“O leitor está a olhar para esta página, a ler este texto e a elaborar o significado das minhas palavras à medida que vai avançando na leitura. Porém, o que se passa na sua mente não se limita de forma alguma ao que diz respeito ao texto e ao seu significado. Paralelamente à representação das palavras impressas e à evocação de conceitos necessária para compreender aquilo que escrevi, a sua mente revela também uma outra coisa, algo que é suficiente para indicar, a cada instante, que é o leitor e não outra pessoa quem está a ler e a compreender o texto. As imagens que correspondem às suas percepções externas e às percepções daquilo que recorda ocupam quase toda a extensão da sua mente, mas não ocupam a sua totalidade. Para além destas imagens, existe igualmente uma outra presença que o significa a si, enquanto espectador, proprietário e actor potencial das imagens [coisas imaginadas]. (…) Se esta presença não existisse, como poderia saber que os seus pensamentos lhe pertencem? Quem poderia afirmá-lo? Esta presença é calma e subtil […]. Nesta perspectiva, a presença do si é o sentir aquilo que acontece quando o seu ser é modificado pela acção de apreender alguma coisa. Essa presença tenaz nunca desiste, desde o momento de acordar até ao do adormecer.”
8. No entanto, é necessário que as Mónadas tenham algumas qualidades, de outro modo não seriam sequer Seres. E se as substâncias simples não diferissem pelas suas qualidades, não haveria maneira de nos apercebermos de mudança alguma nas coisas, pois aquilo que está no composto não pode vir senão dos ingredientes simples, e, sendo as Mónadas sem qualidades, seriam indiscerníveis uma da outra, uma vez que não diferem em quantidade: e por conseguinte, sendo o pleno suposto, cada lugar receberia sempre apenas o equivalente daquilo que tivera, e um estado das coisas seria indiscernível do outro.
9. É necessário ainda que cada Mónada seja diferente de cada uma das outras. Porque jamais há na natureza dois seres que sejam perfeitamente um como o outro, e nos quais não seja possível achar uma diferença interna, ou fundada numa denominação intrínseca.
Mónadas são qualitativamente complexas porque:
1. têm qualidades;
2. ao longo do tempo mudam de qualidades;
3. diferem nas suas qualidades
A Lei de Leibniz
ou o Princípio da Identidade
dos Indiscerníveis
Discurso da Metafísica §9
“não é verdade que duas substâncias
se assemelhem inteiramente e sejam
diferentes solo numero”
“Duas coisas individuais não podem
ser perfeitamente semelhantes e elas
devem diferir mais do que no número
” Nouveaux Essais sur l’Entendement in Die philosophishen Schriften. 5. Ed. de Gerhardt. Hildesheim/New York: Georg Olms Verlag 1978: 49.“Começou a obcecar-me uma intuição do particular, das numerosas
diversidades que nenhum esforço de classificação ou enumeração
poderiam esgotar. Cada folha era diferente de todas as outras em
cada árvore diferente (aventurei-me pelo dilúvio fora para me
certificar dessa verdade elementar e miraculosa). Cada erva, cada
seixo nas margens do lago era, eternamente, igual a si. Nenhuma
medida tirada pela segunda vez, por mais calibrada que fosse, ou
ainda que executada num qualquer vácuo controlado, poderia
jamais ser exactamente a mesma. Teria sempre um desvio de um
trilionésimo de um milímetro, de um nano segundo, de uma unha
negra – ela própria uma profícua imensidade – relativamente a
qualquer medida anterior.
Intuiria eu que o perfeito fac-símile, fosse do que fosse, era impossível, que a mesma palavra dita duas vezes, ainda que reiterada a uma velocidade relâmpago, não era e não podia ser a mesma? [...] Se a revelação da «unicidade» incomensurável me enfeitiçou também me causou terror. […] Como podiam os sentidos, como podia o cérebro impor ordem e coerência ao caleidoscópio, ao perpetuum mobile da pululante existência? Acometiam-me vagos pesadelos sobre o facto, revelado na coluna científica natural de um qualquer jornal, de um pequeno canto da floresta Amazónia servir de habitat a 30 000 espécies distintas de besouros. […] Destas infinidades emana um subtil sentimento de náusea. A sensibilidade clássica grega esquivava-se a números irracionais e ao incomensurável. […] Possuído pela ‘santidade do ínfimo pormenor’, segundo a expressão de William Blake, pela certeza estonteante de que no xadrez, depois das cinco jogadas iniciais, existem mais possibilidades do que átomos no universo, acabei por me isolar da corrente teórica actualmente dominante.”
14. O estado passageiro que envolve e representa uma
multiplicidade na unidade ou na substância simples não
é outra coisa senão aquilo a que chamamos a
Percepção, que devemos distinguir bem da apercepção
ou da consciência, como a seguir aparecerá. E foi no
que os Cartesianos muito falharam, tendo contado por
nada as percepções das quais não nos apercebemos.
Foi também isso que os fez crer que só os Espíritos
eram Mónadas, e que não havia Almas das Bestas nem
outras Enteléquias, e confundiram assim o vulgar longo
desmaio com uma morte rigorosa, o que os fez ainda
ceder ao preconceito escolástico das almas
inteiramente separadas, e confirmou até os espíritos
mal encaminhados na opinião da mortalidade das
almas.
A mudança constante do estado qualitativo de uma mónada é a sua percepção.
A percepção é a representação da multiplicidade na unidade.
Mas não precisa de ser consciente, pois se assim o fosse seria apercepção.
Leibniz distinguiu analiticamente, pelo menos, três tipos de mónadas:
1. espírito (alma racional que conhece as verdades necessárias) - são conscientes e reflexivamente podem ter a noção de “eu” (moi)
2. alma (percepção distinta e acompanhada de memória)
3. enteléquia = potência de agir constitutiva da substância, autómatos incorporais; por vezes, vis viva enquanto princípio de movimento; princípio dominante de organização da unidade da vida.
18. Poderíamos dar o nome de Enteléquias a todas as
substâncias simples ou Mónadas criadas, porque elas
têm em si uma certa perfeição (…), há uma
suficiência (…) que as torna fontes das suas acções
internas e, por assim dizer, autómatos incorpóreos.
19. Se queremos chamar alma a tudo o que tem
percepções e apetites no sentido geral que acabo de
explicar, todas as substâncias simples ou Mónadas
criadas poderiam ser chamadas almas; mas, como o
sentimento é alguma coisa mais do que uma simples
percepção, consinto que o nome geral de Mónadas e
de Enteléquias baste às substâncias simples, e que
chamemos Almas somente àquelas cuja percepção é
mais distinta e acompanhada de memória.
20. Porque experimentamos em nós mesmos um estado no qual não nos lembramos de nada e não temos percepção distinta alguma, como quando caímos num desfalecimento, ou quando estamos sob o peso de um profundo sono sem sonho algum. Nesse estado a alma não difere sensivelmente de uma simples Mónada, mas como tal estado não é duradouro, e ela se arranca dele, a alma é alguma coisa mais.
21. E daqui não se segue que, então, a substância simples seja sem percepção alguma. Tal não é possível tão-pouco, pelas razões acima ditas; porque ela não poderia perecer, não poderia também subsistir sem alguma afecção [affection], que não é outra coisa senão a sua percepção: mas quando há uma grande multiplicidade de pequenas percepções, nas quais nada há de distinto, ficamos atordoados; como quando rodamos continuamente num mesmo sentido várias vezes de seguida, vindo-nos uma vertigem que nos pode atordoar e que nada nos deixa distinguir.
23. Uma vez, pois, que, ao despertar do atordoamento, nos apercebemos das nossas percepções, é bem necessário, que as tenhamos tido imediatamente antes, embora delas não nos tenhamos apercebido; porque
uma percepção não poderia vir naturalmente senão de uma outra percepção,
como um movimento não pode vir naturalmente senão de um movimento.
24. Por aqui se vê que, nada tivéssemos de distinto e por assim dizer de elevado, e de um mais alto gosto nas nossas percepções, estaríamos sempre no atordoamento. E tal é o estado das Mónadas inteiramente nuas.
29. Mas o conhecimento das verdades necessárias e eternas é o que nos distingue dos simples animais e nos faz ter a Razão e as ciências, elevando-nos ao conhecimento de nós mesmos e de Deus. E tal é aquilo a que se chama em nós alma racional, ou Espirito.
30. É também pelo conhecimento das verdades necessárias e pelas suas abstracções, que nos elevamos aos actos reflexivos, que nos fazem pensar naquilo que se chama eu [Moi], e considerar que isto ou aquilo está em nós: e é assim que pensando em nós, pensamos no Ser, na substância, no simples ou no composto, no imaterial e no próprio Deus, concebendo que aquilo que é limitado em nós, é nele sem limites. E estes actos reflexivos fornecem os objectos principais dos nossos raciocínios.
“Kant defende esta ideia ao falar do “eu penso” que
acompanha todas as minhas representações. Por
outras palavras, as minhas experiências vêm
assinaladas como “minhas”. Não me familiarizo
primeiro com a experiência, procuro depois o
proprietário e só então anuncio que a experiência é
uma das minhas [...]. Pelo contrário, quando sinto uma
dor, isso é em si e por si ter consciência de que sou
eu que tenho uma dor.”
Simon Blackburn. Think., Oxford University Press, 1999, pp.136-137
“Não é dada [ao ser humano] a intuição das coisas intelectuais,
mas apenas um conhecimento simbólico e a intelecção só nos é
permitida mediante conceitos universais em abstracto e não
mediante um singular concreto. Com efeito, toda a nossa intuição
está limitada por um certo princípio de forma, somente sob a qual
alguma coisa é vista pela mente de forma imediata, ou seja como
singular, e não pode ser concebida apenas discursivamente
mediante conceitos gerais. Mas este princípio formal da nossa
intuição (o espaço e o tempo) é a condição sob a qual pode ser
objecto dos nossos sentidos e, desse modo, como condição do
conhecimento sensitivo, não serve de meio para a intuição
intelectual.
Além disso, toda a matéria do nosso conhecimento só é
dada através dos sentidos, mas o noumeno enquanto tal,
não deve ser concebido por meio das representações
extraídas das sensações; portanto, o conceito de
inteligível, enquanto tal, está destituído de todos os
dados da intuição humana. A intuição da nossa mente é
sempre passiva; e, por isso, só é possível na medida em
que algo pode afectar os nossos sentidos. Mas a intuição
divina, que é o princípio dos objectos e não o principiado,
é um arquétipo e, por isso, é perfeitamente intelectual.”
Dissertação de 1770 acerca da forma e dos princípios do mundo sensível e inteligível. §10 Trad. Leonel Ribeiro dos Santos, Lisboa: INCM/UL. 1985, 49-50 [Ak II 396-397]
“A consciência própria está, pois, ainda bem longe de ser um
conhecimento de si próprio, não obstante todas as categorias
que constituem o pensamento de um objecto em geral pela
ligação do diverso numa apercepção. Assim como para
conhecer um objecto distinto de mim, além de pensar um
objecto em geral (na categoria) ainda preciso de uma intuição
para determinar esse conceito geral, assim também, para o
conhecimento de mim próprio, além da consciência ou do facto
de me pensar, careço ainda de uma intuição do diverso em
mim, pela qual determine esse pensamento; (...) segue-se daí
que essa inteligência só pode conhecer-se tal como aparece a
si mesma com respeito a uma intuição [sensível] (...) e não
como se conheceria se a sua intuição fosse intelectual."
“
[A intuição intelectual] é a consciência imediata de que eu efectuo um acto [...]. Não se pode demonstrar por conceitos no que ela consiste. Cada um de nós deve encontrá-la imediatamente em si mesmo porque senão nunca a encontrará. A pretensão de alguém que quisesse que eu a demonstrasse através do poder da argumentação é tão credível como um cego de nascença que quisesse que lhe explicassem o que são as cores, sem ter a capacidade de as ver. Pode-se contudo mostrar a cada um, na experiência que ele reconhece como sendo sua, que esta intuição intelectual intervém em todos os momentos da sua consciência. Não posso dar um passo, levantar a mão ou um pé sem [possuir], nestes mesmos actos, a intuição intelectual da minha consciência de si. É apenas por esta intuição que eu sei que eu faço; é graças a ela que eu distingo o meu acto e, nele, eu próprio, no objecto intencionado pelo acto. Aquele que se atribui um acto faz sempre apelo a esta intuição. Nela encontra-se a fonte da vida e sem ela há apenas morte. Todavia esta intuição não surge nunca só, como um acto completo da consciência”“Como esta identidade absoluta é o princípio supremo então ela é necessariamente também, quando é realmente pensada, indiferença absoluta [...]. Apenas no Absoluto se encontra a indiferença não perturbada dos dois princípios (pensamento/intuição; ideal/real). Para se obter de uma forma rápida a intuição desta indiferença absoluta [...], peço que se pense na [ideia] do espaço absoluto o qual é precisamente a indiferença suprema (novamente intuicionada) da idealidade e da realidade, a suprema transparência, a claridade... Mas este ser κατ' ἐξoχήν [por excelência] não tem mais oposto (...). Ora você [Fichte] quer que este ser supremo (...) seja pensado como agilidade pura, actividade absoluta. Mas é impossível que não noteis que a actividade absoluta é = ao repouso absoluto“
“O princípio absoluto, o único fundamento real [Realgrund], o fundamento
sólido da filosofia é a intuição intelectual, tanto na filosofia de Fichte como
na de Schelling - ou em linguagem reflexiva: a identidade do sujeito e do
objecto. Na ciência, esta intuição torna-se objecto de reflexão; deste
modo, a reflexão filosófica é ela mesma intuição intelectual (...) A reflexão
filosófica [em Fichte] é [no entanto] condicionada; por outras palavras, a
intuição transcendental surge à consciência através da livre abstracção de
toda a multiplicidade da consciência empírica e, através deste ângulo, ela é
algo de subjectivo. (...) Ora para captar puramente a intuição
transcendental, ela deve fazer abstracção deste termo subjectivo, de forma
a não ser para si, na qualidade de fundamento da filosofia, nem subjectivo
nem objectivo, nem consciência de si [Selbstbewußtsein] em oposição à
matéria nem matéria em oposição à consciência de si, mas, pelo contrário,
identidade absoluta, nem subjectiva nem objectiva, em suma, intuição
transcendental pura”
Hegel. Differenzschrift (1801) in Hegel. Werke 2. Ed. Moldenhauer/K.M. Michel. Frankfurt/aM: Suhrkamp. 1970, 114-115.
O mais antigo programa de sistema do idealismo alemão
1796-1797
Schelling
Hegel
Hölderlin
“uma Ética. Já que toda a Metafísica - cairá futuramente na Moral - de que Kant, com os seus dois postulados práticos, deu apenas um exemplo, não esgotou nada, assim esta Ética não será {incluirá} outra coisa senão um sistema completo de todas as Ideias ou, o que é o mesmo, de todos os postulados práticos.
A primeira Ideia é, naturalmente, a representação de mim mesmo como de um ser
absolutamente livre. Com o ser livre, consciente de si, surge ao mesmo tempo - a
partir do nada - todo um mundo, a única criação a partir do nada verdadeira e
pensável - Aqui descerei aos domínios da Física; a questão é esta: como tem de
estar constituído um mundo para um ser moral? Gostaria de dar uma vez de novo
asas à nossa Física que, lenta em experiências, progride penosamente.
Deste modo - se a Filosofia apresenta as Ideias e a experiência os dados, podemos finalmente alcançar a Física em grande que eu espero de épocas ulteriores. Não parece que a Física actual possa satisfazer um espírito criador como é, ou deve ser, o nosso.
Da natureza passo à obra dos homens. À frente a Ideia da Humanidade - quero
mostrar que não há nenhuma Ideia do Estado, porque o Estado é algo de mecânico,
tão pouco como há uma Ideia de uma máquina. Somente aquilo que é objecto da
liberdade se chama Ideia. Temos também de ir, portanto, mais para além do Estado!
- Pois todo o Estado tem de tratar homens livres como uma engrenagem mecânica; e isto ele não deve; logo, deve cessar. Vede por vós mesmos que aqui todas as Ideias, de paz perpétua, etc. são unicamente Ideias subordinadas a uma Ideia superior.
Ao mesmo tempo, quero assentar aqui os princípios para uma História da
Humanidade e pôr completamente a nu toda a miserável obra dos homens,
de Estado, Constituição, Governo, Legislação.Vêm por fim as Ideias de um mundo moral, de divindade, de imortalidade -- subversão de toda a {*} superstição, perseguição do clero, que ultimamente simula a razão, por intermédio da própria razão. - { A } Liberdade absoluta de todos os espíritos que em si trazem o mundo intelectual e a quem não é lícito procurar fora de si nem Deus nem a imortalidade. Falarei aqui em primeiro lugar de uma ideia que, tanto quanto sei, ainda não veio à mente de ninguém - temos de ter uma nova mitologia, mas esta mitologia tem de estar ao serviço das Ideias, tem de converter-se numa mitologia da razão.
Antes de constituirmos as Ideias esteticamente, isto é, mitologicamente, elas não têm para o povo nenhum interesse e, inversamente, antes de a mitologia ser racional o filósofo tem de envergonhar-se dela. Assim, ilustrados e não ilustrados têm de, finalmente, dar-se as mãos; a mitologia tem de tornar-se filosófica e o povo racional, e a Filosofia tem de tornar-se mitológica para fazer os filósofos sensíveis. Reinará então entre nós eterna unidade. Nunca mais o olhar de desprezo, nunca mais o tremor cego do povo diante dos seus sábios e sacerdotes. Só então nos espera uma formação igual de todas as faculdades, tanto do singular como de todos os indivíduos.
Não mais será reprimida nenhuma faculdade, dominará então universal liberdade e igualdade dos espíritos!- Um espírito superior, enviado do céu, tem de fundar entre nós esta nova religião; ela será a última, a maior obra da Humanidade. Por último, a Ideia que todas unifica, a Ideia da beleza, tomada a palavra no mais elevado sentido platónico. Ora estou convencido de que o acto supremo da razão, na medida em que ela engloba todas as Ideias, é um acto estético, e de que verdade e bondade apenas na beleza se irmanam. - O filósofo tem justamente de possuir tanta força estética como o poeta. Os homens sem sentido estético são os nossos filósofos da letra. A Filosofia do espírito é uma Filosofia estética. Não se pode ter riqueza de espírito em nada, não se pode raciocinar com riqueza de espírito mesmo sobre História - sem sentido estético. Aqui deve tornar-se manifesto o que falta propriamente aos homens que não entendem as Ideias - e que confessam com bastante franqueza que tudo lhes é obscuro assim que isso ultrapassa tabelas e registos.
A poesia receberia desse modo uma dignidade mais elevada; ela volta a ser no fim o que era no começo - mestra da {História}
Humanidade; pois já não há nenhuma Filosofia, nenhuma História,
apenas a arte poética sobreviverá a todas as restantes ciências e artes.
Ao mesmo tempo, ouvimos tantas vezes que a grande massa tem de ter uma religião sensível. Não só a grande massa, também o filósofo necessita dela. Monoteísmo da razão e do coração, politeísmo da imaginação e da arte, é disto que nós necessitamos!”
Franz Rosenzweig. Das älteste Systemprogramm des deutschen Idealismus, Ein handschriftlicher Fund, Heidelberg, C. Winter, 1917; Chr. Jamme e H. Schneider (Eds.), Mythologie der Vernunft. Hegels "älteste Systemprogramm des deutschen Idealismus", Frankfurt a.M., Suhrkamp,1984)