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APLICAÇÃO DOS RECURSOS DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO: COMPUTADOR E O USO DA INTERNET

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Academic year: 2021

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APLICAÇÃO DOS RECURSOS DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO:

COMPUTADOR E O USO DA INTERNET

Roseli Fornaza1 Lisandra Pacheco da Silva2

Resumo

O presente artigo pretende refletir sobre o papel do profissional do Laboratório de Informática, sua formação e atuação como professora. Com o objetivo de investigar as atividades realizadas no laboratório de informática, planejamento e o conhecimento dos softwares educacionais, Canário (2006, p. 12) nos diz que é necessário “Uma reinvenção da escola e do oficio de professor supõe um questionamento crítico e a superação da forma escolar, ou seja, do modo como a escola atual concebe os processos de aprender e ensinar.”As reflexões aqui apresentadas são resultado de uma pesquisa de opinião realizada no 1º semestre de 2012, aplicada a oito professores atuantes em escolas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio de Caxias do Sul: três professores de escolas Municipais, três de escolas Estaduais, dois de Escolas Particulares. Observa-se que a informática está influenciando a vida de cada um de nós e temos que nos adaptar às novas tecnologias sob pena de ficar para trás nos avanços tecnológicos, sobretudo no que diz respeito ao setor educacional. Assim o professor poderá e deverá usar os conteúdos exigidos em cada disciplina, porém, com recursos mais modernos e fazendo uso dos recursos de informática na educação. O professor precisa de formação tecnológica continuada e a informática visa contribuir na melhoria da aprendizagem tanto para o aluno como para o professor.

Palavras-chave: TICs; Formação de professores; Computador e Internet.

Introdução

Diariamente as pessoas convivem com um grande volume de informações, que chegam através das mídias, influenciando e contribuindo, significativamente para visão de

¹Licenciada em Computação pela Universidade de Caxias do Sul. Participante do Curso de Extensão Escola e Pesquisa: um encontro Possível 2012. Atualmente é Professora de Informática na Educação e Robótica Educacional, no CETEC - Caxias do Sul.

² Formadora NEPSO- Polo RS. Possui Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS (2009), especialização em Formação para a Educação a Distância pela Universidade de Caxias do UCS (2005)e Graduação em Pedagogia - Licenciatura Plena pela Universidade de Caxias do Sul-UCS (2004). Tem experiência em formação de professores nas modalidades presencial e a distância. Atualmente é professora na Pós-Graduação a Distância do SENAC /RS, com sede em Porto Alegre.

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mundo dos seres humanos, elevando assim seu potencial crítico.

Com a chegada de computadores e internet nas escolas, a grande preocupação é quanto aos docentes que sabem ou não manusear esse tipo de mídia e consequentemente o conhecimento do uso da informática na Educação do processo ensino e aprendizagem através de softwares Educativos e Atividades Educativas.

Nesse sentido, tem-se como proposta, pesquisar como os professores utilizam o laboratório de informática da escola integrando a mídia tecnológica (computador/internet) ao processo de ensino e aprendizagem, buscando através do conhecimento aprimorar a formação crítica da comunidade escolar. Canário (2006, p. 12) nos diz que “Uma reinvenção da escola e do oficio de professor supõe um questionamento crítico e a superação da forma escolar, ou seja, do modo como a escola atual concebe os processos de aprender e ensinar.”

A metodologia constituiu-se em um projeto de intervenção, em que num primeiro momento foi observado o uso do laboratório de informática pelos docentes e num segundo momento alterando-se este uso dando uma finalidade didática, com a realização de oficinas. A pesquisa de opinião foi realizada a partir do curso de extensão “Escola e pesquisa: um encontro possível” vinculado ao projeto NEPSO, que propicia entre outros caminhos a utilização de procedimentos pedagógicos a partir da reflexão dos dados levantados. Os questionários foram aplicados em Escolas particulares, Municipais e Estaduais de Caxias do Sul e registrados em diário de campo.

A proposta teve como objetivo principal melhorar a qualidade de ensino, tendo como resultado final o interesse dos alunos, sendo o professor o facilitador deste processo ensino-aprendizagem, para que esses alunos tenham um maior interesse por meio desta modalidade de ensino diferenciada onde há diversas ferramentas que prenderão a atenção do aluno. Constatando que as escolas dispõem de computadores com acesso a internet, as escolas Municipais oferecem cursos de formação de professores no Núcleo de Educação Municipal (NIDI). Já as escolas Estaduais oferecem cursos de formação de professores no Núcleo de Educação Estadual (NTM). Por sua vez, os professores de escolas particulares fazem cursos de formação continuada de acordo com o seu nível de ensino e área de atuação.

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O processo tecnológico veio para facilitar os meios de produção em todos os setores da indústria diminuindo as distâncias e promovendo a melhoria da evolução capitalista. De acordo com Fróes (2007):

(...) Os recursos atuais da tecnologia, os novos meios digitais: a multimídia, a Internet, a telemática traz novas formas de ler, de escrever e, portanto, de pensar e agir. O simples uso de um editor de textos mostra como alguém pode registrar seu pensamento de forma distinta daquela do texto manuscrito ou mesmo datilografado, provocando no indivíduo uma forma diferente de ler e interpretar o que escreve, forma esta que se associa, ora como causa, ora como consequência, a um pensar diferente. (FRÓES, 2007, p.1).

O que se entende é, que a multimídia pode ser vivenciada de forma diferente na escrita e leitura por serem meios diferentes em que o indivíduo se encanta com o mundo tecnológico. BORBA (2001, p.46) vai um pouco mais além, quando coloca “seres-humanos-com-mídias” dizendo que “os seres humanos são constituídos por técnicas que estendem e modificam o seu raciocínio e, ao mesmo tempo, esse mesmo seres humanos estão constantemente transformando essas técnicas.”

Sabe-se que os recursos didáticos utilizados hoje, em muito diferem dos vistos há alguns anos. Aprender e ensinar se tornaram mais viáveis na atualidade em virtude dos recursos tecnológicos existentes. Recursos esses que contribuem de forma significativa para uma educação mais dinâmica e eficiente. Nesse sentido as novas tecnologias e mídias possibilitam uma aproximação entre os indivíduos e tem a capacidade de tornar o processo de aprendizagem mais prazeroso. No entanto, qualquer trabalho que envolva tecnologia - destacando o uso do computador e internet exige uma capacitação profissional, tendo em vista que o conhecimento é construído a partir da interação entre o professor e o aluno. “Com a Internet estamos começando a ter de modificar a forma de ensinar e aprender [...]”. (MORAN, 2007, p.02).

Modificação esta que facilita a metodologia de ensino, porém o professor como promotor dessas mídias no seu uso em sala de aula precisa saber onde buscar e o que é correto usar. Utilizar as mídias para contextualizar o ensino leva a uma cultura diferente da vista em sala de aula.

Sabemos que esse não é um caminho fácil, pois para realizar a inclusão digital dos professores é necessária uma motivação, para assim tornar significativa essa modificação na sua pratica pedagógica. Essa mídia, por si só, não realiza mágicas, porém os professores, dotados do conhecimento necessário, farão das mídias ferramentas para aperfeiçoar os processos de ensino e aprendizagem. De acordo com (DEMO, 2007, p.27):

A informatização do conhecimento será característica iniludível dos tempos modernos, absorvendo a tarefa da transmissão do conhecimento, com nítidas

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vantagens, seja porque é mais atraente e manejável, seja porque atinge a massa. A escola não poderá concorrer com esta tendência, nem o professor. O simples repasse não sustentará a profissão, se a ele for reduzida. Todavia, a profissão não se define mais pela transmissão, mas pela reconstrução do conhecimento, onde encontra papel insubstituível. (DEMO, 2007, p.27).

A tecnologia está sempre presente na vida das pessoas, quer seja no trabalho, em casa e nas escolas, ampliando o leque de comunicação despertando um potencial criativo e encurtando distâncias e ainda garantindo a autonomia das escolas.

2 Formação permanente do docente na perspectiva da pesquisa e da reflexão

Partindo da realidade buscamos analisar a formação de professores nos cursos de licenciatura, e por meio de atividades de extensão, cursos e eventos de capacitação refletimos sobre a prática pedagógica.

Nas escolas Municipais de Caxias do Sul o grupo trabalha atividades de reflexão conjunta com cooperação na construção de recursos e estratégias de ensino a serem desenvolvidas pelos professores, incluindo grupos de estudos entre professores num trabalho de formação permanente. Já na rede privada e estadual a formação ocorre por vontade própria do professor, pois não existe espaço para planejamento e formação.

Conforme destacado por Paiva (2003), a questão da formação para o exercício de uma prática docente reflexiva tornou-se um tema recorrente nas duas últimas décadas, quando das discussões sobre formação de professores.

Diante da situação, é importante que o professor possa refletir sobre essa nova realidade, repensar sua prática e construir novas formas de ação que permitam não só lidar, com essa nova realidade, com também construí-la. Para que isso ocorra o professor tem que ir para o laboratório de informática dar sua aula e não deixar uma terceira pessoa fazer isso por ele.

Conforme CANDAU, Vera Maria (2001), “O professor será mais importante do que nunca, pois ele precisa se apropriar dessa tecnologia e introduzi-la na sala de aula, no seu dia-a-dia, da mesma forma que um professor, que um dia, introduziu o primeiro livro numa escola e teve de começar a lidar de modo diferente com o conhecimento – sem deixar as outras tecnologias de comunicação de lado. Continuaremos a ensinar e a aprender pela palavra, pelo gesto, pela emoção, pela afetividade, pelos textos lidos e escritos, pela televisão, mas agora também pelo computador, pela informação em tempo real, pela tela em camadas, em janelas que vão se aprofundando às nossas vistas...”

Mas, para o professor apropriar-se dessa tecnologia, devemos, segundo FRÓES “mobilizar o corpo docente da escola a se preparar para o uso do Laboratório de

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Informática na sua prática diária de ensino-aprendizagem. Não se trata, portanto, de fazer do professor um especialista em Informática, mas de criar condições para que se aproprie dentro do processo de construção de sua competência, da utilização gradativa dos referidos recursos informatizados: somente uma tal apropriação da utilização da tecnologia pelos educadores poderá gerar novas possibilidades de sua utilização educacional.”

Se um dos objetivos do uso do computador no ensino for o de ser um agente transformador, o professor deve ser capacitado para assumir o papel de facilitador da construção do conhecimento pelo aluno e não um mero transmissor de informações.

Mas o professor deve ser constantemente estimulado a modificar sua ação pedagógica. Aí entra a figura do coordenador de Informática, que está constantemente sugerindo, incentivando e mobilizando o professor. Não basta haver um laboratório equipado e software à disposição do professor; precisa haver o facilitador que gerencie o processo o pedagógico.

A formação continuada de professores, a partir do seu contexto de trabalho, naturalmente surge às necessidades de discussões de estratégias de ensino e de recursos didáticos. Nesse sentido, uma questão preocupante é o significado do ensinar e do aprender e as implicações para as estratégias de ensino adotadas pelos professores. A dissociação entre o ensinar e o aprender está presente tanto no discurso cotidiano como em teorias psicológicas sobre a aprendizagem e sobre o desenvolvimento psicológico. Essa dissociação, em última instância, liga-se ao modo como se concebe a relação entre aprendizagem e desenvolvimento. Segundo (Vygotsky, 1968), a aprendizagem precede o desenvolvimento. O ensinar e o aprender seriam dois processos indissociáveis, formando uma unidade delimitadora do campo de constituição do indivíduo na cultura, o que implica a participação direta do professor na constituição de processos psíquicos do aluno. Assim, o foco da análise sobre o ensino incidiria sobre as funções intrapsíquicas do aluno possibilitadas pelo processo de ensino aprendizagem. Isto é, sobre as funções psíquicas do aluno que, efetivamente, desdobram-se em possibilidades de desenvolvimento como resultado do processo ensino-aprendizagem.

Ainda conforme essa abordagem, a escola é o lugar da experiência com um novo tipo de conhecimento que é sistematizado, formal que não substitui outros tipos (por exemplo, o cotidiano, informal), mas integra-se a eles. A articularidade da atividade escolar encontra-se no fato de que o conhecimento sistematizado cria novas necessidades e propicia o desenvolvimento da consciência reflexiva, isto é, o discernimento e o domínio voluntário do próprio ato de pensar.

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Nos gráficos a seguir apresento parte dos dados construídos no campo da pesquisa, organizados e analisados por mim com base nos objetivos e problema de pesquisa. É importante lembrar que a metodologia utilizada foi a pesquisa de opinião, através da aplicação de questionários.

Referente à atuação dos docentes, 38% dos professores entrevistados trabalham em escolas privadas, e 62% dos professores atuam em escolas públicas. 50% dos professores possuem graduação completa.

Todas as escolas em que os professores foram entrevistados possuem laboratórios de informática. Analisando o gráfico acima percebemos que os professores 90% escolheram a profissão por escolha pessoal, por desejar ser professor, amar ser professor. Segundo Freire (1979), a ação docente é à base de uma boa formação escolar e contribui para a construção de uma sociedade pensante. Entretanto, para que isso seja possível, o docente precisa assumir seu verdadeiro compromisso e encarar o caminho do aprender a ensinar. Evidentemente, ensinar é uma responsabilidade que precisa ser trabalhada e desenvolvida. Um educador precisa sempre, a cada dia, renovar sua forma pedagógica para, da melhor maneira, atender a seus alunos, pois é por meio do comprometimento e da “paixão” pela profissão e pela educação que o educador pode, verdadeiramente, assumir o seu papel e se interessar em realmente aprender a ensinar.

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Com as entrevistas realizadas, referente aos professores de laboratório de informática, nem todos tem formação específica para atuar no laboratório de Informática. 63% dos professores utilizam o laboratório de informática para desenvolver atividades relacionadas a conteúdos de sala de aula. 25% os professores são formados no Curso de Licenciatura em computação; estes trabalham com Informática Educativa, tem horário de planejamento com os professores de sala de aula e de disciplinas específicas onde os professores desejam realizar atividades utilizando o laboratório de Informática, para possibilitar diferentes atividades com os alunos.

Podemos perceber que 12% das pessoas que atuam em laboratórios de Informática não tem formação específica; estão atuando como monitoras, sem conhecimentos das atividades que vão ser realizadas no laboratório, sem conhecimento dos conteúdos das outras áreas do conhecimento, sem horário de planejamento, não desenvolvem atividades interdisciplinares. Os professores que não tem conhecimento o suficiente para desenvolver atividade planejada, não utiliza o laboratório de informática. Já os professores que possuem um horário para planejamento, eles desenvolvem projetos interdisciplinares e o professor de sala de aula conta com o trabalho do professor do laboratório de informática.

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Analisando o gráfico acima 30% dos professores do laboratório de informática tem horário de planejamento e atuam juntos nas atividades desenvolvidas no laboratório de informática; 70% dos professores entrevistados desenvolvem atividades simples e sem acomplanhamento de um profissional com formação adequada na área de informática e muitos professores não utilizam o laboratório por não ter conhecimento dos softwares que são oferecidos pela escola e não saberem utilizar.

Analisando o gráfico acima, os professores que tem formação para atuar no laboratório de informática são do centro de Técnologia Educacional Municipal de Caxias do Sul( NTM). Os professores recebem capaçitação mensal sobre atividades que podem ser trabalhadas e desenvolvidas com os alunos de suas escolas nos seus laboratórios de informática.Segundo Candau (2001, p. 52-53), esta representa uma concepção “clássica” da formação continuada de professores. Trata-se de uma perspectiva de formação que se caracteriza por desconsiderar o professor como sujeito da sua própria prática e por não favorecer o encontro de formas ou possibilidades criativas de resolução dos problemas enfrentados no cotidiano escolar.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste momento final de pesquisa avaliamos que vale à pena retomarmos as hipóteses estabelecidas inicialmente no nosso projeto de pesquisa a fim de confrontá-las com a realidade que encontramos na amostra entrevistada. Uma das hipóteses iniciais era se os professores utilizam o laboratório para dar aula de informática ou se promovem a aprendizagem através da interdisciplinaridade utilizando estes recursos tecnológicos. Outras hipóteses eram se tem conhecimento de que as atividades realizadas no laboratório de informática podem transformar a aprendizagem. Se existem momentos de planejamento destas aulas e se eles são em conjunto com o professor do laboratório de Informática.

Para Oliveira (1999), a presença do professor é fundamental para que o processo de ensino-aprendizagem ocorra, pois ele será mediador e estimulador deste processo. Um software por si só não promove aprendizagem, e sim, apenas, a articulação do pensamento. A informática, quando utilizada num enfoque pedagógico, é um instrumento importante para facilitar a construção das funções: percepção, cognição e emoção. Ela possibilita o desenvolvimento do aprendiz unindo corpo-mente-emoção. Estimula ainda funções em diferentes aspectos: discriminação e memória auditiva e visual; memória seqüencial; coordenação viso-motora; ativação dos dois hemisférios cerebrais (textos e imagens de forma combinada); orientação espaço/temporal; controle de movimentos.

Os alunos dos cursos de graduação nem sempre estão sendo preparados para trabalhar com softwares que proporcionam a aprendizagem significativa, tornando suas aulas mais atrativas e interessantes, inovadoras, o professor precisa de formação continuada, a aprendizagem com o computador, utilizando softwares educacionais, não acontece de forma linear, obedecendo a processos de avanço sistemático, sendo realizado dentro de esquemas, de. Compreendeu-se que, semelhante ao aprendizado na sala de aula os alunos aprendem no seu ritmo, ao seu tempo e se utilizam de suas descobertas anteriores, de seus conhecimentos já adquiridos para esquematizar sua própria aprendizagem. Os alunos da graduação aprendem com as atividades prática, isso possibilita que o professor estimule os alunos a compreenderem o processo, dando a oportunidade de visualização real do que está sendo feito, oportunizando novas ideias, sugestões de aplicação quando estes estiverem em salas de aula, os professores e alunos podem escolher juntos os softwares que serão trabalhados no decorrer das aulas, os professores entrevistados relatam ter conhecimento básico e concordam que o uso das

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tecnologias é um aliado na construção do conhecimento, porém afirmam que o conhecimento que possuem não é o suficiente para promover um aprendizagem realmente significativa.

As escolas municipais possuem um profissional habilitado nesta área, este profissional realiza juntamente com o professor o planejamento das aulas. Já na rede estadual de ensino o professor não tem um profissional atuando juntamente, o professor planeja sozinho e precisa buscar sua formação particular através de cursos fora da escola o que também acontece na maioria das escolas da rede privada de ensino.

O professor do laboratório de Informática dever estar envolvido no planejamento curricular de todas as disciplinas, para poder sugerir atividades pedagógicas, envolvendo a Informática. Entretanto, sem apoio da coordenação ou da direção, não terá força para executar os projetos sugeridos.

Em resumo, o professor do Laboratório de Informática deve:

 ter uma visão abrangente dos conteúdos disciplinares e estar atento aos projetos pedagógicos das diversas áreas, verificando sua contribuição;

 conhecer o projeto pedagógico da escola;

 ter a visão geral do processo e estar receptível para as devidas interferências nele;  perceber as dificuldades e o potencial dos professores, para poder instigá-los e

ajudá-los;

 mostrar para o professor que o Laboratório de Informática deve ser extensão de sua sala de aula e esta deve ser dada por ele e não por uma terceira pessoa;  pesquisar e analisar os softwares educativos;

 ter formação na área de conhecimento específica, conhecer os equipamentos e se manter informado sobre as novas atualizações;

O que inquieta com a realização desta pesquisa foi a constatação que muitos professores omitem que não sabem trabalhar com as tecnologias; acredito que seja por insegurança ou talvez comodidade. Muitos repassam a responsabilidade, alegando que não tiveram preparo para a sua formação. Conforme Becker, a docência atual deve poder contar com professores que contextualizam o que ensinam por força de sua atividade investigadora, sejam capazes de refletir sobre as múltiplas formas pelas quais os alunos assimilam os conhecimentos que ensinam (Becker, 2007, p. 18).

O professor sente a necessidade de buscar meios para sua atualização, precisa buscar seu aperfeiçoamento com o intuito de acompanhar seu aluno na evolução tecnológica que a sociedade atual convive. O professor é desfiado a avançar seus conhecimentos para que possa intervir e auxiliar na aprendizagem de seus alunos.

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As aulas realizadas no laboratório de informática com a utilização dos softwares educacionais, necessitam de planejamento requer muito mais do que imaginação e criatividade: requer experiência, conhecimento. Pode-se perceber que cada professor está em nível diferente de conhecimento, assim acontece com os alunos, cada atividade proposta para serem desenvolvida no laboratório de informática pude perceber que os níveis de aprendizado dos alunos apresentava-se em etapas diferentes na execução das atividades, por isso o professor precisa ter conhecimento e estar preparado para desenvolver as habilidades com o computador. Como educadores, não podemos ignorar ou negar as tecnologias e suas utilidades práticas no cotidiano escolar a fim de utilizarem os softwares educacionais, precisamos estar preparados para proporcionar o ensino aprendizagem.

O envolvimento com o projeto NEPSO foi muito proveitoso e gratificante, alguns professores participantes da pesquisa mesmo com certa resistência, contribuíram para realização do trabalho, a participação deles foi muito importante, mas sabe-se que tudo que é novo causa medo e insegurança, mas é importante realizar novas pesquisas, para conseguirmos contribuir para novas mudanças na escola, não podemos deixar de enfatizar a mediação do professor para construção do conhecimento. Para que o professor possa fazer a diferença, necessita de apoio e de formação continuada.

Enfim, as potencialidades apresentadas pela proposta NEPSO são muito válidas e relevantes para que se continue lutando por uma educação que rompa com paradigmas atuais e vá além dos muros escolares.

REFERÊNCIAS

BECKER, Fernando. Professor e pesquisador. Direcional Educador, v. 37, p. 18-19, 2008.

CANARIO, R. Escola: crise ou mutação. In: PROST, A. et al. Espaços de educação

tempos de formação. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002. p. 141-151.

“CANÁRIO, Rui”.” A Escola tem Futuro”: das certezas às incertezas._ Porto Alegre: Artmed, 2006.

CANDAU, Vera Maria (2001). Magistério: construção cotidiana. Rio de Janeiro: Vozes. 4ª edição.

CARBONELL, J. A Aventura de Inovar: a mudança na escola. Trad. Fátima Mauad, P. Alegre, RS: Artmed, 2002.

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DEMO, Pedro. O Desafio de Educar pela pesquisa na Educação Básica. Campinas, SP: Editores Associados, 1997 – 2.ed.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

MARQUES, Tânia Beatriz Iwasko (Org.). Ser Professor é Ser Pesquisador_ Porto Alegre: Mediação, 2007.

PERRENOUD, Philippe. Prática reflexiva: chave da profissionalização do ofício. In: PERRENOUD, Philippe. A prática reflexiva no ofício de professor: profissionalização e

razão pedagógica. Porto Alegre: ARTMED, 2002. (p.9-28).

O ensino: seus fins e fundamentos. In: STECANELA, Nilda; MORÉ, Marisa Mathilde; ERBS, Rita Tatiana). Caxias do Sul: Educs, 2006. v. 2.

VALENTE, J. A. Pesquisa, comunicação e aprendizagem com o computador. O papel do computador no processo ensino-aprendizagem. Integração das tecnologias na Educação – Salto para o Futuro org. Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida e José Manuel Moran, MEC Brasília, 2005.

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