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Aprovada MP que permite o saque do FGTS de contas inativas. CAE realiza último debate sobre a Reforma Trabalhista

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Ano 3 • Número 09 • 25 de maio de 2017 • www.fies.org.br

Aprovada MP que permite o saque do FGTS de contas inativas

A Medida Provisória 763/2016 eleva a rentabilidade das contas vinculadas do trabalhador por meio da distribuição de lucros do FGTS, permitindo o saque do saldo referente aos contratos de trabalho extintos até 31/12/15.

A Medida também determina que o valor creditado nas contas vinculadas a título de distribuição de resultado, acrescido de juros e atualização monetária, não integrará a base de cálculo do depósito da multa rescisória.

A MPV tem como principal benefício esperado a liberação de recursos para fomento da economia e, em consequência, seu reaquecimento, visando a estimular investimentos e crescimento econômico, culminando em esperada geração de empregos.

A Medida Provisória 763/2016 foi aprovada sem nenhuma alteração. O texto será encaminhado para votação no plenário do Senado Federal.

CAE realiza último debate sobre a Reforma Trabalhista

Na manhã de ontem, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realizou a última Audiência Pública para debater a Reforma Trabalhista, antes da apresentação do parecer do Relator, Senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES).

A audiência foi presidida pelo Presidente da CAE, Senador Tasso Jereissati (PSDB/CE), e contou com a presença dos seguintes convidados: Márcio Pochmann - Professor da Universidade Estadual de Campinas e Presidente da Fundação Perseu Abramo; André Portela - Professor da Escola de Economia de São Paulo (FGV); Eduardo Fagnani - Professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Sérgio Pinheiro Firpo - Professor do Insper.

Márcio Pochmann contextualizou o surgimento da CLT e os movimentos de desregulamentação nas últimas décadas. Disse que o momento atual é de ampla desregulamentação. A reforma trabalhista proposta, ao seu ver, gera impacto fiscal, com redução da arrecadação, especialmente ao conferir natureza não salarial de determinadas verbas trabalhistas, a exemplo das diárias de viagem e prêmios, por exemplo. Ademais, também afirmou que são mudanças prejudiciais ao trabalhador a ênfase nos acordos individuais, a impossibilidade da justiça do trabalho de anular acordo, o distanciamento do sindicato da assistência nas demissões e a flexibilização da jornada de trabalho.

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André Portela afirmou que o dilema que precisa ser enfrentado é se a legislação atual se encaixa na estrutura de trabalhadores e de empresas que temos. Esse é o desafio da reforma, alinhar e enfrentar questões para manter a proteção ao trabalhador e evitar as consequências não desejadas de uma má regulação. A proposta permite a existência de novas ocupações, adaptando-se aos novos tempos.

Eduardo Fagnani, em síntese, dispôs que o parlamento deveria promover estudos sobre os impactos financeiros da reforma trabalhista na receita da previdência, com impacto direto na arrecadação do Estado. A reforma trabalhista não tem relação consistente com o aumento da oferta de empregos. Na verdade, a experiência do país é da criação de empregos mesmo com o salário mínimo crescendo, o que acontece naturalmente quando se tem uma economia pujante.

Sérgio Pinheiro Firpo disse que a legislação trabalhista atual não é inclusiva. O excesso de detalhes e as amarras atrapalham o ingresso no mercado de trabalho, sobretudo para os trabalhadores mais jovens, mulheres e idosos. A sociedade mudou e é preciso mudar junto com ela. Regulamentar o home office e o trabalho intermitente são aspectos positivos da proposta, pois regulamenta as novas formas de contratação e moderniza as relações de trabalho.

Parecer da Comissão de Assuntos Econômicos é favorável à Reforma

Trabalhista

O Relator da Reforma Trabalhista (PLC 38/17) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES), disponibilizou e deu como lido seu parecer que aprova o texto que veio da Câmara dos Deputados e rejeitando as 193 emendas apresentadas.

O parecer fez objetiva análise da constitucionalidade da proposta e sua importância para a economia e para a sociedade. Destacou que é necessário manter as conquistas e direitos daqueles que possuem emprego formal e de todos os milhões de trabalhadores que estão na informalidade. Afirmou que é necessário criar um mercado de trabalho que funcione para todos, que gere e que permita que todos realizem seu potencial e rumem à prosperidade. Ressaltou a relevância do Ciclo de debates para discussão da matéria e o elevado nível dos participantes e do diálogo.

Dispôs que é essencial perceber que as dinâmicas social, econômica e das relações de trabalho são mais velozes do que a lei. A reforma trabalhista assegura que a CLT se atualize a um país que mudou e permite que as normas que regem a vida das pessoas no mundo do trabalho possam se adequar, no futuro, com maior facilidade às inevitáveis mudanças.

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Ano 3 • Número 09 • 25 de maio de 2017 • www.fies.org.br

O Relator reconheceu que o texto da reforma trabalhista pode ser aperfeiçoado, considerando a flexibilização das relações de trabalho e a proteção aos trabalhadores. Recomendou vetos e posterior edição de medida provisória para a proposta ser alterada em relação aos seguintes temas:

 gestante e lactante em ambiente insalubre;

 revogação de artigo que estabelece descanso de 15 minutos no serviço extraordinário da mulher;

 acordo individual para jornada 12 X 36;  trabalho intermitente;

 representantes dos empregados;  negociação do intervalo intrajornada.

A CNI e a FIES são favoráveis à supressão da regulação proposta para a representação de empregados e considera as demais sugestões de vetos prejudiciais ao setor produtivo, em especial a eliminação da prevalência do negociado sobre o legislado em relação ao intervalo intrajornada.

A proposta foi distribuída para CAE, CCJ e CAS. Na CAE, foi dado como lido o relatório e agendada a votação para o dia 30/05/2017.

Câmara aprova a não incidência do AFRMM para as regiões Norte e

Nordeste

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem a MPV 762/2016, na forma do PLV 11/2017 do deputado Felipe Maia (DEM/RN).

A Medida Provisória faz parte da Agenda Legislativa da Indústria 2017 e contempla dois pleitos do setor Industrial para as regiões Norte e Nordeste.

 Prorroga, até 8 de janeiro de 2022, a não incidência do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante - AFRMM, para navegação de cabotagem, interior, fluvial e lacustre; e

 Retoma o benefício para a navegação de longo curso, sobre mercadorias cuja origem ou destino sejam portos localizados nas Regiões Nordeste e Norte, pelo período de 5 anos.

A não incidência de AFRMM representa redução no valor do frete das mercadorias transportadas pelas empresas no modal marítimo. Especialmente para os insumos e mercadorias de baixo valor agregado, o seu impacto não será nada desprezível.

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Tais isenções justificam-se pelo fato do Norte e o Nordeste apresentarem menor desenvolvimento econômico que as demais regiões do Brasil. O término dessas isenções poderá comprometer a competitividade de diversos setores industriais dessas regiões.

A Medida Provisória perde eficácia no dia 01 de junho e passa agora pelo Plenário do Senado.

Aprovada Medida Provisória 761 de 2016 - Programa Seguro Emprego

A MPV 761/2016 altera o Programa de que trata a Lei 13.189/2015, para denominá-lo Programa Seguro-Emprego (PSE) e para prorrogar seu prazo de vigência. Podem aderir ao PSE as empresas de todos os setores em situação de dificuldade econômico-financeira que celebrarem acordo coletivo de trabalho específico de redução de jornada e de salário, até o dia 31/12/17, observado o prazo máximo de permanência de 24 meses, respeitada a data de extinção do Programa.

O programa também cria alternativas para manutenção dos empregos, facilitando às empresas recuperação financeira em tempos de crise, sem onerá-las. Prioriza a adesão ao PSE das microempresas e empresas de pequeno porte, que são as que mais profundamente sofrem os efeitos de momentos econômicos de retração. Dessa forma, atende ao dever constitucional da oferta de tratamento diferenciado, nos termos da LC 123/2006.

Outros pontos importantes são a inclusão do SEBRAE para dar apoio técnico estruturado às MPE’s e a especificação das condutas consideradas como fraude ao PSE. Assim, confere maior segurança jurídica às empresas que aderirem ao programa. Os destaques apresentados foram rejeitados. A matéria segue para o Senado Federal. Aprovada Medida Provisória 767 - Reavaliação de benefícios previdenciários e instituição de Bônus por perícia médica

A MPV 767/2017 promove cinco importantes mudanças na legislação previdenciária: a) Instituição do Bônus Especial de Desempenho Institucional por Perícia Médica

em

b) Benefícios por Incapacidade - BESP-PMBI;

c) Cessação em 120 dias de benefícios de auxílio doença concedidos por decisão judicial ou administrativamente;

d) Incorporação de três novos procedimentos para quem está em gozo de benefício;

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f) Determinação de que o período de carência será zerado a cada nova filiação à previdência social.

As alterações realizadas pelo Relator são as seguintes: assegura o direito de recurso pelo segurado nos indeferimentos dos benefícios pela perícia médica; o recurso será avaliado por médico perito diverso do indeferimento; segurados com mais de 55 anos com 15 de benefícios não passarão por nova reavaliação; a perícia médica poderá ter acesso ao prontuário do SUS, mediante anuência, e o SUS poderá realizar reavaliação em localidades sem médico perito do INSS.

Aprovada em Plenário a possibilidade de atendimento domiciliar e hospitalar pela perícia médica e social do INSS ao segurado com dificuldades de locomoção, quando seu deslocamento, em razão de limitação funcional e de condições de acessibilidade, importar ônus desproporcional e indevido. Os demais destaques foram rejeitados. A matéria segue para o Senado Federal.

Comissão de Desenvolvimento Econômico aprova fiscalização

prioritariamente orientadora no aspecto tributário para as MPEs

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS) aprovou ontem relatório do deputado Aureo (SD/RJ), favorável ao PLP 329/2016, constante da Agenda Legislativa da Indústria 2017.

O projeto determina que, quando se tratar de micro e pequenas empresas, a fiscalização deverá ser prioritariamente orientadora também no que se referir aos aspectos tributários.

Atualmente, a fiscalização prioritariamente orientadora (dupla visita) diz respeito aos aspectos trabalhista, metrológico, sanitário, ambiental, de segurança, de relações de consumo e de uso e ocupação do solo, quando a atividade ou situação, por sua natureza, comportar grau de risco compatível com esse procedimento.

A inclusão da dupla visita para os aspectos tributários é extremamente salutar e serve para cumprir a previsão constitucional do art. 179 de que micro e pequenas empresas devem ter um tratamento diferenciado. Muitas empresas, sobretudo as de pequeno porte, não cumprem determinadas normas por falta de conhecimento em meio a um ambiente de grande complexidade, e não por má-fé. A fiscalização orientadora em todos os aspectos só traz benefícios para as micro e pequenas empresas, viabilizando as atividades da empresa e manutenção de emprego e renda em um momento de baixa atividade econômica.

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Ano 3 • Número 09 • 25 de maio de 2017 • www.fies.org.br A matéria segue para a Comissão de Finanças e Tributação (CFT).

Comissão de Justiça do Senado aprova imunidade de impostos para

medicamentos

Foi aprovada, na manhã de ontem, na CCJ do Senado a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 002 de 2015, que concede imunidade aos medicamentos de uso humano.

O texto aprovado contempla emendas apresentadas pela relatora, senadora Simone Tebet (PMDB/MS), que promoveu alterações ao texto inicial quantos aos seguintes aspectos:

a) A imunidade concedida será aplica somente aos impostos e não a todos os tributos;

b) Será aplicada de forma gradual, tendo como base as alíquotas dos impostos incidentes na data da publicação da Emenda Constitucional, na seguinte proporção: i) 20% no primeiro ano subsequente ao da entrada em vigor da Emenda Constitucional; ii) 40% no segundo ano; iii) 60% no terceiro ano; iv) 80% no quarto ano; e v) 100% a partir do quinto ano;

c) Estabelece que a União deverá divulgar, anualmente, estudos, informações e dados que possibilitem a verificação da repercussão na redução dos preços decorrente da redução da carga tributária em função da imunidade concedida. Medicamentos são um bem social necessário, motivo pelo qual a tributação incidente sobre eles deve ser diminuída de modo a barateá-los e ampliar sua acessibilidade.

Levando-se em consideração o atual momento de grave crise financeira porque passa o país, a fórmula apresentada pela relatora, de promover a desoneração dos medicamentos de forma gradual em até 5 anos, permite a minimização dos impactos arrecadatórios.

Nesse sentido, a medida proposta permite a aplicação total da imunidade aos medicamentos em um momento futuro, quando se verificar a superação dos efeitos da crise.

A PEC segue para apreciação pelo Plenário do Senado.

INFORME LEGISLATIVO | Publicação da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe

em parceria com a Unidade de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria – Gabinete de Defesa de Interesses | Equipe técnica: Alexandre César Dantas, Luís Paulo Dias Miranda e Cleide Carvalho | Informações: Av. Carlos Rodrigues da Cruz, S/Nº - Centro

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