QUADRO N.º 6
6.º semestre
Unidades curriculares Área científica Tipo
Tempo de trabalho (horas)
Créditos Observações Total Contacto
Culturas Arvenses II. . . 621 Semestral . . . 135 T: 30; PL: 25; OT: 5 5 Tecnologias de Pós-Colheita . . . 541 Semestral . . . 108 T: 30; PL: 30 4 Olivicultura . . . 621 Semestral . . . 135 T: 30; PL: 25; OT: 5 5 Zootecnia Especial . . . 621 Semestral . . . 81 TP: 45 3 Genética e Melhoramento de Plantas. . . 421 Semestral . . . 121,5 TP: 45 4,5 Viticultura . . . 621 Semestral . . . 121,5 T: 30; PL: 25; OT: 5 4,5 Planeamento Agrícola . . . 621 Semestral . . . 108 TP: 45 4
REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES
Presidência do Governo
Decreto Regulamentar Regional n.º 21/2007/A
Regulamenta o Subsistema de Apoio ao Desenvolvimento do Turismo
O Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho, que criou o SIDER — Sistema de Incentivos para o Desenvolvimento Regional dos Açores, constitui o novo sistema de incentivos financeiros ao investimento privado para o Quadro de Referência Estratégico dos Aço-res 2007-2013. O SIDER envolve quatro subsistemas de incentivos, entre os quais se inclui o Subsistema de Apoio ao Desenvolvimento do Turismo, abreviadamente desig-nado por Desenvolvimento do Turismo.
O Desenvolvimento do Turismo abrange investimentos nos domínios do alojamento turístico, da restauração e similares e da animação turística. Dispõe também de uma linha específica de apoio para a promoção da qualidade e da segurança alimentar na área da restauração e similares.
Nos critérios utilizados para atribuir pontuação às candi-daturas, é concedida particular relevância aos investimen-tos que contribuam para consolidação financeira e compe-titividade das empresas e para a inovação e diversificação da oferta. Os projectos que promovam a certificação da qualidade, a mais-valia ambiental, a eficiência energética, a criação de postos de trabalho com habilitação adequada e a qualificação da oferta hoteleira e do alojamento turístico em espaço rural são objecto de majoração dos incentivos.
Os investimentos efectuados nas ilhas do Corvo, das Flores, de São Jorge, da Graciosa e de Santa Maria são discriminados positivamente no que diz respeito ao valor do incentivo a atribuir.
Assim, nos termos da alínea d) do n.º 1 do artigo 227.º da Constituição e da alínea o) do artigo 60.º do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, e em execução do artigo 39.º do Decreto Legislativo Re-gional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho, o Governo ReRe-gional decreta o seguinte:
Artigo 1.º
Objecto
O presente diploma regulamenta o Subsistema de Apoio ao Desenvolvimento do Turismo, adiante designado por Desenvolvimento do Turismo, previsto na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho.
Artigo 2.º
Âmbito
1 — Os projectos de investimento a que se refere a subalínea i) da alínea a) do n.º 1 do artigo 22.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho, são ob-jecto de apoio apenas quando se destinem à instalação, re-modelação e beneficiação dos seguintes empreendimentos:
a) Hotéis de 5 e 4 estrelas;
b) Hotéis de 3 estrelas, nas ilhas de Santa Maria, da
Graciosa, de São Jorge, das Flores e do Corvo;
c) Hotéis-apartamentos de 5 e 4 estrelas;
d) Hotéis-apartamentos de 3 estrelas, nas ilhas de
Santa Maria, da Graciosa, de São Jorge, das Flores e do Corvo;
e) Estalagens;
f) Apartamentos turísticos de 5 e 4 estrelas; g) Conjuntos turísticos;
h) Unidades de alojamento de turismo no espaço rural; i) Parques de campismo;
j) Aldeamentos turísticos de 5 e 4 estrelas;
k) Aldeamentos turísticos de 3 estrelas, nas ilhas de
Santa Maria, da Graciosa, de São Jorge, das Flores e do Corvo;
l) Estabelecimentos de restauração e bebidas, desde
que previamente reconhecidos de interesse para o turismo pela direcção regional com competência em matéria de turismo.
2 — As classificações mencionadas no número anterior são as que resultam do projecto.
3 — São ainda susceptíveis de apoio:
a) Os projectos de remodelação e beneficiação de
em-preendimentos não contemplados no n.º 1;
b) Os projectos de instalação e ampliação de
empre-endimentos não contemplados no n.º 1 desde que sejam reconhecidos pela direcção regional com competência em matéria de turismo como projectos inovadores e ou diversificadores da oferta turística em termos de instala-ções e serviços.
Artigo 3.º
Condições de acesso dos promotores
1 — Para além das condições gerais de acesso previstas no artigo 3.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho, os promotores devem ter concluído, há pelo menos um ano, o investimento relativo ao projecto anteriormente aprovado, considerando-se como data de
conclusão do projecto a data da factura correspondente à última despesa associada ao projecto.
2 — No caso de empresas que explorem diversos tabelecimentos, podem admitir-se excepções à regra es-tabelecida no número anterior desde que devidamente justificadas.
3 — A situação financeira equilibrada a que se refere a alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho, é verificada de acordo com o definido no anexo I do presente regulamento, do qual faz parte integrante.
Artigo 4.º
Condições de acesso dos projectos
1 — Para além das condições gerais de acesso previstas no artigo 4.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho, os projectos devem:
a) Ser apresentados por pequenas e médias empresas
(PME), de acordo com a Recomendação da Comissão Europeia n.º 2003/361/CE, de 6 de Maio, no caso de pro-jectos de investimento a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 22.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho;
b) Ser instruídos com um estudo que demonstre a
via-bilidade económica e financeira, indicando o responsá-vel técnico pela sua elaboração e acompanhamento no perío do de execução, no caso dos projectos a que se refere a alínea a) do n.º 1 do artigo 22.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho;
c) Ser instruídos com um parecer de um técnico
respon-sável habilitado na área da segurança e qualidade alimentar que evidencie a relação do investimento com a segurança ou a qualidade dos alimentos, no caso dos projectos a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 22.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho.
2 — A condição geral de aceso a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 4.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho, é verificada de acordo com o definido no anexo I ao presente regulamento, do qual faz parte integrante.
Artigo 5.º
Despesas elegíveis
1 — Constituem despesas elegíveis, no âmbito dos pro-jectos a que se refere a alínea a) do n.º 1 do artigo 22.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho:
a) Aquisição de imóveis que reúnam boas condições
para afectação turística e que, pela sua localização e valor arquitectónico, reconhecido pela direcção regional com competência em matéria de cultura, interesse preservar, até ao limite de 40 % do investimento elegível, e desde que destinados à instalação dos empreendimentos a que se refere a subalínea i) da alínea a) do n.º 1 do artigo 22.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho;
b) Construção de edifícios, obras de instalação e
re-modelação de instalações e outras construções desde que directamente relacionadas com o processo produtivo e com as funções essenciais ao exercício da actividade;
c) Aquisição de máquinas e equipamentos,
designada-mente nas áreas da gestão, produção, comercialização e
marketing, comunicações, logística, design, qualidade,
segurança e higiene, controlo laboratorial, eficiência ener-gética e protecção ambiental;
d) Aquisição dos equipamentos sociais que o promotor
seja obrigado a possuir por determinação legal;
e) Aquisição e ou recuperação de mobiliário, artefactos e
elementos decorativos antigos no âmbito de investimentos em unidades de turismo no espaço rural ou restaurantes típicos;
f) Aquisição de embarcações, com ou sem motor; g) Aquisição de veículos ligeiros, e outro material de
transporte, desde que os mesmos se afigurem essenciais para o exercício da respectiva actividade e não se desti-nem a aluguer sem condutor, até ao limite de € 50 000, ou € 200 000, no caso de projectos promovidos por agências de viagens e turismo e empresas de animação turística;
h) Aquisição de veículos pesados desde que os mesmos
se afigurem essenciais para o exercício da respectiva acti-vidade, até ao limite de € 250 000;
i) Aquisição e registo de marcas, patentes, licenças e
alvarás, até ao limite de 20 % do investimento elegível;
j) Despesas com transportes, seguros, montagem e
des-montagem dos equipamentos elegíveis;
k) Estudos, diagnósticos e auditorias, associados ao
projecto de investimento, até ao limite de 3 % do investi-mento elegível, com um máximo de € 6000;
l) Projectos de arquitectura e de engenharia ou outros,
associados ao projecto de investimento, com os seguintes limites:
i) 5 % do investimento elegível, para projectos até
€ 1 000 000;
ii) 4 % do investimento elegível, para projectos
supe-riores a € 1 000 000 e infesupe-riores ou iguais a € 5 000 000;
iii) 3 % do investimento elegível, para projectos
supe-riores a € 5 000 000;
m) Outras despesas, relativas à implementação de
siste-mas de certificação da qualidade, segurança e gestão am-biental, eficiência energética, e introdução de tecnologias de informação e comunicações.
2 — Constituem despesas elegíveis, no âmbito dos pro-jectos a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 22.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho:
a) Remodelação e ampliação de instalações de
labora-ção (copas, cozinhas, zonas de fabrico e de apoio a redes de frio);
b) Construção, remodelação ou ampliação de instalações
sanitárias;
c) Aquisição e instalação de equipamentos de
refrige-ração;
d) Aquisição e instalação de equipamentos de higiene
e sanificação;
e) Aquisição e instalação de equipamentos para
im-plementação de sistemas de autocontrolo e de gestão da qualidade;
f) Aquisição e instalação de sistemas de exaustão, de
ventilação e de ar condicionado;
g) Aquisição de equipamentos de protecção ambiental,
designadamente para tratamento de efluentes e de resí-duos;
h) Assessoria técnica para implementação de sistemas
de autocontrolo e de gestão da qualidade, até 5 % do valor total do investimento elegível;
i) Preparação do dossier de candidatura, incluindo as
despesas com projectos até 5 % do valor total do investi-mento elegível.
3 — Constituem despesas elegíveis, no âmbito dos projectos de promoção turística a que se refere a alí-nea c) do n.º 1 do artigo 22.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho:
a) Campanhas publicitárias e produção de peças
pro-mocionais;
b) Acções de distribuição e comercialização de produtos
turísticos, nomeadamente mailings;
c) Viagens promocionais e educacionais, incluindo
transportes e estadas;
d) Organização e participação em feiras turísticas; e) Estudos;
f) Criação e registo de marcas promocionais;
g) Outras despesas suportadas por operadores turísticos
ou agências de viagens que actuem fora da Região desde que visem a promoção, divulgação e comercialização de produtos turísticos regionais.
4 — Constituem despesas elegíveis no âmbito das acções de animação turística a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 22.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho, as despesas com serviços de animadores, artistas e técnicos, transportes e estadas dos mesmos, bem como as respectivas acções de divulgação e, complementarmente, a aquisição ou locação de equipa-mentos e materiais indispensáveis à realização das acções. 5 — As despesas a que se referem as alíneas a), e), k) e
l) do n.º 1 e i) do n.º 2 apenas são consideradas elegíveis
para as PME.
6 — As despesas com transportes e estadas previstas nos n.os 3 e 4 apenas são consideradas até ao limite de 50 % das despesas elegíveis.
7 — Para além do disposto no artigo 6.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho, não são elegíveis as despesas com:
a) Aquisição de activos que tenham sido objecto de
comparticipação através de auxílios do Estado;
b) Embarcações ou outros meios de transporte
usa-dos, salvo em casos devidamente fundamentados e cujo interesse seja reconhecido por despacho do membro do Governo Regional com competência em matéria de tu-rismo.
8 — Nos projectos que tenham por objecto a construção, remodelação ou ampliação de empreendimentos turísticos explorados, em parte, em regime de direito de habitação periódica, só são comparticipáveis as despesas de investi-mento correspondentes às unidades de alojainvesti-mento afectas à exploração turística e, sendo o caso, não exploradas segundo aquele regime, bem como, na proporção dessa afectação, as despesas de investimento relativas às partes comuns dos empreendimentos.
Artigo 6.º
Critérios de selecção
Aos projectos é atribuída uma pontuação, calculada de acordo com os critérios estabelecidos no anexo II do presente regulamento, do qual faz parte integrante.
Artigo 7.º
Majorações
1 — As majorações referidas no n.º 2 do artigo 25.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho, são as seguintes:
a) 2 % no caso do projecto incluir investimentos em
sistemas de certificação da qualidade, de acordo com as normas previstas no Sistema Português da Qualidade;
b) 2 % no caso do projecto incluir investimentos em
eficiência energética;
c) 2 % no caso de projectos dos quais resulte uma
mais--valia ambiental para a empresa, de acordo com os critérios estabelecidos no anexo III do presente regulamento, do qual faz parte integrante;
d) 2 % no caso de projectos que conduzam à criação
de 50 % ou mais de activos com habilitação adequada, de acordo com o definido no anexo III do presente regula-mento, do qual faz parte integrante;
e) 2 % no caso de projectos relativos à instalação de
hotéis de 4 ou 5 estrelas, nas ilhas de Santa Maria, da Gra-ciosa, de São Jorge, das Flores e do Corvo ou instalação de hotéis de 5 estrelas nas ilhas de São Miguel, da Terceira, do Faial e do Pico.
2 — As majorações referidas no número anterior não podem ultrapassar 8 % por projecto de investimento.
Artigo 8.º
Competências dos organismos gestores
1 — Aos organismos responsáveis pela gestão do De-senvolvimento do Turismo, a que se refere o artigo 26.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho, compete:
a) Recepcionar as candidaturas, instruídas de acordo
com um formulário homologado pelo membro do Governo Regional com competência em matéria de economia;
b) Verificar o cumprimento das condições de acesso do
promotor e do projecto;
c) Solicitar os pareceres necessários aos departamentos
do Governo Regional competentes em razão da matéria, que os devem emitir no prazo máximo de 15 dias úteis;
d) Determinar a pontuação dos projectos;
e) Elaborar a proposta de decisão da candidatura no
prazo máximo de 45 dias úteis a contar da verificação das condições de acesso do promotor e do projecto;
f) Submeter à comissão de selecção as propostas de
decisão das candidaturas;
g) Comunicar ao promotor a decisão relativa à
candi-datura;
h) Reapreciar a candidatura no prazo de 10 dias úteis
na eventualidade de o promotor apresentar alegações con-trárias;
i) Preparar o contrato de concessão de incentivos; j) Analisar os pedidos de pagamento de incentivo;
k) Acompanhar a execução dos projectos, bem como
efectuar a verificação física dos investimentos;
l) Enviar para processamento os incentivos devidos; m) Propor a renegociação dos contratos;
n) Submeter ao membro do Governo Regional com
competência em matéria de economia o encerramento dos processos.
2 — No decorrer da avaliação das candidaturas, podem ser solicitados ao promotor esclarecimentos complementa-res, a prestar no prazo máximo de 10 dias úteis, decorrido o qual a ausência de resposta significa a desistência da candidatura.
3 — Os prazos previstos nas alíneas c) e e) do n.º 1 suspendem-se sempre que, nos termos do número ante-rior, sejam solicitados esclarecimentos complementares ao promotor.
Artigo 9.º
Comissão de selecção
1 — À comissão de selecção compete emitir proposta de decisão sobre as candidaturas, a submeter ao membro do Governo Regional com competência em matéria de economia, para efeitos de decisão.
2 — A decisão, sendo desfavorável, é notificada ao promotor, nos termos e para os efeitos previstos no Código do Procedimento Administrativo.
3 — A comissão de selecção integra os seguintes ele-mentos:
a) Um representante de cada associada da Câmara do
Comércio e Indústria dos Açores;
b) Um representante da direcção regional com
compe-tência em matéria de apoio à coesão económica;
c) Um representante da direcção regional com
compe-tência em matéria de turismo;
d) Um representante da direcção regional com
compe-tência em matéria de comércio, indústria e energia;
e) Um representante da direcção regional com
compe-tência em matéria de emprego e formação profissional;
f) Um representante da APIA — Agência para a
Promo-ção do Investimento dos Açores, E. P. E.
4 — Os elementos da comissão de selecção, precedendo audição das entidades que representam, são nomeados pelo membro do Governo Regional com competência em matéria de economia e, bem assim, o respectivo presidente.
5 — Cabe ao membro do Governo Regional com com-petência em matéria de economia definir, por despacho normativo, as condições de funcionamento da comissão de selecção.
Artigo 10.º
Competências de outras entidades
1 — Compete à direcção regional com competência em matéria de comércio, indústria e energia emitir pare-cer no prazo de 15 dias úteis sobre os investimentos nas áreas da qualidade, da segurança e gestão ambiental e eficiência energética a que se refere a alínea m) do n.º 1 do artigo 5.º
2 — Compete à direcção regional com competência em matéria de ambiente emitir parecer no prazo de 15 dias úteis sobre a majoração a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 7.º
3 — Compete à direcção regional com competência em matéria de ciência e tecnologia emitir parecer no prazo
de 15 dias úteis sobre os investimentos em tecnologias de informação e comunicações a que se refere a alínea m) do n.º 1 do artigo 5.º
4 — Compete à direcção regional com competência em matéria de formação profissional emitir parecer no prazo de 15 dias úteis sobre a majoração a que se refere a alínea d) do n.º 1 do artigo 7.º
Artigo 11.º
Entrada em vigor
O presente diploma entra em vigor no 1.º dia útil se-guinte ao da sua publicação.
Aprovado em Conselho do Governo Regional, em Angra do Heroísmo, em 26 de Setembro de 2007.
O Presidente do Governo Regional, Carlos Manuel
Martins do Vale César.
Assinado em Angra do Heroísmo em 15 de Outubro de 2007.
Publique-se.
O Representante da República para a Região Autónoma dos Açores, José António Mesquita.
ANEXO I
Situação financeira e cobertura do projecto por capitais próprios
1 — Para efeitos do disposto no n.º 3 do artigo 3.º do presente regulamento, considera-se que os promotores possuem uma situação financeira equilibrada quando apresentam um indicador de autonomia financeira igual ou superior a 25 %, não se aplicando esta condição aos promotores que não tenham contabilidade organizada à data de apresentação da candidatura.
2 — A autonomia financeira referida no número anterior é calculada através da seguinte fórmula:
AF = ALeCpe
em que:
Cpe — capitais próprios da empresa, incluindo
supri-mentos, desde que venham a ser incorporados em capital próprio até à data da celebração do contrato de concessão de incentivos;
ALe — activo líquido da empresa.
3 — Para efeitos do disposto no n.º 2 do artigo 4.º do presente regulamento, consideram-se adequadamente fi-nanciados por capitais próprios os projectos de investi-mento cujo investiinvesti-mento elegível seja coberto por um mínimo de 25 % de capitais próprios, calculado através de uma das seguintes fórmulas:
a): Cpe + Cpp × 100 ALe + Ip ou: b): Cpp × 100 Ip em que:
Cpp — capitais próprios do projecto, incluindo
supri-mentos, desde que venham a ser incorporados em capital próprio até ao encerramento do projecto;
Ip — investimento elegível do projecto.
4 — Para o cálculo dos indicadores referidos nos n.os 2 e 3, é utilizado o balanço referente ao final do exercício ante-rior ao da data de apresentação da candidatura ou no caso de não se encontrar cumprida a condição a que se refere a alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º do Decreto Legislativo Re-gional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho, um balanço intercalar reportado a data posterior, mas anterior à data de apresen-tação da candidatura, desde que legalmente certificado por um técnico oficial de contas ou revisor oficial de contas.
5 — No encerramento do exercício a que se reportam as contas intercalares, os indicadores calculados devem ser mantidos e comprovados até à data de assinatura do con-trato de concessão de incentivos, sob pena da candidatura ser considerada inelegível.
ANEXO II
Metodologia para a determinação da pontuação dos projectos
1.º
Pontuação dos projectos definidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 22.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho
1 — A pontuação dos projectos (P) é determinada pelas seguintes fórmulas:
a) P = 0,2A + 0,2B + 0,2C + 0,2D + 0,2E, no caso de
empresas existentes;
b) P = 0,3B + 0,3C + 0,2D + 0,2E, no caso de projectos
de criação de novas empresas e de projectos promovidos por promotores que não tenham contabilidade organizada à data de apresentação da candidatura;
em que A, B, C, D e E constituem os seguintes critérios:
A — qualidade da empresa; B — produtividade do projecto;
C — contributo do projecto para a consolidação
finan-ceira da empresa;
D — contributo do projecto para a competitividade da
empresa;
E — contributo do projecto para a inovação e
diversi-ficação da oferta.
2 — A pontuação do critério A — qualidade da empresa é determinada pela seguinte fórmula:
A = 0,5 A1 + 0,5 A2
em que:
A1 — rentabilidade económica da empresa; A2 — autonomia financeira da empresa.
a) O subcritério A1 resulta do valor assumido pelo
indicador meios libertos líquidos/vendas, nos seguintes termos:
Percentagem dos meios libertos líquidos sobre vendas
A1≤0 0<A1≤10 10<A1≤20 A1>20
Pontuação. . . 0 25 50 100
em que:
meios libertos líquidos = resultados líquidos do exercí-cio + amortizações + provisões;
vendas = vendas de produtos + vendas de mercado-rias + prestação de serviços.
b) O subcritério A2 resulta do valor da autonomia
fi-nanceira, assumida pelo indicador capital próprio/activo total líquido, nos seguintes termos:
Percentagem do capital próprio sobre o activo total líquido
25≤A2<35 35≤A2<50 A2≥50
Pontuação. . . 50 75 100
c) Para o cálculo dos subcritérios referidos nas alíneas a) e b) são utilizados o balanço e a demonstração de resulta-dos referentes ao final do exercício anterior ao da data de apresentação da candidatura ou, no caso de não se encontrar cumprida a condição a que se refere a alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho, o balanço e a demonstração de resultados intercalares reportados a data posterior mas anterior à data de apresentação da candidatura, desde que legalmente certificados por um técnico oficial de contas ou revisor oficial de contas.
d) No encerramento do exercício a que se reportam as
contas intercalares, os indicadores calculados nas alíneas a) e b) devem ser mantidos e comprovados até à data de as-sinatura do contrato de concessão de incentivos, sob pena de a candidatura ser considerada inelegível.
3 — A pontuação do critério B — produtividade do projecto é determinada pelo indicador VAB/número de postos de trabalho, nos seguintes termos:
VAB sobre o número de postos de trabalho
B≤€ 0 € 0<B≤€ 10 000 € 10 000<B≤≤€ 20 000 B>€ 20 000
Pontuação. . . 0 30 70 100
em que:
VAB = resultados líquidos + juros suportados + despesas com pessoal + amortizações + provisões + impostos directos + rendas do estabelecimento + im-postos sobre o rendimento, calculado no ano cruzeiro do projecto.
O número de postos de trabalho deve ser aferido no ano cruzeiro do projecto.
O ano cruzeiro não pode ultrapassar três anos completos após a data de conclusão do projecto.
4 — A pontuação do critério C — contributo do pro-jecto para a consolidação financeira da empresa é determi-nada pelo indicador novos capitais próprios/investimento elegível, de acordo com o estabelecido na alínea b) do
C<25 25≤C<30 30≤C<40 C≥40
Pontuação. . . 0 30 70 100
5 — A pontuação do critério D — contributo do projecto para a competitividade da empresa é determinada pelo indicador Investimento em factores dinâmicos de com-petitividade/Investimento elegível, nos seguintes termos:
Percentagem do investimento em factores dinâmicos de competitividade sobre o investimento elegível
0<D≤5 5<D≤10 10<D≤15 D>15
Pontuação. . . 25 50 75 100
em que:
Investimento em factores dinâmicos de competitividade abrange investimentos nas áreas de sistemas de certificação da qualidade, da segurança e da gestão ambiental, eficiên-cia energética e introdução de tecnologias de informação e comunicação.
6 — A pontuação do critério E — contributo do projecto para a inovação e diversificação da oferta tem por finali-dade medir a melhoria e diversificação da oferta turística e fomento das vocações e potencialidades regionais, sendo classificado do seguinte modo:
a) Muito forte — 100 pontos; b) Forte — 75 pontos; c) Médio — 50 pontos; d) Fraco — 0 pontos.
2.º
Pontuação dos projectos definidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 22.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho
1 — A pontuação (P) é determinada pelas seguintes fórmulas:
a) P = 0,2A + 0,4B + 0,4C, no caso de empresas
exis-tentes;
b) P = 0,5B + 0,5C, no caso de projectos de criação de
novas empresas e de projectos promovidos por promotores que não tenham contabilidade organizada à data de apre-sentação da candidatura;
em que A, B e C constituem os seguintes critérios:
A — qualidade da empresa;
B — contributo do projecto para a reconversão estrutural
da empresa;
C — contributo do projecto para a reconversão funcional
da empresa.
2 — A pontuação do critério A — qualidade da empresa é determinada pela seguinte fórmula:
A = 0,5 A1 + 0,5 A2
em que:
A1 — rentabilidade económica; A2 — autonomia financeira.
a) O subcritério A1 resulta do valor assumido pelo
indicador meios libertos líquidos/vendas, nos seguintes termos:
Percentagem dos meios libertos líquidos sobre vendas
A1≤0 0<A1≤10 10<A1≤20 A1>20
Pontuação. . . 0 25 50 100
em que:
meios libertos líquidos = resultados líquidos do exercí-cio + amortizações + provisões;
vendas = vendas de produtos + vendas de mercadorias + prestação de serviços.
b) O subcritério A2 resulta do valor da autonomia
fi-nanceira, assumida pelo indicador capital próprio/activo total líquido, nos seguintes termos:
Percentagem do capital próprio sobre o activo total líquido
25≤A2<35 35≤A2<50 A2≥50
Pontuação. . . 50 75 100
c) Para o cálculo dos subcritérios referidos nas alíneas a) e b) são utilizados o balanço e a demonstração de resulta-dos referentes ao final do exercício anterior ao da data de apresentação da candidatura ou, no caso de não se encontrar cumprida a condição a que se refere a alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho, o balanço e a demonstração de resultados intercalares reportados a data posterior mas anterior à data de apresentação da candidatura, desde que legalmente certificados por um técnico oficial de contas ou revisor oficial de contas.
d) No encerramento do exercício a que se reportam as
contas intercalares, os indicadores calculados nas alíneas a) e b) devem ser mantidos e comprovados até à data de as-sinatura do contrato de concessão de incentivos, sob pena da candidatura ser considerada inelegível.
3 — A pontuação do critério B — contributo do projecto para a reconversão estrutural da empresa tem por finalidade medir o impacte do investimento na melhoria da qualidade e segurança alimentar na empresa, sendo avaliado através do peso relativo do investimento elegível nas áreas abaixo indicadas, face ao investimento elegível total:
a) Construção, remodelação ou ampliação de
insta-lações de laboração, de armazenagem, sanitárias ou de venda, desde que daí resulte melhoria para a segurança e ou qualidade dos alimentos;
b) Aquisição de equipamentos de processo, de limpeza
e desinfecção, de armazenagem e distribuição, nomeada-mente móveis, câmaras e viaturas frigoríficas;
n.º 3 do anexo I ao presente regulamento, nos seguintes termos:
Percentagem novos capitais próprios sobre o investimento elegível
c) Aquisição e instalação de sistemas de renovação de
ar, exaustão e ar condicionado, para locais de laboração, manutenção ou venda de alimentos;
d) Aquisição de equipamentos de protecção ambiental
para tratamento de efluentes e de resíduos.
4 — Considera-se como projecto de forte reconversão estrutural aquele cujo valor dos investimentos elegíveis directamente relacionados com as áreas de segurança e qualidade alimentar descritas no número anterior repre-sente, pelo menos, 60 % do investimento total elegível. É considerado projecto de média reconversão estrutural aquele cujo valor dos investimentos referidos anterior-mente represente, pelo menos, 40 % do investimento total elegível. Os projectos são considerados de fraca reconver-são estrutural nos restantes casos.
5 — A pontuação do critério B — contributo do projecto para a reconversão estrutural da empresa é atribuída do seguinte modo:
a) Forte — 100 pontos; b) Médio — 40 pontos; c) Fraco — 25 pontos.
6 — No cálculo do critério C — contributo do projecto para a reconversão funcional da empresa, consideram-se os investimentos relativos a:
a) Adopção de novos perfis de especialização ou
diver-sificação para a empresa com impacte directo na segurança e qualidade alimentar;
b) Aplicação de novas técnicas e processos de trabalho
com impacte directo na segurança e na qualidade alimentar;
c) Implementação de sistemas de autocontrolo e gestão
da qualidade.
7 — Considera-se projecto de forte reconversão funcio-nal aquele cujo valor dos investimentos elegíveis direc-tamente relacionados com as alíneas descritas no número anterior represente, pelo menos, 60 % do investimento total elegível. É considerado projecto de média reconversão funcional aquele cujo valor dos investimentos referidos anteriormente represente, pelo menos, 40 % do investi-mento total elegível. Os projectos são considerados de fraca reconversão funcional nos restantes casos.
8 — A pontuação do critério C — contributo do projecto para a reconversão funcional da empresa é atribuída do seguinte modo:
a) Forte — 100 pontos; b) Médio — 50 pontos; c) Fraco — 25 pontos.
9 — Para atribuição da pontuação aos critérios B e C é solicitado parecer à direcção regional com competência em matéria de comércio, indústria e energia.
3.º
Pontuação dos projectos definidos na alínea c) do n.º 1 do artigo 22.º do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2007/A, de 23 de Julho
1 — A pontuação a conceder a projectos de promoção turística é a que resulta da análise da sua qualidade em termos dos factores abaixo indicados:
a) Âmbito da acção promocional:
i) Acção/programa promocional de âmbito
nacio-nal — 10;
ii) Acção/programa promocional de âmbito
internacio-nal — 20;
b) Qualidade da acção de promoção (0-30): i) Inovação em termos de técnicas e meios; ii) Conteúdo temático do produto promovido; iii) Qualidade geral do programa de promoção; c) Impacte na diminuição da sazonalidade (0-20); d) Mérito de acções promocionais já anteriormente
de-senvolvidas e integração desta acção na política promo-cional regional (0-20);
e) Notoriedade do produto turístico promovido (0-10).
2 — A pontuação a conceder a projectos de animação turística é a que resulta da análise da sua qualidade em termos dos factores abaixo indicados:
a) Âmbito da acção de animação (0-20):
Local — 5; Concelhia — 10; Ilha — 15; Regional — 20;
b) Qualidade da acção de animação (0-30), tendo em
conta:
Inovação, relativamente à oferta existente; Conteúdo temático;
Qualidade geral do programa de animação;
c) Impacte na diminuição da sazonalidade (0-20):
Realização parcial nos meses de Outubro a Abril — 10; Realização integral nos meses de Outubro a Abril — 20;
d) Mérito de acções de animação já anteriormente
de-senvolvidas e integração desta acção na valorização da oferta turística regional (0-20);
e) Notoriedade da acção de animação (0-10).
ANEXO III Majorações
1.º
Critérios para atribuição da majoração de mais-valia ambiental
1 — A majoração definida na alínea c) do n.º 1 do ar-tigo 7.º do presente regulamento é atribuída a projectos dos quais resulte, até ao seu encerramento, uma melhoria do desempenho ambiental, como seja:
a) Registo no sistema de ecogestão e auditorias —
EMAS;
b) Adesão ao sistema comunitário de atribuição de
ró-tulo ecológico;
c) Implementação da Agenda XXI Local.
2 — O promotor deve demonstrar que fica abrangido por, pelo menos, duas das condições referidas no nú-mero anterior e obrigatoriamente prever na candidatura os investimentos identificados como necessários na análise da situação ambiental de cada estabelecimento, até ao encerramento do investimento, tendo em vista a melhoria do desempenho ambiental de cada estabele-cimento.
2.º
Critérios para atribuição da majoração de activos com habilitação adequada
A majoração definida na alínea d) do n.º 1 do artigo 7.º do presente regulamento é atribuída a projectos que conduzam à criação de 50 % ou mais postos de trabalho que venham a ser ocupados por de activos com habilitação adequada, con-siderando-se como tal a condição atribuída aos titulares de:
a) Grau académico superior;
b) Carteira profissional emitida nos termos legais
apli-cáveis;
c) Certificado de aptidão profissional obtido por
qual-quer das vias legalmente estabelecidas;
d) Certificado de curso de aprendizagem emitido por
entidade legalmente habilitada;
e) Certificado de curso profissional de nível III;
f) Certificado do curso profissional obtido no âmbito
do ensino não superior.
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