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CHAVE ESTÁTICA PARA COMUTAÇÃO DE BOBINAS PARTICIONADAS PARA TRANSFORMADORES ESPECIAIS CÓDIGO: 326

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Academic year: 2021

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STÁTICA PARA

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OMUTAÇÃO DE

B

OBINAS

P

ARTICIONADAS PARA

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RANSFORMADORES

E

SPECIAIS

C

ÓDIGO

:

326

Valberto F. da Silva* José A. Cortez* Ângelo J. J. Rezek* José Policarpo G. Abreu**

E-mail: valberto@iee.efei.br rezek@iee.efei.br cortez@iee.efei.br polica@iee.efei.br

* Grupo de Eletrônica de Potência e Controle Industrial (GEPCI) ** Grupo de Qualidade da Energia Elétrica (GQEE) Instituto de Engenharia Elétrica, Universidade Federal de Itajubá, Brasil

Resumo

Com o advento do IGBT, semicondutor de potência controlado por tensão, na década de 80 e o posterior aumento de suas classes de tensão e de corrente para 3500 [V] e 1500 [A], respectivamente, bem como dos tempos de chaveamento para em torno 5 [µs], a partir da década de 90, este tipo de dispositivo passou a substituir os tradicionais SCRs na implementação das modernas chaves estáticas.

Transformadores reguladores com taps necessitam de rápida atuação de comutadores para a eficaz correção de variações ocorridas na tensão, de modo a permitir que o valor da tensão entregue a carga seja o mais próximo possível do especificado. Desta forma, modernos esquemas de comutação eletrônica de taps (comutadores eletrônicos), com base neste tipo de semicondutores, atende perfeitamente as exigências do sistema, uma vez que o tempo de resposta fica entre 10 e 20 [ms].

1 - Introdução

Comutadores de taps eletromecânicos têm sido tradicionalmente utilizados para a regulação de tensão em transformadores de distribuição. Com o surgimento dos novos semicondutores de potência, percebe-se uma forte tendência a substituir comutadores eletromecânicos por comutadores eletrônicos.

Por não possuir, ao contrário de IGBTs, controle para bloqueio da corrente e eficaz proteção contra sobrecorrente, o SCR está sendo substituído pelos mesmos em modernos comutadores eletrônicos.

Recentes trabalhos [1,2,3] apresentam chaves comutadoras de taps implementadas com IGBT, sendo que os secundários de transformador de regulação possuem diversos taps de derivação de uma única bobina por cada fase. Em [4] é apresentada uma topologia, com IGBT, que envolve a conversão CA-CC-CA, com a utilização de técnicas PWM e inversores de freqüência.

O presente trabalho utiliza o IGBT para implementação das chaves estáticas que realiza a função de chaves comutadoras para operar com transformador especial [5, 6], desenvolvido no âmbito de um projeto de P&D (patente a ser requerida) com a utilização de bobinas particionadas [7].

(2)

2 - Chave Estática com IGBT

A figura 1 ilustra o esquema do circuito da chave estática implementada com o semicondutor de potência do tipo IGBT. O IGBT, Insulated Gate Bipolar Transistor, opera como “chave ideal”, isto é, a chave pode ser fechada com pulso positivo de tensão aplicado ao terminal de base (G). Nessa situação,a tensão entre os terminais de coletor (C) e emissor (E), VCE, assume valor nulo e o IGBT opera com uma chave ideal fechada. A chave pode ser aberta aplicando-se ao terminal de base um pulso negativo de tensão. Dessa forma, a existe uma alta impedância entre os terminais coletor-emissor, passando o IGBT a se comportar com uma chave ideal aberta.

Como o IGBT opera de forma unidirecional, a corrente circula de coletor para emissor e, para aplicações em circuitos de corrente alternada, deve-se utilizar o circuito com topologia do tipo ponte de diodos como na figura 1. Observa-se também um circuito amortecedor colocado entre coletor e emissor para evitar o disparo indevido do IGBT por dv/dt e para amortecer picos de tensão sobre a chave em operações inadequadas do sistema.

vo io vs VCE TRANSFORMADOR 0 a 220[V], 60 [Hz] CARGA 2x 20[Ω] / 1250 [W] CHAVE IGBT D1 D4 D3 D2 C E G VGE 10[mH] Circuito Amortecedor

Fig. 1 - Esquema para conexão do IGBT em circuito de corrente alternada

3 - Diagrama em Blocos do Módulo de Controle

A lógica que supervisiona o controle dos disparos e bloqueios da chave IGBT, é implementada em um PLC, que é parte integrante do módulo de disparo, objeto principal deste trabalho.

(3)

A figura 2 ilustra o diagrama em blocos do módulo disparador. A estratégia de controle da chave, utiliza o conceito do disparo pelo cruzamento por zero do sinal de tensão e bloqueio pelo cruzamento por zero do sinal de corrente, ambos na chave, de modo a minimizar as solicitações dinâmicas sobre a chave. Os módulos indicados por “circuito de sincronismo de tensão” e “circuito de sincronismo de corrente” são os responsáveis por estas informações, sendo implementados com transformador de tensão e sensor tipo Hall, respectivamente.

O comando liga/desliga é feito por um contato do tipo seco através do cartão I/O do PLC. O módulo “lógica de liga/desliga”, é que efetua o processamento da respectiva lógica de disparar/bloquear o IGBT. Existe também, um módulo denominado de “circuito de reset” que permite liberar a lógica de disparo quando existe a atuação da proteção de sobrecorrente.

+15[V]

Vref (ajuste da proteção de sobrecorrente)

Circuito de Controle Circuito de Sincronismo de Tensão Circuito de Sincronismo de Corrente Lógica de Liga/Desliga Circuito de Reset Chave de Reset PLC/Chave Liga/Desliga vsinc isinc Amplificador de Pulso +15[V] -15[V] Vge IC VceIGBT LED RELÉ Circuito de Sinalização

Fig. 2 - Diagrama em blocos do módulo de disparo

Os sinais, provenientes dos módulos citados anteriormente, alimentam o módulo do circuito de controle, o qual recebe ainda, a informação da tensão VCE do IGBT, de modo a efetuar, em caso de sobrecorrente, o bloqueio instantâneo do IGBT, evitando assim, que seja ultrapassado o valor I2t do mesmo. Finalmente este módulo alimenta o módulo do amplificador de pulso, que libera um sinal de +15 volts DC para disparar o IGBT ou -15 volts para bloquear o IGBT. Existe ainda no cartão, um circuito de sinalização para o PLC, via terminais de um relé que indica as operações do tipo disparo ou bloqueio do IGBT.

As formas de onda teóricas esperadas na operação da chave, relacionando o sinal de sincronismo com os sinais de controle produzidos pelo módulo de disparo, estão ilustradas na figura 3.

(4)

ωt SOBRECORRENTE vSINC LIMITE DE CORRENTE LIGA (1)/ DESLIGADO (0) Vge + 15[V] - 15[V] vCARGA t0 t2 t4 t1 t5 t3 t6 t7 CORRENTE NORMAL t7 ISINC

Fig. 3 - Formas de onda esperadas

Com relação às formas de onda da figura 3, no instante t0, é dada uma ordem de

disparar/fechar uma chave, a qual se encontrava em estado de bloqueio/aberta. Somente no instante t1, no cruzamento por zero do sinal de tensão vsinc, é que ocorre o disparo do

IGBT. No instante t2 ocorre uma ordem de bloqueio do IGBT porém, somente no instante

t3, correspondente ao cruzamento por zero do sinal de corrente isinc, é que ocorre o

(5)

Uma outra situação ilustrada, além da operação de bloqueio/disparo, em operação normal, comentada anteriormente, é a atuação da proteção contra sobrecorrente. No instante t4 é dada outra ordem de disparo, sendo que o disparo efetivo só ocorre no instante t5, que

corresponde ao cruzamento por zero do sinal de tensão vsinc. No instante anterior a t6,

ocorre a sobrecorrente, sendo que esse limite é detectado imediatamente no instante t6. No

entanto, o sinal Vge bloqueará o IGBT somente no instante t7, correspondente ao

cruzamento por zero do sinal de corrente isinc.

4 - Fotos com Detalhes Construtivos do Gabinete e do Painel

As fotos 1 e 2 mostram, respectivamente, a vista frontal e a vista interna dianteira, do equipamento implementado.

(6)

Foto 2 - Vista interna dianteira do gabinete

5 – Diagrama Esquemático do Circuito de Comando e Proteção

A figura 4 ilustra o diagrama esquemático do circuito de comando e proteção. Tem-se a possibilidade de comandar em modo manual ou através de controladores lógicos programáveis (PLC).

O No-Break existente, destina-se a alimentação das fontes chaveadas que alimentam os circuitos de disparo dos IGBTs.

(7)

( C1) 3 CH1/CHAVE SELEÇÃO/ MANUAL C1 1 2 D1 NF CHAVES INTERTRAVADAS

MANUALMENTE RÉGUAS PARA

RECEBER TERMINAIS DO PLC CPLC1 ORDEM LIGAR CONTATO A SECO C2 1 2 31 32 C1 C1 2 2 1 1 1 2 41 42 2 2 1 1 C2 LA1 LA2 LA3 LA4 ( C2) ( ) A1 A2 4 13 14 L1 CP-1 3 4 3 4 C1 C2 3 4 C2 ( C3) A1 A2 1 2 D2 NF CPLC2 C3 1 2 DESLIGA NO PLC C1 C2 13 14 NA LIGA OU DESLIGA CP2 INDEPENDENTE DO PLC ( CP - 2 ) 3 4 C3 LA5 5 5 6 6 MÓDULO POTÊNCIA LED NO-BREAK LIGADO

ALIMENTAR FONTES CHAVEADAS DOS: - SENSORES HALL - I - SENSORES HALL - V

FONTES DOS DRIVES DEIXAR NORMALMENTE LIGADA

(ABRIR QUANDO NÃO USAR O EQUIPAMENTO)

PRINCIPAL SAÍDA

C2 - CONTATOR LIGA/DESLIGA NA POSIÇÃO PLC

LA1 - LÂMPADA (VERMELHA) DE LIGAR/MANUAL C1 - CONTATOR LIGA/DESLIGA

NA POSIÇÃO MANUAL A1 A2

A1 A2

LA2 - LÂMPADA (VERDE) DE DESLIGAR/MANUAL

LA3 - LÂMPADA (VERMELHA) DE LIGAR/PLC

LA4 - LÂMPADA (VERDE) DE DESLIGAR/PLC

CP-1 - CONTATOR PRINCIPAL DE ENTRADA DA CHAVE COM IGBT (LINHA)

C3 - CONTATOR AUXILIAR PARA LIGAR/DESLIGAR O CONTATOR CP-2 (CARGA)

LA5 - LÂMPADA VERMELHA LIGAR SAÍDA (CARGA)

CP-2 - CONTATOR PRINCIPAL DE SAÍDA DE CHAVE COM IGBT (CARGA)

ALIMENTAÇÃO DO MÓDULO NO-BREAK

LED PARA INDICAÇÃO DO NO-BREAK ATIVADO

LEGENDA

L1 - BOTOEIRA (VERMELHA) DE LIGAR NA POSIÇÃO MANUAL

D1 - BOTOEIRA (VERDE) DE DESLIGAR NA POSIÇÃO MANUAL

CH1 - CHAVE DE SELEÇÃO - DEFINE O MODO DE SELEÇÃO

MANUAL OU PLC

L2 - BOTOEIRA (VERMELHA) DE LIGAR O CONTATOR

PRINCIPAL CP-2 INDEPENDENTE DO PLC

D2 - BOTOEIRA (VERDE) DE DESLIGAR O CONTATOR

PRINCIPAL CP-2 INDEPENDENTE DO PLC

NA

CH1/CHAVE SELEÇÃO/PLC

NO-BREAK

(8)

6 - Resultados Experimentais

Os testes executados com o protótipo em laboratório, permitiram que se registrassem as seguintes formas de onda:

- Na figura 5 observa-se o sinal de tensão e corrente registrados no secundário do transformador em regime permanente;

- Na figura 6 apresenta-se o sinal de tensão e corrente registrados na carga em regime permanente;

- Na figura 7 mostra-se o sinal de tensão e corrente registrados na carga quando do comando de disparo pelo PLC;

- Na figura 8 é mostrado o sinal de tensão e corrente registrados na carga quando do comando de bloqueio pelo PLC;

- Na figura 9 são apresentados os sinais de tensão e corrente registrados na carga quando da atuação da proteção de sobrecorrente;

- Na figura 10 são mostrados os sinais de tensão VCE e corrente na carga quando da atuação da proteção de sobrecorrente;

- Na figura 11 estão mostrados os sinais de tensão VCE e corrente na carga quando do comando de disparo pelo PLC.

T 1.262 ms EXT

2V ~ 10mV ~ 5ms SAVE

Fig. 5 - Sinal de tensão e corrente registrados no secundário do transformador em regime permanente

T 1.150 ms EXT

2V ~ 10mV ~ 5ms SAVE

(9)

T 16.72 ms EXT

2V ~ 10mV ~ 10ms SAVE

Fig. 7 - Sinal de tensão e corrente registrados na carga quando do comando de disparo pelo PLC

T 1.77 ms EXT

2V ~ 10mV ~ 10ms SAVE

Fig. 8 - Sinal de tensão e corrente registrados na carga quando do comando de bloqueio pelo PLC

T 0.65 ms EXT

2V ~ 10mV ~ 10ms SAVE

Foto 9 - Sinal de tensão e corrente registrados na carga quando da atuação da proteção de sobrecorrente

(10)

EXT

2V 10mV ~ 50ms SAVE

Fig. 10 - Sinal de tensão VCE e a corrente na carga quando da atuação da proteção de sobrecorrente

EXT

2V 10mV ~ 50ms SAVE

Fig. 11 - Sinal de tensão VCE e a corrente na carga quando do comando de disparo pelo PLC

7 - Conclusões

Conclui-se finalmente que:

• A implementação do protótipo da chave eletrônica é tecnicamente viável e de baixo custo;

• Obtém-se um curto tempo de resposta às solicitações de correção de tensão. Este tempo de operação é da ordem de 10 a 20 ms, os quais são considerados extremamente rápidos;

• A proteção do IGBT, contra efeitos de dv/dt e sobrecorrente instantânea, é efetuada somente no cruzamento pelo zero do sinal de corrente, isinc;

• O disparo é executado, no primeiro meio-ciclo da operação, no cruzamento pelo zero do sinal de tensão, vsinc. Em condições normais de operação, o IGBT sempre estará em condução pelo número de ciclos determinados pelo PLC. O bloqueio, só

(11)

acontecerá no cruzamento pelo zero do sinal de corrente, isinc, ao ser solicitado pelo PLC ou quando da atuação da proteção por sobrecorrente;

• Quando do bloqueio do IGBT, seja por operação normal ou por sobrecorrente, não existe nenhum tipo de sobretensão aplicada sobre os terminais de coletor e emissor do IGBT, o que permite a utilização de um circuito amortecedor de baixo custo. Isto evita o emprego de circuitos amortecedores complexos e onerosos, como os indicados em [2, 3].

Bibliografia

[1] - Echavarria, R. et all - Desing and implementation of a fast on-load tap changing regulator using softswitching commutation techniques - Power Electronics Specialist Conference, Pesc 00, 18-23 june, 2000, Galway, Ireland; [2] - Bauen, P. et all - Electronic tap changer for 10KV distribution transformer - EPE 97, Trondheim, september 97;

[3] - Bauer, P. et all - Solid state control for transformer tap changing - PEMC 96, Budapest, September 96;

[4] - Heinmann, L.; Mauthe, G. - The universal power electronics based distribution transformer, an unified approach - PESC 2001;

[5] - Abreu, J. P. G.; Monteiro, A. J. - Transformadores especiais e o emprego de bobinas particionadas - Nota Técnica 1.3, Ciclo 2001-2002, ELPA-FUPAI- UNIFEI, 2002;

[6] - Silva, V. F.; Cortez, J. A.; Abreu, J. P. G. - Métodos de comutação de bobinas para transformadores especiais - Nota técnica 2.1, Ciclo 2001-2002, ELPA-FUPAI- UNIFEI, 2002;.

[7] - Abreu, J. P. G. - Desenvolvimento e Implementação de um Transformador com Relação de Transformação Complexa Variável - Phasor Controller - Tese de Doutorado, Unicamp, 1991.

Referências

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