r3 1 ... C r3 5 C r4 1 ... C r4 3 C r5 1 .. C r5 4

A ltern ativ a 1 A ltern ativ a 2 A lte rn ativ a 3 ... A lte rn ativ a 1 6 A v aliaç ã o e C la ssifica ç ão d a s O rg an iza ç õ e s Q u a n to ao s R isc o s A m b ien tais

Figura 1 - Estrutura Hierárquica para o experimento

b) Definição de prioridades e verificação da consistência dos julgamentos: nesta etapa utilizou-se a escala de julgamentos de valor sugerida por Saaty para a proceder os julgamentos paritários (vide tabela 2). A partir destes julgamentos, foram calculados: - a importância relativa de cada Dimensão em relação ao foco principal, denotada por

WDi, i = 1, ..., 5. Na tabela 2 nota-se que a Dimensão D1 (Riscos Químicos) é a que apresenta maior importância relativa (WD1 = 0,463), seguida pela Dimensão D3 (Riscos de Acidentes), pois WD3 = 0,280. A Dimensão D5 (Riscos Biológicos) apresenta menor importância relativa. Entretanto, é notório que as importâncias relativas variem de acordo com o objeto de estudo.

- a importância relativa dos critérios em relação à Dimensão às quais pertencem - na tabela 2 observa-se que, à luz da Dimensão D1, destacam-se os critérios Cr15 e Cr17. Na Dimensão D3 sobressaem-se as importâncias relativas dos critérios Cr32 e Cr34, (respectivamente, WCr32 = 0,420 e WCr34 = 0,260). Nas demais Dimensões, destacam-se as importâncias relativas dos critérios Cr25, Cr26, Cr42, Cr43, Cr51 e Cr54.

(6)

- a importância real dos critérios – a tabela 2 apresenta os valores obtidos que caracterizam a importância real dos critérios (estes valores serão utilizados no método ELECTRE TRI), obtidos pela expressão KCrij = WDi WCrij, i = 1, ..., m e j = 1, ..., n.

Nesta tabela, observa-se que os critérios de maior relevância pertencem às Dimensões

D e D . É importante notar que o somatório das importâncias reais deve ser igual a 1. 1 3

Tabela 2 - Julgamentos paritários, importâncias relativas e razões de consistência

Foco Principal D1 D2 D3 D4 D5 WDi (PML’s) D1 1 4 3 5 6 0,463 D2 1/4 1 1/4 1 3 0,107 D3 1/3 4 1 4 5 0,280 D4 1/5 1 1/4 1 3 0,101 D5 1/6 1/3 1/5 1/3 1 0,049 Razão de Consistência = 0,052 Σ = 1,000 Risco Químico (D1) Cr11 Cr12 Cr13 Cr14 Cr15 Cr16 Cr17 WCrij (PML’s) KCrij Cr11 1 3 6 1 ¼ 5 ¼ 0,127 0,059 Cr12 1/3 1 5 1/3 1/5 4 1/5 0,078 0,036 Cr13 1/6 1/5 1 1/6 1/6 1/3 1/6 0,028 0,013 Cr14 1 3 6 1 ¼ 5 ¼ 0,127 0,059 Cr15 4 5 6 4 1 6 1 0,299 0,138 Cr16 1/5 ¼ 3 1/5 1/6 1 1/6 0,041 0,019 Cr17 4 5 6 4 1 6 1 0,299 0,138 Razão de Consistência = 0,089 Σ= 1,000 Σ= 0,462 Risco Físico (D2) Cr21 Cr22 Cr23 Cr24 Cr25 Cr26 WCrij (PML’s) KCrij Cr21 1 3 2 1/2 1/4 1/3 0,103 0,011 Cr22 1/3 1 1/2 1/3 1/6 1/4 0,048 0,005 Cr23 1/2 2 1 1/4 1/5 1/4 0,064 0,007 Cr24 2 3 4 1 1/3 1/2 0,163 0,017 Cr25 4 6 5 3 1 2 0,380 0,041 Cr26 3 4 4 2 1/2 1 0,241 0,026 Razão de Consistência = 0,028 Σ= 1,000 Σ= 0,107 Risco de Acidente (D3) Cr31 Cr32 Cr33 Cr34 Cr35 WCrij (PML’s) KCrij Cr31 1 1/5 1/3 1/2 1/4 0,054 0,015 Cr32 5 1 4 2 4 0,420 0,118 Cr33 3 1/4 1 1/4 1/3 0,096 0,027 Cr34 4 1/2 4 1 2 0,260 0,073 Cr35 4 1/4 3 1/2 1 0,170 0,048 Razão de Consistência = 0,061 Σ= 1,000 Σ= 0,281 Risco Ergonômico (D4) Cr41 Cr42 Cr43 WCrij (PML’s) KCrij Cr41 1 1/3 1/4 0,123 0,012 Cr42 3 1 1/2 0,320 0,032 Cr43 4 2 1 0,557 0,056 Razão de Consistência = 0,016 Σ= 1,000 Σ= 0,100 Risco Biológico (D5) Cr51 Cr52 Cr53 Cr54 WCrij (PML’s) KCrij Cr51 1 3 4 2 0,460 0,023 Cr52 1/3 1 3 1/2 0,180 0,009 Cr53 1/4 1/3 1 1/3 0,088 0,004 Cr54 1/2 2 3 1 0,272 0,013 Razão de Consistência = 0,033 Σ= 1,000 Σ= 0,049

c) Verificação da consistência dos julgamentos: os resultados apresentados na tabela 2 revelam que todos os julgamentos podem ser considerados consistentes (RC ≤ 0,10).

(7)

(iii) Determinação da escala de avaliação das alternativas – objetivando avaliar as organizações quanto a presença de riscos de ambientes de trabalho, optou-se por uma escala de valores do tipo Likert de 5 pontos (valores de 0 a 4). De acordo com a natureza do critério, a organização deverá ser avaliada em termos de freqüência ou em termos de desempenho. A tabela 3 apresenta a escala utilizada.

Frequência Sempre Muitas Vezes Às Vezes Poucas Vezes Nunca

Desempenho Muito Bom Bom Regular Ruim Muito Ruim

GD 4 3 2 1 0

Tabela 3 - Escala para avaliação das alternativas

(iv) Etapas referentes ao emprego do método ELECTRE TRI: no âmbito da metodologia proposta foram realizadas as seguintes etapas, a fim de utilizar o método ELECTRE TRI: a) definição das categorias de classificação e fronteiras: Para a determinação das categorias

de classificação, optou-se pela adaptação da tabela de probabilidade de ocorrência e severidade das conseqüências, utilizada por empresas da área petroquímica. Foram definidas cinco categorias (I, II, III, IV e V) em ordem decrescente de preferência e os valores-limite que delimitam duas categorias consecutivas. As tabelas 4 e 5 apresentam, respectivamente, a descrição conceitual das categorias, a identificação de suas respectivas fronteiras e os limites que as delimitam (Para estes valores optou-se por mantê-los constantes em todos os critérios).

Cat. Descrição das categorias para classificação de riscos em ambientes (condições ambientais) de trabalho

I

Risco Desprezível: Ambiente com probabilidade de incidentes operacionais que podem causar

indisposição ou mal-estar ao pessoal e danos insignificantes ao meio-ambiente e equipamentos (sem necessidade de reparos). Incidentes que não provocam distúrbios no processo de produção.

II

Risco Baixo: Ambiente com probabilidade de incidentes operacionais que podem causar danos

menores ao pessoal e ao meio-ambiente e equipamentos (facilmente reparáveis e de baixo custo). Incidentes que causam algum distúrbio no processo de produção.

III

Risco Moderado: Ambiente com probabilidade de incidentes operacionais que podem causar

danos significativos ao pessoal e ao meio-ambiente e equipamentos (controláveis e de baixo custo). Incidentes que causam distúrbios significativos ao processo produtivo e perdas relevantes.

IV

Risco Sério: Ambiente com probabilidade de incidentes com potencial para causar uma ou

algumas vítimas fatais ou grandes danos ao meio ambiente ou às instalações. Exige ações corretivas imediatas para evitar seu desdobramento em catástrofe. Severas perdas de produção.

V Risco Crítico: Ambiente com probabilidade de incidentes com potencial para causar várias vítimas fatais. Danos irreparáveis às instalações.

Tabela 4 - Descrição das Categorias de classificação - Adaptado de Morgado (2000)

Valores das fronteiras de cada critério

D1 D2 ... D5 Categorias e Fronteiras Classificação do Risco Cr11 Cr12 ... Cr17 Cr21 Cr22 ... Cr28 ... Cr51 Cr52 ... Cr54 I Desprezível Fronteira 3,5 3,5 ... 3,5 3,5 3,5 ... 3,5 ... 3,5 3,5 ... 3,5 II Baixo Fronteira 2,5 2,5 ... 2,5 2,5 2,5 ... 2,5 ... 2,5 2,5 ... 2,5 III Moderado Fronteira 1,5 1,5 ... 1,5 1,5 1,5 ... 1,5 ... 1,5 1,5 ... 1,5 IV Sério Fronteira 0,5 0,5 ... 0,5 0,5 0,5 ... 0,5 ... 0,5 0,5 ... 0,5 V Crítico

(8)

b) definição dos limites de preferência (p), indiferença (q) e veto (v) - objetivando tratar as situações de hesitação e imprecisão presentes nos julgamentos e considerando a amplitude da escala adotada, neste artigo, para todos os critérios foram definidos os valores de p = q = 0,50. Além disso, o limite de veto não foi implementado, pois em nenhum critério uma eventual variabilidade no desempenho das alternativas seria capaz de inviabilizar uma alternativa em detrimento a outra;

c) definição do Nível de corte (λ) – neste experimento considerou-se um valor de λ = 0,71 (este valor permitiu detectar incomparabilidades sem, entretanto, perder o rigor no processo de classificação das alternativas).

d) Avaliação do Grau de Desempenho (GD) das alternativas à luz de cada critério: o desempenho das organizações foi obtido a partir de observações in loco e através do preenchimento de um formulário (Tabela A.1, no Anexo) elaborado com o auxílio de um Técnico em Segurança do Trabalho. A tabela A.2 apresenta estes valores.

(v) Análise multicritério: Os Graus de Desempenhos das alternativas (postos de revenda de combustíveis automotivos) à luz dos critérios e os parâmetros definidos nas etapas anteriores foram empregados na implementação do método ELECTRE TRI com o objetivo de atribuir cada alternativa a uma categoria de classificação pré-definida. Os resultados estão descritos a seguir:

a) Classificação das alternativas – embora esteja disponível a classificação das alternativas segundo os dois procedimentos de atribuição (pessimista e otimista), a natureza do problema de classificação de alternativas quanto aos riscos de ambientes de trabalho sugere uma análise mais exigente e conservadora. Neste sentido, considera-se como resultado deste experimento a classificação obtida pelo procedimento pessimista. Desta forma, de acordo com a tabela 6, observa-se que a1 foi a alternativa de melhor desempenho global (à luz de todos os critérios), sendo a única alternativa atribuída à categoria I (ou seja, o ambiente de trabalho deste posto de revenda de combustível oferece risco desprezível aos trabalhadores, meio-ambiente e equipamentos). Analogamente, 38% das alternativas (a2, a3, a6, a7, a9, a15) foi atribuído à categoria II (Risco Baixo), sendo este Grau de Risco até certo ponto aceitável segundo o ponto de vista operacional.

Entretanto, os resultados revelam que um grande percentual de postos de revenda (50%) foi atribuído à categoria III (Risco Moderado). Apesar do termo ‘Risco Moderado’ transpassar a idéia de ser mediano ou até certo ponto aceitável, conceitualmente este Grau de Risco estabelece a probabilidade de ocorrência incidentes que podem causar danos significativos ao pessoal e ao meio-ambiente e equipamentos – fato este que deve ser constatado pela administração do posto de revenda com o intuito de providenciar medidas corretivas. Contata-se que a alternativa a13 foi atribuída à categoria IV (Risco Sério), cabendo à administração deste posto medidas corretivas e preventivas urgentes. Finalmente, destaca-se que nenhuma alternativa foi atribuída à categoria V (Risco Crítico).

Classificação Pessimista Classificação Otimista

Cat. Alternativas % Alternativas % I a1 6% a1 6% II a2, a3, a6, a7, a9, a15 38% a2, a3, a4, a5, a6, a7, a8, a9, a10, a12, a15 69% III a4, a5, a8, a10, a11, a12, a14, a16 50% a11, a13, a14, a16 25% IV a13 6% --- 0% V --- 0% --- 0%

(9)

b) Identificação de incomparabilidades – A tabela 7 apresenta as relações de preferência obtidas neste experimento, dentre as quais identificam-se algumas relações de incomparabilidade (R). Identifica-se as relações de incomparabilidade quando alternativas são atribuídas a categorias diferentes segundo os procedimentos de atribuição pessimista e otimista (vide tabela 6). Segundo Mousseau e Slowinski (1998), os procedimentos de atribuição são diferentes, sendo possível que estes venham a atribuir algumas alternativas a diferentes categorias. Em geral, a divergência entre os procedimentos existe somente quando o desempenho de uma alternativa é incomparável a um ou vários padrões. Segundo Costa e Freitas (2005), a dupla classificação indica a existência de incoerências no sistema de classificação, devendo este ser revisto caso se deseje uma classificação isenta de incomparabilidades. É importante notar que este é um indicativo importante, não apresentado em sistema tradicionais de classificação, como a média ponderada. Finalmente ressalta-se que existe a hipótese (ainda em fase de investigação e verificação) de que desempenhos muito discrepantes de uma alternativa à luz de diversos critérios também podem contribuir para existência de incomparabilidades.

ak bh b4 b3 b2 b1 Relações de Preferência

a1 f f f I Sejam ak uma alternativa genérica e bh uma fronteira genérica.

a2 f f f p a3 f f f p

a4 f f R p akSbh ⇒ ak subordina bh se σ(ak, bh) ≥ λ, onde λ ∈ [0,5; 1] a5 f f R p

a6 f f f p

a7 f f f p akf bh (ak é preferível à bh) ⇒ ak subordina bh e bh não subordina ak a8 f f R p

a9 f f f p

a10 f f R p akp bh (ak não é preferível à bh) ⇒ ak não subordina bh e bh subordina ak a11 f f p p

a12 f f R p

a13 f R p p ak I bh (ak e bh são equivalentes) ⇒ ak subordina bh e bh subordina ak a14 f f p p

a15 f f I p

a16 f f p p akRbh (ak e bh são incomparáveis) ⇒ ak não subordina bh e bh não subordina ak

Tabela 7 - Relações de preferência obtidas no experimento

c) Índices de credibilidade - a análise destes índices pode fornecer informações adicionais e importantes para o decisor. Os índices de credibilidade σ(ak, bh), σ∈ [0, 1], expressam a

intensidade com que uma alternativa subordina uma determinada fronteira à luz de todos os critérios, considerando as noções de concordância e de discordância. Por exemplo, o índice σ(a11, b4) = 1,000 expressa a total credibilidade de que a alternativa a11 possui desempenhos ao menos tão bons (iguais ou melhores) quanto os valores da fronteira b4 quando todos os critérios são considerados. De forma complementar, o índice σ(b4, a11) = 0,395 indica que existe um (ou mais) critério(s) em que a11 possui desempenhos iguais aos valores de b4. Além disso, valores intermediários de σ (valores entre 0 e 1) indicam o enfraquecimento da noção de concordância, ou seja, quanto menor o índice σ(ak, bh),

maior é o número de critérios em que ak não é melhor que bh. Por exemplo, o índice

σ(a11, b2) indica que existem critérios em que a fronteira b2 apresenta desempenho melhor que a11 (a11 não subordina b2 e a11 é subordinada por b2). A tabela 8 apresenta os demais índices.

(10)

Matriz de Credibilidade (Postos Revendedores – Todas as Dimensões) b4 b3 b2 b1 b4 b3 b2 b1 b4 b3 b2 b1 1.000 0.873 0.814 0.778 1.000 0.812 0.771 0.608 1.000 0.713 0.686 0.598 a1 0.186 0.222 0.564 1.000 a7 0.229 0.392 0.556 1.000 a12 0.314 0.402 0.477 1.000 1.000 0.863 0.827 0.618 1.000 0.830 0.666 0.601 1.000 0.539 0.416 0.342 a2 0.173 0.382 0.608 1.000 a8 0.334 0.399 0.566 1.000 a13 0.584 0.658 0.869 1.000 1.000 0.922 0.727 0.470 1.000 0.886 0.787 0.411 1.000 0.817 0.593 0.447 a3 0.273 0.530 0.538 1.000 a9 0.213 0.589 0.684 1.000 a14 0.407 0.553 0.711 1.000 1.000 0.768 0.624 0.405 1.000 0.872 0.500 0.365 1.000 0.882 0.771 0.618 a4 0.376 0.595 0.672 1.000 a10 0.501 0.635 0.674 1.000 a15 0.229 0.382 0.864 1.000 1.000 0.753 0.668 0.444 1.000 0.886 0.605 0.365 1.000 0.886 0.637 0.573 a5 0.332 0.556 0.666 1.000 a11 0.395 0.635 0.711 1.000 a16 0.363 0.427 0.855 1.000 1.000 0.886 0.754 0.673 a6 0.246 0.327 0.463 1.000

Tabela 8 - Matriz dos Graus de Credibilidade – Todas as Dimensões

4. Considerações finais

O problema de avaliação e classificação dos riscos existente nos ambientes de trabalho é de grande importância para organizações que primam pela integridade da vida humana, do meio-ambiente e das organizações. Em geral, tal problema é caracterizado pela presença de um grande número de fatores, aspectos e critérios que devem ser considerados no processo decisório.

Neste contexto, a abordagem multicritério proposta apresenta-se como uma ferramenta simples, viável e alternativa aos procedimentos usuais utilizados para avaliação e classificação de riscos em ambientes de trabalho. Através do experimento realizado foi possível constatar que: (i) O emprego do método A.H.P. contribuiu para uma melhor compreensão do relacionamento

entre Dimensões e critérios envolvidos no problema decisório (através da construção da hierarquia), além de incorporar um tratamento da subjetividade e imprecisão presente na etapa de avaliação da importância relativa das Dimensões e dos critérios (através do cálculo das prioridades e verificação da consistência dos julgamentos);

(ii) O emprego do método ELECTRE TRI permitiu atribuir os desempenhos dos postos de revenda de combustíveis automotivos a uma das categorias de classificação do ‘Grau de Risco’ pré-definidas, além de identificar a existência de relações de incomparabilidade. Devido à natureza do problema (classificação de riscos), neste experimento somente foram considerados os resultados da classificação segundo o procedimento pessimista. Entretanto, situações de incomparabilidade indicam a existência de incoerências no sistema de classificação. Além disso, a identificação de incomparabilidades é um indicador importante, não apresentado em sistema tradicionais de classificação, como a média ponderada.

Finalmente, vale ressaltar que este artigo buscou trazer para discussão e investigação na comunidade científica um tema que é de suma importância para empresas e organizações que convivem diariamente com situações de risco em ambientes de trabalho. Sem perda de contexto ou generalidade, este artigo buscou investigar o emprego da abordagem proposta na avaliação e classificação do desempenho de postos revendedores de combustíveis automotivos, embora tal abordagem possa ser satisfatoriamente utilizada na avaliação e classificação de riscos em ambientes de trabalho de empresas de outros ramos.

5. Referências

Agência Nacional do Petróleo – ANP (2006). Anuário Estatístico de 2005. Disponível em http://www.anp.gov.br. Acesso em 20 de março de 2006.

Costa, H.G. (2002) Introdução ao Método de Análise Hierárquica – Análise Multicritério no Auxílio à Decisão, Niterói; Biblioteca da Escola de Engenharia e Instituto de Computação da Universidade Federal Fluminense.

(11)

Costa, H.G. e Freitas, A.L.P. (2005) Aplicação do método ELECTRE TRI à classificação da

satisfação de clientes. Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão, Portugal-Brasil, v.4, n.4, p.66-76.

Lainha, M.A.J. e Haddad, E. (2003). Sistema integrado de gestão para prevenção, preparação e resposta aos acidentes com produtos químicos: manual de orientação/CETESB. São Paulo: CETESB: OPAS/OMS.

Mattar, F. N. (1996). Pesquisa de Marketing. São Paulo: Editora Atlas.

Ministério do Trabalho e Emprego (2006). Disponível em http://www.mtb.gov.br. Acesso em 06/03/2006.

Morgado, C.R.V (2000). Gerência de riscos. Rio de Janeiro: SEGRAC – Núcleo de Pesquisa em Engenharia de Segurança, Gerenciamento de Riscos e Acessibilidade na UFRJ.

Mousseau, V. e Slowinski, R. (1998). Inferring an ELECTRE TRI Model from Assignment Examples. Journal of Global Optimization, n.º 12, pp. 157 – 174.

Saaty, T.L. (2000). Decision making for leaders. Pittsburg, USA: WS. Publications.

Yu, W. (1992). ELECTRE TRI, aspects méthodologiques et guide d´utilisation. Document du

Lamsade, nº 74,Université de Paris: Dauphine.

ANEXO

Neste anexo são apresentadas a descrição das Dimensões e critérios de avaliação (tabela A.1) e os Graus de Desempenho obtidos pelas alternativas (Tabela A.2).

GD

Cod Descrição

0 1 2 3 4

D1 Riscos Químicos

Cr11Uso dos óculos de segurança

Cr12Uso do protetor facial

Cr13Uso de capuz de segurança ou boné

Cr14Uso de luvas de segurança ou flanelas

Cr15Uso de calçados

Cr16Uso de avental

Cr17Uso do conjunto de segurança formado por calça e blusa

D2 Riscos Físicos

Cr21Conservação do piso

Cr22Condição de iluminação artificial dos locais de trabalho

Cr23Conservação da cobertura

Cr24Destino dos resíduos sólidos

Cr25Escoamento de água e resíduos sólidos do local de trabalho

Cr26Emissão de efluentes domésticos/sanitários

D3 Riscos de Acidentes

Cr31Sinalizações das ações perigosas

Cr32Descarga dos líquidos inflamáveis de caminhões tanques

Cr33Condições de segurança do veículo de transporte dos combustíveis

Cr34Procedimento para evitar e combater incêndios

Cr35Prevenção e detecção de vazamentos de combustíveis em tanques

D4 Riscos Ergonômicos

Cr41Condições para descanso dos trabalhadores que realizam suas atividades de pé

Cr42Preservação da integridade física e mental dos trabalhadores

Cr43Fornecimento dos equipamentos e ferramentas usadas pelos trabalhadores no ambiente de trabalho

D5 Riscos Biológicos

Cr51Existência e condições de uso de lavatórios, vasos sanitários, mictório e chuveiros.

Cr52Condições de higiene e de limpeza dos locais onde se encontram as instalações sanitárias

Cr53Condições de higiene e de limpeza dos depósitos de produtos

Cr54Condições de higiene e de limpeza do local onde os funcionários realizam suas refeições Tabela A.1 - Descrição das Dimensões e dos critérios de avaliação

(12)

Alternativas (Postos de revenda de combustíveis automotivos)

a1 a2 a3 a4 a5 a6 a7 a8 a9 a10 a11 a12 a13 a14 a15 a16

Cr11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Cr12 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 Cr13 0 3 2 4 4 4 3 4 4 4 4 4 4 4 3 3 Cr14 1 0 1 2 2 1 0 1 2 2 2 4 2 2 0 1 Cr15 4 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 3 4 3 3 Cr16 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 D1 Cr17 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 3 4 3 3 Cr21 4 4 2 4 4 4 2 3 1 4 3 0 1 1 4 3 Cr22 4 4 2 4 3 4 2 2 2 3 3 3 3 1 4 3 Cr23 4 4 3 3 4 4 3 3 2 3 3 4 2 2 4 3 Cr24 3 2 2 2 2 3 2 3 3 1 2 3 1 2 2 2 Cr25 3 4 4 2 3 4 1 2 1 1 2 0 1 1 4 3 D2 Cr26 3 3 2 3 2 3 3 3 3 4 3 3 3 2 3 3 Cr31 3 2 2 1 0 4 0 2 1 1 1 1 0 0 2 2 Cr32 4 4 4 0 0 4 4 4 2 1 1 4 0 3 3 4 Cr33 4 4 4 3 4 4 4 4 2 1 1 4 0 3 3 4 Cr34 4 2 2 1 1 1 2 1 2 1 2 0 1 0 2 1 D3 Cr35 3 3 2 2 2 3 2 3 2 2 1 0 0 1 3 3 Cr41 4 2 1 2 1 2 3 3 3 1 1 1 1 1 2 1 Cr42 2 2 1 2 3 3 3 1 1 1 1 2 0 1 2 1 D4 Cr43 3 2 1 1 2 2 3 0 2 0 1 2 3 1 1 1 Cr51 4 4 2 4 3 4 4 3 3 2 2 4 3 2 4 2 Cr52 4 4 2 2 3 3 2 3 2 1 2 3 2 2 4 2 Cr53 2 2 2 3 2 3 3 2 3 2 2 3 2 2 2 1 Desempe n ho das alter n ativas à luz dos cr itérios D5 Cr54 4 4 2 3 2 2 3 3 3 0 2 3 3 3 4 1

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