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Duloxetina mg. Eficácia e segurança na redução dos sintomas em pacientes com dor lombar crônica. Atualização mensal. The Journal of Pain, 2010.

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Duloxetina 60-120mg

Eficácia e segurança na redução

dos sintomas em pacientes com dor

lombar crônica.

The Journal of Pain, 2010.

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Duloxetina 60-120mg

Eficácia e segurança na redução dos sintomas em pacientes com dor lombar crônica.

Introdução

A taxa de prevalência da lombalgia nos Estados Unidos é de 65 a 80% da população. A revisão dos estudos epidemiológicos disponíveis demonstra que a dor lombar produz intenso impacto socioeconômico por reduzir a capacidade produtiva do indivíduo. Lombalgia, ou dor lombar crônica, é definida como dor localizada entre a décima segunda costela e a prega glútea inferior com ou sem dor radiada pela perna. A dor aguda dura menos de 6 semanas enquanto a crônica pode persistir por mais de 3 meses.

A etiologia da dor lombar crônica não é bem compreendida e uma ampla gama de fatores contribui para o desenvolvimento do transtorno. Estes fatores incluem mudanças no sistema nervoso central, como hiperatividade neuronal, a excitabilidade da membrana, disfunção dos sistemas inibidores, hipersensibilização e expressão de novos genes que modulam os mediadores inflamatórios. Entre essas mudanças, a sensibilização central e a dor associada através da modulação de neurotransmissores têm sido amplamente pesquisadas e razoavelmente bem caracterizadas. Estes mecanismos fisiopatológicos são pelo menos parcialmente responsáveis pelo desenvolvimento e manutenção dos estados de dor crônica, independentemente da sua etiologia.

A Duloxetina, um potente e seletivo inibidor da recaptação da serotonina e da norepinefrina, potencializa a atividade de inibição das vias descendentes da dor. Estudos sobre os caminhos da dor através do sistema nervoso central apontam que desequilíbrios nos sistemas noradrenérgicos e serotoninérgicos seriam responsáveis pelo desenvolvimento e manutenção da sensibilização central, associada a dores crônicas. Baseados nestes dados, pesquisas foram realizadas utilizando fármacos que aumentam a concentração destes neurotransmissores na fenda sináptica, primariamente utilizados para depressão. Os resultados demonstraram que inibidores da recaptação da Serotonina e Noradrenalina, como a Duloxetina, apresentam melhora significativa no quadro da dor associada. Diversos ensaios clínicos demonstraram o uso da Duloxetina no tratamento da dor crônica em quatro condições: dor neuropática periférica em diabéticos, fibromialgia, dor associados com osteoartrite do joelho e dor lombar crônica.

A Duloxetina apresenta-se como uma opção terapêutica eficaz em pacientes portadores de dor

lombar crônica. Estes efeitos, ligados ao seu potencial analgésico, não estão relacionados com sua

característica antidepressiva.

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401 pacientes foram randomizados e receberam o seguinte esquema de tratamento:

Placebo 1x ao dia Duloxetina 60mg 1x ao dia

Estudos & Atualidades

Estudo randomizado, duplo-cego, placebo controlado analisa os efeitos da Duloxetina no tratamento

da dor lombar crônica.

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A eficácia primária foi avaliada de acordo com o Brief Pain Inventory. A avaliação da eficácia secundária incluiu o Patient's Global Impressions of Improvement (PGI-I), Roland Morris Disability Questionnaire (RMDQ-24), Severity (S), BPI-Interference (BPI-I), e Taxas de Respostas (entre 50% ou 50% BPI average pain reduction at endpoint). A análise dos benefícios à saúde incluiu a European Quality of Life–5 Dimensions e a produtividade no trabalho.

Resultados:

Ÿ Após 12 semanas de estudo os pacientes tratados com a Duloxetina apresentaram melhora significativa nos parâmetros analisados, sendo a redução no Brief Pain

Inventory a mais significativa.

A Duloxetina demonstrou eficácia no tratamento da dor lombar crônica através da redução dos

parâmetros de dor nos pacientes estudados. Todos os parâmetros utilizados para análise do quadro

da dor e qualidade de vida dos pacientes melhoraram significativamente em relação ao grupo

placebo.

J Pain. 2010 May 14.

Brief Pain Inventory durante o tratamento Escores do Brief Pain Inventory durante o tratamento

Sendo *** ρ<0,001 em relação ao Placebo.

O uso de Duloxetina para tratamento da dor crônica apresenta segurança e eficácia. Os

índices de avaliação de dor foram favoráveis no grupo que utilizou a Duloxetina,

apresentando melhora em 65% do quadro doloroso conforme avaliação do índice BPI.

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Estudos & Atualidades

Estudo analisa eficácia e a segurança do tratamento com Duloxetina em pacientes com dor lombar

crônica.

Estudo duplo-cego, randomizado, submeteu os pacientes ao seguinte tratamento:

Placebo 1x ao dia

Duloxetina 60mg 1x ao dia

Duloxetina 120mg 1x ao dia

Ÿ A Duloxetina em doses de 60 a 120mg uma vez por dia demonstrou redução significativamente maior na dor em relação ao placebo em pacientes com dor lombar crônica;

Ÿ As análises mostraram que melhora do escore do BPI 24 horas devido ao potencial analgésico direto do tratamento com Duloxetina, que não depende da melhora da depressão ou sintomas de ansiedade.

Ÿ A Duloxetina foi bem tolerada, os efeitos adversos relatados não são diferentes dos encontrados em estudos anteriores.

O BPI é um questionário desenvolvido para avaliar a gravidade e o impacto da dor no funcionamento diário do doente, tendo sido utilizado extensivamente em diferentes patologias e síndromes dolorosas, desde a dor aguda à dor crônica.

Acta Med Port, 2009.

A eficácia primária da Duloxetina para analisar os parâmetros de dor foi avaliada de acordo com o Brief Pain Inventory (BPI). Redução nos escores do

Brief Pain Inventorydurante o tratamento

Sendo *** ρ<0,001 , ** ρ<0,01 e * ρ<0,05 em relação ao Placebo.

A Duloxetina demonstrou eficácia no tratamento da dor lombar

crônica em comparação ao placebo. Foi relatado após o estudo

que a Duloxetina possui efeito analgésico direto em 24 horas,

independente de sua atividade antidepressiva.

Spine ,2010 Jun.

Após 7ª. semana os pacientes com redução de dor menor que 30% receberam Duloxetina 120mg.

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A Duloxetina é classificada como um antidepressivo atípico, com atividade no sistema nervoso central. É um inibidor da recaptação de Serotonina e Noradrenalina. Estudos demonstraram que a Duloxetina é eficaz no tratamento de três condições de dor crônica:

Ÿ Dor lombar crônica;

Ÿ Dor neuropática periférica do diabético;

Ÿ Fibromialgia.

A Noradrenalina e a Serotonina estão envolvidas na mediação do mecanismo analgésico endógeno através da vias descendentes inibitórias da dor no cérebro e na medula espinhal.

Disfunção ou redução da concentração de 5-HT e NE é um mecanismo potencial para explicar a dor experimentada por pacientes com lombalgias e dores crônicas.

A Duloxetina mantém os níveis destes neurotransmissores na fenda sináptica, mantendo o equilíbrio dos sistemas noradrenérgicos e serotoninérgicos, melhorando o quadro da dor

Propriedades & Mecanismo de Ação

Para controlar a dor crônica devido à osteoartrite o tratamento recomendado consiste em uma combinação de terapias não-farmacológicas e não-farmacológicas. Entre os fármacos incluem-se os antiinflamatórios não esteroidais (AINEs), as injeções intra-articulares de corticoesteróides e hialuronatos, e os analgésicos opióides. No entanto, muitos dos tratamentos referidos, particularmente AINEs e opióides, estão associados a reações adversas significativas e à baixa segurança.

Pesquisas demonstraram que o desequilíbrio nos sistemas serotoninérgicos e noradrenérgicos estão envolvidos no desenvolvimento e manutenção da sensibilização central e associados a estados de dor crônica. A utilização de

fármacos que regulam estes sistemas tem sido demonstrada como uma alternativa segura e eficaz no controle central da dor.

Pain Pract. 2010 Jul.

Posologia:

Duloxetina 60-120mg/dia.

Administrar uma cápsula ao dia.

Efeitos colaterais: Diarréia, sonolência, perda do apetite, náusea, boca seca.

Interações Medicamentosas: Fármacos antidepressivos tricíclicos e IMAO, anfetaminas, diazepínicos, drogas que se ligam fortemente às proteínas

plasmáticas, fármacos inibidores da CYP12A.

Contra-indicações: Gravidez e lactação. A Duloxetina atravessa a barreira placentária e é excretada no leite materno. Seu uso deve ser

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1. Cápsulas de Duloxetina 2. Cápsulas de Duloxetina

Duloxetina...60mg Mande 30 cápsulas.

Tomar uma cápsula pela manhã ou conforme orientação médica.

Duloxetina...120mg Mande 30 cápsulas.

Tomar uma cápsula pela manhã ou conforme orientação médica.

4. Cápsulas de Tramadol 6. Cápsulas de Amitriptilina

5. Cápsulas de Acetaminofeno

7. Cápsulas de Gabapentina Tramadol...50mg

Mande 90 cápsulas.

Tomar uma cápsula três vezes ao dia. Drugs.com

Acetaminofeno...650mg Mande 90 cápsulas

Tomar uma cápsula a cada quatro horas.

Amitriptilina...75mg

Mande 30 cápsulas. Tomar uma dose ao dia.

Kroenke K, Krebs EE, Bair MJ.Pharmacotherapy of chronic pain: a synthesis of recommendations from systematic reviews.Gen Hosp Psychiatry. 2009 May-Jun;31(3):206-19. Epub 2009 Mar 4.

Gabapentina...300mg Mande 90 cápsulas.

Tomar uma cápsula três vezes ao dia.

Backonja M, Glanzman RL.Gabapentin dosing for neuropathic pain: evidence from randomized, placebo-controlled clinical trials. Clin Ther. 2003 Jan;25(1):81-104.

3. Creme de Ibuprofeno

Ibuprofeno...5% Creme de Alta Penetração qsp...100g Aplicar nos locais afetados duas a três vezes ao dia.

Estudo avaliando a eficácia do creme de ibuprofeno em pacientes com osteoartrite demonstra redução de 64% do quadro de dor, com eficácia clínica e estatística no tratamento da osteoartrite primária do joelho.

Drugs Exp Clin Res. 2001.

Sugestões de Fórmulas

O tratamento com a Duloxetina deve iniciar com a dose de 60mg ao dia. Caso não haja resposta analgésica, a dose poderá ser aumentada para 120mg ao dia.

Literatura Consultada

1. Skljarevski V, Zhang S, Desaiah D, Alaka KJ, Palacios S, Miazgowski T, Patrick K. Duloxetine Versus Placebo in Patients With Chronic Low Back Pain: A 12-Week, Fixed-Dose, Randomized, Double-Blind Trial. J Pain. 2010 May 14.. 2. Skljarevski V, Desaiah D, Liu-Seifert H, Zhang Q, Chappell AS, Detke MJ, Iyengar S, Atkinson JH, Backonja M. Efficacy and safety of duloxetine in patients with chronic low back pain. Spine (Phila Pa 1976). 2010 Jun 1;35(13):E578-85 3. Seixas D, Galhardo V, Maria SA, Guimarães J, Lima D. Dorn a esclerose múltipla: Caracterização de uma População Portuguesa de 85 Doentes. Acta Med Port 2009; 22: 233-240

4. Karp JF, Weiner DK, Dew MA, Begley A, Miller MD, Reynolds CF 3rd. Duloxetine and care management treatment of older adults with comorbid major depressive disorder and chronic low back pain: results of an open-label pilot study.Int J Geriatr Psychiatry. 2010 Jun;25(6):633-42.

5. Lunn MP, Hughes RA, Wiffen PJ. Duloxetine for treating painful neuropathy or chronic pain. Cochrane Database Syst Rev. 2009 Oct 7;(4):CD007115.

6. Brunton S, Wang F, Edwards SB, Crucitti AS, Ossanna MJ, Walker DJ, Robinson MJ. Profile of adverse events with duloxetine treatment: a pooled analysis of placebo-controlled studies. Drug Saf. 2010 May 1;33(5):393-407. 7. Arnold LM, Pritchett YL, D'Souza DN, Kajdasz DK, Iyengar S, Wernicke JF. Duloxetine for the treatment of fibromyalgia in women: pooled results from two randomized, placebo-controlled clinical trials. J Womens Health (Larchmt). 2007

Oct;16(8):1145-56.

8. Sultan A, Gaskell H, Derry S, Moore RA. Duloxetine for painful diabetic neuropathy and fibromyalgia pain: systematic review of randomised trials. BMC Neurol. 2008 Aug 1;8:29. 9. Gregory PJ, Sperry M, Wilson AF.Dietary supplements for osteoarthritis. Am Fam Physician. 2008 Jan 15;77(2):177-84.

10. Trnavsky K, Fischer M, Vogtle-Junkert U, Schreyger F. Efficacy and safety of 5% ibuprofen cream treatment in kneeosteoarthritis. Results of a randomized, double-blind, placebo-controlled study. J Rheumatol. 2004 Mar;31(3):565-72. 11. McAlindon TE. Nutraceuticals: do they work and when should we use them? Best Pract Res Clin Rheumatol. 2006Feb;20(1):99-115.

12. Consenso Brasileiro para o tratamento da osteoartrite. Rev Bras Reumatol 42: 371-4, 2002. 13. http://www.drugs.com/mtm/duloxetine.html

Referências

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