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RESOLUÇÃO CONAMA nº 1, de 31 de janeiro de 1994 Publicada no DOU n o 24, de 3 de fevereiro de 1994, Seção 1, páginas

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RESOLUÇÃO CONAMA nº 1, de 31 de janeiro de 1994

Publicada no DOU no 24, de 3 de fevereiro de 1994, Seção 1, páginas 1684-1685

Correlações:

· Em atendimento ao art. 6o do Decreto no 750/93 e art. 1o, § 1o da resolução CONAMA

no 10/93

Defi ne vegetação primária e secundária nos estágios pioneiro, inicial e avançado de regeneração da Mata Atlântica, a fi m de orientar os procedimentos de licen-ciamento de exploração da vegetação nativa no Estado de São Paulo.

O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, ad referendum do Plenário, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 9o, do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990;

Considerando ação conjunta entre o Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 94 do Decreto Estadual nº 30.555, de 3 de outubro de 1989, e o Superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA em São Paulo, no uso das atribui-ções que lhe são conferidas pelo artigo 68 do Regimento Interno aprovado pela Portaria Ministerial nº 445, de 16 de agosto de 1989;

Considerando o disposto no artigo 23, incisos VI e VII da Constituição Federal e a necessidade de se defi nir vegetação primária e secundária nos estágios pioneiro inicial, médio e avançado de regeneração de Mata Atlântica em cumprimento ao disposto no artigo 6o, do Decreto nº 750, de 10 de fevereiro de 1993, na Resolução CONAMA nº 10,

de 10 de outubro de 1993, e a fi m de orientar os procedimentos de licenciamento de exploração da vegetação nativa no Estado de São Paulo, resolve:

Art. 1o Considera-se vegetação primária aquela vegetação de máxima expressão local,

com grande diversidade biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos, a ponto de não afetar signifi cativamente suas características originais de estrutura e de espécie. Art. 2o São características da vegetação secundária das Florestas Ombrófi las

Estaci-onais:

§ 1o Em estágio inicial de regeneração:

a) fi sionomia que varia de savânica a fl orestal baixa, podendo ocorrer estrato herbáceo e pequenas árvores;

b) estratos lenhosos variando de abertos a fechados, apresentando plantas com alturas variáveis;

c) alturas das plantas lenhosas estão situadas geralmente entre 1,5 m e 8,0 m e o diâmetro médio dos troncos à altura do peito (DAP = 1,30 m do solo) é de até 10 cm, apresentando pequeno produto lenhoso, sendo que a distribuição diamétrica das formas lenhosas apresenta pequena amplitude:

d) epífi tas, quando presentes, são pouco abundantes, representadas por musgos, líquens, polipodiáceas, e tilândsias pequenas;

e) trepadeiras, se presentes, podem ser herbáceas ou lenhosas;

f ) a serapilheira, quando presente, pode ser contínua ou não, formando uma camada fi na pouco decomposta;

g) no sub-bosque podem ocorrer plantas jovens de espécies arbóreas dos estágios mais maduros;

h) a diversidade biológica é baixa, podendo ocorrer ao redor de dez espécies arbóreas ou arbustivas dominantes;

i) as espécies vegetais mais abundantes e características, além das citadas no estágio pioneiro, são: cambará ou candeia (Gochnatia polimorpha), leiteiro (Peschieria

(2)

fuchsia-efolia), maria-mole (Guapira spp.), mamona (Ricinus communis), arranha-gato (Acacia spp.), falso ipê (Stenolobium stans), crindiúva (Trema micrantha), fumo-bravo (Solanum granuloso-lebrosum), goiabeira (Psidium guaiava), sangra d’água (Croton urucurana), lixinha (Aloysia virgata), amendoim-bravo (Pterogyne nitens), embaúbas (Cecropia spp.), pimenta-de-macaco (Xylopia aromatica), murici (Byrsonima spp.), mutambo (Guazuma ulmifolia), manacá ou jacatirão (Tibouchina spp. e Miconia spp.), capororoca (Rapanea spp.), tapiás (Alchornea spp.), pimenteira brava (Schinus terebinthifolius), guaçatonga (Casearia sylvestris), sapuva (Machaerium stipitatum), caquera (cassia sp.);

§ 2o Em estágio médio de regeneração:

a) fi sionomia fl orestal, apresentando árvores de vários tamanhos;

b) presença de camadas de diferentes alturas, sendo que cada camada apresenta-se com cobertura variando de aberta a fechada, podendo a superfície da camada superior ser uniforme e aparecer árvores emergentes;

c) dependendo da localização da vegetação a altura das árvores pode variar de 4 a 12 m e o DAP médio pode atingir até 20 cm. A distribuição diamétrica das árvores apresenta amplitude moderada, com predomínio de pequenos diâmetros podendo gerar razoável produto lenhoso;

d) epífi tas aparecem em maior número de indivíduos e espécies (líquens, musgos, hepáticas, orquídeas, bromélias, cactáceas, piperáceas, etc.), sendo mais abundantes e apresentando maior número de espécies no domínio da Floresta Ombrófi la;

e) trepadeiras, quando presentes, são geralmente lenhosas;

f ) a serapilheira pode apresentar variações de espessura de acordo com a estação do ano e de um lugar a outro;

g) no sub-bosque (sinúsias arbustivas) é comum a ocorrência de arbustos umbrófi los principalmente de espécies de rubiáceas, mirtáceas, melastomatáceas e meliáceas;

h) a diversidade biológica é signifi cativa, podendo haver em alguns casos a dominância de poucas espécies, geralmente de rápido crescimento. Além destas, podem estar surgindo o palmito (Euterpe edulis), outras palmáceas e samambaiaçus;

i) as espécies mais abundantes e características, além das citadas para os estágios anteriores, são: jacarandás (Machaerium spp.), jacarandá-do-campo (Platypodium ele-gans), louro-pardo (Cordia trichotoma), farinha-seca (Pithecellobium edwallii), aroeira (Myracroduon urundeuva), guapuruvu (Schizolobium parahiba), burana (Amburana cearensis), pau-de-espeto (Casearia gossypiosperma), cedro (Cedrela spp.), canjarana (Cabralea canjerana), açoita-cavalo (Luehea spp.), óleo-de-copaíba (Copaifera langsdor-fi i), canafístula (Peltophorum dubium), embiras-de-sapo (Lonchocarpus spp.), faveiro (Pterodon pubescens), canelas (Ocotea spp., Nectandra spp., Crytocaria spp.), vinhático (Plathymenia spp.), araribá (Centrolobium tomentosum), ipês (Tabebuia spp.), angelim (Andira spp.), marinheiro (Guarea spp.) monjoleiro (Acacia polyphylla), mamica-de-porca (Zanthoxyllum spp.), tamboril (Enterolobium contorsiliquum), mandiocão (Didimopanax spp.), araucária (Araucaria angustifolia), pinheiro-bravo (Podocarpus spp.), amarelinho (Terminalia spp.), peito-de-pomba (Tapirira guianensis), cuvatã (Matayba spp.), caixeta (Tabebuia cassinoides), cambui (Myrcia spp.), taiúva (Machlura tinctoria), pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha), guaiuvira (Patagonula americana), angicos (Anadenanthera spp.) entre outras;

§ 3o Em estágio avançado de regeneração:

a) fi sionomia fl orestal fechada, tendendo a ocorrer distribuição contígua de copas, podendo o dossel apresentar ou não árvores emergentes;

b) grande número de estratos, com árvores, arbustos, ervas terrícolas, trepadeiras, epífi tas, etc., cuja abundância e número de espécies variam em função do clima e local. As copas superiores geralmente são horizontalmente amplas;

(3)

d) epífi tas estão presentes em grande número de espécies e com grande abundância, principalmente na Floresta Ombrófi la;

e) trepadeiras são geralmente lenhosas (leguminosas, bignoniáceas, compostas, mal-piguiáceas e sapocindáceas, principalmente), sendo mais abundantes e mais ricas em espécies na Floresta Estacional;

f ) a serapilheira está presente, variando em função do tempo e da localização, apre-sentando intensa decomposição;

g) no sub-bosque os estratos arbustivos e herbáceos aparecem com maior ou menor freqüência, sendo os arbustivos predominantemente aqueles já citados para o estágio anterior (arbustos umbrófi los) e o herbáceo formado predominantemente por bromeli-áceas, arbromeli-áceas, marantáceas e heliconibromeli-áceas, notadamente nas áreas mais úmidas;

h) a diversidade biológica é muito grande devido à complexidade estrutural e ao número de espécies;

i) além das espécies já citadas para os estágios anteriores e de espécies da mata madura, é comum a ocorrência de: jequitibás (Cariniana spp.), jatobás (Hymenaea spp.), pau-marfi m (Balfourodendron riedelianum), caviúna (Machaerium spp.), paineira (Chorisia speciosa), guarantã (Esenbeckia leiocarpa), imbúia (Ocotea porosa), fi gueira (Ficus spp.), maçaranduba (Manilkara spp. e Persea spp.), suiná ou mulungú (Erythryna spp.), guanan-di (Calophyllum brasiliensis), pixiricas (Miconia spp.), pau-d’alho (Gallesia integrifolia), perobas e guatambus (Aspidosperma spp.), jacarandás (Dalbergia spp.), entre outras;

§ 4o Considera-se vegetação secundária em estágio pioneiro de regeneração aquela cuja

fi sionomia, geralmente campestre, tem inicialmente o predomínio de estratos herbáceos, podendo haver estratos arbustivos e ocorrer predomínio de um ou outro. O estrato arbus-tivo pode ser aberto ou fechado, com tendência a apresentar altura dos indivíduos das espécies dominantes uniforme, geralmente até 2 m. Os arbustos apresentam ao redor de 3 cm como diâmetro do caule ao nível do solo e não geram produto lenhoso. Não ocorrem epífi tas. Trepadeiras podem ou não estar presentes e, se presentes, são geralmente her-báceas. A camada de serapilheira, se presente, é descontínua e/ou incipiente. As espécies vegetais mais abundantes são tipicamente heliófi las, incluindo forrageiras, espécies exóti-cas e invasoras de culturas, sendo comum ocorrência de: vassoura ou alecrim (Baccharis spp.), assa-peixe (Vernonia spp.), cambará (Gochnatia polymorpha), leiteiro (Peschieria fuchsiaefolia), maria-mole (Guapira spp.), mamona (Ricinus communis), arranha-gato (Acacia spp.), samambaias (Gleichenia spp., Pteridium sp., etc.), lobeira e joá (Solanum spp.). A diversidade biológica é baixa, com poucas espécies dominantes.

Art. 3o Os parâmetros defi nidos no artigo 2o para tipifi car os diferentes estágios de

regeneração da vegetação secundária podem variar, de uma região geográfi ca para outra, dependendo:

I - das condições de relevo, de clima e de solo locais; II - do histórico do uso da terra;

III - da vegetação circunjacente; IV - da localização geográfi ca; e

V - da área e da confi guração da formação analisada.

Parágrafo único. A variação de tipologia de que trata este artigo será analisada e con-siderada no exame dos casos submetidos à consideração da autoridade competente.

Art. 4o Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as

dispo-sições em contrário.

RUBENS RICUPERO – Presidente do Conselho

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RESOLUÇÃO CONAMA nº 2, de 18 de março de 1994

Publicada no DOU no 59, de 28 de março de 1994, Seção 1, páginas 4513-4514

Correlações:

• em atendimento ao art. 6o do Decreto no 750/93 e art. 1o, § 1o da resolução CONAMA

no 10/93

Defi ne formações vegetais primárias e estágios sucessio-nais de vegetação secundária, com fi nalidade de orientar os procedimentos de licenciamento de exploração da vegetação nativa no Estado do Paraná.

O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, AD REFERENDUM do Plenário, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no artigo 9o, do Decreto no 99.274, de 6 de junho de 1990;

Considerando ação conjunta entre o Secretário de Meio Ambiente do Estado do Paraná e o Superintendente do IBAMA no Estado do Paraná;

Considerando a necessidade de se defi nir as formações vegetais primárias, bem como os estágios sucessionais de vegetação secundária, com fi nalidade de orientar os procedimen-tos de licenciamento de exploração da vegetação nativa no Estado do Paraná, resolve:

Art. 1o Considera-se como vegetação primária, toda comunidade vegetal, de máxima

expressão local, com grande diversidade biológica, sendo os efeitos antrópicos mínimos, a ponto de não afetar signifi cativamente suas características originais de estrutura e de espécie.

Art. 2o As formações fl orestais abrangidas pela Floresta Ombrófi la Densa (terras baixas,

submontana e montana), Floresta Ombrófi la Mista (montana) e a Floresta Estacional Semidecidual (submontana), em seus diferentes estágios de sucessão de vegetação se-cundária, apresentam os seguintes parâmetros, no Estado do Paraná, tendo como critério a amostragem dos indivíduos arbóreos com DAP igual ou maior que 20 cm.

§ 1o Estágio inicial:

a) fi sionomia herbáceo/arbustiva, formando um estrato, variando de fechado a aberto, com a presença de espécies predominantemente heliófi tas;

b) espécies lenhosas ocorrentes variam entre um a dez espécies, apresentam amplitude diamétrica pequena e amplitude de altura pequena, podendo a altura das espécies lenho-sas do dossel chegar até 10 m, com área basal (m2/ha) variando entre 8 a 20 m2/ha; com

distribuição diamétrica variando entre 5 a 15 cm, e média da amplitude do DAP 10 cm; c) o crescimento das árvores do dossel é rápido e a vida média das árvores do dossel é curta;

d) as epífi tas são raras, as lianas herbáceas abundantes, e as lianas lenhosas apresen-tam-se ausentes. As espécies gramíneas são abundantes. A serapilheira quando presente pode ser contínua ou não, formando uma camada fi na pouco decomposta;

e) a regeneração das árvores do dossel é ausente;

f) as espécies mais comuns, indicadoras do estágio inicial de regeneração, entre outras podem ser consideradas: bracatinga ( Mimosa scabrella), vassourão (Vernonia discolor), aroeira (Schinus terebenthi folius), jacatirão (Tibouchina selowiana e Miconia circrescens), embaúba (Cecropia adenopus), maricá (Mimosa bimucronata), taquara e taquaruçu (Bam-busaa spp).

§ 2o Estágio médio:

a) fi sionomia arbustiva e/ou arbórea, formando de 1 a 2 estratos, com a presença de espécies predominantemente facultativas;

(5)

ção diamétrica variando entre 10 a 40 cm, e média da amplitude do DAP 25 cm; c) o crescimento das árvores do dossel é moderado e a vida média das árvores do dossel é média;

d) as epífi tas são poucas, as lianas herbáceas poucas e as lianas lenhosas raras. As espécies gramíneas são poucas. A serapilheira pode apresentar variações de espessura de acordo com a estação do ano e de um lugar a outro;

e) a regeneração das árvores do dossel é pouca;

f ) as espécies mais comuns, indicadoras do estágio médio de regeneração, entre ou-tras, podem ser consideradas: congonha (Ilex theezans), vassourão-branco (Piptocarpha angustifolia), canela guaica (Ocotea puberula), palmito (Euterpe edulis), guapuruvu (Schi-zolobium parayba), guaricica (Vochsia bifalcata), cedro (Cedrela fi ssilis), caxeta (Tabebuia cassinoides), etc.

§ 3o Estágio avançado:

a) fi sionomia arbórea dominante sobre as demais, formando dossel fechado e uni-forme do porte, com a presença de mais de 2 estratos e espécies predominantemente umbrófi las;

b) as espécies lenhosas ocorrentes apresentam número superior a 30 espécies, ampli-tude diamétrica grande e ampliampli-tude de altura grande. A altura das espécies lenhosas do dossel é superior a 15 m, com área basal (m2/ha) superior a 30 m2/ha; com distribuição

diamétrica variando entre 20 a 60 cm, e média da amplitude do DAP 40 cm;

c) o crescimento das árvores do dossel é lento e a vida média da árvore do dossel é longa;

d) as epífi tas são abundantes, as lianas herbáceas raras e as lianas lenhosas encontram-se preencontram-sentes. As gramíneas são raras. A encontram-serapilheira está preencontram-sente, variando em função do tempo e da localização, apresentando intensa decomposição;

e) a regeneração das árvores do dossel é intensa;

f ) as espécies mais comuns, indicadoras do estágio avançado de regeneração, entre outras podem ser consideradas: pinheiro (Araucaria angustifolia), imbuia (Ocotea porosa), canafístula (Peltophorum dubgium), ipê (Tabebuia alba), angico (Parapiptadenia rigida), fi gueira (Ficus sp.).

Art. 3o Difere deste contexto, a vegetação da Floresta Ombrófi la Densa altomontana,

por ser constituída por um número menor de espécies arbóreas, ser de porte baixo e com pequena amplitude diamétrica e de altura.

Art. 4o Os parâmetros defi nidos para tipifi car os diferentes estágios de sucessão da

vegetação secundária, podem variar de uma região geográfi ca para outra, dependendo das condições topográfi cas e edafo-climáticas, localização geográfi ca, bem como do uso anterior da área em que se encontra uma determinada formação fl orestal.

Art. 5o De acordo com o artigo 3o do Decreto no 750, de 10 de fevereiro de 1993, e

para os efeitos desta Resolução, considera-se Mata Atlântica, no Estado do Paraná, as formações fl orestais e ecossistemas associados inseridos no domínio Mata Atlântica, com as respectivas delimitações estabelecidas pelo Mapa de Vegetação do Brasil, IBGE 1988: Floresta Ombrófi la Densa Atlântica, Floresta Ombrófi la Mista, Floresta Estacional Semidecidual, Manguezais e restingas.

Art. 6o Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as

dispo-sições em contrário.

(6)

ANEXO41

PARÂMETROS DE CLASSIFICAÇÃO DOS ESTÁGIOS SUCESSIONAIS DA VEGETAÇÃO

PARÂMETROS INICIAL SECUNDÁRIA

INTERMEDIÁRIA AVANÇADA

No de estratos 1 1 a 2 ≥ 2

No de espécies lenhosas 1 a 10 5 a 30 ≥ 30

Área basal (m2/ha) 8 a 20 15 a 35 ≥ 30

Altura das espécies lenhosas

do dossel (m) Até 10 8 a 17 ≥ 30

Média de amplitude dos diâmetros - DAP

(cm) 10 25 40

Distribuição diamétrica (cm) 5 a 15 10 a 40 20 a 60

Crescimento das árvores do dossel Rápido Moderado Lento

Vida média das árvores Curta Média Longa

Amplitude diamétrica Pequena Média Grande

Amplitude da altura Pequena Média Grande

Epífi tas Raras Poucas Abundante

Lianas herbáceas Abundantes Poucas Raras

Lianas lenhosas Ausente Rara Presente

Gramíneas Abundantes Poucas Raras

Regeneração das árvores do dossel Ausente Pouca Intensa

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RESOLUÇÃO CONAMA nº 4, de 4 de maio de 1994

Publicada no DOU no 114, de 17 de junho de 1994, Seção 1, páginas 8877-8878

Correlações:

· Em atendimento ao art. 6o do Decreto no 750/93 e art. 1o, § 1o da resolução CONAMA

no 10/93

Defi ne vegetação primária e secundária nos estágios ini-cial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica, a fi m de orientar os procedimentos de licenciamento de atividades fl orestais no estado de Santa Catarina. O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, alterada pela Lei no

8.028, de 12 de abril de 1990, regulamentadas pelo Decreto no 99.274, de 6 de junho de

1990, e Lei no 8.746, de 9 de dezembro de 1993, considerando o disposto na Lei no 8.490,

de 19 de novembro de 199242, e tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, e

Considerando a necessidade de se defi nir vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica em cumprimento ao disposto no artigo 6o do Decreto no 750, de 10 de fevereiro de 1993, na Resolução CONAMA no

10, de 1 de outubro de 1993, e a fi m de orientar os procedimentos de licenciamento de atividades fl orestais no Estado de Santa Catarina, resolve:

Art. 1o Vegetação primária é aquela de máxima expressão local, com grande

diversi-dade biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos, a ponto de não afetar signifi cativamente suas características originais de estrutura e de espécies, onde são ob-servadas área basal média superior a 20,00 m2/ha, DAP médio superior a 25 cm e altura

total média superior a 20 m.

Art. 2o Vegetação secundária ou em regeneração é aquela resultante dos processos

naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da vegetação primária por ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer árvores remanescentes da vegetação primária.

Art. 3o Os estágios em regeneração da vegetação secundária a que se refere o artigo

6o do Decreto no 750/93, passam a ser assim defi nidos:

I - Estágio inicial de regeneração:

a) Nesse estágio a área basal média é de até 8 m2/ha;

b) Fisionomia herbáceo/arbustiva de porte baixo; altura total média até 4 m, com cobertura vegetal variando de fechada a aberta;

c) Espécies lenhosas com distribuição diamétrica de pequena amplitude: DAP médio até 8 cm;

d) Epífi tas, se existentes, são representadas principalmente por líquens, briófi tas e pteridófi tas, com baixa diversidade;

e) Trepadeiras, se presentes, são geralmente herbáceas;

f ) Serapilheira, quando existente, forma uma camada fi na pouco decomposta, contínua ou não;

g) Diversidade biológica variável com poucas espécies arbóreas ou arborescentes, podendo apresentar plântulas de espécies características de outros estágios;

h) Espécies pioneiras abundantes; i) Ausência de subosque;

j) Espécies indicadoras:

j.1) Floresta Ombrófi la Densa: Pteridium aquilium (Samambaia-das-Taperas), e as he-micriptófi tas Melinis minutifl ora (Capim-gordura) e Andropogon bicornis (capim-andaime

(8)

ou capim-rabo-de-burro) cujas ervas são mais expressivas e invasoras na primeira fase de cobertura dos solos degradados, bem assim as tenófi tas Biden pilosa (picão-preto) e Solidago microglossa (vara-de-foguete), Baccharis elaeagnoides (vassoura) e Baccharis dracunculifolia (Vassoura-braba),

j.2) Floresta Ombrófi la Mista: Pteridium aquilium (Samambaia-das Taperas), Melines minutifl ora (Capim-gordura), Andropogon bicornis (Capim-andaime ou Capim-rabo-de-burro), Biden pilosa (Picão-preto), Solidago microglossa (Vara-de-foguete), Baccharis elaeagnoides (Vassoura), Baccharis dracunculifolia (Vassoura-braba), Senecio brasiliensis (Flôr-das-almas), Cortadelia sellowiana (Capim-navalha ou macegão), Solnum erianthum (fumo-bravo).

j.3) Floresta Estacional Decidual : Pteridium aquilium (Samambaia-das-Taperas), Me-linis minutifl ora (Capim-gordura), Andropogon bicornis (Capim-andaime ou Capim-rabo-de-burro), Solidago microglossa (Vara-de-foguete), Baccharis elaeagnoides (Vassoura), Bac-charis dracunculifolia (Vassoura-braba), Senecio brasiliensis (Flôr-das-almas), Cortadelia sellowiana (Capim-navalha ou macegão), Solanum erianthum (Fumo-bravo).

II - Estágio médio de regeneração:

a) Nesse estágio a área basal média é de até 15,00 m2/ha;

b) Fisionomia arbórea e arbustiva predominando sobre a herbácea podendo constituir estratos diferenciados; altura total média de até 12 m;

c) Cobertura arbórea variando de aberta a fechada, com ocorrência eventual de indivíduos emergentes;

d) Distribuição diamétrica apresentando amplitude moderada, com predomínio dos pequenos diâmetros: DAP médio de até 15 cm;

e) Epífi tas aparecendo com maior número de indivíduos e espécies em relação ao estágio inicial, sendo mais abundantes na fl oresta ombrófi la;

f ) Trepadeiras, quando presentes, são predominantemente lenhosas;

g) Serapilheira presente, variando de espessura, de acordo com as estações do ano e a localização;

h) Diversidade biológica signifi cativa; i) Subosque presente;

j) Espécies indicadoras:

j.1) Floresta Ombrófi la Densa: Rapanea Ferruginea (Capororoca), árvore de 7,00 a 15,00 m de altura, associada a Dodonea viscosa (Vassoura-vermelha).

j.2) Floresta Ombrófi la Mista: Cupanea vernalis (Cambotá-vermelho), Schinus there-benthifolius (Aroeira-vermelha), Casearia silvestris (Cafezinho-do-mato).

j.3) Floresta Estacional Decidual: Inga marginata (Inga feijão), Baunilha candicans (Pata-de-vaca).

III - Estágio avançado de regeneração:

a) Nesse estágio a área basal média é de até 20,00 m2/ha;

b) Fisionomia arbórea dominante sobre as demais, formando um dossel fechado e relativamente uniforme no porte, podendo apresentar árvores emergentes; altura total média de até 20 m;

c) Espécies emergentes ocorrendo com diferentes graus de intensidade; d) Copas superiores horizontalmente amplas;

e) Epífi tas presentes em grande número de espécies e com grande abundância, prin-cipalmente na fl oresta ombrófi la;

f ) Distribuição diamétrica de grande amplitude: DAP médio de até 25 cm;

g) Trepadeiras geralmente lenhosas, sendo mais abundantes e ricas em espécies na fl oresta estacional;

h) Serapilheira abundante;

i) Diversidade biológica muito grande devido à complexidade estrutural; j) Estratos herbáceo, arbustivo e um notadamente arbóreo;

(9)

m) Dependendo da formação fl orestal pode haver espécies dominantes; n) Espécies indicadoras:

n.1) Floresta Ombrófi la Densa: Miconia cinnamomifolia, (Jacatirão -açu), árvore de 15,00 a 20,00 m de altura, formando agrupamentos bastante densos, com copas arredon-dadas e folhagem verde oliva, sendo seu limite austral a região de Tubarão, Psychotria longipes (Caxeta), Cecropia adenopus (Embaúba), que formarão os primeiros elementos da vegetação secundária, começando a aparecer Euterpe edulis (palmiteiro), Schizolobium parahiba (Guapuruvu), Bathiza meridionalis (Macuqueiro), Piptadenia gonoacantha (pau-jacaré) e Hieronyma alchorneoides (licurana), Hieronyma alchorneoides (licurana) começa a substituir a Miconia cinnamomifolia (Jacutirão-açu), aparecendo também Alchornea triplinervia (Tanheiro), Nectandra leucothyrsus (Canela-branca), Ocotea catharinensis (Canela-preta), Euterpe-edulis (Palmiteiro), Talauma ovata (Baguaçu), Chrysophylum viride (Aguai) e Aspidosperma olivaceum (peroba-vermelha), entre outras.

n.2) Floresta Ombrófi la Mista: Ocotea puberula (Canela guaica), Piptocarpa angustifolia (Vassourão-branco), Vernonia discolor (Vassourão-preto), Mimosa scabrella ( Bracatinga).

n.3) Floresta Estacional Decidual: Ocotea puberula (Canela-guacá), Alchornea tri-plinervia (Tanheiro), Parapiptadenia rigida (Angico-vermelho), Patagonula americana (Guajuvirá), Enterolobium contortisiliguum (Timbauva).

Art. 4o A caracterização dos estágios de regeneração da vegetação defi nidos no artigo

3o e os parâmetros de DAP médio, altura média e área basal média do artigo 1o desta

Resolução, não são aplicáveis para manguezais e restingas.

Parágrafo único. As restingas serão objeto de regulamentação específi ca.

Art. 5o Os parâmetros de área basal média, altura média e DAP médio defi nidos nesta

Resolução, excetuando-se manguezais e restingas, estão válidos para todas as demais formações fl orestais existentes no território do Estado de Santa Catarina, previstas no Decreto no 750/93; os demais parâmetros podem apresentar diferenciações em função das

condições de relevo, clima e solos locais; e do histórico do uso da terra. Da mesma forma, estes fatores podem determinar a não ocorrência de uma ou mais espécies indicadoras, citadas no artigo 3o, o que não descaracteriza, entretanto, o seu estágio sucessional.

Art. 6o Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as

disposições em contrário.

HENRIQUE BRANDÃO CAVALCANTI - Presidente do Conselho NILDE LAGO PINHEIRO - Secretária Executiva

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