Relatório e Contas
Banco BIC Investimento
Fundo de Investimento Mobiliário Aberto
Fundo Harmonizado
30 de Junho de 2014
Dunas Capital – Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Sede: Av. da Liberdade, 229 – 3º Andar, 1250-142 Lisboa
Telefone: +351 214 200 530 • Fax: +351 214 200 559 Capital Social: 1.206.000 euros
Número único de registo e de pessoa coletiva: 506 292 622
RELATÓRIO DE GESTÃO SEMESTRAL
30 DE JUNHO DE 2014
1.
CARATERIZAÇÃO DO FUNDO
1.1.
HISTORIAL E OBJETIVO DO FUNDO
A denominação do Fundo é “Banco BIC Investimento – Fundo de Investimento Mobiliário Aberto”, adiante designado por Fundo.
A sua constituição foi autorizada por deliberação do Conselho Diretivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários em 22 de Novembro de 2012, por tempo indeterminado, tendo iniciado a sua atividade em 4 de Janeiro de 2013.
Constituiu-se como um Fundo de Investimento Mobiliário Aberto Misto de Obrigações, tendo desde o dia 9 de Setembro de 2013 assumido a forma de Fundo de Investimento Mobiliário Aberto nos termos do nº 2 do artº 2º do Regulamento da CMVM nº 5/2013.
O Fundo é administrado pela Dunas Capital – Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. e a entidade depositária dos valores mobiliários é o Banco BIC Português, S.A.. As entidades comercializadoras são a Dunas Capital – Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário S.A., na sua sede na Av. da Liberdade nº 229 – 3º andar em Lisboa, o depositário, Banco BIC Português S.A., na sua sede na Avenida António Augusto de Aguiar, 132 em Lisboa, bem como nos seus balcões e centros de empresa e o Best – Banco Electrónico de Serviço Total, S.A., nos Centros de Investimento BEST que são agências do Banco BEST e através dos canais de comercialização à distância: por Internet através do sítio www.bancobest.pt e por serviço telefônico 707 246 707.
O Fundo tem como principal objetivo proporcionar aos seus participantes o acesso a uma carteira diversificada de ativos com diferentes graus de risco sendo indicado para aplicações numa ótica de médio/longo prazo.
1.2.
POLÍTICA DE INVESTIMENTO
O Fundo poderá investir em simultâneo em diversos tipos de instrumentos financeiros tais como: obrigações (taxa fixa e variável), ações, ativos de curto prazo, designadamente certificados de depósito, depósitos e aplicações nos mercados interbancários, bilhetes do tesouro, papel comercial, outros instrumentos de dívida de natureza equivalente e unidades de participação de fundos de investimento.
O Fundo apenas investirá em obrigações e ativos de curto prazo que se encontrem denominados em euro e apenas poderá investir um máximo de 20% do seu valor líquido global em ações, unidades de participação ou outros instrumentos financeiros derivados cujo ativo subjacente seja equivalente a ações ou índices de ações sedeados na Europa.
O Fundo investirá preferencialmente em ativos denominados em euros podendo contudo investir os seus capitais em instrumentos denominados em divisas diferentes do euro, e poderá ou não efetuar a cobertura do risco cambial inerente a valores expressos noutras divisas através de instrumento adequado, sendo que a exposição ao risco cambial será delimitada a 5% do valor líquido global do Fundo.
1.3.
PERFIL DO INVESTIDOR
O Fundo adequa-se a Clientes com perfil de risco moderado, que numa perspetiva de médio / longo prazo pretendem rentabilizar a sua carteira através da exposição a várias classes de ativos estando dispostos a tolerar flutuações no capital. O prazo de investimento mínimo recomendado é de dois anos.
1.4.
BENCHMARK (PARÂMETRO DE REFERÊNCIA)
O Fundo tem como benchmark a Euribor 3M + 1%.
A taxa Euribor 3 meses é a taxa de juro de referência para o Euro utilizada nos mercados financeiros e reconhecida como representativa das condições de mercado, fixada diariamente para o prazo de 3 meses.
1.5.
POLÍTICA DE EXECUÇÃO DE OPERAÇÕES E TRANSMISSÃO DE ORDENS
A Sociedade Gestora encontra-se sujeita ao dever de assegurar as melhores condições na execução de todas as operações, tomando sempre em consideração todos os fatores considerados relevantes para se assegurar o melhor resultado possível para o Fundo.
1.6.
VALORIZAÇÃO DOS ATIVOS DO FUNDO
Os ativos encontram-se valorizados de acordo com as regras de valorimetria estabelecidas no ponto 3.2. do Capítulo II do prospeto completo do Fundo, as quais se encontram descritas na Nota 4 do Anexo às Demonstrações Financeiras.
1.7.
CONDIÇÕES DE INVESTIMENTO
O montante mínimo de subscrição foi, até 19 de Agosto de 2013, de 1.000 EUR.
Após esta data este montante foi reduzido por forma a aproximar o seu valor ao praticado por outros concorrentes no mercado. As condições de investimento em vigor são as que seguidamente se apresentam:
Subscrição inicial 500 EUR Prazo Liq. Subscrição D+1 Investimentos adicionais 100 EUR Prazo Liq. Resgate D+3
Subscrição 0% Gestão Fixa 1%
Resgate 0% Variável *
Depositário 0,20%
Condições de Investimento em 30 de Junho de 2014
Comissões
* 10% a incidir sobre a valorização positiva do Fundo face ao benchmark com high w ater mark, ou seja, quando a rendibilidade do FUNDO exceda na data do seu aniversário, a Euribor 3M + 1% apurada no início do Fundo e posteriormente em cada ano após a constituição do FUNDO.
2.
EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE DO FUNDO
2.1.
ENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO
A economia mundial manteve, na primeira metade de 2014, um padrão de crescimento moderado e baixa inflação, com algumas divergências entre os principais blocos económicos. Os dados do comércio mundial continuam a indiciar a manutenção deste ritmo de actividade.
Fonte: Eurostat
Os EUA exibem, uma vez mais, o melhor conjunto de indicadores de entre todas as grandes economias desenvolvidas. Apesar de uma forte contração do produto registada no 1º trimestre (0.5%), fruto de condições atmosféricas extremas, a economia recuperou, naturalmente, no 2º trimestre apresentando um cresimento de 1% em cadeia o que conduziu a uma variação positiva do PIB no 1º semestre de 0.5% (2% em termos anualizados). O mercado de trabalho continua a evidenciar francos sinais de melhoria, tendo sido criados cerca de 233 mil postos de trabalho/mês, embora se verifique alguma dificuldade de emprego em pessoas com qualificações desajustadas às necessidades do mercado e se registe uma evolução salarial muito ténue face à atual taxa de desemprego (6.1%). A inflação permanece contida (1,5% medida pelo core PCE- personal
consumption expenditure) ficando abaixo do target de 2% definido pela Federal Reserve “FED”.
A União Europeia continua a denotar sinais de problemas estruturais em alguns dos mais importantes Estados-Membros. Depois de um 2º semestre de 2013 mais animador e de um início de ano razoável, em que o PIB cresceu 0.2% a economia da zona euro “ZE” voltou a estagnar no 2º trimestre. A contribuição de França e Itália, respectivamente 2ª e 3ª economias da ZE explicam em grande parte o, fraco e persistente, desempenho do maior bloco económico mundial. Note-se que França e Itália apenas conseguiram, no último ano, uma uníca variação trimestral positiva no produto. Pelo contrário, é de realçar a performance de Espanha que consegue crescer nos quatro últimos trimestres, registando variações positivas de 0,4% e 0,6% nos que a este ano dizem respeito. É certo que o esforço de consolidação das contas públicas que se tem levado a cabo em muitos países tem consequências no investimento público e no rendimento dísponivel das famílias mas os problemas europeus parecem ultrapassar claramente estas questões conjunturais. A inflação medida pelo HICP core (índice de preços ao consumidor harmonizado) foi de 0.9% em junho (1% em 2013), denotando uma clara e preocupante tendência de queda e encontrando-se, manifestamente, abaixo do objetivo estabelecido pelo Banco Central Europeu “BCE” (próximo mas abaixo de 2%”).
A situação do mercado de trabalho será seguramente o tema mais preocupante para a zona euro, com a taxa de desemprego a atingir em Dezembro 11,6% (11,9% no 4ºT 2013) interrompendo uma trajetória ascendente de cinco anos. Aqui surgem, no entanto, alguns sinais animadores com uma lenta estabilização dos níveis de
Fonte: Eurostat
Tambem nesta matéria, o desempenho no seio da zona euro foi, uma vez mais, bastante heterogéneo, em função dos diferentes pontos de partida em termos de competitividade e os diferentes graus de necessidade de ajustamento. Num extremo, a Alemanha tem uma taxa de desemprego de 5,1% e a Austria 4,7% enquanto no polo oposto, os países da periferia apresentam valores altíssimos e insustentáveis do ponto de vista social: Itália 12,6%, Espanha 25,1%, Portugal 14,5% e França 10,1%.
Por outro lado, grande parte do esforço de consolidação já foi realizada pela maioria dos estados-membros, pelo que a política fiscal deixará de ter um contributo negativo para o crescimento económico, particularmente nos países do Sul. A evolução do Euro nos mercados cambiais será um factor determinante, no curto-prazo, para dinamizar as exportações nos países do sul da Europa, embora a tese sobre uma eventual sobrevalorização do euro não seja facilmente defensável face ao significativo excedente comercial que a ZE apresenta em termos agregados.
A crise entre a Rússia e a Ucrânia terá seguramente efeitos bastante adversos para as economias de ambos os países mas a sua intensidade, ramificações e danos colaterais são, para já, difíceis de antever e quantificar. A situação no Brasil mantem-se difícil, tendo o país entrado em recessão técnica no 1º semestre do ano após registar dois trimestres consecutivos de contração do produto (-0,2% no 1ºT e -0,6% no 2ºT)
A China parece aceitar agora crescimentos ligeiramente abaixo dos anteriores referenciais, tendo aumentado o seu produto em mais de 7% mas permanecendo envolta numa teia de suspeição no que concerne ao seu sistema financeiro e mercado imobiliário.
2.2.
MERCADO MONETÁRIO / BANCOS CENTRAIS
A manutenção da generalidade das taxas diretoras muito perto de zero, bem como a utilização, numa escala sem precedentes, de medidas não convencionais, continuam a caraterizar as politicas monetárias dos principais bancos centrais.
O FED manteve as suas taxas diretoras inalteradas no intervalo de 0% a 0.25% e continuou a expandir o seu balanço, no âmbito do terceiro programa de Quantitative Easing “QE3”, ainda que a um ritmo decresente. A redução, em 10 mil milhões de USD, no montante de compras mensais de títulos decidida em cada uma das quatro reuniões do Federal Open Market Comitee “FOMC” está de acordo com o calendário sugerido em Dezembro de 2013 e indica que o programa estará, essencialmente, terminado em outubro (pode ser em dezembro uma vez que o FED em junho ainda comprou 20 mil milhões USD em US Treasuries e 15 mil milhões em mortgage backed securities “MBS” e há mais quatro reuniões até ao do fim do ano). Paralelamente, o FED
continuará a reinvestir todos os montantes resultantes de vencimento dos títulos detidos, não alterando, assim, o tamanho do seu balanço. Janet Yellen, a nova presidente da FED, tem reafirmado a sua intenção de manter a suas taxas diretoras inalteradas por um período de tempo “considerável” após o fim do QE3.
Evolução do Balanço do BCE, Fed, BoJ
Fonte: Bloomberg
O forte ativismo dos bancos centrais é bem patente nas decisões tomadas em Junho pelo BCE, especialmente se considerarmos o tradicional conservadorismo desta instituição. Confrontado com um cenário de arrefecimento da atividade económica, um risco crescente de deflação e alguma disfuncionalidade nos mecanismos de transmissão de crédito o BCE anunciou um conjunto de medidas que visam combater estes problemas.
i) Cortar todas as taxas de referência, sendo que a Main Refinancing Operations “MRO” foi reduzida em 0.10% para 0.15% e a Marginal lending Facility “MLF” baixou de 0.75% para 0.4%. O corte, para um valor negativo (-0.1%), na taxa de depósitos é uma medida sem precedente na história de um banco central com este grau de importância (a Dinamarca já o tinha feito).
ii) Lançar uma série de novas operações de refinanciamento de longo-prazo (TLTRO - Targeted Longer-Term
Refinancing Operations), de periodicidade trimestral, condicionadas ao crédito concedido ao sector privado
(excluindo crédito à habitação). As duas primeiras operações terão lugar em setembro e dezembro de 2014 sendo que todas terão o seu vencimento em Setembro de 2018.
iii) Manter as MRO a taxa fixa e com alocação integral até que tal seja necessário e pelo menos até dezembro de 2016, como forma de manter as condições monetárias altamente expansionistas e controlar a volatitlidade nos mercados monetário. Suspender a esterelização da liquidez injetada ao abrigo do
Securities Market Programme “SMP”.
iv) Intensificar trabalho preparatório para o lançamento de um programa de compra de asset-backed securities “ABS”.
A Euribor a três meses terminou o semestre a 0.207% descendo cerca de 0.08% face ao fim de 2013 depois de ter tocado um máximo de 0.347% em abril.
Evolução da taxa de refinanciamento do BCE vs. Euribor a 3 meses
Fonte: Bloomberg
2.3.
MERCADO DE DÍVIDA PÚBLICA
O primeiro semestre revelou uma performance surpreendente para uma parte significativa dos analistas e investidores. Após um ano de 2013 de má memória para os mercados de divida soberana a nível mundial e expetativas generalizadas de recuperação económica e subida das yields para 2014, o menor desempenho económico, a estabilização da inflação a níveis muito baixos nos principais blocos, as intervenções dos maiores bancos centrais e alguns focos de instabilidade geopolítica (de entre os quais as tensões russo-ucranianas serão as mais relevantes) conduziram a uma descida das yields na esmagadora maioria dos países.
A expetativa do mercado quanto ao lançamento pelo BCE de um programa, em larga escala, de quantitative
JGB (divida pública japonesa) perto de 0.5% e a procura de yield por parte dos investidores provocaram uma ancoragem das taxas de juro de longo prazo em valores muito baixos. A este propósito, refira-se que a visão de uma certa “japonização” da economia europeia tem ganho partidários entre analistas e intervenientes nos mercados.
A redução dos spreads entre os países periféricos e os países do centro da Europa (“core”) foi a tendência dominante nos mercados europeus de obrigações de longo-prazo, sendo interrompida apenas por um curto período de correção em maio. Esta contração de spreads foi mais acentuada nas maturidades até 5 anos dado que o mercado assumiu como mais provável uma intervenção do BCE nesta zona da curva de rendimentos, quer no âmbito de operações de outright monetary transactions “OMT” quer através de um eventual programa de QE.
No que diz respeito aos mercados core europeus o movimento na inclinação da curva foi contrário, tendo-se registado um ligeiro flatening de cerca de 10 basis points. A curva americana teve um comportamento radicalmente diferente, em função das expetativas quanto à atuação do FED, apresentando uma subida nas
yields de 2 anos de 0,38% para 0.46% enquanto as maturidades de 5 e 10 anos registaram descidas de 0.1% e
0.45%, respetivamente.
Irlanda e Portugal terminaram com sucesso os seus programas de assistência financeira e colocaram dívida em mercado regularmente.
Spread 5 anos Alemanha vs Portugal / Espanha / Itália e Irlanda
Spread 5 anos Alemanha vs França / Espanha / Itália e Bélgica
Fonte: Bloomberg
Inclinação da curva 5/10 anos
Fonte: Bloomberg
E notório que mais uma vez as obrigações dos países periféricos geraram retornos superiores aos dos países centrais embora numa escala não comparável ao ano transato. Um início de ano muito favorável, permitiu que este grupo de paíse levasse a cabo agressivos programas de colocação de divida pública em mercado primário, reduzindo assim as necessidades de financiamento posteriores e criando um ciclo virtuoso.
Retorno no 1ºS. de 2014 dos índices EFFA de dívida pública para maturidades acima de 1 ano 4.97% 6.17% 9.00% 9.78% 15.85% 9.08% 3.27% 3.49% 0.0% 2.0% 4.0% 6.0% 8.0% 10.0% 12.0% 14.0% 16.0% 18.0%
Alemanha França Itália Espanha Portugal Irlanda EUA Reino Unido
1ºS 2014
Alemanha França Itália Espanha Portugal Irlanda EUA Reino Unido
Fonte: Dunas Capital
2.4.
MERCADO DE CRÉDITO
Tal como os mercados de dívida soberana, também os mercados de crédito apresentaram uma boa performance no 1º semestre, com retornos, medidos pelos índices Bloomberg/Effa, de 5,2% para os emitentes
high yield e de 4,72% para o cabaz de emitentes investment grade.
O baixo nível de spreads a que o mercado de crédito para os emitentes investment grade transacionava no fim de 2013 não deixava grande espaço para valorizações este ano, não sendo de espantar que o retorno para este segmento fosse próximo do verificado para a divida pública europeia na maturidade de 3 a 5 anos (4,7% vs 4,16% para o índice Effa 3-5y). A dívida pública italiana e espanhola (ambas investment grade) geraram retornos, nesta maturidade, de 6,0% e 6,5%, respectivamente.
Em termos de spreads assistimos a um estreitamento de cerca de 45bp nos Credit Default Swaps “CDS” a 5 anos em euros, no cabaz para os emitentes high yield enquanto no que concerne a empresas investment grade fechámos a 1ª metade de 2014 com os CDS em 62.2bp que comparam com os cerca de 70 em Dezembro de 2013.
Evolução dos spreads de crédito
Fonte: Bloomberg
Também os emitentes privados aproveitaram as condições de mercado para reestruturar passivos e/ou financiar antecipadamente os respetivos programas de investimento.
2.5
MERCADO ACIONISTA
Tal como os mercados de obrigações, o segmento acionista viveu um semestre com retornos postivos embora, face às expectativas no início do ano, se possa falar de uma ligeira decepção no que aos mercados europeus não periféricos diz respeito. O índice europeu Stoxx600 valorizou 4,14% e o Eurostox50 3,83%, resultados em linha com os conseguidos pelos mercados de dívida pública. Itália e Espanha tiveram excelentes performances fruto de uma significativa redução dos respetivos prémios de risco e de um maior interesse por parte de investidores não residentes. Os mercados americanos mantiveram a tendência de subida iniciada em 2009 valorizando cerca de 6%. Pela negativa, evidenciou-se o mercado japonês com uma queda de perto de 7%, mas que deve ser contextualizada após uma subida do Nikkei de cerca de 57% em 2013.
A liquidez injectada no sistema pelos principais Bancos Centrais mundiais foi, acima de tudo, canalizada para investimento em ativos financeiros. O muito baixo nível de taxas de juro de longo prazo a nível mundial tornou as ações numa classe de ativos muito competitiva, com o dividend yield a superar, em muitos casos, os yields das obrigações.
A evolução da situação económica na Europa no 1º trimestre, a percepção por parte dos investidores de que a fraqueza americana resultava de fatores temporários e a descida das yields deram um suporte inicial aos mercados acionistas. No fim do primeiro trimestre com o eclodir da situação na Ucrânia (inicialmente centrada na Crimeia) surgiu a primeira fonte de instabilidade. O comportamento dos índices periféricos é notável com Itália e Portugal a atingirem rentabilidades de cerca de 15% que não seriam, no entanto, sustentadas.
O programa de Asset Quality Review “AQR” ao qual os bancos europeus estão a ser sujeitos criou alguma incerteza em torno do sector e penalizou as cotações das ações das instituições financeiras europeias. Dado o seu peso na composição dos índices bolsistas periféricos, este facto teve uma importância decisiva na performance do 2ºT (retornos negativos em Portugal e Itália). A entrada de Itália de novo em recessão no 2ºT também explica a evolução do MIB30.
No caso Português este problema foi exponenciado pela situação vivida pelo grupo Espirito Santo. Considerando que quer o BES quer a ESFG faziam parte do PSI20 e que sofreram, neste período, quedas de
50% e 70%, respetivamente, não é muito surpreendente que o índice nacional tenha desvalorizado mais de 10% neste período, tendo fechado o semestre com uma valorização de 3,71%.
2.94% 2.95% 12.21% 10.15% 3.71% -6.93% 6.05% -0.08% -10% -05% 00% 05% 10% 15%
Alemanha França Itália Espanha Portugal Japão EUA Reino Unido
1ºS 2014
Fonte: Dunas Capital
2.6
POLÍTICA DE INVESTIMENTO DO FUNDO
A estratégia de gestão do Fundo tem-se baseado numa componente de depósitos a prazo e de papel comercial, como forma de controlar a volatilidade da carteira, uma componente de instrumentos de taxa de juro ao longo do espectro de maturidades e uma componente acionista.
O fundo manteve ao longo do 1º semestre de 2014 uma exposição significativa aos mercados periféricos (entre 20% e 25%), com uma repartição oportunística entre os vários países. A exposição a estes mercados foi drásticamente reduzida para valores próximos de 5% no período de Março/Abril por a equipa de gestão ter considerado que a relação risco/retorno já não era muito atrativa, tendo sido reposta em cerca de 25% em Maio, aproveitando a correção verificada. Em 30 de Junho a carteira incluía cerca de 4,7% de divida pública portuguesa, 8,2% de BTP´s italianos e 8% de Bonos espanhóis concentradas na maturidade de 10 anos. A equipa de gestão aproveitou a descida das taxas de juro de longo prazo no decorrer do 1ºT do ano para reduzir a grande exposição a obrigações a 10 anos emitidas pelos países europeus com rating AAA ou AA (Alemanha, Austria, Holanda, França e Bélgica) que tinha sido construída no final de 2013.
Face aos níveis muito baixos, perigosamente baixos no nosso entender, dos yields na Europa optou-se por fazer uma cobertura do risco de taxa de juro a partir do 2ºT através de uma posição curta em futuros.
A componente de ações representava em 30 de Junho perto de 16,5% da carteira, sendo 8,4% exposição a índices e cerca de 8,14% em acções individuais, muito próxima da estrutura tipo de 50/50 definida para o fundo.
2.7
EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE DO FUNDO
Em 30 de Junho de 2014, o montante sob gestão do Fundo ascendia a 21.264.509 EUR, sendo o valor da unidade de participação da categoria de 11,0604 EUR.
No que se refere às unidades de participação em circulação e seu correspondente valor unitário, de seguida apresenta-se quadro com a sua evolução mensal no ano de 2014:
Mês Valor da UP Nº de UP's Montante sob gestão Janeiro 10,8988 1.125.382,4200 12.265.324 € Fevereiro 10,9674 1.750.361,2220 19.196.994 € Março 11,0248 1.897.562,6432 20.920.378 € Abril 11,0687 2.016.182,7752 22.316.618 € Maio 11,0846 1.924.857,9342 21.336.392 € Junho 11,0604 1.922.571,8143 21.264.509 €
* Valores de final de cada mês
O quadro seguinte apresenta a evolução, desde o início do Fundo, do número de unidades de participação em circulação, do valor da unidade de participação e do número de participantes, no final de cada ano:
2013 Volum e Total sob Gestão 7.313.841,81 €
Valor das UP's 10,6784 €
Nº de UP's 684.916,4322 €
Nº de Participantes 314
Desde o início do Fundo o valor da unidade de participação teve a evolução que é descrita pelo gráfico seguidamente apresentado: 9,84 10,04 10,24 10,44 10,64 10,84 11,04 11,24 EVOLUÇÃO DA U.P
2.8.
RENDIBILIDADES E RISCO HISTÓRICO
Não são divulgados dados porque o Fundo ainda não completou um ano civil completo de atividade.
2.9.
COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA DE APLICAÇÕES EM 30 DE JUNHO DE 2014
2.10. NOTAS FINAIS
O Prospeto, o IFI (Informações Fundamentais destinadas aos Investidores) bem como o relatório anual e semestral, encontram-se à disposição de todos os interessados junto da sede da Entidade Gestora ou nos balcões do Depositário.
.
________________________________________________
O Conselho de Administração da Sociedade Gestora
Principais activos em carteira %
Divida Pública ESPANHA 2024|10|31 7,99% Divida Pública ITÁLIA 2014|03|01 7,12% Divida Pública PORTUGAL 2024|02|15 4,42% BESPL 2 5/8 2017|05|08 2,23% Refer 4,25% 2021|12|13 1,44% Total 23,21% Liquidez e Depósitos 14% Papel Comercial 4% Obrigações 17% Ações 8% Derivados Ações 8% Derivados Obrigações 48%
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Em 30 de Junho de 2014
(montantes expressos em euros)
A - Composição discriminada da carteira dos OIC
1. INSTRUMENTOS FINANCEIROS NEGOCIADOS EM MERCADO REGULAMENTADO 1.1 Mercados regulamentados nacionais
1.1.1 Títulos de dívida pública
PortOT 4,95%10/25/23 50.000 110,3 EUR 1.211 56.361 PortOT 5,65% 2/15/24 800.000 115,99 EUR 12.037 939.957 1.1.2 Outros fundos públicos e equiparados
Parpu 3,567% 9/22/20 200.000 98,7 EUR 3.954 201.360
PARPUB 3 3/4 07/05/2 100.000 98,58 EUR 0 98.581
Refer 4,25% 12/13/21 300.000 100,65 EUR 5.005 306.943 1.1.3 Obrigações Diversas
CELBI 03/21/19 200.000 101 EUR 1.642 203.642
Sonae Float 6/12/18 100.000 101 EUR 139 101.139
Verse 2,98% 02/16/18 191.771 100,75 EUR 160 193.369 1.1.4 Ações
BCP 150.000 0,19 EUR 0 28.635
BES 105.099 0,6 EUR 0 63.270
ES Saude 65.000 3,7 EUR 0 240.500
Galp Energia SGPS 3.600 13,38 EUR 0 48.168
1.3 Mercado regulamentados de Estado-Membro da UE 1.3.1 Títulos de dívida pública
BTPS 3 3/4 09/01/24 200.000 108,1 EUR 2.446 218.646 BTPS 4,50% 03/01/24 1.300.000 115,08 EUR 18.748 1.514.788 Sloven 4,625% 9/9/24 100.000 112,57 EUR 3.583 116.148 SPGB 2 3/4 10/31/24 1.700.000 99,85 EUR 1.281 1.698.646 1.3.2 Outros fundos úblicos e equiparados
Madrid 4,3% 09/15/26 100.000 108,07 EUR 2.714 110.787 1.3.3 Obrigações diversas BCPPL 3 3/8 02/27/17 100.000 102,6 EUR 819 103.423 BES 4,000% 01/21/19 200.000 97,35 EUR 2.525 197.231 BESPL 2 5/8 05/08/17 500.000 94,74 EUR 1.372 475.077 BULENR4.25% 11/07/18 200.000 100 EUR 5.025 205.027 COOPWH 2.375% 102315 100.000 97,53 EUR 1.545 99.076 EGLPL 5 1/2 04/22/19 200.000 106,05 EUR 1.496 213.596 Finme 4,500% 1/19/21 200.000 104,87 EUR 4.096 213.834
Moeda Juro Decorrido (EUR) Designação
BANCO BIC INVESTIMENTO - FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO
Quantidade Preço
A - Composição discriminada da carteira dos OIC
1. INSTRUMENTOS FINANCEIROS NEGOCIADOS EM MERCADO REGULAMENTADO 1.3 Mercado regulamentados de Estado-Membro da UE
1.3.3 Obrigações diversas (cont.)
HAA 4 3/8 01/24/17 300.000 95,56 EUR 5.272 291.955 ITCIT 6,625% 3/19/20 100.000 116,32 EUR 1.496 117.812 TItal 4,875% 9/25/20 200.000 109,03 EUR 5.984 224.036 T.Itália 4% 01/21/20 100.000 104,52 EUR 1.403 105.918 TItália 4,5% 1/25/21 100.000 106,81 EUR 1.571 108.382 1.3.4 Ações Apple GY 3.500 67,72 EUR 0 237.020 Barclays PLC 110.000 2,13 GBP 0 292.052 Commerzbank AG 6.000 11,48 EUR 0 68.880
Deutsche Bank 10.860 25,7 EUR 0 279.048
KPN koninkljke NV 30.000 2,66 EUR 0 79.830
M6-Metropole Telev. 1.100 14,84 EUR 0 16.319
Osram Licht 2.500 36,84 EUR 0 92.088
SBMO Offshore NV 8.000 11,79 EUR 0 94.280
Vivendi 3.000 17,87 EUR 0 53.610
1.5 Mercados regulamentados de Estado não membro da UE 1.5.4 Ações
Oi S.A. 220.000 0,86 USD 0 138.221
2. OUTROS VALORES
2.3 Outros Instrumentos de dívida 2.3.2 Papel comercial
Abengoa/1 95.648 EUR 1.167 96.815
Pestana SGPS/2 100.000 EUR 998 100.998
Rio Forte/44 100.000 EUR 910 100.910
SONAE CAP 1º PRG08/533 100.000 EUR 632 100.632
SONAE CAP 1º PRG08/540 100.000 EUR 278 100.278
SONAE IND 1.º 2013/12 100.000 EUR 784 100.784
SONAE IND 1.º 2013/14 200.000 EUR 1.155 201.155
7. LIQUIDEZ 7.1 À vista
7.1.2 Depósitos à ordem
BANCOESPIRITOSA 0% EUR 0 5.558
BBVA 0% EUR 0 1.000.477
BANCO BIC INVESTIMENTO - FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO
Designação Quantidade Preço
unitário Moeda
Juro Decorrido
(EUR) Valor Total (EUR) (cont.)
A - Composição discriminada da carteira dos OIC
7. LIQUIDEZ 7.1 À vista
7.1.2 Depósitos à ordem (cont.)
BCP 0% EUR 0 3.102.570 BEST 0% EUR 0 568.052 BEST .25% EUR 72 1.205.186 BIC 0% GBP 0 3.321 BIC 0% USD 0 5.815 BIC .825% EUR 599 948.754 CGD 0% EUR 0 188 MPIO 0% EUR 0 188 7.2 A prazo
7.2.1 Depósitos c/ pré aviso e a prazo
BCP 2.05% 12-02-2014 14-08-2014 EUR 1.697 301.697 BES 1.85% 27-12-2013 22-12-2014 EUR 37 200.037 BES 1.85% 29-01-2014 24-01-2015 EUR 22 300.022 BES 2.25% 12-02-2014 14-08-2014 EUR 1.863 301.863 BES 2.25% 26-02-2014 28-08-2014 EUR 558 100.558 BEST 1.75% 21-05-2014 19-08-2014 EUR 280 200.280 BEST 1.75% 21-05-2014 19-08-2014 EUR 420 300.420 BIC 2.95% 21-03-2014 21-03-2015 EUR 1.192 201.192 BIC 3.05% 21-02-2014 21-02-2015 EUR 1.574 201.574 BIC 3.1% 29-01-2014 29-01-2015 EUR 1.885 201.885 BIC 3.2% 22-01-2014 22-01-2015 EUR 2.035 202.035 BIC 3.25% 10-01-2014 10-01-2015 EUR 1.112 101.112 BIC 3.25% 10-01-2014 10-01-2015 EUR 1.112 101.112 BIC 3.25% 10-01-2014 10-01-2015 EUR 1.112 101.112 BIC 3.25% 10-01-2014 10-01-2015 EUR 1.112 101.112 BIC 3.25% 10-01-2014 10-01-2015 EUR 1.112 101.112 BIC 3.25% 21-01-2014 21-01-2015 EUR 2.080 202.080 MPIO 2.8% 05-02-2014 05-02-2015 EUR 2.436 302.436 MPIO 2.9% 12-02-2014 12-02-2015 EUR 4.002 504.002 MPIO 2.9% 19-02-2014 19-02-2015 EUR 760 100.760 MPIO 2.9% 20-03-2014 20-03-2015 EUR 592 100.592
9. OUTROS VALORES A REGULARIZAR 9.1 Valores activos
DAX 1 9859,5 EUR 1.075
FTSE/MIB 1 21303 EUR 490
Valores activos 610 EUR 461
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(cont.)
Designação Quantidade Preço
unitário Moeda
Juro Decorrido
9. OUTROS VALORES A REGULARIZAR 9.2 Valores passivos DAX 1 9859,5 EUR -188 EURBUND -5 147,01 EUR -4.200 EURBUND -3 147,01 EUR -4.050 EURBUND -3 147,01 EUR -4.620 EURBUND -2 147,01 EUR -3.000 EURBUND -2 147,01 EUR -2.960 EURBUND -1 147,01 EUR -1.460 EURBUND -3 147,01 EUR -3.720 EURBUND -2 147,01 EUR -2.440 EURBUND -5 147,01 EUR -8.800 EURBUND -2 147,01 EUR -3.360 EURBUND -3 147,01 EUR -5.010 EURBUND -5 147,01 EUR -1.100 EURBUND -2 147,01 EUR -1.340 EURBUND -2 147,01 EUR -1.460 EURBUND -2 147,01 EUR -1.580 EURBUND -2 147,01 EUR -1.580 EURBUND -5 147,01 EUR -3.800 EURBUND -5 147,01 EUR -3.950 EURBUND -2 147,01 EUR -1.920 EURBUND -2 147,01 EUR -2.340 EURBUND -3 147,01 EUR -3.510 EURBUND -2 147,01 EUR -2.960 EURBUND -5 147,01 EUR -7.050 EURBUND -2 147,01 EUR -3.120 FTSE/MIB 1 21303 EUR -1.410 FTSE/MIB 1 21303 EUR -360 FTSE/MIB 2 21303 EUR -6.553 FTSE/MIB 1 21303 EUR -3.635 FTSE/MIB 1 21303 EUR -2.060 FTSE/MIB 1 21303 EUR -1.985 FTSE/MIB 1 21303 EUR -560 FTSE/MIB 1 21303 EUR -110 FTSE/MIB 1 21303 EUR -935
IBEX35 INDX 1 10855,5 EUR -2.255
Valores passivos -276960 EUR -354.460
B - Valor Líquido Global do Fundo: 21.264.509
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(cont.)
C - Responsabilidades Extrapatrimoniais: 11. OPERAÇÕES SOBRE TAXAS DE JURO
11.1.1 Em mercado regulamentado 11.1.1.1 Futuros
EURBUND -70 147,01 EUR -10.290.700
12. OPERAÇÕES SOBRE COTAÇÕES 12.1.1 Em mercado regulamentado
12.1.1.1 Futuros
DAX 2 9859,5 EUR 492.975
FTSE/MIB 11 21303 EUR 1.171.665
IBEX35 INDX 1 10855,5 EUR 108.555
D - Número de Unidades de Participação em Circulação: 1.922.572
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(cont.)
Designação Quantidade Preço
unitário Moeda
Juro Decorrido
2013 Activo bruto Mais-valias Menos-valias Activo líquido Activo líquido
CARTEIRA DE TÍTULOS CAPITAL DO FUNDO
21 Obrigações 3 7.799.893 259.369 (29.053) 8.030.209 4.055.186 61 Unidades de participação 1 19.225.718 5.163.845
22 Acções 3 1.756.670 129.394 (154.144) 1.731.920 283.312 62 Variações patrimoniais 1 1.239.550 25.830
26 Outros instrumentos de dívida 3 795.648 - - 795.648 200.000 64 Resultados Transitados 1 372.645
-TOTAL DA CARTEIRA DE TÍTULOS 10.352.211 388.763 (183.197) 10.557.777 4.538.498 66 Resultado líquido do período 1 426.596 (16.604) TOTAL DO CAPITAL DO FUNDO 21.264.509 5.173.071 TERCEIROS
411+...+418 Outras contas de devedores 18 1.203.067 - - 1.203.067 207.534 PROVISÕES ACUMULADAS
TOTAL DOS VALORES A RECEBER 1.203.067 - - 1.203.067 207.534 481 Provisões para encargos 9 22.281
-TOTAL DE PROVISÕES ACUMULADAS 22.281 -DISPONIBILIDADES
12 Depósitos à ordem 3 8.464.684 - - 8.464.684 231.706 TERCEIROS
13 Depósitos a prazo e com pré-aviso 3 4.200.000 - - 4.200.000 400.000 421 Resgates a pagar aos participantes 20 330.434 17.886 TOTAL DAS DISPONIBILIDADES 12.664.684 - - 12.664.684 631.706 423 Comissões a pagar 20 80.673 24.487 424+...+429 Outras contas de credores 20 2.550.156 200.332 TOTAL DOS VALORES A PAGAR 2.961.263 242.705 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
51 Acréscimos de proveitos 19 71.582 - - 71.582 26.352 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
52 Despesas com custo diferido 19 47.988 - - 47.988 32.928 55 Acréscimos de custos 21 199.229 16.507
TOTAL DE ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS ACTIVOS 119.570 - - 119.570 59.280 58 Outros acréscimos e diferimentos 21 97.816 4.735 TOTAL DE ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS PASSIVOS 297.045 21.242 TOTAL DO PASSIVO 3.280.589 263.947 TOTAL DO ACTIVO 24.339.532 388.763 (183.197) 24.545.098 5.437.018 TOTAL DO CAPITAL E PASSIVO 24.545.098 5.437.018
Número total de unidades de participação em circulação 1 1.922.571,8143 516.384,4906 Valor unitário da unidade de participação 1 11,0604 10,0178
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
2013
O Anexo faz parte integrante do balanço em 30 de Junho de 2014. CÓDIGO 2014
CÓDIGO 2014
CAPITAL E PASSIVO (Montantes expressos em Euros)
ACTIVO
BANCO BIC INVESTIMENTO FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO
DESIGNAÇÃO DESIGNAÇÃO
BALANÇOS EM 30 DE JUNHO DE 2014 E 2013
OPERAÇÕES SOBRE TAXA DE JURO OPERAÇÕES SOBRE TAXA DE JURO
925 Futuros 12 10.290.700 - 925 Futuros 12 10.290.700
-OPERAÇÕES SOBRE COTAÇÕES OPERAÇÕES SOBRE COTAÇÕES
935 Futuros 22 1.773.195 225.690 935 Futuros 22 1.773.195 225.690
TOTAL DE DIREITOS 12.063.895 225.690 TOTAL DAS RESPONSABILIDADES 12.063.895 225.690
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS
DESIGNAÇÃO
CÓDIGO Notas
2013 2013
BANCO BIC INVESTIMENTO FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO BALANÇOS EM 30 DE JUNHO DE 2014 E 2013
(Montantes expressos em Euros)
DIREITOS SOBRE TERCEIROS RESPONSABILIDADES SOBRE TERCEIROS
O Anexo faz parte integrante do balanço em 30 de Junho de 2014.
CUSTOS E PERDAS CORRENTES PROVEITOS E GANHOS CORRENTES
Juros e custos equiparados Juros e proveitos equiparados
711+718 De operações correntes - - 812+813 Da carteira de títulos e outros activos 119.193 48.503
Comissões e taxas 811+814+817+818 Outros, de operações correntes 62.749 15.773
722+723 Da carteira de títulos e outros activos 4.669 1.313 Rendimentos de títulos e outros activos
724+...+728 Outras, de operações correntes 145.209 31.673 822+…824/5 Na carteira de títulos e outros activos 18.245 3.964
729 De operações extrapatrimoniais 6.271 52 Ganhos em operações financeiras
Perdas em operaçoes financeiras 832+833 Na carteira de títulos e outros activos 842.053 100.152 732+733 Na carteira de títulos e outros activos 195.375 120.288 831+838 Outras, de operações correntes 1.449 37
731+738 Outras, de operações correntes 4.256 35 839 Em operações extrapatrimoniais 291.819 8.370
739 Em operações extrapatrimoniais 357.467 6.505 Reposição e anulação de provisões
Impostos 851 Provisões para encargos 9 592.530 28.608
7411+7421 Impostos sobre o rendimento 9 220.278 33.378
7412+7422 Impostos indirectos 9 103 30 PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS
Provisões do período 888 Outros proveitos e ganhos eventuais 94
-751 Provisões para encargos 9 566.111 28.608
77 Outros custos e perdas correntes 1.797 129 TOTAL DOS PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS (D) 94
-TOTAL DOS CUSTOS E PERDAS CORRENTES (A) 1.501.536 222.011 TOTAL DOS PROVEITOS E GANHOS CORRENTES (B) 1.928.132 205.407
66 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO (se >0) 426.596 - 66 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO (se<0) - 16.604
TOTAL 1.928.132 222.011 TOTAL 1.928.132 222.011
(8x2/3/4/5)-(7x2/3) Resultados da carteira de títulos 761.202 27.054 D-C Resultados eventuais -
-8x9-7x9 Resultados das operações extrapatrimoniais (71.919) 1.813 B+D-A-C+74 Resultados antes de imposto sobre o rendimento 646.874 16.774 B-A Resultados correntes 426.596 (16.604) B+D-A-C+7411/8+7421/8 Resultado líquido do período 426.596 (16.604)
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
BANCO BIC INVESTIMENTO FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PARA O PERÍODO DE SEIS MESES FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2014 E PARA O
PROVEITOS E GANHOS CUSTOS E PERDAS 2014 DESIGNAÇÃO 2013 Nota Nota
(Montantes expressos em Euros)
PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 4 DE JANEIRO E 30 DE JUNHO DE 2013
CÓDIGO 2014 CÓDIGO 2013
O Anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados para o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2014. DESIGNAÇÃO
2014 2013 OPERAÇÕES SOBRE AS UNIDADES DO OIC
Recebimentos:
Subscrições de unidades de participação 23.745.082 8.260.587 Pagamentos
Resgates de unidades de participação (9.868.136) (3.053.027) Fluxo das operações sobre as unidades do OIC 13.876.946 5.207.560 OPERAÇÕES DA CARTEIRA DE TÍTULOS E OUTROS ACTIVOS
Recebimentos:
Venda de títulos 24.934.653 4.034.647
Reembolso de títulos e outros activos 1.621.229 750.000 Rendimento de títulos e outros activos 18.245 3.964 Juros e proveitos similares recebidos 105.982 23.848 Pagamentos:
Compra de títulos (29.882.118) (9.352.205)
Comissões de corretagem (4.669) (1.313)
Outros pagamentos relacionados com a carteira (3.086) (32.928) Fluxo das operações da carteira de títulos e outros activos (3.209.765) (4.573.986) OPERAÇÕES A PRAZO E DE DIVISAS
Recebimentos
Operações sobre cotações 248.381 8.370
Pagamentos
Operações cambiais (3.546) 3
Operações de taxa de juro (193.970)
-Operações sobre cotações - (1.770)
Outros pagamentos operações a prazo e de divisas (6.271) (52) Fluxo das operações a prazo e de divisas 44.594 6.551 OPERAÇÕES DE GESTÃO CORRENTE
Recebimentos:
Juros de depósitos bancários 43.978 12.312
Outros recebimentos correntes 94
-Pagamentos:
Comissão de gestão (54.829) (7.186)
Impostos e taxas (106.692) (13.417)
Outros pagamentos correntes (6.384) (129)
Fluxo das operações de gestão corrente (123.834) (8.420) Disponibilidades no início do período 2.076.743 -Saldo dos fluxos de caixa do período 10.587.941 631.706 Disponibilidades no fim do período 12.664.684 631.706
BANCO BIC INVESTIMENTO FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O PERÍODO DE SEIS MESES FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2014 E PARA O PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 4 DE JANEIRO E 30 DE JUNHO DE 2013
O Anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa para o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2014. DISCRIMINAÇÃO DOS FLUXOS
(Montantes expressos em Euros) INTRODUÇÃO
A constituição do “Banco BIC Investimento - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto (“Fundo” ou “OIC”), foi autorizada por deliberação do Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários de 22 de Novembro de 2012, tendo iniciado a sua actividade em 4 de Janeiro de 2013.
É um Organismo de Investimento Colectivo (OIC), constituído por tempo indeterminado, e tem como principal objetivo proporcionar aos seus participantes o acesso a uma carteira diversificada de ativos com diferentes graus de risco. O Fundo investe em simultâneo em diversos tipos de instrumentos financeiros: obrigações (taxa fixa e variável), ações, ativos de curto prazo, designadamente certificados de depósito, depósitos e aplicações nos mercados interbancários, bilhetes do tesouro, papel comercial e outros instrumentos de dívida de natureza equivalente e unidades de participação de fundos de investimento. O Fundo investirá preferencialmente em obrigações e activos de curto prazo que se encontrem denominados em Euros.
No seguimento da entrada em vigor do Regulamento da CMVM n.º 5/2013, de 7 de Setembro, o Fundo alterou a sua designação de “Banco BIC Investimento - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto Misto de Obrigações” para a designação atual.
O Fundo é administrado, gerido e representado pela Dunas Capital - Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.. As funções de banco depositário são exercidas pelo Banco BIC Português, S.A. (Banco BIC).
BASES DE APRESENTAÇÃO
As demonstrações financeiras foram preparadas com base nos registos contabilísticos do OIC, mantidos de acordo com o Plano de Contas dos Organismos de Investimento Colectivo, estabelecido pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, e regulamentação complementar emitida por esta entidade na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo Decreto-Lei n.º 252/2003, de 17 de Outubro.
As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano de Contas dos Organismos de Investimento Colectivo. As notas cuja numeração se encontra ausente não são aplicáveis, ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas.
1. CAPITAL DO OIC
O capital do OIC está formalizado através de unidades de participação, com caraterísticas iguais e sem valor nominal, as quais conferem aos seus titulares o direito de propriedade sobre os valores do OIC, proporcionalmente ao número de unidades que representam. O valor da unidade de participação para efeitos de constituição do Fundo foi de dez Euros.
O valor da unidade de participação para efeitos de subscrição e de resgate é o valor da unidade de participação que vier a ser apurado no fecho do dia do pedido e divulgado no dia seguinte, pelo que o mesmo é efetuado a preço desconhecido.
(Montantes expressos em Euros)
O movimento ocorrido no capital do OIC durante o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2014, apresenta o seguinte detalhe:
Valor Diferença Resultado Número de unitário da Valor para o valor Resultados líquido do unidades de unidade de base base transitados período Total participação participação Saldos em 31 de Dezembro de 2013 6.849.164 92.033 - 372.645 7.313.842 684.916,4322 10,6784 Subscrições 21.567.047 2.139.285 - - 23.706.332 2.156.704,6469 10,9919 Resgates (9.190.493) (991.768) - - (10.182.261) (919.049,2648) 11,0791
Resultados transitados - - 372.645 (372.645) - -
-Resultado líquido do período - - - 426.596 426.596 - -Saldos em 30 de Junho de 2014 19.225.718 1.239.550 372.645 426.596 21.264.509 1.922.571,8143 11,0604
Em 30 de Junho de 2014, existiam 29.833 unidades de participação com pedidos de resgate em curso, no montante de 330.434 Euros (Nota 20).
Em 30 de Junho de 2014, foram subscritas 3.503 unidades de participação, as quais se encontravam pendentes de emissão, no montante de 38.750 Euros (Nota 20).
O valor líquido global do OIC, o valor de cada unidade de participação e o número de unidades de participação em circulação no último dia de cada mês no período de seis meses findo em 30 de Junho de 2014 foram os seguintes:
Valor líquido Valor da Número de unidades de
Meses global do Fundo unidade de participação participação em circulação
Janeiro 12.265.324 10,8988 1.125.382,4200 Fevereiro 19.196.994 10,9674 1.750.361,2220 Março 20.920.378 11,0248 1.897.562,6432 Abril 22.316.618 11,0687 2.016.182,7752 Maio 21.336.392 11,0846 1.924.857,9342 Junho 21.264.509 11,0604 1.922.571,8143
Em 30 de Junho de 2014, o número de participantes em função do Número de Unidades de Participação do Fundo apresentava o seguinte detalhe:
Superior a 25% -Entre 10% e 25% 1 Entre 5% e 10% 1 Entre 2% e 5% 1 Entre 0,5% e 2% 22 Até 0,5% 1.110 --- Total de participantes 1.135 ====
(Montantes expressos em Euros)
3. CARTEIRA DE TÍTULOS E DISPONIBILIDADES
O detalhe da carteira de títulos em 30 de Junho de 2014 é apresentado no Anexo I.
O movimento ocorrido nas rubricas de disponibilidades durante o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2014 foi o seguinte:
Depósitos à ordem
Depósitos a prazo
e com pré-aviso Total
Saldos em 31 de Dezembro de 2013 1.476.743 600.000 2.076.743
. Aumentos 6.987.941 3.600.000 10.587.941
. Reduções - -
-Saldos em 30 de Junho de 2014 8.464.684 4.200.000 12.664.684
Em 30 de Junho de 2014, os depósitos à ordem (essencialmente denominados em Euros) encontram-se domiciliados nas seguintes instituições:
Millenium BCP 3.102.570 Banco BIC 2.582.536 Best 1.773.166 BBVA 1.000.477 Outras instituições 5.935 --- 8.464.684 ======== Em 30 de Junho de 2014, os depósitos à ordem junto do Banco BIC venciam juros à taxa EONIA acrescida de 0,8%.
Na mesma data, os depósitos a prazo (todos denominados em Euros) encontram-se domiciliados nas seguintes instituições: Banco BIC 1.500.000 Montepio 1.000.000 BES 900.000 Outras instituições 800.000 --- 4.200.000 ======== Em 30 de Junho de 2014, os depósitos a prazo venciam juros à taxa média anual bruta de 2,60%.
(Montantes expressos em Euros)
4. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras, foram as seguintes:
a) Especialização
O OIC regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização, sendo reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento.
Os juros corridos relativos a títulos adquiridos são registados na rubrica “Despesas com custo diferido” (Nota 19), atendendo a que a periodificação dos juros a receber é efetuada apenas a partir da data de aquisição dos respetivos títulos.
b) Reconhecimento de juros de aplicações
Os juros das aplicações são reconhecidos na demonstração dos resultados do período em que se vencem, independentemente do momento em que são recebidos. Os juros são registados pelo montante bruto, sendo o respetivo Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) reconhecido na demonstração dos resultados do período na rubrica “Impostos sobre o rendimento” (Nota 9).
c) Rendimento de títulos
A rubrica de rendimento de títulos e outros ativos corresponde a dividendos, os quais são registados na demonstração dos resultados do período em que são recebidos ou quando o emitente procede à sua divulgação.
d) Carteira de títulos
As compras de títulos são registadas, na data da transação, pelo seu valor efetivo de aquisição. Os valores mobiliários em carteira são avaliados ao seu valor de mercado, ou presumível de mercado, de acordo com as seguintes regras:
i) Os valores mobiliários admitidos à cotação ou negociação em mercados regulamentados são valorizados diariamente com base na última cotação disponível no momento de referência. Caso não exista cotação nesse dia, utiliza-se a última cotação de fecho conhecida, desde que a mesma se tenha verificado nos últimos quinze dias;
ii) A partir de 29 de Novembro de 2013 (inclusive), os valores representativos de dívida não cotados ou cujas cotações não sejam consideradas representativas do seu presumível valor de realização, são valorizados com base nas ofertas de compra firmes ou, na impossibilidade da sua obtenção, ao valor médio das ofertas de compra “BID” difundidas pelos sistemas internacionais de informação de cotações, tais como, a Bloomberg (ao valor médio das ofertas de compra e venda “MID” até aquela data). Alternativamente, a cotação pode ser obtida através de modelos teóricos de avaliação de obrigações; e
iii) Os outros valores representativos de dívida de curto prazo, na falta de preços de mercado, são valorizados com base no reconhecimento diário do juro inerente à operação.
(Montantes expressos em Euros)
As mais ou menos-valias líquidas apuradas de acordo com as políticas contabilísticas definidas anteriormente, são reconhecidas na demonstração dos resultados do período nas rubricas de “Ganhos/Perdas em operações financeiras na carteira de títulos”, por contrapartida das rubricas “Mais-valias” e “Menos-valias” do ativo.
Para efeitos da determinação do custo dos títulos vendidos é utilizado o critério FIFO. e) Valorização das unidades de participação
O valor da unidade de participação é calculado diariamente nos dias úteis e determina-se pela divisão do valor líquido global do OIC pelo número de unidades de participação em circulação. O valor líquido global do OIC corresponde ao somatório das rubricas de unidades de participação, variações patrimoniais e resultado líquido do período.
A rubrica "Variações patrimoniais" resulta da diferença entre o valor de subscrição ou resgate relativamente ao valor base da unidade de participação na data de subscrição ou resgate, respetivamente.
f) Comissão de gestão
A comissão de gestão corresponde à remuneração da sociedade responsável pela gestão do património do OIC. De acordo com o regulamento de gestão do OIC, esta comissão apresenta uma componente fixa calculada diariamente, por aplicação de uma taxa anual de 1% sobre o valor global do OIC, sendo a sua liquidação efectuada trimestralmente, e uma componente variável de 10% a incidir sobre a valorização positiva do Fundo face ao benchmark. Esta comissão é devida quando a rendibilidade do Fundo exceda na data do seu aniversário, a Euribor 3 Meses +1,00% apurada em cada ano após a constituição do Fundo.
Caso a rendibilidade não seja atingida num determinado período, não havendo direito à cobrança da comissão de performance, no período seguinte esta será apurada relativamente ao objetivo traçado, acrescentando-lhe ainda a obrigatoriedade de recuperar a diferença para o objetivo não alcançado no período anterior e assim sucessivamente.
Nos termos do Regulamento de Gestão do Fundo a Sociedade Gestora renunciou à cobrança da componente variável da comissão de gestão que eventualmente lhe fosse devida relativamente ao primeiro ano de actividade do Fundo. Em 30 de Junho de 2014, a comissão de gestão variável registada pelo Fundo ascendia a 29.922 Euros.
A comissão de gestão é registada na rubrica “Comissões – Outras, de operações correntes” da demonstração dos resultados, por contrapartida da rubrica “Comissões a pagar” do balanço.
g) Comissão de depósito
A comissão de depósito corresponde à remuneração do banco depositário. De acordo com o regulamento de gestão do OIC, esta comissão é calculada diariamente, por aplicação de uma taxa anual de 0,20% sobre o valor global do OIC, sendo a sua liquidação efetuada trimestralmente. A comissão de depósito é registada na rubrica “Comissões – Outras, de operações correntes” da demonstração dos resultados, por contrapartida da rubrica “Comissões a pagar” do balanço.
(Montantes expressos em Euros) h) Taxa de supervisão
A taxa de supervisão devida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, constitui um encargo do OIC, sendo calculada por aplicação de uma taxa sobre o valor global do OIC no final de cada mês e registada na rubrica “Comissões e taxas – Outras de operações correntes”. A taxa mensal aplicável ao OIC é de 0,0133‰, com um limite mensal mínimo e máximo de 100 Euros e 10.000 Euros, respetivamente.
Nos termos da Portaria n.º 913-I/2003, de 30 de Agosto, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 1018/2004 (2ª Série), de 17 de Setembro, o OIC esteve isento de taxa de supervisão nos primeiros seis meses de atividade.
i) Operações com contratos de “Futuros”
As posições abertas em contratos de futuros, realizados em mercados organizados, são refletidas em rubricas extrapatrimoniais. Estas operações são valorizadas diariamente, com base nas cotações de mercado, sendo os lucros e prejuízos, realizados ou potenciais, reconhecidos como proveito ou custo nas rubricas “Ganhos/Perdas em operações financeiras – Em operações extrapatrimoniais”.
A margem inicial, bem como os eventuais reforços do seu valor (ajustamentos de cotações) são registados na rubrica “Disponibilidades – Depósitos à ordem”.
j) Operações em moeda estrangeira
Os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos em Euros com base nos câmbios oficiais de divisas do dia divulgados a título indicativo pelo Banco de Portugal. As diferenças resultantes da reavaliação cambial são refletidas na demonstração dos resultados do período. Os proveitos e custos relativos às transações em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem.
9. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
Em conformidade com o Artigo 22º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, os rendimentos obtidos pelos fundos de investimento mobiliário, são tributados da seguinte forma:
. Os juros de valores mobiliários e outros valores representativos de dívida de emitentes nacionais, bem como os juros de depósitos bancários em instituições de crédito no país são tributados por retenção na fonte à taxa de 28%. Adicionalmente, os juros de valores mobiliários e outros valores representativos de dívida de emitentes estrangeiros são tributados autonomamente à taxa de 20% e os juros de depósitos bancários em instituições de crédito estrangeiras são tributados autonomamente à taxa de 25%;
. O diferencial positivo entre o valor de reembolso de obrigações ou de outros títulos de dívida de emitentes nacionais e o seu valor de aquisição é tributado autonomamente à taxa de 25% (20% para obrigações e outros títulos de dívida de emitentes estrangeiros);
. As mais-valias realizadas em ações, em contratos de futuros, em obrigações e em outros instrumentos de dívida, obtidas em território português ou fora dele, são tributadas autonomamente à taxa de 25% sobre a diferença positiva entre as mais-valias e as menos-valias obtidas em cada ano;
(Montantes expressos em Euros)
. Os dividendos recebidos de empresas estrangeiras são tributados em 20% sobre o respetivo valor ilíquido. Ao imposto devido sobre esses rendimentos pode ser deduzido um crédito de imposto correspondente ao imposto pago no estrangeiro relativamente aos rendimentos em causa. Existindo uma convenção para eliminar a dupla tributação celebrada por Portugal e o país onde os rendimentos são obtidos que não exclua os fundos de investimento, o crédito de imposto não pode exceder o imposto pago nesse país nos termos previstos pela convenção;
. Os dividendos recebidos de empresas nacionais são tributados à taxa de 28%;
. Os ganhos realizados em operações cambiais a prazo são tributados à taxa de 28% quando obtidos em território nacional, e à taxa de 25%, quando resultem de operações com não residentes. Os ganhos para efeitos fiscais são calculados com base na diferença entre as taxas spot e forward contratadas no início das operações.
Em 30 de Junho de 2014, a rubrica de “Impostos” apresenta a seguinte composição: Impostos sobre o rendimento pagos em Portugal:
- Mais-valias na carteira 169.307
- Juros da carteira de títulos 28.333
- Juros de depósitos a prazo 13.148
- Juros de depósitos à ordem 4.531
- Dividendos 1.031
- Outros 185
--- 216.535
Impostos sobre o rendimento pagos no estrangeiro – Dividendos 3.743
--- 220.278 ---
Impostos indirectos pagos no estrangeiro - Imposto do Selo 103
--- 220.381 =======
No seguimento das alterações fiscais decorrentes da entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2013, nomeadamente do fim da isenção de tributação das mais-valias realizadas pelos Fundos de Investimento Mobiliário em ações detidas há mais de um ano e em obrigações e outros instrumentos de dívida, a CMVM veio estabelecer no dia 7 de Fevereiro de 2013 a obrigatoriedade do registo de impostos diferidos passivos sobre as mais-valias potenciais líquidas geradas nas diversas categorias de títulos após 1 de Abril de 2013, utilizando como referência o valor pelo qual os títulos se encontravam inscritos no balanço em 31 de Março de 2013, independentemente da existência, ou não, de mais ou menos valias potenciais líquidas geradas até aquela data. Relativamente às mais-valias líquidas geradas até 31 de Março de 2013, o respetivo impacto fiscal apenas será reconhecido quando os títulos forem alienados. Deste modo, para os títulos adquiridos e para os títulos em carteira com mais-valias potenciais líquidas geradas após 1 de Abril de 2013, o Fundo passou a registar impostos diferidos passivos sobre aquelas mais-valias assumindo a compensação de mais e menos-valias potenciais entre ações e obrigações e a alienação destas últimas antes da sua maturidade. Os impostos diferidos passivos representam um encargo para o Fundo e são registados na demonstração dos resultados nas rubricas “Provisões do período – Provisões para encargos” ou “Reposição e anulação de provisões – Provisões para encargos”, por contrapartida da rubrica do balanço “Provisões para encargos”. No período de seis meses findo em 30 de Junho de 2014, o movimento ocorrido na rubrica “Provisões para encargos” foi como segue:
(Montantes expressos em Euros)
Saldo Saldo
Inicial Aumentos Reposições Final
Provisões para encargos 48.700 566.111 (592.530) 22.281
11. EXPOSIÇÃO AO RISCO CAMBIAL
Em 30 de Junho de 2014, o Fundo detinha depósitos à ordem em USD e em GBP, nos montantes de 5.815 Euros e 30.682 Euros, respetivamente.
Naquela data, não existem operações de cobertura de risco cambial em aberto.
12. EXPOSIÇÃO AO RISCO DE TAXA DE JURO
Em 30 de Junho de 2014, os prazos residuais até à data de vencimento dos ativos com taxa de juro fixa apresentam a seguinte composição:
Maturidade Valor de balanço
Até 1 ano 5.124.581 De 1 a 3 anos 960.523 De 3 a 5 anos 800.017 De 5 a 7 anos 952.838 Superior a 7 anos 5.013.832 --- Total 12.851.791 ========
Naquela data, o Fundo detém os seguintes contratos de futuros em aberto para cobertura do risco de taxa de juro dos ativos anteriormente referidos:
Tipo de Compra/ Valor de Valor
Contrato Quantidade Venda mercado nocional Exposição
EURBUND 70 Venda 147 1.000 10.290.700
======== Em 30 de Junho de 2014, a rubrica “Outros acréscimos e diferimentos do passivo” inclui o efeito da reavaliação negativa dos contratos de futuros em vigor, no montante de 79.330 Euros (Nota 21).
13. EXPOSIÇÃO AO RISCO DE COTAÇÕES
A composição da carteira de ações em 30 de Junho de 2014 é apresentada no Anexo I. Naquela data, o Fundo não detém posições de cobertura em aberto em contratos de futuros de cotações.
(Montantes expressos em Euros) 15. ENCARGOS IMPUTADOS
Os encargos imputados ao OIC no período de seis meses findo em 30 de Junho de 2014, apresentam a seguinte composição:
% Valor médio líquido
Encargos Valor global do Fundo
Comissão de gestão fixa 91.698 1,00%
Comissão de depósito 18.340 0,20%
Taxa de Supervisão 1.560 0,02%
Custos de auditoria 3.690 0,04%
Publicações 1.193 0,01%
Total de custos imputados ao Fundo 116.481
Valor médio líquido global do Fundo 18.438.175
Taxa de encargos correntes (TEC) 1,27%
As taxas acima apresentadas estão numa base anualizada.
18. OUTRAS CONTAS DE DEVEDORES
Em 30 de Junho de 2014, o saldo desta rubrica refere-se a vendas de títulos cuja liquidação financeira ocorreu nos primeiros dias de Julho de 2014.
19. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS ACTIVOS
Em 30 de Junho de 2014, esta rubrica tem a seguinte composição: Acréscimos de proveitos:
. Juros da carteira de títulos (Nota 3) 43.459
. Juros de disponibilidades 28.123
--- 71.582 --- Despesas com custo diferido:
. Juros da carteira de títulos (Nota 3) 47.988
--- 119.570 ======
(Montantes expressos em Euros) 20. TERCEIROS - PASSIVO
Em 30 de Junho de 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:
Resgates a pagar aos participantes (Nota 1) 330.434
--- Comissão de gestão 54.295 Comissão de depósito 21.825 Custos de auditoria 3.690 Taxa de supervisão 863 --- 80.673 --- Outras contas credoras:
. Operações a liquidar 2.497.879
. Subscrições a emitir (Nota 1) 38.750
. Impostos a regularizar 12.334 . Publicações 1.193 --- 2.550.156 --- 2.961.263 ========
A rubrica “Resgate a pagar aos participantes” refere-se aos resgates realizados nos dias 26, 27 e 30 de Junho de 2014 que se encontravam pendentes de liquidação financeira.
A rubrica “Operações a liquidar” corresponde ao montante a pagar resultante da compra de títulos cuja liquidação financeira ocorreu nos primeiros dias de Julho de 2014.
(Montantes expressos em Euros)
21. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS PASSIVOS
Em 30 de Junho de 2014, esta rubrica tem a seguinte composição: Acréscimos de custos:
. Imposto sobre mais-valias na carteira de títulos 169.307
. Comissão de gestão 29.922
--- 199.229 --- Outros acréscimos e diferimentos:
. De operações sobre taxa de juro (Nota 12) 79.330
. De operações sobre cotações (Nota 22) 18.486
--- 97.816 --- 297.045 ======= O saldo da rubrica “Imposto sobre mais-valias na carteira de títulos” refere-se ao imposto a liquidar resultante das mais-valias realizadas na carteira de títulos.
22. EXPOSIÇÕES EM ABERTO EM CONTRATOS DE FUTUROS DE COTAÇÕES Em 30 de Junho de 2014, o Fundo detém os seguintes contratos de futuros em aberto:
Tipo de Compra/ Valor de Valor
Contrato Quantidade Venda mercado nocional Exposição
FTSE/MIB 11 Compra 21.303 5 1.171.665 DAX 2 Compra 9.860 25 492.975 IBEX35 1 Compra 10.856 10 108.555 --- 1.773.195 ========
Em 30 de Junho de 2014, a rubrica “Outros acréscimos e diferimentos do passivo” refere-se ao efeito da reavaliação negativa dos contratos de futuros em vigor, no montante de 18.486 Euros (Nota 21).
(Montantes expressos em Euros)
ANEXO I
BANCO BIC INVESTIMENTOFUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO INVENTÁRIO DA CARTEIRA DE TÍTULOS EM 30 DE JUNHO DE 2014
(Montantes expressos em Euros)
Custo de Mais Menos Valor de Juro Valor de aquisição valias valias mercado corrido balanço
(Nota 19) Valores Mobiliários Cotados:
Mercado de Bolsa Nacional Títulos de Dívida Pública
Obrigações
PortOT 5,65% 2/15/24 930.132 - (2.212) 927.920 12.037 939.957 PortOT 4,95%10/25/23 44.788 10.363 - 55.150 1.211 56.361 974.920 10.363 (2.212) 983.070 13.248 996.318 Outros Fundos Públicos e Equiparados
Refer 4,25% 12/13/21 222.269 79.669 - 301.938 5.005 306.943 Parpu 3,567% 9/22/20 169.800 27.606 - 197.406 3.954 201.360 PARPUB 3 3/4 07/05/2 99.342 - (761) 98.581 - 98.581 491.411 107.275 (761) 597.925 8.959 606.884 Obrigações Diversas CELBI 03/21/19 199.089 2.911 - 202.000 1.642 203.642 Verse 2,98% 02/16/18 191.771 1.438 - 193.209 160 193.369 Sonae Float 6/12/18 100.200 800 - 101.000 139 101.139 491.060 5.149 - 496.209 1.941 498.150 Outros instrumentos de dívida
SONAE IND 1.º 2013/14 200.000 - - 200.000 1.155 201.155 Pestana SGPS/2 100.000 - - 100.000 998 100.998 Rio Forte/44 100.000 - - 100.000 910 100.910 SONAE IND 1.º 2013/12 100.000 - - 100.000 784 100.784 SONAE CAP 1º PRG08/533 100.000 - - 100.000 632 100.632 SONAE CAP 1º PRG08/540 100.000 - - 100.000 278 100.278 Abengoa/1 95.648 - - 95.648 1.167 96.815 795.648 - - 795.648 5.924 801.572 Acções ES Saude 211.109 29.391 - 240.500 - 240.500 BES 80.319 - (17.050) 63.270 - 63.270 Galp Energia SGPS 42.474 5.694 - 48.168 - 48.168 BCP 25.200 3.435 - 28.635 - 28.635 359.103 38.520 (17.050) 380.573 - 380.573 Mercado de Bolsa de Estados Membros UE
Títulos de Dívida Pública
SPGB 2 3/4 10/31/24 1.695.248 2.117 - 1.697.365 1.281 1.698.646 BTPS 4,50% 03/01/24 1.488.176 7.864 - 1.496.040 18.748 1.514.788 BTPS 3 3/4 09/01/24 214.270 1.930 - 216.200 2.446 218.646 Sloven 4,625% 9/9/24 106.810 5.755 - 112.565 3.583 116.148 3.504.504 17.666 - 3.522.170 26.058 3.548.228
(Montantes expressos em Euros)
ANEXO I
BANCO BIC INVESTIMENTOFUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO INVENTÁRIO DA CARTEIRA DE TÍTULOS EM 30 DE JUNHO DE 2014
(Montantes expressos em Euros)
Custo de Mais Menos Valor de Juro Valor de aquisição valias valias mercado corrido balanço
(Nota 19) Outros Fundos Públicos e Equiparados
Madrid 4,3% 09/15/26 76.750 31.323 - 108.073 2.714 110.787 Obrigações Diversas BESPL 2 5/8 05/08/17 491.402 - (17.697) 473.705 1.372 475.077 HAA 4 3/8 01/24/17 287.800 - (1.117) 286.683 5.272 291.955 TItal 4,875% 9/25/20 195.874 22.178 - 218.052 5.984 224.036 Finme 4,500% 1/19/21 195.970 13.768 - 209.738 4.096 213.834 EGLPL 5 1/2 04/22/19 200.000 12.100 - 212.100 1.496 213.596 BULENR4.25% 11/07/18 196.500 3.502 - 200.002 5.025 205.027 BES 4,000% 01/21/19 201.972 - (7.266) 194.706 2.525 197.231 ITCIT 6,625% 3/19/20 102.688 13.628 - 116.316 1.496 117.812 TItália 4,5% 1/25/21 100.181 6.630 - 106.811 1.571 108.382 T.Itália 4% 01/21/20 92.244 12.271 - 104.515 1.403 105.918 BCPPL 3 3/8 02/27/17 99.868 2.736 - 102.604 819 103.423 COOPWH 2.375% 102315 96.750 781 - 97.531 1.545 99.076 2.261.249 87.594 (26.080) 2.322.763 32.602 2.355.365 Acções Barclays PLC 332.589 10.086 (50.623) 292.052 - 292.052 Deutsche Bank 348.962 - (69.915) 279.048 - 279.048 Apple GY 187.436 49.584 - 237.020 - 237.020 Oi S.A. 146.475 2.259 (10.513) 138.221 - 138.221 SBMO Offshore NV 97.211 - (2.931) 94.280 - 94.280 Osram Licht 89.847 2.240 - 92.088 - 92.088 KPN koninkljke NV 70.409 9.421 - 79.830 - 79.830 Commerzbank AG 54.527 14.353 - 68.880 - 68.880 Vivendi 56.723 - (3.113) 53.610 - 53.610 M6-Metropole Telev. 13.387 2.932 - 16.319 - 16.319 1.397.567 90.874 (137.094) 1.351.347 - 1.351.347 10.352.211 388.763 (183.197) 10.557.777 91.447 10.649.224