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Caracterização da distribuição de cursos de graduação em Odontologia e de Cirurgiões-dentistas no Brasil

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

PEDRO HENRIQUE DE ARAÚJO

CARACTERIZAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA E DE CIRURGIÕES-DENTISTAS NO BRASIL

NATAL 2019

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PEDRO HENRIQUE DE ARAÚJO

CARACTERIZAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA E DE CIRURGIÕES-DENTISTAS NO BRASIL

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Departamento de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção do título de Cirurgião-Dentista.

Orientadora: Profa. Dra. Edna Maria da Silva.

NATAL 2019

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Alberto Moreira Campos - -Departamento de Odontologia

Araújo, Pedro Henrique de.

Caracterização da distribuição de cursos de graduação em

Odontologia e de Cirurgiões-dentistas no Brasil / Pedro Henrique de Araújo. - Natal, 2019.

32 f.: il.

Orientador: Profª Drª Edna Maria da Silva.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia, Natal, 2019.

1. Educação superior - Trabalho de Conclusão de Curso. 2. Odontólogos - Trabalho de Conclusão de Curso. 3. Necessidades e demandas de serviços de saúde - Trabalho de Conclusão de Curso. 4. Capacitação de recursos humanos em saúde - Trabalho de Conclusão de Curso. 5. Saúde bucal - Trabalho de Conclusão de Curso. I. Silva, Edna Maria da. II. Título.

RN/UF/BSO BLACK D073

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PEDRO HENRIQUE DE ARAÚJO

CARACTERIZAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA E DE CIRURGIÕES-DENTISTAS NO BRASIL

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Departamento de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção do título de Cirurgião-Dentista.

Aprovado em: 20/11/2019.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________ Profa. Dra. Edna Maria da Silva - Orientadora

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

___________________________________________________ Prof. Dr. Luiz Roberto Augusto Noro

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

___________________________________________________ Profa. Dra. Jônia Cybele Santos Lima

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AGRADECIMENTOS

Gratidão a Maria da Guia de Araújo, minha mãe, e aos meus avós, Júlia, Francisco e Luzia, por terem abdicado de muito do que a vida pode oferecer para sonhar também os sonhos de seus filhos.

Gratidão aos meus irmãos Luíza, João, Jade, Joara e Júlia, por terem lidado razoavelmente bem com a falta que representei, com a ausência que fui.

Gratidão aos meus tios, em especial a Gilson, pela delicadeza e cuidado para comigo. Ninguém teve tantos pais.

Gratidão a Isadora, minha namorada, por ter enfrentado tempestades ao meu lado e ter feito o impossível para manter o barquinho no prumo.

Gratidão a Cléa Barreto, Marília Lima, Olívia Soares, Randerson Moura, Richelle Doval, Simão Medeiros, Tâmara Lucena e Wanessa Nóbrega, por cultivarem por anos a bonita relação de irmandade que construímos no ensino médio.

Gratidão à Universidade Federal de Campina Grande, por ter primeiro me acolhido e a todos os amigos que lá fiz para a profissão e para a vida: Letícia Ataíde, Julliany Taverny, Karina Rolim, Marcela Bento, Paulo Albuquerque, Rayanne Rodrigues e Rebeca Medeiros.

Gratidão aos amigos Cállysson Pinheiro, Jabes Lima, Jordir Neres, Luiz Xavier Filho, Marx Fernandes e Paulo Silva Neto, por terem na graduação integrado comigo um grupo extremamente autêntico e altruísta.

Gratidão aos professores que me inspiraram e edificaram, em especial a Isauremi Vieira, Jônia Lima, Luiz Noro e Marcílio Dias.

Gratidão aos funcionários do Departamento de Odontologia, em especial a Andréa, Aurélio, Eliane, Fernando, Floriano, Giselle, Helena, Luana, Manoel, Marcos, Maria José, Neusa, Ossian, Patrícia, Rafaela, Talita e Valéria, principalmente pela paciência. Também por darem à experiência no DOD ares de casa, da família que somos.

Gratidão uma vez mais aos membros da banca por deixarem de lado seus próprios afazeres para avaliar minha pesquisa e contribuir para melhorá-la.

Gratidão à professora Edna, por ter me dado ao longo do percurso asas, liberdade, um bom plano de voo e, claro, um paraquedas para situações de emergência. Agradeço por me enxergar, me encorajar, por fazer com que eu sinta hoje que o tenho é suficiente. Agradeço por manter sempre a porta aberta.

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Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.

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RESUMO

A pesquisa objetivou caracterizar o panorama geral da Odontologia brasileira com base na distribuição de cursos de Odontologia (CO) e de Cirurgiões-dentistas (CD) no país, tecendo considerações sobre a reorientação do ensino direcionada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e a proposta de inserção no Sistema Único de Saúde (SUS). Foi desenvolvido estudo transversal descritivo com utilização de dados do Conselho Federal de Odontologia, do Conselho Regional de Odontologia do Estado de São Paulo, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Sistema e-MEC, do Ministério da Educação (MEC). Os valores populacionais são estimados para 2019 e os demais dados são referentes ao mês de novembro do mesmo ano. O Brasil apresenta 529 CO ativos, sua maior parcela é oferecida por entidades privadas (91,1%) e na região Sudeste (35.3%). Norte (9.1%) e Centro-Oeste (10%) apresentam a menor densidade de CO. O Sudeste exibe maior oferta de vagas em CO, com 28.021 vagas distribuídas em 187 instituições (149,8 vagas/instituição), 38.4% do total de 72.948 vagas autorizadas pelo MEC. O Norte apresenta o menor número de vagas disponível, 6.693 (9.1%). São 328.251 os CD em atividade no Brasil, concentrados principalmente no Sudeste, em oposição ao Norte, que traz os menores números de profissionais. Com relação ao panorama da distribuição dos CD, a relação Habitante/CD foi inferior ao valor de 1.500 (preconizado pela Organização Mundial da Saúde - OMS) nos estados e capitais de todas as regiões do Brasil, com média geral de 640 Hab./CD. O eixo Sul-Sudeste se apresenta como a faixa mais saturada de profissionais no país. Em contrapartida, o eixo Norte-Nordeste apresenta a menor taxa de saturação, ocorrendo valores aceitáveis para o índice da OMS no conjunto das cidades interioranas de 11 estados pertencentes às regiões Norte e Nordeste. O campo de atuação do Cirurgião-dentista brasileiro está saturado, com número maior de profissionais do que o recomendado pela OMS. Devem ser definidas políticas que reorientem a inserção da força de trabalho e estratégias que assegurem a qualidade do ensino. Há a necessidade de discutir soluções que possam ajudar a melhorar a atual situação da Odontologia e a garantia de seu futuro enquanto profissão, que passa pela sua articulação com o SUS e pela reorientação do ensino através das DCN.

Descritores: Educação Superior; Odontólogos; Necessidades e Demandas de Serviços

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ABSTRACT

The search aimed to characterize the general panorama of Brazilian Dentistry based on the distribution of courses in Dentistry and dentists in the country, making considerations on the reorientation of education directed by the National Curriculum Guidelines and the proposal insertion in the Unified Health System (SUS). A descriptive cross-sectional study was conducted using data from the Federal Council of Dentistry, the Regional Council of Dentistry of the State of São Paulo, the Brazilian Institute of Geography and Statistics and the e-MEC System, from the Ministry of Education (MEC). Population values are estimated for 2019 and the other data refer to November of the same year. Brazil has 529 active dentistry courses, most of which are offered by private entities (91.1%) and in the Southeast region (35.3%). The North (9.1%) and Midwest (10%) regions have the lowest course density. The Southeast has the largest offer of vacancies in dentistry courses, with 28,021 vacancies distributed in 187 institutions (149.8 vacancies/institution), 38.4% of the total of 72,948 vacancies authorized by MEC. The North has the lowest number of vacancies available, 6,693 (9.1%). There are 328,251 dental surgeons active in Brazil, concentrated mainly in the Southeast, as opposed to the North, which has the lowest number of professionals. Regarding the panorama of the distribution of dental surgeons, the ratio of Inhabitant/Dentist was lower than the value of 1,500 (recommended by the World Health Organization - WHO) in the states and capitals of all regions of Brazil, with a general average of 640 Inhabitant/Dentist. The South-Southeast axis is the most saturated range of professionals in the country. In contrast, the North-Northeast axis has the lowest saturation rate, with acceptable values for the WHO index in the interior cities of 11 states in the North and Northeast. The dentistry market in Brazil is saturated, with more professionals than recommended by WHO. Policies are needed to guide workforce insertion and strategies to ensure the quality of education. There is a need to discuss solutions that can help to improve the current situation of dentistry and the guarantee of its future as a profession, which goes through its articulation with the SUS and the reorientation of education through the National Curriculum Guidelines.

Descriptors: Higher Education; Dentists; Health Services Needsx and Demand; Health

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LISTA DE ABREVIATURAS

ABENO - Associação Brasileira de Ensino Odontológico APS - Atenção Primária à Saúde

CD - Cirurgiões-Dentistas

CEO - Centros de Especialidades Odontológicas CFO - Conselho Federal de Odontologia

CNS - Conselho Nacional de Saúde CO - Cursos de Odontologia

CONEP - Comissão Nacional de Ética em Pesquisa CRO - Conselhos Regionais de Odontologia

DCN - Diretrizes Curriculares Nacionais ESB - Equipes de Saúde Bucal

FDI - Federação Dentária Internacional

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IES - Instituições de Ensino Superior

LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional MEC - Ministério da Educação

MS - Ministério da Saúde NH - Número de Habitantes

OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico OMS - Organização Mundial da Saúde

PIB - Produto Interno Bruto

PNSB - Política Nacional de Saúde Bucal

Pró-Saúde - Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde PROVAB - Programa de Valorização dos Profissionais da Atenção Básica

PSF - Programa Saúde da Família RHS - Recursos Humanos em Saúde

SERES - Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior SUS - Sistema Único de Saúde

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TABELAS

Tabela 1. Cursos brasileiros de graduação em Odontologia e quantidade de vagas autorizada pelo Ministério da Educação (MEC), agrupados por unidades federativas (UF), regiões e categorias administrativas. Brasil. 2019.

Tabela 2. População, número de Cirurgiões-dentistas e proporção Habitante/Cirurgião-dentista nas regiões do Brasil, na soma das capitais e das cidades interioranas. Brasil. 2019.

Tabela 3. População, número de Cirurgiões-dentistas e proporção Habitante/Cirurgião-dentista nos estados brasileiros, em suas capitais e no interior. Brasil. 2019.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LITERATURA ... 11

2 METODOLOGIA ... 18

3 RESULTADOS... 19

4 DISCUSSÃO ... 24

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 28

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1 INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LITERATURA

A Odontologia brasileira tem passado por mudanças substancias nas últimas décadas no que concerne à educação, ao campo de trabalho e às variações consequentes nos perfis dos recursos humanos inseridos nas duas esferas. A Odontologia avigorou seu caráter profissional autônomo e liberal no período abarcado entre as décadas de 1960 e o início dos anos 1980, em paralelo ao milagre econômico (MORITA: HADDAD; ARAUJO, 2010).

O chamado milagre econômico brasileiro, ocorrido entre os anos de 1968 a 1973, caracterizou-se pela aceleração do crescimento do produto interno bruto (PIB), pela forte industrialização e baixa inflação, atrelados ao aumento da concentração de renda, à corrupção e exploração da força de trabalho. No mesmo período, os procedimentos clínicos odontológicos se tornaram continuamente mais caros e foi aumentado o enfoque nos métodos curativos (FERREIRA; VELOSO, 2013).

No que diz respeito à oferta por cursos de graduação em Odontologia no país, a profissão tornou-se mais competitiva e, tendo em vista o poderio econômico dotado pelas regiões Sul e Sudeste, essas passaram a concentrar a maior quantidade dos Cirurgiões-dentistas, das faculdades de Odontologia e de entidades prestadoras de assistência odontológica, e obtiveram destaque frente às demais regiões do Brasil, com concentração de renda sobremodo inferior (CAYETANO, 2019).

A aglutinação de profissionais nas capitais, nos grandes centros de forma geral, particularmente nas zonas urbanas, impulsionada pela concentração de renda e de postos de trabalho, distaliza a mão de obra especializada da realidade das cidades interioranas, das pequenas comunidades e periferias. Tendo em mente as dimensões continentais do Brasil, a má distribuição de recursos humanos dificulta o acesso aos serviços de saúde pela população que se encontra afastada das zonas de maior densidade de profissionais (MATHIAS et al., 2016).

O perfil da profissão voltado à clínica particular e liberal dos anos 1980 sofreu impacto com alterações no quadro socioeconômico da população e com o alto número de Cirurgiões-dentistas no exercício profissional. Houve proliferação dos convênios e credenciamentos odontológicos oferecendo serviços em clínicas particulares, além de clínicas com perfil empresarial nas quais os profissionais trabalham por percentual sobre serviços realizados (CAYETANO, 2019).

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12 A prática profissional do Cirurgião-dentista a princípio era dotada de caráter individual, artesanal, empírico e a relação que se estabelecia nesse contexto era tão somente a relação profissional-paciente (CARVALHO, 2006). Buscando adequação ao caráter técnico-científico-humanista, hoje a prática é desenvolvida por um conjunto de recursos humanos com níveis de formação distintos, diferentes atribuições, competências e habilidades, fomentando o trabalho em equipe e a atividade multiprofissional.

Com o surgimento do Programa da Saúde da Família (PSF), em 1994, e, posteriormente, a inclusão da saúde bucal nessa estratégia, pela Portaria n. 1444/2000, há no país o desenho de uma nova oportunidade de expansão da atuação do profissional da Odontologia no setor público, integrando as Equipes de Saúde Bucal - ESB (BRASIL, 2000a). A iniciativa tem por objetivo central apoiar a reorientação do modelo assistencial à saúde com base na atenção básica, orientada pelos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Estratégia Saúde da Família (ESF) foi adotada como uma alternativa para garantir a oferta de cuidados individuais e coletivos à saúde das famílias residentes em um dado território, articulando promoção de saúde, prevenção de doenças e cuidado clínico. Isso tem mobilizado a contratação de um grande contingente de profissionais de saúde no Brasil, bem como o desenvolvimento de um novo perfil profissional para a área (PINHEIRO et al, 2011).

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) foi implantado poucos anos após a Constituição Federal ter garantido a saúde como “direito de todos e dever do Estado”, e a partir daí o campo de atuação no serviço público se expandiu e modificou. Com o processo de estruturação do SUS e compartilhamento da gestão, o fenômeno da municipalização ganhou força entre 2002 e 2005 e os empregos na saúde sofreram uma tendência de migração para a esfera municipal (PIERANTONI; DAL POZ; FRANÇA, 2011). Essa migração e as alterações políticas e econômicas impactaram nas relações de trabalho em saúde em relação à quantidade e à qualidade dos serviços oferecidos.

Veio com a municipalização o fenômeno da descontinuidade político-administrativa, definido por Nogueira (2006) como a

[...] interrupção de iniciativas, projetos, programas e obras, mudanças radicais de prioridades e engavetamento de planos futuros, sempre em função

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de um viés político, desprezando-se considerações sobre possíveis qualidades ou méritos que tenham as ações descontinuadas. Como consequência, tem-se o desperdício de recursos públicos, a perda de memória e saber institucional, o desânimo das equipes envolvidas e um aumento da tensão e da animosidade entre técnicos estáveis e gestores que vêm e vão ao sabor das eleições. (p. 13)

As relações de trabalho no serviço público e a municipalização da mão de obra em saúde levaram à necessidade de ampliação da rede e da gestão da força de trabalho no SUS, imprimindo novos desenhos de contrato que, em resumo, desqualificaram servidores, precarizaram relações e restringiram a realização de concursos públicos (SANTOS et al., 2015). A Lei Complementar 101 de 4/5/2000 que rege a responsabilidade fiscal (BRASIL, 2000b) limitou os gastos municipais, imprimindo dificuldades de financiamento com consequentes dificuldades de contratação direta de pessoal pelos municípios.

Mudanças curriculares em Odontologia têm ocorrido em diversos contextos socioeconômicos e culturais nas últimas décadas. Com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), foram estabelecidas em 2002, pelo Ministério da Educação, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os Cursos de Graduação em Odontologia (BRASIL, 2002). Este marco deu início à operacionalização da mudança curricular nas diversas instituições do país. Segundo as DCN, o principal objetivo dos cursos deve ser formar Cirurgiões-dentistas com conhecimentos, habilidades e competências, a partir de princípios, fundamentos, condições e procedimentos que atendam às necessidades sociais (BARBOSA et al, 2016).

Construir uma articulação entre as instituições formadoras e o SUS tem sido um desafio permanente para os que fazem saúde e educação no Brasil. Segundo as DCN, para o desempenho adequado das funções dos profissionais de saúde, são requeridas, além do conhecimento e das habilidades específicas, competências gerais associadas a um perfil profissional e humano. Este perfil ganha definição e se completa no âmbito dos processos de tomada de decisão, na comunicação com os pares e com a sociedade, na capacidade para liderar mudanças, na sensibilidade administrativa e gerencial, inseridos num processo de educação permanente e de atenção às questões da saúde e da formação (BRASIL, 2006a).

Na contemporaneidade tem ganhado força em alguns setores da população a procura da odontologia voltada a fins estéticos e cosméticos, com a apropriação de

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14 novos procedimentos para a área e desenvolvimento de novo perfil profissional direcionado à clínica particular, socialmente valorizado e bem remunerado. O clínico generalista, apesar de mais humanizado e resolutivo no que diz respeito aos agravos mais comuns em saúde bucal que acometem a população, tem “piores oportunidades de trabalho, baixa remuneração e prestígio social, fatores que evidenciam a falta de valorização profissional e dificultam a efetivação destes profissionais” (CHEHUEN NETO et al, 2014).

O campo de atuação de uma profissão na área da saúde é definido e modulado pelos fatores epidemiológicos, históricos, socioeconômicos, demográficos, ambientais de uma sociedade; pela oferta de serviço e/ou mão-de-obra, pelo perfil/estrutura profissional; mas é, imprescindivelmente, assentado no modelo de prestação de serviços posto à população. O SUS é pautado nos princípios da universalidade, integralidade de assistência, preservação da autonomia, igualdade da assistência à saúde, divulgação e direito de acesso à informação, utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, participação popular. O sistema brasileiro de saúde ampliou o acesso da população aos serviços e contribuiu para incorporar o direito à saúde como condição de cidadania na cultura da população (WINTERS; PRADO; HEIDEMANN, 2016).

Em 2004, o Governo Federal criou a Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB), alcunhada popularmente como "Brasil Sorridente", que expandiu os postos de trabalho para Cirurgiões-dentistas no SUS e reorganizou as ações de saúde bucal, articuladas com outras políticas públicas, contemplando todas as faixas etárias dos cidadãos. Suas diretrizes ampliam e qualificam a atenção básica, assim como a oferta de serviços em saúde bucal na Atenção Secundária e Terciária, procurando prover uma atenção integral aos indivíduos (BRASIL, 2006b).

A reorganização das ações de assistência à saúde bucal no Brasil foi determinante para a ampliação do acesso e a captação de profissionais pela esfera pública. Sobretudo, no interior das Instituições de Ensino Superior, a grande maioria dos estudantes continuou a receber formação voltada à lógica liberal, para atuar no serviço privado, apesar das tratativas do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação em induzir a formação no SUS e para o SUS, tendo em vista a consolidação do sistema. As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) vigentes visam fortalecer e estreitar laços entre os alunos de Odontologia, o organismo formador e o Sistema Único de Saúde (CARVALHO; CARVALHO; LEAL, 2017).

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15 Tanto o problema das relações de trabalho quanto o de distribuição dos Recursos Humanos em Saúde (RHS) estão diretamente relacionados com as barreiras de desenvolvimento de um sistema de saúde eficaz, eficiente e efetivo. Em relação à questão da distribuição geográfica, destacam-se programas como o Programa de Valorização dos Profissionais da Atenção Básica (PROVAB) e o Mais Médicos, que foram desenvolvidos como resposta a má distribuição de profissionais, com especial atenção aos vazios sanitários (SANTOS et al., 2017).

A importância da disponibilidade, acessibilidade, aceitabilidade e qualidade da força de trabalho que alimenta e move os sistemas de saúde foram destacadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a partir do lançamento, em 2016, da “Health workforce 2030”, uma estratégia global sobre recursos humanos para a saúde (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2015). A Federação Dentária Internacional (FDI World Dental Federation) afirma que maiores investimentos em saúde bucal e na formação profissional são indispensáveis para mitigar iniquidades (SILVA e GLICK, 2012). A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) insere os recursos humanos em saúde no centro dos debates sobre a qualidade dos sistemas de saúde (LAFORTUNE; SCHOENSTEIN; MOREIRA, 2016).

Segundo os indicadores da OMS, a proporção considerada suficiente para suprir as demandas de saúde bucal da população local seria de um Cirurgião-dentista para 1.500 habitantes (AMÂNCIO FILHO; LUCIETTO; OLIVEIRA, 2008). Por conseguinte, o entendimento de como os cursos de Odontologia e os CD estão distribuídos no Brasil pode ser um indicador importante para o planejamento das ações na esfera da educação e no campo de atuação profissional.

A Odontologia no Brasil - enquanto profissão do setor saúde - tem acompanhado os movimentos e as transformações na estrutura e no funcionamento do sistema de saúde e nas dinâmicas estabelecidas no âmago das IES. As mudanças no campo de atuação do Cirurgião-dentista têm induzido alterações substanciais na forma como a profissão se organiza e se insere no contexto social, no qual três caminhos se sobressaem para o profissional clínico: o Sistema Único de Saúde, a assistência particular e a saúde suplementar.

As políticas desenvolvidas para o setor ao longo do século XX privilegiaram o sistema privado, dando incentivos às empresas em troca de assistência aos empregados, além de adquirir serviço assistencial para os trabalhadores assalariados vinculados à

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16 Previdência Social, o que favoreceu o estabelecimento de um sistema de saúde financiado com recursos públicos e uma prática empresarial da saúde, refletindo na atual dependência do setor público da saúde em relação aos serviços privados. O sistema de saúde suplementar ancorou sua prática mercadológica nas premissas neoliberais, buscando a lucratividade máxima por parte das operadoras e o profissional de saúde perdeu sua autonomia, com sua força produtiva terceirizada. Os fatores que influenciaram a demanda por planos são as variáveis econômicas (renda do consumidor e preço do serviço) e variáveis sociodemográficas (crescimento populacional e percepção da população acerca dos serviços) (MORAES et al, 2019).

Não é recente a ideia de que o ensino odontológico vem assumindo um caráter eminentemente mercantilista. Tal afirmativa está pautada na concepção da educação odontológica como um negócio. Assim sendo, nos últimos anos, tem vez uma indiscriminada abertura de cursos e faculdades de Odontologia privadas no país. Este aspecto precisa ser analisado criteriosamente, pois interfere na profissão, e diz respeito às suas relações com o mercado de trabalho e, até mesmo, mais especificamente, no modo como são produzidas as ações de saúde no âmbito odontológico, na dimensão ética e interpessoal (AMÂNCIO FILHO; LUCIETTO; OLIVEIRA, 2008).

No atual contexto da saúde, no qual vem se consolidando a construção do SUS, permeado por princípios e valores democráticos, têm sido construídos movimentos de discussões da formação dos trabalhadores em saúde, o que inclui refletir sobre novas propostas curriculares, nas quais alguns referenciais teóricos e grupos de interesses se contrapõem: formação técnica versus formação integral; fragmentação versus articulação de conhecimentos; atenção básica versus hospitalocêntrica; métodos de ensino crítico-reflexivos versus métodos tradicionais. Tem havido espaços para inserção de novos conteúdos, estratégias de ensino e construção de novos desenhos curriculares (CASATE; CORRÊA, 2011).

As orientações de mudança na formação dos profissionais de saúde, norteadas pelas DCN, estão direcionadas à superação de lacunas na formação profissional, marcada pela especialização precoce, fragmentação do conhecimento e do cuidado, descontextualização e falta de sensibilidade social, fatores alguns relacionados ao perfil docente, em especial na área da Odontologia. A fragmentação em disciplinas dificulta a perspectiva da formação generalista, ao conferir ao ensino enfoque tecnicista, inviabilizando a integração de conteúdos e a atuação interdisciplinar para uma área

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17 historicamente marcada pela habilidade motora, privilegiada nos currículos tradicionais (BORGES; NORO, 2016).

Um dos objetivos norteadores para o desenvolvimento da força de trabalho é gerar uma quantidade suficiente de trabalhadores com aptidões técnicas, com histórico, linguagem e atributos sociais que os tornem acessíveis e capazes de alcançar diversas populações. Para isso, é necessário planejamento ativo e gerenciamento na produção de RHS com foco na construção de instituições formadoras fortes. A combinação de habilidades para o trabalho em equipe e as desigualdades na distribuição da força de trabalho compõem o quadro da problemática atual dos recursos humanos em saúde (ALMEIDA; FERRAZ, 2008).

Diante da complexidade que encerra a análise acerca desses temas, e tendo em vista que a qualidade do ensino superior na área de Odontologia é questionada em função da possibilidade de não atendimento às demandas de saúde bucal da população, o presente estudo tem por objetivo caracterizar o panorama geral da área com base na distribuição de cursos e de Cirurgiões-dentistas no Brasil, tecendo considerações sobre a reorientação do ensino direcionada pelas DCN e a proposta de inserção no SUS.

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2 METODOLOGIA

Foi desenvolvido estudo transversal descritivo com utilização de dados secundários do Conselho Federal de Odontologia (CFO), do Conselho Regional de Odontologia do Estado de São Paulo (CRO-SP), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Sistema e-MEC, do Ministério da Educação (MEC). A coleta de dados foi realizada de setembro a novembro de 2019.

O levantamento referente à quantidade e à localidade de inserção dos profissionais ativos de nível superior em Odontologia no Brasil foi realizado através de dados estatísticos disponibilizados pelo CFO. Devido à manutenção de uma plataforma paralela com os dados específicos referentes ao estado de São Paulo, foram colhidos dados do Conselho Regional de Odontologia (CRO) para o estado.

Dados referentes à quantidade e à distribuição dos cursos de Odontologia no país foram coletados na plataforma do Sistema e-MEC, do Ministério da Educação, com base em informações sobre localização, categoria administrativa, quantidade de vagas autorizadas, situação, início e período de funcionamento.

O número de habitantes (NH) estimado para cada local foi investigado na página virtual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A consulta foi realizada no IBGE Estados, de forma a obter a população total estimada para o ano de 2019 de cada unidade federativa.

Após a obtenção desses dados, foi calculada a proporção NH/CD (Número de Habitantes/Cirurgiões-Dentistas) para cada estado e região do Brasil. As proporções NH/CD foram comparadas com o indicador da Organização Mundial de Saúde (OMS), que considera a proporção de um CD para 1.500 habitantes como suficiente para o atendimento às demandas da população local (AMÂNCIO FILHO; LUCIETTO; OLIVEIRA, 2008).

Os dados foram inseridos em planilhas específicas e processados com o auxílio do software Microsoft Excel 2016 (EUA, Microsoft ©), procedeu-se com a análise e apresentação de forma estatística descritiva.

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3 RESULTADOS

A Tabela 1 apresenta a distribuição dos cursos de graduação em Odontologia ativos no Brasil por unidade federativa (UF), região e de acordo com suas respectivas categorias administrativas (públicas ou privadas), além de destacar o recorte dos cursos não iniciados, todos privados, que possuem abertura de turmas prevista para o ano de 2020. O Brasil apresenta 529 cursos de graduação em Odontologia ativos, segundo dados obtidos junto ao MEC e ao CFO. A maior parcela dos cursos é oferecida por entidades privadas, 482 (91,1%), dos quais 373 (77.4%) já possuem turmas abertas e 109 (22.6%) não tiveram início de atividades. Encerrando o cenário, os 47 (8,9%) cursos oferecidos por faculdades públicas nas esferas municipal, estadual e federal.

A região do país a apresentar o maior montante de cursos é a região Sudeste, com 187 (35.3%) instituições, sendo 172 privadas, o equivalente a 92% do total, e 15 públicas. O Sudeste foi seguido da região Nordeste, com 154 cursos (29.1%), que, em contrapartida, apresenta a maior oferta de cursos públicos no Brasil, 16 (34%). De outra parte, a região Norte mostra a menor concentração de cursos, 48 (9.1%), acompanhada de perto pela região Centro-Oeste, com 53 (10%). As regiões Centro-Oeste e Norte apresentam a menor quantidade de cursos públicos de graduação em Odontologia, três cursos públicos cada, tendo os estados do Mato Grosso (Centro-Oeste), Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins (Norte) não exibido nenhuma oferta em instituição pública para a área.

A região que exibe maior oferta de vagas em cursos de graduação em Odontologia é a região Sudeste (Tabela 1), com 28.021 vagas distribuídas em 187 instituições (com média de 149,8 vagas/instituição), o que representa 38.4% do total de 72.948 vagas autorizadas pelo Ministério da Educação do Brasil para o ano de 2020. As vagas são majoritariamente oferecidas por entidades privadas: 68.690 ou 94.2%, das quais 23% são categorizadas como de cursos não iniciados. Completam o panorama 4.258 vagas ofertadas por instituições públicas, representando 5,8% do montante. A região Norte apresenta o menor número de vagas disponível, 6.693 (9.1%).

Os menores índices de profissionais de nível superior na área de Odontologia estão concentrados na Região Norte do Brasil: Roraima (903), Acre (940), Amapá (1.118). Os três estados que apresentam a maior quantidade de Cirurgiões-dentistas com

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20 cadastro ativo estão situados na Região Sudeste do país: São Paulo (95.853), Minas Gerais (38.396) e Rio de Janeiro (32.539).

Tabela 1. Cursos brasileiros de graduação em Odontologia e quantidade de vagas autorizada pelo Ministério da Educação (MEC), agrupados por unidades federativas (UF), regiões e categorias administrativas, Brasil, 2019.

UF/Região Públicos Privados Total Não iniciados

Cursos Vagas Cursos Vagas Cursos Vagas Cursos Vagas

DF 1 60 12 1.744 13 1.804 3 430 GO 1 60 21 2.956 22 3.016 5 620 MS 1 50 4 620 5 670 2 380 MT 0 0 13 1.598 13 1.598 4 398 Centro-Oeste 3 170 50 6.918 53 7.088 14 1.828 AL 1 60 8 1.888 9 1.948 2 480 BA 3 224 42 5.651 45 5.875 6 880 CE 1 124 19 3.380 20 3.504 9 1.660 MA 1 72 15 1.860 16 1.932 6 790 PB 3 306 12 2.215 15 2.521 1 600 PE 2 280 19 2.946 21 3.226 7 1.150 PI 2 98 11 1.600 13 1.698 3 560 RN 2 100 8 1.415 10 1.515 3 575 SE 1 90 4 530 5 620 1 120 Nordeste 16 1.354 138 21.485 154 22.839 38 6.815 AC 0 0 3 670 3 670 1 240 AM 2 146 7 1.250 9 1.396 0 0 AP 0 0 2 300 2 300 0 0 PA 1 90 14 2.149 15 2.239 3 374 RO 0 0 2 348 2 348 1 240 RR 0 0 10 1.060 10 1.060 3 380 TO 0 0 7 680 7 680 0 0 Norte 3 236 45 6.457 48 6.693 8 1.234 ES 1 60 11 1.310 12 1.370 3 420 MG 6 620 66 8.773 72 9.393 13 1.439 RJ 3 350 24 3.832 27 4.182 3 580 SP 5 728 71 12.348 76 13.076 13 1.590 Sudeste 15 1.758 172 26.263 187 28.021 32 4.029 PR 6 332 33 3.489 39 3.821 9 1.010 RS 3 308 22 1.840 25 2.148 2 160 SC 1 100 22 2.238 23 2.338 6 714 Sul 10 740 77 7.567 87 8.307 17 1.884 Total 47 4.258 482 68.690 529 72.948 109 15.790

Fonte: Plataforma eMEC, Ministério da Educação. Dados até 01/11/2019.

A Tabela 2 traz o panorama da distribuição dos Cirurgiões-dentistas no Brasil. São 328.251 Cirurgiões-dentistas brasileiros ativos. A relação Habitante/CD foi inferior a 1.500 nos estados de todas as regiões do Brasil, com média geral de 640 Hab./CD para o país e números mais expressivos na média das capitais, 391 Hab./CD. As capitais da região Sul apresentam valores bem inferiores à média nacional, 281 Hab./CD, e a região

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21 com menor proporção de profissionais no interior foi a Sudeste (577 Hab./CD), que também figura com a menor média na soma dos estados, 511 Hab./CD. O Norte demonstra os maiores valores proporcionais nos recortes das capitais e cidades interioranas, com valores de 503 e 1.805, respectivamente, deixando o Nordeste à frente na soma dos estados, com 1.049 Hab./CD.

A disposição dos Cirurgiões-dentistas brasileiros é detalhada na Tabela 3, que segue a mesma lógica do elemento gráfico anterior, mas expande os arranjos para cada estado do Brasil em coerência com a relação Habitante/CD. Todas as capitais brasileiras apresentam valores abaixo do recomendado pela OMS no que diz respeito à proporcionalidade entre dentistas e habitantes, com destaque para Vitória, Florianópolis e Belo Horizonte, que trouxeram valores muito abaixo do sugerido; e Boa Vista, Fortaleza e Rio Branco, que apesar de trazerem números menos alarmantes do que as capitais do eixo Sul-Sudeste, estão quase três vezes abaixo do recomendado. Os estados, em geral, seguem o mesmo desenho válido para as capitais: menor saturação profissional no Sul e no Sudeste (com realce para São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro); e maior saturação de CD nos estados do Norte e do Nordeste (dos quais se destacam Maranhão, Pará e Ceará). O quadro difere no conjunto das cidades interioranas para cada estado, ocorrem valores aceitáveis para o índice da OMS em 11 (onze) UF do Brasil, sendo 5 (cinco) pertencentes à região Norte - Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima - e outros 6 (seis), à Nordeste - Alagoas, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe. Três estados apresentam valores aceitáveis até para os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde (MS): Sergipe (4.320 Hab./CD), Roraima (3.688 Hab./CD) e Amazonas (3.243 Hab./CD). Em contrapartida, São Paulo (513 Hab./CD), Santa Catarina (589 Hab./CD) e Minas Gerais (633 Hab./CD), mais povoados, apresentam a menor proporção relativa no quadro das cidades do interior.

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Tabela 2. População, número de cirurgiões-dentistas e proporção Habitante/Cirurgião-dentista nas regiões do Brasil, na soma das capitais e das cidades interioranas, Brasil, 2019.

Região Nas Capitais Nos Interiores Total

População* CD** Hab./CD População* CD** Hab./CD População* CD** Hab./CD

Centro-Oeste 6.039.910 16.399 368 10.257.164 12.481 822 16.297.074 28.880 564 Nordeste 12.523.243 28.555 439 44.548.411 25.833 1.724 57.071.654 54.388 1.049 Norte 5.814.038 11.556 503 12.616.942 6.989 1.805 18.430.980 18.545 994 Sudeste 21.845.093 57.641 379 66.526.340 115.360 577 88.371.433 173.001 511 Sul 3.917.849 13.921 281 26.058.135 39.516 659 29.975.984 53.437 561 Brasil 50.140.133 128.072 391 160.006.992 200.179 799 210.147.125 328.251 640

*Fonte: IBGE. O indicador pode estar superestimado em função da projeção populacional calculada pelo IBGE utilizada no numerador. **Fonte: CFO, CRO-SP. Dados até 01/11/2019.

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Tabela 3. População, número de cirurgiões-dentistas e proporção Habitante/Cirurgião-dentista nos estados brasileiros, em suas capitais e no interior, Brasil, 2019.

Região Estado Na Capital No Interior Total

População* CD** Hab./CD População* CD** Hab./CD População* CD** Hab./CD

Centro-Oeste GO 1.516.113 4.840 313 5.502.241 6.542 841 7.018.354 11.382 617 MS 895.982 1.991 450 1.883.004 2.438 772 2.778.986 4.429 627 MT 612.547 1.843 332 2.871.919 3.501 820 3.484.466 5.344 652 Nordeste AL 1.018.948 2.379 428 2.318.409 861 2.693 3.337.357 3.240 1.030 BA 2.872.347 5.856 490 12.000.717 8.398 1.429 14.873.064 14.254 1.043 CE 2.669.342 4.631 576 6.462.736 3.254 1.986 9.132.078 7.885 1.158 MA 1.101.884 2.469 446 5.973.297 2.335 2.558 7.075.181 4.804 1.473 PB 809.015 2.387 339 3.209.112 2.667 1.203 4.018.127 5.054 795 PE 1.645.727 4.481 367 7.911.344 4.985 1.587 9.557.071 9.466 1.010 PI 864.845 2.141 404 2.408.382 1.189 2.026 3.273.227 3.330 983 RN 884.122 2.367 374 2.622.731 1.764 1.487 3.506.853 4.131 849 SE 657.013 1.844 356 1.641.683 380 4.320 2.298.696 2.224 1.034 Norte AC 407.319 704 579 474.616 236 2.011 881.935 940 938 AM 2.182.763 4.256 513 1.961.834 605 3.243 4.144.597 4.861 853 AP 503.327 937 537 342.404 181 1.892 845.731 1.118 756 PA 1.492.745 3.182 469 7.110.120 2.804 2.536 8.602.865 5.986 1.437 RO 529.544 930 569 1.247.681 1.499 832 1.777.225 2.429 732 RR 399.213 847 471 206.548 56 3.688 605.761 903 671 TO 299.127 700 427 1.273.739 1.608 792 1.572.866 2.308 681 Sudeste ES 362.097 1.900 191 3.656.553 4.313 848 4.018.650 6.213 647 MG 2.512.070 8.936 281 18.656.721 29.460 633 21.168.791 38.396 551 RJ 6.718.903 16.553 406 10.546.040 15.986 660 17.264.943 32.539 531 SP 12.252.023 30.252 405 33.667.026 65.601 513 45.919.049 95.853 479 Sul PR 1.933.105 6.686 289 9.500.852 13.805 688 11.433.957 20.491 558 RS 1.483.771 5.036 295 9.893.468 14.389 688 11.377.239 19.425 586 SC 500.973 2.199 228 6.663.815 11.322 589 7.164.788 13.521 530

*Fonte: IBGE. O indicador pode estar superestimado em função da projeção populacional calculada pelo IBGE utilizada no numerador. **Fonte: CFO, CRO-SP. Dados até 01/11/2019.

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4 DISCUSSÃO

O estudo constatou abundância de cursos de graduação em Odontologia pelo país, o que reverbera na quantidade de Cirurgiões-dentistas brasileiros em atuação. O campo de trabalho brasileiro para a área é considerado saturado de acordo com os parâmetros orientados pela OMS, que preveem a proporção de um profissional para cada 1.500 habitantes. O Brasil apresentou mais que o dobro do recomendado (640 Hab./CD), todos os estados e capitais seguiram a mesma lógica e demonstraram superávit da relação Hab./CD, e a maioria das unidades federativas mostra excedentes de mão de obra também no interior. A exceção fica por parte das cidades interioranas de estados pertencentes ao eixo Norte-Nordeste.

A região Sudeste apresenta elevada quantidade de cursos (187 - 35.3%) e de profissionais atuantes (173.001 - 52.7%), o que dá margem a considerar que a maior parte dos egressos dos cursos de Odontologia da região encontra meios viáveis de se manter atuantes próximo às instituições formadoras. Tendo em vista a abertura de novos cursos na região, com oferta média de um maior número de vagas, a tendência é de que a proporção Hab./CD diminua ainda mais nos próximos anos, e de que o excedente concentrado nos estados do Sudeste não compense o déficit encontrado nos vazios sanitários brasileiros do Norte e do Nordeste.

A quantidade de CD especialistas no Brasil pode explicar a concentração da mão de obra limítrofe às zonas com maior densidade de IES, isso traduziria o anseio do egresso em buscar com celeridade a sua inserção em cursos de pós-graduação (mestrado, doutorado ou cursos de especialização), em consequência também da competitividade profissional assimilada e da necessidade de formação continuada. Em contrapartida, as localidades com menor número de instituições, agregam conjuntamente a menor soma de trabalhadores na área.

Atestando a velocidade com que as mudanças ocorrem no panorama do ensino odontológico, em números de quatro anos atrás (SAN MARTIN et al, 2018), o Sul já figurava como a terceira região com maior oferta de cursos e vagas de Odontologia, com três cursos a menos que a região Nordeste, segunda colocada. Em 2019, a vantagem foi ampliada para 67 cursos. Apesar do destaque em número de cursos para a região Nordeste em relação às demais regiões, ficando atrás apenas do Sudeste, é importante considerar que a maior oferta por vagas no local é relativamente recente,

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25 pesquisas anteriores não sugeriam tamanha alocação de instituições e disponibilidade de cursos para a região.

Com o crescente aumento do número de novos cursos de Odontologia e, consequentemente, do número de profissionais formados, o mercado odontológico sofreu grandes transformações. Os planos privados de Odontologia surgiram para oferecer atendimento odontológico àqueles que não estão dispostos a usar o serviço público ou para pessoas sem condições para participar da prática privada. Além disso, clínicas dentárias populares foram instaladas, especialmente em cidades grandes, oferecendo tratamento odontológico por menor custo, empregando um grupo de CD que terão reduzido retorno financeiro por seu trabalho (SAN MARTIN et al, 2018).

A grande mudança que ocorreu no campo de trabalho odontológico brasileiro foi a inclusão, em 2004, da política de saúde bucal (Brasil Sorridente) no SUS. Desde então, o número de CD que trabalham no serviço público aumentou aproximadamente 50% (cerca de 65.560 profissionais em 2010), tornando-o o maior empregador de dentistas. Esse serviço atende 5.034 dos 5.570 municípios brasileiros, com mais de 24 mil Equipes de Saúde Bucal em todo o país. Estima-se que cerca de 24% dos CD no Brasil tenham algum vínculo com o SUS, em tempo parcial ou integral (PUCCA JUNIOR. et al., 2015).

Com o advento da PNSB e com a oportunidade de acesso para milhões de brasileiros anteriormente desassistidos, houve mudanças consideráveis também no perfil epidemiológico das doenças bucais (BRASIL, 2011), sendo pertinente considerar novas áreas de atuação e a distribuição da mão de obra entre subáreas que ascendem no sistema de saúde. Tornando-se oportuno considerar a inserção do Cirurgião-dentista em novas estratégias de atuação como, por exemplo, as equipes multidisciplinares no âmbito das instituições hospitalares.

Isso é reflexo da PNSB, que expandiu a Saúde Bucal na atenção básica e na especializada, com a implementação dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO). O CEO oferece atendimento de média complexidade aos cidadãos assistidos pelo SUS (PIRES et al, 2015). Dessa forma, profissionais especializados também encontraram seu espaço no serviço público. Deve-se ressaltar ainda que o Brasil é um dos poucos países do mundo a oferecer serviços odontológicos gratuitos, não só para atenção básica, mas também para tratamentos complexos, e essa abordagem também

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26 pode ser uma das razões para a melhoria do quadro geral de saúde bucal da população brasileira (BRASIL, 2004; BRASIL, 2011).

Para distribuir as Equipes de Saúde Bucal (ESB), o MS usa uma média de 3.000 habitantes por CD inserido na perspectiva da Atenção Primária à Saúde (APS), exatamente o dobro do número de habitantes que a OMS sugere, sem que haja delimitação para a esfera de inserção. É importante destacar que tais indicadores, apesar de amplamente utilizados para avaliar a demanda por dentistas, não consideram conjuntamente importantes fatores para o planejamento da distribuição de CD, como as condições de saúde bucal e socioeconômicas das comunidades, aspectos culturais, condições ambientais e de saneamento (PALMIER et al, 2012).

Assim, o indicador da OMS permite observar que o campo de atuação do Cirurgião-dentista brasileiro está saturado e a situação tende a ser mais desafiadora no futuro. Já em 2010, o Brasil detinha quase 20% da quantidade total de dentistas do planeta (MORITA; HADDAD; ARAUJO, 2010). Ainda assim, a desproporcionalidade dos CD entre os diferentes locais pesquisados indica necessidade de redistribuição dos serviços odontológicos para o interior, além da avaliação do número de profissionais que são constantemente formados.

A expansão demasiada do número de vagas ofertadas pelos cursos de Odontologia não é problemática recente. O próprio Ministério da Educação recomendava já na década de 1980 a proibição de abertura de novos cursos e de ampliação de vagas (PINTO, 1983). No mesmo período, 66 cursos de Odontologia formavam cerca de 5.200 CD/ano. Em 2010, pouco mais de 200 cursos formaram em torno de 12 mil CD anualmente (CAYETANO, 2019). A ampla abertura de novos CO já foi discutida nas Conferências Nacionais de Saúde Bucal (1986, 1993) e pela Associação Brasileira de Ensino Odontológico (ABENO), demonstrando preocupação, sobretudo, com a qualidade do ensino oferecido no país (SAN MARTIN et al, 2018). Uma vez que a qualidade está relacionada ao modelo pedagógico adotado pelos CO, as DCN devem assumir, em tempos de expansão, importante protagonismo na regulação de novas propostas que sustentem os valores esperados no perfil do egresso.

Cabe ao dentista generalista contribuir para a resolutividade dos agravos mais comuns na comunidade em que se insere. Construir uma articulação entre as instituições formadoras e o SUS tem sido um desafio permanente para os que fazem saúde e educação no Brasil. Segundo as DCN, para o desempenho adequado das funções dos

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27 profissionais de saúde, são requeridas, além do conhecimento e das habilidades específicas, competências gerais associadas a um perfil profissional e humano. Este perfil ganha definição e se completa no âmbito dos processos de “tomada de decisão, na comunicação com os pares e com a sociedade, na capacidade para liderar mudanças, na sensibilidade administrativa e gerencial”, inseridos num processo de educação permanente e de atenção às questões da saúde e da formação (BRASIL, 2006).

É evidente a necessidade de adoção de um sistema de avaliação de CO mais criterioso e eficaz, que possa acelerar o processo de adaptação das IES às DCN e controlar a abertura de nova oferta de cursos. Ao longo da história, somente dois cursos foram extintos no Brasil, ambos oferecidos por entidades privadas com fins lucrativos. Um deles sequer teve suas atividades iniciadas, outro foi descredenciado por decisão do colegiado superior da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (SERES), que constatou “baixa qualidade, problema financeiro e oferta precária”. Os estudantes foram realocados em processo de migração assistida, coordenado pelo MEC, para três instituições (NÉRI, 2014). No que pese a abundância de CO ativos no país, há três em processo de extinção atualmente, todos privados.

É compreensível a busca por políticas que estimulem a inserção de CD nas áreas com menor densidade de recursos humanos em saúde bucal, tendo em vista que apenas o estado de São Paulo, por exemplo, se aproxima em número de dentistas dos valores somados das regiões Nordeste e Sul. A região Norte concentra pouco mais de 5% dos CD e quase 10% da população brasileira. Deve-se considerar que o Brasil diminuiu de forma significativa o crescimento populacional nas últimas décadas e o aumento no número de CD aconteceu em uma velocidade expressiva, gerando dúvidas quanto ao futuro da profissão.

Apesar de existirem múltiplas incompatibilidades gerenciais e operacionais entre os sistemas de saúde e de educação, ameaçados por uma agenda neoliberal, a problematização é indispensável, de modo que o iminente colapso entre o sistema de ensino odontológico e o campo de trabalho, com suas consequências indesejáveis para a categoria profissional e para a população em geral, possa ser evitado (AMÂNCIO FILHO; LUCIETTO; OLIVEIRA, 2008).

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

É possível considerar o campo de atuação do Cirurgião-dentista brasileiro como saturado, tendo em vista que a oferta de vagas em cursos de odontologia supera hoje a oferta por postos de trabalho no país. Políticas devem ser definidas a reorientar a inserção da força de trabalho em Odontologia de modo a ocupar vazios sanitários e garantir a universalidade da assistência. São necessárias estratégias que assegurem a qualidade do ensino odontológico, conferindo aos profissionais competências, habilidades clínicas e, na mesma proporção, atributos sociais que os tornem acessíveis e resolutivos. Além disso, há a necessidade de discutir soluções que possam ajudar a melhorar a atual situação da Odontologia e a garantia de seu futuro enquanto profissão, que passa pela sua articulação com o Sistema Único de Saúde e pela reorientação do ensino através das Diretrizes Curriculares Nacionais.

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Referências

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