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O contexto do desenvolvimento psicossocial de jogadores de futebol para amputados.

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O CONTEXTO DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL DE JOGADORES DE FUTEBOL PARA AMPUTADOS

Mário Antônio de Moura Simim1,2, Bruno Victor Correa da Silva3

Eduardo Macedo Penna4, Renato Melo Ferreira5

RESUMO

O objetivo do presente estudo foi verificar o contexto do desenvolvimento psicossocial dos

jogadores de futebol para amputados.

Participaram 16 atletas, do sexo masculino, pertencentes a uma equipe de Futebol para Amputados, com idade média de 34,1 ± 8,9 anos, tempo total de prática na modalidade de 11,0 ± 7,9 anos e que disputam competições nacionais e internacionais. Para coleta de

dados aplicou-se um questionário para

identificação da Experiência Esportiva, Pratica Deliberada e Influência nos momentos iniciais, continuação e ápice da carreira esportiva dos atletas. Os principais influenciadores para os atletas de FA iniciarem e se manterem na prática da modalidade foram os amigos (44% e 46% respectivamente). A Família é quem mais influencia (42%) quando o atleta alcance o ápice da carreira. Concluímos que o contexto do desenvolvimento psicossocial dos jogadores aponta início tardio da pratica. Além disso demonstramos a importância de amigos e familiares para um bom desenvolvimento do atleta no esporte, bem como o bom

relacionamento com o treinador e a

motivação/superação como principais

influencias durante o ápice da carreira.

Palavras-chave: Esporte adaptado.

Amputação. Pessoas com deficiência.

1-Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais-MG, Brasil.

2-Academia Paralímpica Brasileira-APB,

Brasil.

3-Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Centro Universitário de Belo Horizonte-UniBH-MG, Brasil.

4-Universidade Federal do Pará, Campus Castanhal-PA, Brasil.

5-Centro Desportivo da Universidade Federal de Ouro Preto, Universidade Federal de Ouro Preto-MG, Brasil.

ABSTRACT

The context of psychosocial development of players for Amputees Soccer

The aim of this study was to determine the context of psychosocial development of soccer players for amputees. Participated 16 athletes, male, belonging to a soccer team for amputees with a mean age of 34.1 ± 8.9 years, total time of practice in the modality of 11.0 ± 7.9 years and who competing for national competitions and international. For data collection applied a

questionnaire to identify the Sports

Experience, Deliberate Practice and Influence

in the early stages, continuation and

culmination of the sporting career of athletes. Key influencers for FA athletes start and remain in practice mode were friends (44% and 46% respectively). The family is who more influence (42%) when the athlete reaches the apex career. We conclude that the context of psychosocial development of players points

late start of practice. Inaddition, we

demonstrate the importance of friends and family for a good development of the athlete in the sport, as weel as the good relationship with the coach, and motivation / overcoming as the main influences during the top career.

Key words: Adapted sports. Amputation. Persons with disability.

E-mails dos autores: mams.ef@gmail.com brunopoeira@yahoo.com.br em.penna@yahoo.com.br renato.mf@hotmail.com

Endereço para correspondência: Mário Antônio de Moura Simim

Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

Universidade Federal de Minas Gerais. Av. Antônio Carlos, 6627.

Pampulha, Belo Horizonte, MG. Brasil. CEP: 31270-901.

(2)

INTRODUÇÃO

O Futebol para amputados (FA) compõe uma das modalidades esportivas especificas para pessoas com amputação, sendo esta variação do futebol convencional (Simim, 2014; Simim e colaboradores, 2014).

Apesar de existir desde a década de 1980, pouco tem se discutido acerca das questões para o desenvolvimento e fomento dessa modalidade no Brasil e no mundo (Simim, 2014).

A partir de 1990, com a criação da Associação Brasileira de Desporto para Amputados-ABDA, foi iniciado processo de organização, fomento, treinamento e disputa

de competições em nível nacional e

internacional, tendo como intenção difundir a modalidade em todo o território.

Desde então, diversos estudo

científico tem sido realizados a fim de conhecer e estabelecer fatores pertinentes ao rendimento esportivo, tais como o nutricional (Gomes, Ribeiro e Soares, 2005, 2006), o físico (Özkan e colaboradores, 2012; Simim e colaboradores, 2013, 2014; Yazicioglu e

colaboradores, 2007; Wieczorek e

colaboradores, 2015), técnico-tático (Genç, 2007; Simim, Silva e Mota, 2015) e o psicológico (Biçer, 2007; Lowther, Lane e Lane, 2002; Simim e colaboradores, 2010).

Todos os fatores citados acima são necessários para a melhoria do desempenho do atleta e determinantes para o sucesso esportivo.

Ao se considerar que o contexto no

qual os atletas estão inseridos é

desencadeador de processos positivos

(elementos motivacionais) e negativos

(elementos dificultadores), se torna

fundamental estabelecer quais são os fatores intervenientes que compõem tal contexto (Ferreira, 2010; Ferreira e Moraes, 2012).

Em sentido etiológico, o termo

Contexto deriva do latim contextus, e está relacionado com o ambiente físico ou situacional (conjunto de circunstâncias) a partir do qual se considera um fato (Ferreira, 2010).

No presente estudo, o contexto de

desenvolvimento está relacionado ao apoio da família e amigos (Côté, 1999; Ferreira e Moraes, 2012), relações com o treinador especialista (Côté e colaboradores, 1995; Cregan, Bloom e Reid, 2007) e a prática

deliberada (Ericsson, Krampe e Tesch-Romer, 1993; Moraes, Salmela e Durand-Bush, 1999). No que diz respeito a atletas com amputação, o processo de formação esportiva é acelerado e condensado (Bhambhani, 2007; Costa e Silva e colaboradores, 2013), principalmente porque as amputações são de natureza adquirida (Pitetti e Manske, 2004).

Adicionalmente, é comum pensar que pessoas com deficiência podem experimentar baixa autoestima, pois sua deficiência pode limitar a capacidade de experimentar o sucesso do esporte (Martin e Vitali, 2014).

Contrariamente a esse ponto, observa-se que o esporte e o exercício físico vêm contribuindo para inserção dos deficientes na sociedade, auxiliando na melhora da qualidade de vida (Noce, Simim e Mello, 2009; Yazicioglu e colaboradores, 2012).

Assim, a compreensão do

envolvimento esportivo por pessoas com amputação sob o prisma da perspectiva psicossocial é o atual foco do presente estudo. Especificamente no presente estudo, serão utilizados como base teórica os estágios de desenvolvimento do talento de Bloom (1985).

Nesse modelo teórico o processo de desenvolvimento da carreira do atleta passa

por três estágios (anos iniciais, anos

intermediários e anos finais).

A formação do atleta em todos os estágios apresenta relação direta com o treinador, principalmente por desenvolver aspectos fundamentais do esporte, como

habilidades coordenativas básicas e

desenvolvimento cognitivo e social (Moraes e Medeiros Filho, 2009).

Além disso, percebe-se que muitos atletas incorporam traços de personalidade e atitudes dentro e fora do ambiente esportivo, que podem ser influenciados pelo treinador, mas também pela família (Côté, 1999; Ferreira e Moraes, 2012).

As famílias são responsáveis por proporcionar apoio financeiro e emocional (motivação) para que o atleta não abandone precocemente a modalidade esportiva (Côté, 1999).

Estudos demonstram a importância da família, principalmente nos primeiros anos de experiência esportiva, quando o atleta recebe

apoio diante do esporte escolhido,

possibilitando continuidade da carreira

(3)

No caso de pessoas com amputação, a família desempenha papel determinante no incentivo a participação esportiva (Martin,

2006; Bragaru e colaboradores, 2015),

principalmente após a amputação.

Martin (2006) destaca que atletas com deficiência entram em contato com esportes adaptados através de familiares ou amigos, sendo esse um canal para fomentar os esportes para pessoas com deficiência. O

ambiente esportivo oferece diversas

experiências sociais, além de possibilitar oportunidades para socialização entre os participantes da equipe (Côté, 1999).

De fato, pessoas com deficiência envolvidas no contexto esportivo apresentam melhorias nos aspectos psicológicos, físicos e sociais (Bragaru e colaboradores, 2011, 2015; Martin, 2006; Martin e Vitali, 2014).

Nesse sentido, o empenho do atleta com deficiência pela carreira esportiva é intenso que sua vida pessoal e profissional acaba girando em torno dos objetivos do esporte, direcionando suas energias apenas para essa fase da vida (Brazuna e Mauerberg-Decastro, 2001).

Por esse motivo torna-se necessário compreender os fatores pertinentes que compõe o contexto do desenvolvimento de jogadores de futebol para amputados, pois estabelecer e conhecer como estes atletas atingiram níveis de desempenho auxiliam na construção de um modelo de treinamento e orientação esportiva.

Dessa maneira, o objetivo do presente

estudo é verificar o contexto do

desenvolvimento psicossocial dos atletas de futebol para amputados.

MATERIAIS E MÉTODOS

Este estudo segue a abordagem qualitativa e configura-se em um estudo exploratório, que tem o universo do futebol para amputados da cidade de Belo Horizonte em Minas Gerais-Brasil como foco da análise.

Participaram deste estudo 16 atletas pertencentes a uma equipe de FA, do gênero masculino, com idade superior a 18 anos.

Para participação na pesquisa foram adotados os seguintes critérios de inclusão: possuir pelo menos seis meses de treinamento constante na modalidade esportiva e já ter participado de campeonatos nacionais. Todos os atletas foram informados dos objetivos e

procedimentos da pesquisa, leram e

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, concordando em participar como voluntário na pesquisa.

Para coleta de dados foi adaptado o questionário para identificação da Experiência Esportiva, Pratica Deliberada e Influência nos momentos iniciais, continuação e ápice da carreira esportiva dos atletas, elaborado por Ferreira (2010).

Inicialmente foi realizado um contato prévio com o treinador responsável para

conhecer a viabilidade do estudo.

Posteriormente foi realizada uma reunião com os atletas da equipe de futebol para amputados com o objetivo de explicar os procedimentos envolvidos na coleta de dados. Após a autorização do treinador e dos atletas, foram feitas visitas para aplicação do questionário.

A coleta de dados foi feita no próprio local de prática da equipe, em um lugar tranquilo onde os voluntários poderão ficar à vontade para preencher o questionário. A aplicação do questionário foi realizada pelos próprios pesquisadores.

Para a análise dos dados foi utilizada análise descritiva, composta por média, desvio padrão e distribuição de frequência. Todos os dados foram tabulados e analisados utilizando-se as ferramentas do programa estatístico SPSS for Windows® versão 17.0.

RESULTADOS

A idade média dos jogadores foi de 34,1 ± 8,9 anos, sendo que a idade iniciação no FA foi de 19,7 ± 8,2 anos, apresentando tempo médio de prática antes de atingir o alto nível de 3,2 ± 2,3 anos. O tempo de prática no alto nível foi de 6,8 ± 6 anos.

A tabela 1 apresenta a média do tempo total de prática dos jogadores que foi de 11,0 ± 7,9 anos, com média de 2 ± 0,8 dias de treino por semana e duração de 1 ± 0,7 horas por dia de treino, passando para uma média 3 ± 0,7 horas no período de alto rendimento.

Em geral, esses atletas participaram duas competições no ano, a Copa do Brasil (1º semestre) e o Campeonato Brasileiro (2º semestre).

Cabe ressaltar que 56% (n = 9) dos atletas já participaram como atletas da

Seleção Brasileira de Futebol para

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A tabela 2 indica quem são os principais atores que apoiaram os jogadores a praticar o FA, assim como os que influenciam na manutenção da pratica esportiva.

A tabela 3 apresenta como ocorreram as influências especificamente em cada etapa do desenvolvimento do atleta de FA.

Cabe ressaltar que para iniciar e continuar a prática os amigos influenciaram os

atletas com o convite para participar (50% e 40%, respectivamente).

Além disso, o incentivo da família e amigos (40%) também foi relacionado como influência positiva para o atleta continuar na prática da modalidade. Já no ápice da carreira, a família (80%) influência com aspectos relacionados a motivação/superação do atleta.

Tabela 1 - Pratica Deliberada dos atletas praticantes de FA (n = 10).

Variáveis Média DP

Tempo de prática total (anos) 11,0 7,9

Quantos dias por semana você treina? 2 0,8

Quantas vezes no dia você treina? 1 0,7

Quantas horas você treinava por dia durante o período excelência? 3 0,7

Quantas competições no ano você competia? 2 0,7

Tabela 2 - Quem lhe influenciou/apoiou a praticar o FA (n = 10).

Influências Iniciar a prática Continuar a prática Durante o ápice Amigos 44% 46% 25% Ninguém 11% - - Treinadores 11% 15% 17%

Professor de Educação Física 11% - -

Fisioterapeuta 11% - -

Família 11% 15% 42%

Namorada - 15% 8%

Clube / Associação - 8% -

Mídia - - 8%

Tabela 3 - Como ocorreram as influências o FA (n = 10).

Iniciar a prática Continuar a prática Durante o ápice

Convite para participar (50%) Convite para participar (40%) Incentivo da família, amigos (20%)

Indicação / Orientação de profissional de

Educação Física ou Fisioterapeuta (38%) Melhorar a saúde (20%) Motivação / Superação (80%)

Levou para o hospital um jornal de instituição esportiva para deficientes (13%)

Incentivo da família, amigos

(40%)

DISCUSSÃO

Os principais achados do presente estudo foram que no FA a iniciação esportiva se acontece tardiamente, em média com 20 anos de idade e que a média de idade dos participantes é alta (34,1 ± 8,9 anos).

Para iniciar e se manter na

modalidade, os atletas de FA recebem maiores influências dos amigos, que convidam e incentivam a participação no esporte.

Adicionalmente, família e amigos são os maiores influenciadores quando esses

atletas atingem o ápice da carreira esportiva, utilizando o enfoque motivacional e de superação. Uma limitação do presente estudo se concentra no fato de não ter sido

questionado aos atletas o tempo de

amputação e a experiência esportivas

anteriores a amputação.

Em relação a iniciação esportiva, alguns autores (Martin e Vitali, 2014; Winnick, 2004) destacam que não é incomum que pais fiquem preocupados com a possível rejeição social contra seus filhos deficientes por

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esportiva em instituições especiais, o que pode explicar o achado acima.

No que diz respeito à idade dos atletas, observa-se que é diferenciada quando comparada aos esportes convencionais e principalmente ao futebol.

Um dado a esse respeito, é que as deficiências dos atletas participantes do estudo foram adquiridas, em muitos casos na fase adulta, justificando assim o fato dos mesmos apresentarem média de idade mais elevada (Noce, Simim e Mello, 2009; Simim e

colaboradores, 2013; Yazicioglu e

colaboradores, 2007).

As questões relacionadas com

instituições que gerenciam a modalidade ganha destaque e pode estar relacionada com a iniciação esportiva acelerada e condensada.

Se por um lado o advento da criação da ABDA (em 1990) ter sua origem no fomento da modalidade, por outro, as dificuldades impostas para realização de competições têm cada vez mais impactado no desenvolvimento da modalidade.

Apesar do desenvolvimento alcançado e de todos os benefícios trazidos pela prática esportiva, em especial à população amputada, essa modalidade passa pelo grande e comum problema da falta de recursos (Moreira, 2009). Empiricamente, essa questão exerce influência direta no número de atletas e o tempo de prática para se alcançar o alto nível acaba sendo rápido (aproximadamente três anos no presente estudo).

Segundo Brazuna e

Mauerberg-Decastro (2001), nos países de primeiro

mundo os atletas conseguem status

internacional no esporte adaptado entre seis meses e dois anos, o que se aproxima do valor encontrado neste estudo.

No Brasil, observa-se também essa tendência, uma vez que o número de participantes e de medalhas em competições de alto rendimento do esporte adaptado vem aumentando a cada ano (Mello e Wincler, 2012).

Outro ponto que têm impacto na falta de recursos da modalidade diz respeito a frequência semanal de treinamento e nas poucas competições anuais.

Em estudo retrospectivo, no qual foram registradas 302 sessões de treinamento de FA durante o período de sete anos (2005 a 2012), Simim, Silva e Mota (2015) verificaram média de dois treinamentos semanais de duas

a três horas, com distribuição das sessões de treinamento em atividades iniciais e parte principal.

Além disso, esses mesmos autores destacam que a maior concentração dos treinamentos está no 1º semestre do ano, em preparação para o Campeonato Brasileiro.

Em linhas gerais, o atleta de alto rendimento necessita adequar-se a uma série de padrões, tais como rotina, dieta, tempo de

treinamento em busca de resultados

satisfatórios (Valle, 2003).

Zuchetto e Castro (2002) ressaltam a importância do apoio da família e dos amigos para auxiliar o deficiente a adotar hábitos de vida ativo.

Para Bruner, Munroe-Chandler e Spink (2008), o desenvolvimento dos atletas ao longo de suas carreiras ocorre por intermédio do bom relacionamento com seus amigos, o que corrobora com os resultados encontrados. Para os atletas, os amigos são fundamentais para introduzir motivação, já que todo o vínculo social destes indivíduos advém do ambiente esportivo (Mccarthy e Jones, 2007).

Além disso, os resultados indicaram que os amigos foram muito importantes por influenciar e dar apoio aos jogadores a iniciarem e permanecerem na prática esportiva através de convites realizados, incentivo, motivação e pela própria vontade de superar a amputação.

De acordo com Bloom (1985), os pais são responsáveis por prover apoio emocional para que não ocorra o abandono precoce da

modalidade. No presente estudo, foi

demonstrado que os pais são os maiores incentivadores no ápice da carreira para que os atletas continuem a pratica esportiva, o que corrobora com outros trabalhos da literatura (Martin, 2006; Martin e Vitali, 2014; Samulski e Noce, 2002).

Perdurar no alto rendimento exige do atleta a capacidade de superar as restrições impostas pela prática deliberada.

A restrição de motivação (falta de prazer imediato com a prática), o esforço (exigência nos níveis de concentração e

empenho) e os recursos (humanos,

financeiros) podem levar ao declínio do comprometimento com a modalidade e, com isso, interferir no rendimento dos atletas (Ericsson, Krampe e Tesch-Romer, 1993; Ericsson, 2005).

(6)

CONCLUSÃO

Concluímos que o contexto do

desenvolvimento psicossocial dos atletas de FA apontam o início tardio da prática na modalidade, a importância do apoio da família e amigos como um fator relevante para um bom desenvolvimento do atleta no esporte, o bom relacionamento com o treinador e a motivação/superação como uma das principais influencias durante o ápice na carreira.

No entanto há poucos trabalhos que abordam esse contexto para jogadores de FA, sendo necessária a elaboração de mais

estudos que contribuam para o

desenvolvimento dos mesmos. REFERÊNCIAS

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Recebido para publicação em 20/07/2016 Aceito em 22/09/2016

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