ADITIVOS ALIMENTARES SIM OU NÃO? OUTUBRO/2018

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ADITIVOS ALIMENTARES

SIM OU NÃO?

WWW.REGULARIZACAOSANITARIA.COM.BR OUTUBRO/2018

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ADITIVOS ALIMENTARES: DESDE QUANDO?

Imagens:http://brasilimperdivel.tur.br/carne-de-sol/; http://www.conhecaminas.com/2016/01/carne-de-lata-iguaria- mineira.html;https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-separa-a-historia-da-pre-historia/; https://pausapararefletir.wordpress.com/2017/08/28/o-papel-do-indio-na-sociedade-que-degrada-cada-vez-mais-o-meio-ambiente/ ; ✓NOMADES - FOGO;

✓NEOLÍTICO (Agricultura – 12 mil a 4 mil a. C.); ✓SAL ;

✓AÇUCAR; ✓GORDURA; ✓VINAGRE; ...

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MUDANÇA DE HÁBITOS

✓Sec. XIX e XX: demandas para melhora do aspecto visual (PORTO, 2010), cor,

textura, sabor, aroma – alimentos industrializados.

Figuras: ; otcjosealves.blogspot.com; cabuloso.xpg.com.br; arianepadilha.wordpres;

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PRODUÇÃO ECONOMICAMENTE VIÁVEL

✓Grandes distâncias entre indústrias e pontos de

comercialização;

✓Exigências do consumidor – sabor, cor, textura;

✓

Garantia da inocuidade até o último dia de vida de

prateleira - reduzir a deterioração;

✓

Light , fast food, salgadinhos embalados não

existiriam sem aditivos;....

“Para a fabricação de produtos alimentícios, um de seus mais importantes recursos” (EVANGELISTA, 2008)

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ADITIVOS: TEMA CONTROVERSO

✓Desencadeiam alergias?

✓Tóxicos?

✓Necessários?

Imagem: https://br.pinterest.com/pin/427490189609749156/?lp=true Aspartame – fenilcetonúricos RDC nº 19/2010/Anvisa

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NO BRASIL

Qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem o

propósito de nutrir, com o objetivo de modificar suas características físicas,

químicas, biológicas ou sensoriais, em uma das suas etapas de produção.

✓

Componente do alimento (rótulo)

✓

Legislação positiva (harmonizada com o Mercosul e JECFA)

✓

Dispensados de Registro

Portaria nº SVS/MS nº 540, de 27/10/1997 Resolução nº 23, 15, de março de 2000 (RDC nº 27/2010 e RDC nº 240/2018)

Resolução RDC nº 259, de 20/09/2002/Anvisa

(IDA x LMT)

Aditivo incidental Contaminantes

(Alinhamento com Codex)

GERAL: 1961 (Dec. 50.040), 1965 (Dec. 55.871), 1997 (Port. 540/97)

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CODEX ALIMENTARIUS E JECFA

Codex:

➢

Programa 1963 (BR 1968 e 1980

Comitê BR);

➢FAO

(Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação)e

OMS;

➢Objetivos: Padrões, diretrizes e princípios, práticas justas de comércio, harmonização das normas.

Comitê Conjunto FAO/OMS de Peritos

em Aditivos Alimentares - JECFA:

➢Comitê científico

que se reúne desde

1956;

➢Avalia o risco associado ao consumo de

aditivos,

contaminantes,

toxinas

de

ocorrência

natural,

resíduos

de

medicamentos veterinários;

➢Estabelece, qdo possível

a IDA dos

aditivos;

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CLASSIFICAÇÃO QUANTO ORIGEM

✓

Naturais:

obtidos por processos extrativos de fontes naturais de

matéria-prima. Ex: clorofila, cúrcuma, urucum, betanina, etc.;

✓

Semi-sintéticos:

obtidos de substâncias naturais, por fracionamento ou

síntese. Ex: glutamato monossódico, etc.;

✓

Sintéticos:

Obtidos exclusivamente em laboratório, via processos de síntese.

Ex: Ponceau 4R, aspartame, etc.

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21 categorias Para cada uma = normas específicas Grupos semelhantes melhor controle dos limites máximos

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ESTUDOS E ENSAIOS TOXICOLÓGICOS

http://www.fao.org/food/food-safety-quality/scientific-advice/jecfa/jecfa-additives/en/”

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JUSTIFICATIVA TECNOLÓGICA

✓Demonstração das razões de ordem tecnológica que

justifiquem o uso de um aditivo alimentar na função e

no limite propostos.

Exemplo:

Corante antocianinas (de frutas e hortaliças):

➢Cereja em caldas (para reconstituir a cor perdida durante o processamento) – q.s.p.;

➢Iorgutes aromatizados – q.s.p.

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INGESTÃO DIÁRIA ACEITÁVEL - IDA

Quantidade estimada do aditivo alimentar, expressa em miligrama por

quilo de peso corpóreo

(mg/Kg p.c.)*, que pode ser ingerida

diariamente, durante toda a vida, sem oferecer risco apreciável à saúde à

luz dos conhecimentos científicos disponíveis na época da avaliação.

*60 Kg adulto/médio de peso descrita nas pesquisas recentes/crianças: faixa etária,

pesos corporais específicos

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INGESTÃO DIÁRIA ACEITÁVEL:

Tipos Definições

Não limitada Valor numérico desnecessários face às informações disponíveis sobre o mesmo e ao seu emprego de acordo com as BPF’s.

q.s ou q.s.p: não representa risco.

Não alocada Dados toxicológicos disponíveis não são suficientes para se estabelecer a segurança de uso do mesmo.

Temporária Os dados não são suficientes para concluir que o uso da substância é seguro por um período limitado de tempo, até que estudos toxicológicos sejam concluídos e avaliados.

Obs. RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 45, DE 03 DE NOVEMBRO DE 2010 (alterada pela RDC nº 46/2010 – aditivos BPF, sem IDA)

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LIMITE MÁXIMO DE USO - LM

➢Quantidade máxima permitida para uso de um aditivo no alimento.

Expresso em g/100g ou g/100 mL

Caramelo IV (150d) – Processo Sulfito – Amônia

✓Cervejas: q.s.p. (R 04/88);

✓Produtos de frutas, cereais, legumes e outros ingredientes para uso em iorgutes: 0,01 (Res. 04/88);

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Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº

383, de 05 de agosto de 1999

As normas são “vivas”

(em 2001, Lei nº 10.273, proíbe o Bromato de Potássio e, Bromato de Sódio, nunca foi permitido)

ART. 11. QUANDO UTILIZADOS DOIS OU MAIS ADITIVOS ALIMENTARES COM LIMITE MÁXIMO NUMÉRICO QUE EXERÇAM A MESMA FUNÇÃO TECNOLÓGICA, A SOMA DAS QUANTIDADES DESSES ADITIVOS NO PRODUTO PRONTO PARA O CONSUMO

NÃO PODE SER SUPERIOR AO MAIOR LIMITE MÁXIMO ESTABELECIDO PARA O ADITIVO PERMITIDO EM MAIOR QUANTIDADE. § 1º SE UM ADITIVO FOR AUTORIZADO COM LIMITE MÁXIMO NUMÉRICO PARA UM MESMO PRODUTO EM DUAS OU MAIS FUNÇÕES, A QUANTIDADE MÁXIMA DO ADITIVO A SER UTILIZADA NO PRODUTO NÃO PODE SER SUPERIOR AO MAIOR LIMITE MÁXIMO ESTABELECIDO PARA ESTE ADITIVO ENTRE AS FUNÇÕES PARA AS QUAIS É AUTORIZADO. § 2º A QUANTIDADE DE CADA ADITIVO NÃO PODE SER SUPERIOR AO SEU LIMITE MÁXIMO INDIVIDUAL. (RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC N° 149, DE 29 DE MARÇO DE 2017)

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INGESTÃO DIÁRIA MÁXIMA TEÓRICA:

IDMT:

Estimativa da quantidade de um aditivo expressa em mg/Kg p.c.

consumo diário médio do alimento ou grupo de alimentos per capita

X

limite máximo do aditivo permitido Anvisa, 2015 Alimento Consumo Médio do alimentos per capita (kg/dia)* Nível Máximo permitido da substância (mg/Kg) Ingestão da substância (mg/dia) A LM LM x A B LM LMx B C LM LM x C ... .... .... IDMT total (mg/dia)*

*IBGE (prioridade – POF a cd 5 anos desde 1970 – última 2009), DatamarK * IDMT/peso corporal e comparada com a IDA (quanto representa no %)?

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INGESTÃO DIÁRIA MÁXIMA TEÓRICA

(SUPOSIÇÃO – ASPARTAME ):

Alimento Consumo Médio do alimentos per capita (L/kg/dia)* Nível Máximo permitido de aspartame (mg/Kg/L) Ingestão d o arpartame (mg/dia)

Refrigerante diet 0,8 L/dia LM (0,075g/100mL)

750 mg/L 0,8 x 750 = 600 mg/dia/ per capita Gelatina diet 0,5 Kg/dia LM (0,075g/100mg)

750 mg/Kg 0,5 x 750 = 375 mg/dia/per capita

Total 975 mg/dia/per capita

975 mg/60 kg = 16,25 mg/kg p.c. IDA = 40 mg/kg p.c 40 ______100 %

16,25______ X X = 40,625%

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ADITIVOS: TEMA CONTROVERSO

NOEL: maior dose sem o efeito observado;

NOEL: 100 mg/kg p.c (atrofia testicular)

Tx média de conversão (intest. Bact.): 30%

RDC nº 18/2008 reduziu limite máx. 0,13 g/100mL Para:

0,04g/100mL

1.300 mg/Kg – 400 mg/Kg 30,7%

POF (2003)* - IDMT - possibilidade de ultrapassar quem consome só diet

*A Pesquisa de Orçamentos Familiares (2003):25,9% da população brasileira consomem pães, bolos e biscoitos diet e light fora do domicílio em relação ao total consumido;

Refrigerantes diet e light esse percentual sobe para 40,1%.

Ciclamato (ciclohexalamina) proibido nos EUA – edulcorante artificial - INS 952 (Ácido ciclâmico e seus sais de cálcio, potássio e sódio ):

IDA: 11 mg/kg p.c. (660 mg/dia/60kg);

IARC – Agência Internacional de Pesquisa sobre o câncer – Não carcinogênico em humanos

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SISTEMA INTERNACIONAL DE NUMERAÇÃO INS

✓Sistema numérico elaborado pelo Codex Alimentarius para identificação

dos aditivos

alimentares nas listas de ingredientes, como alternativa à

declaração* do nome específico do aditivo.

Anvisa, 2015

Ingredientes: água gaseificada, açúcar, extrato de noz de cola, cafeína, corante caramelo IV, acidulante INS 338* e aroma natural.

*ácido fosfórico, ácido orto-forfórico – 0,07 mg/100 mL (R 05/07)

www.codexalimentarius.org> Codex Texts > Guidelines > CAC/GL 36 – 1989 Class Names and the International Numbering System for Food Additives.

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SISTEMA INTERNACIONAL DE NUMERAÇÃO INS

Dossiê Foods Ingredientes Brasil

frutas secas, geleias, sucos de frutas e vinhos são as principais fontes da ingestão de sulfito (WHO, 2000). Observou-se, ainda, que o consumo desses alimentos poderá resultar em valores de ingestão acima da Ingestão Diária Aceitável (IDA = 0,7 mg/kg peso corpóreo/dia, expressa como SO2_{), quando o nível residual de sulfitos nesses alimentos se aproximar do limite máximo permitido}

(WHO,2000).

https://foodsafetybrazil.org/porque-sulfito-nao-foi-considerado-alergenico-na-rdc2615/ (sensação de formigamento, gastrointestinais)

NO RÓTULO:

TARTRAZINA – INS 102 – OBRIGATÓRIO CITAR O NOME (Resolução nº 340/2007/Anvisa)

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➢Classes de acordo com o reagente utilizado: (Caramelo I – simples – 150a); Caramelo II sulfito caústico – 150b; Caramelo III amônia – 150c); Caramelo IV sulfito-amônia – 150d);

➢ JECFA: 1972 e 2011 - IDA 200 mg/Kg p.c. = 12 g/dia;

➢4-metilimidazol: impureza que pode ser formada durante o processamento - refrigerante de cola: 0,30 a 0,36 ug/g, café: 0,39 a 2,95 ug/g;

➢Autoridade Européia de Segurança Alimentar - EFSA: não genotóxicos, não carcinogênicos – IDA: 300mg/Kg p.c.;

➢Uso autolimitante (organolépticas, sabor e cor);

➢8 litros de refrigerante para ultrapassar os limites de 4- metilimidazol – FDA e EFSA

Informe Técnico nº 48, de 10 de abril de 2012

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➢Seleção de fornecedores (alvará sanitário, auditorias in loco, grau alimentício, laudos, etc.);

➢Verificações das condições de transporte no ato do recebimento; ➢Controles na recepção: nota fiscal, lote, validade, laudos de análise; ➢Rigoroso controle da calibração dos equipamentos de pesagens; ➢Ajustes dos dosadores automáticos;

➢Controles da higienização da linha de produção;

➢Controle no estoque: em móvel adequado, condições de umidade e temperatura, manter a embalagem primária até o momento do fracionamento;

➢Identificação imediata após fracionamento;

➢Verificar composição e considerar sódio na construção da informação nutricional (aromas);

➢Controles de rastreabilidade do processo produtivo: Planilhas de produção, etc.

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http://portal.anvisa.gov.br/wps/

portal/anvisa/home

Canto Esquerdo da tela:

Alimentos

Canto Esquerdo da tela:

Legislação

Aditivos Alimentares e

Coadjuvantes de Tecnologia

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“Quando a gente acha que tem todas as respostas,

vem a vida e muda todas as perguntas”.

Luis Fernando Veríssimo

Obrigada pela Atenção!!!

Organizadora: Ivone Maria de Melo Carneiro

Bióloga, especialista em Saúde Pública e Microbiologia Mestra em Ciência e Tecnologia de Alimentos

Autoridade Sanitária - Núcleo de Vigilância Sanitária

Superintendência Regional de Saúde de Uberaba/SES/MG