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WEBSTHER DA SILVA UMA GENERALIZAÇÃO PARA O PROBLEMA DO AMIGO SECRETO

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(1)

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL - UAB

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - SEDIS

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO

MÉDIO

WEBSTHER DA SILVA

UMA GENERALIZAÇÃO PARA O PROBLEMA DO AMIGO SECRETO

LUÍS GOMES/RN

JULHO 2016

(2)

WEBSTHER DA SILVA

UMA GENERALIZAÇÃO PARA O PRBLEMA DO AMIGO SECRETO

Trabalho de conclusão apresentado ao curso de

Especialização em Ensino de Matemática para

o Ensino Médio da Secretaria de Educação à

Distância – SEDIS como requisito para a

obtenção do título de Especialista em

Matemática pela Universidade Federal do Rio

Grande do Norte - UFRN.

Orientador: Prof. Dr. Iesus Carvalho Diniz

LUÍS GOMES/RN

JULHO 2016

(3)

Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / SISBI / Biblioteca Setorial Centro de Ciências Exatas e da Terra – CCET.

Silva, Websther da.

Uma generalização do problema do amigo secreto / Websther da Silva. – Luís Gomes, RN, 2016.

12f. : il.

Orientador: Prof. Dr. Iesus Carvalho Diniz.

Monografia (Especialização) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Secretaria de Educação à Distância. Coordenação do Curso de Especialização em Ensino de Matemática para o Ensino Médio.

1. Princípio da inclusão e exclusão. 2. Permutação caótica. 3. Relação de Stifel. 4. Indução matemática. 5. Permutações caóticas generalizadas. I. Diniz, Iesus Carvalho. II. Título.

(4)

TERMO DE APROVAÇÃO

UMA GENERALIZAÇÃO PARA O PROBLEMA DO AMIGO SECRETO

por

WEBSTHER DA SILVA

Este Trabalho de Conclusão de Curso – TCC foi apresentado em 16 de julho de 2016

como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista no Curso de Especialização

em Ensino de Matemática para o Ensino

Médio da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte - UFRN. O candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos professores

abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.

___________________________________________________________________

Prof. Dr. Iesus Carvalho Diniz

CCET - UFRN

Orientador

___________________________________________________________________

Prof. Esp. Danielle de Oliveira N. Vicente

CCET - UFRN

Examinadora

___________________________________________________________________

Prof. Msc. Odilon Júlio dos Santos

CCET - UFRN

Examinador

(5)

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ser essencial em minha vida, autor do meu

destino, meu guia, socorro presente na hora de angustia, ao meu pai José, minha mãe Maria,

meus irmãos Wilhiam, Wittalo e Cosmo a minha esposa Helena e minha adorada Ana Luíza,

colegas de curso e ao orientador Iesus.

(6)

AGRADECIMENTOS

Agradecimento a Deus por ter permitido que tudo isso acontecesse.

A minha família em geral pais (José e Maria), irmão (Wilhiam, Wittalo e Cosmo), a

minha esposa Helena, ao meu anjinho Ana Luíza, ao sobrinho Nícolas, e todos que

contribuíram direto e indiretamente nesse momento.

(7)

RESUMO

Neste trabalho apresentamos Uma Generalização para o Problema do Amigo Secreto.

O resultado obtido permite-se generalizar o resultado clássico e já conhecido do número de

permutações caóticas de um dado conjunto bem como estabelecer a definição do fatorial de

um número natural a partir das permutações caóticas de um dado conjunto.

Palavras – chaves: Princípio da Inclusão e Exclusão, Permutação

Caótica, Relação de Stifel,

Indução Matemática, Relação de Stifel e

Permutações Caóticas Generalizadas.

(8)

ABSTRACT

We present a generalization to the Secret Friend Problem . The result allows to generalize the

classical result and known number of chaotic permutations of a given set and establish the

definition of the factorial of a natural number from the chaotic permutations of a given set.

Keywords : Inclusion and Exclusion Principle, Permutation Chaotic , Stifel ratio,

Mathematics Induction, Stifel ratio and Permutations Chaotic Generalized.

(9)

Uma generalização para o problema do amigo

secreto

Iesus C. Diniz

Websther da Silva

12 de julho de 2016

1

Introdução

Um problema já bem conhecido em combinatória é o do número permutações caóticas de um conjunto A = {a1, . . . , an} de n elementos, comumente

represen-tado por Dnou !n. Este problema foi posto primeiramente por Pierre Raymond

de Montmort [1] em 1708 e resolvido pelo próprio em 1713. Nicholas Bernoulli também o resolveu, aproximadamente no mesmo período, usando o princípio da inclusão e exclusão.

Uma permutação caótica dos elementos do conjunto A = {a1, . . . , an} é o

conjunto das permutações dos elementos de A nas quais nenhum deles aparece em sua posição inicial, ou de maneira mais formal, o conjunto das funções f : A → A tais que f (ai) 6= ai para todo i ∈ {1, . . . , n}. Em [2] é dada

uma expressão para o cálculo de Dn, ademais é mostrado que Dn é o inteiro

mais próximo de n!e. Dn = n! n X j=0 (−1)j j! e Dn=  n! e  (1)

Exemplo 1 Sejam In:= {1, . . . , n} o conjunto dos n primeiros inteiros

positi-vos e Cn de todas as permutações caóticas de In. Determine C4 e D4.

Solução: Seja I4= {1, 2, 3, 4}, tem-se portanto que

C4= { (2, 1, 4, 3) , (2, 4, 1, 3) , (2, 3, 4, 1) , (3, 1, 4, 2) , (3, 4, 1, 2) , (3, 4, 2, 1) ,

(4, 3, 2, 1) , (4, 3, 1, 2) , (4, 1, 2, 3)} e D4= 9.

 Exemplo 2 Um técnico de futsal dispõe de um elenco de 8 jogadores de linha: 2 laterais esquerdo, 2 laterais direito, 2 fixos, 2 pivôs além de 2 goleiros. De quantos modos o técnico pode escalar o time, se apenas o goleiro puder jogar em sua posição natural?

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, iesus@mat.ufrn.br

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, websthermatematica@gmail.com

(10)

Solução: Há 21 2 1  2 1  2 1  2 1 = 2

5 maneiras de se escolher os 4 jogadores

de linha e o goleiro que serão titulares, para cada uma destas escolhas, há uma possibilidade de escalação do goleiro e D4 possibilidades para os jogadores de

linha. Assim, segue-se pelo princípio fundamental da contagem que há 25× 1 × 9

possibilidades de escalação do time.

 Neste artigo generalizaremos o cálculo do número de permutações caóti-cas Dn obtidos entre dois conjuntos de mesmos elementos para dois conjuntos

quaisquer. Denotaremos por Dkn o número de permutações caóticas entre dois conjuntos A e A∗ de n elementos dos quais k deles são não comuns aos dois conjuntos, isto é, |A ∩ A∗| = n − k, para todo k ∈ {1, . . . , n}. A primeira delas será demonstrada por indução a partir de uma recorrência, enquanto a segunda solução será determinada por um argumento combinatório.

Teorema 1 Sejam A e A∗ dois conjuntos tais que |A ∩ A∗| = n − k e |A| = |A∗| = n, então para todo k ∈ {0, . . . , n}

Dnk= k X j=0 k j  Dn−j. (2)

1. O valor de Dné um caso particular da Eq. 2 com k = 0; pois se k = 0, então

A = A∗e D0n é o número de permutações caóticas entre dois conjuntos de mesmos elementos, ou seja, D0n= Dn;

2. Se k = n, então os conjuntos A e A∗ não apresentam nenhum elemento em comum, neste caso Dnn= n!.

2

Desenvolvimento: prova pelo princípio da

in-dução finita

Sejam A e A∗ dois conjuntos tais que |A ∩ A∗| = n − k e |A| = |A∗| = n. Sem

perda de generalidades, consideremos

A = {1, . . . , k, k + 1, . . . , n} e A∗= {1∗, . . . , k∗, k + 1, . . . , n} com Dkn o número das permutações caóticas entre os elementos de A e A∗. Diferentemente do problema clássico das permutações caóticas, nos quais os dois conjuntos continham os mesmos elementos, temos agora k elementos não comuns aos dois conjuntos, e com isso há novas possibilidades de permutações caóticas dos elementos entre os conjuntos A e A∗.

Para todo i ∈ {1, . . . , k} seja Ai o conjunto das permutações caóticas nas

quais o elemento i∗ de A∗ ocupa a posição i.

O número de permutações caóticas poderá ser calculado a partir do condi-cionamento nos elementos não comuns aos dois conjuntos que ocupam ou não as suas posições naturais, mais especificamente falando, se ao menos um elemento i∗ ∈ {1∗, 2, . . . , k} ocupa a posição i, A

1∪ . . . ∪ Ak, ou nenhum elemento i∗

de A∗ estiver em sua posição natural, (A1∪ . . . ∪ Ak)c. Assim, pelo princípio

aditivo tem-se

(11)

Dkn= |(A1∪ . . . ∪ Ak)c| + |(A1∪ . . . ∪ Ak)|

= |Ac1∩ . . . ∩ Ac

k| + |(A1∪ . . . ∪ Ak)|

(3)

e desde que para todo k ∈ {1, . . . , n}

|Ac 1∩ . . . ∩ A c k| = Dn (4) tem-se de (3) e (4) que Dkn= Dn+ |(A1∪ . . . ∪ Ak)| . (5)

Ademais, tem-se que

∀j ∈ {1, . . . , k} com {i1, i2, . . . , ij} ⊂ {1, . . . , k} |Ai1∩ Ai2∩ . . . ∩ Aij| = D k−j n−j, com D 0 n−j= Dn−j. (6)

Para k = 1, então j = 1 e segue-se de (5) e (6) que

Dn1 = |Ac1| + |A1| = Dn+ Dn−1. (7)

Para k = 2, então de (6) segue-se que para todo i1∈ {1, 2}

|Ai1| = D 1 n−1 (k = 2, j = 1) e |A1∩ A2| = Dn−2(k = 2, j = 2) . Logo de (5) e (7), tem-se Dn2 = Dn+ |(A1∪ A2)| = Dn+ X 1≤i1≤2 |Ai1| − |Ai1∩ Ai2| = Dn+ 2D1n−1+ Dn−2 = Dn+ 2(Dn−1+ Dn−2) − Dn−2 = Dn+ 2Dn−1+ Dn−2. (8)

Para k = 3, então de (6) com i1∈ {1, 2, 3} e {i1, i2} ⊂ {1, 2, 3}

|Ai1| = D

2

n−1(j = 1), |Ai1∩Ai2| = D

1

n−2(j = 2) e |A1∩A2∩A3| = Dn−3(j = 3) .

Logo de (5), (6), (7) e (8) segue-se que

D3n= Dn+ |(A1∪ A2∪ A3)| = Dn+ X 1≤i1≤3 |Ai1| − X 1≤i1<i2≤3 |Ai1∩ Ai2| + |A1∩ A2∩ A3| = Dn+ 3D2n−1− 3D 1 n−2+ Dn−3 = Dn+ 3(Dn−1+ 2Dn−2+ Dn−3) − 3(Dn−2+ Dn−3) + Dn−3 = Dn+ 3Dn−1+ 3Dn−2+ Dn−3. (9) 3

(12)

Admitamos como hipótese de indução que para um certo k ∈ N, Dnk = k X j=0 k j  Dn−j (10)

Lema 1 Para todo k ∈ N,

Dnk+1= Dkn+ Dn−1k

Demonstração: Tem-se que Dk+1n é o total de permutações caóticas entre

dois conjuntos de n-elementos com k + 1 elementos não comuns a ambos. Para todo j ∈ {1, . . . , k + 1} particionando o conjunto das permutações caóticas em relação a qualquer um dos Aj, A1 por exemplo, tem-se:

Dnk+1= |Ac1| + |A1| = Dkn+ D k

n−1 (11)

 Usando a recorrência (11) e a hipótese de indução dada em (10), segue-se que Dnk+1= Dnk+ Dn−1k = k X j=0 k j  Dn−j+ k X j=0 k j  Dn−1−j =k 0  Dn+ k 1  Dn−1+ k 2  Dn−2+ . . . + k k  Dn−k+ k 0  Dn−1+ k 1  Dn−2+ . . . +  k k − 1  Dn−k+ k k  Dn−1−k =k 0  Dn+ k 0  +k 1  Dn−1+ . . . +  k k − 1  +k k  Dn−k+ k k  Dn−1−k =k + 1 0  Dn+ k + 1 1  Dn−1+ . . . + k + 1 k  Dn−k+ k + 1 k + 1  Dn−(k+1) = k+1 X j=0 k + 1 j  Dn−j.  Exercício 1 Prove que

n! =n 0  Dn+ n 1  Dn−1+ . . . + n n  D0.

Solução: Desde que Dn

n = n!, o resultado como corolário do teorema 1

tomando-se k = n na equação (2).

 4

(13)

Exercício 2 Num congresso matemático n pessoas encontram-se sentadas num auditório de n + k cadeiras. Elas vão para uma outra sala e quando retornam ao auditório, sentam-se novamente e é observado que nenhuma delas ocupa a mesma cadeira que antes. Mostre que o número de maneiras que isto pode ocorrer é Dk

n+k.

Solução: Sem perda de generalidade, suponhamos as cadeiras numeradas de 1 a n + k, com as n primeiras sendo previamente ocupadas por pessoas nume-radas de 1 a n. Ademais, considere para todo (i, j) ∈ {1, . . . , n} × {1, . . . , n + k} a seguinte convenção: (i, j) representando a cadeira j sendo ocupada pela pessoa i e para l ∈ {(n + 1)∗, . . . , (n + k)∗} (l, j) se a cadeira j estiver va-zia. Assim, o número de maneiras da sala ser ocupada sem as posições ini-ciais serem repetidas por nenhum dos presentes, é o conjunto das permuta-ções caóticas entre os conjuntos A∗ = {1, . . . , n, (n + 1)∗, . . . , (n + k)∗} e A = {1, . . . , n, (n + 1), . . . , (n + k)}, i.e., Dkn+k= k X j=0 k j  Dn+k−j (12)  Observação 1 O resultado dado em (12) a partir do teorema 1; é uma gene-ralização do problema 13, página 173 de [3] para o caso em que k = 1.

3

Conclusão

Neste trabalho generalizamos o problema clássico das permutações caóticas. A prova do resultado se mostrou bem interessante pelo fato de usarmos tanto o princípio da inclusão e exclusão bem como o princípio da indução finita e a relação de Stifel. O resultado principal permite introduzir o conceito de fato-rial a partir de um argumento combinatório relativo à partição do conjunto de permutações caóticas.

Referências

[1] de Montmort, P. R. (1708). Essay d’analyse sur les jeux de hazard. Paris: Jacque Quillau. 2. ed., Revue & augmentée de plusieurs Lettres. Paris: Jacque Quillau, 1713.

[2] Morgado, A. C. O.; Carvalho, J. B. P.; Carvalho, P. C. P.; Fernandez, P. Análise combinatória e probabilidade. 9. ed. Rio de Janeiro: Sociedade Bra-sileira de Matemática, 2006. (Coleção do Professor de Matemática). [3] Wallis, J. D. A Begginer’s Guide to Discrete Mathematics. Birkhäuser

Bos-ton 2003; 1. ed.

[4] Feller, W. Introdução à teoria das probabilidades e suas aplicações. São Paulo: Edgard Blucher, 1976. (Tradução de Flávio W. Rodrigues e Maria E. Fini).

Referências

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