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Roma, 29 de outubro de 1987.

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Roma, 29 de outubro de 1987.

Caros Irmãos,

na tarde de 17 de junho chegava improvisamente a notícia da morte do caro irmão Dom Walter Bini

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2 A notícia reboava veloz de Echaporã, cidadezinha no Estado de São Paulo, a Lins, a Campo Grande, a São Paulo e a Roma: enquanto retornava de uma reunião da Província Eclesiástica de Botucatu, que se deu na cidade de Assis, juntamente com o Vigário Geral da Diocese, Mons. Geraldo Eugênio Salemi e com a Srª Teresinha Nadai, coordenadora diocesana para a Catequese, pelas 16h30, o carro do bispo sofreu um encontro frontal com um caminhão usado para transporte de carne. No grave acidente D. Walter Bini teve uma fratura do crânio que provocou a morte quase instantânea. O Vigário Geral, gravemente ferido, estava ainda com vida e foi transportando para o hospital vizinho; mas também ele faleceu ao entrar no hospital. Também o condutor do caminhão ficou gravemente ferido.

Como é misteriosa a história da salvação! Os caminhos do Senhor não são os nossos: a sua fecundidade está ligada aos valores do sacrifício e da morte, incompreendida pelo mundo, nela ocupa um lugar eminente.

No lugar do acidente chegava rapidamente o bispo da cidade de Marília e o diretor da nossa casa salesiana de Lins. O corpo de Dom Walter foi encaminhado para o hospital de Marília para o reconhecimento do corpo. Aqui os médicos perguntaram da possibilidade de terem as córneas seja de Dom Bini (ao menos aquela intacta) como do Vigário Geral: foi este o último gesto de doação. Eram as primeiras vésperas da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo.

Os restos mortais do bispo, liberado pelas autoridades, foram transportados logo na manhã seguinte par a catedral de Santo António em Lins. Aqui, durante o dia todo que era festivo, foi uma ininterrupta procissão de gente, que parava comovida diante do caixão do pastor para uma oração cheia de Esperança: a Igreja de Lins oferecia ao Pai, com o Corpo e o Sangue de Cristo, o corpo de seu Bispo, de seu Vigário Geral e da catequista Teresinha.

Eram as 20h. daquela tarde, quando, presentes cinco mil pessoas, não obstante o frio, iniciava-se a solene liturgia fúnebre. Dezenove bispos concelebraram ao redor do Cardeal D. Paulo Evaristo Arns, Arcebispo de São Paulo, D. Luciano Mendes de Almeida, Presidente da CNBB, D. Vicente Marchetti Zioni, Metropolita da Província Eclesiástica de Botucatu, e os Inspetores salesianos, Pe. José Marinoni e Pe. Irineu Danelon.

A liturgia foi o grande atestado de fé e de esperança cristã diante do mistério daquelas mortes (do bispo e dos seus colaboradores), que humanamente nãosabemos dar resposta. A figura de D. Walter Bini, em particular, surge plenamente iluminada por muitas intervenções de agradecimento e de oração que se

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3 sucederam. É o que também nós queremos fazer, para dar graças ao Senhor pelo dom desse nosso caríssimo irmão e para sermos estimulados pelo seu exemplo.

As etapas da vida

Walter Bini nasceu na cidade de São Paulo no dia 30 de maio de 1930, filho de Aurélio Bini e de Adalgisa Arnaud. A primeira educação cristã, recebida na família, foi certamente a base sobre a qual foi se construindo o edifício de uma vida doada ao Senhor e aos irmãos. Ele conservou sempre vivíssimo afeto pelos pais que o fizeram crescer na fé: isso recordava, durante a liturgia fúnebre, Dom Luciano Mendes de Almeida, que poucos dias antes lhe havia comunicado o falecimento de sua mãe e teve a oportunidade de constatar de perto a intimidade que havia entre o filho e a mãe.

Ao lado da educação dos pais, o pequeno Walter teve outro ambiente querido, que o ajudou a crescer com alegria na fé: foi o Oratório e a escola salesiana da Mooca: aqui ele pode conhecer a vida e o espírito de Dom Bosco de tal modo de ser atraído a experimentar e viver mais a fundo os ricos valores. Com dez anos, em 1940, entrava na casa salesiana de Lorena, onde tendo descoberto os sinais de vocação, pedia para ser admitido ao noviciado, que se deu na casa de Pindamonhangaba. No dia 31 de janeiro de 1947 fez a sua primeira profissão religiosa como filho de São João Bosco. Depois da profissão, tendo encontrado no jovem salesiano não comuns dotes de inteligência e de serviço, os superiores mandaram para aperfeiçoar-se nos estudos pedagógicos e filosóficos no Pontifício Ateneu Salesiano de Turim. Aqui ele conseguiu a láurea em filosofia e a especialização e pedagogia.

Voltando para o Brasil, continuou os estudos de Teologia no Instituto Teológico Pio XI e na Faculdade Teológica Nossa Senhora Assunção, no Ipiranga, ambos em São Paulo. E em São Paulo, Pe. Walter Bini foi ordenado sacerdote no dia 08 de dezembro de 1959 (data salesianamente profética), com a imposição das mãos de D. Paulo Rolim Loureiro, bispo Auxiliar de São Paulo.

Começavam, então, os anos de apostolado intenso, no qual o padre Bini podia manifestar os seus dotes de ciência, sobretudo, de entusiasmo pastoral, que havia cultivado nos anos da preparação. Os superiores salesianos, vendo nele grande estima, o chamaram logo para a delicada tarefa de professor e formador, primeiro dos estudantes de filosofia em Lorena, depois dos candidatos ao sacerdócio no Instituto Pio XI em São Paulo. Em 1973 a obediência lhe confiava o cargo de diretor deste Instituto teológico inter inspetorial. Quem o conheceu durante aqueles anos testemunham o seu amor à profundidade da reflexão na fé, com vivo interesse por tudo o que a ciência pode oferecer para trazer aos homens a mensagem evangélica, e

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4 ao mesmo tempo a capacidade fraterna e paterna de aproximar os jovens irmãos nos seus propósitos e nas dificuldades da própria formação.

Destacava-se no padre Walter a grande bondade, centro vivo do espírito salesiano, e o amor sacerdotal de Cristo. Justamente este testemunho de autenticidade salesiana o preparou para maiores responsabilidades. Nomeado Conselheiro Inspetorial de São Paulo, lhe foi confiado o encargo de cuidar das Edições salesianas brasileiras; Secretário da Conferência dos Inspetores do Brasil, guiou os primeiros cursos de formação permanente desejados pelo CGE; e em 1976 foi eleito Inspetor da Inspetoria Salesiana do Mato Grosso, Inspetoria missionária que ele já havia conhecido e amado. O atual inspetor de Campo Grande, padre José Marinoni, recordando a experiência do padre Bini nos anos muito delicados para a Inspetoria, assim escreve: “Na animação da Inspetoria, padre Walter Bini, como Inspetor se empenhou primariamente nas pessoas e não só nas obras. A sua capacidade de contatos, de conquistar confiança e de interpelar oportunamente e tempestivamente foi decisiva. Apoiou e estimulou o nascimento e o desenvolvimento do Centro de Catequese e de Pastoral Juvenil; deu todo seu apoio para a criação do Instituto de Teologia Regional do Extremo Este; se dedicou com cuidado e com projetos concretos para a renovação da pastoral vocacional na Inspetoria”.

Um empenho maior o espera. Em 1978 participando do CG21, foi eleito pelo mesmo Capítulo para fazer parte do Conselho Geral da Congregação, como Conselheiro Geral para a Região do Atlântico. Os seis anos transcorridos neste cargo colocaram em mais evidência os seus dotes salesianos e sacerdotais: as Inspetorias puderam gozar da sua inteligente presença sempre permeada de interesse e bondade, capaz de serenar e encorajar, levando a palavra e a orientação dos Capítulos Gerais e do Reitor Mor e indicando caminhos concretos para resolver as dificuldades. A sua presença no Conselho Geral foi sempre verdadeira riqueza, seja pela segura doutrina salesiana, seja pelo conhecimento vivo da realidade.

Em 1984, ao concluir o sexênio de Conselheiro Geral, nova chamada se inseria na vida do padre Bini: o Santo Padre o nomeava Bispo da Diocese de Lins, no seu Brasil, promovendo-o à plenitude do Sacerdócio. Aceitou o delicado empenho com grande espírito de fé. No dia 24 de maio de 1984 (outra data mariana), na igreja de Maria Auxiliadora em São Paulo era consagrado Bispo pelo Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, pelo Arcebispo de Botucatu, Dom Vicente Marchetti Zioni e pelo seu predecessor, Dom Luiz Colussi. Começava uma mais exigente experiência pastoral, de dedicação total ao seu povo, crescendo também neste novo caminho no espírito de Dom Bosco. Na última Assembleia Geral da CNBB, que se deu em Itaici, no mês de abril, ele foi eleito para fazer parte da Comissão Episcopal de Pastoral, como encarregado da Catequese a nível nacional. Assumia assim uma das

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5 mais importantes responsabilidades pastorais para a sua imensa e dinâmica pátria que procura uma nova evangelização.

Um salesiano trabalhador e portador de esperança

O Inspetor de São Paulo, padre Irineu Danelon, recordando a figura de D. Walter Bini, por ele conhecido desde os anos da formação filosófica, escreve que ele foi um “irmão e amigo, modelo de vida salesiana”.

Certamente aquilo que vem imediatamente à memória de quem conheceu Dom Bini, é justamente a sua figura de salesiano, fiel imitador de Dom Bosco, ligado à Congregação, que queria encarnada na realidade da juventude brasileira.

De Dom Bosco aprendeu de modo especial a grande laboriosidade: era homem de intensa atividade, elaborada a partir da familiaridade com o Senhor de quem se sentia servidor, mas também das reflexões sobre problemas e sobre necessidades da sua gente. A laboriosidade se traduzia em serviço generoso e cheio de amor para com os irmãos e para coma comunidade: o que se manifestou especialmente nos anos de seu empenho como Inspetor, como Conselheiro Geral e como Bispo, mas era já radicado nos anos da responsabilidade de formador.

De Dom Bosco aprendeu também a alegria e o otimismo no servir. Quem vivia ao seu lado ficava maravilhado com a serenidade com que enfrentava as situações difíceis e da calam com que via os problemas. O seu olhar sobre o futuro da Congregação e da Igreja, sobre iniciativas apostólicas, sobre a mesma leitura dos dados era marcado por aquela esperança que se fundamenta na certeza da presença do Espírito do Senhor e da intervenção que vem cotidianamente da Auxiliadora, Mãe e Mestra.

Trabalho e esperança eram testemunho claro da sua vida interior: no colóquio da oração e na união com Cristo ele havia aprendido a desenhar aquela serenidade que sabia transformar os outros. Esta é uma das qualidades mais sublinhadas pelos irmãos e pelo polo: homem transparente e confiável, capaz de incentivar e inspirar esperança. Muito bonito o testemunho de um sacerdote diocesano, o padre Lauro que escreve: “Dom Walter Bini foi um construtor de unidade. Nos três anos de episcopado ele escolher percorrer os caminhos da reflexão, da unidade e soube dar aos seus imediatos companheiros de caminhada, os membros do seu presbitério, a mesma certeza de unidade. Um homem sábio, um homem simples, um homem que

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6 sabia ouvir, que tinha a paciência de plantar e esperar a chuva, esperar o tempo bom, um homem que confiava porque homem de Deus”. Mons. Celso confirma: “Via nele um homem de grande serenidade. Uma pessoa de grande bondade. Um homem polêmico, o que julgo dote precioso. Uma pessoa que comunicava alguma coisa que ajudava sempre a melhorar”.

Um animador profundo e aberto

Como acenei nos traços biográficos, ainda jovem sacerdote lhe foi confiada a responsabilidade de acompanhar e guiar as novas turmas que se formavam para a vida salesiana e sacerdotal. Soube responder com generosidade e disponibilidade, fazendo crescer em si as qualidades necessárias para esta tarefa delicada e importante. Efetivamente, que o conheceu mesmo só no seu ministério episcopal, testemunha a sua qualidade de “formador”, que se revela radicada nele desde longa e feliz experiência.

Para esta tarefa ele havia se preparado com empenho, adquirindo também mediante o estudo um conhecimento intelectual o mais completo possível.

Sobre o amor pelo estudo testemunha D. Bonifácio Piccinini que o conhece desde o aspirantado em Lorena: “Walter Bini foi um homem de piedade, um homem estudioso, um homem muito dedicado à reflexão. Nunca foi superficial, nunca vítima da impulsividade ou autor de cenas explosivas. Mesmo se havia companheiro muito emotivo, com muito ardor próprio da juventude, ele era, direi, um que colocava água no fogo e os fazia refletir”. De uma parte vem sublinhado o amor ao estudo e de outra parte aquela capacidade de reflexão, de calma, de equanimidade, que o distinguiu sempre na vida. Esta qualidade se revela profícua no contato com os jovens irmãos: ele sabia escutá-los, os ajudava a discernir e os acompanhava na elaboração das conclusões e dos propósitos.

Quanto ao conhecimento cultural, nota-se nele um ser completo, formado com esforço constante: além do campo filosófico e teológico, cuidou particularmente, estilo salesiano, da catequese e da liturgia; eram-lhe muito agradáveis as ciências exatas e as estatísticas; isso lhe foi muito útil durante os anos do seu ministério como Inspetor, Conselheiro Geral e de Bispo. Os seus dotes culturais se uniam com uma constante abertura mental que o fazia ver com atenção as novidades e, sobretudo as urgências das situações seja de casa pessoa que da comunidade. Como “amigo e padre” confiava nos jovens, na sua capacidade de amadurecer sustentados pela graça de Deus; tinha confiança na comunidade, da qual ele viu problemas e defeitos, e procurava ajudá-la a vencê-los.

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7 Emerge uma vez mais, a humanidade fina e rica de D. Walter, corroborada pelo Espírito do Senhor, que plasmou o seu coração segundo o coração de Cristo, “manso e humilde de coração”, a imitação de Dom Bosco, “pai e mestre dos jovens”. Compreende-se o que um testemunhou dele: “era capaz de difundir serenidade e otimismo”.

As Inspetorias da Região Atlântica conservam dele uma imagem de autêntico amigo, quase tímido nos primeiros momentos, mas, depois, observador constante e documentado, animador fraterno e profundo, guia firme e respeitoso, intimamente fiel ao Reitor Mor e abertamente solidário com toda comunidade.

Um pastor bom todo dedicado aos outros.

Nos últimos quinze anos de sua vida, quando foi chamado para a responsabilidade, primeiro de Inspetor, depois de Conselheiro Geral e finalmente de Bispo da Igreja de Lins, emergiu de maneira mais evidente a alma profundamente pastoral, que foi se formando com o auxílio da graça e através do diuturno dom de si. É aquela “caridade pastoral”, de marca tipicamente salesiana, expressa no característico programa de vida: «da mini animas, cetera tolle». É uma caridade fortemente caracterizada pela “graça da unidade” entre a contemplação de Deus e a dedicação ao homem, entre a evangelização e a promoção humana, entre a vida interior e a laboriosidade apostólica, ou seja, como dizia Dom Bosco, entre a vida dos anjos e aquela dos apóstolos. É, além disso, uma caridade traduzida em bondade e simpatia com a progressiva aprendizagem do “fazer-se amar”. É, portanto, também uma caridade protegida por uma ininterrupta pedagogia ascética feita, como costumava exprimir-se o santo Fundador, de “trabalho e temperança”. Uma caridade genuína, simples, simpática, operativa, sempre ligada à cruz do empenho pastoral.

Durante a liturgia fúnebre, o Presidente da Conferência Episcopal do Brasil, Dom Luciano Mendes de Almeida, que fez a homilia, sublinhou fortemente a caridade pastoral de D. Walter, referindo-se também ao lema que ele assumiu para o ministério episcopal. Referindo-se aos anos da função de formador dos jovens salesianos e ao empenho pelo crescimento dos agentes pastorais na Igreja, Dom Luciano assim continuava: “Já estava ali a alma do apóstolo, aquela alma que desejava catequizar, fazendo ressoar a mensagem de vida do Senhor Jesus. Por isso, nomeado Bispo em 1984, ele escolheu uma frase muito bonita, trata da carta de São João onde refletindo sobre as maravilhas da revelação de Deus, diz: “nós temos visto e acreditado no amor que Deus tem para conosco”. “Credidimus caritati”: uma frase tanto expressiva, que demonstra a solicitude que D. Walter Bini tinha fundada sobre

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8 a oração, sobre a meditação, sobre a palavra de Deus... Este lema de vida sacerdotal permanece para nós grande recordação”.

Semelhante caridade apostólica este nosso caro irmão havia praticado já durante os anos, não fáceis, do ministério de Inspetor e de Conselheiro Geral. Havia demonstrado no grande amor que nutria pelas pessoas, pelas comunidades, pela Congregação; no interesse pelas vocações; na preocupação em responder sempre às necessidades de todos, com total disponibilidade. Tinha doado ao ministério também a as saúde.

“Nos dias de suja consagração episcopal – escreve o padre Irineu Danelon – ele olhava para o seu anel e dizia: ‘esse é o sinal da aliança com o meu povo’: desejo dar a via pelo meu povo’”. E o padre Oscar Beozzo, administrador diocesano da Diocese de Lins, à pergunta: - quem era para o senhor D. Walter Bini?, respondia: - “Era um homem muito simples, muito cordial, sincero e amigo. Mas um homem profundamente evangélico, verdadeiramente dado e preocupado com a causa do povo”. Por tal causa “sabia assumir também atitudes corajosas”; entre outras, padre Beozzo citava o vivo interesse do Bispo pela reforma agrária no país, a preocupação pela situação dos sem-terra, acampados nas periferias das cidades, a grande e exigente opção juvenil, pelo imenso contingente de “menores carentes”.

É interessante também o testemunho de Jaime, um leigo, colaborador do Conselho presbiteral diocesano; falando da sua aproximação e solicitude pelos leigos, disse: “D. Walter nos ensinou que o caminho do povo avança através da escuta. Ele nos falava como pai, como amigo e como irmão... Um amigo e um irmão que tinha uma esperança inquebrantável”.

Quero concluir sublinhando ainda que a caridade pastoral desse nosso querido irmão se expressa de modo especial no empenho pela evangelização e a catequese. O confirma mo encargo recebido para tal setor a nível nacional, como vimos, no âmbito da Comissão Pastora do Episcopado brasileiro.

Era preparado, competente, sempre atualizado e equânime; uma qualidade, esta, de grande valor e atualidade que o fazia estar em profunda sintonia com as grandes orientações do Vaticano II, com o magistério vivo do Sucessor de Pedro, e com as opões das Assembleias episcopais latino-americanas de Medellín e de Puebla. A sua inteligente competência, sem ceder a extremismos e às modas, o apresentou em todos os lugares como diligente e dócil discípulo, sempre em atenta escuta da Palavra do Único Mestre.

Eis, caro irmãos, algumas breves reflexões que nos fazem recordar com afeto e gratidão a bela figura de Dom Walter Bini: uma vida doada para o bem da Igreja e da Congregação. Queremos dar graças ao Senhor e à Auxiliadora pelos dons com que

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9 enriqueceu este caro irmão, Bispo, por exemplo, de serviço humilde e alegre que ele nos deu, e pelo bem espalhado generosamente mediante a sua caridade.

Enquanto diante de sua morte prematura e trágica adoramos os inescrutáveis desígnios do Senhor, sentimos, na luz da Páscoa, que a morte cristã tem um valor imponderável também para o futuro: isto faz crescer a esperança que o bem semeado na vida de D. Walter Bini frutifique para a nossa Família e para todo o Povo de Deus, especialmente para aquela dileta porção diocesana aos seus cuidados pastorais.

Por isso, enquanto continuamos elevar a nossa oração de sufrágio, pedimos ao amigo e irmão, vivente em Cristo, de interceder por nós, para que sejamos, como ele, fiéis discípulos de Cristo e operosos filhos de Dom Bosco, cheios de caridade e de alegria serena, totalmente dedicados ao bem dos pequenos e dos pobres.

Rezemos com ele pelas vocações. Vos saúda e vos recorda no Senhor

Pe. Egidio VIGANÒ Reitor Maior DADOS PARA O NECROLÓGIO

DOM Walter Bini

* São Paulo (Brasil), 30 de maio de 1930, † Echaporã (Brasil), 17 de junho de 1987 com 57 anos de idade,

40 anos de profissão religiosa salesiana, 27 anos de sacerdócio e

Foi por 3 anos Diretor, por 2 anos Inspetor de Campo Grande, por 6 anos Conselheiro Geral e por 3 anos Bispo de Lins.

Referências

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