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Segunda Reunião dos Cidadãos Estrangeiros da Cidade de Yao do Ano Fiscal de 2013 [Ata da Reunião]

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Segunda Reunião dos Cidadãos Estrangeiros da Cidade de Yao do Ano Fiscal de 2013 [Ata da Reunião]

Data e Horário: Dia 26 de setembro de 2013 (quinta-feira) das 19:00h às 20:45h Local: Sala de Treinamento do 6º andar do Prédio da Prefeitura

Participantes (Membros): Chairman Hikaru Toki, Vice-ChairmanTsunehisa Okuno, Membro Chen Min, Membro Loubet Emmanuelle, Membro Michika Kozakura, Membro Park Yan Hen

(Secretariado (Divisão de Internacionalização Cultural): Chefe de Divisão Matsushima, Assistente da Chefia Kawazoe, Chefe de Setor Nishitani, Membro Superintendente Kinoshita

1. Abertura

2. Troca de opiniões

Tema: “Promoção de um sistema de apoio e uma educação de reconhecimento mútuo da diversidade”

Membro Em relação a uma educação de reconhecimento mútuo da diversidade, as escolas realizam esforços tais como educação de compreensão internacional ou educação sobre direitos humanos. É importante ensinar não só às crianças que possuem raízes no exterior, mas também às crianças japonesas sobre o reconhecimento mútuo da diversidade; e isso se deve muito à consciência e à postura que o professor possui. O sentimento do professor passa às crianças da turma de acordo com o relacionamento que o professor responsável tem com o aluno estrangeiro. Acho que seria bom se tivesse mais workshops para que os professores pudessem compreender sobre o reconhecimento mútuo da diversidade.

Acho que seria bom se tivesse um espaço de interação entre os professores para que possam aprender de professores que possuem experiência de ter lidado como responsável de alunos estrangeiros, e ouvir dos mesmos sobre o suporte necessário dentro da escola ou sobre o envolvimento necessário para com as crianças.

Membro Quando eu e minha criança viemos pela primeira vez ao Japão, não sabíamos nada de japonês, e fomos muito ajudados pelos voluntários do Centro de Intercâmbio Internacional de Yao, que nos ensinaram sobre a vida cotidiana e os costumes do Japão.

Há muita coisa que os pais estrangeiros não sabem sobre a escola japonesa. Em particular, a continuidade dos estudos ou o ingresso no mercado de trabalho é muito importante, por isso, gostaria que realizassem firmemente o suporte sobre isso.

E ainda, no momento do ingresso escolar das crianças, eu tive muitos problemas no momento de comprar a mochila escolar ou o uniforme de educação física, por ter ido à loja e procurar sem saber o japonês e ainda já ter passado a época das vendas. O sistema educacional é diferente conforme o país, por isso, penso que seria de grande ajuda se pudessem ensinar aos estrangeiros sobre o assunto com detalhes.

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do ensino fundamental primário e secundário promovido pela Secretaria de Educação da Província de Osaka, está sendo realizado o “Guia Multilingue de Prosseguimento da Carreira”, que é traduzir e explicar as formas de escolha do prosseguimento da carreira após o término do ensino fundamental secundário. Nós do Grupo de Pesquisa sobre Educação de Estrangeiros da Cidade de Yao também estamos promovendo a conscientização sobre o Guia Multilingue de Prosseguimento da Carreira.

No ato de explicar aos pais ou responsáveis sobre os itens necessários na escola, acho que é mais fácil de ser entendido se mostrar o objeto real, então, é importante tais considerações nas explanações.

Membro Acho que existe um problema do sistema, sobre o não entendimento do japonês por parte dos pais ou responsáveis.

Por exemplo, no Canadá, existe uma política nacional que é o sistema de educação linguística voltado aos novos imigrantes, que se trata de uma oportunidade de receber estudos para se procurar um emprego (há uma exigência do inglês e francês para se trabalhar no Canadá), recebendo uma remuneração salarial mensal. Dá-se uma educação voltada aos estrangeiros para que estes se tornem bons trabalhadores e que aumente assim a receita fiscal do país. A política nacional é a de um pensamento voltado ao desenvolvimento dos estrangeiros como recurso humano.

Membro Quando eu cheguei em Yao, recebi suporte do Centro de Intercâmbio Internacional de Yao sobre a língua japonesa, a vida cotidiana e os costumes do Japão. Foi bom ter ido ao Centro porque consegui fazer amizades com os japoneses também.

Membro Acho que seria bom se for possível expandir por meio da rede de contatos sobre a existência do Centro de Intercâmbio Internacional de Yao e as atividades realizadas pelo mesmo.

Membro Eu penso que uma sociedade com a diversidade expandida é aquela tem um aumento no número de pessoas que possam viver podendo se expressar como um estrangeiro. É necessário que haja uma educação de reconhecimento mútuo da diversidade para que os pais ou responsáveis não acabem pensando que é melhor para a sua criança usar o nome em japonês, para facilitar o prosseguimento dos estudos ou no momento de se engajar no mercado de trabalho.

A educação de reconhecimento mútuo da diversidade deve ser efetuado tendo-se a noção de que o desfrutar da diversidade fará com que os próprios japoneses se tornem ainda mais enriquecidos. Assim, acho que haverá uma compreensão ainda mais profunda em relação aos estrangeiros.

Sinto que agora a sociedade japonesa não está voltada ao uso dos estrangeiros como recurso humano. É uma pena que não há uma pensamento de que o investimento das tributações no desenvolvimento humano não se tornará um desperdício.

E mais, é um desafio o como assegurar o ensino de língua japonesa como um sistema. Ao invés de deixar por conta dos esforços individuais, acho que deveria ser elaborado um sistema para introduzir o fundo público das tributações.

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Vice-Chairman Uma sociedade de reconhecimento mútuo da diversidade é uma sociedade onde cada das pessoas diversificadas possa falar sem nenhum receio sobre seu ambiente e isso ser reconhecido.

Chairman É necessário criar um ambiente onde as pessoas não precisem esconder a sua parte estrangeira e que possam se mostrar como realmente é.

Tema: “Elevação da consciência sobre os direitos humanos para acabar com a discriminação contra os cidadãos estrangeiros”

Membro Em relação à discriminação de ingresso na moradia, há muito casos de serem pedidos aos estrangeiros um fiador japonês para se inscreverem aos serviços da empresa de garantia. A empresa de garantia trabalha para o bem do proprietário e portanto não se torna um sistema voltado às pessoas que não têm condições de conseguir um fiador.

Membro Em relação aos japoneses, acho necessário que se efetue uma conscientização sobre o sistema que envolve os estrangeiros, por meio de informativos administrativos da cidade, etc. Há muitas pessoas que não compreendem a diferença entre um estrangeiro com residência permanente e um turista, o que faz com que as mesmas vejam a presença dos estrangeiros como meros turistas, que algum dia retornarão a seus países. E mais, os japoneses de um modo geral acham que os estrangeiros não podem se inscrever no Seguro Nacional de Saúde. Pela minha experiência, alguns amigos japoneses me confessaram que no início não queriam fazer amizade comigo pois achavam que, por eu ser estrangeiro eu não poderia usar o seguro de saúde, e então se eu me machucasse e precisasse de tratamento, a pessoa japonesa que estivesse comigo teria que se responsabilizar e arcar os meus gastos financeiros.

E mais, acho que seria proveitoso se tivesse uma forma de apresentar em série sobre os estrangeiros que realizam atividades proveitosas na cidade de Yao. Gostaria principalmente que apresentassem os pontos de vista inovadores, capacidades e técnicas que esse estrangeiro possui, para mostrar que possuem um valor agregado como recurso humano para elevar a vitalidade de Yao.

Membro Quando ocorre algum problema na vizinhança, muitas vezes as pessoas olham como se fossem “os estrangeiros” ao todo, ao invés de ver o problema como sendo de um só indivíduo. Há nos japoneses uma atitude de não querer manter uma comunicação, alegando desde início que não adianta falar que o estrangeiro não irá entender, culpando tudo em nome da barreira dos idiomas. Pode ser que a imagem dos estrangeiros de serem pessoas de fora e que vieram para cá seja forte demais. Há muita gente que mora no local há muito tempo, mas falta uma compreensão sobre esse fato.

Há muita coisa sobre o sistema da Associação de Moradores (Jichikai) que é difícil aos estrangeiros entenderem. Um líder de grupo da Associação de Moradores também já havia me dito que seria bom se tivesse alguém para ajudar os estrangeiros. Se houvesse alguém dentro do grupo que puder dar atenção aos estrangeiros residentes,

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acho que iria mudar essa perspectiva de pensarem sempre “porque é estrangeiro”. Gostaria que emitissem informações para que tais ajudantes possam se tornar o centro das atividades voltadas aos estrangeiros residentes que vivem nessa comunidade.

Membro Acho importante que haja um desenvolvimento humano de pessoas que possam se tornar líderes da comunidade. Será que não daria para fazer algum coisa sob o ponto de vista de convivência dentro da comunidade? Acho que será necessário alguém para trabalhar no âmbito de aumentar as oportunidades de interação dos japoneses com os estrangeiros residentes dentro da comunidade.

Membro Em relação à elevação da consciência sobre direitos humanos, em Yao são realizados workshops sobre direitos humanos organizados principalmente pela comunidade e voltado aos moradores da comunidade. O tema dos workshops abrange não só a temática dos estrangeiros, e são escolhidos dentre os assuntos comentados de acordo com os distritos. São realizados workshops sobre direitos humanos em cerca de 10 distritos todos os anos.

Chairman Em relação aos problemas da cobertura nos noticiários, por exemplo, foi amplamente divulgado a questão dos beneficiários retornados da China do auxílio subsistência, mas como não foi apresentado sobre seu pano de fundo, o público geral que assistiu à cobertura da mídia começa a ter uma imagem errônea sobre o fato. Há necessidade da mídia melhorar a forma de divulgação das informações.

Membro Não só no Japão, mas também nos Estados Unidos existem o mesmo problema porém, há uma diferença marcante em relação às pessoas que vêem o fato como um problema e fornecem apoio, e o número de sistemas de ajuda. Há leis que regulamentam a discriminação e também há um mecanismo para tentar proteger as pessoas que sofrem discriminação.

Chairman Eu acho que no caso dos estrangeiros que residem no Japão, tais pessoas tentam esconder o fato de ter algo diferente dos outros, fazendo com que o problema não venha à tona no Japão. Será que isso ocorre porque não há uma formação de ambiente onde as pessoas, que são a parte interessada, possam apresentar as suas opiniões?

Membro Os estrangeiros não têm o direito ao voto e à participação política, não podendo assim votar nem se tornar assistentes de bem-estar social, fechando assim as portas dos estrangeiros para se dedicarem à comunidade. Dentro de um ambiente onde há pouco espaço para se ouvir as vozes dos estrangeiros, acho bom estabelecer espaços como este de reunião dos cidadãos.

Conclusão

Vice-Chairman

■ A sociedade está estressada pela influência da recessão econômica, e também pela influência da cobertura dos noticiários, resultando em uma tendência de tratar os estrangeiros como inimigos. É um problema muito sério para

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pensarmos em como fazer para acabar com isso.

■ Uma sociedade de convivência multicultural é uma sociedade onde todas as pessoas, que são diferentes entre si, possam apresentar sem medo nenhum as suas diferenças. É preciso que se torne uma sociedade em que cada um possa falar sobre si mesmo e sobre a situação em que cada um se encontra.

■ Não há uma mentalidade de desenvolver os estrangeiros como recurso humano. É uma grande perda também em termos sociais.

■ Seria bom se houvessem workshops para promover a conscientização dos professores ou interação para compartilhar experiências.

■ O conteúdo do atual sistema de apoio não está suficientemente passado aos estrangeiros residentes, portanto, inicialmente é importante passar firmemente tais informações.

■ Que tal apresentar amplamente as informações sobre os estrangeiros residentes que realizam atividades proveitosas na cidade de Yao?

■ É necessário o desenvolvimento humano de líderes da comunidade para que estes possam se tornar ajudantes dos estrangeiros.

■ Os moradores estrangeiros não têm o direito ao voto e à participação política, não podendo nem se tornar assistentes de bem-estar social, o que faz com que feche as portas dos estrangeiros residentes para se dedicarem à comunidade.

Chairman Tanto em relação ao problema da educação quanto em relação ao problema dos direitos humanos, há uma sensação de estagnação para com os estrangeiros residentes dentro da sociedade japonesa. Por isso, da mesma forma que muitos estrangeiros residentes, eu mesmo tenho vivido escondendo o meu lado estrangeiro, que é uma parte diferente dos japoneses. No entanto, eu senti que, para se caminhar rumo a uma sociedade em que haja um reconhecimento mútuo da diversidade, nós que somos a parte interessada, devemos trabalhar de forma mais consciente sobre os problemas, para lidar com a sociedade japonesa.

Referências

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