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Perguntas e respostas sobre embriologia

Perguntas e respostas sobre embriologia

Como é a segmentação da célula-ovo nos mamíferos

Como é a segmentação da célula-ovo nos mamíferos

placentários?

placentários? R. A

R. A segmentação nos mamíferos é holoblástica e igual(o zigoto divide-se totalmente esegmentação nos mamíferos é holoblástica e igual(o zigoto divide-se totalmente e

os blastômeros formados têm

os blastômeros formados têm aproximadamaproximadamente o ente o mesmo tamanho). A orientação dasmesmo tamanho). A orientação das

segmentações é rotacional. Os blastômeros não se dividem sincronicamente, como

segmentações é rotacional. Os blastômeros não se dividem sincronicamente, como

ocorre na maioria dos vertebrados.

ocorre na maioria dos vertebrados.

Descreva resumidamente os processos de formação da mórula e da blástula no

Descreva resumidamente os processos de formação da mórula e da blástula no

desenvolvimento embrionário dos mamíferos placentários.

desenvolvimento embrionário dos mamíferos placentários. R. Os blastômeros que vão surgindo das segmentações originam uma bola compacta

R. Os blastômeros que vão surgindo das segmentações originam uma bola compacta

de células, a mórula. O estágio de blástula tem início com o aparecimento de uma

de células, a mórula. O estágio de blástula tem início com o aparecimento de uma

cavidade cheia de líquido no interior do embrião, a blastocela. No estágio de blástula,

cavidade cheia de líquido no interior do embrião, a blastocela. No estágio de blástula,

o embrião é chamado de blastocisto e encontra-se envolvido por uma membrana

o embrião é chamado de blastocisto e encontra-se envolvido por uma membrana

pelúcida, constituída por glicoproteinas. A camada de células que

pelúcida, constituída por glicoproteinas. A camada de células que reveste o blastocistoreveste o blastocisto

é o trofoblasto, e a massa interna de células constitui o embrioblasto ou botão

é o trofoblasto, e a massa interna de células constitui o embrioblasto ou botão

embrionário.

embrionário.

Os embriões de mamíferos placentários apresentam desenvolvimento

Os embriões de mamíferos placentários apresentam desenvolvimento

embrionário semelhante ao de répteis e aves. Qual é

embrionário semelhante ao de répteis e aves. Qual é a explicação para esse fato,a explicação para esse fato,

tendo em vista que seus ovos são pobres em vitelo?

tendo em vista que seus ovos são pobres em vitelo? R. Uma explicação é a herança evolutiva: muitas das características embrionárias dos

R. Uma explicação é a herança evolutiva: muitas das características embrionárias dos

mamíferos foram herdadas dos répteis ancestrais que tinham ovos telolécitos com

mamíferos foram herdadas dos répteis ancestrais que tinham ovos telolécitos com

desenvolvimento externo, semelhante aos dos répteis e aves atuais.

desenvolvimento externo, semelhante aos dos répteis e aves atuais.

O que são hipoblasto e epiblasto? O que originam no desenvolvimento

O que são hipoblasto e epiblasto? O que originam no desenvolvimento

embrionário de um mamífero placentário?

embrionário de um mamífero placentário? R. O hipoblasto (ou endoderma primitivo) é uma camada celular originada do

R. O hipoblasto (ou endoderma primitivo) é uma camada celular originada do

embrioblasto na região voltada para a blastocela. As células do hipoblasto crescem e

embrioblasto na região voltada para a blastocela. As células do hipoblasto crescem e

revestem completamente a blastocela, formando o saco vitelínico. O epiblasto é a

revestem completamente a blastocela, formando o saco vitelínico. O epiblasto é a

porção de células entre as bolsas que revestem a cavidade amniótica e o saco

porção de células entre as bolsas que revestem a cavidade amniótica e o saco

vitelínico. É a partir do epiblasto que se originará o corpo do embrião.

vitelínico. É a partir do epiblasto que se originará o corpo do embrião.

O que é nidação, no processo de desenvolvimentc embrionário?

O que é nidação, no processo de desenvolvimentc embrionário? R Nidação é o processo de implantação do embrião dos mamíferos placentários no

R Nidação é o processo de implantação do embrião dos mamíferos placentários no

útero materno.

útero materno.

Descreva brevemente como o embrião de mamífero se liberta da zona pelúcida.

Descreva brevemente como o embrião de mamífero se liberta da zona pelúcida. R. R. R. A saída do blastocisto de seu envoltório de glicoproteínas (zona pelúcida)

R. R. R. A saída do blastocisto de seu envoltório de glicoproteínas (zona pelúcida)

ocorre a partir de dois processos: aumento da pressão osmótica do fluido que

ocorre a partir de dois processos: aumento da pressão osmótica do fluido que

preenche a blastocela e digestão de parte da rede de glicoproteínas. O aumento da

preenche a blastocela e digestão de parte da rede de glicoproteínas. O aumento da

pressão osmótica ocorre pelo bombeamento de íons Na+ para a cavidade

pressão osmótica ocorre pelo bombeamento de íons Na+ para a cavidade

blastocélica, por meio de bombas iônicas presentes na membranas plasmáticas das

blastocélica, por meio de bombas iônicas presentes na membranas plasmáticas das

células trofoblásticas que revestem essa cavidade. A digestão da zona pelúcid

células trofoblásticas que revestem essa cavidade. A digestão da zona pelúcid

ocorre por meio da estripsina, uma enzima semelhante à tripsina que age em nosso

ocorre por meio da estripsina, uma enzima semelhante à tripsina que age em nosso

intestino, produzida por células do trofoblasto. O enfraquecimento da membrana

intestino, produzida por células do trofoblasto. O enfraquecimento da membrana

pelúcida, pela digestão de parte de seus componentes, o aumento de volume do

pelúcida, pela digestão de parte de seus componentes, o aumento de volume do

embrião, em decorrência de absorção de água pela cavidade blastocélica, provoca o

embrião, em decorrência de absorção de água pela cavidade blastocélica, provoca o

rompimento da zona pelúcida e a saída do embrião

rompimento da zona pelúcida e a saída do embrião

de seu interior.

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O que são o citotrofoblasto e o sinciciotrofoblasto?

R. Citotrofoblasto é a camada de células individualizadas derivadas do trofoblasto que originalmente envolvia o blastocisto Sinciciotrofoblasto é a massa citoplasmática multinucleada (sincício) derivada do trofoblasto que penetra na mucosa uterina e

desencadeia a formação

da placenta.

O que é a decídua uterina e como ela se forma?

R. Decídua uterina é a porção materna da placenta. Ela se f orma como uma reação da mucosa uterina à invasão pelo sinciciotrofoblasto. Reagindo a essa invasão, a parede uterina promove a proliferação de vasos sangüíneos na região, dando origem a uma estrutura altamente vascularizada, a decídua. As enzimas secretadas pelas projeções do sinciciotrofoblasto destroem as paredes dos vasos sangüíneos ao seu redor, formando na decídua uterina lacunas de sangue, por onde passa a circular sangue materno, em contato íntimo com o tecido embrionário.

Em que condições pode ocorrer a gravidez tubária?

R. Em certos casos, o embrião pode se libertar da zona pelúcida ainda na tuba uterina, implantando-se em sua parede, o que é chamado de gravidez tubária. A gravidez tubária pode causar hemorragias na mulher, em certos casos com risco de morte à gestante.

O que é gonadotrofina coriônica e qual é o seu papel na gravidez?

R. A gonadotrofina canônica é um hormônio produzido pelo cório e que estimula a atividade do corpo-amarelo ovariano, mantendo elevadas no sangue da gestante as taxas de estrôgeno e de progesterona, que normalmente diminuem no final do ciclo menstrual. Assim, a menstruação não ocorre, o que constitui um dos primeiros sinais de gravidez. No início da gestação, a concentração elevada de gonadotrofina coriônica no sangue da mulher faz com que parte desse hormônio seja eliminada na urina. Muitos testes de gravidez comercializados atualmente detectam a presença de gonadotrofina coriônica na urina, sinal inequívoco de gravidez. A partir do quarto mês de gravidez, o corpo-amarelo finalmente regride. A parede uterina, entretanto, continua presente e em proliferação, graças à produção dos hormônios estrógeno e progesterona pela placenta, agora já completamente formada. A placenta continuará a produzir estrógeno e progesterona em quantidades crescentes até o fim da gravidez.

O que é a placenta?

R. A placenta é o órgão formado pela decídua uterina e pelas projeções canônicas mergulhadas nela. É através dela que se dá a comunicação nutricional entre a mãe e o filho, durante seu desenvolvimento no útero. Através da fina parede que separa a circulação embrionária da materna ocorre intensa troca de substâncias: alimento e gás oxigênio passam do sangue da mãe para o do filho, enquanto excreções e gás carbônico fazem o caminho inverso.

O que é cordão umbilical?

R. O embrião está ligado à placenta pelo cordão umbilical, uma estrutura tubular que conecta a superfície ventral do embrião e a placenta. É constituído por mesoderma extra-embrionário revestido por epitélio amniótico. No início de sua formação, o mesoderma do cordão umbilical origina duas artérias e uma veia, por meio das quais o sangue do embrião vai e volta da placenta.

O que é feto?

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vida (isto é, no fim do segundo mês de gestação), quando apresenta cerca de 2,5 centímetros

de comprimento e forma humana.

Desenvolvimento pré-natal embrionário

DESENVOLVIMENTO DA FORMA EXTERNA

O desenvolvimento pré-natal é dividido em três períodos, estabelecidos pela maioria dos embriologistas: período pré-embrionário, que vai da fecundação até a terceira semana de desenvolvimento, período embrionário, que vai da quarta semana à oitava semana, e o fetal, que vai do terceiro mês até o final da gestação.

Período pré-embrionário – vai da fecundação até a gastrulação. No final da terceira semana o embrião já tem o tubo neural formado, embora ainda esteja aberto nas duas extremidades.

Período embrionário – no início da quarta semana e durante os próximos 10 dias surgem os somitos, sendo possível determinar-se à idade do embrião pelo número de pares de somitos. Assim com 20 dias de desenvolvimento de 1 a 4 pares de somitos; com 21 dias de 4 a 7 pares de somitos; com 22 dias de 7 a 10 pares de somitos e com 30 dias de 34 a 35 pares de somitos.

Costuma-se, a partir do segundo mês, expressar a idade do embrião pelo comprimento vértice-nádega que é dado pela distância entre a linha reta do vértice cefálico até a região caudal.

Como o grau de curvatura difere de um embrião para outro, as medidas fornecidas pelo comprimento vértice-nádega fornecem valores aproximados da idade do embrião. Dentro do segundo mês ainda ocorre a formação da face e dos membros. Os membros aparecem como projeções cônicas, lembrando a estrutura dos animais adaptados à vida aquática.

Período fetal – no terceiro mês o embrião adquire aspecto humano e passa a ser

chamado feto. Neste período ocorre essencialmente o crescimento do feto, sendo porém o crescimento da cabeça menor do que o do corpo. Isto justifica o fato de que no início do terceiro mês, a cabeça constitui praticamente a metade do comprimento do feto e no final do terceiro mês reduz para um terço doe comprimento do feto.

Neste período, como os membros anteriores e posteriores estão formados, o

comprimento do feto é dado pela medida vértice-talar (V-T) que corresponde à altura do feto em pé.

ÂMNIO

O âmnio forma-se com cerca de sete dias de desenvolvimento, na forma de um saco membranoso que envolve o embrião e posteriormente o feto. Com o desenvolvimento

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do âmnio ele fecha gradativamente a cavidade coriônica e as bainhas do cordão umbilical, formando para o cordão umbilical seu revestimento epitelial.

No interior do âmnio acumula-se o líquido amniótico que inicialmente dever ser sintetizado pelas próprias células do âmnio, mas que posteriormente deverá provir do soro materno, já que apresenta a mesma constituição em solutos do soro materno, e suas células são dotadas de microvilosidades que provavelmente desempenham papel de transferência do líquido amniótico. Descarte que o feto também contribui, pois excreta urina no líquido amniótico e no final da gravidez o feto elimina cerca de 500 ml de urina no líquido amniótico diariamente.

O volume de líquido amniótico aumenta gradativamente. Assim temos cerca de 30 ml no início do 3º mês, 350 ml no final do 5º mês e cerca de 1.000 ml no final da gravidez. Quando o volume de líquida amniótico está diminuindo (cerca de 400 ml) no trimestre final da gravidez, a isto chamamos oligoidrâmnio e pode estar relacionado com a

agenesia renal do feto, não fornecendo urina para o líquido amniótico ou com problemas placentários, por exemplo, redução do fluxo sangüíneo. Por outro lado, podemos ter aumento exagerado do líquido amniótico (cerca de 2000 ml), a isto chamamos polidrâmnio. Neste caso o feto apresenta problemas de deglutinação, como atresia esofagiana que impede a passagem de líquido para o estomago e intestino ou com mal formações do sistema nervoso como anencefalia.

O líquido amniótico estando aumentado pode ser que o feto não esteja deglutindo o líquido amniótico. Isto equivale a dizer que em situações normais o feto absorve no último trimestre de gravidez, cerca de 400 ml de líquido amniótico por dia, passando a maior parte do líquido para o trato gastrintestinal e pequena parcela para os pulmões. A análise do líquido amniótico feita por punção, processo denominado amniocentese permite na detecção de análises cariotípicas, pois este contém células fetais em

suspensão, dando para detectar-se anomalias cromossômicas. Também como o líquido amniótico serve de depósito para excretas fetais, quando a urina fetal é adicionada ao mesmo, permite a análise bioquímica de enzimas fetais, aminoácidos, hormônios e outras substâncias fetais.

Portanto, podemos dizer que o líquido amniótico se compõe de células fetais

descamadas e de substâncias orgânicas e inorgânicas e cerca de 98% de água. Devemos lembrar que dos componentes orgânicos temos 50% de proteínas e outros 50% são de carboidratos, lipídios, enzimas, pigmentos e hormônios.

As funções que o líquido amniótico desempenha são as seguintes: 1. permite o crescimento externo simétrico do embrião;

2. protege o embrião contra choques mecânicos;

3. impede a fixação do embrião contra as paredes que o contém;

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5. permite ao feto movimentar-se livremente; isto ajuda no desenvolvimento musculoesquelético fetal.

SACO VITELINO

O saco vitelino também se forma no início do desenvolvimento embrionário e no final da segunda semana de desenvolvimento embrionário. mesmo já adquiriu uma forma definitiva, sendo formado por endoderma revestido externamente por mesoderma extra-embrionário. No início do terceiro mês, observa-se que a vesícula vitelina diminui e adquire um aspecto periforme, estando ligada ao intestino médio pelo pedículo do saco vitelino. No inicio do 5º mês a vesícula vitelina é muito pequena e posteriormente é praticamente impossível visualizá-la.

Evidentemente que no caso humano ela não é funcional do ponto de vista de armazenamento de vitelo. Evidentemente tem outras funções importantes para o desenvolvimento embrionário humano, como os que seguem:

1 - transferência de nutrientes para o embrião, na 2ª e 3ª semanas de desenvolvimento enquanto se processa a circulação uteroplacentária;

2 - da 3ª a 5ª semana de desenvolvimento o saco vitelino tem função hematopoiética, isto é, formadora dos elementos do sangue. Somente na 6ª semana é que o fígado inicia sua função hematopoiética ;

3 - durante a 4ª semana, parte dorsal do saco vitelino é incorporada ao embrião como intestino primitivo ;

4 -na 3ª semana, a parede do saco vitelino forma as células germinativas primordiais que posteriormente migram para as gônadas onde originam as células germinativas (espermatogônia ou ovogônia).

ALANTÓIDE

Surge precocemente no desenvolvimento embrionário, parecendo provável que o

mesmo derive do teto do saco vitelino no ponto em que este está em contato vem a área posterior do disco germinativo ou blastoderma (futura região posterior do embrião). Estruturalmente representa um saco alongado, sendo formado por um epitélio

endodérmico revestido por mesoderma extra-embrionário. No homem o crescimento do alantóide pára no segundo mês de desenvolvimento e a partir daí regride, obliterando-se por completo. Resquícios desta formação podem ser vistos no cordão umbilical de fetos de poucos meses.

Seu significado funcional no desenvolvimento embrionário humano são os seguintes: 1. função hematopoiética com formação dos elementos figurados do sangue da 3ª até a 5ª semana de desenvolvimento embrionário.

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2. vasos sangüíneos derivados do alantóide formam as duas veias e artérias que correm no cordão umbilical.

Já nos referimos que a porção intra-embrionária do alantóide vai do umbigo à bexiga urinária, com a qual é contínua. À medida que a bexiga cresce, o alantóide regride para formar o úraco. Após o nascimento o úraco torna-se um cordão fibroso, o ligamento umbilical mediano que vai do teto da bexiga ao umbigo.

PLACENTA

Órgão responsável pelas trocas metabólicas entre a mãe e o feto, sendo formada por tecido fetal (cório) e por tecido materno (endométrio uterino). Hoje tende a se

considerar a placenta como um sistema de transferência entre a mãe e o feto e não mais como uma membrana interposta entre a mãe e o feto com finalidade de proteção contra drogas ingeridas pela mãe, ataque de microrganismos etc.

Anteriormente nos referimos que no 7° dia de desenvolvimento, o trofoblasto

diferenciava-se em citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto, este por sua vez aprofundava-se como raízes no endométrio uterino, sendo que o ovo em desenvolvimento ficava

envolvido pela mucosa uterina, que agora é referida como decídua, sendo que as células deciduais tornam-se hiperplásicas, com grande acúmulo de glicogênio e lipídios.

A implantação pode ocorrer em qualquer região da mucosa uterina, sendo que

normalmente esta se dá nas paredes laterais ou anterior e posterior e ainda m fundo do útero. Portanto em relação ao local da implantação podemos distinguir três decíduas. Em primeiro lugar temos a região em que se implanta o ovo, portanto é a porção subjacente ao embrião e que representa o componente materno da placenta a que nos referimos como decídua basal. A decídua basal contribui pouco para a formação da placenta, constituindo cerca de 7 mm de espessura no final da gravidez. Em segundo aparece à porção que envolve todo o embrião, é a decídua capsular. E por último todo o restante da mucosa uterina referida agora atrai decídua parietal.

Com cerca de 12 dias de desenvolvimento os cordões trofoblásticos crescem em toda a superfície do embrião e se organizam formando estruturas digitiformes chamadas vilosidades primárias. Com cerca de 20 dias de desenvolvimento, as vilosidades adquirem um eixo de mesênquima e são referidas como vilosidades secundárias ou coriônicas.

Mais ou menos até o final do segundo mês, as vilosidades cobrem toda a superfície do saco coriônico. Com o desenvolvimento do saco coriônico as vilosidades associadas à decídua capsular comprimidas e o seu suprimento sangüíneo reduzidos. Posteriormente, estas vilosidades degeneram, produzindo uma área praticamente avascular denominada de cório liso.

No terceiro mês as vilosidades ramificam-se muito, adquirindo aspecto arborescente podendose observar um tronco viloso de onde partem ramos, sendo que as extremidades de alguns destes ramos chegam até a decídua basal onde se fixam. Nos pontos de

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superfície da decídua basal. Portanto, a cavidade por onde circula o sangue materno se encontra revestida totalmente por células originadas do trofoblasto.

Como o sinciciotrofoblasto não digere totalmente a mucosa uterina da decídua basal, deixando regiões que são denominadas por septos deciduais, são constituídos por

cristais descontínuas que delimitam espaços irregulares, os cotilédones que representam a unidade morfofuncional da placenta e contém troncos vilosos banhados por sangue materno.

No quarto mês de desenvolvimento embrionário a placenta está totalmente formada, mas seu crescimento persiste até o final da gravidez quando apresenta forma discóide, pesa cerca de 600 g, possui um diâmetro de cerca de 20 cm e uma espessura de cerca de 3 cm, sendo que a face fetal é lisa e nela se insere o cordão umbilical e a materna é irregular devido à presença de septos deciduais.

Convém ressaltar que o sangue embrionário circula nas áreas infra e extra-embrionária, como sangue venoso, sendo levado até os capilares dos reptos deciduais que estão

mergulhados no sangue materno, mas sangue materno e embrionário não se misturam graças à barreira placentária que são interpostas entre a circulação materna e fetal. No caso humano a barreira placentária é composta por sinciciotrofoblasto, mesênquima e endotélio dos capilares fetais. No quinto mês as células citotrofoblásticas desaparecem, reduzindo a espessura desta barreira e os capilares fetais aproximam do

sinciciotrofoblasto diminuindo a camada de mesênquima que fica entre sinciciotrofoblasto e endotélio.

HORMÔNIOS PLACENTÁRIOS

A placenta produz hormônios protéicos e esteróides. Os hormônios protéicos são representados pela gonadotrofina coriônica e somatotrofina coriônica; já os esteróides são representados por estrógeno e progesterona.

Hormônios protéicos: o hormônio gonadotrofina coriônica é uma glicoproteína produzida pelo sinciciotrofoblasto e sua função é manter o corpo lúteo em

funcionamento, permitindo a manutenção do endométrio uterino até que a placenta produza esterógeno e progesterona. Portanto, este hormônio tem ação similar à do hormônio luteinizante hipofisário.

A síntese deste hormônio inicia-se logo depois da implantação e sua concentração máxima no sangue e urina é atingida por volta da 8ª semana de gravidez, e partir daí, sua concentração vai diminuindo gradativamente.

Dosagem da gonadotrofina coriônica constitui a base dos vários testes de gravidez, além de fornecer indicações seguras sobre o desenvolvimento do trofoblasto. Quando as dosagens estão altas, pode indicar:

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b) mola hidatiforme, representa uma neoplasia benigna, onde as vilosidades apresentam-se apresentam-sem vasos sangüíneos, trofoblasto com única camada de células e cada célula

bastante distendida assemelhando-se a cachos de uva.

As molas hidatiformes normalmente se localizam na cavidade uterina e raramente nos locais de gravidez etiópica, sendo comum o crescimento uterino além do esperado para aquele tempo de gravidez, entretanto o seu desenvolvimento leva a uma estrutura

deformada e amolecida. É óbvio que as molas de volume reduzido não alteram o volume uterino.

c) Coriocarcinoma - é uma forma de tumor maligno dos elementos trofoblásticos, cuja incidência fica ao redor de 2,5%. Sua característica fundamental é a anaplasia

acentuada, exibindo e mesma morfologia dos tumores benignos e até mesmo do

trofoblasto das gestações normais. Propaga-se o coriocarcinoma pela via hematogênica, apesar de ser um tumor epitelial, sendo desprovido de vasos sangüíneos próprios e de tecido conjuntivo. As lesões são infiltrantes, invasoras ou metastatizantes, órgãos longínquos poderão exibi-las, sendo a localização mais comum das metástases os

pulmões, sistema nervoso central, fígado, rins, pele, coração, intestinos, vulva e vagina. Todavia existem casos em que o coriocarcinoma é localizado (in situ) e portanto

desprovido de poder invasor, sendo seu prognóstico bom, uma vez que no seu acompanhamento os acidentes representam exceção.

A síntese de somatotrofina coriônica ou hormônio de crescimento placentário cresce gradativamente até a 38ª semana de desenvolvimento; a partir daí permanece o seu nível estável ou diminui muito pouco. Se a concentração de somatotrofina coriônica atingir níveis baixos, podemos suspeitar de lesão placentária que pode levar o feto a um déficit da taxa de oxigênio. As dosagens deste hormônio representam uma maneira eficaz de se fazer uma avaliação da função placentária.

Os hormônios esteróides são sintetizados pelo sinciciotrofoblasto e suas concentrações aumentam gradativamente durante a gravidez. A função da progesterona é manter o endométrio uterino desenvolvido para que a gravidez chegue até o final. Admite-se que o aumento da concentração de estrógeno placentário leva a um aumento da sensibilidade do miométrio à ação do ocitocina, hormônio hipofisário responsável pelas contrações uterinas que ocorrem durante o parto.

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