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Erosões localizadas junto de encontros e de pilares de pontes

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(1)

Erosões localizadas junto de

Erosões localizadas junto de

encontros e de pilares de pontes

(2)

Introdução

Estrutura do escoamento junto de pilares e de

encon-tros de pontes (aspectos gerais)

Evolução temporal do processo erosivo (aspectos

qualitativos)

Factores das erosões localizadas

Síntese

Necessidades de investigação

Bibliografia base: Couto, L.T.; Cardoso, A. H. 2001

Í

(3)

Introdu

Introdu

ç

ç

ão

ão

O que são as erosões localizadas ?

− São erosões que resultam directamente de alterações do campo do escoamento (velocidades médias, intensidade da turbulência; tensões de Reynolds) induzidas por obstáculos nele inseridos.

Onde ocorrem ?

− Na proximidade desses obstáculos.

Que importância têm para a engenharia civil ?

− Podem induzir o colapso ou a ruptura parcial de pontes.

(4)
(5)
(6)

Qual a relevância do problema (exemplos) ?

− em Portugal: Penacova; Alva; Gafanha; … Entre-os-Rios

− nos EUA: – 383 pontes destruídas ou danificadas entre 1964 e 1972 (custo

médio por acidente: 108 USD).

– 73 pontes destruídas na Pensilvânia; Virgínia; West Virgínia em

1985;

– 17 pontes destruídas em NY e em N Eng. em 1987;

Quais os problemas em aberto ?

− As previsões fornecidas pelos métodos disponíveis nem sempre se têm revelado satisfatórias. Em particular, sabe-se pouco para os

encontros.

Outros aspectos

− Às erosões localizadas podem sobrepor-se erosões generalizadas e erosões por contracção do escoamento (U).

(7)

Estrutura do escoamento junto de pilares e de encontros

Estrutura do escoamento junto de pilares e de encontros

de pontes (aspectos gerais)

de pontes (aspectos gerais)

A presença de obstáculos implica a estagnação do escoamento junto das respectivas paredes aumentos de pressão.

Os aumentos de pressão são mais elevados junto à superfície livre do

superfície de enrolamento h y u escoamento descendente y γ h ∆p = (ρu2)/2

(8)

A alteração local do campo de pressões origina:

− superfície de enrolamento;

− escoamento descendente (responsável pelo início do processo erosivo);

− separação do escoamento.

ponto de estagnação

vórtice principal

(9)

A acção combinada do escoamento descendente deflectido e do

escoamento separado origina:

vórtice em ferradura (no caso de pilares);vórtice principal (no caso de encontros).

Também ocorre separação nas paredes laterais dos obstáculos, induzindo vórtices de esteira (sentidos alternados).

Escoamento resultante para pilares de pontes:

escoamento descendente cavidade de erosão superfície de enrolamento pilar escoamento vórtices de esteira

(10)

Os vórtices de esteira arrancam o material do fundo por efeito de sucção; transportam-no depois em suspensão.

O vórtice em ferradura (ou o vórtice principal) arrasta o material para jusante.

A estrutura do escoamento em torno de encontros é muito

semelhante à do escoamento em torno de pilares. Principais

diferenças:

vórtice em ferradura vórtice principal;

desenvolvem-se um vórtice secundário e um vórtice de eixo vertical.

vórtice secundário vórtice principal

(11)

Evolução temporal do processo erosivo (aspectos

qualitativos)

Evolu

Evolu

ç

ç

ão temporal do processo erosivo (aspectos

ão temporal do processo erosivo (aspectos

qualitativos)

qualitativos)

As erosões localizadas podem ocorrer para duas

condi-ções de transporte sólido essencialmente distintas:

erosões sem transporte sólido generalizado (τ < τc ou U < Uc); − erosões com transporte sólido generalizado (τ > τc ou U > Uc).

Uma cavidade de erosão está em equilíbrio quando a

quantidade de material sólido que nela entra é igual à que

(12)

Para descrever qualitativamente a evolução temporal do processo

erosivo, considere-se h = const. e U crescente.

Nesse caso:

œ Tratando-se de pilares cilíndricos, quando U é muito pequeno

não ocorrem erosões localizadas; tudo se passa como se o fundo fosse fixo (Hanco (1971)).

 Quando U > 0,5Uc ocorre erosão (mesmo para U < Uc).

por efeito de escorregamento dos taludes, as cavidades de erosão podem propagar-se a zonas onde, localmente, τ < τc;

inicialmente a profundidade da cavidade aumenta muito rapidamente com o tempo.

ž O tempo ao fim do qual se atinge a fase de equilíbrio depende da existência ou não de transporte sólido generalizado.

(13)

Ÿ No caso de haver transporte sólido generalizado:

há simultaneamente remoção de sedimentos do fundo original e de

sedimentos provenientes de montante;

ao fim de algum tempo, a quantidade de material sólido que entra é

igual à que sai;

o equilíbrio é atingido rapidamente; o equilíbrio diz-se dinâmico. t

equilíbrio dinâmico

com transporte sólido equilíbrio estático

sem transporte sólido

(14)

¢ Independentemente de haver ou não transporte sólido generalizado, distinguem-se três fases do processo erosivo:

£ Encontram-se na literatura da especialidade várias formulações que visam a quantificação da evolução temporal da profundidade das cavidades de erosão (aspecto a tratar posteriormente).

t hs

fase de equilíbrio

fase principal fase inicial

(15)

Variáveis independentes que influenciam o processo erosivo

Escoamento de aproximação………. h, J, g

Propriedades do fluido.……… ρ, µ (ν) Propriedades do material do fundo… D50, σD, ρs

Características do obstáculo……….. L (ou DP), θ, forma (Kf)

Geometria do canal……….. B, i, forma secção (KG)

Tempo……… tEquações genéricas

(

)

h t

s

( )

=

ϕ

' ; ; ; ; ;

h J g

ρ υ

D

50

;

σ ρ

D

; ; ( .

s

L ou D

p

); ; ; ; ;

θ

K B i K t

f G

;

(

)

h

se

=

ϕ

h J g

; ; ; ; ;

ρ υ

D

50

;

σ ρ

D

; ; ( .

s

L ou D

p

); ; ; ; ;

θ

K B i K

f G

Factores das erosões localizadas

Factores das erosões localizadas

a. Aspectos gerais

(16)

Com base em considerações de ordem física e procedendo à

aplicação do teorema de Vaschy-Buckingham (L D

P

):

com

N

hse

=

h

se

/L

Efeitos:

NU = U/Uc velocidade média do escoamento de aproximação;

Nh = h/L altura do escoamento de aproximação;

NB = B/L contracção da secção do escoamento provocada pelo obstáculo;

ND50 = D50/L granulometria do material do fundo;

σD coeficiente de graduação da curva granulométrica;

s = ρs/ρ densidade do material do fundo;

Kf forma do obstáculo;

KG forma da secção transversal do escoamento;

Nθ orientação do obstáculo em relação ao escoamento.

(

σ

θ

)

φ

N

;

N

;

N

;

N

;

;

s

;

K

;

K

;

N

N

h U h B D D f G

50 se

=

(17)

( ) ( )

N

N

( )

N

( )

σ

K

N

θ

a

N

h 1 U b h c D d D e f 50 se

=

(

σ

θ

)

φ

N

;

N

;

N

;

;

K

;

N

N

h U h D D f 50 se

=

N

θ

= ϕ(θ)

Para canais rectangulares muito largos com fundo de areia (NB = 1; KG = 1; s = Const.), vem:

Esta é a equação mais frequentemente referida na literatura especializada, escrita na forma:

com os coeficientes a1, b,… obtidos por regressão aplicada a dados experimentais.

• Na maioria dos estudos os ensaios não decorreram o tempo necessário para se alcançar equilíbrio. Muitas das equações

conhecidas são praticamente inúteis.

(18)

b.

b.

Efeito da velocidade m

Efeito da velocidade m

é

é

dia do escoamento de aproxima

dia do escoamento de aproxima

ç

ç

ão e

ão e

da

da

granulometria

granulometria

do material do fundo.

do material do fundo.

Considere-se:

− material do fundo praticamente uniforme (σD < 1,5);

− material de fundo suficientemente grosseiro para não proporcionar a formação de rugas (D50 > 0,6 mm).

Nesse caso, tratando-se de

pilares cilíndricos:

− para valores de U < 0,5Uc não se desenvolvem cavidades de

erosão;

− para valores de U > 0,5Uc, a variação de hse com a velocidade

média do escoamento de aproximação apresenta as seguintes

(19)

com transporte sólido generalizado sem transporte sólido generalizado

U/Uc

0,5 1,0 2,0 4,0

hse

œ hse cresce quase linearmente com U até U = Uc

 para U > Uc, o fundo passa a estar coberto com dunas; a sucessiva

passagem das dunas faz afluir à cavidade quantidades de material

sólido que o sistema de vórtices não consegue remover antes da chegada de nova duna.

(20)

Variação de h

s

com U e com t:

U hs hs t 0,5Uc hse Uc 2U c 4Uc U tequilíbrio

(21)

Admita-se, agora, que o fundo é constituído por

mate-rial fino (D

50

< 0,6 mm).

Nesse caso,

œ começam a formar-se rugas para velocidades ligeiramente

inferiores à velocidade Uc associada a D50 (os grãos mais finos entram em movimento);

 as rugas desempenham um papel semelhante ao das dunas, inibindo o processo erosivo;

ž o valor máximo de hse (para U = Uc) é menor do que o que se observa para materiais mais grosseiros.

O comportamento descrito para pilares cilíndricos foi, em

par-te, confirmado por Dongol (1994) para

encontros de pontes

.

(22)

Dongol (1994) não verificou a hipótese de Hanco (1971) segundo a qual não ocorrem erosões localizadas para U < 0,5Uc. Melville

(1995) sugeriu que, para encontros de pontes, ocorreriam erosões

localizadas para qualquer U > 0.

A hipótese de Hanco foi confirmada por Santos (1998)

.

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 U/Uc L/h=2,00 L/h=5,00 L/h=7,00 hse/L 0,4

(23)

Admita-se, finalmente, que o fundo é constituído por

uma mistura granulométrica (σ

D

> 1,5).

Nesse caso,

tanto para

pilares

como para

encontros

,

œ para U < Uc(D50), as partículas mais finas são transportadas para jusante por efeito do transporte selectivo;

 em consequência disso, o fundo passa a estar coberto por uma camada superficial constituída pelos materiais mais

grosseiros (fenómeno do encouraçamento);

ž a couraça inibe o desenvolvimento da cavidade de erosão para U = Uc(D50);

Ÿ hse deixa de ser máxima para U = Uc(D50). O máximo ocorre para a velocidade de ruptura da couraça, Uca.

(24)

  o efeito da camada de encouraçamento é o seguinte: hse L areia uniforme σD = 2,55 σD = 4,11 2,0 1,0 0,0 0 1 2 3 4 5 U Uc

quanto maior o valor de σD, maior o valor de U/Uc em que

ocorre a ruptura da couraça e menor o primeiro máximo de

hse;

o segundo máximo de hse, correspondente ao leito plano superior, é bastante maior do que para U = Uca.

(25)

c.

c.Efeito da altura do escoamento e das dimensões dos

Efeito da altura do escoamento e das dimensões dos

obst

obst

á

á

culos

culos

Considere-se:

− U/Uc = Cte. Pretendendo-se o valor máximo de hse, tome-se

U/Uc = 1;

− um canal rectangular (KG = 1) em que não ocorra erosão por contracção (NB = 1);

− que o material do fundo do canal é areia (s = Cte = 2,65)

uniforme (σD < 1,5) não compatível com a formação de rugas;

− que ND50 = L/D50 é suficientemente elevado para não influenciar

hse;

(26)

Nessas condições, tem-se:

h

L

h

L

se

= 





ϕ

ou

h

se

=

h

se

(

h L

;

)

– Segundo Kandasamy (1989), a expressão gráfica das relações anteriores é genericamente a seguinte:

C zona 1 B A h D zona 2 zona 3 L = h hse zona 4 L O F G L = a2h h = a1L E

(27)

h

se

/L = ϕ(h/L) para pilares e encontros

(

Kandasamy (1989

)):

pilares L Dp 0 1 2 3 4 5 6 7 h ; h Eq. V. Cunha 0,0 0,5 1,0 hse 2,3Dp = hse 2,3L

œ

De acordo com a figura anterior:

− para obstáculos e pilares em que h/L > 6,

(28)

 As propostas de Kandasamy (1989) foram complementadas por Melville (1992) e por Dongol (1994) para encontros de pontes.

Encontros Melville Dongol Kandasamy

curtos L/h < 1 L/h < 2 L/h < 1/6 médios 1 < L/h < 25 2 < L/h < 100 1/6 < L/h < 70

longos L/h > 25 (a2=25) L/h > 100 (a2=100) L/h > 70 (a2=70) – equações do tipo da equação de Veiga da Cunha (1976)

não têm como assímptota hse/Dp = 2,3 (prevêem profundidades por excesso junto de pilares em que h/L > 6).

h

D

h

D

se p p

=

135

0 3

,

,

(29)

ž Contribuições de Melville e de Dongol para encontros padrão (U/Uc = 1; canais rectangulares; sem efeito de contracção; areia uniforme; D50 > 0,6 mm; L >> D50) 0 2 4 6 8 12 10 20 40 60 80 100 120 0 L/h Dongol Melville

( )

h h L h s e = 2 0 5,

( )

h h L h s e = 2 5 1, 0 3, h h s e = 1 0 hse h

Para encontros curtos:

Segundo Melville: hse = 2L

( )

hse = 175 L 0 9

(30)

d.

d. Efeito do tempo

Efeito do tempo

œA discussão anterior é válida para t ≥ te. Para t < te e nas con-dições de validade da equação

pode postular-se que é válida a equação seguinte:

em que Nt é um parâmetro adimensional que reflecte a influência do tempo.

As equações estabelecidas na literatura da especialidade para pilares cilíndricos têm a forma incompleta:

h

L

h

L

se

= 





ϕ

      = t s ;N L h L ) t ( h

ϕ

( )

t s

N

L

)

t

(

h

ϕ

=

(31)

žAs contribuições existentes de maior prestígio são as seguintes: − Ettema (1980):

em que K1 e K2 são considerados constantes.

− Franzetti et al. (1982): sendo a1 e a2 constantes. − Whitehouse (1997): 2 t 1 s K logN K L ) t ( h + = t 503 L t D N =

υ

[ ]

a2 t 1 se s 1 expa N h ) t ( h − = L Ut Nt =

[ ]

p t se s 1 exp N h ) t ( h − − = Nt = Tt

(32)

Ÿ Cardoso e Bettess (1999) generalizaram as contribuições

anteriores para encontros de pontes mostrando que K1, K2 e a1 dependem de NL = L/h: 716 , 0 L 1

0

,

595

N

K

=

K

2

=

2

,

697

N

L0,564 a1 = 0,015NL0,105 0.01 0.10 1.00 10.00 1.0 10.0 100.0 K1; K2 K2 = 2.697 (N) -0.564 K1 = 0.595 (N) -0.716 NL

(33)

e.

e.

Efeito da forma do obst

Efeito da forma do obst

á

á

culo

culo

œAs contribuições de Kandasamy, de Melville e de Dongol (para t > te)

não têm em consideração os seguintes efeitos:Efeito da forma dos obstáculos (Kf);

Efeito da orientação dos obstáculos (Nθ);

Efeito da contracção da secção do obstáculo (NB);

Efeito da geometria da secção transversal do escoamento (KG); • Efeito da densidade do material do fundo (s).

Estes efeitos são traduzidos por factores correctivos:

(34)

ž O efeito da forma dos obstáculos traduz-se pelo coeficiente:

Ÿ Kf define-se para U/Uc = 1; KG =1; θ = 90º; L << B; s = cte; σD < 1,5; L >> D50.

  Os valores conhecidos de Kf diferem consoante a fonte.

¡ No caso de obstáculos salientes de margens

verifica-se a tendência para se observarem cavidades mais

profundas junto de paredes verticais do que junto de taludes mergulhantes;

a influência da espessura dos obstáculos é praticamente nula;

padrão

obstáculo

num

h

forma

dada

uma

com

obstáculo

num

h

K

se se f

=

(35)

¢ Os valores de Kf são dados em gráficos e tabelas (cf. bibliografia).

£ Segundo Dongol (1994), no caso de obstáculos salientes de mar-gens, o efeito de forma atenua-se à medida que o comprimento

dos obstáculos aumenta.

¤ Dongol 1994 sugeriu as seguintes equações que atendem ao referido efeito:

para L/h < 2 2 < L/h < 25

L/h > 25

¥ em que é o factor de forma corrigido para atender ao efeito do

K

f*

=

K

f

(

)

[

( )

]

K

f*

=

K

f

+

0087 1

,

K

f

05

,

L h

/

1

K

f*

= 1 0

,

(36)

f.

f.

Efeito da orienta

Efeito da orienta

ç

ç

ão do obst

ão do obst

á

á

culo

culo

œ Mantendo inalteradas todas as condições referidas anteriormente e para uma dada forma do obstáculo (com excepção dos pilares cilíndricos), a profundidade de equilíbrio depende de θ:

 O efeito da orientação traduz-se pelo coeficiente Nθ:

90º

ara

p

h

dado

um

ara

p

h

N

se se

=

=

θ

θ

θ θ escoamento θ escoamento

(37)

ž A variação de Nθ com θ para obstáculos salientes de margens tem sido alvo de alguma controvérsia:

Ÿ De acordo com os estudos mais recentes (Kwan (1984) + Kandasamy (1989)), que também são aqueles que decorreram até

0,70 0,80 0,90 1,00 1,10 Nθ 0 30 60 90 120 150 180 Kwan Kandasamy Ahmad Laursen Sastry Zaghloul θ

(38)

  As contribuições de Kwan (1984) e de Kandasamy (1989) foram

confirmadas por Collel e Cardoso (1998).

¡ A sugestão de Melville (1992), segundo a qual se deve adoptar a solução pessimista (Nθ > 1 para θ > 90º) pode ser abandonada.

θ (º)+ 1.10 1.00 0.90 0.80 0.70 0.60 0.50 0.40 0.30 0 30 60 90 120 150 180 Kθ Collel e Cardoso (1998) Kwan (1984) Kandasamy (1985) Nθ

(39)

¢A orientação de obstáculos curtos praticamente não afecta a profundidade das cavidades de erosão. Nθ deve, assim, ser

corrigido para levar em consideração a influência do

comprimento dos obstáculos (Melville (1992)):

para L/h < 1 para 1< L/h < 3 para L/h > 3

1

N

θ*

=

(

1

N

)

[

1

,

5

0

,

5

L

h

]

N

N

θ*

=

θ

+

θ

θ θ

N

N

*

=

(40)

£ Para pilares não cilíndricos, Nθ é, segundo Breusers e Raudkiwi (1991), dado pela figura seguinte:

l/b =

Nθ

θ (º)

(41)

g.

g.

Efeito da contrac

Efeito da contrac

ç

ç

ão da sec

ão da sec

ç

ç

ão do escoamento

ão do escoamento

œ Os resultados apresentados anteriormente só são válidos na au-sência de erosões por contracção.

 A contracção da secção do escoamento é definida por NB:

ž Segundo Melville (1995), para valores de NB tão pequenos como

N = 0,45 ainda não há erosões por contracção.

L

B

N

B L

B

(42)

Ÿ Segundo Breusers e Raudkiwi (1991), a variação da profundidade

de erosão com NB é dada por:

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 0,5 0,0 0,5 1,0 hse + h q2/3 NB

(43)

h.

h. Efeito da geometria da sec

Efeito da geometria da sec

ç

ç

ão transversal do escoamento

ão transversal do escoamento

œGrande parte dos rios aluvionares apresentam secção composta constituída pelo leito principal e pelo leito de cheias.

A quase totalidade das equações de previsão da profundidade de erosão junto de encontros de pontes e de esporões fluviais foram estabelecidas para canais de secção rectangular, sendo por isso, muitas vezes, inadequadas.

žSó muito recentemente se começou a estudar o efeito da geome-tria para canais de secção composta.

(44)

Ÿ Os encontros de pontes podem ser de três tipos:

  O tipo I corresponde a canais rectangulares, apresentado

anteriormente. O tipo II foi estudado por Dongol (1994), por

Melville (1995) e por Santos (1998). O tipo III foi estudado por Cardoso e Bettess (1999).

tipo III (a)

tipo II tipo III (b)

(45)

¡ A profundidade de erosão em encontros do tipo II pode obter--se multiplicando a que se obtém para os de tipo I (para uma altura do escoamento igual à do canal principal) pelo coeficiente

KG dado por:

em que:

é o caudal interceptado (no leito principal e no de cheias); − Qr é o caudal que passaria numa secção rectangular com

largura L (comprimento do obstáculo) e altura igual à do escoa-mento no leito principal.

¢ KG foi obtido considerando que a cavidade de erosão garante a capacidade de transporte subtraída pela existência do

encontro. r i G

Q

Q

K

=

Q

i

(46)

46

£considerando:

• a situação a seguir esquematizada:

h hc

L Bc

que a equação de Manning é válida para o cálculo das velocidades

no leito de cheias e no leito principal;

o raio hidráulico igual à altura do escoamento;

J leito de cheias = J leito principal;

(47)

¤ vem:

Se se adoptar n = nc, vem:

em que n e nc são os coeficientes de Manning do leito principal e do leito de cheias, respectivamente.

¥ A validade das equações anteriores foi recentemente

confirma-da em Auckland.

=

c 3 / 5 c c G

n

n

h

h

1

L

B

1

K

=

3 / 5 c c G

h

h

1

L

B

1

K

(48)

z Não impondo que a transição entre os leitos seja fixa, Santos (1998) mostrou que é válida a equação:

5 , 1 3 / 5 c c G

h

h

1

L

B

1

K





=

Bc/L=0,500 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 0 1 2 3 4 5 6 7 h/hc KG Bc/L=0,714

(49)

i.

i. Efeito da densidade do material do fundo

Efeito da densidade do material do fundo

œAté aqui admitiu-se que o material do fundo é areia, isto é, que a

respectiva densidade é 2,65.

Por vezes recorre-se à modelação física para caracterizar a profundidade de erosão junto de estruturas de grande envergadura

e importância.

žNos modelos físicos é frequente utilizarem-se materiais com

densidades diferentes da densidade da areia.

ŸA caracterização da influência da densidade reveste-se, assim, de

grande importância.

 A priori, parece razoável admitir que

(50)

¡ Não se conhecem estudos sistemáticos válidos para

densidades diferentes da densidade da areia.

¢ Admitindo que U/Uc = cte. (> 0,5), Kf = cte.; Nθ = cte.; NB > 0,4, KG = cte, pode postular-se que a influência de s se traduz esquematicamente pela figura seguinte:

L L h h s1 s2 sn hse s1 > s2 > ..sn

£ Vão iniciar-se na UBI estudos para caracterizar a influência da

(51)

S

S

í

í

ntese

ntese

As erosões localizadas podem ser calculadas multiplicando

por factores correctivos a profundidade de equilíbrio que se

obtém para obstáculos padrão (pilares cilíndricos ou paredes

finas verticais, enraizadas na margem e perpendiculares à

direcção do escoamento) e para a situação mais

(52)

Tratando-se de pilares cilíndricos, recomendam-se as

equações de Veiga da Cunha (h/D

p

< 6) e de Kandasamy

para calcular a profundidade de equilíbrio “padrão”.

No caso de encontros de pontes, recomendam-se as

equações de Dongol e de Melville para o mesmo efeito.

As soluções de Kandasamy, de Dongol e de Melville

traduzem curvas envolventes máximas.

(53)

Os factores correctivos devem atender aos seguintes efeitos:

œvelocidade do escoamento de aproximação para 0,5 < U/Uc < 1;

granulometria do material do fundo para D50 < 0,6 mm e σD > 1,5;

žforma dos obstáculos (Kf);

Ÿorientação dos obstáculos (Nθ);

 contracção da secção do escoamento (NB);

¡geometria da secção transversal do escoamento (KG);

(54)

Para encontros de pontes (a iniciar-se na UBI):

œobtenção de hse = f (L,h) para 2 < L/h < 100, situação em que

as previsões de Dongol e de Melville são diferentes;

caracterização da função hse = f (h,L,s) para U = Uc.

Necessidades de investiga

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