Língua Portuguesa e Literatura. Recuperação Anual e Periódica

1 Ensino Médio

Comp. Curricular: Língua Portuguesa e Literatura Data: 3º Período Aluno (a): Nº Turma: -1M Professor: Márcia e Ivan

Língua Portuguesa e Literatura

Recuperação Anual e Periódica

ORIENTAÇÕES DE ESTUDO

 Refaça as atividades desenvolvidas durante o período.  Analise as anotações do caderno relativas à matéria.

 Recorra à gramática e aos livros didáticos para reforçar seus estudos.

 Este material foi elaborado com a intenção de servir como um objeto de estudo, portanto, os exercícios complementares facilitarão a revisão e fixação dos assuntos estudados.

Bons estudos!

Equipe de língua portuguesa.

ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DA PROVA

1. “as questões são dissertativas”: são questões que exigem a exposição de algum assunto de modo sistemático, abrangente e profundo, no caso da prova, por escrito. Vale dizer que sua resposta deve ter uma introdução, um desenvolvimento e um desfecho/conclusão. Cada resposta dissertativa constitui um pequeno texto de natureza argumentativa, portanto, e assim deve ser avaliada. Ou seja, ela apresenta uma ideia que é desenvolvida e justificada com a exposição de conceitos, análise de textos, conhecimentos prévio e/ou teóricos, etc.

2. “compreensão dos enunciados”: os enunciados das questões são autoexplicativos. A elaboração das mesmas parte do pressuposto de que o aluno já domine um vocabulário mínimo, que lhe possibilite compreender o que se pede.

3. “não ultrapasse os espaços reservados”: o espaço destinado para as respostas prevê uma resposta clara e objetiva, sem a necessidade de complementação com dados irrelevantes.

4. “respostas devem ser feitas a tinta azul ou preta”: a prova é um documento com validade nacional. Respostas elaboradas a lápis serão anuladas, dada a fragilidade do grafite.

5. “atenção ao nível de linguagem empregado”: uma prova – qualquer que seja – não avalia apenas o que se sabe, mas também a maneira como elaboramos esse conhecimento. No caso específico de língua portuguesa, significa dizer que não é só o conteúdo, mas também a forma. Desse modo, Em cada uma delas, serão avaliados os seguintes itens:

2  Organização ou estrutura.

Apresentação de uma ideia a ser justificada. Traduzindo: não se começa uma resposta com "sim", "não", afinal, não há um diálogo acontecendo. É preciso expor claramente uma ideia para, a seguir, desenvolvê-la.

 Coesão

A estrutura linguística de seu texto é importante. Traduzindo: todos os pronomes empregados devem ter referente na própria resposta, que, portanto, não pode depender da pergunta. Não se pode empregar um conectivo em início de frase – exemplo: pois, porque – se não há oração principal.  Coerência

A resposta deve considerar a pergunta. Significa dizer que não serve “escrever qualquer coisa”. A resposta deve constituir uma reflexão sobre o tema, não pode ser acúmulo desorganizado e /ou de informações quaisquer.

RECUPERAÇÃO ANUAL / 3º PERÍODO – 2011

CONTEÚDO

a. Camões: obra lírica. 4. Barroco

a. Aspectos gerais:  o fusionismo;  antítese e paradoxo.

 temáticas barrocas: efemeridade do vida/do tempo; carpe diem; pecado X perdão, etc.

b. Gregório de Matos e Guerra: obra lírica.

5. Arcadismo ou Neoclassicismo Aspectos gerais:

 Bucolismo;

 Os temas clássicos (fugere urbem, carpe diem, etc)

II. Língua

1. Variedades linguísticas 2. A construção de sentido 3. Figuras de Linguagem

III. Leituras extraclasse

1. 50 poemas escolhidos pelo autor, de Manuel Bandeira

3

Exercícios Suplementares

QUESTÃO 01

Leia o soneto abaixo e faça o que se pede.

Transforma-se o amador na cousa amada,

Por virtude do muito imaginar; Não tenho logo mais que desejar, Pois em mim tenho a parte desejada. Se nela está minha alma transformada, Que mais deseja o corpo de alcançar? Em si somente pode descansar, Pois consigo tal alma está liada *.

Mas esta linda e pura semideia, Que, como o acidente em seu sujeito *, Assim com a alma minha se conforma, Está no pensamento como ideia; [E] o vivo e puro amor de que sou feito, Como matéria simples busca a forma. Luís de Camões – Século XVI

Vocabulário: Liada: ligada.

Semideia: semi = metade; deia = deusa ou semi + ideia.

“acidente em seu sujeito”: fato acessório; qualidade particular, pormenor da personalidade de alguém. No pensamento aristotélico e no do século XVI, o termo acidente revela um aspecto casual ou fortuito de uma realidade, que, por essa razão, é irrelevante para a compreensão do que nela é essencial e imprescindível (p.ex., a cor azul de um tecido, que, por sua presença, não transforma a natureza essencial desse objeto).

a) De acordo com as características do Classicismo, qual é a concepção de amor presente nas duas primeiras estrofes? Defina-a e explique-a com elementos do soneto.

4 QUESTÃO 02

Leia, atentamente, o seguinte soneto.

Amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões, Rimas, Coimbra, Almedina, 1994.

a) Explicite, baseando-se nas duas primeiras estrofes do soneto, três dos aspectos com que o eu lírico procura definir o “Amor”.

b) Num soneto, os versos finais exprimem, frequentemente, uma ideia fundamental para se perceber o sentido global do poema. Assim, a partir dos últimos versos, explicite essa ideia global, no caso particular desse soneto.

TEXTOS PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE 03 A 04 À mesma D. Ângela

Anjo no nome, Angélica na cara Isso é ser flor, e Anjo juntamente Ser Angélica flor, e Anjo florente

Em quem, senão em vós se uniformara? Quem veria uma flor, que a não cortara De verde pé, de rama florescente? E quem um Anjo vira tão luzente Que por seu Deus, o não idolatrara?

Se como Anjo sois dos meus altares Fôreis o meu custódio, e minha guarda Livrara eu de diabólicos azares

Mas vejo, que tão bela, e tão galharda Posto que os Anjos nunca dão pesares Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda. Gregório de Matos

5 Vocabulário

Custódio: que tem a função de proteger alguém. /Galharda: elegante. /Pesar: tristeza QUESTÃO 03

Em relação ao poema:

a) Transcreva da primeira estrofe uma metáfora.

b) Interprete a segunda estrofe, levando em conta o todo do poema.

QUESTÃO 04

O poema acima, pertence à lírica amorosa de Gregório de Matos. Nele, o eu lírico exalta a mulher, há uma dupla comparação da sua amada. Por meio dessa dupla comparação, estabelece-se um jogo de contraste, tipicamente barroco.

a) Identifique essa dupla comparação. A que a amada é comparada? Justifique sua resposta com elementos do soneto.

6 IMAGENS E TEXTOS PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE 05 A 07

Observe as imagens abaixo, referentes à publicidade de uma marca de detergente em pó, veiculadas em diferentes épocas do século XX.

Imagem 01 Imagem 02

Anos 50 do século passado. Anos 90 do século passado.

QUESTÃO 05 Observe e releia:

Transcrição

É miraculosa – a potência de limpeza de OMO ! É que OMO penetra fundo no tecido, lava fio por fio – V. não precisa esfregar tanto. E, enxaguando uma só vez, tôda sujidade fica na água. OMO lava, quara, alveja e dá brilho numa só operação. Tôda sua roupa terá uma alvura jamais conseguida com sabão. FAÇA ESTA PROVA!

Lave com OMO suas roupas já lavadas com sabão. Veja como fica muito mais alva, muito mais limpa.

O texto transcrito se refere ao conteúdo da imagem ao lado. Observando a expressão “tôda sujidade”, além de outros elementos textuais, faça o que se pede.

7 a) Identifique a variedade linguística revelada por tal expressão. Justifique sua resposta com elementos do

texto.

b) De acordo com a variedade linguística identificada no item anterior, reelabore tal expressão, respeitando, inclusive a grafia corrente das palavras.

QUESTÃO 06 Observe:

Texto 01 Texto 02

Com base na leitura dos textos acima, pode-se concluir que o público-alvo da publicidade não é o mesmo em cada um desses textos.

Desse modo identifique o público-alvo de cada um dos textos em questão e de acordo com seu conhecimento prévio, explique qual a possível razão de o público-alvo não ser o mesmo nos textos.

QUESTÃO 07 Releia

8 Qual o argumento utilizado no texto 1 para convencer seu público-alvo a adquirir o produto? Por que é usado esse argumento? Para responder, considere os textos e a imagem da página 03, imagem 01.

QUESTÃO 08

(FUVEST – Adaptada) Leia o poema abaixo, de Manuel Bandeira.

Profundamente Quando ontem adormeci

Na noite de São João Havia alegria e rumor

Estrondos de bombas luzes de Bengala Vozes cantigas e risos

Ao pé das fogueiras acesas. No meio da noite despertei Náo ouvi mais vozes nem risos (...)

Onde estavam os que há pouco Dançavam

Cantavam E riam

Ao pé das fogueiras acesas? — Estavam todos dormindo Estavam todos deitados Dormindo

Profundamente *

Quando eu tinha seis anos

Não pude ver o fim da festa de São João Porque adormeci

Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo Minha avó

Meu avô

Totânio Rodrigues Tomásia

Rosa

Onde estão todos eles? — Estão todos dormindo Estão todos deitados Dormindo

Profundamente.

No conhecido poema de Bandeira, aqui parcialmente reproduzido, há a experiência do afastamento da festa de São João, levando essa dado em consideração, faça o que se pede. Como se dá esse afastamento? Do ponto de vista temporal ou espacial? Justifique sua resposta com elementos do texto.

9 TEXTOS PARA OS EXERCÍCIOS 09 E 10

Leia os textos a seguir para responder aos exercícios

Texto 1 Texto 2

Vou-me embora pra Pasárgada Vou me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura De tal modo inconsequente Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente Vem a ser contraparente Da nora que nunca tive E como farei ginástica Andarei de bicicleta Montarei em burro brabo Subirei no pau de sebo Tomarei banhos de mar! E quando estiver cansado Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d‘água Pra me contar as histórias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada Em Pasárgada tem tudo É outra civilização Tem um processo seguro De impedir a concepção Tem telefone automático Tem alcalóide à vontade Tem prostitutas bonitas Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste Mas triste de não ter jeito Quando de noite me der Vontade de me matar - Lá sou amigo do rei - Terei a mulher que eu quero Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada.

Os melhores poemas de Manuel Bandeira. In:

Seleção de Francisco de Assis Barbosa.

Que Manuel Bandeira me perdoe, mas vou-me embora de Pasárgada

Vou-me embora de Pasárgada Sou inimigo do Rei

Não tenho nada que eu quero Não tenho e nunca terei Vou-me embora de Pasárgada Aqui eu não sou feliz

A existência é tão dura As elites tão senis

Que Joana, a louca da Espanha, Ainda é mais coerente

Do que os donos do país.

Millôr Fernandes. Folha de São Paulo, março 2001.

10 QUESTÃO 09

Os dois textos foram escritos em épocas distintas: o primeiro, na década de 1930 e o segundo, em 2001. A respeito da relação entre esses textos, assinale (V) para a proposição verdadeira e (F) para a falsa.

( ) A intertextualidade pode ser identificada no texto de Millôr Fernandes, uma vez que ele, além de citar o nome do autor do primeiro texto no título, repete, parcial ou integralmente, construções do poema.

( ) O uso das preposições pra e de nos títulos antecipa para o leitor diferentes relações entre o eu lírico e o lugar Pasárgada.

( ) No texto de Manuel Bandeira, predomina a evasão, enquanto que, no texto de Millôr Fernandes, predomina a crítica política.

( ) O texto de Millôr Fernandes é uma paráfrase do texto de Manuel Bandeira, pois conserva todas as ideias originais.

( ) Pasárgada, no texto de Manuel Bandeira, é um lugar ideal, enquanto que, no de Millôr Fernandes, é um lugar mais próximo da realidade.

QUESTÃO 10

A respeito da interpretação dos textos, assinale (V) para a proposição verdadeira e (F) para a falsa:

( ) No poema Que Manuel Bandeira me perdoe, mas vou-me embora de Pasárgada há a intenção de se fazer uma crítica política.

( ) Pasárgada, em ambos os textos, representa o ideal de liberdade, distante da realidade, almejado pelos autores.

( ) O desconhecimento do texto Vou-me embora pra Pasárgada não prejudica a interpretação do texto de Millôr Fernandes do ponto de vista da intertextualidade em relação ao primeiro texto.

( ) Em Pasárgada, de Manuel Bandeira, o corpo é livre para usufruir todos os prazeres, o que pode trazer vários problemas e levar à tristeza e ao desalento.

( ) Em Vou-me embora pra Pasárgada, o eu lírico pensa em sua satisfação pessoal e preocupa-se com questões, como a prostituição e o alcoolismo.

EXERCÍCIO 11

Por que se classifica o poema acima como pertencente ao gênero lírico? Explique.

EXERCÍCIO 12 Leia o texto:

Denomina-se Arcadismo ou Neoclassicismo o estilo que predominou na produção artística do século XVIII, no qual se observam mudanças marcantes no campo sociocultural. Naturalmente, esse processo foi acompanhado de novas propostas filosóficas., sendo a mais importante o Iluminismo.

(Texto nosso) a) Informe duas características literárias que justifiquem a denominação Neoclassicismo para o período.

11 b) Qual o entendimento básico que pode ser dado ao conceito “Iluminista”, presente em várias obras do

período?

Leia os versos de Tomás Antônio Gonzaga, para responder ao exercício 13

Assim também serei, minha Marília. Daqui a poucos anos,

Que o ímpio tempo para todos corre. Os dentes cairão e os meus cabelos. Ah! sentirei os danos,

Que evita só quem morre.

Vocabulário

Ímpio: impiedoso, cruel.

EXERCÍCIO 08

a) O tema central dos versos de Tomás Antônio Gonzaga é muito comum no Arcadismo. Levando em consideração as características dessa escola literária, identifique esse tema.

b) Transcreva um verso em que se observe explicitamente essa temática.

EXERCÍCIO 13

Leia os versos de Bocage, maior poeta árcade português e faça o que se pede.

Convite à Marília (...)

Vem, ó Marília, vem lograr* comigo Destes alegres campos a beleza, Destas copadas árvores o abrigo. Deixa louvar* da corte a vã* grandeza Quanto me agrada mais estar contigo, Notando as perfeições da Natureza! (...)

Bocage, século XVIII.

Vocabulário:

Lograr: aproveitar; obter; fruir, desfrutar. Louvar: exaltar, enaltecer, glorificar. Vã: sem valor; fútil, insignificante.

Levando em consideração os principais aspectos do Arcadismo, faça o que se pede.

12 b) Essa caracterização está de acordo com os ideais árcades? Por quê. Explique.

O TEXTO E AS IMAGENS ABAIXO, REFEREM-SE A OBRA TIL, DE JOSÉ DE ALENCAR

QUESTÃO 14

a) Quem seria essa moça?

b) Qual seu passado?

c) Quem poderia tê-la matado? E Por quê?