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16°

TÍTULO: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE ESQUIZOFRÊNICO

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

ÁREA:

SUBÁREA: ENFERMAGEM

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE SÃO PAULO

INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): REGINA CELIA DE SOUZA FARIA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): LAÉRCIO OLIVEIRA NEVES

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FACULDADE DE SÃO PAULO – FASP

CURSO: Enfermagem

Regina Célia de Souza Faria

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE

ESQUIZOFRÊNICO

São Paulo

2016

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REGINA CÉLIA DE SOUZA FARIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE

ESQUIZOFRÊNICO

Projeto apresentado a Faculdade de São Paulo – FASP como requisito parcial a obtenção de nota na disciplina de Metodologia Científica de Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso.

Curso: Enfermagem

Orientador: Profº Me. Laércio Neves

São Paulo

2016

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REGINA CÉLIA DE SOUZA FARIA

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE

ESQUIZOFRÊNICO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de

Enfermagem da Faculdade de São Paulo

Data:____/____/_____.

Banca Examinadora

_____________________________________ Nota:__________.

Prof. Esp. (Coorientador)

_____________________________________ Nota:__________.

Prof. Esp. (Convidado)

_____________________________________ Nota:__________.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos que de alguma forma nos ajudou a elabora-lo em especial para a professora Viviane Thais Barbosa.

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AGRADECIMENTO

Agradecemos a todos os amigos que de alguma forma doaram um pouco de si para que a conclusão deste trabalho se tornasse possível.

Agradecemos aos nossos Orientadores Professores Mauricio Yamaguti e Rosângela Claret de Oliveira, Sabrina Rocha que foram tão importantes em nossa vida acadêmica e no desenvolvimento deste trabalho.

Agradecemos ao nosso Coorientador Professor Laércio Neves que disponibilizou de seu tempo, sempre com uma simpatia contagiante e nos conduziu com maestria pelos caminhos das pesquisas.

E finalmente agradecemos a Deus, que nos deu forças e sabedoria e por nos fazer acreditar que nossa existência pressupõe outra infinitamente superior.

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Corpo e alma não podem ser separados para fins de tratamento, pois eles são um só e indivisível. Mentes doentes devem ser curadas, bem como corpos doentes.

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RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo identificar através da revisão literária a atuação do Enfermeiro na Assistência ao paciente Esquizofrênico.

A esquizofrenia ainda é considerada a doença mental mais incapacitante. Em 1896 esse transtorno mental foi descrito pela primeira vez por Emil Kraepling e foi denominado como Demência Precoce. Segundo Samaia, et al., (1998) a esquizofrenia é uma síndrome psiquiátrica complexa que acomete uma em cada cem pessoas na população geral. Com evolução crônica, costuma comprometer a vida do paciente, tornando-o frágil diante de situações que lhes estressam, levando-os ao risco de suicídio. As causas da esquizofrenia ainda não estão bem elucidadas, entretanto, 1% da população é acometida por ela.

A esquizofrenia se manifesta de forma diferenciada em cada portador da doença, pois afeta o conteúdo e os processos de pensamento, a percepção, a emoção, o comportamento e o funcionamento social. As manifestações clínicas iniciais que a esquizofrenia pode apresentar são aguda ou insidiosa, com características distintas evoluindo para uma sintomatologia própria. Apesar dos sintomas da esquizofrenia serem graves, com decurso longo, nem sempre envolve deterioração progressiva, por isso que o curso clínico varia de acordo com o paciente (VIDEBECK, 2012). Em razão da sintomatologia e diferentes necessidades da pessoa esquizofrênica, novos olhares e tratamentos foram desenvolvidos ao longo do tempo, visando contemplar a subjetividade, singularidade e as necessidades humanas do indivíduo que adoeceu, promovendo a aproximação com a comunidade, por meio da valorização e utilização de saberes e diversas práticas pertinentes à área da saúde mental, dentre as quais se destacam a psicoterapia, uso de antipsicóticos e o acolhimento (LOBO et al., 2008).

Mesmo com a conquista do tratamento humanizado e da autonomia dos pacientes, vários profissionais ainda continuam focados na doença e no processo de causa e efeito, sem levar em consideração, que cada paciente é único, com personalidade e vontades diferentes, e, embora os sintomas sejam descritos de forma generalizada, é preciso analisar cada um de maneira individual, adequando assim, seu tratamento. Esta análise deve ser estendida também à família, pois a mesma necessita de cuidados, tal qual o paciente, respeitando suas crenças, costumes, cultura, e adequando uma forma de tratamento para cada família. Mas essa diferenciação será um desafio, com barreiras a serem transpostas e desgastes entre as equipes multiprofissionais, onde membros divergem na forma de pensar e trabalhar a saúde mental.

Palavras chaves: Esquizofrenia, Assistência de enfermagem, Enfermagem

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ABSTRACT

This research aimed to identify through literary review the role of the nurse in assistance to the Schizophrenic patient.

Schizophrenia is still considered the most disabling mental illness. In 1896 this mental disorder was first described by Emil Kraepling and was termed as Dementia Early. According Samaia, et al., (1998) Schizophrenia is a complex psychiatric syndrome that affects one in every hundred people in the general population. With chronic evolution, often compromising the patient's life, making it fragile in situations that stress out them, taking them to the risk of suicide. The causes of schizophrenia are not well understood, however, 1% of the population is affected by it.

Schizophrenia manifests itself differently in each carrier of the disease as it affects the content and processes of thought, perception, emotion, behavior and social functioning. Initial clinical manifestations that schizophrenia may present are acute or insidious, with distinct characteristics evolving into its own symptoms. Although symptoms of schizophrenia are severe, with a long course, not always involves progressive deterioration, so that the clinical course varies with the patient (VIDEBECK, 2012).

Because of the symptoms and different needs of the schizophrenic person, new looks and treatments have been developed over time, seeks to include subjectivity, singularity and human needs of the individual who became ill, promoting closer ties with the community, through the recovery and use of knowledge and diverse practices relevant to mental health, among which stand out psychotherapy, antipsychotics and the host (WOLF et al., 2008).

Even with the conquest of humane treatment and patient autonomy, many professionals are still focused on the disease and the cause and effect process, without taking into consideration that each patient is unique, with personality and different wills, and although the symptoms are described in a general way, it is necessary to examine each individually, adjusting thus their treatment.

This analysis should also be extended to the family, because it needs care, like the patient, respecting their beliefs, customs, culture, and adapting a form of treatment for each family. But this differentiation will be challenging hurdles to be overcome and wear between multidisciplinary teams, where members differ in the way of thinking and working mental health.

Keywords: Schizophrenia. Nursing care. Psychiatric nursing. Mental health. Family

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 10 2 OBJETIVOS ... 12 3 METODOLOGIA ... 13 4 REFERENCIAL TEÓRICO ... 14 4.1 Fisiopatogenia da esquizofrenia ... 14

4.2 Ações do enfermeiro em Saúde Mental ... 17

4.3 Dificuldades da assistência de enfermagem no tratamento ao paciente esquizofrênico ... 21

4.4 O papel do enfermeiro na conscientização da esquizofrenia pelos familiares, viabilizando as necessidades do paciente. ... 24

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 26

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1 INTRODUÇÃO

A esquizofrenia ainda é considerada a doença mental mais incapacitante. Em 1896 esse transtorno mental foi descrito pela primeira vez por Emil Kraepling e foi denominado como Demência Precoce (TEIXEIRA, 2005). Segundo Samaia, et al. (1998) a esquizofrenia é uma síndrome psiquiátrica complexa que acomete uma em cada cem pessoas na população geral. Com evolução crônica, costuma comprometer a vida do paciente, tornando-o frágil diante de situações que lhes estressam, levando-os ao risco de suicídio (SHIRAKAWA, 2000).

As causas da esquizofrenia ainda não estão bem elucidadas, entretanto, 1% da população é acometida por ela, sendo maior em jovens do sexo masculino (RAZZOUK; SHIRAKAWA, 1998). A esquizofrenia se manifesta de forma diferenciada em cada portador da doença, pois afeta o conteúdo e os processos de pensamento, a percepção, a emoção, o comportamento e o funcionamento social (VIDEBECK, 2012). As manifestações clínicas iniciais que a esquizofrenia pode apresentar são aguda ou insidiosa, com características distintas evoluindo para uma sintomatologia própria (GIACON; GALERA, 2006). Apesar dos sintomas da esquizofrenia serem graves com decurso longo, nem sempre envolve deterioração progressiva, por isso que o curso clínico varia de acordo com o paciente (VIDEBECK, 2012).

O processo de promover o contato entre o doente e os serviços de atendimento a saúde existentes, cabe à família (VILLARES et al., 1999). A importância da família no processo de saúde doença tem sido alvo de estudos nos últimos anos (TEIXEIRA, 2005). É imprescindível observar que em meio a sofrimentos relacionados a transtorno mental tem o próprio contexto familiar (SALES et al., 2010). A família ao se deparar com o adoecimento de seu ente familiar inicia-se um processo de ajustes entre erros e acertos para manter a integridade do grupo (GIACON; GALERA, 2013). Muitas vezes a família se vê envolta em sentimentos incompreendidos por eles mesmos, sentindo-se sobrecarregado com os cuidados diários do seu familiar com transtorno mental (SCHÜLHI et al., 2012).

De acordo com Shirakawa (2000) toda doença crônica dificulta a vida do portador e sua relação com a família. Se o portador da doença e a família forem igualmente conscientizados, o choque poderá ser evitado.

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A enfermagem brasileira tem se voltado para a família como um grupo de grande potencial de acolhimento e socialização de seus membros nas áreas de psiquiatria e saúde mental (GALERA; LUIS, 2002). Segundo Faria e Chicarelli (2009) o enfermeiro vem se capacitando para aprimorar seus conhecimentos, em busca de novas abordagens, levando em conta a singularidade de cada portador da doença mental.

Na luta contra o estigma da esquizofrenia e em todas as fases do tratamento e da recuperação das pessoas afetadas, os enfermeiros, juntamente com os demais membros da equipe, desempenham papel fundamental no cuidado (CASTRO; FUREGATO, 2008). Ao desenvolver os cuidados, é de fundamental importância que o profissional reconheça os fatores relevantes para desenvolvê-lo. Cuidar de um paciente com um transtorno crônico faz com que os enfermeiros se sintam limitados na assistência, aflorando sentimentos como frustração e impotência (LIMA et al., 2013). Quando o profissional de enfermagem consegue demonstrar com maior evidência seus sentimentos aceitando o paciente como ele é e buscando compreender seu mundo, o desenvolvimento do seu trabalhado é qualificado (SUCIGAN et al., 2013). Sendo assim, os profissionais devem reforçar junto aos pacientes os aspectos positivos referentes à percepção dos benefícios em aderir ao tratamento (NICOLINO et al., 2011).

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2 OBJETIVOS

- Conhecer a fisiopatogenia da esquizofrenia;

- Descrever as principais dificuldades da assistência de enfermagem no tratamento ao paciente esquizofrênico;

- Destacar o papel do enfermeiro na conscientização da esquizofrenia pelos familiares, viabilizando as necessidades do paciente.

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3 METODOLOGIA

Pesquisa de Revisão Integrativa da literatura, onde foram utilizados materiais hospedados na: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Google Acadêmico, no catálogo bibliográfico DEDALUS da Universidade de São Paulo (USP), em livros e periódicos das bibliotecas da Faculdade de São Paulo (FASP), da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP), Revista Brasileira de Enfermagem (REBEN) em Revista Brasileira de Psiquiatria (UNIFESP) e livros do Programa de Esquizofrenia (PROESQ) da (UNIFESP – EPM). Utilizando-se as palavras-chave: Esquizofrenia, Assistência de enfermagem, Enfermagem psiquiátrica, Saúde mental, Relações família e esquizofrenia. Foram encontrados ______ artigos e selecionados _____ livros, condizentes com os objetivos propostos.

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4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 Fisiopatogenia da esquizofrenia

As concepções atuais sobre a esquizofrenia são resultado de longa evolução do pensamento cientifico no terreno da psiquiatria. Em épocas remotas, muito antes que se tivesse formado a psiquiatria como especialidade médica autônoma, já se encontram descrições fragmentárias desta enfermidade (PAIM, 1990).

Por ser uma das mais intrigantes condições psiquiátricas, a esquizofrenia desperta curiosidade, aumentando assim consideravelmente as pesquisas relacionadas ao seu funcionamento neurofisiológico. (ARARIPE NETO, 2007).

Alguns fatores físicos de possível significância etiológica já foram identificados na literatura médica, embora seus mecanismos específicos em relação a esquizofrenia não fossem esclarecidos (TOWNSEND, 2011).

Os problemas da etiologia e da patogenia da esquizofrenia não estão bem esclarecidos, alguns autores clássicos atribuem uma significação importante. A frequência de disposição psicopáticas nas famílias dos doentes mentais é um fato de observação comum e até o momento não foi possível esclarecer em que medida intervém a hereditariedade e qual a sua participação na eclosão desta psicose, porque a investigação da hereditariedade patológica ultrapassa os limites da psiquiatria (PAIM, 1990).

A previsão do curso da esquizofrenia sempre foi considerada obscura, uma vez que tem seu aspecto demencial e faz parte de uma morbidade definhante (FARIA; CHICARRELLI, 2009).

Segundo Dalgalarrondo, (2008) os psicopatólogos (dentre eles Bleuler) do final do século XIX e início do XX distinguiram alguns subtipos de esquizofrenia:

Paranóide, caracterizada por alucinações e ideias delirantes, principalmente de conteúdo persecutório.

Catatônica, marcada por alterações motoras, hipertonia, flexibilidade cerácea e alterações da vontade, como negativismo, mutismo e impulsividade.

Hebefrênica, caracterizada por pensamento desorganizado, comportamento bizarro e afeto pueril.

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Indiferenciada, é a mais complicada de ser caracterizada; o quadro preenche critérios para esquizofrenia, mas não satisfaz os critérios para o tipo paranóide, desorganizado ou catatônico. Muitas vezes, esta forma de esquizofrenia é confundida com transtorno de personalidade. (TENGAN; MAIA, 2004)

Residual, é a forma crônica da doença, onde se percebe uma progressão clara dos sintomas psicóticos da esquizofrenia; no estágio mais tardio, há predominância de sintomas negativos (TENGAN; MAIA, 2004).

Infantil, com início na infância é uma patologia rara, quase 50 vezes menos frequente quando comparada com pacientes que iniciaram a doença com idade acima de 15 anos (TENGAN; MAIA, 2004).

Conforme relata Jones et al. (1994) as diferenças entre as crianças destinadas a desenvolver esquizofrenia como adultos e a população em geral foram encontrados toda uma gama de domínios de desenvolvimento. Tal como com algumas outras doenças do adulto, as origens da esquizofrenia podem ser encontrados em vida pregressa.

Muitos estudos retrospectivos interessaram-se pela infância dos esquizofrênicos cujos distúrbios se iniciaram na idade adulta. Ainda que as pesquisas apresentem limites do ponto de vista metodológico, elas mostram, de maneira bastante coerente, que os sujeitos que se tornaram esquizofrênicos apresentaram no curso da infância maior tendência ao recolhimento e mais comportamentos agressivos e antissociais do que seus irmãos e irmãs não afetados (BURSZTEJN, 2005).

E, finalmente, definiu-se um subtipo simples, no qual, apesar de faltarem sintomas característicos, observa-se um lento e progressivo empobrecimento psíquico e comportamental, com negligência quanto aos cuidados de si (higiene, roupas, saúde), embotamento afetivo e distanciamento social (DALGALARRONDO, 2008)

A relação de tempo entre a deficiência cognitiva e a doença neuropsicológica foi abordada através de estudos dos dados coletados em indivíduos antes do desenvolvimento da esquizofrenia. O objetivo tem sido para determinar se quaisquer anormalidades pré-existentes no funcionamento cognitivo são aparentes antes do início da esquizofrenia (O’CARROLL, 2000). Segundo, Jones et al. (1994) usaram os sujeitos da Pesquisa Nacional Medical Research Council de Saúde e Desenvolvimento, uma amostra aleatória de mais de 5000

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nascimentos na Inglaterra, Escócia e País de Gales durante a primeira semana de Março de 1946. A partir dessa amostra, 30 casos de esquizofrenia surgiram entre as idades de 16 e 43. Todos os indivíduos tinham sido testados para não-verbal, verbal e habilidades de leitura nas idades de 8, 11 e 15 anos e aritmética era medidos nas idades de 11 e 15 anos, com vocabulário a ser avaliado nas idades de 8 e 11 anos. Aos 15 anos, os professores avaliaram os casos como sendo mais ansioso em situações sociais, independente do quociente de inteligência.

A ocorrência de alterações cerebrais subjacentes aos sintomas da esquizofrenia já era admitida desde as propostas de classificação clássicas para esse transtorno (BUSATTO FILHO, 2000). Adad e Mattos, (2000), relata que, entretanto, no atual estágio do conhecimento, essas alterações não parecem ser elementos confiáveis como marcadores biológicos desta patologia, principalmente por que não foram estabelecidos padrões específicos de comprometimento cognitivos associados à doença.

Videbeck (2012) enfatiza que, nos anos imediatamente posteriores ao surgimento dos sintomas psicóticos, emergem dois padrões clínicos típicos. Em um deles, o paciente apresenta psicose continua e nunca se recupera completamente, embora os sintomas possam mudar de gravidade ao longo do tempo. No outro padrão, o paciente tem episódios de sintomas psicóticos que alternam com episódios de recuperação relativamente completa em relação à psicose.

Com o desenvolvimento de técnicas não invasivas (VIDEBECK, 2012). A tecnologia em neuroimagem funcional nos últimos cinco anos está provocando um rápido avanço o que resultou numa explosão de novos achados na psiquiatria. O uso da ressonância magnética funcional (RMF) na pesquisa em esquizofrenia é um bom exemplo de como esse avanço tornou possível a investigação de aspectos complexos das doenças mentais (ARCURI;MCGUIRE, 2001).

Atualmente, já não há mais dúvida de que a esquizofrenia é um transtorno que acomete o funcionamento cerebral. Diferentes estudos vêm demonstrando alterações neuroanatômicas, neurofisiológicas e neuroquímicas, mas até o momento poucos achados resultaram em real benefício para os pacientes, portanto um maior entendimento da fisiopatologia da esquizofrenia possibilitará diagnósticos mais específicos, tratamentos mais eficazes e, possivelmente, prevenção (BRESSAN et al., 2001).

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O ponto principal, vis a vis neuropatologia, é que a presença de anomalias estruturais, ainda que ligeira, deve ser levado em conta (HARRISON, 1999).

Pacientes esquizofrênicos apresentam alterações no desempenho em uma grande variedade de testes de memória. Ainda que alguns autores defendam o argumento de que as alterações de memória na esquizofrenia sejam desproporcionalmente proeminentes em relação a outros distúrbios cognitivos, não existem informações conclusivas a respeito da exata natureza dessas alterações (ADAD et. al., 2000).

Kraeplin e Bleuler enfatizavam a importância dos sintomas depressivos na evolução da esquizofrenia em suas descrições clássicas. Com a introdução dos instrumentos padronizados na psiquiatria, foram encontradas taxas expressivas de depressão em todas as fases da esquizofrenia (BRESSAN, 1998). Com isso, modificaram-se alguns conceitos associados ao quadro de depressão pós psicótica, como a noção de que os sintomas depressivos são um fenômeno restrito ao período pós-psicótico, associado a bom prognóstico. Para se fazer diagnóstico de depressão em pacientes com esquizofrenia é necessário estar atento e investigar ativamente o humor do paciente (BRESSAN, 2000).

Quanto à patofisiologia bioquímica da esquizofrenia, a mais aceita é a hipótese da dopamina, que sugere como causa do distúrbio a hiperatividade do sistema da dopamina, porém, há falhas nesta teoria (RAMOS; HÜBNER, 2004).

Todavia Salum et al. (2007) relata que por várias décadas a hipótese dopaminérgica da esquizofrenia vem conduzindo as principais investigações sobre sua fisiopatologia, no entanto, a ampla compreensão dessa desordem continua distante.

4.2 Ações do enfermeiro em Saúde Mental

Desde o surgimento da psiquiatria, no final do século XVIII, a enfermagem psiquiátrica tem se transformado. No Brasil, essa área específica da enfermagem surgiu no hospício, com o objetivo de vigiar, controlar e reprimir, perfil que se manteve durante muito tempo, pois os seus profissionais não conseguiam mudar o modo de entender e assistir o doente mental, o qual continuava sendo visto como louco e perigoso (AVANCI et al., 2002).

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Segundo Oliveira e Alessi (2003) a psiquiatria e a enfermagem psiquiátrica surgiram no hospício que era uma instituição disciplinar para reeducação do louco/alienado, o médico/alienista, a figura de autoridade a ser respeitada e imitada nesse projeto pedagógico e, os trabalhadores de enfermagem, os atores coadjuvantes nesse processo, os executores da ordem disciplinar emanada dos médicos.

A Reforma Psiquiátrica Brasileira foi responsável por modificações significativas na assistência às pessoas portadoras de distúrbios mentais. Com as práticas de desospitalização e a criação de serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico, a pessoa em sofrimento psíquico tem como proposta mais autonomia em seus direitos. Assim, gradativamente, assume postura ativa em seu processo de tratamento, no contexto onde vive. Essas conquistas decorreram de lutas e reivindicações dos trabalhadores da saúde mental e grupos sociais organizados, e culminaram na elaboração de declarações, projetos de lei e, mais tarde, na promulgação de leis que viessem garantir atendimento de qualidade a essas pessoas, baseado em uma lógica de reabilitação e reinserção social (MARINHO et al., 2011).

A ação de enfermagem no campo psiquiátrico e das demais práticas sociais em saúde, em que pesasse a disponibilidade pessoal ou o agenciamento afetivo intraequipe como exemplo na relação de amizade, respeito pessoal ou profissional, estava institucionalmente submetida ao saber e ao poder médico. Assim, a realização de atividade grupal, atendimento individual, atividade externa, acompanhamento familiar, toda e qualquer intervenção profissional não médica era regulada e regulamentada pelo corpo clínico médico. Dessa forma, a habilidade e o conhecimento teórico e prático do manejo da doença e sua sintomatologia ensinados a enfermeiro, durante a formação acadêmica, eram dispensáveis (SILVA; FONSECA, 2005)

Gentile e Pereira, (2005) indagam que isso os remete a pensar na historicidade da loucura, na consideração histórica da doença mental, seus conceitos que determinam ações atuais e que ao longo dos tempos pediram uma classificação.

Os profissionais de enfermagem atuais tem maior interesse em compreender a experiência dos familiares no convívio com as pessoas com transtorno mental, em conhecer suas dificuldades cotidianas, suas percepções em relação aos serviços de

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saúde mental, e, principalmente, em demonstrar suas necessidades nesse processo. (SCHÜLHI et al., 2012). Portanto, Andrade e Pedrão (2005), afirmam que o enfermeiro está cada vez mais atuante e consciente de seu novo papel e tem condição de explorar diversas modalidades terapêuticas no desempenho de sua atividade profissional.

Brusamarello et al. (2009) ressalta que, as constantes transformações na profissão de enfermagem, decorrentes dos avanços nos processos do cuidar em saúde mental, estão incitando o enfermeiro a rever suas atribuições como profissional, transformar seu processo de trabalho, adaptar-se ao cuidar terapêutico, usando a comunicação e o relacionamento interpessoal para evoluir em suas produções e ações científicas.

O trabalho de enfermagem na área de Saúde Mental caracteriza-se, portanto, pela transição entre uma prática de cuidado hospitalar que visava à contenção do comportamento dos “doentes mentais” e a incorporação de princípios novos e desconhecidos, que busca adequar-se a uma prática interdisciplinar, aberta às contingências dos sujeitos envolvidos em cada momento e em cada contexto, superando a perspectiva disciplinar de suas ações. É, portanto, período crítico para a profissão e favorável para o conhecimento e análise do processo de trabalho nessa área (OLIVEIRA; ALESSI, 2003).

Conforme relata Fraga et al. (2006), os trabalhadores de saúde mental realizaram uma autocrítica sobre o papel que vinham desempenhando nessa assistência que era de baixa qualidade, desrespeitosa e segregadora dos doentes mentais, e sobre o novo papel político que precisariam assumir para transformar tal realidade.

No cotidiano dos serviços de atenção à saúde mental, presenciam-se ações de muitos trabalhadores que obtém a experiência de novas tecnologias pautadas na noção do cuidado a um sujeito que é dotado de necessidades, de desejos e de crenças (MUNIZ et al., 2015).

No Brasil a estruturação da enfermagem como uma atividade sistematizada, que exige ensino formal e regulada por legislação específica, data do início do século XX. A criação da Escola de Enfermeiras Ana Néri, em 1923, é frequentemente citada como um marco na formação profissional de enfermagem não só por ser a primeira escola dirigida por enfermeiras, como por servir de modelo

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para o desenvolvimento das escolas de enfermagem em nosso país (CESTARI, 2002).

São os princípios fundamentais do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, a enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a qualidade de vida da pessoa, família e coletividade. O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais. Participa, como integrante da equipe de saúde, das ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais, que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade da assistência, resolutividade, preservação da autonomia das pessoas, participação da comunidade, hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde. Respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos, em todas as suas dimensões, exerce suas atividades com competência para a promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética.

Esta profissão desenvolveu-se através dos séculos, mantendo uma estreita relação com a história da civilização. Neste contexto, tem um papel preponderante por ser uma profissão que busca promover o bem estar do ser humano, atuando na promoção da saúde, prevenção de enfermidades, no transcurso de doenças e agravos, nas incapacidades e no processo de morrer (BEDIN et al., 2005).

A Lei do Exercício Profissional n.°7.498/1986, Cofen, dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, em seus artigos assim elaborados.

Art. 1º – É livre o exercício da Enfermagem em todo o território nacional, observadas as disposições desta Lei.

Art. 2º – A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdição na área onde ocorre o exercício.

Art. 3º – O planejamento e a programação das instituições e serviços de saúde incluem planejamento e programação de Enfermagem.

Art. 4º – A programação de Enfermagem inclui a prescrição da assistência de Enfermagem.

Art. 6º – São enfermeiros: O titular do diploma de enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos termos da lei.

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A construção do saber sobre o corpo pelos profissionais de enfermagem se dá sobre um corpo específico, o corpo doente, apoiado no modelo biomédico de atendimento à saúde, construído no interior da prática médica, detentora da legitimidade do domínio dos saberes e intervenções dirigidas à saúde e à doença. Por isso, a forma de ver, pensar, lidar e cuidar dos doentes, com todos os meios − conhecimentos, técnicas e materiais − se concretiza na maneira/modos de organizar, produzir e reproduzir a vida social e biológica. Pensar e teorizar sobre o corpo como objeto de trabalho da enfermagem a partir de seus significados traz à tona a necessidade de identificar como se dá à construção do saber sobre o corpo e como esse saber se transformou num exercício de poder para a enfermeira/profissionais de enfermagem no cotidiano de sua prática profissional (AZEVEDO; RAMOS, 2006).

Em termos de Brasil, esse processo vem acontecendo de forma gradativa, nem sempre com o ritmo e a qualidade desejados (MARINHO et al., 2011).

A Enfermagem atingiu um nível de excelência nestes últimos anos, graças ao contínuo desenvolvimento da investigação, contribuindo para a criação de um corpo de conhecimentos próprio, cuja finalidade é não só orientar a prática dos cuidados da profissão, como também servir ao ser humano (GONÇAVES et al., 2008).

4.3 Dificuldades da assistência de enfermagem no tratamento ao

paciente esquizofrênico

Os enfermeiros apresentam dificuldades em cuidar do paciente esquizofrênico devido à complexidade do transtorno por ele apresentado, como comportamentos de heteroagressividade, delírios e alucinações, principalmente no que se refere à comunicação e relações interpessoais (CASTRO; FUREGATO, 2008).

Na prática, observa-se que enfermeiros psiquiátricos, com frequência, encontram dificuldades em programar os cuidados de enfermagem aos esquizofrênicos, devido às características dessa doença mental. É importante que a enfermagem através do cuidado nas 24 horas conscientize de que o portador desta patologia é um ser humano singular que apresenta alterações emocionais e

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comportamentais. Assim, poderá ajudá-lo a enfrentar as dificuldades, aceitando suas limitações (CASTRO; FUREGATO, 2008).

Portanto, a falta de supervisão constante e direta da chefia imediata proporciona intensa desproteção no trabalhador de enfermagem, gerando sentimento de solidão, pois muitas vezes, assumem determinadas decisões sem possuírem autonomia suficiente para tal (CARVALHO; FELLI, 2006).

Na dinâmica dessas relações os reflexos da reforma psiquiátrica sobre o cuidado do doente mental na família revelam dificuldades de ordem emocional, social, relacional, econômica e materiais, conforme expressaram as próprias cuidadoras que referem sobre o comportamento agressivo e violento deles e as consequências desse comportamento na convivência familiar, os momentos de maior pico das tensões eclodem nas chamadas crises dos doentes mentais, sejam com manifestações de tentativa de suicídio ou não (GONÇALVES; SENA, 2001).

Levando em conta que o consumo de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, é frequente entre os portadores de esquizofrenia, a associação dessas duas comorbidades e os efeitos negativos que uma apresenta sobre a outra, comumente são negligenciados pela equipe que oferece assistência para esse indivíduo. O paciente, muitas vezes, recebe tratamento para aquela patologia mais evidente, o que o priva de ser tratado de maneira integral e efetiva (SILVEIRA et., al., 2014).

Apesar de haver lacunas a preencher, é notória a elaboração de políticas públicas significativas que incentivem novas práticas pautadas em paradigmas focados na Reforma Psiquiátrica, na qualidade de vida e na reabilitação psicossocial. Com isso, os profissionais que atuam e militam no campo da saúde mental tem procurado modificar suas ações mediante troca de vivencias, de saberes e de praticas, tentando inserir nas discussões os usuários de serviços, seus familiares e pessoas da comunidade. (MARINHO et al., 2008).

A psicoterapia tem se mostrado um importante recurso terapêutico, associado ao tratamento farmacológico, na recuperação e na reabilitação do indivíduo esquizofrênico. Por meio de abordagens educativas, interpessoais ou dinâmicas, visa se recuperar o indivíduo no nível psíquico, interpessoal e social (ZANINI, 2000). E com o avanço farmacológico, contribuiu efetivamente no controle dos sintomas psicóticos e, como isso, ocasionou um melhor desfecho clínico (SÁ JUNIOR; SOUZA, 2007).

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Após a descoberta da ação sedativa da Clorpromazina, por Laborit, iniciou-se o tratamento farmacológico para a esquizofrenia, os primeiros relatos das propriedades deste fármaco, foram realizados em 1952 por Delay e Deniker. Em 1963 Carlsson e Lindqvist observaram e relatou o aumento do ácido homovanílico, metabólico da dopamina em decorrência do tratamento antipsicótico, firmou-se a hipótese dopaminérgica como causadora dos transtornos que ocorrem na esquizofrenia (SHIRAKAWA et al., 1998).

O tratamento após o primeiro surto psicótico favorece o resultado a longo termo e não dificulta um possível diagnóstico diferencial posteriormente (RAMOS; HÜBNER, 2004).

Segundo Bressan et al. (2001), o mecanismo de ação das drogas antipsicóticas está ligado ao bloqueio de receptores D2 de dopamina. Os estudos de neuroimagem investigando o uso de antipsicóticos na esquizofrenia indicam que são necessárias ocupações de receptores D2 superiores a 65% ou 70% para se obter resposta clínica. Entretanto, a janela terapêutica é estreita, pois quando a ocupação supera 78%, a chance de se desenvolver tanto sintomas extrapiramidais como sintomas depressivos são altos.

Em razão da sintomatologia e diferentes necessidades da pessoa esquizofrênica, novos olhares e tratamentos foram desenvolvidos ao longo do tempo, visando contemplar a subjetividade, singularidade e as necessidades humanas do indivíduo que adoeceu, promovendo a aproximação com a comunidade, por meio da valorização e utilização de saberes e diversas práticas pertinentes à área da saúde mental, dentre as quais se destacam a psicoterapia, uso de antipsicóticos e o acolhimento (LOBO et al., 2008).

Na escolha do tratamento, devem ser considerados os fármacos já utilizados, o estágio da doença, a história de resposta e adesão e o risco-benefício. (BRASIL, 2013).

Portanto a demora na procura do tratamento pode indicar um mau prognóstico, pois os sintomas tornam-se mais intensos, implicando em maior tempo de tratamento psicofarmacológico e com doses mais elevadas (GIACON; GALERA, 2006).

Entretanto afirma Marinho et al. (2009) avanços ainda poderão ser observados quanto à integralidade das ações e a interdisciplinaridade, vislumbrando uma rede de serviços consolidada e articulada, principalmente, no quesito das

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referencias e contrarreferencias, as quais, em muitas experiências, ainda se mostram sem a sistematização e deficientes em termos de execução.

4.4 O papel do enfermeiro na conscientização da esquizofrenia

pelos familiares, viabilizando as necessidades do paciente.

A abordagem terapêutica na esquizofrenia tem passado por diversas mudanças, o trabalho de profissionais de saúde mental, atuando em equipe, favorece uma visão ampla (SÁ JUNIOR; SOUZA, 2007).

A partir das décadas de 80 e 90 do século passado, muitos trabalhadores na área de saúde mental têm-se comprometido com a "desconstrução" dos aparatos manicomiais e a construção de estruturas assistenciais e formas de lidar com a loucura. No enfoque da mudança de paradigma, fica evidente a necessidade da modificação de postura do enfermeiro para uma abordagem holística, considerando a individualidade do ser humano, o contexto de saúde e doença em que ele está inserido, o relacionamento interpessoal, permeando a coparticipação no processo da reabilitação e a promoção do autocuidado como forma de responsabilizar o sujeito pela sua saúde (MUNIZ et al., 2015).

As funções do enfermeiro estão focadas na promoção da saúde mental, na prevenção da enfermidade mental, na ajuda ao doente a enfrentar as pressões da enfermidade mental e na capacidade de assistir ao paciente, à família e à comunidade, ajudando-os a encontrarem o verdadeiro sentido da enfermidade mental. Ao se reavaliar a prática de enfermagem, deve-se fazê-lo numa perspectiva humanista, criativa, reflexiva e imaginativa, considerando como categoria central da profissão o cuidar compreendido como processo dinâmico, mutável e inovador (VILELA; SCATENA, 2004).

A, perspectiva histórica e evolução dos cuidados na assistência de enfermagem ao paciente esquizofrênico, constitui-se em ações/intervenções mais humanizadas no atendimento às necessidades básicas, a participação e socialização do individuo junto à família, viabilizando, desta forma, a inclusão do indivíduo à sociedade e da patologia nos paradigmas de reabilitação psicossocial (LOBO et al., 2008).

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Conhecer o contexto em que a família está inserida permite desenvolver uma assistência que reconheça as possibilidades e necessidades de cada membro e habilitá-los para o enfrentamento e a adaptação de vida em face do transtorno (COSTA et al., 2010).

Os diferentes percursos da reforma psiquiátrica brasileira têm evidenciado a fragilidade do sistema de saúde para oferecer outro tipo de atendimento que não aquele centrado no leito hospitalar (GONÇALVES; SENA, 2001).

Ofertar um tratamento de caráter multidisciplinar, incluindo a assistência médica propriamente dita, psicoterapia e cuidados de enfermagem, pode ser uma forma de minimizar as possíveis consequências negativas provenientes da presença concomitante desses dois transtornos e promover um tratamento centrado no paciente. Nesse sentido, a enfermagem possibilita um elo entre o paciente, outros profissionais e as instituições de saúde. Além disso, são esses cuidadores quem estão mais presentes no contato diário com esses indivíduos, compartilhando as dificuldades, sintomas, queixas, comportamentos com os demais profissionais da equipe de saúde (SILVEIRA et al., 2014).

No geral os problemas familiares e econômicos, geralmente, levam as pessoas a buscarem os serviços de saúde com queixas variadas e imprecisas como nervosismo, preocupação, tristeza, cansaço, dores em vários locais do corpo, medo, ansiedade, desânimo, entre outros. Essas queixas revelam sinais de uma crise extensa e complexa que perpassa os aspectos sociais, culturais e espirituais dos indivíduos e que fornece um retrato aproximado do modo de pensar, sentir e adoecer da maioria da população brasileira. Nesse cenário, acabam por emergir algumas maneiras de cuidado e tratamento, no intuito de dar uma resposta mais alentadora à dor e ao sofrimento emocional (SARAIVA et al., 2008).

O tratamento de portadores de esquizofrenia é longo. O cuidado e atenção que o profissional de saúde, precisa dispensar, resulta não só na redução do sofrimento do paciente como na manutenção de sua vida. Seus registros são imprescindíveis para este tipo de assistência (BRASIL, 2003)

Torna-se imperioso aos profissionais de saúde, em especial à Enfermagem, buscar estratégias que proporcionem uma melhora na qualidade de vida e promoção de saúde no núcleo familiar do portador de esquizofrenia (TRAJANO, 2008)

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa teve como objetivo, elaborar um estudo sobre o transtorno da Esquizofrenia, a fim de aprimorar a atuação do enfermeiro, na assistência ao paciente esquizofrênico e seus familiares.

Em pleno século XXI, há muito que se descobrir sobre este transtorno que conforme os estudos, acometem 1% da população mundial.

Há inúmeros pontos nessa questão, ainda desconhecidos, segundo cientistas, estudiosos e especialistas em transtornos mentais.

Foi observado que, de acordo com a implantação de novos serviços humanizados, as percepções e o conhecimento em saúde mental caminham em paralelo, reforçando a importância do trabalho planejado e objetivando, com isso, a garantia de uma assistência integral ao paciente e sua família.

Vale destacar os estudos das autoras Giacon e Galera (2006), que a esquizofrenia é um dos principais problemas de saúde pública da atualidade, exigindo considerável investimento do sistema de saúde e causando grande sofrimento para o doente e sua família, por ser uma doença de longa duração, acumula-se, ao longo dos anos, um número considerável de pessoas portadoras desse transtorno, com diferentes graus de comprometimento e de necessidades.

Mesmo com a conquista do tratamento humanizado e da autonomia dos pacientes, vários profissionais ainda continuam focados na doença e no processo de causa e efeito, sem levar em consideração, que cada paciente é único, com personalidade e vontades diferentes, e, embora os sintomas sejam descritos de forma generalizada, é preciso analisar cada um de maneira individual, adequando assim, seu tratamento.

Esta análise deve ser estendida também à família, pois a mesma necessita de cuidados, tal qual o paciente, respeitando suas crenças, costumes, cultura, e adequando uma forma de tratamento para cada família. Mas essa diferenciação será um desafio, com barreiras a serem transpostas e desgastes entre as equipes multiprofissionais, onde membros divergem na forma de pensar e trabalhar a saúde mental.

Nos recentes estudos, os paradigmas sobre a saúde mental são notórios, uma vez que trazem mudanças relevantes sobre questões como: promoção da

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saúde mental; reabilitação e reinserção social; cidadania e direitos dos pacientes com transtornos psíquicos.

Em conformidade Durão et al (2006), relata que com o movimento de oposição ao manicômio e as práticas manicomiais, a partir da década de 1980, começaram a surgir novas experiências na prática assistencial, que vão de encontro as novas propostas da Reforma Psiquiátrica Brasileira, com a qual busca-se preservar os direitos e a cidadania do indivíduo portador de sofrimento psíquico. Dentro dessa visão, a problemática da psiquiatria não constitui mais a cura, a vida produtiva, mas sim a produção de vida voltada para a sociabilidade, para a utilização dos “espaços coletivos” e de “convivência dispersa.

De acordo com Zanini (2000) a psicoterapia tem se mostrado um importante recurso terapêutico, associado ao tratamento farmacológico, na recuperação e na reabilitação do indivíduo esquizofrênico. Os pacientes esquizofrênicos geralmente apresentam pouca condição de suportar altos níveis de tensão. Nesta perspectiva, o terapeuta deve ser ativo e monitorar a expressão dos afetos no encontro terapêutico, criando assim, um clima de compreensão, respeito e empatia.

Para a família com filho ou parente esquizofrênico, é um sofrimento e um trabalho excessivo, principalmente quando não há conhecimento dos caminhos os quais este transtorno leva, desta maneira pode adoecer junto. Neste momento, a importância de se ter um profissional dedicado é relevante, pois a mesma necessitará de orientações eficazes que possam auxiliar tanto na condução do paciente como também dos membros da família, conforme mencionado anteriormente.

Paradoxalmente, há o risco de se deparar com profissional que tenha o olhar voltado apenas para a doença, optando somente pelo tratamento farmacológico pesado, sem se preocupar em oferecer suporte aos familiares, sendo sua palavra absoluta e soberana. Desta forma, o tratamento se torna praticamente inútil, fazendo com que o paciente definhe a cada dia, e, por mais amor que a família tenha pelo mesmo, muitas vezes faltam-lhes força, e acabam por optar pela internação, aumentando a angústia e o sentimento de culpa dos pais e parentes.

O Amor verdadeiro, de doação, é capaz de sustentar qualquer situação, caso se opte por separar o paciente de seu lar, onde estão suas raízes, a tendência é reduzir a probabilidade de se ter um paciente estável.

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Nesse diapasão, faz-se necessário ao enfermeiro que optar por atuar nesta área de Saúde Mental, primeiro olhar para dentro de si mesmo, e verificar se é capaz de se ter o amor, a paciência, a determinação, a autoridade e a empatia suficientes, para dividir com os pacientes e seus familiares, já que fatalmente, irá se deparar com diversos transtornos, e dentre eles a esquizofrenia, a qual é o foco deste trabalho.

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