Sumário do Resultado
Lucro Líquido Ajustado de R$ 7,2 bilhões
O Banco do Brasil registrou Lucro Líquido Ajustado de R$ 7,2 bilhões em 2016, impactado principalmente pelo aumento da despesa de provisão.
Tabela 1. Resultado – R$ milhões
Var. %
4T15 3T16 4T16 s/4T15 s/3T16 2015 2016 s/2015
Rec. Oper. Totais (Produto Bancário) 24.262 24.370 24.828 2,3 1,9 88.788 96.259 8,4
Receitas Operacionais 23.868 24.299 24.818 4,0 2,1 87.094 95.604 9,8 Margem Financeira Bruta 14.267 15.099 15.333 7,5 1,6 52.537 59.341 13,0 Rendas de Tarifas 5.982 6.022 6.361 6,3 5,6 22.470 24.004 6,8 Res. de Part. em Coligadas e Controladas 979 1.064 1.116 14,0 4,8 3.830 4.269 11,5 Outras Receitas Operacionais 2.640 2.113 2.008 (24,0) (5,0) 8.257 7.990 (3,2) Previ - Plano de Benefícios 1 40 (141) (141) 0,0 (0,0) 358 (389) 0,0 Previ - Atualização de Fundo Utilização 354 212 151 (57,2) (28,7) 1.337 1.044 (21,9)
Despesas Operacionais Totais (13.700) (13.655) (14.262) 4,1 4,4 (49.350) (53.991) 9,4
Despesas Administrativas (8.480) (8.419) (8.617) 1,6 2,3 (31.709) (32.817) 3,5 Despesas de Pessoal (5.031) (5.283) (5.210) 3,6 (1,4) (19.296) (20.238) 4,9 Outras Despesas Administrativas (3.449) (3.137) (3.406) (1,2) 8,6 (12.413) (12.579) 1,3 Risco Legal (905) (629) (748) (17,4) 18,9 (1.966) (2.747) 39,7 Outras Despesas Tributárias (130) (121) (96) (26,1) (20,7) (467) (426) (8,9) Despesas Tributárias s/ Faturamento (1.167) (1.274) (1.327) 13,8 4,2 (4.322) (5.116) 18,4 Outras Despesas Operacionais (3.018) (3.212) (3.475) 15,2 8,2 (10.886) (12.885) 18,4
Resultado Não Operacional 29 55 64 123,3 15,8 166 227 36,8
Resultado Estrutural 10.590 10.770 10.630 0,4 (1,3) 39.605 42.495 7,3
Provisão p /Créd. de Liquidação Duvidosa (6.991) (6.644) (7.486) 7,1 12,7 (23.671) (31.552) 33,3 Outros/Impostos (952) (1.789) (1.396) 46,7 (22,0) (4.339) (3.773) (13,1)
Lucro Líquido Ajustado 2.648 2.337 1.747 (34,0) (25,2) 11.594 7.171 (38,2)
Itens Extraordinários (136) (91) (784) 475,5 761,1 2.805 863 (69,2)
Lucro Líquido 2.512 2.246 963 (61,6) (57,1) 14.400 8.034 (44,2)
Var. %
Na tabela a seguir são apresentados os conceitos de RSPL:
a) RSPL Contábil: calculado a partir das demonstrações financeiras;
b) RSPL Mercado: reflete a métrica que os principais analistas de mercado utilizam nas previsões de resultado;
c) RSPL Ajustado: retorno considerado para o Guidance; e
d) RSPL Acionista: retorno para o acionista do BB. O Instrumento Elegível ao Capital Principal não é considerado no cálculo do indicador, pois o pagamento da sua remuneração é realizado com recursos provenientes de lucros acumulados e reservas de lucros.
Tabela 2. Conceitos de RSPL – R$ milhões
4T15 3T16 4T16 2015 2016
RSPL Contábil - (a)/(b) % 12,7 11,1 4,5 17,8 9,5
a) LL Contábil 2.512 2.246 963 14.400 8.034 b) PL Contábil - Média 82.675 84.587 86.459 81.075 84.365
Indicadores de Mercado
Destaque para a evolução da relação do preço com o valor patrimonial de 0,50 em 2015 para 0,90 em 2016.
Tabela 3. Indicadores de Mercado
2015 2016 2017 E¹
Lucro por Ação - R$ 5,05 2,84 4,03
Lucro Ajustado por Ação - R$ 4,15 2,57 3,93
Dividend Yield² - % 13,96 3,01 3,16
Preço / Lucro 12 meses 2,86 9,74 8,08
Preço / Valor Patrimonial 0,50 0,90 0,95
¹ Estimativa Bloomberg com base na média das projeções de analistas externos. O BB não se responsabiliza por esta informação. Em 15 de Fevereiro de 2017.
² Dividendos e JCP 12 meses / Capitalização de Mercado.
Resultado Estrutural cresce 7,3%
O aumento do resultado estrutural é reflexo da eficiência operacional. O índice de eficiência, indicador de produtividade que expressa à relação entre as despesas administrativas e suas receitas operacionais, diminuiu de 41,6% em 2015 para 39,7% em 2016. Quanto menor o índice, mais “eficiente” é a empresa.
Destaque no ano para o crescimento da Margem Financeira Bruta (+13,0%), suportado pelas receitas financeiras com operações de crédito PF (+18,9%), e pelo o rígido controle das despesas administrativas (+3,5%).
Figura 1. Resultado Estrutural – R$ milhões
39.605 46.409 46.835 46.835 43.968 42.495 39.605 6.805 1.534 (1.108) 439 (3.306) (1.473) 42.495 Resultado Estrutural 2015 Margem Financeira Bruta Rendas de Tarifas Bancárias Despesas Administrativas Res. de Part. em Coligadas e Controladas Res. De Outras Receitas/Despesas Operacionais
Demais Resultado Estrutural
Margem Financeira cresce 13,0%
Em 2016 a Margem Financeira Bruta apresentou elevação de 13,0%. O desempenho foi suportado pela elevação da receita financeira com operações de crédito (R$ 6.888 milhões) e pelo aumento na receita com recuperação de crédito (R$ 854 milhões).
Figura 2. Margem Financeira Bruta – R$ milhões
0 0 0 0 0 52.537 6.888 (1.597) (465) 854 1.124 59.341 Margem Financeira Bruta 2015
Receita Financeira com Operações de Crédito Despesa Financeira de Captação Despesa Financeira de Captação Institucional Recuperação de Crédito Resultado de Tesouraria Margem Financeira Bruta 2016
Na figura a seguir é possível observar o crescimento do spread global, reflexo do movimento de reprecificação dos ativos iniciada em 2015, e a redução do saldo médio das operações de crédito.
Figura 3. Spread Global e Saldo Médio das Operações de Crédito – R$ bilhões
660,6 670,0 682,9 694,4 691,2 677,5 661,1 644,5 4,4 4,3 4,5 4,8 4,8 4,9 4,9 5,1 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 2T16 3T16 4T16
médios das carteiras de crédito, anualizado.
Figura 4. Spread por Segmento - %
15,5 15,8 16,3 16,5 16,6
7,4 7,5 7,7 7,9 8,0
5,8 5,9 5,9 6,1 6,3
4,8 4,8 4,9 5,0 5,0
4T15 1T16 2T16 3T16 4T16
Pessoa Física Operações de Crédito Pessoa Jurídica¹ Agronegócios ¹ Não inclui operações com o Governo.
Rendas de Tarifas alcançam R$ 24,0 bilhões
Destaque para as tarifas relacionadas à conta corrente (19,2%) e administração de fundos (9,9%).
Tabela 4. Rendas de Tarifas – R$ milhões
Var. %
4T15 3T16 4T16 s/4T15 s/3T16 2015 2016 s/2015
Rendas de Tarifas 5.982 6.022 6.361 6,3 5,6 22.470 24.004 6,8
Conta Corrente 1.458 1.600 1.660 13,8 3,7 5.224 6.229 19,2 Administração de Fundos 890 1.012 967 8,7 (4,4) 3.513 3.860 9,9 Seguros, Previdência e Capitalização 750 751 840 12,1 11,9 2.915 3.123 7,1 Cobrança 419 424 415 (1,0) (2,0) 1.699 1.679 (1,2) Operações de Crédito e Garantias Prestadas 485 374 506 4,3 35,0 1.718 1.684 (2,0) Cartão de Crédito/Débito 447 346 363 (18,8) 4,8 1.806 1.372 (24,0) Outros 1.534 1.515 1.610 5,0 6,3 5.594 6.057 8,3
Var. %
Figura 5. Principais Componentes das Rendas de Tarifas – Base 100
100 93 111 100 112 102 109 114 109 98 105 110 114 4T15 1T16 2T16 3T16 4T16
Despesas Administrativas crescem apenas 3,5%
O Banco busca constantemente melhorar sua eficiência operacional e produtividade, mantendo rígido controle das despesas administrativas. Desconsiderando-se o abono concedido aos funcionários referente ao ACT 2016/2018, no valor de R$ 392,9 milhões, o crescimento seria de 2,3%.
Figura 6. Despesas Administrativas – R$ milhões
5.031 4.789 4.956 5.283 5.210 3.449 3.019 3.017 3.137 3.406 41,6 40,9 39,9 39,7 39,7 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 (1. 000) 1.000 3.000 5.000 7.000 9.000 11. 000 4T15 1T16 2T16 3T16 4T16
Despesas de Pessoal Outras Despesas Administrativas Índice de Eficiência - em 12 meses %¹
¹ Índice de Eficiência: Despesas Administrativas / Receitas Operacionais. Dados referentes à Demonstração do Resultado com Realocações.
Índice de Capital Principal atinge 9,6%
O índice de capital principal manteve o ritmo de crescimento dos últimos quatro trimestres e atingiu 9,6%, permanecendo acima do mínimo regulatório.
Figura 7. Basileia - % 8,2 8,3 8,4 9,1 9,6 11,4 11,4 11,3 12,2 12,8 4,7 4,9 5,1 5,4 5,7 16,1 16,2 16,5 17,6 18,5
Carteira de Crédito e Captações Comerciais
Em 2016 a carteira de crédito ampliada apresentou redução de 11,3%. A carteira de crédito PJ, influenciada pelo decréscimo das operações de capital de giro 20,3%) e TVM privados e garantias (-30,9%), apresentou redução de 19,2% no mesmo período.
Alinhado ao comportamento da carteira de crédito, as captações comerciais apresentaram redução de 8,3% em 12 meses. Destaque para o decréscimo das operações compromissadas com títulos privados (-50,9%) e dos depósitos interfinanceiros (-50,2%).
Figura 8. Carteira de Crédito Ampliada – R$ milhões
364,6 348,5 327,6 316,8 294,7 185,0 187,7 189,7 187,6 187,8 174,9 179,5 184,5 179,6 179,8 73,8 61,7 51,2 51,5 45,7 798,4 777,5 753,0 735,4 708,1 7,6 2,3 (1,2) (6,9) (11,3) -200, 0 400, 0 600, 0 800, 0 1.000, 0 1.200, 0 1.400, 0 1.600, 0
Dez/15 Mar/16 Jun/16 Set/16 Dez/16
Pessoa Jurídica Pessoa Física Agronegócio Externa Crescimento em 12 meses - %
Figura 9. Captações Comerciais – R$ milhões
152,9 154,1 153,5 150,6 142,0 151,8 151,9 148,4 148,7 151,8 66,5 62,6 62,5 61,6 69,3 93,6 67,4 57,9 55,6 46,3 669,5 638,6 624,8 619,9 613,6 5,8 (0,5) (2,3) (6,1) (8,3) 204,5 202,6 202,5 203,4 204,2 -200, 0 400, 0 600, 0 800, 0 1.000, 0 1.200, 0
Dez/15 Mar/16 Jun/16 Set/16 Dez/16
Depósitos a Prazo LCA + LCI Depósitos de Poupança
Qualidade da Carteira
No 4T16 o Banco do Brasil desenvolveu novos níveis de classificação de risco de crédito, que estabelece níveis de rating intermediários e complementares àqueles normatizados pela Resolução CMN 2.682/1999. Houve uma ampliação dos níveis de risco de 9 para 30 e como consequência reforço de provisão. A cobertura Pessoa Jurídica (PJ) e Pessoa Física (PF) apresentaram incremento, trazendo um maior equilíbrio entre as carteiras.
Figura 10. Cobertura¹ por Segmento – %
222,2 201,8 201,3 190,9 199,6 150,3 145,1 144,9 141,0 145,8 291,9 254,9 290,0 295,6 228,9
Dez/15 Mar/16 Jun/16 Set/16 Dez/16
PF PJ Agro
¹ Relação entre o saldo total de provisão (mínima requerida, complementar e adicional) e o saldo das operações de crédito vencidas há mais de 90 dias.
Figura 11. Despesa de Provisão por Segmento – R$ milhões
954 1.041 396 730 (336) 391 1.942 804 132 98 4.319 4.754 5.794 4.370 5.517 1.326 1.408 1.282 1.411 2.207 6.991 9.145 8.277 6.644 7.486 4T15 1T16 2T16 3T16 4T16 Agro Externa PJ PF
O risco médio do Banco (relação entre o saldo da provisão requerida e o total da carteira classificada) se mantém em patamar inferior ao do SFN.
5,70 6,00
6,30 6,50 6,50
4,22
4,86
5,34 5,58 5,52
Dez/15 Mar/16 Jun/16 Set/16 Dez/16
Risco Médio - SFN Risco Médio - BB
O índice de inadimplência INAD+90d (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada) alcançou 3,29% em dezembro/16. No 4T16, o caso específico foi baixado para prejuízo.
Figura 13. Inad +90d - % 3,40 3,50 3,50 3,70 3,70 2,23 2,59 3,26 3,50 3,29 2,85 3,06
Dez/15 Mar/16 Jun/16 Set/16 Dez/16
INAD +90d - SFN INAD +90d - BB INAD +90d - ex-caso específico
Tabela 5. Carteira de Crédito Renegociada – R$ milhões
4T15 3T16 4T16 s/4T15 s/3T16
Créditos Renegociados por Atraso 19.653 25.694 27.086 37,8 5,4
Saldo Inicial 15.520 25.050 25.694 65,6 2,6 Contratações 6.015 2.758 3.873 (35,6) 40,4 Recebimentos menos Juros Líquidos¹ (1.037) (744) (1.113) 7,3 49,7 Baixas para Prejuízo (845) (1.370) (1.368) 62,0 (0,2) Provisão/Carteira - % 43,7 42,0 44,0
Inadimplência + 90 dias/Carteira - % 16,1 24,8 27,2 Índice de Cobertura - % 270,7 169,3 161,7 Participação da Carteira Renegociada na Classificada - % 2,7 3,8 4,1
Var. %
¹ Recebimentos de Principal e Juros menos os Juros capitalizados no período.
Reorganização Institucional
O Banco do Brasil S.A. (BB) iniciou um conjunto de medidas para reorganização institucional, que serão implementadas ao longo de 2017. Dentre elas:
b) reorganização da rede de atendimento de forma a adequar-se ao novo perfil e comportamento dos clientes, com o aproveitamento de sinergias, a otimização de estruturas e a ampliação de serviços digitais, sem comprometer a presença do BB nos municípios em que atua. Ao final, 379 agências serão transformadas em postos de atendimento (PA) e 402 serão desativadas; e
c) Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI), que teve 9.409 adesões.
É estimada uma economia anual com despesas administrativas, exceto pessoal, de R$ 750 milhões, sendo R$ 450 milhões decorrentes da nova estrutura organizacional e R$ 300 milhões da redução de gastos com transporte de valores, segurança, locação e condomínios, manutenção de imóveis, entre outras.