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Alunos: Alyne Bezerra, Bruna Moraes, Natasha Layla,Raquel Silveira e Rhage Yuri

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Academic year: 2021

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Faculdade Estácio Ceut

Coordenação do Curso Bacharel em Direito Disciplina: História do Direito

Alunos: Alyne Bezerra, Bruna Moraes, Natasha Layla ,Raquel Silveira e Rhage Yuri

Turma: 1º B 3º Avaliação

Tema: REFORMA POLÍTICA: AS ELEIÇÕES DESDE O IMPÉRIO ATÉ A ATUALIDADE.

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O sistema eleitoral no Brasil Império

O voto e o processo eleitoral não são nenhuma novidade em nossa história política. Já no ano de 1824, a constituição outorgada pelo imperador Dom Pedro I determinava a realização de eleições para a escolha de representantes dos poderes legislativo e executivo. Para ser considerado um eleitor apto, o cidadão deveria pertencer ao sexo masculino e ter no mínimo 25 anos. Essa idade mínima só não era válida no caso dos homens casados, clérigos, militares e bacharéis formados.

Além dessas primeiras exigências, o sistema eleitoral daquela época instituiu o emprego do voto censitário. Nessa modalidade de sistema eleitoral, o cidadão só estaria apto a votar caso comprovasse uma renda mínima anual proveniente de empregos, comércio, indústria e propriedade de terras. Em uma sociedade escravista, observamos que a utilização do voto censitário excluía a grande maioria da população. Assim, o voto se transformava em um instrumento de ação política exclusivo das elites.

Naquela época, as poucas pessoas consideradas aptas a exercer o voto não escolhiam diretamente os seus representantes. No império, os chamados cidadãos votantes eram divididos entre os eleitores de paróquia e os eleitores de província. Os eleitores de paróquia eram todos aqueles que comprovavam uma renda anual mínima de 100 mil réis para votar nos eleitores de província, que, por sua vez, deveriam comprovar uma renda anual mínima de 200 mil réis para votar nos candidatos a deputado e senador.

Ao perceber tal organização, vemos que o nosso processo eleitoral era organizado de forma indireta. Ou seja, os cidadãos eleitores (eleitores de paróquia) elegiam os representantes (eleitores de província) que, por sua vez, escolheriam quem deveria ser eleito para os cargos da Câmara e do Senado. Vale lembrar que os deputados e senadores deveriam comprovar uma renda anual mínima ainda mais elevada do que os eleitores. Os candidatos à deputado deveriam ter renda mínima de 400 mil réis por ano e os candidatos ao Senado de 800 mil réis anuais. Dessa forma, vemos que os principais cargos legislativos do país eram unicamente alcançados por pessoas que tinham um poder aquisitivo bastante elevado naquela época e nunca poderiam contar com a participação das camadas populares. Violência e fraude marcaram o processo eleitoral do Império. "Apesar dos requisitos estabelecidos na Constituição (1824) para poder o cidadão votar nas eleições primárias, nenhuma autoridade as examinava e reconhecia previamente. A vozeria, o alarido, o tumulto, quando não murros e cacetadas, decidiam o direito de voto dos cidadãos que compareciam", conta Belisário no livro . Tudo isso, frise-se, dentro da Igreja.

Alguns personagens assumiam papel estratégico, fraudando o resultado das eleições. Os cabalistas, que incluíam e excluíam nomes de pessoas das listas de qualificação de eleitores, a serviço dos mandões. "Numa freguesia de mil ou

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mil e tantos votantes, as novas inclusões contam-se por centenas, de modo que a alteração da lista dos qualificados excede às vezes a mais da metade do número total dos votantes (...). Os requisitos vagos, indeterminados de idoneidade para a qualificação dos votantes tais como exige a lei e têm sido entendidos, são uma fonte perene de abusos pelas inclusões e exclusões de turbas inúmeras e desconhecidas, as quais por si só alteram todas as condições normais e estáveis dos partidos nas localidades", segundo Belisário. O sistema eleitoral na republica velha

Iniciando a análise pela Constituição de 1891, a entrada no processo eleitoral, como eleitor, se dava de forma voluntária, ou seja, não era mais obrigatório o alistamento, tampouco era necessária renda mínima, porém o eleitor não poderia ser analfabeto em um sentindo absoluto, como a prática demonstrou, visto que saber desenhar o nome era o suficiente para o alistamento eleitoral. O eleitor não poderia ser também mendigo, nem religioso de ordem religiosa. A idade mínima para o alistamento eleitoral era de 21 anos:

‘’Art. 70. São eleitores os cidadãos maiores de 21anos, que se alistem na forma da lei.

§ 1º Não podem alistar-se eleitores para as eleições federais ou para as dos Estados:os mendingos;os analfabetos;as praças de pré, executadas os alunos das escolas militares de ensino superior; os religiosos de ordens monásticas, companhias, congregações, ou comunidades de qualquer, denominação, sujeitas a voto de obediência, regra, ou estatuto, que importa a renúncia da liberdade individual.2º São inelegíveis os cidadãos não alistáveis.’’

Um aspecto interessante dado pela Constituição á eleição nos municípios, foi a autonomia que cada estado tinha em deliberar sobre a matéria. Desta forma houve uma grande variação quanto ao processo eleitoral dos municípios:

‘’Art. 68. Os Estados organizar-se-ão de forma que fique assegurada a autonomia dos municípios, em tudo quanto respeite o seu peculiar interesse’’ Uma nova lei, posterior á Constituição tornou a questão ainda mais caótica do ponto de vista do objetivo de ser eleitor, isto é, ter independência para decidir quais serão o seus representantes. Esta novas regras para o alistamento, que passou a ser feito em cada município por diversas comissões de cinco eleitores escolhidos pelos membros dos governos municipais. Desta forma a nova lei facilitou o controle das facções majoritárias locais sobre o processo de alistamento, o que, obviamente e infelizmente, deu margem a fraudes e manipulações de todas as formas.

As eleições, de qualquer nível, eram feitas de maneira a facilitar a fraude. O candidato não precisava estar cadastrado, não precisava pertencer a nenhum

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partido, as cédulas eleitorais não eram oficiais (muitas vezes eram utilizadas as cédulas dadas pelos cabos eleitorais ou recortadas de jornais) e, principalmente, o voto não era secreto.

O voto e o sistema eleitoral na Era Vargas

A Constituição confirmou o Código Eleitoral de 1932, possibilitou o voto para maiores de 18 anos, de ambos os sexos, excluindo os analfabetos, as praças, os mendigos, os que estivessem afastados de seus direitos políticos.

O documento indica ainda a obrigatoriedade do alisamento para todos os maiores de 18 anos do sexo masculino, mas estende essa obrigatoriedade somente ás mulheres que exercessem funções públicas remuneradas:‘’Art 108. São eleitores os brasileiros de um ou de outro sexo, maiores de 18 anos, que se alistarem na forma da lei.

*os que não saibam ler e escrever; as praças de pret., salvo os sargentos do Exército e da Armada e das forças auxiliares do Exercito, bem como os alunos das escolas militares de ensino superior e os aspirantes a oficial;

*os mendingos;os que estiverem, temporária ou definitivamente, privados dos direitos políticos.’’

‘’Art. 109. “O alistamento e o voto são obrigatórios para homens, e para mulheres, quando estas exerçam função pública remunerada, sob as sanções e salvas ás exceções que a lei determinar.”

Sistema eleitoral no Regime Militar

Com o golpe militar, a estruturação do regime político brasileiro termina por modificar-se, iniciando-se, então em uma autocracia. Em 1967 é editada uma nova Constituição, reformada em vários aspectos em 1969, após a instituição do Ato Institucional nº 05, em dezembro de 1968, através da Emenda Constitucional nº 01. A legitimação do Estado brasileiro, na ótica da Constituição de 1967/69, passa a pautar-se na idéia de Estado desenvolvimentista, fincada na célebre concepção do ex-ministro da fazenda Delfim Netto, segundo a qual dever-se-ia "deixar o bolo crescer, para depois dividi-lo". O "milagre econômico brasileiro" então, passa a ser propagado, a custas de altos investimentos e empréstimos e larga escala, o que gerou um grande endividamento ao país.

Junto ao crescimento da economia, cresce também a repressão política. As eleições diretas para presidente da república, governadores de estado e prefeitos de capitais e de zonas consideradas de segurança nacional deixam de ser realizadas, e o bipartidarismo é imposto, a partir de 1966, com a dissolução de todos os partidos políticos existentes até então e a criação de duas novas agremiações partidária: a ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro).

Com as duas grandes crises mundiais do petróleo, ocorridas em 1973 e 1979, no entanto, o regime militar começa a se enfraquecer, sendo iniciado o

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processo "lento e gradual" de reabertura política, simbolizado na anistia "ampla e irrestrita", decretada no fim dos anos 70. Em 15 de março de 1979, toma posse o último presidente do regime militar, João Baptista de Oliveira Figueiredo, candidato da ARENA eleito pelo Colégio Eleitoral com 355 votos, contra 266 do seu adversário, Euler Bentes, do MDB.

Em 1984, já com o regime militar enfraquecido, o povo vai ás ruas exigindo eleições diretas para presidente, no movimento político que ficou conhecido como "diretas-já", originado a partir da apresentação, por parte do deputado mato-grossense Dante de Oliveira, de proposta de emenda constitucional que restituiria aquele fundamental direito que houvera sido suprimido do povo desde o golpe de 1964.

Em 12 de janeiro de 1984, na Boca Maldita, em Curitiba, é realizado, assim, o primeiro comício da campanha das "Diretas-Já". A partir deste comício, vários outros começam a acontecer por todo o país. Em 25 de janeiro de 1984, dia do aniversário de 430 anos da fundação da cidade de São Paulo, um grande comício é realizado na capital paulista, reunindo milhares de pessoas. Figuras políticas de diversas tendências, como Ulysses Guimarães, Teotônio Vilela, Tancredo Neves, Fernando Henrique Cardoso, Leonel Brizola e Luís Inácio Lula da Silva se tornam presenças constantes nas manifestações pelas eleições diretas, que mobilizam todo o país e denotam o ocaso do regime militar.

Em 25 de abril de 1984, entretanto, o povo brasileiro sofre uma grande decepção: por 98 votos a favor, 65 contra, 3 abstenções e 113 deputados ausentes, a emenda Dante de Oliveira não é aprovada. Faltaram 22 votos. As eleições presidenciais seriam realizadas, mais uma vez, pelo Colégio Eleitoral. Com a derrota da emenda das "Diretas-Já", a oposição ao regime militar se articula para vencer as eleições presidenciais no Colégio Eleitoral. É escolhido, assim, o nome do governador mineiro Tancredo Neves como candidato à presidência da República, tendo como adversário o candidato do PDS, representante do regime militar, Paulo Salim Maluf.

A Escolha de Maluf como candidato do PDS, derrotando nas convenções o ministro Mário Andreazza, por sinal, é o estopim de uma ruptura na base de sustentação do governo Figueiredo. Setores do PDS, liderados pelos senadores José Sarney (que era o presidente do partido), Marco Maciel, pelo vice-presidente Aureliano Chaves e pelo então ex-governador da Bahia, Antonio Carlos Magalhães, decidem formar a "Aliança Democrática", em apoio à candidatura de Tancredo à presidência. Assim, por iniciativa de Sarney, Maciel e Aureliano, é fundado o Partido da Frente Liberal (PFL), que indica Sarney como candidato a vice-presidente da República na chapa liderada pelo governador mineiro.

Em 15 de janeiro de 1985, Tancredo Neves é eleito, em Colégio Eleitoral, o primeiro presidente civil brasileiro em 21 anos, derrotando o candidato da situação, Paulo Salim Maluf. Na véspera de sua posse, marcada para o dia 15 de março daquele mesmo ano, Tancredo é internado em estado grave no Instituto do Coração, em São Paulo, vítima de uma suposta diverticulite, que o levaria à morte, em 21 de abril. José Sarney é, assim, efetivado como o novo Presidente do Brasil, dando início ao período conhecido como "Nova República".

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Redemocratização

O Brasil teve duas fases de redemocratização que foram processos de transições politicas que acabaram com regimes ditatoriais. A primeira fase teve seu ápice em 1945, período de grandes acontecimentos mundiais como o termino da 2° Guerra Mundial.

No Brasil no mesma época, Getúlio Vargas é derrubado da presidência onde estava no poder há 15 anos. Com um regime politico autoritário, que outorgou uma nova constituição lhe dando plenos poderes sobre o poder executivo, período em que nunca se realizaram eleições diretas, uma verdadeira centralização de poder; caracterizado também por incentivar manifestações nacionalistas, e com uma campanha totalmente anticomunista.

Por possuir uma grande influencia das ditaduras estrangeiras como o fascismo de Mussolini, o Estado Novo, como ficou conhecido seu governo, sofreu desgaste com a queda e derrota do autoritarismo politico em 1945. Por fim, em 29 de outubro do mesmo ano com todo clamor do povo negando a ditatura e lutando pela volta da democracia, Getúlio após sofrer inúmeras pressões para renunciar à presidência, acabou sendo deposto por um movimento militar. E assim o Brasil teve seu primeiro processo de transição democrática.

A segunda fase de redemocratização brasileira ocorreu em 1988 quando José Sarney promulga a nova Constituição brasileira. Ele assume a presidência pelo motivo de que Tancredo Neves, presidente eleito democraticamente em 15 de janeiro 1985, adoece e vem a óbito.

Em 1964, o Brasil sofre um golpe militar que duraram 21 anos, que teve vários militares como chefes de governo. Uma ditadura caracterizada pela censura, repressão aos que eram contra o regime, torturas e exilio, uma total falta de democracia e de direitos e garantias fundamentais.

Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas. As manifestações, a alta inflação e a recessão. Enquanto isso o povo ganhava força, e os sindicatos se fortaleciam assim como a oposição. Movimentos como as Diretas já, que eram a favor das eleições diretas, tiveram apoio de artistas, jogadores, políticos e principalmente a massa inconformada com a situação de inibição que o Brasil vivia. Porem, no dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves, como novo presidente do Brasil, e assim o chegou fim do regime militar.

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Referências

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