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Mudanças ambientais e mobilidade: uma discussão sobre conceitos e desafios

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Academic year: 2021

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MUDANÇAS AMBIENTAIS E MOBILIDADE: UMA DISCUSSÃO SOBRE CONCEITOS E DESAFIOS1

Sara Aparecida de Paula2 Leonardo Freire de Mello3 Gustavo di Cesare Gianella4

OBJETIVOS

Objetivo geral

Verificar as discussões contemporâneas sobre a mobilidade humana e sua relação com as mudanças ambientais globais.

Objetivos específicos:

 Revisar os conceitos que definem a mobilidade humana influenciadas e/ou impulsionadas por mudanças ambientais.

 Fazer uma breve correlação com conceitos de vulnerabilidade, risco, resiliência e adaptação.

METODOLOGIA E FONTES DE DADOS

Essa proposta faz parte de uma dissertação de mestrado sobre mudanças ambientais e sua relação com a população. A metodologia deste trabalho, em particular, se dá através de revisão bibliográfica e análise documental. A revisão bibliográfica é fundamental para definir as discussões vigentes sobre a temática. Já a análise documental se dá a partir de relatórios, buscando os termos utilizados e também os dados e estudos de caso que ajudem a entender a questão proposta. Para tal, foram escolhidos relatórios da International Organization for Migration (IOM) e o Internal-Displacement Monitoring Centre (IDMC).

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Trabalho apresentado no XI Encontro Nacional sobre Migrações, realizado no Museu da Imigração do Estado de São Paulo, em São Paulo, SP, entre os dias 9 e 10 de outubro de 2019.

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Bacharel em Relações Internacionais, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Economia Política Mundial da Universidade Federal do ABC. Interesses de pesquisa: Mudanças Ambientais Globais, Dinâmicas Demográficas, Economia Política Mundial, Antropoceno, Mobilidade humana, dinâmicas de consumo.

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Professor do Bacharelado em Planejamento Territorial, Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Gestão de Território e Programa de Pós-Graduação em Economia Política Mundial na Universidade Federal do ABC. Interesses de pesquisa: Mudanças Ambientais Globais, Mobilidade Humana, Dinâmicas de Consumo, Antropoceno.

4

Bacharel em Direito, Mestre em Políticas Públicas, Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Economia Política Mundial na Universidade Federal do ABC. Interesses de pesquisa: Economia Política Mundial, Políticas Públicas, Mobilidade Humana, Refúgio.

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DISCUSSÃO E RESULTADOS

O tema das mudanças ambientais globais tem sido cada vez mais presente na vida da sociedade, não só porque os meios de comunicação veiculam notícias sobre desastres e problemas com inundações ou secas, mas porque todas as populações estão sentindo essas mudanças de alguma forma. Para entender essa questão é necessário discorrer sobre essas mudanças, principalmente com o que é trabalhado a partir de relatórios como o do International Panel for Climate Change (IPCC).

Um adendo importante antes de entrar na discussão das mudanças é destacar o por quê da escolha por “mudanças ambientais” em vez de “mudanças climáticas”. O segundo é imbuído de críticas por parte de alguns céticos, que dizem se tratar de um ciclo natural do planeta. No entanto, quando escrevemos sobre mudanças ambientais, o intuito é ir além dos desequilíbrios climáticos, destacando qualquer forma de intervenção nos ecossistemas, como o caso da exploração de recursos e a urbanização.

As mudanças ambientais, como destacados no Assessment Report 4 e o Assessment Report 5 (2007; 2014) do IPCC, são séries de alterações biogeoquímicas nos processos que compõem o sistema planetário. Essas alterações acontecem numa escala espacial e temporal tão ampla e profunda, que o planeta não consegue se regenerar na mesma proporção. Entre os problemas citados nos relatórios estão o aumento de temperatura que modifica o padrão de chuvas, pode influenciar no Ph da água dos oceanos, e assim afetar a biodiversidade terrestre e oceânica, bem como ciclos como o de hidrogênio (IPCC, 2007; 2014).

No outro lado desta dinâmica, a população humana tem um duplo sentido. Isto é, autores como Crutzen (2002; 2006) e Steffen et al. (2004), aferem que estamos vivendo o Antropoceno, ou era do Ser Humano. Significa que as atividades ligadas ao sistema humano, como a utilização de energia por combustíveis fósseis e o alto uso de fertilizantes na agricultura contemporânea, além de uma sociedade baseada no hiperconsumo (LIPOVETSKY, 2006), fazem com que os ciclos do planeta se alterem em escala global. Por outro lado, além de propulsor dessas mudanças, a população humana também é receptora, porque as transformações no ambiente não são localizadas, mas sim um processo global.

No entanto, o fato de ser global, não significa que todas as populações serão influenciadas da mesma forma, isto porque características da estrutura econômica,

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política e social pode fazer com que determinados grupos sejam mais suscetíveis aos impactos das mudanças ambientais do que outros, sendo este o caso daqueles que são forçados a se deslocar porque perderam ou tem o risco de perder seus meios de vida.

Em relatório de 2014, o Internal Displacement Monitoring Centre (IDMC) divulgou dados que entre os anos de 2008 a 2013 foram identificados deslocamentos em pelo menos 161 países ocasionados por desastres geofísicos como os terremotos, desastres climáticos como as tempestades e deslizamentos de terra (IDMC, 2014).

O relatório afirma ainda que o risco de deslocamentos por desastres ambientais mais do que dobrou desde a década de 1970, principalmente em áreas urbanas de países com menores índices de desenvolvimento, que acabam sendo mais vulneráveis. Além disso, nota-se que a maior frequência e intensidade dos eventos faz com que haja pouco tempo de recuperação entre um desastre e outro.

Outro ponto crítico sobre essa questão diz respeito à quantidade de pessoas deslocadas. De acordo com o relatório em 2013, 22 milhões de pessoas tinham deslocado por motivos ambientais, um número três vezes maior em relação aos deslocados por violência e conflitos, e este número tende a aumentar (IDMC, 2014).

CONCEITOS SOBRE MOBILIDADE

A mobilidade é algo inerente à história humana, porque ela está relacionada à busca de meios de sobrevivência e condições de bem estar, ou seja, trata-se de uma medida de adaptação. No decorrer da história recente, a mobilidade associada a busca por bem estar esteve bastante justificada em parâmetros econômicos e/ou políticos, por isso, ao incluir o fator ambiental, faz-se necessário entender que ele não é um elemento único, mas sim dependente de outras variáveis.

Neste sentido, a IOM tem tentado padronizar os conceitos que envolvem a dimensão ambiental da mobilidade humana. Em 2009, a IOM (2009) publicou um livro sobre a Migração e o Ambiente, no qual destacava os conceitos importantes para o entendimento de deslocamento ambiental e suas variáveis, sendo eles:

Environmentally motivated migrants, Environmentally forced migrants e

Environmental refugees. O primeiro conceito diz respeito aos indivíduos que

decidem se deslocar antes que o desastre aconteça. O segundo trata daqueles que saem diante da perda das condições ambientais dos meios de vida e o terceiro é

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sobre aqueles que deslocam como resposta imediata à devastação não só dos meios que vivem, mas de suas vidas como um todo.

Diante de tais definições, a IOM decidiu agregar esses elementos em um conceito mais geral, como disposto a seguir:

Environmental migrants are persons or groups of persons who, for compelling reasons of sudden or progressive changes in the environment that adversely affect their lives or living conditions, are obliged to leave their habitual homes, or choose to do so, either temporarily or permanently, and who move either within their country or abroad (IOM, 2009, p. 23).

Já em 2017, outros pesquisadores do IOM publicaram um relatório no qual visavam trabalhar com casos empíricos e assim construir metodologias. Desta forma, os autores do relatório destacaram três tipos de mobilidade como resultado das pesquisas: (1) migração, trata-se de um significado amplo para aqueles que se movem dentro ou fora de seus países por uma variedade de razões, mas geralmente de maneira voluntária; (2) deslocamento, quando há um movimento forçado como resposta a um desastre; (3) realocação planejada (permanente ou de longo prazo), quando pessoas ou comunidades são movidas para um local mais seguro (IOM, 2017a). O primeiro tipo de mobilidade diz respeito à pessoas que têm uma percepção sobre o risco e também possuem a capacidade de se mudar, representando, portanto, uma ação adaptativa. O segundo caso é mais complexo, porque representa pessoas com mais vulnerabilidade, um caso clássico sobre isso são os deslocados do furacão Irene que atingiu o Haiti em 2011, isto porque muitas pessoas foram forçadas a se deslocar e até hoje a infraestrutura é vulnerável. Um exemplo importante de relocação planejada é de Cuba (IDMC, 2018), o país possui um sistema de treinamento da população perante desastres, sendo assim, Cuba tem um sistema de prevenção e uma resiliência maior que outros lugares.

É importante destacar que, para além do contexto de mobilidade, há aqueles chamados de trapped populations, ou populações na armadilha. Essas populações são aquelas, que por diferentes motivos, não podem ou não conseguem sair das áreas de risco.

Percebe-se que a base do entendimento sobre a mobilidade por mudanças ambientais é a mesma, no entanto, ela foi se desenvolvendo a partir do contexto empírico. Ainda assim, a IOM também nota que os tipos de mobilidades devem se

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associar na análise ao tipo de mudança ambiental e outros fatores como a vulnerabilidade e resiliência, como já mencionado.

Quanto às mudanças ambientais, é preciso entender que elas podem ser graduais (degradação do solo, uso intensivo dos recursos, poluição do ar/água e solo, acidificação dos oceanos, entre outros) ou repentinas (desastres climatológicos como terremotos e furacões), e ainda podem acontecer da escala mais local à nacional e global (IOM, 2009; UNDP, 2017). Ademais, ambos aspectos dependem do grau de ação política para garantir os níveis de vulnerabilidade e resiliência dos diferentes espaços.

Começando com essas variáveis de análise, a IOM também definiu nove tipos eventos ambientais (hydrological hazards, geophysical hazards, meteorological hazards, climatological hazards, technological hazards, coastal process, weather changes, ecosystem change e infrastructure and development projects) que se relacionam aos ecossistemas afetados (provisioning services, regulating services e cultural services). Essa conexão se completa com os mobility drivers (segurança alimentar, segurança da água, segurança econômica, segurança política, segurança energética, segurança global ambiental). Percebe-se, desta forma, que o entendimento sobre o processo de mobilidade demanda uma análise mais profunda composta por parâmetros ambientais, sociais e econômicos.

VULNERABILIDADE, RISCO, RESILIÊNCIA E ADAPTAÇÃO

Os conceitos de vulnerabilidade e de risco têm sido cada vez mais presentes nos debates sobre as questões demográficas relacionadas às mudanças ambientais. Em seu livro Risk Society – Towards a New Modernity, Beck deixa claro que o planeta está vivendo um novo tipo de sociedade, a chamada “Sociedade do Risco”. Para Beck (1992, p. 22) “risk may be defined as a systematic way of dealing with hazards and insecurities induced and introduced by industrialization itself”. O risco aparece de forma ambivalente, ou seja, estar em risco é a forma como se regula o mundo moderno e estar em risco global é a condição do século XXI. A percepção de risco global, ou de novos riscos é entendida pelo autor através de três características: (1) os riscos não são mais localizados geograficamente, eles são onipresentes; (2) as consequências dos riscos são incalculáveis; (3) não-compensação e a incerteza dos riscos, se de um lado há o avanço das tecnologias, elas não capazes de responder a todas as consequências (BECK, 1992; 2006) .

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É importante compreender que a falta de localização dos riscos não é apenas espacial, mas temporal e social, isso porque os riscos são globais e em sua maioria não podem vistos. A incapacidade de calculá-los também é complexa no sentido de impulsionar medidas de seguranças que em sua aparência deveriam diminuí-los ou evitá-los, mas acabam por ampliá-los, principalmente para os grupos sociais em posições mais vulneráveis (vulneráveis políticos, econômicos, culturais e ambientais).

É desta maneira que o conceito de risco de relaciona com o de vulnerabilidade. Apesar dos riscos serem globais, eles acabam sendo mais avassaladores em grupos mais vulneráveis. Para Beck (2006, p. 339) “catastrophic risk follows the poor. Global risks have two sides: the probability of possible catastrophes and social vulnerability through catastrophes”.

O conceito de vulnerabilidade é complexo por dois motivos: transita por diferentes áreas do conhecimento e muitas vezes é confundido como um sinônimo do conceito de risco (MAVHURA; MANYENA; COLLINS, 2017). No entanto a diferença é que os riscos estão associados à dimensão contextual da produção e distribuição do evento da mudança ambiental, ou seja, o conjunto de probabilidades de frequência espacial e temporal das ocorrências de desastres, enquanto a vulnerabilidade corresponde à dimensão contextual dos modos de enfrentamento.

O termo foi concebido no âmbito das ciências naturais, e por isso relacionou-se com a vulnerabilidade física e possibilidade de desastres. Foi na relacionou-segunda metade do século XX que diferentes áreas das ciências humanas e sociais passaram a estudar o que chamaram de vulnerabilidade social.

Como mencionado, trata-se de um termo complexo. Para o IPCC (2007) é o grau de suscetibilidade do sistema frente à mudança ambiental, além de sua incapacidade de lidar com os impactos. Alexander (2012) descreve que há um certo consenso em que se afirma que vulnerabilidade é o potencial de dano ou perda de coisa e/ou pessoa. Para Mavhura; Manyena e Collins (2017) a vulnerabilidade é o nível de ameaça ou exposição à desastres, predisposição a ser atingido ou circunstâncias nas quais as pessoas são colocadas em risco.

O que os autores concordam é que além da complexidade de se delimitar o conceito, é muito complicado ainda mensurar a vulnerabilidade, e por isso há diversos tipos de modelos. É portanto, um conceito multidimensional que depende

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do ponto de vista do autor e das questões colocadas por quem está analisando (MARANDOLA JR., 2009).

Do ponto de vista da demografia, Marandola Jr. (2009) descreveu que as dinâmicas de população tem um relacionamento duplo com o ambiente e suas alterações, isto é, provocadora de danos (através da emissão de gases do efeito estufa, uso intensivo da terra e pelo consumo) e receptora de impactos. Para este segundo grupo, há a necessidade primordial de se identificar as vulnerabilidades sociais.

É necessário entender a vulnerabilidade se dá através da análise de populações específicas em lugares específicos, assim como suas dinâmicas sociais, econômicas e políticas, e as capacidades de mitigação e adaptação (MARANDOLA JR., 2009).

Sendo assim, notamos que há certas variáveis de análise que são centrais e se relacionam com a estrutura histórica e social de determinado local, que pode ser analisado sob a ótica de diferentes escalas. Entre as variáveis se destacam a raça/características étnicas, o grupo ou classe socioeconômica, o gênero e a idade (CUTTER; FINCH, 2008). Embutidos neles há subvariáveis como a estrutura familiar, a renda familiar, se o domicílio é próprio, se há dependência no sistema rural, condições de emprego (formal, informal).

As autoras explicam que a vulnerabilidade social nasce como consequências das desigualdades sociais e políticas de determinados espaços. Essas desigualdades associadas aos fatores citados constroem as vulnerabilidades. Cutter e Finch (2008) explicam que a literatura da área descreve que condições de idade podem influenciar a resposta ao desastre, pessoas idosas podem ter limitações físicas, crianças podem demandar um trabalho psicológico pós-desastre maior.

O United Nations Population Fund (UNFPA) publicou um relatório em 2009 no qual relaciona às mudanças ambientais e climáticas à questão de gênero. A vulnerabilidade é maior em grupos mais pobres, que são compostos, em sua maioria, por mulheres. Em determinadas sociedades, a mulher ainda tem o papel central na produção de alimentos para a subsistência, por isso, quando há mudança ambiental de longo prazo ou um desastre, o efeito sobre a poluição da água, erosão do solo, provoca um aumento da fome, perda de terras férteis, o que envolve a necessidade de migrar em muitos casos.

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O relatório também expõe que além do gênero ser influenciador, e das mulheres serem as mais pobres, esses fatores se agravam quando há falta de acesso à educação, que influencia inclusive no número de mulheres adolescentes grávidas. Ademais, há ainda os riscos que envolvem as mulheres pelo fato de serem mulheres, “while men are more likely to be killed or injured in fighting, women suffer greatly from other consequences of conflict, such as rape, violence” (UNFPA, 2009, p. 3).

De acordo com Guzmán; Schensul e Zhang (2013), a vulnerabilidade é geralmente dividida em quatro grupo principais: vulnerabilidade física, vulnerabilidade social, econômica e ambiental. A primeira e última estão associadas ao risco de exposição de desastres, sendo que essas informações podem ser medidas de sistemas geográficos de satélites e outras tecnologias que auxiliem o processo de previsão de catástrofes. A vulnerabilidade ambiental também carrega fatores geográficos ligados à territorialização, isto é, onde os grupos vivem. Aproximadamente 80% da população mundial vive em até 100 km de distância de zonas costeiras, além disso, a maioria das megacidades se encontra nesse perímetro (BLACKBURN; MARQUES, 2013), sendo assim grande parte da população pode enfrentar o problema do aumento do nível do mar. Além do mais, cidades muito urbanizadas, podem enfrentar com mais frequência os problemas de acesso a serviços como saneamento básico. Outros grupos, dependentes dos meios de vida rurais, podem enfrentar desequilíbrios climáticos que afetarão diretamente a produção de alimentos e a própria sobrevivência.

A medição dos quatro tipos de vulnerabilidade, que pode se dar através de satélites e também de censos, no sentido social, é vital para se analisar as capacidades de adaptação e resiliência. No relatório de 2017 a IOM destaca o papel dos governos para garantir a migração enquanto meio de adaptação, em alguns casos ela pode servir como uma estratégia de diversificação de renda (quando parte dos membros da família migra), entretanto, quando a mobilidade é feita sem estruturas representa riscos para o aumento da vulnerabilidade de determinado grupo (como aqueles que se estabelecem em campos de refugiados, ou falta de acesso a direitos dentro de uma sociedade). Sendo assim, a migração enquanto estratégia de adaptação deve ser um projeto guiado e estruturado.

Por outro lado, há aqueles que não tem com sair, e neste caso, a alternativa pode ser garantir a resiliência como meio preventivo. Exemplo disso é a utilização de

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materiais mais resistentes nos domicílios, para que eles não sejam facilmente atingidos por desastres, além de questões físico-materiais que podem ajudar, é imprescindível garantir a segurança social das pessoas buscando uma igualdade de gênero, de renda.

REFERÊNCIAS

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