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As Marias. Não somos mais que pessoas embarcadas no navio da vida. Com nossas paixões, pesares... E nossas esperanças!!!

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As Marias

Não somos mais que pessoas embarcadas no navio da vida. Com nossas paixões, pesares...

E nossas esperanças!!!

Imaculada Catarina 2004

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AS MARIAS

IMACULADA CATARINA G. S. ROCHA 2004

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Oferecimento: Ao meu esposo: Júlio.

Aos meus filhos: Fabrinne, Fabrienne e Derill. Aos meus pais: Evaristo e Isabel.

A meus seis irmãos de sangue.

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As Marias de Catarina

Conheci imaculada Catarina Rocha no meio trovadoresco, lá pelas portas de 80, quando eu integrava a diretoria da União Brasileira de Trovadores – Seção de Belo Horizonte (UBT/BH).

Chegou, moça tímida mandada pelo interior mineiro. Mas logo se revelou participativa, esfuziante de ideias e planos. Na produção literária, era vezeira em usar diferentes pseudônimos. Como quem, a seu modo, queria brinca de esconde-esconde, naquela mania de heterônimos que marcou Fernando Pessoa.

Alguns anos além, eis que me reaparece Catarina. Vem sazonada de corpo e alma. Fortificada de muitas lutas. No rosto da mulher feita e sofrida, o mesmo sorriso que a voz complementa de animação e energia. E, uma vez repassadas múltiplas atividades e iniciativas, corre ela a destacar, dentre seus escritos, “As Marias”, que me oferece para ler, ainda na fôrma.

Confesso que o fiz, com prazer especial, ao percorrer as páginas impregnadas de ambivalente delicadeza da poeta. Seja com o pensamento ingênuo, como em “Conversa com o Coração”, seja diante da doce sensualidade que palpita no soneto “hora do banho”. Os versos são soltos, em predomínio, fugindo da métrica e da rima. Esta aparece, com rigor, apenas nos três quartetos de “Morte de Poeta” e nos dois sonetos “Hora do Banho” e “Quase Amor”.

E a sensibilidade feminina vai desfiando sentimentos, com roupagem diversificada e uma dor pungente que fazem carimbada de certa atribulação a alma da poeta. Lembra até um pouco a tortura íntima da portuguesinha Florbela. Ainda que não o quisesse, deixa ver a marca do mal físico que a atormenta.

Às vezes, uma visão lúdica das palavras vai na esteira desconstrutivista dos seguidores concretistas da ousadia maiakovskiana, decompondo termos e sentimentos num emaranhado de sonora tessitura verbal.

Mostra-se como garota tímida e frágil, retratada em “Vulnerabilidade”. Faz-se acabrunhada em “Se e Se”, em “Morrer Mais Uma Vez”, em “Esperança” e em “Trapo Humano”. É humilde e carente em “Bobagem”. Mas cuida de ser esperançosa em “Ela, a Última” e mais que romântica em “Sem Palavras” e em “Acidente”. Momentos de introspecção estão revelados em “A Coragem e A Loucura”, “A

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Reforma”, “Adeus” e “Homem dos Sonhos”. É cética, como em “Anoitece”. Mexe com a questão social em “Um Caipira”.

No primeiro poema “As Marias” que empresta título ao livro, resume sua caminhada e a promessa de tornar-se uma só, acentuando: “As diversas personagens que assumi/ e, que durante muito tempo,/ combateram dentro de mim:/ - mulher fiel ou volúvel,/ - ambiciosa ou generosa,/ -revoltada ou dócil,/ acabaram, sem que eu me desse conta,/ fazendo as pazes entre si...”

Em suma, eis a realidade da autora confessa. Descompromissada e vulnerável, cáustica e reveladora, sonhadora e órfã de esperança, ela quer ainda “espremer a vida,/ até a última gota”, como divaga em “Quero”.

É assim que procura lidar com os sentimentos e as palavras, numa coletânea de poemas nascidos de datas várias e fases diversas de sua vida de mulher inquieta. Lê-los é desfrutar de uma alma lírica, esvoaçando em apelos cósmicos.

Aliás, ser poeta, como “espanco” Florbela: “É ter fome, é ter sede do infinito,/ pôr elmo às manhãs de ouro e de cetim.../ é condensar o mundo num só grito!”.

Aluízio Alberto da Cruz Quintão

- membro da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais - ex-Presidente da UBT / Seção de Belo Horizonte

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6 As Marias

Chego àquele ponto da vida,

em que a única riqueza que possuo, e que não pode ser arrebatada: sou eu mesma

As diversas personagens que assumi e que, durante muito tempo,

combateram dentro de mim: - mulher fiel ou volúvel, - ambiciosa ou generosa, - revoltada ou dócil,

acabaram, sem que eu me desse conta, fazendo as pazes entre si...

Tornei-me uma...

E todos eles e elas convivem pacificamente, dentro de mim. Sou uma e sou todas,

como o são AS MARIAS.

Até que... finalmente descubro, Todos – não somos mais

que homens e mulheres embarcados no mesmo navio da vida,

com suas paixões... pesares... e sua esperança!!!

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7

A Coragem e a Loucura Admiro

a tênue linha que separa a coragem da loucura... A coragem

nos fez querer ser imortais e imortalizar os amores... A loucura

sabe o que a cabeça quer fazer, mas o coração não deixa... É preciso coragem,

para entrar no próprio peito e encontrar um coração

rasgado, castrado, dilacerado maltratado pela dor...

Mas é preciso loucura... para continuar lá dentro e terminar a sangria. Os corajosos amam.

Os loucos não esquecem um amor... Se unidas

a coragem e a loucura, nem a vida ou a morte conseguirá separar o corajoso do louco... A coragem

enfrenta o mundo, a própria razão do ser; apenas para conviver com a loucura do existir. A Loucura

enfrenta a razão, perde-se na emoção, buscando a resposta

para a tênue linha que separa a solidão do amor...

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8

Acidente?!?

São estranhos Até que os olhares se esbarram

E se reconhecem... Quase sem querer

As mãos se buscam e se tocam

Acidentalmente... No carmim das faces

A denúncia clara Da descarga elétrica Nos corpos quentes...

Olhares se abaixam, Mãos se separam E as mentes planejam O próximo acidente...

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9

A Estranha

Vejo no espelho, quase assustada: uma estranha... nem feia nem bonita. Quem é esta mulher frágil, cansada... que d’outro lado, imóvel, me fita? Quero correr, fugir desta visão,

que enxerga o buraco em meu peito. Seria ela mera assombração

do passado... a partilhar meu leito? Ela me fita! E eu, angustiada;

quieta no quarto – se sair desisto. Pra não ser de silêncio rodeada. Reconheço na estranha o que visto: o manto,,, a solidão embaraçada quer matar-me! – mas valente resisto!

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10 A Reforma

Foi no dia em que tive medo de olhar dentro de mim e descrever o que via... A tempestade em meu peito deixou sem recheio meu coração e sem sentido minha vida.

O pó acumulado pelo inverno da vida abalou as estruturas de fé, esperança... e derrubou as paredes dos sonhos... Sem teto, meus sentimentos

pediram com urgência uma reforma; e desta vez, a reforma era na alma! Acontece, amigo, que as almas, são exatamente como vidro:

depois de quebradas, jamais se colam... totalmente!!

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11 Adeus!!!

Na primeira vez, eu quis dizer adeus... empacotei em papel-jornal os sonhos; joguei na mala, as mal dobradas peças de esperança; em seguida sepultei,

num canto qualquer do jardim, o amor...

mas me calei... e FIQUEI!!!

Na segunda vez, eu disse adeus!!

não tinha papel-jornal,

então usei as sobras do passado para embalar os sonhos

(que esqueci em algum canto por aí); a mala, com esperanças cuidadosamente guardadas,

algum ladrão carregou consigo; apenas o amor,

que não tive coragem de sepultar pela segunda vez,

seguiu comigo. chorei...

E VOLTEI!!!!! Na terceira vez,

eu não quis dizer adeus... e não o disse.

Os sonhos já estavam perdidos mesmo! Ninguém conseguiu localizar

o gatuno de esperanças!

Restávamos apenas EU... VOCÊ.... E O INSENSATO AMOR...

Dos três hoje... só resta um!!!!!

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12 Anoitece

Anoitece...

Meu espírito de sobrevivência abandona o mundo

que carregava, aos ombros; E tudo escurece...

Não mais lamento

Os sonhos despedaçados; Nem invento novos sonhos. Meu peito

Não abriga mais a saudade, Nem se importa com presenças. Minha alma

cura suas cicatrizes de amor,

sem deixar espaço para novas feridas. Os olhos

Não se iluminam ao ver uma flor, Nem os dedos se ferem nos espinhos. A emoção

Não preenche com os sorrisos, Nem se importa com lágrimas. Sonhos, saudade, amor

Crianças, flores, estrelas Sorrisos, brisas e morte,,,

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13 Que me importa?

todo meu ser

Parece viver fora de mim nada sinto... (será?) Nada quero sentir Sequer quero querer

Seria isto o vazio Ou a loucura?

Sobrou o medo!!!! Como sinto medo

Das esperanças que tenho...

Muito me espanto

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14

Ao Meu Amor

Atraíste-me como fosses uma praia, onde a maré passa e repassa.

Enfeitiçadora, meu anjo de saia, foste meu brilho, suor e cachaça!! Olhar para ti foi como se o sol houvesse descido à terra. Tocá-la foi como lutar em prol

da paz... tal é a luz que te encerra!! Quando sorriste... segurei estrelas entre todas... tu és a que mais brilha. Esperanças... que poucos podem tê-las! Minha energia, pólo, minha pilha

eu prometi do mundo protegê-las!

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15 Bobagem

Bobagem minha...

Achar que meu amor fosse suficiente para brilhar por nós...

Pensar que meus sentimentos fossem tão fortes

que contagiassem os seus... Imaginar que amar apenas

fosse o bastante para ser feliz... Bobagem minha...

Sonhar com olhares cúmplices, sorrisos disfarçados, gostos similares...

Sonhar com abraços afetuosos, dedos entrelaçados, beijos ardentes...

Sonhar com toques de ternura, companheirismo, cartas de amor...

Bobagem minha...

Achar, pensar, imaginar, sonhar... e principalmente tentar: ter seu amor!!!

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16

Conversa com o Coração

Pobre velho coração, tu andas tão confuso... tão confuso ultimamente,

nem sabes mais o que sentes... Tu tens medo, coração

do repouso fazer uso?

Mas... se estás tão cansado, para que ficar acordado? Dorme! dorme, coração! Esqueça todas as dores e o teu temor de dormir para nunca mais despertar... Isto! Fecha os olhos, coração! Tua mente promete flores, flores que estarão a sorrir com perfumes pelo ar... Sou eu ou tu coração! quem deve dormir agora? Posto que é chegada a hora

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17

Morte de Poeta

Quando a tarde, vaidosa, se pintar de rubro; E eu, mesmo cedo, dormir e sonhar

Entrará o frio, sob o manto em que me cubro, Enquanto o calor espalha-se pelo ar...

E tu, com amor, chegarás de mansinho Aplicarás em mim teu beijo gelado.

Feliz me entregarei, qual filhote no ninho, Quando regressa a mãe para seu lado... Eis que chorarão os amigos e vizinhos... Também aquele que me censura e veta... Lastimarão os que se julgam sozinhos:

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18

Dança da Fita

Foi... numa “dança da fita” pros lados de Sacramento: notei que alguém me fitava, quando o fitei... me fez fita! Fitou-me, de novo, nossas fitas, como quem faz juramento, uma à outra se enlaçava, para desgosto... de Rita! D’outra vez, eu que fiz fita, com grande descaramento: fitava-o e disfarçava,

como quem fitar evita! Ontem na loja “da fita”,

tornou-me grande o tormento: saudades do camarada,

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19 Diga Sim

Diga sim!!! – murmuro...

Havia uma perigosa promessa, atrás das palavras,

e dos gestos....

Mas, se eu dissesse... faria ressurgir

a doce lembrança

que me aquecera o coração durante tantos invernos? Reavivaria a esperança que tanto lutei

para abafar no inconsciente durante toda a vida?

Diga sim!!! – repetiu...

A emoção transcendia a linguagem e contava uma história

que crescia, conforme os desejos iam-se revelando...

E... se eu dissesse? Com um suspiro apenas

senti a esperança de ressurgir em meu coração.

Não pedi promessas... nem ele as fez...

sem preocupar se amar assim fosse certo ou errado...

Diga sim!!! – ele aflito!!!

Emoções fugazes eram trocadas apenas através de olhares

quentes e selvagens... Deus!.... Aquilo era demais! Com a respiração ofegante;

os lábios trêmulos de expectativa... eu disse!!!

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20

Ela... a Última!

Busco-a desesperadamente, nas sombras da noite,

em braços estranhos, em amores superficiais... Busco-a desesperadamente, nos ventos de açoites,

no meio de sonhos, em seres especiais...

Busco-a desesperadamente, sob lençóis solitários,

escondida atrás da porta e... até debaixo do tapete... Busco-a desesperadamente, nos ventos de açoites,

no meio de sonhos, em seres especiais... Busco-a tão somente em casebres e solários,

num amor que não se importa qual buscar aflito é esse... Se a encontrarem por aí,

transmitam-lhe como uma dança: - Eu morro aos poucos aqui, porque te perdi: ESPERANÇA!!!

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21 Eternamente É ter na mente Éter na mente É terna mente Eterna mente Eternamente

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22

Engano Tolo

Cansada de padecer

Do chamado mal-de-amor, No limite da resistência, Tomei uma medida drástica: Num instante de sandice, Rasguei meu coração Em milhões de pedacinhos e atirei-os ao vento.

Hoje, sei que fiz tolice. Para meu grande tormento, Não deixei de ouvir sininhos, Nem morreu aquela emoção... Emoção?

A danada ri sarcástica De minha pobre existência: Cada pedacinho de coração-dor Voltou... multiplicado por mil!!!

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23 Esta Noite

Esta noite! Ele disse.

E foi o bastante para que meus sonhos Estendessem seus tentáculos

Em todas as direções... Esta noite! Repeti.

O peito, calado, cavalgou. O olhar, brilhante, sorriu. Corpo e alma vibravam; Antecipando a felicidade,

Que neste momento tento segurar: Na figura esmaecida,

Que me fita do espelho... Esta noite! Ele disse. E eu, apenas sorri

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24

Estatutos do Sangue im/PURO

Que se acabem todas as dores, Desigualdades e preconceitos, Que se cubram as distâncias Entre sujeito e Sujeitos...

Que se sequem todas as lágrimas, Derramadas em vão.

Que não se criem mais fábulas sobre o homem não-irmão. Que se quebrem as algemas De raça ou religião.

Que o vivente sirva, apenas, Para ao outro dar a mão. Que se firam todas as leis, Quando discriminam o ‘impuro’. Que se destronem os reis

E se misturem ao sangue escuro. Que não se julguem seres astutos, A praticar os seus ritos.

Que rasguem os estatutos,

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25

Eternidade de um olhar

Fitei teus olhos e vi meu futuro todo espelhado em teu sorriso

mas... partiste para além do obscuro eu fiquei sem rumo... sem meu piso! Em teus olhos, vi os anos perdidos... ouvi palavras que não foram ditas fizeram-me escrava de desconhecidos procurando pelas sortes benditas! Como o vento faz girar os moinhos estiveste lá: quieto e constante. Num rasgo de tempo capturado... Tornaste eterno para quem sozinho um olhar apenas é o bastante

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26 Esperança

A alma parte-se No olhar perdido

Que vagueia, buscando

O que não mais pode encontrar. O peito aperta-se

A mente, em turbilhões,

Desfia, em forma de lágrimas O rosário dos desencontros. Quando é quase real,

O sonho esvai-se E leva consigo

Os últimos vestígios Do que poderia ser.... Mas não é...

Mas não foi... Mas não será...

Onde estás, esperança? Partiste também?

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27 Fêmea Dama Da noite. Senhora Dos açoites. Mulher Da vida. Fêmea Vendida. Até quando?

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28

ÊXTASE/amor proibido

Sabia...

Sabia que devia afastar a mão,

Sabia que devia partir imediatamente, Sabia que devia esquecer ‘aquele’ sonho! Entretanto...

O intermezzo foi tão doce, Um momento de epifania,

Marcado por sussurros que emitiam, Conforme lhes era ensinada,

Uma melodia com tons e notas Gloriosas de prazer!

Sabia...

Sabia que não devia ouvir aquela música, Sabia que não devia dançar naquele teatro, Sabia que não devia sentir o que sentia! Entretanto...

A música dos amantes... é envolvente! O balé dos amantes... é mágico!

Buscam o tom ideal, único e perfeito... Na confusão dos corpos... e das mentes! De uma forma selvagem, - inebriante; Até o ápice do encontro das almas! Entretanto sabia...

Sabia que era um encontro proibido, Sabia que o coração era o culpado; Sabia que devia esconder...

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29 Fantasmas

No escuro porão de minha memória, olho a vida pelo retrovisor.

Simples fragmentos de minha estória Meus fantasmas, minha alegria e dor. Meus fantasmas... estão a minha volta, enchendo minha alma de lembranças: uma criança que feliz se solta,

com promessas de vida e esperança. São fantasmas um tanto descuidados que quase se mostram nitidamente rindo... eles retornaram do passado! De quando meus entes foram embora e fiquei só... chorando tristemente com fantasmas, louca vivo agora.

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30

Fotos da Vida

Abro o álbum

um homem sorridente exibe um bebê:

- Meu pai e eu! Foto seguinte:

uma mulher grávida assopra a vela

de meu primeiro aninho. Todos estavam lá:

meu pai, minha mãe, meu avô, minhas avós, meus tios e tias...

Próxima foto:

um bando de crianças brincando no entardecer: somos os sete irmãos! Meus quinze anos! Faltava uma avó; o avô e alguns tios,

os presentes sorriam felizes. Primeira valsa,

primeiro amor.

Primeira escapada na noite e os sorrisos continuavam. Meu casamento!

Meu pai já não estava... Meus filhos nascendo, as crianças crescendo... Quase posso ouvir

as gargalhadas das lembranças: meu marido, eu, nossos filhos e neto. Um a um foram sumindo

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31 e com eles se foi

O estoque de sorrisos. Tarde da noite,

fecho o álbum

e o silêncio me envolve

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32 Fui

Fui...

Fui tudo que você pediu,

até não saber mais quem eu era. Fui tudo que você quis,

Até o dia em que me perdi de mim. Esqueci tudo que era real,

para encenar fielmente o papel que você escolheu.

MATEI MEUS SONHOS

APRISONEI MINHAS ILUSÕES. Se o que eu queria era apenas amor, este se perdeu no vazio das mentiras. Mas.... Ainda prossigo:

Mantendo as aparências, afivelando a máscara, e, o tempo todo,

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33

Homem dos Sonhos

Exausta de ser eu mesma,

perdi o discernimento e me permiti viver tudo o que o coração queria, embora não devesse...

Simples assim... a fantasia secreta incendiando a alma, amaçando me queimar, com o próprio fogo... O eco da esperança oferece a possibilidade de realizar antigos sonhos e descobrir verdadeiros sentidos da paixão... Assim como a insanidade sem convite nem permissão, apareceu a imagem do homem, que me fez virar do avesso... Nossas emoções se misturaram e flutuaram sem controle,

navegamos entre a esperança e o desespero total.

Ela me penetra a alma,

descobrindo-lhe os segredos; como se pudessem ver

o que eu mais queria ocultar... Falo baixinho!

Como se aumentar o tom pudesse acabar com a magia desse momento.

Com sentidos aguçados, no ápice do encontro;

quase desfalecendo, conhecemos: parte do paraíso... juntos!

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34 Que tristeza!

Com mais insistência do que gostaria; a consciência é o relógio que dita o toque do despertar! Simples assim...

O coração clama pelo consentimento; o lado racional implora pela recusa. Creio até mesmo que me perdi, em algum ponto desta maluquice... Meu lado aventureiro

havia passado dos limites, O dia vem amanhecendo... é hora de voltar a ser EU!! Quando a ti:

homem ideal...

retorne às sombras...

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35

Hora do Banho

Hora do banho é hora sagrada

que a simples moça que se banha agora mira o corpo jovem, qual a rosa orvalhada, e, suspirando feliz, cantarola...

Hora do banho, uma hora sagrada

que a simples moça que se banha agora, numa euforia estranha, se comparada à que sente a terra no romper d’aurora. E a mão... num dado momento parada Faz repousar no colo uma carícia Pela moça-menina tão sonhada.

E... só assim por si mesma acariciada, aos poucos descobre ela com malícia porque a hora do banho... É sagrada!

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36

IMAGEM/Miragem de Si

Debruçara sobre o riacho, e fitara sem querer:

a imagem (quase esquecida) de si mesma...

Ali estivera,

a costumeira mistura de medos e choque que tantas outras vezes havia visto no rosto...

O grande maestro (da vida) voltara a abrir-lhe os braços. Atirara-se neles então,

formando um doce laço...

Envolta pela imagem (miragem?), nem percebeu que se afogara. Teria sido em lágrimas?

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37

Mesmo que Não Venha

Mesmo que não venha Dividir o teto,

Preencher o leito, Partilhar o pão...

Mesmo que não venha Morar comigo,

Ser meu amigo, Um ombro irmão... Mesmo que não venha Somar sorrisos,

Secar lágrimas, Repartir a dor... Ainda assim,

Você vive em mim Em meu coração.

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38

Morrer Mais de Uma Vez

É branca a folha que recebe, A tinta negra da história...

Que o senhor do tempo fez questão De tomar nos braços,

e fazer reviver... Era clara a noite que recebeu

Aquele minuto único de glória;

Que o citado senhor fez parar o tempo; E... nos braços do amor,

morri pela primeira vez!!! Foi no escuro amanhecer que ele partiu,

E eu, me sentindo parte da escória, Esqueci que o senhor do tempo existia; Me consumi na dor e...

morri pela segunda vez... É nebulosa a vida que prossigo:

De história, glória, escória.

Morro a cada anoitecer sem descobrir Que nenhum coração foi criado

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39 Não Vás

Não vás! – murmurei.

Mais adivinhei que percebi, Quando me beijaste de leve, E te afastaste de mansinho... Não vás!! – solucei.

Mesmo resoluto vacilaste,

Uma pausa – poucos segundos, E recomeçaste a caminhada. Não vás!!! – berrei.

Agradeço hoje as lágrimas, Que me impediram de ver, Quando cruzaste o umbral

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40

Nossos Amores

Meu amor é temporal de verão

que passa: devastando, inundando... como um raio, incendeia a paixão feroz, vem a tormenta provocando... Teu amor é mais uma delicada chuva da primavera ou garoa que acalma a alma machucada e alivia o coração numa boa... Se juntássemos nossos amores quem sabe pelo menos por um dia pudéssemos esquecer nossas dores... Seríamos luz do sol que irradia

posto que ninguém é velho demais para sonhar... ou chorar de alegria!!!

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41 O Que Dói

Com os olhos brilhando,

na maneira típica dos apaixonados; no mesmo tom de terna intimidade... nossos corpos buscam...

e se encontram!!! Nossos lábios, intumescidos de desejo, juntaram-se... como se fossem um; em beijos que purgaram a alma

e esvaziaram a mente... Automaticamente nossos braços

atraíram-se em ternos abraços. É... só então descubro

que quem me abraça sou eu...

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42 Palco O palco Da vida Oferece Atrações mil. No palco Da vida Encontrei Aventuras mil. O palco Da vida Presenteou-me Um leão. No palco Da vida Meu leão vestiu Vênus. e de Vênus vestido Personificou felicidade. Da vida No palco Zeus, Ele Atirou-se Da vida No Palco Leão Vênus

É Zeus e mais nada

E um Zeus atirando É um leão Vênus verdade! E um palco Do palco No palco Da vida Fica o leão Deus/Zeus/Vênus. Meu homem é apenas

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43 Meu rei – meu...

Um homem E mais nada...

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44 Pedaços

Quisera um dia encontrar as palavras; para descrever o que tenho no coraçã. Como dói...

Esta dor que parece me rasgar no todo, como papel velho,

descartável!

Preciso calar esta dor:

- Antes de sucumbir às emoções, gritando por alívio...

- Antes de fazer algo para o qual não estou preparada... Como dói...

Este coração povoado de fantasmas, de sonhos que antes me enfeitiçavam, agora, me atiçam para além da tolerância, na pior das torturas...

Tenho a impressão

de estar me quebrando por dentro. Depois de rasgado e quebrado... O que faço com os retalhos???

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45

Pelo Menos Hoje

Pelo menos hoje,

Quero fingir que consigo Relevar tua ausência E enfrentar a solidão, Com maturidade! Pelo menos hoje,

Quero que o futuro pareça Sublime e rico em promessas Com o pouco de mentira Que ainda me resta...

Apesar de triste posso erguer a cabeça e seguir adiante como só quem viveu um amor pode seguir... Ainda que... naquele tempo

“eu ainda não sabia que no amor quanto mais fundo se vai...

mais leve se torna”.

E que diante da fatalidade. “aqueles momentos felizes... são os únicos que ficam para serem lembrados...”

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46

Porque te Amo

Tanta coisa nesta vida,

eu pensei que era pra ser minha mas não era para ser...

Por um espaço de tempo, debato-me entre o espanto e a incredulidade indócil

que cercam a razão e emoção. ...E...

só então descubro:

que meus problemas estão com validade vencida... Mas... será...?

Se estão,

provavelmente são falsas estas lágrimas que correm, abundantemente em meu rosto. Acredito que, com o tempo, hei de criar calos na alma... e aceitar as inverdades. Enquanto este dia não chega sou um resto de nada

porque não aguento mais ter esperanças... e me odeio por não te odiar!!!

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47

Amorosamente

A morosa mente Amo rosa... mente! Amor, o Sá mente Amorosamente.

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48

Portas Fechadas

Uma porta fechando,

risadas bêbadas lá dentro. Fora, uma criança chorando, compreendendo enfim... que está sozinha

para sempre! Uma porta fechando,

gargalhadas de escárnio ressoam. Fora, um jovem em pedaços, compreendendo enfim,

que nasceu no lado errado

da vida! Uma porta fechando,

abafando um sorriso de terror.

Fora, um mendigo – mão estendida, compreende enfim,

que sempre foi um nada

para os homens! Uma porta fechando,

com contido sorriso se esconde. Fora, um homem desiludido, compreendendo enfim,

que mais uma vez irá para os filhos sem o pão! Uma porta fechando,

sem sorrisos fechados ao mundo. Fora, um idoso que se entrega, compreendendo enfim,

que a vida está prestes ao fim

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49

Quase Amor

Busco, ávido, tua nascente pura,

Como náufrago busca oásis no deserto. tornaste tu, com mansidão e candura, Musa dum verso recém-descoberto! Percorro tuas curvas com ternura,

Devagar... em homenagem à tua beleza. Com sede de ti... eu agora desperto; Adentro, com urgência e gentileza! Tu envolves meu corpo com certeza De que dentro de ti me perco e me acho, Dás-me o êxtase! – Repouso em teu leito. Fizeste de mim teu escravo e capacho, Que Deus, penso eu, tinha amor no peito; Quando te criou: nascente... e riacho!!!

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50 Quero

Quero:

- Espremer a vida Até a última gota - Fazer dos olhos As cortinas; Da boca O hino; Dos ouvidos A peça Do corpo O cenário; Do coração O palco. Quero: - Espremer a vida Até a última gota. Passá-la nas cordas de um violão afinado. E fazê-la ainda

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Quem Sou Eu?

Como posso saber quem sou eu se não vejo meu rosto refletido

em teu olhar que até ontem foi tão meu hoje reflete um outro vestido?

Quero permanecer em nossa casa junto a longínquas lembranças felizes. Quem sabe o outro vestido se atrasa fazendo-te mais um de seus deslizes? Não suporto a ideia de percorrer

cômodos vazios e silenciosos onde ecoam saudade e prazer... e... quando voltares, grandioso dia! guardarei todos os versos chorosos. Desta feita, chorando de alegria!!!

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52 Se... E Se

E se...

ainda houvesse tempo para sonhar, ainda um sorriso revelasse o sonho, ainda o coração abrigasse o amor, ainda tivéssemos tempo para viver. amor e vida caminhassem juntos, a dor, maior que a física, fosse curada, a felicidade perdida fosse recuperada, as lágrimas, escondidas, finalmente secassem?

Mas...

não há mais tempo para sonhar, não há mais caminhos para trilhar, não há mais cura para nenhuma dor, não há mais lágrimas, nem nada... tudo é vazio... seria a morte?

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53 Sorrisos Teu sorriso Tão meigo, Tão terno, Tão puro Tão Simples... Encerra Um quê Maldoso, Maravilhoso. Que vem De encontro Ao meu... Teu sorriso Esboça Um sonho, Cerceado De imagens que só Nós dois Entendemos... Teu sorriso Só mostra O que Nos vai Por dentro, Só trai Tudo que Nossos corpos Sentem... E eu Embarco Nas águas Claras, Límpidas Que traio No Fulgor

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54 Das faces

Rubras Que unem

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55 Tempo

Houve um tempo, em que quis rir; e ri... gargalhei!

de meu eu que chorava... Depois chegou o tempo em que quis sentir raiva; e xinguei... odiei

o meu eu que amava... Hoje, vejo que no tempo em que quis ser feliz; nada pude fazer,

pelo meu eu que sentia... No meu tempo agora não existe rir, chorar raiva, felicidade, amor... meu eu é imenso vazio... O que faço

com esse nada que solitariamente preenche meu eu??

(56)

56

Sem Palavras

Não precisamos de palavras... tomados por ondas de esperanças e de uma perigosa alegria,

vindas de certeza de que estamos juntos!... Unimos os lábios com impetuosidade, na troca de beijos... repletos de volúpia; enquanto corpos ardentes encorajam-se, sem precisar de palavras!

Não precisamos de palavras... ao abraçarmo-nos com urgência, diante da paixão desenfreada

e do desejo primitivo em nossos olhos. As mãos que se acariciam,

o ato de moldarmos corpos febris, a expressão de doce agonia... não precisam de palavras! Não precisamos de palavras... se nem sabemos onde estamos: no paraíso... acho eu,

(57)

57 Torpor

Quando me embriago, Neste teu sorriso E no teu afago.

Quando a dose do teu beijo Tira meu juízo

Chama meu desejo. Se álcool, evapora Sem nenhum delírio, Sem nenhuma dor.

Você diz que vai embora; Antes que eu me refaça Do último suspiro.

Você se afasta... e vai! Pra longe de meus braços E o meu mundo cai.

Neste torpor,

Num tempo/espaço, Tira a cor da minha vida. Deixa a febre,

Bêbada de agonia, Neste casebre

Solto pela imensidão, Cambaleio,

Vítima de emoções... E a dor que se inicia, Corre como correm A noite e o dia...

(58)

58 Arduamente Árdua mente Ar duas mentes Ardo a mente Ar duamente Arduamente!

(59)

59

Uma Lápide Qualquer

Aqui jaz alguém,

Que nasceu chorando E chorou sorrindo, Para fazer sorrir

Outros que choravam. Alguém que...

Não teve grandes amores,

Para que não despedaçar corações. Que não teve amigos,

Para não deixar saudades. Aqui jaz alguém:

Que nasceu sem lar, Que não teve destinos... E quando pôde ter um, Acovardou-se e fugiu. Alguém que...

Foi poeta sem poesia, Foi cantor sem canção, Foi amante sem amor, Foi alegre sem ser feliz. Aqui jaz alguém

Que não teve berço, Que não teve amor, Que não teve amigos... Alguém que...

Não teve nem foi nada, Tampouco se sabe Se este alguém existiu.

E se foi feliz ou não, faz alguma diferença?

(60)

60 Um Beijo Quase constrangida, Tento me convencer de que é apenas: UM BEIJO! Mas...

Como explicar as fagulhas, arrebatadoras e incontroláveis, que me fazem perder o discernimento? É apenas um beijo... Um beijo de amante, Permeado de perigo E de um latente Despertar do êxtase... Um beijo...

Cujo o poder me domina, Apagando o resto

De resistência e controle Que ainda tenho...

É apenas um beijo E eu mergulho No abismo da sedução, Da paixão e luxúria Submissa... Um beijo...

Que me transporta ao delírio, E meu corpo responde

A emoções inebriantes, Surpreendentes!!

É apenas um beijo... E se misturam

O desejo, a magia

E aquela brutal sensação De abandono...

(61)

61 É um beijo

Algo desconhecido

Que escapa à compreensão: É UM BEIJO!!!!

(62)

62

Trapo Humano

A desesperança me fez partir, Em silêncio, pedi que me levasse. Olhando meu pálido sorrir...

Desesperançada me levei... Segui comigo mesma,

A passos lentos, andar calmo e triste. Minha mão se levanta e o dedo em riste Faz a acusação: FUGITIVA!

E no dia em que mais me azarei, Caí-me pensar que amava...

Mais infeliz que feliz, menos sorri que chorei Até descobrir que não dava!

Ri, ri daquele trapo maltrapilho que sob meus pés pereceu; Gargalhei e critiquei aquilo, Mesmo sabendo que o trapo ERA EU.

(63)

63 Diferença

Difere (a c)rença, (se) Di fere Ença, (Faz) diferença Diferença?

- Viva!

(64)

64 Um Caipira A chegada é linda Vitoriosa! Cheia de sorrisos... E sonhos... Muitos sonhos! O difícil é entender Como fazer parte

Daquela porção De concreto Enfileirado Como procissão no interior As pequenas diferenças

Saltam aos olhos e no fato De que o concreto

Não reza, Não canta,

Não olha, Não sente... Como parece igual às pessoas

Que o rodeiam!

Prazer! Que prazer sente, Ao caminhar devagar,

Fitando nos mínimos detalhes A procissão de concreto. Isto fica impossível,

Quando a multidão apressada:

Acotovela, empurra, Aumenta o passo De quem, Ainda extasiado, Não tem pressa! Para mostrar a vitória,

(65)

65 O caipira apaixonado

Abre os braços

Como quem abraça A vastidão construída, Os milhares de seres Vestindo em cores Berrantes... Mas esse gesto

Queda-se inerte

Quando as pessoas passam, Correndo sem sorrir,

Sem olhar nos olhos, Sem perceber que talvez Pudessem quebrar os braços Do caipira que abraça seu mundo Cheio de esperanças... - Esperanças... felicidade!

- Vocês conhecem estas Palavras???

Arrumar emprego como braçal Até que foi bem fácil

Com Arroubos de otimismo Levanta-se cedo, deita-se tarde

cansado...

Mas até o cansaço é bom, Quando se sente feliz... Fim do mês, primeiro salário

Primeira decepção! Aluguel, supermercado, famrácia...

E o dinheiro acabou... Não deu nem para comer, Quanto mais pro aluguel!

Continua o trabalho, A fome. ...O trabalho

(66)

66

**Esta é uma homenagem a um amigo puro, simples e alegre que acreditava na vida..

na mesma vida que o tragou na década de 70.** As dívidas ... O trabalho A pobreza! Continua a vida: A carência De gente, A carência... De afeto, A carência De tudo! Tudo vai ficando mais difícil...

Mais, Mais. E mais!

Onde está a solução? Onde estarão os amigos? Como encontrar um irmão? Como matar a fome d’um filho? Morre o homem honesto... Nasce o ladrão

Que ainda é caipira demais Para se dar bem nisso...

Gritos! Tiros! Socos! Pneus arrastando-se! Agonia!!! HOMICÍDIO OU SUICÍDIO?

Onde está o caipira? - Os sonhos? - O otimismo? - A felicidade? - A Esperança?

Nas Manchetes que dizem:

“MORRE MAIS UM CAIPIRA QUE

(67)

67

Vulnerabilidade

Foi aquela garota: tímida, vulnerável...

que buscava desesperadamente amor e proteção

(tão tímida... tão vulnerável... quanto um astro do cosmo

prestes a se apagar para sempre...) Transformou-se numa jovem:

tímida, vulnerável...

o estranho é que a busca nunca houvesse terminado...

(tão tímida... tão vulnerável... que se recolheu a si mesma, matando-se e mumificando-se

para sempre...) Tanto tempo se passou

a mulher tímida, vulnerável... apenas não busca mais amor e proteção

(tão tímida... tão vulnerável... ainda tenho que apelar por amigos imaginários quando precisa de um ombro

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68

Títulos:

As Marias 6 A Coragem e a Loucura 7 Acidente?!? 8 A Estranha 9 A Reforma 10 Adeus!!! 11 Anoitece 12 Ao Meu Amor 14 Bobagem 15

Conversa com o Coração 16

Morte de Poeta 17 Dança da Fita 18 Diga Sim 19 Ela... a Última! 20 Eternamente 21 Engano Tolo 22 Esta Noite 23

Estatutos do Sangue im/PURO 24

Eternidade de um olhar 25 Esperança 26 Fêmea 27 ÊXTASE/amor proibido 28 Fantasmas 29 Fotos da Vida 30 Fui 32

Homem dos Sonhos 33

Hora do Banho 35

IMAGEM/Miragem de Si 36

Mesmo que Não Venha 37

Morrer Mais de Uma Vez 38

(69)

69

Nossos Amores 40

O Que Dói 41

Palco 42

Pedaços 44

Pelo Menos Hoje 45

Porque te Amo 46

Amorosamente 47

Portas Fechadas 48

Quase Amor 49

Quero 50

Quem Sou Eu? 51

Se... E Se 52 Sorrisos 53 Tempo 55 Sem Palavras 56 Torpor 57 Arduamente 58

Uma Lápide Qualquer 59

Um Beijo 60

Trapo Humano 62

Diferença 63

Um Caipira 64

(70)

Biografia

Imaculada Catarina nasceu em Quartel do Sacramento, município de Bom Jesus do Galho (MG). Apaixonou-se pela arte da escrita ainda criança e no antigo primário já recitava suas poesias no colégio, junto com a amiga Maria Gorete, fundou o jornal da escola – o “Novidades e Fofocas”.

Foi nesse período que começou a criar personagens para assinar seus escritos. Desta forma, as críticas de professores e colegas contribuíram para que nascessem os seguintes escritores: Lyria Santas, Evaristo Piena, Nara Sandrinni, etc.

Participou das seguintes coletâneas: Pedaços do Coração (UBT) e Encontro (Acesita Energética).

É autora de diversas obras infantis, um romance A-Quartelados e de um livro de poesia intitulado Porque as Rosas Choram.

Aos 42 anos lançou o segundo livro de poesia, sob o título As Marias.

__________________________ Sinto falta de abraçar-te

E de declarar meu amor a cada oportunidade Não sou tão versátil com as palavras

Não herdei esse teu dom

Agradeço a Deus, meu mestre, por eu ser teu filho Lembre-se da morte

algum dia todos nós morreremos

No dia 03 de dezembro de 2010 Imaculada Catarina recebeu o beijo gelado.

contato: catarina@fabrinne.com

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