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(1)

22/10/2020

Número: 5005039-51.2020.4.03.6181

Classe: PEDIDO DE BUSCA E APREENSÃO CRIMINAL Órgão julgador: 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo Última distribuição : 18/09/2020

Valor da causa: R$ 0,00

Processo referência: 5004969-34.2020.4.03.6181

Assuntos: Crimes de "Lavagem" ou Ocultação de Bens, Direitos ou Valores Segredo de justiça? SIM

Justiça gratuita? NÃO

Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO

Partes Procurador/Terceiro vinculado

(PF) - POLÍCIA FEDERAL (REQUERENTE)

ADALTO ISMAEL RODRIGUES MACHADO (REQUERENTE) GERARDO MAGELA LIMA JUNIOR (REQUERENTE) INDETERMINADO (ACUSADO) Documentos Id. Data da Assinatura Documento Tipo 38904 015 18/09/2020 19:15 Manifestação Manifestação

(2)

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

PROCURADORIA DA REPÚBLICA EM SÃO PAULO

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA 2ª VARA CRIMINAL FEDERAL – 1ª SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO.

Autos nº: 5005039-51.2020.4.03.6181. OPERAÇÃO DESCARTE – 13ª fase.

Inquérito Policial ePol nº: 2020.0093054-SR/PF/SP.

O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, por meio do

Procurador da República que esta subscreve, no uso de suas atribuições constitucionais e legais, vem, perante Vossa Excelência, expor e requerer o quanto segue.

Trata-se de Representação, formulada pelo Delegado de Polícia Federal Adalto Ismael Rodrigues Machado, na qual representa pelas seguintes medidas:

(i) A expedição de mandados de busca e apreensão

nos endereços de JOSÉ RADOMYSLER, MARCELO RADOMYSLER, RICARDO RADOMYSLER, AGOSTINHO IENTILE JÚNIOR, bem como na pessoa jurídica ALLIED TECNOLOGIA S.A., CNPJ 20.247.322/0001-47, com

endereço na Avenida das Nações Unidas, 12.995, 22º Andar, - Brooklin, São Paulo – SP.

(3)

(ii) A decretação da suspensão da função pública

do Agente de Fiscalização da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo AGOSTINHO IENTILE JÚNIOR, com determinação de apreensão de sua carteira funcional e proibição de acesso aos postos fiscais e imóveis da Secretaria da Fazenda (salvo para eventualmente proceder a entrega de sua carteira funcional) e bloqueio dos sistemas a que ele tiver acesso.

(iii) O compartilhamento das provas eventualmente

obtidas com outros inquéritos tombados no âmbito da denominada “Operação Descarte”, com a Receita Federal do Brasil, com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo e com a Corregedoria-Geral da Administração do Governo do Estado de São Paulo para a instauração de procedimentos fiscais e disciplinares.

(iv) a decretação de sigilo absoluto até a data da

deflagração ostensiva da presente Operação, oportunidade na qual o sigilo deverá ser levantado.

(4)

Ademais, o representante requer a dispensa de comunicação prévia da medida de busca e apreensão a outros Juízos, bem como a autorização expressa para acessar o conteúdo de quaisquer dispositivos eletrônicos que sejam apreendidos, inclusive autorização para que no decorrer a diligência possam ser acessados os dados pelos policiais que estiverem cumprindo o mandado, inclusive os dados em nuvem. Por fim, requer que os mandados de busca e apreensão sejam acompanhados por servidores da RFB e que seja autorizado o arrombamento de portas e cofres eventualmente existentes nos endereços caso os investigados se recusem a abri-los, bem como a devolução de materiais apreendidos que não sejam relacionados ao objeto da Operação.

É a síntese da representação.

I-) DO BREVE CONTEXTO DAS INVESTIGAÇÕES

Após a deflagração da 1ª fase da denominada “Operação Descarte”, descortinou-se a existência de uma organização criminosa, chefiada por LUIZ CARLOS D'AFONSECA

CLARO e GABRIEL SILVEIRA D'AFONSECA CLARO, especializada na

prática dos crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e corrupção ativa e passiva, dentre outros.

(5)

Inicialmente, verificou-se que LUIZ CARLOS CLARO e

GABRIEL CLARO, juntamente com seus subordinados LUIS ROBERTO

CLARO DE OLIVEIRA, JOSÉ LUIZ NASCIMENTO DE SOUZA, GIL ROBERTO e INALDO MOTA, operavam diversas empresas de fachada em nome de “laranjas”, as quais eram utilizadas para emissão de notas fiscais “frias” para pessoas interessadas na utilização do esquema delituoso de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e corrupção ativa e passiva, dentre outros crimes.

Posteriormente, após a deflagração da denominada “Operação Chiaroscuro”, LUIZ CARLOS CLARO e GABRIEL CLARO celebraram acordo de delação premiada com o MINISTÉRIO PÚBLICO

FEDERAL, o qual foi submetido a homologação deste Juízo e permitiu

o avanço das investigações, com a identificação de novos crimes, bem como dos coautores dos delitos, com a especificação das funções de cada partícipe.

No tocante ao modus operandi utilizado para a prática dos crimes e em relação às empresas utilizadas, descortinou-se que LUIZ CARLOS CLARO e GABRIEL CLARO eram responsáveis pela administração de diversas empresas “noteiras”, as quais possuíam o propósito principal de fornecer documentação fiscal e contábil (notas fiscais) da ficta prestação de serviços ou venda de mercadorias para empresas clientes. Noutros casos,

LUIZ CARLOS CLARO e GABRIEL CLARO possuíam certa ascendência ou

parceria sobre algumas empresas que forneciam eventualmente a documentação necessária para os crimes investigados.

(6)

Nesse sentido, GABRIEL CLARO detalhou o procedimento desde o fechamento do “negócio” até a entrega do dinheiro. Nas suas palavras:

A) a empresa "cliente" fechava negócio fundamentalmente com o pai do COLABORADOR;

B) o COLABORADOR passava a controlar do ponto de vista financeiro a operação valendo-se dos funcionários ROBERTO (BETO), GILBERTO, JOSE LUIS, INALDO;

C) GILBERTO preparava a proposta, faturamento de mercadorias fictícias e notas fiscais que eram encaminhadas ao "cliente";

D) o "cliente" pagava o valor da nota fiscal;

E) o valor correspondente ao pagamento feito pelo cliente era encaminhado para contas bancárias de terceiros, sendo que essas contas eram indicadas por HÉLIO APARECIDO MOTA, pessoa encarregada de angariar o dinheiro (em espécie) junto à região do Brás, na 25 de março e também com doleiros (segundo HÉLIO comentou), mediante comissão de 2,5% no começo e depois 2%. O funcionário encarregado dessa tarefa era ROBERTO CLARO (BETO). Destaca o COLABORADOR que em um determinado momento, devido à demanda, também se utilizou dos prestamos de um doleiro de nome VINI;

(7)

F) HÉLIO fazia a entrega do dinheiro no escritório seja na pessoa do COLABORADOR ou, na maioria das vezes, na pessoa do funcionário JOSE LUIS;

G) a quantia era retirada no escritório pelo "cliente" (ou portador), seja com o COLABORADOR, LUIZ CARLOS ou JOSE LUIZ, sendo que às vezes para determinados "clientes" o COLABORADOR fez a maioria das entregas de valores. JOSE LUIZ e GILBERTO também fizeram algumas entregas em determinados "clientes".

No âmbito do escritório CLARO ADVOGADOS, os colaboradores detalharam as pessoas que participavam habitualmente dos delitos sob investigação, segundo descrito por GABRIEL CLARO:

a) LUIS ROBERTO CLARO DE OLIVEIRA: atuava na INTERCONSULT no financeiro na função equivalente de "gerente", acompanhando os pagamentos, as movimentações bancárias e autorizando os pagamentos. Em 2018 mudou-se para o prédio novo da CLARO ADVOGADOS junto com GILBERTO e INALDO.

b) JOSÉ LUIZ NASCIMENTO DE SOUZA: Inicialmente atuava na área de faturamento para as empresas "clientes" na INTERCONSULT. Assim que o prédio da CLARO ADVOGADOS ficou pronto, mudou-se para atender na recepção

(8)

juntamente com a recepcionista Ana Patrícia. JOSE LUIZ também recebia e separava os valores em espécie (que eram entregues no escritório) e também fazia entregas de valores a alguns clientes.

c) GIL ROBERTO (GIL / GIBA): Era o encarregado de elaborar os “projetos” onde se evidenciava o ganho financeiro na operação em benefício do "cliente"; elaborava e alimentava as planilhas financeiras (controle financeiro) e também fazia entrega de valores em espécie para alguns clientes.

d) INALDO MOTA: Atuava no financeiro como assistente de ROBERTO; verificava os extratos de contas, fazia pagamentos, TED's bancárias e também elaborava planilhas de controle financeiro.

Outrossim, GABRIEL CLARO especificou quais eram as empresas que foram utilizadas pelos colaboradores (LUIZ CARLOS e

GABRIEL) na qualidade de controladores (sócios de fato), apesar de

constarem interpostas pessoas como sócios formais: ALFACOM S/A; TALKITA; TEDRIVE; FORTUNION; QUALITY; RODART; VMP; BORAPACK. Ainda, os colaboradores mencionaram que tais empresas estavam registradas no nome dos seguintes “laranjas” profissionais, os quais eram remunerados pelo empréstimo dos seus nomes: DANIELA APARECIDA DAS DORES, MARCUS RICHETTI, MARCO ANTÔNIO RICCI, HÉLIO APARECIDO CLEMENTINO e DAVI DE QUEIROZ CLEMENTINO.

(9)

Além dessas empresas, GABRIEL CLARO esclareceu quais eram as empresas que foram utilizadas eventualmente pelos colaboradores em parceria com os controladores dessas empresas, que forneceriam a documentação solicitada e em contrapartida recebiam o pagamento de “taxas”. Parte considerável dessas empresas era controlada por CARLOS ROBERTO PEREIRA, vulgo “CARLÃO”, FABIO CLARO FIGUEIRA DE MELO, LEONARDO TOCUNDUVA DE TOLEDO ANTENOR, IVANILDO JOSÉ DO NASCIMENTO e CARLOS ALBERTO DA SILVA.

Sob outro vértice, GABRIEL CLARO mencionou em sua delação premiada que foram utilizados os serviços dos doleiros HELIO APARECIDO XAVIER DA MOTA e VINICIUS PAES DE FIGUEIREDO, vulgo “VINI” para obtenção de valores em espécie, mediante o pagamento de percentual sobre o total da operação.

Em regra, a sistemática do “serviço” prestado pelos “doleiros” era a seguinte: após receberem a transferência de valores dos clientes dos projetos ilícitos da CLARO ADVOGADOS,

GABRIEL CLARO ou algum dos funcionários do escritório contactavam

os “doleiros” os quais indicavam as contas para as quais deveriam ser realizadas as transferências ou entregavam boletos para pagamento. Os valores eram transferidos/pagos e, em alguns dias, o dinheiro era entregue na CLARO ADVOGADOS, mediante remuneração calculada com base no total da operação.

(10)

Nesse contexto, a presente fase da “Operação Descarte” visa apurar o uso do esquema delituoso acima narrado pelos responsáveis pela empresa ALLIED TECNOLOGIA

S.A.

II-) DA CRONOLOGIA DOS FATOS RELEVANTES REFERENTE A ESTA FASE.

Em relação aos fatos relativos à presente investigação, LUIZ CARLOS CLARO revelou que conhecia e possuía relacionamento social com AGOSTINHO, que era “fiscal da Receita Estadual do Estado de São Paulo”, lotado na unidade Butatã e que fora inclusive seu vizinho num apartamento na Rua Gomes de Carvalho, Vila Olímpia, São Paulo.

Ademais, LUIZ CARLOS CLARO afirmou que, numa determinada ocasião, AGOSTINHO foi no escritório da CLARO

ADVOGADOS e lhe solicitou a elaboração de um “projeto” para a

geração de recursos em espécie para a empresa ALLIED TECNOLOGIA

S.A, haja vista que LUIZ CARLOS CLARO mencionara anteriormente que

poderia ajudá-lo caso houvesse qualquer necessidade.

LUIZ CARLOS CLARO, então, ponderou que precisaria

marcar uma reunião com um representante da ALLIED para que pudesse “entender” melhor a situação e desenvolver o “projeto” de geração de recursos em espécie.

(11)

Foi então realizada uma reunião na CLARO ADVOGADOS entre LUIZ CARLOS CLARO e RICARDO RADOMYSLER, representante da

ALLIED. Após o acerto sobre os valores do “projeto”, LUIZ CARLOS CLARO informou a RICARDO RADOMYSLER que GABRIEL CLARO gerenciaria

a execução do “projeto”, contando com o auxílio de outros funcionários da CLARO ADVOGADOS.

Na sequência, LUIZ CARLOS CLARO apresentou RICARDO

RADOMYSLER a GABRIEL CLARO. Na ocasião, RICARDO RADOMYSLER

mencionou que os recursos em espécie seriam utilizados para pagamento ao fiscal AGOSTINHO, em razão de alguma mudança na legislação tributária referente a ST do ICMS, que atingia o setor de tecnologia, setor da ALLIED.

Nesse contexto, GABRIEL CLARO desenvolveu o “projeto” a partir da simulação da realização de um contrato de prestação de serviços advocatícios pela CLARO ADVOGADOS. Além disso, GABRIEL CLARO mencionou que RICARDO RADOMYSLER o procurou outras vezes com a mesma finalidade e que foram realizadas diversas operações de geração de recursos em espécie para atender

RICARDO RADOMYSLER, mediante a utilização também da empresa LPB EMPRESARIAL E PARTICIPAÇÕES LTDA (empresa de GABRIEL CLARO),

mediante a simulação de serviços de assessoria tributária (contratos assinados por RICARDO RADOMYSLER e MARCELO RADOMYSLER). Revelou, ainda, que os recursos eram entregues na sede da ALLIED, no edifício Robocop e que jamais prestaram qualquer serviço de fato para a empresa ALLIED.

(12)

Outrossim, GABRIEL CLARO revelou que DIRCE, que aparentemente era secretária de RICARDO RADOMYLSLER, era a responsável pela recepção do dinheiro na ALLIED e que ela guardava o numerário que ele lhe entregava num cofre, na sede da empresa. Ademais, revelou que também foram realizadas entregas de dinheiro noutro endereço da família RADOMYSLER, localizado nas proximidades da Avenida Paulista.

Anos após as operações delituosas para geração de recursos em espécie, com a deflagração da denominada “Operação Descarte”, RICARDO RADOMYSLER e JOSÉ RADOMYSLER procuraram LUIZ

CARLOS CLARO em razão de fiscalização da Receita Federal na ALLIED

por causa da simulação de serviços acima descrita.

Foram, então, realizadas reuniões entre LUIZ CARLOS

CLARO e DANILO GRINET pela CLARO ADVOGADOS e RICARDO RADOMYSLER e JOSÉ RADOMYSLER pela ALLIED com a finalidade de “apresentarem uma

roupagem legal para a fiscalização da Receita Federal”, mediante a elaboração de documentos ideologicamente falsificados para conferir maior aparência de licitude às operações simuladas.

A autoridade policial realizou diligências e identificou diversos elementos de corroboração no material apreendido na busca e apreensão efetuada na CLARO ADVOGADOS, bem como na representação fiscal apresentada pela Receita Federal.

(13)

III-) DA COMPETÊNCIA DESTE JUÍZO

Inicialmente, de rigor o reconhecimento da competência deste Juízo para o processamento do presente feito, haja vista que os fatos sob apuração foram melhor elucidados por meio das colaborações de LUIZ CARLOS CLARO e GABRIEL CLARO e versam sobre fatos investigados a partir da busca e apreensão efetuada na 1ª fase da Operação “Descarte”.

De fato, a presente representação versa sobre um desdobramento da 1ª Fase da “Operação Descarte”, haja vista que os valores utilizados para a prática dos crimes em apuração foram operacionalizados pela organização criminosa de LUIZ CARLOS CLARO e GABRIEL CLARO, conforme narrado no tópico referente aos fatos relevantes. Assim, o presente feito somente foi autuado em apartado para evitar que o processo ficasse com um número excessivo de investigados, consoante faculta o art. 80 do Código de Processo Penal, uma vez que diversas pessoas utilizaram o esquema delituoso.

Não bastasse, dentre os crimes investigados estão o de organização criminosa para a prática de crimes federais (sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, etc.), corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e uso de documento falso perante a Receita Federal (eventualmente obstrução de Justiça) o que evidentemente atrai a competência da Justiça Federal.

(14)

Outrossim, todos os crimes foram cometidos em São Paulo, o que torna evidente a competência da Justiça Federal de São Paulo, bem como a prevenção deste Juízo.

IV-) DA BUSCA E APREENSÃO

Com fundamento no conjunto probatório amealhado, a autoridade policial requer a expedição de MANDADOS DE BUSCA E

APREENSÃO nos endereços de JOSÉ RADOMYSLER, MARCELO RADOMYSLER, RICARDO RADOMYSLER, AGOSTINHO IENTILE JÚNIOR bem

como na pessoa jurídica ALLIED TECNOLOGIA S.A., CNPJ 20.247.322/0001-47, com endereço na Avenida das Nações Unidas, 12.995, 22º Andar, - Brooklin, São Paulo – SP.

As buscas devem ser deferidas.

Após a realização de diligências, a autoridade policial encontrou diversos elementos de prova que corroboram o relato dos colaboradores, bem como que aprofundam as investigações e indicam possíveis partícipes até então desconhecidos.

(15)

Assim, inicialmente verifica-se que a delação dos colaboradores, as diligências encetadas pela Polícia Federal e as provas coligidas aos autos convergem e demonstram de maneira robusta indícios dos crimes de organização criminosa (CLARO ADVOGADOS), sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, bem como corrupção ativa e corrupção passiva e uso de documento falsificado perante a Receita Federal.

De início, ao analisar os dados obtidos na busca e apreensão efetuada nos colaboradores LUIZ CARLOS CLARO e GABRIEL

CLARO em fases anteriores da “Operação Descarte”, a autoridade

policial localizou o cadastro do contato de “AGOSTINHO” e telefones em nomes de terceiros (atitude comum de contra-inteligência), no material apreendido na CLARO ADVOGADOS durante

(16)

Saliente-se, por oportuno, que LUIZ CARLOS CLARO efetuou o reconhecimento do fiscal AGOSTINHO quando apresentado registro fotográfico do suspeito na sede da Polícia Federal.

Outrossim, também foi encontrada no material obtido na busca e apreensão uma pasta denominada “contatos Claro Advogados” e em seu interior o arquivo “google.csv” com diversos contatos não estruturados1. As linhas 24 e 25 do arquivo possuem os

seguintes dados:

1Pode ser que na recuperação de dados das mídias eles não tenham sido recuperados na sua integralidade ou sem a formatação original.

(17)

No endereço que consta na planilha acima colada funciona o Posto Fiscal do Tatuapé da Fazenda Estadual, enquanto o telefone destacado está em nome de AGOSTINHO IENTILE JUNIOR. Ademais, ao final do texto daquela célula da planilha, consta ainda “ALLIEDE” e “DIRCE”. Essas informações confirmam a relação entre a CLARO ADVOGADOS e AGOSTINHO IENTILE JUNIOR, como também entre eles e a empresa ALLIED, representada pela diretora DIRCE2.

Ademais, conforme informação policial nº 144/2020, foram identificados o recebimento de R$ 996.550,14 entre 15/06/2011 e 09/01/2013 pela CLARO ADVOGADOS oriundos da empresa

ALLIED. A última transferência, no valor de R$ 232.695,47, foi

referente à Nota Fiscal nº 128, de 09/01/2013, da CLARO ADVOGADOS, conforme f. 671 do processo administrativo 15983.720196/2018-41.

Saliente-se que, conforme modus operandi descortinado na “Operação Descarte”, todos esses valores foram transferidos em seguida para as empresas noteiras controladas por LUIZ CARLOS

CLARO e GABRIEL CLARO (ALFACOM, TALKITA, TECLAS, BIOVALLY e MEDIX)

o que demonstra a evidente intenção de pulverizar os valores para dificultar seu rastreamento e ocultar a sua origem.

2DIRCE quem recebeu algumas das parcelas em dinheiro foi identificada como uma das diretoras da ALLIED.

(18)

Além disso, conforme consta de documentos apreendidos na CLARO ADVOGADOS, como também dos procedimentos fiscais encaminhados pela Receita Federal, foram encontrados diversos lançamentos para a ALLIED nas planilhas referente ao controle do dinheiro recebido dos doleiros e entregues pela CLARO

ADVOGADOS aos seus clientes, denominada “VINHOS.xlsx”. Segue

exemplo, com o lançamento da saída de R$ 119.630,00:

Conforme salientado pela autoridade policial, os metadados dessa planilha demonstram que o arquivo foi criado em agosto de 2012 e última movimentação em setembro/2014 e era JOSÉ LUIZ, funcionário da CLARO ADVOGADOS, quem fazia esse controle:

(19)

Outrossim, GABRIEL CLARO mencionou que teria feito a entrega de dinheiro no Edifício Robocop (Plaza Centenário), o que confirma-se em razão da ALLIED possuir endereço na Av. das Nações Unidas, 12.995, no 22º andar, Brooklin, São Paulo, SP, conforme informações do seu sítio na internet3:

Não bastasse, nas planilhas apreendidas nos arquivos digitais da CLARO ADVOGADOS, também foi encontrado controle de despesas operacionais em dinheiro, na qual consta registro de gastos com a entrega de dinheiro na sede da ALLIED, por exemplo, estacionamento em fevereiro de 2015, conforme segue:

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Outro exemplo que corrobora o relato dos colaboradores e robustece os elementos de prova, são as planilhas com as despesas de almoço do funcionário JOSÉ LUIZ por ocasião de uma das entregas realizadas em maio de 2014, conforme segue:

Além disso, em consonância com o relato dos colaboradores, foram apresentadas à Fiscalização Federal duas atas de reuniões falsificadas, datadas de 29/04/2013 e 25/10/2013, em que são apresentados “resumos de entendimentos e providências”, com o intuito de dar aparência de legalidade às transações simuladas pela CLARO ADVOGADOS para o pagamento de propina pela

ALLIED ao fiscal AGOSTINHO.

Tais documentos foram forjados (são ideologicamente falsos) por representantes da CLARO ADVOGADOS e da

ALLIED, conforme conversa entre DANILO GRINET e RICARDO RADOMYSLER4:

(21)

A conversa acima citada foi descoberta no aparelho de DANILO GRINET apreendido na 2ª fase da “Operação Descarte”, denominada “Operação Chiaroscuro” e demonstra a trama delituosa que culminou na apresentação de documentos falsificados perante a Receita Federal do Brasil.

De maneira similar, foram apresentados cinco contratos entre a LPB EMPRESARIAL e a ALLIED, com datas entre 01/03/2013 e 02/07/2015, para tentar justificar os valores pagos pela ALLIED. No entanto, a LPB não possuía nenhum empregado além do seu sócio em 2013, conforme GFIP e DIPJ entregues à Receita Federal, e, conforme declarado por seu dono GABRIEL CLARO, nenhum serviço foi efetivamente prestado para a ALLIED, sendo totalmente falsos tais documentos e quaisquer outros apresentados ao Fisco Federal.

(22)

Saliente-se que a trama delituosa urdida para ludibriar o Fisco e embaraçar a investigação (considerando que a identificação de crimes pela Receita Federal fatalmente culminaria na apresentação de RFFP ou RFP ao MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL) está muito bem descrita na Representação Fiscal para Fins Penais – Processo Administrativo nº 15983-720160/2019-48.

Aliás, a representação para fins penais encaminhada pela Receita Federal ao Ministério Público Federal por meio do ofício 003/2019, da Equipe Regional de Fiscalização da “Operação Descarte”, em consonância com decisão dessa 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo que determinou o compartilhamento e informações, relatórios e outros dados e documentos produzidos e obtidos por meio da atuação da Receita Federal do Brasil em desfavor das pessoas físicas e jurídicas investigadas nos autos nº 0013959-41.2016.403.6181 (Operação Descarte) também corrobora o relato dos colaboradores.

Em síntese, a Representação para Fins Penais da Receita Federal aduz que a ALLIED foi fiscalizada em razão dos pagamentos efetuados para as empresas CLARO ADVOGADOS e LPB

EMPRESARIAL, empresas ligadas a LUIZ CARLOS CLARO e GABRIEL CLARO

e que a conclusão foi a de que esses pagamentos decorrem de operações simuladas, que serviram para a geração de dinheiro em espécie e para majorar o custo e despesas da empresa, diminuindo o base de cálculo dos tributos federais IRPJ e da CSLL.

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Outrossim, consta que os responsáveis pela ALLIED que assinaram os contratos fictícios com a CLARO ADVOGADOS e a LPB

EMPRESARIAL foram RICARDO RADOMYSLER, MARCELO RADOMYSLER e JOSE

MILTON CARMAN MELO.

Por fim, os recursos em espécie para o pagamento de propina ao fiscal AGOSTINHO foram gerados pelo “doleiro” HELIO, o qual já sofreu busca e apreensão na “Operação Chorume”, 7ª fase da “Operação Descarte”.

De fato, os recursos eram pulverizados, após ingressarem nas contas da CLARO ADVOGADOS e LPB, em contas de empresas de “fachada” controladas por LUIZ CARLOS CLARO e GABRIEL

CLARO, conforme já mencionado anteriormente. Na sequência, o

dinheiro era encaminhado a uma conta de alguma empresa indicada pelo “doleiro” HÉLIO, que cobrava um percentual entre 2.5% e 2% e entregava o dinheiro na CLARO ADVOGADOS.

A título exemplificativo, no mês de fevereiro/2014, há a entrada de cerca de R$ 7,2 milhões em dinheiro originados por HELIO, identificado como “GAS (H)” na planilha de controle de dinheiro denominada VINHOS, apreendida na

(24)

Na mesma planilha, logo abaixo, constam as saídas de dinheiro, dentre elas a referente a ALLIED, conforme segue:

(25)

Isso demonstra que os valores recebidos e distribuídos em dinheiro nesse caso tiveram por origem o doleiro HELIO APARECIDO XAVIER DA MOTA.

Por fim, saliente-se que os pagamentos simulados entre a ALLIED e a LPB totalizaram R$ 3.343.716,81 (três milhões trezentos e quarenta e três mil setecentos e dezesseis reais e oitenta e um centavos), segundo apurado até o momento, considerando o período de 2013 a 2015. Já os pagamentos simulados entre a ALLIED e a CLARO ADVOGADOS totalizaram R$ 996.550,14 (novecentos e noventa e seis mil quinhentos e cinquenta reais e quatorze centavos) entre 15/06/2011 e 09/01/2013, segundo apurado até o momento.

Desta forma, verifica-se que o relato dos colaboradores foi corroborado por diversas provas, sendo certo que existem fortes indícios a respeito do pagamento de propina por parte de JOSÉ RADOMYSLER, RICARDO RADOMYSLER e MARCELO RADOMYSLER (controladores da ALLIED na época dos fatos) ao Agente de Fiscalização da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo

AGOSTINHO IENTILE JÚNIOR, de maneira dissimulada e operacionalizada pela CLARO ADVOGADOS.

(26)

Com efeito, MARCELO RADOMYSLER e RICARDO

RADOMYSLER eram diretores da ALLIED - posteriormente integrantes

do Conselho de Administração juntamente com JOSÉ RADOMYSLER - e assinaram os contratos fictícios com a CLARO ADVOGADOS e LPB. Além disso, RICARDO RADOMYSLER negociou a geração de recursos em espécie com LUIZ CARLOS CLARO. Por fim, quando os pagamentos fictícios foram questionados pela Receita Federal, RICARDO

RADOMYSLER e JOSÉ RADOMYSLER reuniram-se com LUIZ CARLOS CLARO

para forjar documentos (os quais efetivamente foram falsificados e usados perante o Fisco) para justificar as operações simuladas e evitar a representação fiscal para fins penais.

Nesse contexto, verifica-se ser medida necessária a expedição de mandados de busca e apreensão nas pessoas físicas e jurídicas investigadas no presente feito, com a finalidade de realizar um exame mais profundo dos fatos e melhor direcionar as investigações.

Enfim, o conjunto probatório juntado aos autos demonstra a existência de indícios robustos sobre a participação das pessoas físicas e jurídicas acima mencionadas nos delitos sob investigação.

(27)

Demonstrados os indícios de prova contra os investigados, cumpre asseverar que o art. 240 do CPP dispõe que:

“Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal.

§ 1° Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para:

a) prender criminosos;

b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;

c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos; d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso; e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou

à defesa do réu;

f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o

(28)

conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato;

(…)

h) colher qualquer elemento de convicção.”

No contexto das investigações é de vital importância buscar objetos que possam refletir a verdade e ajudar a elucidação dos fatos, tais como hard disks (HD's) de computadores e

smartphones, anotações, bilhetes, planilhas, swifts, dinheiro em

espécie, pois há fortes indícios dos crimes sob investigação. Cumpre destacar que o direito constitucional de inviolabilidade de domicílio não é absoluto e deve ser flexibilizado diante do interesse público consubstanciado na apuração de infração penal, sendo pacífico na doutrina e na jurisprudência que o interesse privado deve ceder diante do interesse público.

Nesse contexto, a cautelar requerida é absolutamente essencial para o aprofundamento da apuração dos crimes cometidos pelos investigados, haja vista que tais crimes são essencialmente documentais.

(29)

Em relação às pessoas físicas, a medida é de rigor no endereço dos envolvidos, haja vista que pode-se localizar dados que reforcem a prova dos crimes praticados, bem como pode-se recuperar parcialmente o produto do crime (exemplificadamente, em relação aos fiscal da Secretaria da Fazenda que recebeu valores em espécie.

Em relação à ALLIED TECNOLOGIA S.A., verifica-se que a medida se justifica por ser local de entrega e custódia de valores e local de trabalho dos investigados, razão pela qual pode conter elementos de prova importantes para o deslinde do feito, como planilhas, anotações, HD's, e-mails, etc.

Por oportuno, em caso de deferimento requer-se autorização para acesso ao conteúdo de quaisquer dispositivos eletrônicos apreendidos (mesmo na nuvem), bem como autorização para arrobar cofres e portas caso os investigados se recusem a abri-los. Importante ressaltar que caso esse Juízo não defira esta medida cautelar, referidos itens poderão ser destruídos ou ocultados, fato que acarretaria enormes prejuízos a esta investigação.

(30)

Dessa forma, presentes os requisitos autorizadores da medida, o fumus boni iuris e o periculum in mora, deve a medida ser deferida por este juízo, de modo que sejam apreendidos objetos que possam auxiliar na elucidação dos fatos e responsabilização dos culpados, ou colhido qualquer outro elemento de convicção relevante à investigação.

Por fim, tendo em vista a existência de procedimentos fiscais correlatos, requer que Vossa Excelência

autorize o acompanhamento das buscas por servidores da Receita Federal.

V-) DO AFASTAMENTO DA FUNÇÃO PÚBLICA

A autoridade policial pugnou pelo afastamento das funções públicas em relação ao Agente de Fiscalização da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo AGOSTINHO

IENTILE JÚNIOR, com determinação de apreensão de sua carteira

funcional e proibição de acesso aos postos fiscais e imóveis da Secretaria da Fazenda (salvo para eventualmente proceder a entrega de sua carteira funcional) e bloqueio dos sistemas a que tiver acesso.

(31)

De fato, as provas até o momento colhidas indicam que AGOSTINHO não cometeu apenas um delito isoladamente. Pelo contrário, existem indícios de seu atuar criminoso de maneira habitual em benefício da empresa ALLIED, o que demonstra a necessidade de seu afastamento cautelar.

Não bastasse, no exercício de suas funções,

AGOSTINHO tem acesso aos sistemas internos da Secretaria da

Fazenda do Estado de São Paulo, o que poderia comprometer o êxito e sucesso das investigações.

Nesse contexto, o art. 319 do Código de Processo Penal prevê a suspensão da função pública como medida cautelar diversa da prisão para evitar o uso da função pública para a prática de crimes, exatamente como ocorre no presente feito.

De fato, dispõe o art. 319, VI, CPP:

Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:

VI – suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais.

(32)

Assim, existindo fortes indícios de que

AGOSTINHO cometeu delitos de corrupção passiva e lavagem de

dinheiro de maneira reiterada, atuando na qualidade de funcionário público, de rigor seu afastamento, eis que demonstrado o risco do uso da função para prática de crimes.

Ademais, como mencionado, o afastamento justifica-se para evitar que AGOSTINHO interfira na investigação por meio dos sistemas informatizados da Secretaria de Fazenda, o que também é possível como medida subsidiária à prisão e suficiente, no momento, para acautelar o processo.

Dessa forma, considerando que existem fortes indícios da prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por parte de AGOSTINHO, de rigor o seu afastamento da função pública, seja para evitar a prática de novos delitos seja para evitar que atrapalhe as investigações e tenha acesso a informações sensíveis.

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VI-) DOS DEMAIS REQUERIMENTOS

Pugna a autoridade policial pelo compartilhamento da prova a ser obtida com a RECEITA FEDERAL, com a SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO e com a CORREGEDORIA-GERAL DA ADMINISTRAÇÃO DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO e pela decretação do sigilo absoluto dos autos até a eventual deflagração da Operação, ocasião na qual o sigilo deverá ser levantado.

De fato, verifica-se que o compartilhamento das informações obtidas com a RECEITA FEDERAL, com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo e com a Corregedoria-Geral da Administração do Governo do Estado de São Paulo é medida útil para a instauração de procedimentos disciplinares e procedimentos fiscais, motivo pelo qual deve ser deferida, tão logo ocorra a deflagração de fase ostensiva.

O requerimento de decretação de sigilo absoluto também deve ser deferido, haja vista que a medida é essencial para assegurar a eficácia das futuras diligências a serem realizadas, bem como para evitar que os investigados destruam provas, haja vista que, consoante fartamente demonstrado, eles atuam para obstaculizar a presente investigação.

(34)

Por fim, considerando os fundamentos acima mencionados, requer que o levantamento do sigilo do presente feito somente seja realizado após o cumprimento dos mandados de busca e apreensão eventualmente deferidos por este Juízo, com a manutenção de sigilo absoluto antes disso.

Desta forma, o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, encampando a representação da autoridade policial, vem pedir o deferimento das medidas cautelares requeridas.

São Paulo, 18 de setembro de 2020.

Vicente Solari de Moraes Rego Mandetta Procurador da República

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