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Crise política e o fim de uma aliança: análise das propagandas partidárias do PT e PMDB em 2015 e

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Crise política e o fim de uma aliança: análise das propagandas partidárias do PT e PMDB em 2015 e 20161

Vinícius Borges Gomes2 Luiz Ademir de Oliveira3 Universidade Federal de Juiz de Fora Resumo

A crise política vivenciada no Brasil, que culminou com o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República, marca o rompimento de uma aliança partidária presente no poder em mais de 13 anos: PT e PMDB. O presente artigo estuda as ênfases e narrativas construídas por estes partidos em suas Propagandas Partidárias Gratuitas (PPGs). O objeto apresenta especifidades importantes para compreender o desenvolvimento da democracia brasileira e, sobretudo, como política e comunicação têm construído interseções, mas também tensões em seus campos, cada vez mais próximos e influentes entre si.

Palavras-chave: Propaganda partidária; comunicação; política.

Introdução

A comunicação está para a política, conforme mostram o crescente número de estudos, como um campo fundamentalmente imbricado e necessário para o exercício das disputas, debates e construções coletivas. Participar da esfera pública4 requer compreender a gramática dos espaços comunicacionais, que ditam regras e estabelecem uma relação de tensão entre política e comunicação. Esses fenômenos têm se tornado objeto de ampla investigação científica.

Desse modo, a comunicação política, em particular, e a interface entre a política e os fenômenos, recursos e linguagens da comunicação de massa, em geral, despontam nas últimas décadas como uma área de interesse central para os pesquisadores de ciências políticas, comunicação, filosofia política e de outras ciências sociais (GOMES, 2004, p. 23).

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Trabalho apresentado no GP Políticas e Estratégias de Comunicação, XVI Encontro dos Grupos de Pesquisas em Comunicação, evento componente do XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.

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Mestrando na linha de Comunicação e Poder pelo Programa de Pós Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora.

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Mestre em Comunicação Social pela UFMG, mestre e doutor em Ciência Política pelo IUPERJ, docente do Curso de Comunicação Social - Jornalismo da UFSJ e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social (PPGCOM) da UFJF.

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Conceito que ganhou notoriedade a partir da obra do filósofo e sociólogo alemão Jurgen Habermas (1984) em “A mudança estrutural da esfera pública”. O autor mostra a importância da imprensa para o surgimento de uma esfera pública burguesa num contexto europeu. O termo é trabalhado ainda por vários pensadores, mas adquire em Habermas a inauguração do entendimento dos espaços comunicacionais como essenciais para a garantia de uma esfera pública onde pudessem se dar debates e busca de consensos coletivos.

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Bourdieu (1989) auxilia na compreensão do conceito de campos simbólicos. Eles constituem-se como rede de relações, sobretudo, de poder. Somente podem disputar esses poderes, entendidos e conceituados como capital, aqueles grupos ou indivíduos que pertencem a determinado campo. Desta forma, o campo político, em sua interseção com o campo comunicacional, agrega mais poder simbólico para as disputas políticas e eleitorais. Isso explica a busca por espaços nos media por candidatos, lideranças e partidos.

Estes espaços nem sempre são conquistados de forma objetiva e direta, passando por uma intensa rede de relações que garantem a participação estratégica deste ou daquele candidato e/ou partido. Por não ser tão simples, o acesso aos meios de comunicação garante não só visibilidade, mas capital político, dado seu alcance nas sociedades contemporâneas. Por isso, políticos buscam, cada vez mais, controlar concessões de radiodifusão e ter seus espaços próprios de controle (Lima, 2004).

Entretanto, existem espaços instituídos legalmente para que as entidades políticas tenham espaço e voz. Eles não se restringem ao Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral (HGPE), que garante espaços gratuitos aos partidos e candidatos em rádio e TV para apresentação de propostas nos jogos eleitorais, mas se estendem para outros modelos, que possuem grande relevância, mas são menos observados, como é o caso da Propaganda Partidária Gratuita (PPG).

As raízes desta propaganda remontam a 1965, com a Lei Orgânica dos Partidos, que concedeu o direito aos partidos políticos de transmitirem congressos e encontros em cadeias de rádio e TV. Atualmente, A lei 9.096 (1995) dispõe sobre o acesso gratuito ao rádio e à televisão. O texto delimita de forma clara a motivação para a concessão deste espaço, destacando a função de difundir os programas partidários, transmitir mensagens aos filiados sobre a execução do programa partidário, dos eventos com este relacionados e das atividades congressuais do partido, divulgar a posição do partido em relação a temas políticos-comunitários e promover e difundir a participação política feminina.

Embora, por vezes, o PPG seja relegado a um papel secundário por muitos analistas, sua relevância e incidência social tem se mostrado maior do que se supunha, especialmente no contexto de crise política vivenciado nos anos de 2015 e 2016. Os programas do Partido dos Trabalhadores (PT), por exemplo, ganharam as páginas dos jornais e a visibilidade nos demais meios de comunicação de uma forma negativa e reversa: sua exibição foi marcada por “panelaços” nos bairros nobres das principais cidades do país.

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O corpus de análise proposto neste trabalho recupera as três propagandas partidárias exibidas por PT e PMDB em 2015 e 2016. Portanto, seis programas serão analisados com bases em suas principais ênfases, partindo de critérios trazidos por Tenório (2011) e inferências sobre a narrativa construída pelos mesmos no contexto de crise política e rompimento da aliança. Num contexto de crescimento exponencial do número de partidos5, estudar esse produto comunicacional também ajuda a entender o quadro partidário do país e a implicações comunicacionais sobre eles.

Comunicação e Política: tensões e congruências

Se há uma centralidade da comunicação para a política, em que a primeira imprime toda uma série de ritos, linguagens e fundamentos das quais a segunda se apropria, o que também é recíproco, é preciso compreender algumas características que evidenciam tal fato. Miguel e Birolli (2010) apontam quatro dimensões básicas dessa relação, baseando-se na crescente midiatização da sociedade e sua relação com as disputas políticas. Os autores apontam como primeira dimensão a mídia como instrumento de contato entre a elite política e os cidadãos. Desta forma, as estruturas tradicionais de discussão política são substituídas pelas mediações dos novos meios. Gomes (2004, p. 231) ressalta que os meios de comunicação de massa se tornaram imprescindíveis para que indivíduos tomem conhecimentos sobre assuntos pontuais, o que se pode chamar de atualidade. Há, obviamente, um declínio dos partidos políticos e seu papel de catalisadores e propositores deste debate. O PPG, que é um instrumento de comunicação, acaba por se tornar um espaço de maior relevância para que partidos consigam transmitir suas mensagens a um número grande de cidadãos. Tal conceito encontra consonância com Bernard Manin (1995), que chama essa realidade de “democracia de público” em substituição à “democracia de partido”. As convenções partidárias e os processos políticos mediados pelos partidos dão lugar a novos ambientes, onde a representação terá proeminência, ocupando espaços midiáticos essenciais para os jogos políticos.

Outra dimensão apontada tem a ver com o discurso político. Ele se adapta à lógica midiática e assume novas características que se adéquam aos novos espaços de emissão. Tal observância pode ser encontrada na obra “O Estado Espetáculo” de Schwartzenberg (1978). Nele o autor apresenta como os líderes políticos buscam adaptar seus discursos à lógica midiática no que chama de star system da política. Há, por exemplo, influência do cinema,

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De acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral, o Brasil conta atualmente com 35 siglas partidárias registradas. Disponível em: http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/registrados-no-tse. Acesso em 01 de julho de 2016.

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do teatro e, mais fortemente, da TV nos processos políticos, que vão requerer papéis a serem desempenhados e representações a serem assumidas, tais como a do herói (líder mítico), do homem comum, do líder charmoso ou do avô (sábio e paternalista). Embora Schwartzenberg traga análises que vão ao encontro da observação a respeito do discurso político, Miguel e Birolli (2010), por outro lado, lembram que os meios de comunicação colocam as figuras políticas reféns da superexposição. Este fenômeno acaba por desmistificá-los, porque mostra também suas fragilidades.

A terceira dimensão apontada é a produção da agenda pública. Os temas destinados ao debate e à discussão são aqueles que permeiam o noticiário e, portanto, pautam os discursos políticos. Isso se dará no PPG, quando determinados temas, especialmente a crise política, acabam por permear os produtos. Eles, por sua vez, recorrem à mídia, referindo-se ao que foi noticiado ou estabelecendo relações de conflito quando esta ataca determinada sigla. O uso de imagens com manchetes jornalísticas parece conferir credibilidade a alguns discursos dentro dos programas. Críticas ao papel da mídia também podem ser observados, sobretudo em peças do PT, quando o partido vivencia uma grande crise de imagem e ataques negativos. Tal dimensão vai ao encontro da hipótese da agenda setting, segundo a qual os mass media acabam hierarquizando assuntos colocados em público de acordo com especificidades organizacionais e critérios de noticiabilidade. Estes temas, por sua vez, colocados em relevância, acabam por influenciar o debate dos cidadãos comuns e também dos atores políticos.

A quarta dimensão tem a ver com a gestão de visibilidade. Neste item tem-se a inversão do que ocorre na dimensão anterior: os atores políticos buscam pautar a mídia. Tenta-se, a todo custo, promover fatos políticos adequados à lógica midiática, garantindo visibilidade a determinadas lideranças e/ou grupos. No entanto, como já dito, a superexposição pode ser danosa. Por isso nem todos os políticos entendem os espaços midiáticos como espaços estratégicos. Muitos conduzem suas carreiras no anonimato, temendo que fatos negativos venham à tona e manchem sua imagem. Percebe-se, portanto, que a imagem é grande capital político. Preservá-la, expondo ou não, passa a ser uma condição importante.

Segundo Thompson (1998, p.109), hoje os políticos “devem estar preparados para adaptar suas atividades a um novo tipo de visibilidade que funciona diversamente e em níveis completamente diferentes”, uma vez que, antes do desenvolvimento da mídia, para a

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sociedade, de um modo geral, os políticos eram praticamente invisíveis, pois podiam restringir suas aparições a determinado número de pessoas, em eventos fechados.

Personalismo e Espetáculo

Schwartzenberg (1978) viu na política o novo espaço, por excelência, da representação e da substituição crescente do discurso político por um discurso moldado pela lógica espetacular. Tudo passa a ser encenado, imitado e pensado de forma estratégica mediante um público. O autor prevê a queda do conteúdo político das mensagens e vislumbra uma personalização crescente. Sendo assim, estariam os partidos relegados à uma mera função de coadjuvantes face a seus líderes?

De modo que a vedete de um filme é muito mais importante que o cenário ou a encenação. Da mesma maneira, a estrela de um partido obscurece o programa e o aparelho. Ela não está a serviço desse programa. Ela o reduz a um simples suporte, a uma mera “plataforma” para sua promoção pessoal. (SCHWARTZENBERG, 1978, p.7).

Entender até que ponto a espetacularização influencia na constituição do PPG é um dos objetivos que se apresentam neste artigo. No entanto, faz-se importante imergir neste conceito e nas suas várias nuances.

Guy Debord (1997) antevê características que se tornarão mais expressivas e proeminentes no século XXI, como a encenação e a ditadura da imagem. “A realidade surge no espetáculo e o espetáculo é real. Essa alienação recíproca é a essência e a base da sociedade existente”. (DEBORD, 1997, p. 15). Se o autor apresente a essência do espetáculo com base na sociedade, isso também se dará na política. É por isso que as dramatizações vão carregar as disputas. No lugar de debates de ideias e discussões de políticas públicas, vão aparecer conteúdos que simulam enredos de novela e cinema: disputas personalistas, ataques e maniqueísmos.

Como a lógica da comunicação, como vimos, é denominada pelo entretenimento, pela diversão e pelo drama, arte de compor entretenimento é o seu instrumento fundamental. Ao transitar no circuito da comunicação de massa - tendo se submetido, portanto, à lógica midiática – os materiais políticos tornam-se de algum modo homogêneos em relação aos outros habitantes e conteúdos da atualidade midiática e obedecem aos valores do entretenimento ali predominantes, a saber, a ruptura com a regularidade, a diversão e dramaticidade. (GOMES, 2004, p. 330).

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Afonso Albuquerque (1999), ao estudar o Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral (HGPE), observa neste espaço a proeminência da espetacularização. Ele aponta o HGPE com três funções clássicas: discussão dos problemas políticos, promoção da imagem dos candidatos e ataque aos adversários, candidatos ou não. Com exceção da primeira característica, que carrega a função mais orgânica e original de uma disputa eleitoral, as outras duas são de marca personalista e espetacular. Promover a imagem de um indivíduo significa concentrar nele toda a representação de um programa, buscando estratégias de empatia, sedução e conquista do eleitor. Quando se fala em ataques, aí está o caráter dramatúrgico, criando vilões, heróis e conceitos do que é certou ou não.

Leal (2002) afirma que o modelo americano, que concentra a disputa eleitoral na TV, tem se difundido e influenciado as disputas por todo o mundo, fomentando a chamada personalização. Rubim (2002), por sua vez, afirma que a influência midiática, por si só, não confere um caráter de espetáculo. Para ele, a disputa eleitoral tem sim a mídia como palco privilegiado e que as campanhas que se utilizam desse recurso têm grande impacto sobre os modelos tradicionais de campanha nas ruas. É interessante lembrar que, ao conceber a política, em face da centralidade midiática, corremos o risco de esquecer que há trâmites, articulações e construções políticas realizadas fora do cenário de representação. Rubim lembra que nem tudo é espetacularizado e mostrado pela política, o que também se configura como um interesse dos agentes políticos.

É por isso que, apesar do forte jogo midiático como palco e ator político nos processos políticos brasileiros, tem-se observado intensos fenômenos de participação política. Manifestações, debates, ocupações e ações políticas reforçam atividades que encontram em outros espaços, que não os midiáticos, oportunidades para expressão. A relação destes atos com a mídia é complexa, sendo ora de uso estratégico, ora de repulsa. Estudá-los também se apresenta como necessidade importante.

Programas Partidários Gratuitos: características e estratégias

O estudo do PPG ainda carece de mais estudos e investigações. Tenório (2011), ao constatar isso, buscou compreender características e possíveis ênfases predominantes na formação das peças. A partir de uma análise quantitativa, o autor busca variáveis presentes nos programas: (1) apresentador principal do programa: quem e com qual recorrência aparece em destaque no programa; (2) referências visuais: quais as referências visuais relacionadas ao partido, tais como logomarcas e bandeiras; (3) ênfases discursivas:

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características predominantes nos discursos; (4) temática dominante: quais temas foram elencados como principais e qual a recorrência deles; (5) credit-claim: quais os feitos a serem mostrados por líderes e pelo partido como carta de crédito ao cidadão; (6) ataques: a quem e que tipo de ataques foram deferidos; e (7) possível candidato: qual a presença e relevância de possíveis candidatos.

A partir dessas variáveis, o autor consegue observar cinco ênfases predominantes, que são usadas em uma análise qualitativa: (1) ênfases no partido; (2) debate de temática específica; (3) ênfase em mandatos/mandatários; (4) ataque; e (5) pré-campanha eleitoral. O autor lembra que um mesmo programa pode conter mais de uma ênfase. O artigo baseia a sua análise num olhar qualitativo, usando as cinco ênfases destacadas pelo autor e fazendo inferências gerais de acordo com o contexto histórico em que as peças foram exibidas.

Crise política no Brasil: o fim da aliança entre PT e PMDB

O PMDB tem se notabilizado por compor a base de apoio parlamentar de todos os governos nacionais desde Itamar Franco (1992-1994). Desta forma, apoiou a gestão Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), Lula (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2016).

Em 2010, o PMDB intensificou sua aliança com o PT e compôs chapa indicando o então candidato a vice Michel Temer. Dilma Rousseff foi eleita e reeleita tendo o apoio dos peemedebistas. Porém, logo após o resultado do pleito de 2014, com o agravamento da crise econômica e o desmoronamento da popularidade da presidente, essa história começou a mudar.

O agravamento da relação entre os partidos se deu com a disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. O PMDB lançou o favorito Eduardo Cunha. O PT não aceitou o nome do deputado e promoveu uma articulação para eleger o petista Arlindo Chinaglia. O embate sangrou ainda mais o apoio parlamentar de Dilma: um grande bloco de partidos, incluindo a oposição, elegeu Cunha com folga.

O então presidente da Câmara anunciou rompimento com o governo em julho de 2015, já antevendo e proclamando a saída de seu partido do governo federal. Em dezembro do mesmo ano, resolveu aceitar o pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, agravando ainda mais a crise política.

O partido resolveu desembarcar do governo em março de 2016, após intensas críticas de vários líderes da legenda e manifestações que se tornaram públicas por parte do presidente da legenda e vice-presidente da República, Michel Temer.

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O partido, embora não estivesse totalmente contra Dilma, acabou votando majoritariamente a favor da admissibilidade do impeachment da presidenta na Câmara: foram 59 votos a favor e apenas 7 contrários. No Senado, 13 parlamentares votaram sim ao afastamento e apenas 2 disseram não.

Michel Temer assumiu a Presidência da República interinamente em 12 de maio de 2016. Já em sua posse, anunciou um ministério com vários nomes de partidos que fizeram oposição à Dilma. A presidenta afastada denunciou o processo como sendo um golpe parlamentar.

Os programas partidários do PT: a defesa de uma imagem em meio ao som das panelas

Realinhamento histórico no primeiro programa de 2015

Houve no primeiro programa partidário do PT, exibido na rede nacional de TV em 05 de maio de 2015, uma ênfase ao partido. A peça não fala em conquistas do “Governo Dilma”, mas em “Governos do PT”. A presidente, aliás, com baixa popularidade, não fala no programa.

Houve também trechos com o debate de uma temática específica, mas isso se dá como meio para enfatizar o partido e seu histórico. O ex-presidente Lula criticou o Projeto de Lei 4330, que prevê regulamentação para terceirizações. A matéria, fonte de polêmicas e debates, foi considerada um ataque aos trabalhadores e às conquistas históricas da classe. Lula, retomando seu histórico de líder sindical e buscando na identidade do PT de partido que defende os trabalhadores, assumiu uma bandeira específica para acionar uma memória coletiva, que desperte um olhar positivo que já recaiu com força sobre a legenda.

Outra temática específica debatida é a questão da corrupção. O tema foi um dos principais focos de desconstrução da imagem do partido, especialmente como o desenrolar da Operação Lava Jato. Para isso, o partido buscou associar suas ações ao combate à impunidade, justificando o número de prisões de grandes empresários e políticos graças a ações do partido em seus governos.

A crise de imagem da presidente Dilma Rousseff, que a faz ser ocultada do programa, mostrou que nem sempre a superexposição é válida ou acionada pelas forças políticas. Neste caso, a ênfase ao partido se deu porque a imagem da legenda também sangra junto da presidente. Por isso o programa recuperou bandeiras históricas para resgatar

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a imagem sob a qual sempre se representou: defensor dos trabalhadores e das camadas sociais menos favorecidas.

Importante ressaltar que, junto da ênfase ao PT, estiveram posicionamentos claros relativos a algumas demandas consideradas polêmicas: a taxação de grandes fortunas, o combate à redução da maioridade penal e a defesa da igualdade de gênero. Tais pautas coadunam com uma postura mais próxima da militância, mas que tenderam a ficar ocultas com o desenvolvimento do governismo, em que a polêmica devia ser evitada, inclusive para não desagradar a eventuais aliados de variados campos políticos. Porém, num cenário de desagregação da base parlamentar, críticas internas à política de ajuste fiscal do governo Dilma e necessidade de realinhar a base partidária, o PT recuperou algumas bandeiras e tentou buscar o lugar de fala de partido majoritário da esquerda brasileira. A peça se encerrou com uma convocação à militância para o congresso nacional do Partido.

A crise e o discurso da legalidade

Na segunda peça do PT, exibida 06 de agosto de 2015, a principal ênfase foi o debate de uma temática específica. Por isso, o partido resolveu abordar a crise econômica, amplamente discutida pela mídia e responsável pela queda de popularidade da presidenta, desencadeando também a crise política.

O ator José de Abreu, conhecido pela sua militância no partido, foi o principal apresentador do programa. A ideia do discurso estabelecido pela peça foi a de mostrar que o governo petista fez de tudo para retardar a crise, mas que ela era inevitável. Mais uma vez a mídia foi usada como referencial, com imagens de capas de jornais e sites trazendo notícias que justificavam a crise mundial.

É neste ponto que podemos observar as características de ataque, como é comum no HGPE, segundo Albuquerque (1999). Um dos apresentadores narrou: “Será que tumultuar a política traz solução para a economia?”. Logo em seguida foram mostradas imagens de notáveis críticos dos partidos, com destaque para o senador Aécio Neves (PSDB). Durante a apresentação da imagem, um texto apareceu na tela: “Não se deixe enganar pelos que só pensam em si mesmos”.

Dilma voltou a aparecer nos programas do PT. Ela afirmou que o Brasil voltaria a crescer e que o que se vivia era um momento de travessia. Ela, em referência às manifestações e cobranças que sofria, falou de um novo Brasil que exigia mais, porque

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melhorou. Lula apareceu na propaganda para reforçar a narrativa de que era possível vencer a crise, já que ele havia vencido em seu governo.

A peça terminou com uma crítica ao panelaço registrado por ocasião da divulgação do primeiro programa da legenda: o partido dizia ser favorável às manifestações e lembrou que passaram a fazer um novo uso das panelas. “Gostaríamos de lembrar que somos o partido que mais encheu as panelas dos brasileiros”. Aproveitando a deixa, José de Abreu fez um reforço à rara ênfase ao partido dada neste programa: o lugar de falar de defensor das classes menos favorecidas, uma marca do PT. “Mas, com as panelas, vamos continuar fazendo o que a gente mais sabe: enchê-las de comida e de esperança. Este é o panelaço que gostamos de fazer pelo Brasil”.

Na linha de defesa: Lula e o PT encarnado

O programa do PT de 2016 foi ao ar em 23 de fevereiro. Como o ano é de eleições municipais, apenas no primeiro semestre é exibido o PPG. Nesta peça, a exemplo do último programa de 2015, a ênfase se deu na discussão de um tema específico: a crise. Porém, houve outra ênfase que assumiu igual relevância no programa: a defesa de mandato/mandatário. Porém, não se tratou de um político com mandato, mas de uma liderança do partido: o ex-presidente Lula.

O discurso contra a crise foi semelhante ao adotado no programa anterior. A mensagem inicial mostrou trabalhadores com discursos otimistas. O narrador afirmou: “Crise se vence com trabalho e vontade de vencer”. A ideia foi deslocar o olhar negativista da crise e fazer o cidadão acreditar que o Brasil melhoraria em breve.

Para justificar isso, o PT recorreu às realizações de seus governos. Uma bolsista do PROUNI6, Tatiane Silva de Araújo, mostrou como sua vida melhorou por meio dos estudos e, especialmente, da conquista da casa própria através do programa “Minha Casa, Minha Vida”.

Dilma foi citada de forma sutil, quando o programa citou a importância da mulher na política, já que a lei prevê que 10% da peça seja destinada a essa intenção. No entanto, apenas em duas fotografias a presidente apareceu. O programa acabou por reservar boa parte de seu tempo à defesa de Lula. Fotografias de jornais e manchetes negativas relacionadas ao ex presidente sobrepõe fotos que o mostraram em momentos importantes de

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O Programa Universidade para Todos (Prouni) é um programa do Governo Federal que concede bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica em instituições privadas de ensino

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sua presidência. A ideia foi mostrar que os setores da mídia tentam encobrir o legado do ex-presidente, acossado por uma série de denúncias e investigações sobre possíveis irregularidades na compra de um apartamento triplex e sobre a suspeita de que um sítio frequentado por ele tenha sido adquirido com dinheiro de corrupção. Enquanto as fotos negativas saíam de cena e mostravam as imagens positivas, parte do texto in off narrava: “A luta é antiga e nós vamos vencer novamente, porque você permanece sendo a voz de um país pobre, que se fez novo”.

Nesta situação, além da ênfase no mandato/mandatário, podemos inferir que houve uma preocupação eleitoral com Lula. Ele é considerado possível candidato da sigla numa futura eleição presidencial e defender sua imagem passa a ser estratégico. Além disso, viu-se aqui um exemplo explícito de personalização na política, quando indivíduos assumem o lugar de partidos e até governos. Atacar Lula é atacar o próprio PT. Uma sangria na imagem do ex presidente significa uma sangria no próprio partido. Além disso, a legenda tentou identificá-lo como herói ao associá-lo como “voz de um país pobre, que se fez novo”.

Schwartzenberg (1978) diz que o líder representado como herói tem sua derrocada. As pessoas percebem que ele não é imortal. Lula perde popularidade, mas ainda é uma figura emblemática do partido que ajudou a fundar. Não basta dar ênfase ao partido, é preciso resguardar a imagem de sua principal estrela.

O PMDB em primeiro ato: escolhas

O primeiro programa partidário do PMDB foi exibido em 26 de fevereiro de 2015. A ênfase centrou-se no partido, embora a estratégia tenha sido valorizar mandatos e mandatários. Porém, houve a intenção de mostrar um partido unido, coeso e que sempre vai escolher o Brasil, já que nenhuma de suas lideranças foi apresentada de forma proeminente sobre as outras.

“Não, não são as estrelas que vão me guiar. São as escolhas que vão me guiar”. A narração que abriu a peça trazia uma mensagem que marcava o lugar de fala ambíguo do partido. Infere-se uma crítica ao PT, então aliado, já que a estrela é o símbolo do partido. Assim, o PMDB buscou um distanciamento ao foco da crise e tentou se apresentar como possível solução, já que é o maior partido do país em número de representantes eleitos.

O palco de um teatro foi o cenário desse programa. Trata-se da metáfora de um partido que estava se preparando para entrar em cena e assumir o protagonismo. Porém, ele

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buscou mostrar que tem maturidade, já que seus líderes destacaram o papel do partido, recuperando uma memória histórica e discursiva dos cidadãos, na defesa da democracia e na Constituição de 1988.

Os ministros do governo Dilma defenderam ações no ministério sem citar a presidenta, que é ignorada por completo na peça. O PMDB apresentou-se aos brasileiros, no início de um novo mandato marcado por crises, como aquele que sempre vai escolher o Brasil. Desta forma, já antevê escolhas futuras, que levariam ao rompimento com o PT.

Crise política e segundo ato: o PMDB é o partido da Verdade

Após optar por “Escolhas” como marca discursiva do primeiro programa de 2015, o PMDB constrói um discurso que reitera a palavra “Verdade” em 24 de setembro. A ênfase é a de debate da temática da crise. O palco de um teatro, desta vez sem nenhum refletor, foi novamente usado. Um texto único foi proferido por lideranças que se alternavam na fala. A mensagem teve o intuito de criticar indiretamente o governo Dilma. Embora não seja citada, o partido assumiu um lugar de fala de oposição, ao criticar os rumos da economia.

Praticamente todas as falas se reportaram à Verdade. A busca do termo pretendeu dar credibilidade ao partido. Ele apresentou-se como o grupo capaz de trazer o país de volta ao crescimento econômico. Indiretamente, houve também um ataque à Dilma, que seria a responsável pelos problemas do país e taxada de intransigente na hora de admitir erros. Por isso a apresentadora iniciou a peça dizendo que era preciso “deixar estrelismos de lado”. Temer completou em um dos trechos de sua primeira fala a seguir: “É imprescindível unir forças, colocar o Brasil acima de qualquer interesse partidário ou motivações pessoais”.

“A verdade é o melhor remédio causado pela dor do desencanto e pela falta de perspectiva. A verdade às vezes pode ser amarga, mas cura”, sentencia o governador do Rio Grande do Sul, Ivo Sartori. Sua fala revelou um retrato do que vivia o país, com a baixa popularidade de uma presidenta recém reeleita. Por isso, o texto seguiu com uma crítica aos rumos políticos. Se para o PT a crise política pode prejudicar a economia, para o PMDB era a falta de habilidade política que impedia o país de crescer, necessitando de mudanças.

Reportando a crise política e a possibilidade do impeachment, Eduardo Cunha anteviu em sua fala: “Chegou a hora da verdade: chegou a hora de defender que Brasil queremos”. Temer encerrou o programa garantindo que o país superaria a crise econômica.

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No dia 25 de fevereiro de 2016, o PMDB completou sua narrativa já apresentada nas duas peças anteriores. O programa apresentou o PMDB como preparado para protagonizar a política nacional, o que se concretizaria alguns meses depois com o afastamento de Dilma. A ênfase do programa se deu no partido, mais uma vez. A legenda usou o espaço como acessório de suas movimentações conjunturais, quando já ensaiava o desembarque oficial do governo petista. Assim, é preciso destacar o forte conteúdo de ataques presente, embora ele seja indireto, sem referência a qualquer figura ou partido, ainda que fique subentendido.

“Vimos 2015 ir embora. Um ano que todos queriam que acabasse logo. Sem definirmos para onde ir; sem uma direção firme a seguir. E entramos em 2016 com a mesma sensação de impotência, porque o desentendimento continua: e é grande!”. A apresentadora deu a tônica do programa, assim como nas peças anteriores: o cenário era ruim e precisava melhorar. O senador Eunício Oliveira, líder do partido no Senado, destacou a urgência de atitudes: “Este ano é crucial para o Brasil: ou buscamos entendimento, ou o país corre o risco de perder as conquistas feitas”. A solução inferida é a coesão apresentada pelo PMDB, capaz de reunificar o país e apontar novos caminhos.

É preciso fazer um parêntese à ênfase no partido, que é majoritária na peça, para ressaltar o uso da pré-campanha eleitoral, observada por Tenório (2011). A legenda aproveitou para apresentar os possíveis candidatos nas principais capitais do país, como foi o caso da aparição de Pedro Paulo, do Rio de Janeiro, que aproveitou a vitrine dos Jogos Olímpicos de 2016 para fazer uma metáfora com possíveis vitórias eleitorais do partido, bem como a “vitória contra a crise”: “Porque toda vitória é fruto de esforço, de comprometimento, de um trabalho intenso e diário. A ideia é sempre de superação, de chegar ao lugar mais alto do podium. Acredite: o Brasil sai da crise e sai grande”.

Depois de escolhas e verdade, o PMDB encerrou sua trinca de programas no palco negro de um teatro com uma palavra que é mote de sua peça: a união. Assim, ele enfocou a memória histórica de sua trajetória, marcada pela capacidade quase anfíbia de transitar entre as forças políticas, para assumir os rumos de um país que não está dando certo. O discurso já antecipava o rompimento com o PT e a postura protagonista para o afastamento de Dilma. Por isso, a legenda já reforçou o “Plano Temer” e a “Agenda Brasil”: dois documentos com propostas para o país sair da crise.

Embora não haja uma supervalorização personalista de Temer, desta vez foi possível perceber que ele apareceu na fala de várias lideranças. A ideia foi mostrá-lo como símbolo dessa união capilar de representantes de todo país: o presidente capaz de conduzir as ideias

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de um partido do tamanho do Brasil. O senador Garibaldi Alves já adiantou o desenrolar da história: “Não se trata de defender este ou aquele governo: salvar a pele de um ou de outro”. É por isso que, de aliado, o PMDB passa a protagonista do processo de impeachment.

Considerações Finais

As propagandas partidárias gratuitas (PPG) são espaços fundamentais de contato dos partidos políticos com os cidadãos no Brasil. Percebe-se que majoritariamente sua ênfase tem se dado nos partidos. Questionar se esta ênfase é limitada ou contribui para o debate político aprofundado é outra questão a ser respondida em estudos mais aprofundados.

Pode-se observar que, em três programas, o PT utiliza a ênfase no partido em uma ocasião e o debate de uma temática específica nas duas outras peças. Na propaganda exibida em 2016, constata-se que a dimensão de valorização de mandato/mandatário dividiu relevância com a discussão da temática crise, já que Lula foi fortemente citado e defendido, mesmo não possuindo cargo público, mas como uma figura emblemática do partido, que se confunde com a própria legenda. O PMDB enfatizou o partido no programa do primeiro semestre de 2015 e no programa de 2016. Na peça do segundo semestre de 2015, o foco foi o debate de uma temática específica: a crise vivenciada pelo país.

As narrativas criadas pelos dois partidos que centralizaram o debate político no período analisado compõem um quadro da situação vivenciada pelo Brasil. O PMDB buscou resgatar sua identidade histórica de reunificador e defensor da legalidade para assumir em si e na eminente chegada de Temer ao poder o papel de protagonista da política nacional. A legenda o faz com léxicos que vão sustentar esta ideia, recorrendo à escolha/verdade/união. Nesta sequência as palavras aparecem em cada um dos programas e retratam um partido pronto para entrar em cena. O PT buscou resgatar bandeiras históricas. Abandonou a imagem de Dilma e tentou reconstruir seu capital político fortalecendo e defendendo Lula, mas também dizendo que o país mudou graças aos “Governos do PT”.

Os ataques também mostram que as disputas não se restringem aos períodos eleitorais. Lilleker (2007) denomina o uso de determinados aparatos por parte de líderes e partidos de campanha permanente, quando o uso da comunicação se dá de forma constante sempre visando jogos eleitorais. No entanto, no período analisado, embora seja perceptível a defesa da imagem de Lula como possível nome do PT para futuras eleições, há ataques que remontam a jogos imediatos: o processo de impeachment.

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O PPG revela, desta forma, características dos partidos, seus modus operandi e discursos construídos de acordo com os contextos. Numa sociedade onde a política não se faz mais fora do campo comunicacional, estudá-los se torna relevante e essencial para entender as dinâmicas da jovem e, por vezes, ameaçada democracia brasileira.

Referências

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