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FACULDADE MARIA MILZA CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA MARIA DAS GRAÇAS DE ANDRADE RODRIGUES

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CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

MARIA DAS GRAÇAS DE ANDRADE RODRIGUES

AVALIAÇÃO DE RECEITAS E NOTIFICAÇÕES DE RECEITAS DE MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS: uma revisão da literatura

GOVERNADOR MANGABEIRA – BA 2017

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AVALIAÇÃO DE RECEITAS E NOTIFICAÇÕES DE RECEITAS DE MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS: uma revisão da literatura

Monografia apresentada ao Curso de Bacharelado em Farmácia da Faculdade Maria Milza, como requisito parcial para obtenção do título de graduado.

Orientadora: Profª MSc. Dayse Alessandra A. Silva

GOVERNADOR MANGABEIRA – BA 2017

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Dados Internacionais de Catalogação

Dados Internacionais de Catalogação Rodrigues, Maria das Graças de Andrade

R696a Avaliação de receitas e notificações de receitas de medicamentos psicotrópicos: uma revisão de literatura / Maria das Graças de Andrade Rodrigues. – Governador Mangabeira – Ba, 2017.

43 f.

Orientadora: Profa. Ma. Dayse Alessandra A. Silva

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia) – Faculdade Maria Milza, 2017.

1. Prescrição 2. Psicotrópicos. 3. Portaria 344/98 I. Silva, Dayse Alessandra A. II. Título.

CDD 615.788

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MARIA DAS GRAÇAS DE ANDRADE RODRIGUES

AVALIAÇÃO DE RECEITAS E NOTIFICAÇÕES DE RECEITAS DE MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS: uma revisão da literatura

Aprovado em: ______/______/______.

BANCA DE APRESENTAÇÃO

______________________________________________________ Orientador Profª. Msc. Dayse Alessandra A. Silva

Faculdade Maria Milza-FAMAM

_____________________________________________________ Prof. Dr. Paulo R. R. Mesquita

Faculdade Maria Milza-FAMAM

_______________________________________________________ Orientadora: ProfaMSc. Danielle Figuerêdo da Silva

Faculdade Maria Milza-FAMAM

GOVERNADOR MANGABEIRA-BA 2017

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Dedico este trabalho ao meu esposo, minha família e meus amigos que sempre me apoiaram com todo carinho para concluir mais esta etapa.

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradeço à Deus pоr tеr mе dado saúde е força pаrа superar às dificuldades, por minha vida, família e amigos. E por estar presente em todos os momentos de minha vida.

À Faculdade Maria Milza pela oportunidade dе fazer о curso.

À minha orientadora e Profª Dayse Alessandra, pelo suporte que lhe coube, pelas correções, incentivo e dedicação para elaboração deste trabalho.

Ao professor Paulo Mesquita por todo apoio e confiança e orientação no desenvolvimento deste trabalho, muito obrigada.

Agradeço também ао mеυ esposo qυе de forma especial е carinhosa mе dеυ força е coragem, mе apoiando nоs momentos dе dificuldades.

À minha família, pоr sua capacidade dе acreditar еm mіm e sempre me apoiar.

À todos aqueles qυе de alguma forma estiveram е estão próximos de mim, fazendo esta vida valer cada vez mais а pena.

(7)

RESUMO

Os medicamentos psicotrópicos são modificadores seletivos do Sistema Nervoso Central, classificados em ansiolíticos e sedativos; antipsicóticos; antidepressivos; estimulantes psicomotores; psicomiméticos e potencializadores da cognição. São medicamentos que podem causar dependência psíquica, necessitando de prescrição através do controle especial. Este trabalho é de extrema relevância, pois a identificação de erros em receitas e notificações de receitas possibilita minimizar os riscos à segurança do tratamento. Sendo assim, o objetivo geral foi avaliar as receitas e notificações de receitas de medicamentos psicotrópicos, e objetivos específicos: realizar uma revisão na literatura para identificação de estudos que avaliem as receitas e notificações de receitas de psicotrópicos; comparar os resultados obtidos por diferentes autores sobre os erros identificados nas receitas e notificações de receitas, com base no preconizado na portaria nº 344/98; identificar as classes de psicotrópicos, mais utilizadas nos estudos avaliados. A revisão da literatura sobre a avaliação das receitas e notificações de receitas de medicamentos psicotrópicos foi feita utilizando artigos publicados entre os anos de 2011 e 2015. Através dos estudos analisados foi possível identificar que os erros mais comuns eram a ausência da data de emissão e ilegibilidade dificultando a dispensação adequada do medicamento, enquanto que erros na identificação do emitente, identificação do usuário, identificação do medicamento, assinatura do prescritor e identificação do registro foram encontrados, porém em uma menor proporção. As classes de medicamentos mais prescritas foram antidepressivos, ansiolíticos, anticonvulsivantes, estabilizadores do humor. Os resultados encontrados mostram a necessidade de maior atenção por parte dos prescritores para seguir todas as normas descritas na Portaria nº 344/98 fornecendo uma prescrição adequada e segura para o paciente, diminuindo os erros durante a dispensação.

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ABSTRACT

Psychotropic drugs are selective modifiers of the Central Nervous System, classified as anxiolytics and sedatives; Antipsychotics; Antidepressants; Psychomotor stimulants; Psychomimetics and cognitive enhancers. They are medicines that can cause psychic dependence, requiring prescription through special control. This work is extremely relevant, since the identification of errors in recipes and recipe notifications makes it possible to minimize the risks to the safety of the treatment. Thus, the general objective was to evaluate the recipes and notifications of recipes for psychotropic drugs, and specific objectives: to carry out a review in the literature to identify studies that evaluate recipes and reports of psychotropic recipes; To compare the results obtained by different authors on the errors identified in revenues and revenue notifications, based on that envisaged in Administrative Rule No. 344/98; To identify the classes of psychotropics, most used in the studies evaluated. The review of the literature on the evaluation of recipes and notifications of recipes for psychotropic drugs was made using articles published between the years 2011 and 2015. Through the studies analyzed it was possible to identify that the most common errors were the absence of the date of issue and illegibility Making it difficult to properly dispensing the drug, while errors in the identification of the issuer, user identification, drug identification, prescriber's signature and identification of the registry were found, but to a lesser extent. The most prescribed classes of medications were antidepressants, anxiolytics, anticonvulsants, mood stabilizers. The results show the need for more attention on the part of the prescribers to follow all the norms described in the Ordinance nº 344/98 providing an adequate and safe prescription for the patient, reducing the errors during the dispensation.

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LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária DCB - Denominação Comum Brasileira

FDA – Food And Drug Administration NRA - Notificação de Receita A

OMS - Organização Mundial da Saúde SNC - Sistema Nervoso Central

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Modelo de Notificação de receita A (Cor: Amarela) ... 24 Figura 2 - Modelo de Notificação de receita C (Branca). ... 24 Figura 3 - Modelo de Notificação de receita B2 (Azul). ... 25 Figura 4 - Classes de psicotrópicos utilizados por pacientes, segundo classificação farmacoterapêutica principal. ... 26

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Aspectos essenciais para uma receita médica de psicotrópicos ... 22 Quadro 2 - Análise das prescrições de psicotrópicos mais prescritos. ... 29 Quadro 3 - Análise das prescrições quanto aos erros encontrados em receitas e notificações de receitas. ... 34

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Classificação da substâncias controladas pela portaria n° 344/98 . 18 Tabela 2 - Ilegibilidade referente a alguns campos para receitas B e C1 em farmácias de manipulação, Ribeirão Preto, 2000. ... 27

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 15

2 REVISÃO DE LITERATURA ... 17

2.1 MEDICAMENTOS SUJEITOS AO CONTROLE ESPECIAL ... 17

2.2 PRESCRIÇÃO MÉDICA ... 19

2.3 REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA UMA RECEITA CORRETA ... 20

2.4 PRINCIPAIS CAUSAS DE ERROS DE PRESCRIÇÃO DE PSICOTRÓPICOS . 21 2.5 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS ... 23

2.5.1 Portaria 344 ... 23

2.6 USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS NO BRASIL ... 25

2.7 FALHAS NA PRESCRIÇÃO E NOTIFICAÇÕES DE RECEITAS DE MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS NO BRASIL ... 26

3 METODOLOGIA ... 28 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 29 4.1 ANÁLISE DA LEGIBILIDADE ... 36 4.2 IDENTIFICAÇÃO DO EMITENTE ... 36 4.3 IDENTIFICAÇÃO DO USUÁRIO ... 37 4.4 IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO ... 37 4.5 DATA DE EMISSÃO... 37 4.6. ASSINATURA DO PRESCRITOR ... 38 4.7. IDENTIFICAÇÃO DO REGISTRO ... 38 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 39 REFERÊNCIAS... 40

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1 INTRODUÇÃO

Os medicamentos são considerados benéficos quando atingem os objetivos a que se propõem como: minimizar os efeitos causados por estado de doença, e se possível eliminá-los completamente, estabelecendo a cura definitiva (BRASIL, 2010).

Na sociedade moderna, a prescrição de medicamentos é, portanto, uma atividade praticamente “imposta” ao médico, como se a consulta não fosse concluída se não ocorresse à prescrição. Portanto, devido à banalização das prescrições médicas, tem-se dado pouca atenção à sua qualidade. As prescrições têm papel ímpar na prevenção de erros de medicação e, sabe-se que tais erros podem decorrer de prescrições ambíguas, ilegíveis ou incompletas, ocasionando sérios danos ao paciente (VALADÃO et al., 2009).

Além da prescrição de medicamentos, outro ponto importante, é a atuação do farmacêutico na dispensação. A dispensação representa a principal atividade farmacêutica em uma farmácia e consiste no ato profissional de proporcionar a aquisição esclarecida de um ou mais medicamentos por um paciente, geralmente como resposta à apresentação de uma receita médica (AZEVEDO et al., 2011). A dispensação faz parte do processo de atenção à saúde e deve ser considerada como uma ação integrada do farmacêutico com os outros profissionais da saúde, em especial, com os prescritores (GALATO et al., 2008).

O tratamento medicamentoso envolve vários fatores, sendo, passível a ocorrência de erros. E em se tratando especificamente da prescrição e da dispensação de medicamentos psicotrópicos, há evidências de um grande problema de saúde pública no Brasil (FERRARI et al., 2013).Portanto, é de grande importância aprofundar a discussão sobre a prescrição e dispensação de medicamentos, em especial psicotrópicos.

O presente estudo tem como tema “Avaliação das receitas e notificações de receitas de medicamentos psicotrópicos. ”Sendo de extrema relevância para realizar um levantamento dos principais erros encontrados em receitas e notificações de receitas descritos na literatura, identificar as principais classes de psicotrópicos utilizadas, além de avaliar quais os riscos que as informações omitidas ou preenchidas de forma incorreta nas receitas e notificações de receita podem trazer ao paciente.

(15)

Sendo assim, este estudo tem como objetivo geral avaliar as receitas e notificações de receitas de medicamentos psicotrópicos. E como objetivos específicos: realizar uma revisão na literatura para identificação de estudos que avaliem as receitas e notificações de receitas de psicotrópicos; comparar os resultados obtidos por diferentes autores sobre os erros identificados nas receitas e notificações de receitas, com base no preconizado na portaria nº 344/98 e identificar as classes de psicotrópicos, mais utilizadas nos estudos avaliados.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 MEDICAMENTOS SUJEITOS AO CONTROLE ESPECIAL

Os Medicamentos/substâncias sujeitos a controle especial são aqueles que têm ação no SNC podendo causar dependência física ou química (BRASIL, 2015). A Portaria Federal Nº 344, de 12 de maio de 1998 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (SVS/MS) é a principal legislação nacional sobre o comércio de medicamentos sujeitos a controle especial. Esta portaria estabelece diretrizes para a implementaçãodo controle dos estabelecimentos farmacêuticos, como forma de programar procedimentos que visem o combate ao uso indevido de produtos controlados. Nela, as substâncias estão distribuídas em listas que determinam a forma como devem ser prescritas e dispensadas (BRASIL, 2010).

As substâncias psicotrópicas podem ser classificadas, segundo a OMS em: ansiolíticos e sedativos; antipsicóticos (neurolépticos); antidepressivos; estimulantes psicomotores; psicomiméticos e potencializadores da cognição. Destas categorias, três apresentam grande importância quando se fala em controle de vendas em estabelecimentos farmacêuticos: os ansiolíticos (benzodiazepínicos), os antidepressivos e os estimulantes psicomotores (ANDRADE et al., 2004).

Os medicamentos psicotrópicos são usados no tratamento de muitas patologias e estes possuem aplicações em várias situações clínicas, como doenças psiquiátricas e oncológicas. Porém, mesmo com diversas propriedades benéficas estes medicamentos apresentam alguns riscos, podendo ocasionar dependência física ou psíquica. Sendo necessário que sejam usados clinicamente de forma racional e de acordo com indicações médicas (GONÇALVES et al.,2012).

A Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) é, portanto, a responsável não só pela publicação da lista de substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial, como o órgão que regulamenta seu consumo (ANVISA, 2009).

De acordo portaria nº 344/98 substâncias psicotrópicas são controladas e só podem ser dispensadas com a receita médica. A Tabela 1 mostra as

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classes, classificações das substâncias psicotrópicas e as principais substâncias controladas.

Tabela 1 - Classificação da substâncias controladas pela portaria n° 344/98

CLASSE CLASSIFICAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS A3 Substâncias psicotrópicas Estimulantes do SNC Anfetamina, Dexanfetamina, Metilfenidato.

B1 Substâncias psicotrópicas Alprazolam,BromazepamClorazepam, Diazepam, Lorazepam, cloxazolam

B2 Substâncias psicotrópicas

anorexígenas

Anfepramona, Fenproporex, Sibutramina.

C1 Outras substâncias sujeitas a controle

especial

Amitriptilina, Bupropiona, Clorpromazina, Citalopram, Carbamazepina, Diazepina, Duloxetina, Fluoxetina, Haloperidol,

Imipramina, Litio, Primidona, Venlaxina.

C2 Substâncias retinóicas

Adapaleno Isotretinoína

Tretinoína

C3 Substâncias imunossupressoras Ftalimidoglutarimida (talidomida)

C4 Substâncias anti-retrovirais

Delavidina, Didanosina (ddI), Efavirenz, Estavudina (d4T), Indinavir, Lamivudina, Nelfinavir, Neviparapina, Ritonavir, Saquinavir,

Zidovudina (AZT) C5 Substâncias anabolizantes Diidroepiandrosterona (DHEA), Estanozolol,Metandriol, Metiltostesterona, Nandrolona, Oximetolona Fonte: BRASIL, 1998

De acordo o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos controlados (SNGPC) da ANVISA os ansiolíticos são substâncias de controle especial, sendo, deste grupo, os mais consumidos pelos brasileiros no período de 2007 a 2010 (SILVA; IGUTI, 2013).

Os psicotrópicos são prescritos para diferentes circunstâncias, principalmente como tratamento farmacológico para transtornos mentais. É uma classe de medicamento que pode causar dependência, sendo assim, são prescritos através do controle especial (A3, B1, B2, C1, C2, C3, C4, C5 e D1),

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regulamentados pela Portaria nº 344/98, visto que, alteram as emoções, humor e comportamento dos seres humanos (FIRMO et al, 2013).

O uso de substâncias psicotrópicas tem sido objeto de diversos estudos no Brasil, devido à crescente preocupação com os hábitos de consumo de drogas lícitas e ilícitas e seus impactos sociais, econômicos e, sobretudo, suas implicações na saúde da população. As medidas de prevenção do uso abusivo de psicotrópicos são eficazes quando se conhece a realidade do consumo da população, sendo assim é importante à realização de pesquisas nos diversos segmentos da sociedade (LUCAS et al., 2006).

Atualmente verifica-se um abuso no consumo de medicamentos psicotrópicos, devido uma prescrição excessiva, em especial dos ansiolíticos e dos antidepressivos, por parte dos médicos (PELEGRINI, 2003).

2.2 PRESCRIÇÃO MÉDICA

A prescrição de medicamentos é importante para o processo de cuidados assistenciais e representa ação médica fundamental. Contudo, a grande quantidade de fármacos e produtos comerciais disponíveis no mercado, os frequentes lançamentos e a enorme quantidade de interações de medicamentos e de efeitos adversos, faz com que esta importante etapa do processo de atendimento seja susceptível a erros (DEL FIOL, 1999)

Sabemos que há uma dificuldade de comunicação e atritos entre médicos (prescritores) e farmacêuticos (dispensadores). Isso prejudica o cuidado com o paciente que pode resultar em baixa adesão ao tratamento (PEPE; CASTRO, 2000).

A falta de informações sobre o medicamento (forma farmacêutica, dosagem e apresentação) somado ao desconhecimento do seu modo de usar (posologia, via de administração, tempo de tratamento) podem ser as possíveis causas do uso incorreto dos medicamentos que são reflexo da baixa qualidade do atendimento médico e da dispensação. Seus efeitos inclusive podem ser considerados uma patologia emergente e com grande impacto em termos de desperdício, prejuízo terapêutico, tratamentos sem efetividade e inadequados (OTERO; DOMÍNGUES 2000).

De acordo Firmo et al.(2013, p. 11):

A prescrição médica é um instrumento essencial para a terapêutica e para o Uso Racional de Medicamentos. De acordo com a Política Nacional de Medicamentos, Portaria GM

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nº 3.916/98, a prescrição é o ato de definir o medicamento a ser consumido pelo paciente, com a respectiva posologia (dose, frequência de administração e duração do tratamento), este ato é expresso mediante a elaboração de uma receita médica.

2.3 REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA UMA RECEITA CORRETA

A receita médica deve conter o nome do medicamento, escrito em língua portuguesa, orientação de uso para o paciente, deve ser escrita por um profissional habilitado de acordo com a legislação, quer seja de formulação magistral ou de produto industrializado (BRASIL, 1998).

A prática adequada da prescrição poderá colaborar para que se consiga a segurança no uso de determinado medicamento e para que a conduta assumida no seu uso seja racional, visando sempre que o tratamento farmacológico seguido pelo paciente seja de fato o indicado (SANTI, 2016). Para isso, as receitas prescritas devem tratar os sintomas clínicos, indicando informações sobre a dose e a concentração do medicamento, além do período de tratamento (VALADÃO, 2009).

Desde a conferência da OMS em 1987 foram multiplicados os esforços para investigar as práticas de prescrição e garantir o máximo controle no processo, com o intuito de contribuir para a diminuição dos equívocos associados à redação da receita médica. A OMS (1993) apresentou uma lista que consta indicadores básicos sobre o uso de medicamentos, os quais estão relacionados à prescrição, à assistência ao paciente e ao serviço prestado como núcleo mínimo de variáveis que devem determinar o uso de um medicamento.

Em relação aos indicadores básicos relacionados à prescrição, a OMS sugere avaliar: número médio de medicamentos por consulta; porcentagem de medicamentos prescritos por seu nome genérico; porcentagem de consultas em que se prescreve um antibiótico; porcentagem de consultas em que se prescreve medicamento injetável; porcentagem de medicamentos prescritos que figuram na lista do formulário de medicamentos essenciais. Existem outras variáveis úteis para determinar a eficácia do uso racional de medicamentos, contudo segundo a OMS, os indicadores supracitados são os que se revelaram essenciais em um primeiro momento (MORTARI et al., 2014), sendo que atualmente não existem indicadores sobre o uso de psicotrópicos.

(20)

2.4 PRINCIPAIS CAUSAS DE ERROS DE PRESCRIÇÃO DE PSICOTRÓPICOS

As análises dos erros retratam que as suas causas são multifatoriais e muitas envolvem circunstâncias similares de acordo com notificações enviadas por instituições para o Food And Drug Administration (FDA) (MADRUGA; SOUZA, 2009).

Segundo Pinto et al. (2015) o não cumprimento da legislação sobre o preenchimento adequado de receitas e notificações de receitas, pode ocasionar erro nas prescrições, podendo levar os pacientes a situações de desconforto devido a erros de dispensação ou dosagem incorreta.

As falhas na prescrição médica podem ocasionar utilização inadequada do medicamento, visto que pode não ser entendida quando se tem erros na escrita. Isso pode gerar falha na farmacoterapia, consequentemente a um tratamento ineficiente, podendo agravar o quadro do paciente (BATISTA; ANDRADE, 2012).

De acordo Silva (2009) as principais causas dos erros de prescrição são: grafia ilegível, prescrições incompletas e duvidosas, transcrição da prescrição, emprego de abreviaturas não unificadas, especialidades farmacêuticas e genéricas com grafias semelhantes, ordens médicas verbais e dificuldade de correlacionar à nomenclatura genérica com as especialidades farmacêuticas e vice-versa.

O quadro 1 mostra aspectos essenciais para as receitas médicas de psicotrópicos. Quando se trata de prescrição de medicamentos sujeitos a controle especial, as receitas devem estar adequadas de acordo com a legislação vigente. A lei que regulamenta as substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial foi elaborada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde e está descrita na Portaria Nº 344, de 12 de maio de 1998 (BRASIL 1998).

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Quadro 1 - Aspectos essenciais para uma receita médica de psicotrópicos

Identificação do emitente Impresso em formulário do

profissional ou da instituição contendo:

 o nome e endereço do consultório e/ou da residência do profissional,  nº da inscrição no Conselho

Regional

 no caso da instituição, nome e endereço da mesma;

Identificação do usuário  Nome e endereço completo do

paciente,

 no caso de uso veterinário, nome e endereço completo do proprietário e identificação do animal;

Identificação do medicamento

 Nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma

de Denominação Comum

Brasileira (DCB)

 Dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e posologia;

Assinatura do prescritor Quando os dados do profissional

estiverem devidamente impressos no cabeçalho da receita, este poderá apenas assiná-la.

No caso de o profissional pertencer a uma instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá identificar sua assinatura, manualmente de forma legível ou com carimbo, constando a inscrição no Conselho Regional; Identificação do registro Na receita retida, deverá ser anotado

no verso, a quantidade aviada e, quando tratar-se de formulações magistrais, também o número do registro da receita no livro

correspondente

Fonte: BRASIL, 1998

O intuito dessa portaria é de estimular e favorecer prescrições mais adequadas. A receita médica deve conter informações escritas de forma compreensível e baseadas na ordem médica, ou seja, quando, como e a

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quantidade que o paciente deve administrar o fármaco (MADRUGA; SOUZA, 2009).

2.5 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS 2.5.1 Portaria 344

A portaria nº344/98 legisla sobre vários parâmetros para a prescrição e venda destes produtos, e determina, por exemplo: quanto à notificação de receita dos medicamentos das listas A1, A2, A3, B1 e B2. A notificação é o documento que acompanhado de receita autoriza a dispensação de medicamentos componentes das listas, deverá estar preenchida de forma legível e a farmácia ou drogaria somente poderá aviar ou dispensar quando todos os itens da receita e da respectiva notificação de receita estiverem devidamente preenchidos (ANDRADE et al., 2004).

Para dispensação de medicamentos constantes nas listas A é necessário a apresentação e retenção da notificação de receita A (NRA) que é um documento padronizado destinado à notificação da prescrição de medicamentos entorpecentes cor amarela, conforme Figura 1(BRASIL, 1998).

A notificação deverá ser firmada por profissional devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina, no Conselho Regional de Medicina Veterinária ou no Conselho Regional de Odontologia. Será válida por 30 (trinta) dias, a contar da data de sua emissão, em todo o território nacional. As notificações de Receita “A”, quando para aquisição em outra unidade federativa, precisarão que sejam acompanhadas de receita médica com justificativa de uso. E as farmácias, por sua vez, ficarão obrigadas a apresenta-las, dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, à Autoridade Sanitária local, para averiguação e visto (BRASIL, 1998).

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Figura 1 - Modelo de Notificação de receita A (Cor: Amarela)

Fonte: Manual de Orientações Básicas para prescrição Médica.

A Notificação de Receita para prescrição do medicamento de cor branca (Figura 2) é utilizada para medicamentos relacionados nas listas C2 (Subst. Retinoides de uso sistêmico), sendo que esta possui validade de 30 dias após prescrição, válida somente no estado da Federação emitente. É permitida uma quantidade Máxima/ Receita de 30 dias de tratamento e limitado a 05 ampolas por medicamento injetável. Deve vir acompanhada do Termo de Consentimento de Risco e Consentimento Pós-Informação. (BRASIL, 1998).

Figura 2 - Modelo de Notificação de receita C (Branca).

Fonte: Manual de Orientações Básicas para prescrição Médica.

A Receita B é um impresso, padronizado, na cor azul (Figura 3), utilizado na prescrição de medicamentos que contenham substâncias psicotrópicas – listas B1 e B2 e suas atualizações constantes na Portaria 344/98. Terá validade por 30 (trinta) dias, a partir de sua emissão, e com validade apenas na unidade federativa que concedeu a numeração. O tratamento poderá conter até (cinco)

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ampolas e para as demais formas farmacêuticas o ideal para até 60 (sessenta) dias (BRASIL, 1998).

Figura 3 - Modelo de Notificação de receita B2 (Azul).

Fonte: Manual de Orientações Básicas para prescrição Médica.

2.6 USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS NO BRASIL Segundo um relatório do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) divulgado pela ANVISA em 2010, foi observado que há um consumo elevado de medicamentos controlados no Brasil (SANTOS et al., 2009).

Esse relatório levantou a preocupação para a exigência do maior controle para o caso dos medicamentos psicotrópicos visto que, apesar de serem necessários e indispensáveis, podem provocar dependência física e psíquica. Assim, a correta identificação do distúrbio psíquico possui uma importância ímpar para o adequado tratamento (BRASIL, 2012).

Em um estudo realizado por Santos et. al (2009),com o intuito de evidenciar a interação medicamentosa que ocorrem com fármacos atuantes no sistema nervoso central, demonstrou-se que as classes de fármacos mais utilizadas pelos indivíduos pesquisados foram os benzodiazepínicos e os antidepressivos.

Com relação ao consumo de psicotrópicos em Caucaia-CE, mostrou que o consumo foi elevado no ano do estudo, principalmente de diazepam5 mg, sendo necessário a implementação de serviços que garantam o uso racional, para que a saúde da população seja preservada, influenciando na redução nos gastos públicos (SANTOS et al., 2009).

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Figura 4 - Classes de psicotrópicos utilizados por pacientes da região pesquisada, segundo classificação farmacoterapêutica principal.

Fonte: Santos e colaboradores (2009).

O uso de medicamentos por escolares da rede pública e privada de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, foi analisado por Pizzol e colaboradores (2007). Os resultados demonstraram que esses indivíduos fizeram uso de ansiolíticos em associação com o uso de anfetamínicos, anabolizantes, barbitúricos e anticolinérgicos. Isso demonstra que as crianças e adolescentes precisam ser incluídos nas campanhas educativas para prevenção do uso indevido desses medicamentos.

2.7 FALHAS NA PRESCRIÇÃO E NOTIFICAÇÕES DE RECEITAS DE MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS NO BRASIL

O não cumprimento dos critérios explicitados na legislação quanto à prescrição e dispensação de medicamentos psicotrópicos tem incentivado o aumento nas pesquisas, que têm demonstrado resultados complexos, revelando práticas inadequadas e reafirmando a necessidade de uma fiscalização mais efetiva. (ANDRADE et al., 2004).

Em uma pesquisa realizada por Andrade e colaboradores (2004), avaliou-se 753 receitas, de novembro de 2000, provindas de sete farmácias de manipulação de Ribeirão Preto-SP. O resultado desse estudo demonstrou valores superiores a 80% do não cumprimento à legislação relacionado às

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receitas, analisando tanto as farmácias no preenchimento das informações no momento da dispensação, quanto as prescrições em uma consulta médica.

Os dados da Tabela 3 abaixo mostram que a maior porcentagem de ilegibilidade foi encontrada na identificação do paciente, sendo 18,2% para receitas B e 10,2% para as C.

Tabela 2 - Ilegibilidade referente a alguns campos para receitas B e C1. Farmácias com manipulação, Ribeirão Preto, 2000.

CAMPOS/RECEITAS B(%) C1(%)

Paciente 18,2 10,2

Forma farmacêutica 9,3 3,5

Dosagem 7,4 2,6

Posologia 5,1 1,9

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3 METODOLOGIA

O presente trabalho consiste numa revisão da literatura sobre a avaliação das receitas e notificações de receitas de medicamentos psicotrópicos, é uma pesquisa de caráter qualitativo. A revisão de literatura é um tipo de estudo que busca a analise e descrição dos dados com o intuito de detalhar e esclarecer um determinado fenômeno distinto (COPPER, 1982).

Foram realizadas busca de artigos presentes nas bases de dados SciELO®, Medline®, foi ainda realizada pesquisa no Google Scholar®. Após a coleta dos artigos, foram utilizados aqueles que eram relevantes sobre o tema em questão.

Foram utilizados os seguintes descritores: “psicotrópicos”; “notificações de receitas”; “erros de prescrição”; “Portaria 344/98”. Utilizou-se como critérios de inclusão: artigos publicados entre 2011 e 2015; idioma português e inglês; estudos que abordassem erros encontrados em receitas e notificações de receitas.

Como critérios de exclusão: artigos publicados antes do ano de 2011; e com idioma diferente do inglês e português.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nesse estudo foram avaliados 100 artigos, sendo 15 selecionados por abordarem melhor o tema em questão, e apenas sete passaram por uma análise, nos quais foram observados quais eram as classes de psicotrópicos mais prescritos e os principais erros das notificações de receitas médicas.

Os resultados encontrados estão expostos no quadro 1 e 2, trazendo as classes mais prescritas de psicotrópicos e os erros encontrados nas receitas e notificações de receitas segundo estudos realizados pelos autores dos artigos selecionados.

Quadro 2 - Análise das prescrições de psicotrópicos mais prescritos.

ARTIGOS/AUTORES CLASSES MAIS PRESCRITAS

1ª 2ª 3ª Arruda; Morais, Partata (2012). Antipsicóticos (Risperidora) Antidepressivos (Fluoxetina) Estabilizadores do Humor (Carbamazepina) Silva; Iguti (2013). Antidepressivos

(Fluoxetina)

Ansioliticos + Hipnóticos (Benzodiazepínicos)

Anticonvulsivantes

Azevedo et al. (2011) Ansioliticos Benzodiazepínicos (Clonazepam) Antidepressivos (Fluoxetina) Anticonvulsivantes (Fenobarbital) Ferrari et al. (2013) Ansiolíticos –

Benzodiazepinicos (Diazepam) Estabilizadores do Humor (Carbamazepina) Anticonvulsivantes – Barbitúrico (Fenobarbital) Firmo et al. (2013) Ansioliticos e

Hipnóticos – Benzodiazepínicos (Clonazepam) Associação de um Ansiolitico mais um Antidepressivo (Clordiazepóxido + Amitriptilina) Associação de um antipsicótico mais um Benzodiazepínico ( Sulpiridida + Bromazepam) Sousa et al. (2014) Não avaliou as classes mais prescritas

Pinto et al. (2015) Farmácia Pública Ansiolítico – Benzodiazepínicos (Clonazepam) Antidepressivo

(Fluoxetina) Não foi informado

Farmácia Privada Antidepressivo (Fluoxetina) Ansiolítico – Benzodiazepínicos (Alprazolam) Anticonvulsivantes (Topiramato) Fonte: Autora, 2017

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Arruda e colaboradores (2012) ao avaliar 66 prescrições, encontrou que os antipsicóticos foram a classe mais prescrita com 33% das prescrições avaliadas, sendo a risperidona, o representante dessa classe que foi mais prescrito, seguido dos antidepressivos e dos estabilizadores de humor ambos com 16% das prescrições,o antidepressivo mais prescrito foi a fluoxetina e o estabilizador de humor a carbamazepina.

Enquanto que Silva e Iguti (2013) ao avaliarem 800 prescrições de medicamentos controlados, dispensadas entre outubro e dezembro de 2007, encontrou que a classe mais prescrita foi os antidepressivos (fluoxetina) cerca de 48% das prescrições avaliadas, seguido dos ansiolíticos e hipnóticos, como os benzodiazepínicos (17%) e dos anticonvulsivantes também com 17% das prescrições.

Azevedo e colaboradores (2011) avaliaram 960 prescrições, sendo 424 notificações de receita B e 536 receituários de controle especial, os benzodiazepínicos foi a classe mais prescrita em 95,5% das notificações de receita, tendo o clonazepam como o representante desta classe que mais estava presente nas prescrições. Na avaliação dos receituários de controle especial, os antidepressivos ISRS foi a classe mais prescrita com 30,4%, sendo que desta classe a fluoxetina foi prescrita mais vezes, seguido dos anticonvulsivantes com 26,6% das prescrições, sendo que o fármaco mais prescrito desta classe foi o fenobarbital.

Ferraro e colaboradores (2013) analisaram 249 notificações de receitas da Lista B1, obtidas na Farmácia Básica, de pacientes que procuraram atendimento durante todo o ano de 2010, a classe mais prescrita relatada nesse estudo foram os ansiolíticos – benzodiazepínicos, sendo que o fármaco mais prescrito desta classe foi o Diazepam (70,4%), seguido da classe dos estabilizadores do humor com o fármaco mais prescrito a carbamazepina, seguido dos anticonvulsivantes, sendo que o fármaco mais prescrito foi o fenobarbital.

Firmo e colaboradores (2013) analisaram 124 prescrições de medicamentos psicotrópicos, aviadas durantes os meses de agosto a outubro de 2012, onde encontrou que o psicotrópico mais prescrito foi da classe dos ansiolíticos e hipnóticos (benzodiazepínicos), sendo que o fármaco mais prescrito dessa classe foi o clonazepam, seguido da associação de um benzodiazepínico com um antidepressivo, sendo eles clordiazepóxido com

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amitriptilina, seguido da associação de um antipsicótico atípico com um benzodiazepínico, sendo eles os fármacos sulpiridida mais bromazepam.

Pinto e colaboradores (2015) avaliaram 210 prescrições, onde a classe mais prescrita foi dos antidepressivos, sendo o fármaco fluoxetina mais prescrito com frequência absoluta de 45%, seguido da classe dos ansiolíticos (benzodiazepínicos), sendo o fármaco mais prescrito desta classe o alprazolam com frequência absoluta de 41%, seguido da classe anticonvulsivante.

De acordo Rocha e colaboradores (2013) os antidepressivos são a principal classe terapêutica utilizada no tratamento da depressão, porém este tem uma eficácia limitada, pois têm altas taxas de abandono do tratamento que variam de 42% e 46%, estudos evidenciam que aproximadamente 30% dos pacientes podem não apresentar desaparecimento dos sintomas mesmo após diversas tentativas de tratamento.

De acordo Arruda, Morais, Partata (2012), Silva, Guti (2013), Azevedo et al. (2011), Ferrari et al. (2013), Firmo et al. (2013), Pinto et al. (2015), identificou-se que os antidepressivos foi a classe mais prescrita, sendo o fármaco fluoxetina o mais encontrado nessas prescrições, isso pode estar relacionado ao aumento do numero de casos de depressão. A classe dos benzodiazepínicos também foi bastante prescrita, sendo o clonazepam o mais receitado pelos médicos e o anticonvulsivante carbamazepina.

A depressão é um dos problemas de saúde pública que vem afetando populações de diferentes países. Pode ser caracterizada por um distúrbio devido a diminuição dos neurotransmissores nas fendas sinápticas, por fatores genéticos, psicológicos, doenças crônicas entre outros. Segundo o manual de diagnóstico estatístico feito pela Associação Americana de Psiquiatria (DSM-5) cinco sintomas são levados em consideração a reincidência em curto prazo de determinadas manifestações (VASCONCELOS; LÔBO; NETO, 2015).

Os fármacos para o tratamento da depressão vêm sendo utilizados ao longo dos anos. As primeiras gerações foram dos antidepressivos tricíclicos (ADTs) e inibidores da monaminooxidase (IMAOs) seu mecanismo de ação tem a função de aumentar a inserção de neurotransmissores serotonina e norepinefrina nas fendas sinápticas. Porém, por apresentarem muitos efeitos colaterais iniciou-se a busca por novas classes medicamentosas com maior seletividade de ação, surgindo os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRs), Inibidores de recaptação de serotonina e norepinefrina

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(IRSN), Inibidores de recaptura/antagonistas da serotonina-2 (IRAS) (BUENO, 2011).

Segundo Andrade, Andrade e Santos (2004) apud Rang, Dale e Ritter, (2001), os ISRS são os medicamentos mais utilizados em transtornos depressivos, devido sua eficácia e segurança relacionado aos outros antidepressivos. O fármaco mais receitado em diversos países é o cloridrato de fluoxetina que tem como mecanismo de ação inibir a receptação de serotonina, assim aumentando sua concentração na fenda sináptica. O tratamento com o cloridrato de fluoxetina assim como todos os medicamentos em geral deve ser usado com cautela, visto que ambos possuem efeitos colaterais. Por isso é imprescindível que quando prescrito esteja de forma legível, apresentando as concentrações corretas para que não ocorram falhas na terapia e não possa afetar a saúde do paciente (WAGNER, 2015).

O distúrbio da ansiedade pode estar associado a vários fatores como, perda da qualidade de vida, situação financeira instável, dificuldade em se relacionar com as pessoas, alto nível de estresse e transtorno do sono. Devido à soma desses fatores alguns médicos passaram a optar pela terapia com benzodiazepínicos. Essas substâncias psicotrópicas ansiolíticas é uma das classes de medicamentos mais utilizados na América Latina atrás apenas dos antidepressivos (ALBA; CARVAJAL; CANIZALES, 2015).

O uso abusivo de fármacos ansiolíticos é uma prática perigosa que pode causar dependência psíquica e física. Essa classe medicamentosa foi uma das mais consumidas num período de três anos no Brasil. Dentre os medicamentos dessa classe o clonazepam foi um dos mais prescritos pelos médicos de diversas regiões. É um fármaco que possui meia vida curta, mas seu uso exagerado pode causar tremores, sensação de boca seca e o uso associado com álcool pode potencializar sua ação tornando ainda mais perigoso (SILVA; GUTI, 2013).

Sendo assim, quanto maior a dosagem e a duração do tratamento aumenta o risco de dependência. Além disso, outros fatores como a utilização por idosos, por usuários de drogas, existência de doenças psiquiátricas podem potencializar os riscos. Segundo Silva et al., (2009) os pacientes que são dependentes e interromperem o uso do medicamento de forma abrupta , pode sofrer uma síndrome de abstinência, caracterizada por ansiedade extrema, inquietação, irritabilidade, confusão, tensão, dores musculares, cefaleia.

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Os estabilizadores do humor são fármacos que tem como mecanismo de ação manter a estabilidade do humor, não sendo necessariamente fármacos antidepressivos, nem sedativos, os três principais fármacos reconhecidos por serem capazes de desempenhar este papel são: o Lítio, Ácido Valpróico e a cabarmazepina, que também é um fármaco utilizado como anticonvulsivante (FERRARI et al., 2013).

A carbamazepina é o anticonvulsivante mais utilizado seus principais efeitos adversos são: sonolência, tontura, ataxia a alterações mentais e motoras mais graves, causam retenção hídrica, consequentemente hiponatremia, e diversos efeitos adversos gastrointestinais e cardiovasculares, o tratamento com doses baixas, esta é elevada gradualmente para assim poder evitar toxidade relacionada com a dose, pode ocorrer uma depressão intensa na medula, causando neutropenia, acelera o metabolismo de outros fármacos devido a ser um poderoso indutor de enzimas microsomicas hepáticas (RANG, et al., 2016).

Os anticonvulsivantes são fármacos utilizados para o tratamento de crises convulsivas e determinados problemas neurológicos tanto para o uso da dor na face conhecida como neuralgia do trigêmeo quanto para problemas psiquiátricos como transtorno de humor. Essa classe foi uma das mais prescritas por quatro autores do estudo realizado sendo a carbamazepina o fármaco mais prescrito.

Os fármacos mais prescritos foram os antidepressivos, seguidos dos benzodiazepínicos, anticonvulsivantes e dos estabilizadores de humor. O excesso nas prescrições dessas três classes medicamentosas faz com que prescritores por excesso na repetição da escrita às vezes cometem alguns erros como de legibilidade, identificação do emitente, identificação do medicamento e identificação do usuário.

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Quadro 3 - Análise das prescrições quanto aos erros encontrados em receitas e notificações de receitas. Artigos selecionados Variáveis analisadas Arruda; Morais, Partata (2012). Silva; Iguti (2013). Azevedo et al. (2011) Ferrari et al. (2013) Firmo et al. (2013) Sousa et al. (2014) Pinto et al. (2015) Prescrições analisadas 66 800 960 49 124 1570 330 Legibilidade (% de receitas ilegíveis) 5% 8,3% 29,6% 17,5% 45,20% 44% 17,00% Identificação do emitente (% de acordo com RDC344/98) 100% - 92,7% 82,7% 100% - - Identificação do usuário (% de acordo com RDC344/98) 100% 70,3% 98,9% 10% 7,4% - 90,3% Identificação do medicamento - 16% não especificava a quantidade a ser dispensada. 96,8% das receitas e 91,9% das notificações não continha quantidade do medicamento 9,6% das notificações não continham a posologia do medicamento. - 91,1% informavam a dosagem ou concentração, 45,2% não relatavam qual a forma farmacêutica do medicamento prescrito 99,9% DCB e ou DCI 45,8%

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Data da emissão (% Ausente) 74% 28,6% 65,6% 0,8% 16,1% 42% 63,8% Assinatura do prescritor (% RDC344/98) - 97,6% 100% 100% 100% - 96,7% Identificação do registro (% de acordo com a RDC344/98) - 99,1% 97,2% receitas; 96,9% notificações. 100% - - 77,3% Fonte: Autora, 2017

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4.1 ANÁLISE DA LEGIBILIDADE

Com relação à legibilidade foram encontrados valores acentuados de receitas ilegíveis na pesquisa de Firmo e colaboradores (2013), onde foram analisadas 124 receitas, sendo que 45,2% apresentaram prescrições ilegíveis. Sousa e colaboradores (2014) analisaram 1570 receitas e 44% das receitas estavam ilegíveis, Azevedo e colaboradores (2011), Ferrari e colaboradores (2013), apresentaram respectivamente 29,6% e 17,5% das prescrições ilegíveis.

Segundo Aldrigue et al. (2006) a receita médica é o principal meio de comunicação entre médico, farmacêutico e paciente, esta deve ser prescrita de acordo a legislação, para se evitar falhas, pois uma difícil legibilidade da prescrição medica, pode ocasionar em uma dificuldade de avaliação pelo farmacêutico, dessa forma comprometendo o tratamento por parte do paciente. Para que não ocorra erros na dispensação do medicamento, deve ocorrer uma interpretação adequada da prescrição por parte do farmacêutico que vai dispensar o medicamento.

De acordo Silva e Iguti (2013) a letra ilegível do prescritor, pode levar a erros na manipulação e dispensação podendo não atingir o objetivo do tratamento farmacoterapêutico, ou até mesmo ocasionar reações indesejadas, podendo ser até fatais.

4.2 IDENTIFICAÇÃO DO EMITENTE

Quanto à identificação do emitente todas as prescrições analisadas continham a identificação do emitente de acordo a legislação, um alto índice de prescrições foram realizadas por psiquiatras mostrando a importância da prescrição por esse especialista.

Segundo Andrade (2004) quando se considera à segurança e eficácia do tratamento, o ideal é o medicamento ser prescrito por um psiquiatra, pois um clínico não preparado apresenta mais dificuldades para diagnosticar transtorno mental, levando em consideração que estes podem ser mascarados pelas queixas somáticas.

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O preenchimento dos dados do emitente é de extrema importância, pois através destes dados o paciente e órgãos fiscalizadores podem identificar e localizar o prescritor.

4.3 IDENTIFICAÇÃO DO USUÁRIO

Segundo Ferreira et al (2013) 90% das receitas analisadas estavam sem o endereço do paciente, esse erro também persistiu na pesquisa de Firmo et al. (2013), onde 92,6 % das receitas estavam o endereço do pacientes. A falta de endereço do paciente é uma falha frequente no preenchimento da receita, porém a localização do paciente é um dado importante para poder evitar a probabilidade de fraudes na prescrição e/ou dispensação do medicamento, o que é significativo, pois de acordo a legislação vigente a fraude de prescrição é configurado como tráfico de entorpecentes.

4.4 IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

De acordo a pesquisa 96,8% das receitas e 91,9% das notificações não continham a quantidade do medicamento. A ausência da dose e forma correta do uso nas prescrições pode ocasionar erros no momento da dispensação, pois há diferentes formas farmacêuticas de medicamentos. A falta da posologia leva a diversas duvidas quanto ao tratamento farmacológico, pois compromete a interpretação, com isso se faz necessário um contato com o prescritor para orientar quanto a posologia para o paciente (FERRARI et al., 2013).

Segundo Mastroianni (2009) a falta de informações sobre o medicamento (forma farmacêutica, dosagem e apresentação) e o seu modo de usar (posologia, via de administração, tempo de tratamento) podem levar ao desperdício, prejuízo terapêutico, tratamentos inadequados e sem efetividade; refletindo a baixa qualidade do atendimento médico e da dispensação, levando assim a erros de medicação.

4.5 DATA DE EMISSÃO

Segundo esse quesito Arruda et al. (2014) observou que 74% das prescrições não possuíam a data de emissão, o resultado encontrado foi equivalente ao encontrado por Pinto et al. (2015) e Azevedo et al. (2011).

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A data de emissão é um dado importante que deve ser preenchido, a sua ausência impede que o profissional que vai dispensar o medicamento conheça a validade da prescrição, podendo ocasionar prejuízos à boa orientação farmacêutica, além de poder levar a fraudes e ao uso irracional de medicamentos, pois o paciente pode utilizar o medicamento de forma abusiva. Com a ausência do preenchimento deste campo torna-se impossível realizar uma avaliação da duração do tratamento (MASTROIANNI, 2009; ARRAIS et al., 2007).

Muitas vezes a data de emissão ausente é justificada pelas prescrições terem validade de 30 dias, e há uma dificuldade do paciente ir até a consulta com o médico, com isso os médicos liberam mais de uma prescrição, sem dada e assim o paciente poder comprar o medicamento mesmo após os 30 dias após a consulta, isto é uma pratica muito frequente. Contudo, isso não justifica, visto que a ausência da data de emissão pode comprometer a terapia, pois o paciente pode fazer um uso abusivo do medicamento (AZEVEDO et al., 2011).

4.6. ASSINATURA DO PRESCRITOR

A assinatura do prescritor é de grande importância para que a dispensação ocorra, sem ela a liberação do medicamento pelo farmacêutico não deve ser feita. Na análise da tabela em relação à assinatura todos os autores apresentaram dados de acordo com a legislação RDC nº344\98.

4.7. IDENTIFICAÇÃO DO REGISTRO

De acordo com os autores Arruda; Morais; Partata, (2012), Silva; Guti, (2013), Azevedo et al. (2011), Ferrari et al. (2013), Firmo et al. (2013), Souza et al. (2013), Pinto et al. (2015) quanto aos erros encontrados nas prescrições, houve uma porcentagem muito alta quando se tratou de legibilidade, identificação do medicamento e identificação do usuário.

As análises de identificação do registro segundo os autores, todas as receitas possuíam lotes e quantidades dispensadas dos medicamentos, apresentando percentuais normais estando de acordo com a RDC344\98.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foram encontrados diversos estudos que avaliam as receitas e as notificações de receitas dos medicamentos psicotrópicos, sendo selecionados os considerados mais relevantes sobre o tema, os quais mostraram que os erros de prescrição são muito comuns e podem ocasionar uma diminuição da eficácia do tratamento farmacológico e também o desperdício de medicamentos quando faltam informações sobre posologia.

As classes dos psicotrópicos mais prescritos segundo os autores foram os antidepressivos, benzodiazepínicos e anticonvulsivantes. Essas classes medicamentosas são utilizadas no tratamento de diversas patologias e vem ajudando na terapia dos pacientes e melhorando a qualidade de vida.

Foi observado que os prescritores muitas vezes não se atentam para preencher todos os dados necessários desde a data de emissão até as informações do medicamento que são essenciais para a posologia correta. Por isso é de grande importância que esses dados estejam preenchidos corretamente para que o tratamento seja feito de forma correta, sem causar danos ao paciente.

Para que dispensação dos psicotrópicos ocorra, é necessário queas notificações de receitas sejam preenchidas com todos os dados de forma correta. Na pesquisa foi observado que tanto nas receitas quanto nas notificações de receitas, continham erros na quantidade dos medicamentos, o que mostra o quanto é imprescindível que a prescrição esteja correta.

Assim o farmacêutico tem grande importância na adesão do tratamento e é o profissional responsável, junto com os outros profissionais de saúde a minimizar esses erros. Também é indispensável que os prescritores estejam sempre se atualizando, participando de cursos e palestras para evitar os erros que podem trazer danos maiores ao paciente.

Com isso é necessário que os prescritores e também os dispensadores possuam conhecimento sobre a Portaria 344/1998 que dispõe sobre a prescrição e dispensação dos medicamentos psicotrópicos.

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