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Anais XVI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 13 a 18 de abril de 2013, INPE

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Confronto do uso e ocupação da terra em APPs no município de Muqui, ES

Taís Rizzo Moreira1 Alexandre Rosa dos Santos1

Raphael Lima Dalfi1 Ivo Augusto Lopes Magalhães¹

Gleissy Mary Amaral Dino Alves dos Santos2

1

Universidade Federal do Espirito Santo- UFES/CCA 29500-000 - Alegre - ES, Brasil

taisr.moreira@hotmail.com; mundogeomatica@yahoo.com.br; rapha663@hotmail.com; rafaelferraco@yahoo.com.br

2

Universidade de Vila Velha – UVV 29500-000 – Alegre – ES, Brasil

gleissym@yahoo.com.br

ABSTRACT. To ensure the quality of life and preservation of natural resources in the municipality of Muqui,

located in the extreme south of the state of Espírito Santo, Brazil, between latitudes 20 º 50 'and 21 º 01' South and longitude 41 º 12 'and 41 º 28' west Greewinch, with an area of 327.75 km ², the study proposed the use of geotechnology. In order to delimit the Permanent Preservation Areas (marginal strip, hill top, springs and slopes) from the viewpoint of Environmental Law; classify the use and occupation of the land, identify and analyze to areas of conflict in relation to Brazilian law No. 12,651, for check the state of degradation emphasizing the importance of automatic identification of these areas in order to implement projects that promote environmental actions in pursuit of a sustainable relationship between man and environment more efficiently and facilitating access to a growing number of reports from that geotechnology linked to remote sensing are essential for understanding and analyzing geographic space. Using a territorial approach that allows the spatial distribution of data, the visualization of spatial relations, the detection process of concentration and dispersion of flows and counter flows, as well as the identification of the historical processes of data behavior .

Palavras-chave: Geotechnology, Natural Resources, Environmental Law, Land-use.

1. INTRODUÇÃO

As Áreas de Preservação Permanentes (APPs) são fundamentais para a manutenção da vegetação de determinadas regiões com o objetivo de manter inalterado o uso da terra, que deve estar coberto pela vegetação original (Brasil, 2002). As APPs atualmente estão submetidas a grandes extensões de degradação devido a intensificação das pressões antrópicas sobre o ambiente, desta forma observa-se um processo de substituição das paisagens naturais por outros usos e ocupações da terra e a conversão das áreas com cobertura florestal em fragmentos florestais, causando problemas ambientais e, em muitos casos, afetando a disponibilidade de recursos naturais importantes à vida (ARES, 2006). Devido as dimensões continentais de alguns países, como o Brasil, torna-se indispensável a representação e caracterização das APPs em mapas sendo importante para o planejamento territorial, na fiscalização e nas ações de campo de âmbito local, regional ou nacional.

Com a facilidade de acesso a um número cada vez maior de informações provenientes da Geotecnologia, a utilização de novos sensores, com melhores resoluções espaciais, temporais, radiométricas e espectrais, tem se mostrado muito importante para o melhor entendimento dos processos ecológicos e antrópicos que agem nos sistemas terrestres. Sobre o uso da terra e da cobertura vegetal, estas técnicas contribuem de modo expressivo para a eficiência e confiabilidade nas análises que envolvem os processos de degradação da vegetação natural, podendo assim auxiliar na fiscalização dos recursos florestais e no desenvolvimento de políticas que visem à conservação (Louzada, 2008).

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A análise do conflito do uso da terra atrelado ao planejamento e gestão visa compreender a dinâmica da região e estabelecer diretrizes de ocupação que garantam a qualidade de vida da população e a manutenção dos recursos naturais de forma sustentável.

Na elaboração do presente trabalho se estipulou os seguintes objetivos específicos: Obter o mapa de uso e ocupação da terra de todo o município de Muqui para identificar os fragmentos florestais existentes, identificar Áreas de Preservação Permanente e quantificar a situação desta em relação à legislação nº 12.651.

A elaboração das APPs juntamente com a delimitação do uso da terra, proporcionará a identificação, por meio do confrontamento entre os mapas, das áreas em conflitos com o código florestal brasileiro.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

A área de estudo localiza-se no município de Muqui, extremo Sul do Estado do Espírito Santo, Brasil, localizando- se entre as latitudes 20º 50’ e 21º 01’ Sul e longitudes 41º 12’ e 41º 28’ Oeste de Greewinch, com uma área de 327.75 km². O clima da região segundo a classificação de Koppen é Cwa, caracteriza-se pelo inverno seco e o verão chuvoso. De maneira geral, a topografia possui relevo bastante acidentado, intercaladas por reduzidas áreas planas.

A base de dados espaciais, informações cartográficas, necessária para a geração do presente estudo foi fornecida pelo Sistema Integrado de Bases Georreferenciadas do Estado do Espírito Santo – GEOBASES, que se trata de uma base envolvendo banco de dados e uma base cartográfica digital sendo os seguintes planos de informação utilizados no formato

“shapefiles” (.shp) (ArcGis /ArcInfo): Curva de nível de 20m, Hidrografia, Localidades e

Municípios.

Por meio do IEMA, foram obtidas aerofotos digitais ortorretificadas na escala 1:35.000, de junho de 2007, sobre a região Sul sendo estas utilizadas para o mapeamento do uso e ocupação do terra.

De posse dessas informações, deu-se inicio ao trabalho de montagem do mosaico das aerofotos com o intuito de gerar uma única imagem representativa da área de estudo.

Para a elaboração do Modelo Digital de Elevação Hidrologicamente consistente (MDEHC) foram utilizados dados vetoriais de curvas de nível com equidistância de 20 em 20 metros (GEOBASES) com escala de 1:50.000 representativas da área de estudos.

De posse dos referidos dados, a geração do MDHEC para o município de Muqui, foi realizada utilizando o algoritmo de interpolação TOPO TO RASTER, disponível no módulo

Arc Toolbox do programa ArcGIS 10.0. As operações necessárias para geração do MDHEC

por meio desse algoritmo exigiram a orientação dos arcos da rede hidrográfica no sentido do escoamento e o ajuste da altimetria à hidrografia.

Em seguida, foram realizadas operações de pós-processamento com a finalidade de identificar e eliminar a ocorrência de imperfeições (depressões espúrias) no MDHEC e para criação de uma calha ao longo da rede hidrográfica, objetivando garantir a convergência do escoamento superficial até a foz da hidrografia. De acordo com Tribe (1992) e Garcia e Camarasa (1999), essas imperfeições são muito frequentes nos MDEHC e deriva-se de erros presentes nos dados de entrada ou introduzidos no processo de interpolação. As falsas depressões constituem um problema importante na geração de modelos de predição do escoamento, pois interrompem o escoamento superficial. Devem, portanto, ser removidas para se ter um MDE consistente sob o ponto de vista hidrológico. Para o preenchimento dessas imperfeições utilizou-se o comando FILL, disponível no módulo Arc Toolbox do programa

ArcGIS 10.0.

Os procedimentos adotados para a classificação do uso e ocupação da terra na região em estudo dividiu-se em três etapas, aquisição dos materiais e informações, levantamentos dos dados de campo e geração do mapa de uso e ocupação da terra.

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O primeiro passo foi a realização da visita de campo, a fim de se verificar “in situ” a área de estudo, por meio de pontos coletados com aparelho GPS Garmin 12XL possibilitando a checagem da interpretação das classes de uso da terra.

Na geração do mapa de uso da terra levou-se em consideração as informações temáticas obtidas a partir da interpretação visual por meio de técnicas de fotointerpretação da aerofoto e também por intermédio da inspeção de campo. Temba (2000) descreve alguns fatores importantes para o processo de fotointerpretação, sendo imprescindíveis para uma boa foto-análise. São eles: forma, tamanho, padrão, textura e tonalidade.

Após estudo destes fatores de interpretação foi possível identificar quais classes de uso da terra seriam mapeadas. As classes foram:

− Afloramento rochoso: local onde ocorre exposição superficial da rocha;

− Árvores: formação arbórea encontrada isoladamente no perímetro urbano da cidade; − Área edificada: áreas ocupadas por construções rurais, com área igual ou maior a

resolução espacial das imagens empregadas;

− Área cultivada: consideradas áreas de plantio de várias culturas;

− Área degradada: áreas exploradas pela mineração de mármore e granito;

− Área urbana: áreas ocupadas por construções em padrão urbano com área igual ou maior a resolução espacial das imagens empregadas;

− Café: vegetação arbórea apresentando uma linha de cultivo de porte intermediário; − Cursos d'água: córregos, ribeirões e rios;

− Fragmento florestal: consideradas áreas com vegetação intensa;

− Pastagem: formação não arbórea, cobertas por gramíneas, também utilizadas pela pecuária, contudo sem uso definido;

− Reflorestamento: áreas ocupadas com plantio de Eucalyptus ou Pinus; − Reservatório: área ocupada por água sem movimentação;

− Solo exposto: considerado como áreas com solos descobertos e sem a presença de área verde ou construções;

− Várzea: área de transição entre uma área em declive e um terreno plano, observada pela inclinação da vegetação;

− Vegetação intermediária (campo sujo / capoeira): áreas que não podem se consideradas pastagens e nem vegetação arbórea intensa;

− Vegetação rala: área coberta por gramíneas que se encontram despostas de forma rala; − Vias Pavimentadas: Estradas com asfalto ou blocos;

− Vias não pavimentadas: estradas sem calçamento, estradas de chão; − Voçoroca: grandes buracos no chão gerados por erosão.

Para a realização da fotointerpretação criou-se um “shapefile” do tipo polígono, digitalizando-se em tela em uma escala de 1:1.500 as classes definidas anteriormente, com exceção da classe cursos d’agua para a qual criou-se um “shapefile” do tipo linha utilizou-se ainda o “shapefile” hidrografia do GEOBASES para localizar mais facilmente os mesmos., mas a escala de fotointerpretação permaneceu a mesma, em caso de dúvidas, realizou-se uma ampliação da imagem até uma escala de 1:5.000 para verificação e posterior digitalização, concomitantemente, as informações acerca de quais classes de uso da terra pertencem a zona de exclusão e restrição da área de estudo em questão foram inseridos ao banco de dados do

ArcGis 10.0. Em seguida as classes fotointerpretadas manualmente em tela foram dissolvidas,

proporcionando o agrupamento das mesmas tornando possível a quantificação da área de cada classe, principalmente em áreas destinadas a APPs através da calculadora de valores da tabela de atributos do próprio “shapefile”. Mesmo sendo um processo mais demorado e trabalhoso, os resultados do mapeamento são confiáveis.

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Para avaliar a concordância entre a verdade de campo e o mapa temático obtido pela fotointerpretação, utilizou-se a matriz de erro (ou matriz de confusão) e o coeficiente Kappa (Congalton & Green, 2008).

De posse dos processamentos realizados nas etapas anteriores, iniciou-se o mapeamento das APPs considerando a faixa marginal dos rios, ao redor das nascentes, nos topo de morros e montanhas (terço superior) e encostas com declividades acima de 45º, baseando-se nos critérios estabelecidos pela legislação nº 12.651, de 25 de maio de 2012a qual dispõe sobre parâmetros, definições e limites das APPs (BRASIL,2012).

As APPs ao longo dos cursos d’água (faixa marginal) foram realizadas utilizando a base de dados correspondentes aos cursos d’água, os quais foram digitalizados em tela sobre as aerofotos ortorretificadas. Utilizou-se o comando BUFFER, disponível no módulo Arc

Toolbox do programa ArcGIS 10.0, delimitando- se zonas tampões estabelecidas com 30 m

em cada margem, pois no período chuvoso a largura de cada cursa d’agua não ultrapassa 10 m.

O mapeamento das APPs ao redor das nascentes foi obtido semelhante ao mapeamento das APPs dos cursos d’água. Estas nascentes foram marcadas manualmente utilizando o editor do Arcgis 10.0 embasando-se na hidrografia da região obtida por fotointerpretação. Na delimitação das áreas de preservação no entorno das nascentes executou-se o comando

BUFFER, disponível no módulo Arc Toolbox do programa ArcGIS 10.0, delimitando-se um

raio de preservação de 50 metros no entorno das nascentes

As APPs de encostas com declividade superior a 45 graus ou 100%, foram identificadas a partir da classificação realizada no Sistema de informação Geográfica (SIG). Foi gerada uma grade de declividade em graus, posteriormente reclassificada, gerando um mapa temático em que as áreas cujas declividades apresentaram valores iguais ou superiores a 45º ou 100% foram consideradas pertencentes a estas classes de APP.

Para a delimitação da APP de Topo de Morro, foi utilizada a metodologia proposta por HOTT (2004). Este método, baseado em geoprocessamento, aplica rigorosamente a legislação e adota um critério na delimitação das elevações por meio do fluxo numérico presente na superfície modelada digitalmente. A identificação e caracterização das elevações por meios numéricos no SIG permitiram a obtenção de informações concernentes aos termos legais e também a padronização dos resultados.

Por meio dos dados obtidos individualmente de cada classe de APP e da metodologia supracitada geraram-se mapas que foram agrupados, gerando um mapa de Áreas de Preservação Permanente etapas sintetizadas no fluxograma metodológico na Figura 1.

Figura 1. Etapas metodológicas desenvolvidas para obtenção dos mapas de APPs e de uso e ocupação da terra.

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A análise quantitativa das áreas de preservação foi realizada por meio da comparação direta do valor total encontrado por categorias de APP.

O confronto das áreas foi obtido por meio de cruzamento tabular dos mapas de APPs e de uso e cobertura da terra, utilizando a técnica de sobreposição. Assim foi possível quantificar e determinar a porcentagem que cada classe ocupa dentro da área das APPs para todo o município de Muqui.

Foi consideradas sob uso inadequado, conflitante, todas as áreas com pastagem, área edificada, área cultivada, área urbana, café, campo sujo, capoeira, vegetação rala, voçoroca, via pavimentada, via não pavimentada, reservatório, várzea, solo exposto e área degradada. As áreas ocupadas com vegetação intermediária e fragmentação florestal foram consideradas áreas com uso adequado da terra.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 Uso e Cobertura da Terra

A imagem obtida através do IEMA de junho de 2007 e os levantamentos de campo permitiram identificar e mapear vinte classes de uso da terra, conforme mostrado na Figura 2.

250000 250000 260000 260000 270000 270000 7 6 8 000 0 7 6 8 000 0 7 690 000 7 690 000 0 2 4km E: 1:130.000 Projeção Universal Transversa

de Mercator SIRGAS 2000 - ZONA 24 K

Uso e ocupação da terra

Afloramento rochoso (2,77%) Área cultivada (0,85%) Área degradada (0,01%) Área edificada (0,12%) Área urbana (0,20%) Árvores (0,15%) Café (10,42%) Campo sujo (12,35%) Capoeira (4,64%) Cursos d'água (0,23%) Fragmento florestal (19,73%) Pastagem (42,85%) Reflostamento (0,86%) Reservatório (0,11%) Solo exposto (0,37%) Várzea (1,19%) Vegetação rala (0,51%) Via não pavimentada (2,45%) Via pavimentada (0,16%) Voçoroca (0,01%)

Muqui - ES ANÁLISE 3D

Área do Município de Muqui: 327,75 km²

Figura 2. Uso e ocupação da terra para o município de Muqui, ES.

O uso predominante da bacia é de pastagem com 42,85% da área de estudo. De acordo com Louzada (2008), esta cobertura vegetal quando bem cuidada, proporciona o recobrimento da superfície do solo durante todo o ano, reduzindo a velocidade do escorrimento superficial, quando comparados com culturas agrícolas, que deixam o terreno exposto durante o preparo do solo para o plantio. No entanto, com as observações de campo notam-se áreas mal manejadas, e parte compactada devido à presença de animais, deixando o solo descoberto e sem proteção contra erosão das chuvas e dos ventos, diminuindo a infiltração e afetando diretamente a vazão das nascentes.

3.2 Áreas de Preservação Permanentes

As áreas do entorno das nascentes apresentam suma importância no que diz respeito à vida útil dos rios por ela abastecido, uma vez que sem a proteção adequada em torno da mesma nota-se um processo de degradação do rio, o que fora verificado em visitas técnicas na área de estudo, indo ao encontro do verificado por Donadio et al. (2005), os quais estudaram quatro nascentes, sendo duas com a presença de vegetação natural remanescente e duas com predominância de atividades agrícolas e concluíram que a presença de remanescentes de vegetação de mata ciliar auxilia na proteção dos recursos hídricos. A área ocupada por essas APPs é de 6,18 km², o que representa 1,89% da área total do município.

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As APPs de curso d’água garantem a estabilização das margens tendo assim, uma importância vital no controle da erosão do solo e da qualidade da água, evitando o carreamento direto para o ambiente aquático de sedimentos, nutrientes e produtos químicos provenientes das partes mais altas do terreno, os quais afetam a qualidade da água, diminuem a vida útil dos reservatórios, das instalações hidroelétricas e dos sistemas de irrigação. A área ocupada por estas APPs representa 13,44 % de todo o município, totalizando 44,05 km².

As APPs de declividade são obtidas nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45 graus, equivalente a 100% na linha de maior declive. A área ocupada por esta APPs abrange 0,92 % de toda a bacia, totalizando 3 km².

Devido ao seu relevo acidentado, esta bacia possui uma extensa área ocupada pelas APPs de topo de morro, em tais áreas verifica-se a importância de ser protegida uma vez que sendo instrumentos de relevante interesse ambiental elas integram o desenvolvimento sustentável do município visando gerações futuras. A área ocupada por estas APPs é de 74 km², o que representa 22,58 % da área total do município.

A metodologia de delimitação automática das APPs tendo como referência legal a lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, possibilitou identificar e quantificar as categorias de APPs situadas nas nascentes e suas respectivas áreas de contribuição – APP-1, ao longo das margens cursos d´águas – APP-2, nas encostas com declividade superior a 45 graus – APP-3, no terço superior dos morros com altura mínima de 100 metros e inclinação média maior que 25° – APP-4 (Figura 3 e Tabela 1). Os resultados mostram que a menor e a maior participação entre as categorias de APPs correspondeu às APP-3 e APP-4 com 3 km² (0,92%) e 74 km² (22,58%), respectivamente. 250000 250000 260000 260000 270000 270000 76 8 00 0 0 76 8 00 0 0 7 690 0 00 7 690 0 00 AMPLIAÇÃO 0 2 4km E: 1:130.000 Projeção Universal Transversa

de Mercator SIRGAS 2000 - ZONA 24 K APPs Totais Nascentes (0,61%) Cursos D'água (12,61%) Declividade (0,58%) Topos de Morro (22,66%) Muqui - ES ANÁLISE 3D

Área do Município de Muqui: 327,75 km² Área de APPs sem sobreposição: 119,50 km² Percentual de APPs sem sobreposição: 36,46 %

Figura 3. Total das APPs do município de Muqui, ES.

Tabela 1. Porcentagem das áreas ocupadas pelas APPs no município de Muqui, ES.

APPs Característica Área (Km²) % (ocupada na área do município)

APP-1 Raio de 50m 6,18 1,89

APP-2 Buffer de 30m 44,05 13,44

APP-3 Acima de 45˚ 3 0,92

APP-4 Terço superior de morro 74 22,58

TOTAL Sem sobreposições 119,5 36,46

Nota-se ainda que as APPs ocupam uma área total de 119,5 km², de um total de 327,75 km² da área do município, representando 36,46 % de áreas legalmente protegidas.

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Os resultados do confronto das áreas obtido por meio de cruzamento tabular dos mapas de APPs e de uso cobertura da terra, então dispostos na Figura 4e na Tabela 2.

250000 250000 260000 260000 270000 270000 76 8 00 0 0 76 8 00 0 0 76 9 00 0 0 76 9 00 0 0 0 2 4km E: 1:130.000 Projeção Universal Transversa

de Mercator SIRGAS 2000 - ZONA 24 K Afloramento rochoso (3,91%) Área cultivada (0,74%) Área degradada (0,01%) Área edificada (0,10%) Área urbana (0,11%) Árvores (0,11%) Café (6,68%) Campo sujo (12,37%) Capoeira (5,59%) Cursos d'água (0,63%) Fragmento florestal (26,33%) Pastagem (37,37%) Reflostamento (0,82%) Reservatório (0,21%) Solo exposto (0,31%) Várzea (2,25%) Vegetação rala (0,33%) Via não pavimentada (1,98%) Via pavimentada (0,13%) Voçoroca (0,01%)

Muqui - ES ANÁLISE 3D

Área de APPs sem sobreposição: 119,50 km²

Figura 4. Confronto do Uso da terra em relação as APPs totais.

Tabela 2. Quantificação das áreas de uso e ocupação da terra nas APPs totais do município de Muqui, ES.

Classe de Uso da terra Área em Km² %

Afloramento rochoso 4,67 3,91 Área cultivada 0,88 0,74 Área degradada 0,02 0,02 Área edificada 0,12 0,10 Área urbana 0,13 0,11 Árvores 0,13 0,11 Café 7,98 6,68 Campo sujo 14,78 12,37 Capoeira 6,68 5,59 Cursos d'água 0,75 0,63 Fragmento florestal 31,46 26,33 Pastagem 44,65 37,37 Reflorestamento 0,98 0,82 Reservatório 0,25 0,21 Solo exposto 0,37 0,31 Várzea 2,69 2,25 Vegetação rala 0,39 0,33

Vias não pavimentadas 2,37 1,98

Vias pavimentadas 0,16 0,13

Voçoroca 0,01 0,01

TOTAL 119,5 100

Do total da área destinada às APPs, 68,20 % encontra-se com uso conflitante da terra, já desconsiderando as classes de reflorestamento, afloramento rochoso, árvores, cursos d’água e fragmento florestal, uma vez que essas já estão em processo de conservação, sendo, portanto necessário recompor 81,48 km² com vegetação nativa. Sendo que uma grande área da APP é degradada devido ao impacto negativo das pastagens que ocupam 37,37% da área destinada a proteção ambiental, compactando os solos e contaminando as águas.

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Mediante os resultados apresentados neste estudo, podem-se recomendar de acordo com Louzada (2008) e Louzada (2009) algumas medidas de controle e prevenção para recuperar as áreas do município de Muqui, tais como a recuperação vegetal com práticas de reflorestamento, o qual pode ser feito pelo plantio de mudas ou ressemeio, fiscalização mais efetiva dos órgãos ambientais, com o intuito de prevenir e multar os possíveis infratores e a criação de um Sistema que possa fornecer informações relevantes à implantação de projetos de uso e ocupação da terra, proteção e conservação ambiental da região.

4. CONCLUSÕES

Nas condições em que os estudos foram conduzidos, a análise dos resultados permitiu apresentar as seguintes conclusões:

1. A metodologia adotada para delimitação automática das APPs mostrou-se eficiente, produzindo de forma eficaz e rápida as informações sobre as dimensões espacial e temática no município de Muqui;

2. Nas áreas de preservação permanente de cursos d’água, nascentes, topo de morro e declividade foi constatado uso e ocupação da terra inadequado;

3. É necessário a realização de práticas de educação ambiental junto aos moradores e frequentadores da região, pois foi constatado intervenção antrópica em todos os tipos de APP´s delimitados na bacia hidrográfica.

5. REFERÊNCIAS

ARES. Atlas das áreas com potencial de riscos do Estado do Espírito Santo. Vitória: Imprensa Estadual, 2006, 125p.

Brasil. lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, Brasília, DF. Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de

Áreas de Preservação Permanente. Disponível em

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-014/2012/Lei/L12651.htm#art83. Acesso em: 25 jun. 2012.

Congalton, R. G.; Green, K. Assessing the accuracy of remotely sensed data : principles and practices.2nd ed. p.15. 2008

Conselho Nacional do Meio Ambiente (Brasil). Resolução nº 303, de 20 de março de 2002. Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente. Disponível em: http://www.mma.gov.br. Acesso em: 05 abr. 2008.

Donadio, N.M.M.; Galbiatti,J.A; Paula, R.C. Qualidade da água de nascentes com diferentes usos do solo na

bacia hidrográfica do córrego Rico, São Paulo, Brasil. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v.25, n.1, 2005.

Garcia, M.J.L.; Camarasa, A.M. Use of geomorphological units to improve drainage network extraction

from DEM – Comparision between automated extraction and photointerpretation methods in the Carraixet

catchment (Valencia, Spain). JAG, 3-4: 187-194, 1999.

Hott, M. C.; Guimarães, M.; Miranda, E. E. DE. Método para a Determinação Automática de Áreas de

Preservação Permanente em Topos de Morros para o Estado de São Paulo, com base em

geoprocessamento. Campinas: Embrapa Monitoramento por Satélites, 2004. 32 p.: il. (Embrapa Monitoramento

por Satélites. Documentos, 34).

Louzada, F. L. R. O. Análise das Áreas de Preservação Permanente da bacia hidrográfica do ribeirão

Estrela do Norte – ES. Monografia (Pós-Graduação em Educação Ambiental e Recursos Naturais) Faculdade

de Filosofia Ciências e Letras de Alegre - FAFIA, nov. de 2008.

Louzada, F.. L. R. O.; Santos, A. R. Conflito do uso e ocupação do solo em APPs da bacia hidrográfica do ribeirão Estrela do Norte- ES In: IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação- EPG, 2009, São José dos Campos - SP. Ciência e Tecnologia: O paradigma do século XXI. Anais. São José dos Campos - SP: UNIVAP, 2009.

Temba, P. Fundamentos de Fotogrametria. Departamento de Cartografia. Curso de Pós Graduação em Geoprocessamento, UFMG, 2000. http://www.cgp.igc.ufmg.br/centrorecursos/apostilas/ fotogrametria.pdf. Acesso em 23 de dezembro de 2008.

Tribe, A. Automated recognition of valley lines and drainage networks from grid digital elevation models: a review and a new method. Journal of Hidrology, v. 139, p. 263-293, 1992.

Referências

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