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III SEMINÁRIO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS REPENSANDO INTERESSES E DESAFIOS PARA A INSERÇÃO INTERNACIONAL DO BRASIL NO SÉCULO XXI

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Academic year: 2021

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III SEMINÁRIO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS  REPENSANDO INTERESSES E DESAFIOS PARA A INSERÇÃO INTERNACIONAL  DO BRASIL NO SÉCULO XXI      Área temática: Instituições e Regimes Internacionais   

 

ANÁLISE DO PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DO 

MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE ATRAVÉS DA SUA 

PARTICIPAÇÃO EM REDES INTERNACIONAIS DE 

CIDADES ENTRE OS ANOS DE 2005 E 2015 

 

 

Alice Duarte ​–​ Graduanda em Relações Internacionais pela   Unisinos e Estagiária na Prefeitura de Porto Alegre  Loïc Wable ​– Mestrando pela PSIA Sciences Po e   pelo PPGEEI­UFRGS e Estagiário na Prefeitura de Porto Alegre  Marina Felisberti – Graduanda em Relações Internacionais pela   UFRGS e Estagiária na Prefeitura de Porto Alegre  Marcela Ávila – Graduanda em Políticas Públicas pela UFRGS e   Estagiária na Prefeitura de Porto Alegre  Yuri Padilha – Graduando em Relações Internacionais pela Unirritter e   Estagiário na Prefeitura de Porto Alegre  Rodrigo Corradi – Mestre em Relações Internacionais pela UFRGS e   Coordenador da Gerência de Relações Internacionais da Prefeitura de Porto Alegre 

 

 

Florianópolis, 29–30 de setembro de 2016.

 

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Resumo: ​O artigo propõe­se a analisar a atuação da capital gaúcha nas redes globais e regionais –          Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU) e Mercocidades, respectivamente, identificando como        projeto de internacionalização de municípios, apontando as especificidades da projeção da sua        influência em diferentes espaços de negociação e níveis internacionais. É importante ressaltar que a        perspectiva teórica do presente trabalho é a do policy­maker, representado através da Gerência de        Relações Internacionais da Prefeitura de Porto Alegre. A conclusão desta análise vai ao encontro da        efetividade do processo de internacionalização através da continuidade de atuação política em redes        internacionais de cidades. 

 

Palavras­chave: ​Paradiplomacia; Cooperação; Gestão em Rede. 

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1 INTRODUÇÃO    

O presente artigo tem como objetivo examinar a internacionalização de cidades,        através da atuação de municípios em Redes, sob o paradigma do caso de Porto Alegre        entre os anos de 2005 e 2015, encabeçada, principalmente, pela Gerência de Relações        Internacionais ­ agente diretamente envolvido neste processo. Para tanto, o artigo        encontra­se organizado em três grandes blocos argumentativos: (i) contextualização        histórica e teórica; (ii) o contexto regional: rede mercocidades, paradiplomacia e integração        regional; e (iii) o contexto global: rede cidades e governos locais unidos (CGLU) e que        busca, em última instância, corroborar a hipótese da utilização de Redes de cidades como        um dos mecanismos de inserção internacional de municípios. Desta forma, o trabalho        pretende desenvolver a ideia de que a atuação de governos locais em Redes de cidades        configura um projeto concreto e possibilitador da internacionalização de municípios,        demonstrando, ainda, as especificidades da utilização de Redes nos casos tanto de        projeção regional quanto de projeção internacional de cidades, atentando para os diferentes        níveis e espaços de negociação entre municípios e de suas pautas. Utilizando­se do marco        teórico da paradiplomacia (SALOMÓN, 2012), defende­se, por fim, a viabilidade de um        processo de internacionalização de municípios baseado na compreensão dos governos        subnacionais como agentes de política externa e, portanto, atores autônomos na gestão e        implementação das suas relações internacionais.  

Através de uma breve (i) contextualização histórica e teórica, o trabalho discute, em        um primeiro momento, a internacionalização de cidades e a opção pela utilização do        conceito de paradiplomacia, desenvolvido por Soldatos (1990) e Duchacek (1990) e        posteriormente contextualizado por Salomón (2012). Em um segundo momento, ainda,        propõe­se um resgate do contexto da emergência dos poderes locais como atores no        Sistema Internacional e uma breve discussão sobre a trajetória de Porto Alegre neste        cenário. Sob a perspectiva do (ii) contexto regional: rede mercocidades, paradiplomacia e        integração regional, pretendeu­se expor a importância da atuação de cidades em contextos,        mesmo que regionais, de Redes de municípios, principalmente, no que tange a pautas de        interesse comum entre cidades vizinhas, como, por exemplo, as questões fronteiriças. Por        fim, discute­se (iii) o contexto global: rede cidades e governos locais unidos (CGLU) e os        desafios da nova agenda urbana buscando, de um modo geral, demonstrar o surgimento e a        consolidação de grandes espaços de discussão e de atuação dos poderes locais em nível        internacional global, a importância do desenvolvimento progressivo destes espaços e, ainda,        a consolidação do processo de internacionalização de municípios, baseado no estudo de       

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caso da cidade de Porto Alegre, através da atuação contínua destes atores em Redes de        cidades, sendo estas regionais ou não. 

 

2 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E TEÓRICA   

2.1 A Internacionalização de cidades: o município como um agente da política externa                          subnacional 

 

No final da década de 80, Duchacek (1990) e Soltatos (1990) observaram ações        internacionais praticadas por entes subnacionais como uma possível tendência dentro do        Sistema Internacional, em especial quando inserida em contextos de federações que        possuíam unidades regionais ou provinciais. Embora avesso aos acordos internacionais dos        séculos XVIII e XIX, que conferiam legitimidade para a atuação acerca da diplomacia, da        guerra e do comércio exterior somente aos Estados­nacionais soberanos, cuja expressão        deveria ser indivisível e monopolística (DUCHACEK, 1990), os autores observaram diversos        casos de “relações transnacionais” entre governos subnacionais nos Estados Unidos da        América, no Canadá e na Bélgica (DUCHACEK, 1990; SOLDATOS, 1990). Seus esforços        para determinar as causas dessa nova tendência e capacidade dos governos locais        culminaram no inegável reconhecimento dos governos não­centrais como novos atores        internacionais, assumindo que “seus atos legais e suas atividades de       ​lobby afetam a política        internacional e, logo, atraem atenções e reações extra­nacional” (DUCHACEK, 1990, p. 12,        tradução própria), dando origem à expressão “paradiplomacia” (DUCHACEK, 1990, p. 15;        SOLDATOS, 1990, p. 35). Essa conclusão, na época, desafiava os governos centrais a        trabalharem de forma cooperativa junto a seus entes federados, trazendo o conceito como        uma nova possibilidade de inserção no sistema internacional ou como uma crescente        ameaça à soberania dos Estados com relação às suas políticas externas (DUCHACEK,        1990).  

Soldatos (1990), que reconhecia a paradiplomacia como um fenômeno que        segmentava atores e eventualmente políticas nacionais, entendia esse processo como uma        possibilidade de racionalização. 

 

“(...) a paradiplomacia, ao invés de ser considerada como um processo de        conflito, pode ser uma racionalização, onde governos federais podem aceitar        ou até estimular o papel internacional de suas unidades federadas como        complementares (coordenadas, conjuntas ou monitoradas) aos seus esforços        internacionais” (SOLDATOS, 1990, p. 49).  

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Salomón (2012) observa o surgimento de estruturas burocráticas de gestão das        relações internacionais em governos estaduais brasileiros no contexto favorável da        redemocratização e descentralização da década de 80. A autora entende o fenômeno como        uma reação às mudanças sistêmicas que a globalização sugere à contemporaneidade,        percebendo os governos subnacionais como agentes de política externa e, portanto,        alertando sobre as limitações da utilização do termo “paradiplomacia” no contexto atual. 

Sua primeira ressalva diz respeito a frequente confusão das expressões        “diplomacia” e “política externa” (SALOMÓN, 2012). A diplomacia, caracterizada pela        dimensão da implementação das políticas internacionais, corresponde a apenas um dos        aspectos relativos à política externa e, consequentemente, não abrangendo todas as        possibilidades de atuação internacional dos governos subnacionais. Além disso, Salomón        (2012) alerta sobre a escolha do prefixo “para” utilizado no termo, que traz um sentido de        subordinação e inferioridade que deve ser questionado quando analisamos os limites da        ação internacional de estados e municípios.  

Assim, aceitamos o termo “paradiplomacia” como o atualmente mais conhecido e        utilizado dentro e fora da academia, embora não se deva esquecer durante a leitura do        presente artigo que, ao utilizar tal expressão, denotamos a política externa subnacional, fruto        da ação de estados e municípios como agentes do sistema internacional (SALOMÓN, 2012).        Da mesma forma, é importante lembrar que faremos uso das ferramentas dispostas pela        Análise de Política Externa para compreender as ações internacionais do município de Porto        Alegre, percebendo os processos de tomada de decisão e a implementação da política        externa com enfoque específico nas experiências que envolvem o       ​policy­maker em questão,      neste caso a estrutura da Gerência de Relações Internacionais da Prefeitura de Porto        Alegre. 

 

2.2 O contexto da emergência dos poderes locais como atores no Sistema Internacional e a                              trajetória de Porto Alegre 

 

Com as mudanças no Sistema Internacional, que ocorreram a partir do fim dos anos        1980, como o colapso da União Soviética, o fim da bipolaridade e o aumento da        globalização, houve a necessidade de que os diversos atores internacionais passassem a        ser mais ativos. As organizações internacionais, as empresas transnacionais, as ONGs e,        inclusive, as cidades iniciaram um processo de participação em esfera global. As cidades,       

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através do Movimento Municipalista Internacional (1913), liderado por Barcelona, Espanha        (UNITED CITIES AND LOCAL GOVERNMENTS, 2013a      ), se tornaram essenciais para o        prosseguimento de ações específicas, principalmente aquelas relacionadas às chamadas        “Novas Agendas”, composta por pautas como o meio ambiente, as mudanças climáticas e        mobilidade urbana (UNITED CITIES AND LOCAL GOVERNMENTS, 2013b; MARX, 2006). 

Na América Latina e, consequentemente também no Brasil, vivia­se com intensidade        todo o contexto histórico da redemocratização e da descentralização em meados da década        de 80, que criaram um cenário favorável para atividades de governos não centrais no        exterior (SALOMÓN, 2012). Assim, a rápida movimentação que deu origem aos processos        individuais de internacionalização de cidades teve Porto Alegre como um dos primeiros        municípios a traçar uma estratégia mais estruturada de internacionalização (MARX, 2006). A        principal base da política internacional da cidade era a ideologia do Partido dos        Trabalhadores (PT), responsável pela administração do município na época. O binômio        formado pelas iniciativas do Orçamento Participativo (OP), em 1989, política pública singular        e com potencial internacional (PORTO ALEGRE, 2001a), e pelo Fórum Social Mundial        (FSM) (  FÓRUM SOCIAL MUNDIAL PORTO ALEGRE, 2013)      , que surgiu como contraponto          ao Fórum Econômico Mundial (1971) e às políticas neoliberais, trouxeram reconhecimento        para Porto Alegre, que passou a ser conhecida como a “Cidade da Democracia        Participativa”. Em 2005, com a mudança de governo do município e o início da        administração do Partido Popular Socialista (PPS), o caráter ideológico da administração        anterior foi diminuído, porém o processo de internacionalização pelo qual a cidade estava        passando seguiu forte, alicerçado, entretanto, em outras questões – como a cooperação        bilateral e as Redes de cidades (MARX, 2006). 

Sob uma perspectiva global de análise, destaca­se, neste contexto de Redes, a        Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU), formada em 2004, a maior Rede de cidades do        mundo, considerada, por muitos, a “Organização das Nações Unidas (ONU) das Cidades”,        com mais de 150 integrantes (UNITED CITIES AND LOCAL GOVERNMENTS, 2006). Porto        Alegre, corroborando seu papel de destaque na área, aparece como membro fundador da        Rede, além de fazer parte do Bureau Executivo, órgão responsável pelas principais tomadas        de decisão da CGLU. O município participou, ainda, dos últimos eventos relevantes da        Rede, o encontro do Bureau Executivo de 2016, em Kazan, Rússia (UNITED CITIES AND        LOCAL GOVERNMENTS, 2016), além de ter sediado a edição de 2015, do mesmo evento,        que contou com a presença de mais de 150 pessoas, de 30 diferentes países (UNITED        CITIES AND LOCAL GOVERNMENTS, 2014).  

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Ademais, a CGLU (2004) é composta por diversos comitês, que tratam de questões        específicas. Porto Alegre é copresidente do Comitê de Planejamento Estratégico Urbano,        em conjunto com Durban, cidade sul­africana. Tal comitê é voltado, em especial, para        aquelas cidades que se situam em países em desenvolvimento e que não possuem        planejamento urbano consolidado, dado o aumento desordenado de suas populações        (UNITED CITIES AND LOCAL GOVERNMENTS, 2012).  

Sob uma perspectiva regional de análise, destaca­se o papel da Mercocidades        (1995), uma Rede de cidades regional, originada ainda dentro do escopo do Mercosul        (1991) embora hoje já contemple municípios de outros países sul­americanos que        originalmente não compõem o bloco (MERCOCIUDADES, 2001). Porto Alegre foi também        membro fundador e voltou sua política internacional quase que exclusivamente para a Rede        durante alguns anos (2005­2010). A cidade participa ativamente dos eventos        proporcionados pela Mercocidades (1995) e foi Secretária Executiva da Rede nos biênios        1996/97 e 2013/14, tendo sediado, portanto, as Cúpulas de 1996 e 2013. Assim como a        CGLU (2004) é composta por comitês, a Mercocidades (1995) possui Unidades Temáticas        (UTs). Porto Alegre, atualmente, é coordenadora de duas UTs, a de Integração Fronteiriça e        a de Autonomia, Gestão e Participação (MERCOCIUDADES, 2010). A primeira foi criada        como o objetivo de melhorar as condições dos municípios de fronteira e, a segunda, com o        objetivo de incentivar o compartilhamento de boas práticas sobre democracia participativa e        gestão municipal. 

 

3 O CONTEXTO REGIONAL:​ ​REDE MERCOCIDADES E INTEGRAÇÃO REGIONAL   

Em 1995, representantes de governos locais do Cone Sul reuniram­se no seminário        “Mercosul: Oportunidades e Desafios para as Cidades”, realizado no âmbito Mercosul        (1991), na cidade de Assunção, Paraguai, com discussões que pautaram principalmente o        papel das cidades, municípios e províncias. Neste seminário, os municípios de Córdoba        (Argentina), La Plata (Argentina), Rosário (Argentina), Brasília (Brasil), Curitiba (Brasil),        Florianópolis (Brasil), Porto Alegre (Brasil), Rio de Janeiro (Brasil), Salvador (Brasil),        Assunção (Paraguai), Montevidéu (Uruguai) firmaram a Declaração de Assunção (1995), na        qual registrou­se o desejo de formação de uma Rede de cidades, já denominada por        Mercocidades (MERCOCIUDADES, 2010). 

 

“Mercocidades tem uma proposta de integração regional, porque entende a        integração regional como a estratégia comum para posicionarmos o contexto       

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planetário e incidir nos âmbitos de decisão global” (RODRIGUES, 2015, p. 11,        tradução própria).  1

 

Conforme observado no Estatuto e Regulamento da Rede, escrito em novembro de        2015, na Assembleia Geral da Mercocidades, ocorrida na cidade de São Paulo (Brasil), a        integração entre cidades justifica­se pelo importante ambiente de interação humana        proporcionado a esta iniciativa de organização de cidades em rede, estabelecendo o        município, e sua atuação através de iniciativas assertivas, como ator substancialmente        importante no espaço internacional.  

 

“(...) as cidades constituem espaços de interação humana de importância        crescente e suas organizações administrativas representam entidades ativas        de participação política que não podem estar alijadas à globalização das        relações internacionais” (MERCOCIUDADES, 2015). 

 

Deste modo, o governo local exerce papel de agente de política externa nos        contextos regional e global , conceito já ilustrado no marco teórico deste trabalho. Com base      2        nessa justificativa, a integração entre os atores envolvidos na Rede tem o objetivo de        impulsionar a troca de boas práticas, informações e tecnologia, visando o estabelecimento        de cooperação política, econômica, social e cultural entre seus membros. Dessa forma, com        base nos objetivos mencionados, cria­se possibilidade para que novas agendas regionais        sejam pautadas, contribuindo para um canal de comunicação que favoreça o surgimento de        soluções para problemas situados no meio urbanos (GOMES et al., 2015).  

Considerando os diversos impactos causados pela urbanização, o modelo de        integração proposto pela Rede possibilitou um grau maior de legitimidade aos governos        locais sul­americanos, devido à proximidade destes para com a sociedade civil. Essa        proposta descentraliza os tradicionais conceitos de diplomacia e integração (SOLDATOS,        1990), proporcionando maior espaço para a gestão da política externa pelos entes        subnacionais (SALOMÓN, 2012), promovendo a formação de agendas tanto regionais        quanto globais, tornando as cidades e seus cidadãos protagonistas neste modelo de        atuação. 

A estrutura da Rede dá­se por meio de diversos órgãos, sendo composta por uma        Assembleia Geral, um Conselho, uma Comissão Diretiva, a Presidência, a Vice­presidência,       

1 No original: “Mercociudades tiene una propuesta de integración regional, porque entiende a la                         

integración regional como la estrategia común para posicionarrnos en el contexto planetario e incidir en        los ámbitos de decisión global.” 

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a Secretaria Técnica Permanente e outras 15 Unidades Temáticas (UTs), consideradas        como sub­redes dedicadas ao debate e implementação de ações e projetos envolvendo as        principais demandas de interesse comum das cidades (MERCOCIUDADES, 2016). 

Ainda no âmbito das Unidades Temáticas da Rede, atualmente, Porto Alegre        representa a coordenação de duas destas UTs, Autonomia, Gestão e Participação e        Integração Fronteiriça. A primeira dessas, criada em 1998, nasce com o intuito de gerar um        espaço que promova a pesquisa e debates de cunho técnicos e políticos. 

 

O objetivo da UT criada em 1998 é promover a pesquisa, bem como um        debate técnico e político sobre os processos de transformação e de        descentralização política e administrativa das cidades da região, abrangendo        ainda tópicos como os processos de modernização administrativa, as        estratégias de participação cidadã, os sistemas jurisdicionais, a autonomia e o        orçamento municipal (MERCOCIDADES, 2016). 

 

Já a Unidade Temática de Integração Fronteiriça nasce com o objetivo de ofertar um        espaço onde demandas situadas nas regiões fronteiriças possam ser debatidas e que, por        consequência, soluções para estas sejam encontradas. A referente UT pauta questões        relacionadas ao desenvolvimento socioeconômico, infraestrutura, provisão de bens e        serviços, comércio fronteiriço, transporte e demais demandas similares para os governos        locais envolvidos. A integração fronteiriça trabalha com demandas pertencentes a governos        vizinhos que, por consequência da demarcação territorial, pertencem a soberania de        diferentes Estados nacionais (GARCIA, 2014). 

O município de Porto Alegre também faz­se presente na subcoordenação de outras        quatro UT’s: Cooperação Internacional; Juventude; Segurança Cidadã e Turismo. Além das        seis unidades acima mencionadas, há também outras 9, ligadas a questões envolvendo        desenvolvimento sustentável, tecnologia e capacitação e cultural, chegando ao total de 15        Unidades Temáticas. 

A participação do município de Porto Alegre dá­se desde o primeiro momento da        Rede, no qual 11 governos locais de Argentina, Brasil e Uruguai firmaram, juntos, a Ata de        Fundação da Mercocidades, em novembro de 1995. Além de estar entre os membros        fundadores, a capital gaúcha também já assumiu duas vezes a Secretaria Executiva da        Rede, nos biênios de 1996/97 e 2013/14, espaço de maior representação da instituição        (SUSIN, 2015). 

A internacionalização de Porto Alegre, com protagonismo da Gerência de Relações        Internacionais desse município, no ambiente organizado pela Rede Mercocidades, ainda,       

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fortalece iniciativas advindas, por exemplo, do Orçamento Participativo (1989) e sua        inserção em diversas cidades, municípios e províncias da região. O projeto, fundado em        1989, é, ainda hoje, marca da cidade e ferramenta de internacionalização desta. Sendo        assim, através da inserção da cidade de Porto Alegre na Rede, a participação e inclusão        cidadã nos governos locais da América do Sul, também, se tornaram mais presente,        fortalecendo a democracia na região (SALOMÓN, 2012). 

Deste modo, devido à intensificação progressiva da Rede Mercocidades, a instituição        tem firmado­se, ao longos destes anos, como uma ferramenta fundamental no auxílio do        processo de integração regional no subcontinente americano, causando forte impacto para        internacionalização de governos locais, estando estes, hoje, contabilizados em 286        membros da Rede, situados em Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Chile,        Bolívia, Colômbia e Peru (RODRIGUEZ, 2015). 

 

4 O CONTEXTO GLOBAL: CIDADES E GOVERNOS LOCAIS UNIDOS E A INSERÇÃO                        DE PORTO ALEGRE 

 

Sendo a maior organização que promove a cooperação entre cidades no mundo, a        Rede Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU), permite o estabelecimento de um diálogo        entres mais de mil centros urbanos de diferentes 136 países, além de cooperar com a        representação das autoridades locais em instituições internacionais para defender seus        valores e papéis nas agendas da governança mundial.  

A CGLU atua nas áreas da democracia local, da descentralização, da cooperação e        do desenvolvimento local relativas à melhoria dos serviços urbanos (acesso à água,        alojamento, transportes, etc.). Criada em 2004 a partir da fusão da Federação Mundial das        Cidades Unidas (FMCU) e da União Internacional das Autoridades Locais (IULA), a CGLU        uniu forças com a rede Metropolis para ampliar a coordenação dos membros. Além disso,        vários acordos de cooperação foram assinados com organizações internacionais, entre elas        agências das Nações Unidas como a UN­Habitat e o Banco Mundial. A estrutura da        organização gira em torno dos seus presidentes e co­presidentes, cargos ocupados        prefeitos eleitos pelos membros da rede a cada 6 anos e que trabalham junto aos seus        respectivos vice­presidentes regionais. Esse organograma constrói o núcleo duro da Rede,        que opera através do seu Conselho Mundial e seu do Bureau Executivo. Para coordenar        esse conjunto, existe também uma Secretaria Permanente, localizada em Barcelona, que        tem uma função administrativa e organizacional como órgão responsável pela preparação        dos encontros e das agendas entre as municipalidades membros da rede.  

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Desde seu congresso fundador, em Paris, a rede evoluiu rapidamente graças a        acordos com atores­chave da cooperação internacional e a abertura à diversidade dos        membros. As reuniões do Bureau Executivo, os Congressos Mundiais e as participações nas        cúpulas internacionais como membro consultivo reforçam a presença da CGLU e confirmam        sua ação de advocacia dentro da sistemática internacional das municipalidades do mundo.        Finalmente, a CGLU atua como plataforma de compartilhamento de informações e de boas        práticas, possibilitadas através das suas iniciativas de “aprendizado ativo” (UNITED CITIES        AND LOCAL GOVERNMENTS, 2015a), que formulou metodologias próprias para o        compartilhamento de políticas públicas entre as municipalidades que compõem a rede        (UNITED CITIES AND LOCAL GOVERNMENTS, 2015b).  

A cidade de Porto Alegre, membro desta Rede desde seu lançamento, é responsável        a partir de 2015 por coordenar a representação da América Latina, além de participar de        discussões nas diferentes agendas do ano 2016, como a 2                  a Assembleia Mundial em Quito        ou a 5     a Cúpula Mundial dos Líderes Locais e Regionais em Bogotá. Porto Alegre foi também                          a sede da Reunião do Bureau Executivo da CGLU em 2015 (UNITED CITIES AND LOCAL        GOVERNMENTS, 2014), e acolheu vários outros encontros da organização, ajudando dessa        forma a inserir o Rio Grande do Sul no mapa das Relações Internacionais. 

A capital gaúcha tem um papel particular na organização da CGLU devido a sua

       

presença na coordenação do Comitê de Planejamento Urbano Estratégico, assumindo a        responsabilidade de responder aos desafios complexos do desenvolvimento urbano a longo        prazo, como a pobreza, o crescimento econômico e as reformas político­administrativas.        Essa abordagem técnica da cooperação internacional mostra a necessidade de incluir no        diálogo político os atores que já provaram a capacidade deles de inovação e propor        soluções originais aos assuntos modernos. Porto Alegre demonstrou ter esse caráter        através da implementação do Orçamento Participativo na rotina de funcionamento da        municipalidade e da     ​decision­making (PORTO ALEGRE, 2001). Essa estratégia revelou­se        frutífera na articulação da sociedade com as autoridades municipais e na participação dos        cidadãos na construção das prioridades e dos projetos da cidade.  

Assim, destaca­se o duplo papel que Porto Alegre assumiu na sua articulação nesta        Rede. Por um lado, a representação do continente latino­americano no âmbito internacional,        como membro da CGLU e da Rede Mercociudades, para a promoção da unidade e da        cooperação entre os governos locais em ambas as redes. De outra perspectiva, também        destaca­se a participação ativa do município nas discussões técnicas e teóricas acerca do        planejamento urbano e estratégico, frente especialmente representada no comitê presidido       

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por Porto Alegre (Brasil) e Durban (África do Sul) (UNITED CITIES AND LOCAL        GOVERNMENTS, 2012).  

Estabelecer uma coesão dos centros urbanos fora dos desacordos entre os países é        um objetivo ambicioso que é conjugado os esforços feito por organizações        intergovernamentais como o Mercosul. O integração rápida e efetiva de Porto Alegre nos        canais de fortalecimento da cooperação urbana entre os governos subnacionais ajudou        fortalecer a posição exemplar da cidade na liderança urbana      global, provando sua      capacidade de gestão em políticas públicas. 

 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS    

Conforme demonstrado ao longo do desenvolvimento do trabalho, reiteramos que a        atuação de municípios nas de Redes internacionais de cidades é uma ferramenta        possibilitadora do processo de internacionalização destes agentes. Os governos locais,        neste sentido, assumem papel de suma importância para a dinâmica internacional atual,        redefinindo, através da ideia de “política externa subnacional” (SALOMÓN, 2012), o conceito        de ator internacional, assim como a dinâmica de relacionamento entre os atores do Sistema        Internacional, configurando um momento de redefinição na configuração de cenários        mundiais no século XXI. A articulação de cidades no formato de Redes comprovou­se como        uma ferramenta efetiva para a criação de canais de discussão e para o aumento do escopo        de possíveis soluções para problemas comuns às esferas municipais, como o        compartilhamento de políticas de boas práticas entre cidades em âmbito regional ou        internacional.  

Ainda, a análise do caso de Porto Alegre realizada ao longo do artigo, apontou que        a internacionalização de municípios, baseada nas atuações destes em Redes de cidades,        mostrou­se bastante efetiva. Graças às novas relações estabelecidas nos canais de        comunicação promovidos pelas Redes, foram estabelecidos novos pontos de cooperação        bilateral entre municípios, que criaram oportunidades para eventos internacionais de        cidades, trazendo maior visibilidade para o município de Porto Alegre.  

Assim,  o  sucesso  obtido pela capital gaúcha em seu processo de        internacionalização, ocorrido através das Redes internacionais de cidade e, logo, graças às        parcerias firmadas com outras cidades ao redor do mundo, possibilita sua replicação por        outros governos locais. A experiência porto­alegrense, portanto, comprovou, neste caso, a        importância das Redes de cidades para a internacionalização de municípios e relembra que       

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estará sempre aberta para novas trocas com outras municipalidades e organizações        internacionais durante os próximos anos.     6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS     

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