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BIOCOMBUSTÍVEIS COMO UM PROCESSO DE INOVAÇÃO

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Academic year: 2021

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BIOCOMBUSTÍVEIS COMO UM

PROCESSO DE INOVAÇÃO

José Vitor Bomtempo vitor@eq.ufrj.br GEE - Grupo de Economia da Energia

Instituto de Economia – UFRJ GEB - Grupo de Estudos em Bioeconomia Escola de Química - UFRJ

(2)

Síntese

1- A indústria de biocombustíveis está evoluindo para fazer parte de uma nova indústria que pode ser designada como parte da bioeconomia;

2 – Esta nova indústria está se formando num processo de inovação em que centenas de empresas buscam responder aos desafios colocados e explorar as oportunidades existentes;

3 - Novas matérias-primas, novas formas de tratamento da biomassa, novas tecnologias de conversão, novos produtos e novos modelos de negócio estão sendo testados e aprimorados;

(3)

Novas gerações de biocombustíveis são necessárias?

Primeira geração de biocombustíveis: etanol e

biodiesel;

Produtos convencionais: relativamente low tech;

baixas barreiras à entrada;

Vantagem competitiva baseada em produtividade da

matéria prima mais do que nas tecnologias de

conversão;

Problemas: Competição com alimentos; desempenho

ambiental; baixa produtividade (l/ha); combustíveis

inferiores aos hidrocarbonetos.

(4)

Novos (ou quase) biocombustíveis

Novos processos para biocombustíveis conhecidos;

ex: etanol celulósico; diesel renovável por

hidrotratamento (Neste Oil)

Novos processos para biocombustíveis drop in;

ex: diesel da cana da Amyris; combustíveis de aviação

Novas matérias-primas: algas, novas culturas, resíduos;

Inovações de produto e de processo, mas quais seriam

disruptivas?

(5)

Evolução da agenda de P&D em

biocombustíveis – DOE/EUA

(6)

Uma nova indústria em construção?

 Centenas de projetos inovadores (excluindo etanol e biodiesel

de primeira);

 Uma grande variedade de soluções em diversity:

◦ Matérias-primas;

◦ Tecnologias de pré-tratamento ◦ Tecnologias de conversão;

◦ Produtos;

◦ Modelos de negócios e cadeias produtivas: novos papéis para empresas e países.

A variedade diminui com o amdurecimento da estrutura industrial!

(7)

Desafios das matérias-primas renováveis

 A busca da matéria-prima “ideal”: um foco estratégico;  Cana de açúcar seria o benchmark hoje;

 Qual a oleaginosa de referência?

The “sugar rush”: açúcares de segunda geração (derivados dos

materiais lignocelulósicos);

 Outras matérias-primas em perspectiva e seus problemas:

resíduos agrícolas e florestais, resíduos urbanos, algas, novas plantas (energy crops).

Um desafio de peso: desenvolver uma matéria-prima viável e organizar a cadeia de suprimento

(8)

Pet Coke

Natural Gas Biomass

Municipal Waste

~90M MTA

Accessible Feedstock Pool

LanzaTech

New Route to Biobased Products

CO

CO + H2

3300B M3

>2B MTA

>1B MTA US Alone

*2010 production data – IEA, UNEP

CO2 + H2

(9)

Tecnologias de conversão alternativas

Biotecnologia?

Fermentações? Enzimas?

Biologia sintética?

Rotas químicas?

Termoquímicas?

Algumas empresas fizeram escolhas claras...

Mas outras parecem tentar diferentes rotas

(10)

A diversificação de produtos

Os produtos substitutos “imperfeitos”, ex: etanol

Os produtos substitutos “perfeitos” (os produtos

drop in), ex: biohidrocarbonetos, PE verde (Braskem),

combustíveis de aviação

Os novos produtos e plataformas

ex: PHAs, ácido succínico, butanol, farneseno

Mais do que biocombustíveis...uma indústria

baseada em biomassa (biobased industry)

(11)

Uma notável diversidade de estratégias de inovação e

de modelos de negócios:

Start-ups de base tecnológica

Investidores de risco

Empresas estabelecidas de diferentes indústrias

(energia, petróleo e gás, química, biotecnologia,

alimentos, agroindústria).

Diferenças podem ainda ser identificadas nas

dinâmicas regionais e de países

A diversidade de estratégias e de players

Como as empresas estão construindo suas

trajetórias na bioeconomia? As estratégias são

(12)

Start ups de base tecnológica

Amyris e LS9: combustíveis e

chemicals drop in, biologia sintética; Enerkem: lixo como matéria prima; Gevo: biobutanol

Coskata: termo + fermentação;

flexibilidade mp;

Envergent (UOP/Ensys) e os projetos

de pirólise e bio-óleo

Solazyme: algas “grow in the dark”,

óleos, produtos nutricionais e cosmocêuticos; biocombustíveis

Synthetic Genomics: algas, biologia

sintética, drop in, a maior aplicação de recursos de um investidor (Exxon) num único projeto.

Renmatix: açúcar de segunda geração

utilizando vapor d’água supercrítico

Aqueous (sugar) Organic (fuel) Diverse Renewable Feedstocks Microrefinery™ Catalysts Renewable PetroleumTM Products - Fuels - Chemicals Synthetic biology Single Microbial transformation sugar to finished product

Single Microbial transformation sugar to finished product Aqueous (sugar) Organic (fuel) Diverse Renewable Feedstocks Microrefinery™ Catalysts Renewable PetroleumTM Products - Fuels - Chemicals Aqueous (sugar) Organic (fuel) Diverse Renewable Feedstocks Microrefinery™ Catalysts Renewable PetroleumTM Products - Fuels - Chemicals Synthetic biology Single Microbial transformation sugar to finished product

Single Microbial transformation sugar to finished product

(13)

Indústria química e petroquímica: DuPont,

DSM, Dow, Braskem, BASF

Biotecnologia: Novozymes (enzimas)

Petróleo e Gás: BP, Shell, Petrobras, Total,

Neste, Valero e outras

Agroindústria: ADM, Bunge, Cargill e outras

Alimentos: PURAC, Roquette

Empresas estabelecidas em outras

indústrias

(14)

Considerações finais

Biocombustíveis como um processo de

inovação

• A indústria de biocombustíveis do futuro será uma nova

indústria bem diferente das indústrias de etanol e biodiesel de hoje;

• Empresas de diferentes setores e diferentes bases de conhecimento estão em competição para construir a indústria do futuro;

•Mas a estrutura da indústria ainda não está definida e a competição será cada vez mais baseada em tecnologia e inovação;

•Não é possível a aquisição externa direta de tecnologia como nos biocombustíveis de primeira geração.

(15)

Considerações finais

Algumas questões

...

•Qual o espaço dos biocombustíveis de primeira geração (etanol e biodiesel) na bioeconomia do futuro?

•Em que extensão as vantagens competitivas da indústria sucroalcooleira brasileira valem na indústria do futuro? •Qual deve ser a lógica das políticas de apoio aos

biocombustíveis e à indústria baseada em biomassa em geral?

Qual o papel do Brasil na bioeconomia do futuro?

O debate continua no blog: www.infopetro.wordpress.com

(16)

“The so-called fossil-age will make a shift to the bio-based-economy. In

two or three centuries from now, people will look back on our

civilization as a merely brief moment in history where we in a period of just about 250 years shifted our total economy to coal, oil and gas. (…) We are at a turning point towards a next green industrial revolution to secure our feed and fuel needs in the future.”

Feike Sijbesma, CEO DSM, BIO World Congress on Industrial

Biotechnology, May 11th, 2011

“The societal challenges posed by the environment are not just for saving the planet…they are the best route for saving the economy! Green has to become fashionable.”

Carlota Perez, 2010

Referências

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